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Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
ESTRUTURAS LÓGICAS
A lógica pela qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles, constituindo-a como uma ciência
autônoma que se dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração)
do ponto de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou forma. As estruturas
lógicas consistem em um sistema dedutivo de enunciados, que tem como objetivo criar um grupo de leis
e regras para determinar a validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é
possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras.
O estudo das estruturas lógicas1, consiste em aprendermos a associar determinada proposição ao
conectivo correspondente. Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes para o
aprendizado.
Conceito de Proposição
Exemplos
A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar
Analisando temos:
- Quem é o maior planeta do sistema Solar? Júpiter, logo tem um sujeito e um predicado;
- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);
- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.
A Lógica matemática adota como regra fundamental três princípios2 (ou axiomas):
1
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.
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Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.
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I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição
falsa é falsa.
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa
ao mesmo tempo.
Se os princípios acimas não puderem ser aplicados, NÃO podemos classificar uma frase como
proposição.
Chamamos de valor lógico de uma proposição: a verdade, se a proposição for verdadeira (V), e a
falsidade, se a proposição for falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos
verdade e falsidade respectivamente.
A maioria das proposições são proposições contingenciais, ou seja, dependem do contexto para sua
análise. Assim, por exemplo, se considerarmos a proposição simples:
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira ou falsa, não importa no que nós pensamos, o
que importa é que pode ser atribuído um valor lógico que será verdadeiro ou falso.
I - Proposições simples (ou atômicas): são formadas por uma única oração, sem conectivos, ou seja,
elementos de ligação.
Exemplos
O céu é azul.
Hoje é sábado.
II - Proposições compostas (ou moleculares): possuem elementos de ligação (conectivos) que ligam
as orações, podendo ser duas, três, e assim por diante.
Exemplos
O ceu é azul ou cinza.
Se hoje é sábado, então vou à praia e jogo futebol.
Observação: os termos em destaque são alguns dos conectivos (termos de ligação) que utilizamos
em lógica matemática.
Sentença aberta
Quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!),
portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa”
(expressão paradoxal); O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua); y + 6 = 4 (se y = - 2 é
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verdadeira, mas se y for igual a qualquer outro valor, será falsa e uma proposição não pode ser verdadeira
e falsa ao mesmo tempo, princípio da não contradição).
Questões
04. (FDSBC – Oficial Administrativo – QUADRIX/2019) Das frases a seguir, a única que representa
uma proposição é:
(A) Ronaldo, venha até aqui, por favor.
(B) Que tarde agradável!
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(C) Sim.
(D) Maria preparou os documentos.
(E) Onde estão os documentos?
05. (PM/RR – Soldado da Polícia Militar – UERR) Uma sentença aberta pode ser transformada numa
proposição se for atribuído valor a uma variável. Dada a sentença aberta p(y): y2 > 10, assinale o valor a
ser atribuído para tornar a proposição p(y) verdadeira:
(A) x = 4
(B) y = -2
(C) y = 1
(D) x = 0
(E) y = 5
Comentários
01. Resposta: C
I A ouvidoria da justiça recebe críticas e reclamações relacionadas ao Poder Judiciário do estado. É
PROPOSIÇÃO.
II Nenhuma mulher exerceu a presidência do Brasil até o ano 2018. É PROPOSIÇÃO.
III Onde serão alocados os candidatos aprovados no concurso para técnico judiciário do TJ/PR? NÃO
É UMA PROPOSIÇÃO, pois é uma pergunta.
02. Resposta: E
(A) João é alto e Maria é baixa (proposição composta ligada pelo conectivo “e” conjunção)
(B) Qual é o horário da missa? (Não é proposição, pois é uma pergunta)
(C) Se João estuda, então Maria passa no concurso. (proposição composta ligada pelo conectivo
se...então... condicional)
(D) Dois é um número par se e somente se dez é um número ímpar. (proposição composta ligada pelo
conectivo ...se, e somente se... bicondicional)
(E) Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina. (é uma proposição simples)
03. Resposta: D
(A) 3 ⋅ x + 4 – x – 3 – 2 ⋅ x = 0 (simplificando esta expressão teremos 0x + 1 = 0, logo será sentença
fechada, pois qualquer que seja o valor para x, teremos sempre uma mesma resposta)
(B) 7 + 3 = 11 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V)
(C) 0 ⋅ x = 5 (é uma sentença fechada, pois qualquer que seja o valor de x, sempre podemos atribuir a
mesma resposta, logo podemos valorar em V ou em F)
(D) 13 ⋅ x = 7 (não é uma sentença fechada, pois um valor gera V e qualquer outro valor gera uma F)
(E) 43 – 1 = 42 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V.)
04. Resposta: D
(A) Ronaldo, venha até aqui, por favor. (Uma ordem, não é proposição)
(B) Que tarde agradável! (Exclamação, não é uma proposição)
(C) Sim. (não é proposição, não possui nem verbo)
(D) Maria preparou os documentos. (É uma proposição, pois possui sentido e verbo, podendo atribuir
V ou F)
(E) Onde estão os documentos? (É uma pergunta, logo não é proposição)
05. Resposta: E
Analisando as alternativas:
A) x = 4, errado pois não temos a variável x.
B) y = -2, errado, pois −22 = 4 < 10
C) y = 1, errado, pois 12 = 1 < 10
D) x = 0, não temos a variável x.
E) y = 5, correto. 52 = 25 > 10
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Conceito de Tabela Verdade
É uma forma usual de representação das regras da Álgebra Booleana. Nela, é representada cada
proposição (simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis. Partimos do Princípio do
Terceiro Excluído, toda proposição simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V (verdade)
ou F (falsidade).
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das
proposições simples que a compõe.
ATENÇÃO:
O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos
valores lógicos das proposições simples componentes, ficando por eles
UNIVOCAMENTE determinados.
Exemplos
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição
2 valores V e 2 valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam
de 1 em 1 (ou seja metade dos valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira parte dela
corresponde a árvore de possibilidades e a segunda a tabela propriamente dita.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
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2) Se tivermos 3 proposições simples, fazendo os cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4,
temos para a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em 4 , para a 2ª proposição temos
que os valores se alternam de 2 em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos valores
que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico
é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico
oposto daquele de p.
Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Na primeira parte da tabela todas as afirmações são verdadeiras, logo ao negarmos os termos passam
a ter como valor lógico a falsidade.
Para negar algo que já possui o “não”, basta retirá-lo.
A negação de “Mário não é palmeirense” será “Mário é palmeirense”.
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos considerar as seguintes proposições primitivas, p:”
Netuno é o planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao negarmos “p”, vamos obter a
seguinte proposição ~p: “Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol”,
sendo seu valor lógico verdadeiro (V). Logo, a dupla negação equivale a termos de valores lógicos a sua
proposição primitiva.
p ≡ ~(~p)
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Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico e Ricardo é professor.
VeV
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico e João é Dentista.
VeF
Gera uma proposição composta Falsa.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol e Ricardo é professor.
FeV
Gera uma proposição composta Falsa.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
DICA:
Na conjunção (e), só é Verdade se as duas partes
forem V, caso contrário a conjunção será Falsa.
3) Disjunção inclusiva “ou” – soma lógica – disjunção simples (v): chama-se de disjunção
inclusiva de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é verdade
(V) quando pelo menos uma das proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando ambas são
falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
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Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico ou Ricardo é professor.
V ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico ou João é Dentista.
V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
DICA:
Na disjunção simples (ou), só é Falso se as duas
partes forem F, caso contrário a disjunção simples
será V, ou seja, uma parte sendo V já garante que
ela seja V.
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Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
OU Carlos é médico ou Ricardo é professor.
Ou V ou V
Gera uma proposição composta Falsa.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Ou Carlos é médico ou João é Dentista.
Ou V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
OU Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
Ou F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Ou João é dentista ou Manoel é jogador de futebol.
Ou F ou F
Gera uma proposição composta Falsa.
DICA:
Na disjunção exclusiva (ou...ou...), só é Falso se as
duas partes forem F, ou se as duas partes forem V,
ou seja, se as duas partes tiverem o mesmo valor
lógico, o resultado será falso.
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Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Se Carlos é médico, então Ricardo é professor.
V→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Se Carlos é médico, então João é Dentista.
V→F
Gera uma proposição composta FALSA.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se Manoel é jogador de futebol, então Ricardo é professor.
F→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se João é dentista, então Manoel é jogador de futebol.
F→F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
DICA:
Na condicional (Se...então...), só é Falso se a
primeira parte (antecedente) for V e a segunda parte
(consequente) for F, caso contrário será sempre
Verdadeiro.
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Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico se, e somente se Ricardo é professor.
V↔V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico se, e somente se João é Dentista.
V↔F
Gera uma proposição composta FALSA.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol se, e somente se Ricardo é professor.
F↔V
Gera uma proposição composta FALSA.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
João é dentista se, e somente se Manoel é jogador de futebol.
F↔F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
DICA:
Na bicondicional (...se, e somente se...), só é
Verdadeiro quando ambas forem iguais (FF ou VV),
se for uma parcela verdadeira e a outra falsa, a
bicondicional será falsa, é o contrário da disjunção
exclusiva.
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Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, “q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.
Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas por: “P”, “Q”, “R”, representadas por:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
Continuando:
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
(p v r) ↔ ~q
Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É mentira que” e “É uma falácia que”,
quando iniciam as frases negam, por completo, as frases subsequentes.
O uso de parêntesis
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições se deve a evitar qualquer tipo de
ambiguidade, assim na proposição, p ^ q v r, nos dá as seguintes proposições:
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. Porém existem muitos casos que os
parêntesis são suprimidos, a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, naturalmente,
ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
algumas convenções, das quais duas são particularmente importantes:
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1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
(I) ~ (negação)
(II) ^, v (conjunção “e” ou disjunção simples “ou”, têm a mesma precedência, operando-se o que ocorrer
primeiro, da esquerda para direita).
(III) v (disjunção exclusiva, ou...ou...)
(III) → (condicional, se...então...)
(IV) ↔ (bicondicional, ...se, e somente se...)
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
Exemplos
1) p → q ↔ s ^ r, é uma bicondicional e nunca uma condicional ou uma conjunção. Para convertê-la
numa condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo
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2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas correspondentes a proposições simples p e q ,
depois traçar colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos conectivos que compõem
a proposição composta.
Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os
valores lógicos.
Observe que, vamos preenchendo a tabela com os valores lógicos (V e F), depois resolvemos os
operadores lógicos (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos da proposição que
correspondem a todas possíveis atribuições de p e q.
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior as duas primeiras da esquerda relativas
às proposições simples componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade simplificada:
Propriedades da Conjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:
3
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.
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2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^
r) é tautológica.
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p^w⇔w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w
são tautológicas.
Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento neutro e elemento absorvente
da conjunção.
Propriedades da Disjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:
1) Idempotente: p v p ⇔ p
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.
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3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v
r) é tautológica.
4) Identidade: p v t ⇔ t e pvw⇔p
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p
são tautológicas.
Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento absorvente e elemento neutro
da disjunção.
1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)
Exemplo
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge viaja”.
2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p
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A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou
seja, a bicondicional p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.
Não é tão incomum utilizar alguns sinônimos para os conectivos lógicos, vamos ver alguns deles.
Seja p: João é Dentista, q: João é paulista.
Questões
01. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Se o valor lógico de uma proposição “P” é
verdade e o valor lógico de uma proposição “Q” é falso, então o valor lógico do bicondicional entre as
duas proposições é:
(A) Falso
(B) Verdade
(C) Inconclusivo
(D) Falso ou verdade
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(C) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam falsas.
(E) para que a proposição composta seja falsa é necessário que ambas, p e r sejam falsas.
( ) Certo ( ) Errado
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07. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de Sistemas – FUNDATEC) Qual operação
lógica descreve a tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B? Considere que V significa
Verdadeiro, e F, Falso.
(A) Ou.
(B) E.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
(E) Bicondicional (se e somente se).
09. (TER-RJ – Analista Judiciário – CONSULPLAN) De acordo com algumas implicações lógicas,
analise as afirmativas a seguir.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
VI. Se p V q é verdadeira, p ⟶ r é verdadeira e q ⟶ r é verdadeira, então r é verdadeira.
VII. p V [q Λ (~q)]⇔ p.
VIII. p⟶ q⇔(~p) V p.
Estão INCORRETAS apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) II e VIII.
(C) I, II, VI e VIII.
(D) III, IV, V e VI.
10. (ISGH - Médico Pediatra - Instituto Pró Município) Analise as seguintes proposições:
Proposição I: 4 é número par;
Proposição II: 2 > 5;
Proposição III: 6 é número ímpar.
Qual das proposições abaixo apresenta valor lógico verdadeiro?
(A) Se 2 > 5 e 6 é número ímpar, então 4 é número par;
(B) Se 2 > 5 ou 4 é número par, então 6 é número ímpar;
(C) Se 4 é número par ou 6 é número ímpar, então 2 > 5;
(D) Se 4 é número par, então 2 > 5 ou 6 é número ímpar.
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II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora.
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora.
A alternativa que contém uma afirmação necessariamente verdadeira, com base nas afirmações
apresentadas é:
(A) Fernando não é vereador
(B) Hugo é policial.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
Comentários
01. Resposta: A
Na tabela da bicondicional só será verdadeiro se a primeira parte for igual à segunda, ou seja, VV ou
FF, neste exercício ele pergunta VF, portanto gera uma falsidade.
02. Resposta: B
Vamos relembrar as tabelas verdades.
Conjunção: Só é Verdadeiro se as duas partes forem verdadeiras (VV), caso contrário será FALSA.
Disjunção Simples: Só é Falso se as duas partes forem falsas (FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Condicional: Só é Falso se for Verdade na primeira e falsidade na segunda (VF), caso contrário será
VERDADEIRA.
Bicondicional: Só é Verdadeiro se as duas partes forem iguais (VV ou FF), caso contrário será FALSA.
Disjunção Exclusiva: É o contrário da bicondicional, é Falsa quando as duas partes forem iguais (VV
ou FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Portanto a alternativa correta é a alternativa B.
03. Resposta: E
O símbolo “v” é da disjunção simples, e ela só é falsa quando as duas proposições que a compõe são
falsas.
No enunciado a última coluna está na horizontal, mas a ordem é idêntica, logo está correta.
05. Resposta: B
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Como elas são verdadeiras, procuramos alguma proposição simples ou alguma conjunção, pois só
existe uma possibilidade para elas serem verdadeiras, vamos iniciar pela III - Virna é professora, pois é
uma proposição simples.
Agora vamos pela:
Como temos um Ou...ou... para ser verdadeiro sabendo que Virna não é professora é falso, resta que
Verinha é bailarina será verdadeira.
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IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
V F
Agora vamos para a II
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
V V
Verônica é advogada tem que ser verdadeira, pois caso contrário teríamos VF e na condicional isso é
falso, agora vamos para I.
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
F F
Verônica não é advogada será falso, pois Verônica é advogada era verdadeira, logo Vivi é costureira
precisa ser falsa, senão teríamos um VF e na condicional isso é falso.
Verinha é bailarina – VERDADEIRO
Virna é professora – VERDADEIRO
Verônica é advogada – VERDADEIRO
Vivi é costureira – FALSO
Vamos analisar as alternativas agora:
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
V→F essa condicional é falsa
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
F → F, essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta.
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
F e F a conjunção será FALSA
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira
F ou F, essa disjunção simples será falsa.
06. Resposta: E
Repare que temos algumas premissas, portanto precisamos encontrar alguma destas premissas que
contenha uma conjunção ou proposição simples, ou iniciar pela informação dada no enunciado, observe:
Se, no último domingo, não joguei futebol, então
Não jogar futebol será V, logo jogar Futebol será F, portanto partiremos daqui, agora utilizaremos a
premissa que fala sobre futebol:
− corro ou jogo futebol
? ou F, para a disjunção simples ser verdadeira o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo correr é V.
− tomo açaí ou não corro.
? ou F, repare que para a disjunção simples ser V o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo tomo açaí
é V.
− como pizza no jantar ou não tomo açaí,
? ou F, novamente o ? precisa ser V, logo como pizza no jantar é V.
Sendo assim teremos:
Correr: VERDADEIRO
Jogar futebol: VERDADEIRO
Tomar açaí: VERDADEIRO
Comer pizza no jantar: VERDADEIRO
Vamos analisar as alternativas:
(A) corri e não comi pizza no jantar.
V e F, essa conjunção é FALSA.
(B) não corri e comi pizza no jantar.
F e V, essa conjunção é FALSA.
(C) não comi pizza no jantar e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
(D) não corri e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
(E) corri e tomei açaí.
V e V, essa conjunção é VERDADEIRA, logo é a alternativa correta.
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07. Resposta: D
Como Z é o operador, repare a tabela verdade, só temos 1 caso em que é falso, sendo assim já diminui
nossas possibilidades, repare que no falso, os operandos temos VF e gera F, pensando na tabela
verdade, teríamos uma condicional, vamos exemplificar:
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q e Z = condicional.
08. Resposta: E
RvS→T
Para a condicional ser falsa, devemos ter:
V→F
Portanto a afirmação (T: Rosa é engenheira) tem que ser falsa.
E para RvS ser verdadeira, as duas só não podem ser falsas.
Lembrando pela tabela verdade de cada uma:
Condicional
Disjunção
Desta forma, T é necessariamente falsa, já R, S só não pode ser ambas falsas, portanto a única
alternativa em que T é falsa e R ou S não são falsas simultaneamente é a alternativa E.
09. Resposta: B
Vamos analisar as informações.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
Verdadeira, pois V e V gera uma verdade
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
Na disjunção se uma for verdadeira já basta para a disjunção simples ser verdadeira.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
Na condicional, p,q verdadeiras gera p ⟶ q verdadeira, correta.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
~p é verdadeira, então p é falsa, com isso q é obrigatoriamente verdadeira, logo está correta.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
~q é verdadeira, então q é falsa, mas temos que p ⟶ q é verdadeira, logo p precisa ser falsa, sendo
assim ~p vai ser verdadeira.
Podemos até continuar mostrando cada uma delas, mas apenas com a I sendo verdadeira e II sendo
falsa, a única alternativa que dá certo é a alternativa “B”.
10. Resposta: A
Para solucionar essa questão, basta saber que na condicional (A ⟶ B), sendo B (Verdade) ela será
sempre verdadeira.
Pois na condicional somente é falso quando:
(V ⟶ F = F)
Sabendo disso,
Se 2 > 5 e 6 é número ímpar, então 4 é número par;
Nem precisa fazer ⟶ V = Verdadeiro
4 é um número par então será verdadeiro, daí não importa o valor do antecedente (nesse caso 2 > 5
e 6 é número ímpar) a afirmação inteira já vai ser verdadeira.
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11. Resposta: A
No enunciado foi dado os valores lógicos das afirmações:
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Precisamos descobrir o valor lógico de cada uma das proposições simples, vamos começar pela III,
pois para a disjunção simples ser falsa, só tem uma possibilidade, que será ambas falsas, sendo assim
Beatriz não é juíza FALSA
Vanessa é professora FALSA
Agora vamos para a afirmação II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? ⟶ F, logo o ? precisa obrigatoriamente ser Falso, pois II é verdadeiro, sendo assim:
Fernando é vereador FALSA
Vamos analisar a afirmação I.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
? ⟶ V, independentemente do valor de ? a condicional sempre será verdadeira, logo não podemos
afirmar nada sobre Hugo é policial.
Portanto:
Beatriz é juíza VERDADEIRO
Vanessa não é professora VERDADEIRO
Fernando não é vereador VERDADEIRO
Hugo é policial – NADA podemos afirmar.
Vamos analisar as afirmativas:
(A) Fernando não é vereador
Verdadeiro, portanto, é a alternativa correta.
(B) Hugo é policial.
Não podemos afirmar.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? e F, independentemente de Hugo não ser policial, na conjunção se uma proposição já for falsa a
conjunção já será falsa.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? e V, para esta conjunção ser V, Hugo é policial deveria ser V, mas não podemos afirmar nada sobre
ele, portanto não podemos concluir.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? ou F, como temos uma disjunção simples, pelo menos uma das proposições precisa ser verdadeira,
logo neste caso Hugo é policial deveria ser verdadeiro, mas não podemos afirmar nada sobre ele,
portanto, não podemos concluir a veracidade desta afirmação.
IMPLICAÇÃO LÓGICA
Se uma proposição P (p,q,r,...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q (p,q,r,...) se
Q (p,q,r,...) é verdadeira (V) todas as vezes que P (p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a proposição P
implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:
P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...).
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a
condicional, que é um conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou
não existir entre duas proposições.
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Exemplo
p q p ^q p↔ (p ^ q) → (p
q ↔ q)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V
Em particular:
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p
p p v ~p
V V
F V
p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V F F F
F V F F
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
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A tabela acima também demonstram as importantes Regras de Inferência:
Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q
p↔q⇒p→q e p↔q ⇒q → p
p q pvq ~p (p v q) ^ ~p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V F
Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta linha a proposição “q” também verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo disjuntivo.
(p v q) ^ ~p ⇒ q
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta linha a proposição “q” também é verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus ponens.
(p → q) ^ p ⇒ q
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A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º linha e nesta a proposição “~p” também é
verdadeira, logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus tollens.
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Adição p⇒pvq
q⇒pvq
Simplificação p^q⇒p
p^q⇒q
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
(p v q) ^ ~q ⇒ p
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Referência
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
Questões
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.
02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.
03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é do ponto de vista lógico, o mesmo que
dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
Respostas
01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta por uma das proposições simples como
verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V
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Corro ou faço ginástica
V F
Portanto ele:
Comeu muito
Não fez ginástica
Correu, e;
Acordou cedo
02. Resposta D
Na expressão temos ~p v q p q ~q ~p. Temos duas possibilidades de equivalência p q:
Se André não é artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos essa opção ~q ~p: Se
Bernardo é engenheiro, então André é artista. Logo reposta letra d).
03. Resposta: A.
Na expressão temos ~p v q p q p q: Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Diz-se que duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo
estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são
CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
Exemplo
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são equivalentes.
a) p ^ q ⇔ q ^ p
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b) p v q ⇔ q v p
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
Equivalências notáveis
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
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b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
3 – Idempotência
a) p ⇔ (p ∧ p)
b) p ⇔ (p ∨ p)
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4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas
invertendo-se e negando-se as proposições simples que as compõem.
Exemplo
Exemplo
Exemplo
4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
Exemplo
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5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
6 - Pela exportação-importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
Note que:
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Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO
SÃO EQUIVALENTES.
Exemplos
Exemplo
Vamos determinar:
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) A contrapositiva da contrária de p → q
Resolução
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q
b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva de q → p é ~p → ~q
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p
Questões
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02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 – CESPE) Em campanha de incentivo à
regularização da documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz com os seguintes dizeres:
“O comprador que não escritura e não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel".
A partir dessa situação hipotética e considerando que a proposição P: “Se o comprador não escritura
o imóvel, então ele não o registra" seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O comprador escritura o imóvel, ou não o
registra".
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P→Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P
Regras de dedução;
A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um
raciocínio lógico é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é
conclusão lógica da(s) premissa(s).
A dedução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. É um
tipo de Raciocínio lógico que se utiliza da dedução para obter uma conclusão de certa premissa. Deduzir
segundo o dicionário de língua portuguesa, pode significar concluir, ato de deduzir.
O raciocínio dedutivo apresenta conclusões que devem, necessariamente, ser verdadeiras caso todas
as premissas sejam verdadeiras.
É importante deixar claro que a dedução não oferece conhecimento novo, apenas organiza e especifica
o conhecimento que já se possui.
Exemplo:
Todo vertebrado possui vértebras.
Todos os gatos são vertebrados.
Logo, todos os gatos têm vértebras.
Afim de estudar um pouco mais sobre Raciocínio lógico-dedutivo devemos estudar sobre os
silogismos.
Referência
http://www.infoescola.com/filosofia/raciocinio-dedutivo/
SILOGISMO
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa “reunir
com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a. C.). Aqui o sentido adotado
é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma proposição final. Aristóteles
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
(384-346 a. C.) utilizou tal palavra para designar um argumento composto por duas premissas e uma
conclusão. Exemplo:
P + C, ~P ╞ C
ou
P+C
~P
Logo, C
Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao argumento formado por duas premissas e
uma conclusão, de modo que todas as premissas envolvidas são categóricas de forma típica (A, E, I, O).
Teremos também três termos:
- Termo menor: sujeito da conclusão.
- Termo maior: predicado da conclusão.
- Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada premissa e não aparece na conclusão.
Exemplos:
Todos os artistas são vaidosos
Alguns artistas são pobres
Logo, todos os pobres são vaidosos.
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Regras do Silogismo
Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve respeitar regras. Tais regras, em número de
oito, permitem verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro primeiras regras são relativas
aos termos e as quatro últimas são relativas às premissas. São elas:
- Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio e menor;
- Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas;
- O termo médio não pode entrar na conclusão;
- O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
- De duas premissas negativas, nada se conclui;
- De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa;
- A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
- De duas premissas particulares, nada se conclui.
Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles definiu. O que se entende por “parte mais fraca”
são as seguintes situações: entre uma premissa universal e uma particular, a “parte mais fraca” é a
particular; entre uma premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a negativa. Atenção:
Para determinar se um argumento é uma falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou argumento
final: quando se chega a um argumento falso, tem-se uma falácia; quando se chega a um argumento
verdadeiro, tem-se um silogismo.
Silogismos Derivados
Silogismos derivados são estruturas argumentativas que não seguem a forma rigorosa do silogismo
típico, mas que mesmo assim são formas válidas.
Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou mais proposições estão subentendidas. Por
exemplo: todo metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica subentendida a premissa “todo
chumbo é metal”. Passando para a forma silogística:
Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um cavalo é um quadrúpede. No dia a dia,
usamos muitas formas como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas e repeti-las pode
cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver confusão justamente por causa de premissas faltantes.
No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma proposição composta, sendo que uma das
proposições simples é razão ou explicação da outra.
Polissilogismo: O polissilogismo é uma espécie de argumento que contempla vários silogismos, onde
a conclusão de um serve de premissa menor para o próximo. Por exemplo:
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Ora, quem é responsável é capaz de direitos.
Logo, o racional é capaz de direitos.
Silogismo Informe: o silogismo informe caracteriza-se pela possibilidade de sua estrutura expositiva
poder ser transformada na forma silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que o réu não
é responsável do crime por ele cometido. Esta alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos
irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso perfeito da razão e nem podia fugir às graves
responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser formalizado assim:
Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da razão é responsável por seus atos.
Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão.
Logo, o réu é responsável por seus atos.
Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso ocorre que o predicado da primeira
proposição se torna sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na conclusão se unem o
sujeito da primeira proposição com o predicado da última. Por exemplo:
Claramente Compostas: são aquelas proposições em que a composição entre duas ou mais
proposições simples são indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então.
Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se move”. Nesse exemplo, duas proposições
simples são unidas pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa conjunção. Dentro do cálculo
proposicional será considerada verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples
verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q.
Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”. Caracteriza-se por duas proposições
simples unidas pela partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional, a proposição composta
será considerada verdadeira se uma ou as duas proposições simples forem verdadeiras e será
simbolizada como: p ∨ q.
Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é divisível por dois”. Aqui, duas proposições
simples são unidas pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa proposição, será
considerada verdadeira se sua consequência for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q.
Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições simples que formam uma proposição
composta com as partículas de ligação: salvo, enquanto, só.
Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A proposição composta é formada por três
proposições simples, sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três proposições
simples componentes são: “todos os corpos são ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
ponderável”. Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa proposição composta será
verdadeira se todas as proposições simples forem verdadeiras.
Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa proposição temos duas proposições simples
ocultas pela partícula enquanto. As duas proposições simples componentes da composta são: “a arte
possui uma indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa indeterminação X é infalível”. O termo
realmente também é considerado reduplicativo. A proposição composta será considerada verdadeira se
as duas proposições simples forem verdadeiras.
Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula “só” oculta as duas proposições simples que
compõem a composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma outra espécie é racional”. O
termo apenas também é considerado exclusivo. A proposição será considerada verdadeira se as duas
proposições simples forem verdadeiras.
O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme o conetivo utilizado na premissa maior:
- Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao afirmar a condição (antecedente), prova-se o
condicionado (consequência).
- Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao destruir o condicionado (consequência), destrói-se
a condição (antecedente).
- Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor,
nega-se a conclusão.
- Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor,
afirma a conclusão.
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Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições simples, na proposição composta, é “e”. Nesse
silogismo, a premissa maior deve ser composta por duas proposições simples que possuem o mesmo
sujeito e não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem ser contraditórios.
Possui somente uma figura legítima, o Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da
premissa maior na premissa menor, nega-se a outra proposição na conclusão.
Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a primeira, é uma disjunção tal que, afirmando
qualquer uma das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a mesma conclusão. Por
exemplo:
Questões
02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma
padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira,
conclusão. As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é
consequência necessária das premissas. São dados três conjuntos formados por duas premissas
verdadeiras e uma conclusão não necessariamente verdadeira.
I-
Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos.
Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas.
Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas.
II-
Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos.
38
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos.
Conclusão: Todos os tubarões são peixes.
III-
Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos.
Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados.
Conclusão: Todos os vertebrados são primatas.
Assinale:
(A) se somente o conjunto I for um silogismo.
(B) se somente o conjunto II for um silogismo.
(C) se somente o conjunto III for um silogismo.
(D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos.
(E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos.
03.
Algumas flores são rosas
A Rosa é uma mulher bonita
Logo, algumas mulheres bonitas são flores.
04.
Todos os gatos são seres vivos
Alguns seres vivos são omnívoros
Logo, alguns seres omnívoros são gatos.
(A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam de física”. Há uma intersecção entre eles,
com matemáticos que gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode estar tanto em um
como em outro grupo.
(B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de física.
(C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos
que gostam de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não são matemáticos”.
(D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam de física”. Porém, Mario tanto pode ser
matemático como pertencer a outro grupo que também goste de física.
(E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de física” e “matemáticos”. Mário gosta de
física, logo, ele não pode ser matemático. (Alternativa correta)
39
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II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões são pecilotérmicos. Conclusão: todos os
tubarões são peixes. Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até todos sejam, mas a
questão não dá informações suficientes para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos
pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos tubarões... eles podem ter alguma intersecção
ou nenhuma, por isso não podemos afirmar.
III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos são vertebrados. Conclusão: todos os
vertebrados são primatas. Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão não dá informações para
concluirmos tal coisa... o conjunto dos primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os mamíferos
contidos no conjunto dos vertebrados, então pode ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que
não sejam mamíferos....
03.
(A) Um silogismo categórico é uma forma de raciocínio composto por duas premissas categóricas e
uma conclusão que se extrai combinando os termos em que se decompõem as suas premissas.
(B) Ilegítimo, inválido formalmente, porque um silogismo compõe-se de, única e exclusivamente, três
termos e neste exercício temos 4 termos/conceitos: flor, rosa (nome de flor), Rosa (nome de mulher) e
mulher bonita.
04.
(A) Ilegítimo, inválido formalmente, porque o termo médio não é considerado pelo menos uma vez
universalmente, tal como se exige nas regras.
Definimos o conjunto dos números inteiros4 como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0,
1, 2, 3, 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão).
4
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:
Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma questão,
tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero,
na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma
zero; assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de
zero é o próprio zero.
41
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo
nunca pode ser dispensado.
1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a
variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3
2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto
do segundo.
Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal
negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:
10 – (10+5) =
10 – (+15) =
10 – 15 =
-5
42
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Divisão de Números Inteiros
Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro
por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado
não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência
do elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0
Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
- Propriedades da Potenciação:
43
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.
(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.
Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números
inteiros.
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3
Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte
em um número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
que elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos
números não negativos.
Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8
(b)
3
8 = –2, pois (–2)³ = -8
3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27
(d)
3
27 = –3, pois (–3)³ = -27
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.
44
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac
Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, continua
como resultado um número natural.
Questões
01. (Fundação Casa – Agente Educacional – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-
los a respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em atividades educativas,
bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes
negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas
atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude
negativa. Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos
atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.
02. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00
04. (Polícia Militar/MG - Assistente Administrativo - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus
obtiveram os seguintes resultados:
45
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
(A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.
06. (Casa da Moeda) O quadro abaixo indica o número de passageiros num voo entre Curitiba e
Belém, com duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números positivos indicam a
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos que desceram em
cada cidade.
07. (Pref.de Niterói/RJ) As variações de temperatura nos desertos são extremas. Supondo que
durantes o dia a temperatura seja de 45ºC e à noite seja de -10ºC, a diferença de temperatura entre o dia
e noite, em ºC será de:
(A) 10
(B) 35
(C) 45
(D) 50
(E) 55
08. (Pref.de Niterói/RJ) Um trabalhador deseja economizar para adquirir a vista uma televisão que
custa R$ 420,00. Sabendo que o mesmo consegue economizar R$ 35,00 por mês, o número de meses
que ele levará para adquirir a televisão será:
(A) 6
(B) 8
(C) 10
(D) 12
(E) 15
09. (Pref.de Niterói/RJ) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura.
Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura
de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
10. (FINEP – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um menino estava parado no oitavo
degrau de uma escada, contado a partir de sua base (parte mais baixa da escada). A escada tinha 25
degraus. O menino subiu mais 13 degraus. Logo em seguida, desceu 15 degraus e parou novamente.
A quantos degraus do topo da escada ele parou?
(A) 8
(B) 10
(C) 11
(D) 15
(E) 19
Comentários
01. Resposta: A
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50
02. Resposta: D
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, extrapola o orçamento
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior quantidade gasta possível dentro do
orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais
03. Resposta: D
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49
04. Resposta: C
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos
05. Resposta: B
Moto: 2 rodas
Carro: 4
12.2=24
124-24=100
100/4=25 carros
06. Resposta: D
240 - 194 + 158 - 108 + 94 = 190
07. Resposta: E
45 – (- 10) = 55
08. Resposta: D
420: 35 = 12 meses
09. Resposta: D
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
47
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
10. Resposta: E
8 + 13 = 21
21– 15 = 6
25 – 6 = 19
CONJUNTOS
Conjunto5 é uma reunião ou agrupamento, que poderá ser de pessoas, seres, objetos, classes…, dos
quais possuem a mesma característica e nos dá ideia de coleção.
Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos, três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos pois possuem elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou um
livro.
Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.
Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.
Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}.
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}.
5
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Exemplos:
- Conjunto das vogais
Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja, dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.
Exemplos:
a) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.
b) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.
Tipos de Conjuntos
- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.
Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.
- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.
Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}.
- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.
Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}.
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}.
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1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
- Conjuntos Finitos e Infinitos
Finito: quando podemos enumerar todos os seus elementos.
Exemplo: Conjuntos dos Estados da Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo,
Minas Gerais}.
Infinito: contrário do finito.
Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}. A reticências representa o
infinito.
Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou
com conjunto.
Exemplo:
Seja o conjunto B = {1, 3, 5, 7}
1∈ B, 3 ∈ B, 5 ∈ B
2 B,9B
Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B, dizemos
que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as mesmas
caraterísticas de um conjunto maior.
Exemplos:
- B = {2, 4} ⊂ A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2 ∈ {2, 3, 4, 5, 6} e 4 ∈ {2, 3, 4, 5 ,6}
DICAS:
1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;
2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.
50
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Relação de Inclusão
Deve ser usada para estabelecer a relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:
Exemplo:
Seja A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {0, 2, 4}
Dizemos que B ⊂ A ou que A ⊃ B
Exemplos:
- {2, 3} U {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4} U {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3} U {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}
- {a, b} U = {a, b}
- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
Exemplos:
- {2, 3, 4} ∩ {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3} ∩{2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3} ∩{1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4} ∩{3, 5, 7} =
51
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.
Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.
- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x ∈ A e x B}
Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2} A – B = {1, 3} e B – A =
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5} A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}
Note que A – B ≠ B - A
52
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.
Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4} A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 } B = {0, 1, 2}
c) C = C = S
Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam do
partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas responderam
à pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137
2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
53
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
Resolução:
3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%
Resolução:
70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.
Questões
01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Dos 43 vereadores de uma cidade,
13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos
vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas nas
comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O número
de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.
02. (UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP) Em uma pequena cidade, circulam apenas dois
jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa cidade
mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim, quantos por
centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%
54
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
03. (TRT 19ª – Técnico Judiciário – FCC) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos
15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para atender ao público.
Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são capazes de arquivar
documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de classificar
processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que
todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados anteriormente, eles somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.
04. (Metrô/SP – Oficial Logística – FCC) O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação de
um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas
apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo
com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma
medalha de ouro.
05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13
06. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa que apresenta o
conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}
07. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa biblioteca são lidos
apenas dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que
todo frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
55
1694056 E-book gerado especialmente para VALDEIR BRUNO
(D) 78%
(E) 38%
08. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança do Trabalho – FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92
pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam as
linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente
que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.
09. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa recepção, foram
servidos os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram pastel,
7 comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2
10. (Corpo de Bombeiros/MT – Oficial de Bombeiro Militar – UNEMAT) Em uma pesquisa realizada
com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de celular, constatou-se que
300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam as duas operadoras (A e B)
e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B.
Quantas pessoas foram consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800
Comentários
01. Resposta: C
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer
nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.
Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18
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02. Resposta: D
26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71
x = 29%
03. Resposta: B
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11 -
4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.
04. Resposta: D
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46
05. Resposta: B
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.
06. Resposta: E
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A B, tiramos que B = {0; 3; 5}.
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07. Resposta: B
80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%
08. Resposta: E
92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200
92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200 x + 182 = 200 x = 200-182 x = 18
09. Resposta: C
2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1
10. Resposta: C
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300 – 150 = 150
270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total).
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