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RESUMAPAS

RACIOCÍNIO LÓGICO

PROFESSOR IVAN FERREIRA


GABARITE INFORMÁTICA
SEJA BEM-VINDO ....................................................................................................................................................... 3
1 PROPOSIÇÕES LÓGICAS ......................................................................................................................................... 4
2 OPERADORES LÓGICOS ......................................................................................................................................... 5
3 COMUTATIVIDADE, SENTENÇAS ABERTAS E NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES ................................................ 8
4 TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO, CONTINGÊNCIA E PARADOXO ..................................................................... 10
5 PROPOSIÇÕES EQUIVALENTES ............................................................................................................................ 11
6 SILOGISMO, ARGUMENTO LÓGICO E ARGUMENTOS VÁLIDOS E INVÁLIDOS ............................................. 12
7 ARGUMENTO LÓGICO - TODO, ALGUM E NENHUM .......................................................................................... 13
8 TEORIA DOS CONJUNTOS .................................................................................................................................... 15
9 PORCENTAGEM ...................................................................................................................................................... 18
AGRADECIMENTO .................................................................................................................................................... 20

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Olá, querido(a) aluno (a). Tudo bem? Eu sou o Ivan, o seu professor de Raciocínio Lógico.

É um prazer enorme poder compartilhar o meu conhecimento contigo.

Este material possui mais de 15 páginas de resumos mapeados da disciplina de Raciocínio


Lógico que juntas contemplam todos os tópicos mais cobrados nos concursos públicos.

Tenho certeza de que ele tem muito do que você precisa para garantir pontos importantes na sua
prova.

Ah, tenho um pedido para fazer a você. Por gentileza, se possível, ao terminar de estudar este meu
material, envie-me o seu feedback para o e-mail gabariteinformaticaa@gmail.com, pois assim
conseguirei avaliar de maneira mais clara a sua qualidade e melhorá-lo ainda mais.

Muito obrigado.

Forte abraço, bons estudos, e vamos juntos à sua aprovação.

Profº Ivan Ferreira.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
proposição Princípios da lógica proposicional
Denomina-se proposição ou sentença toda oração declarativa 1 – Princípio da não-contradição:
que pode ser classificada ou como “verdadeira” ou como uma mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo,
“falsa”, ou seja, que admite um valor lógico. verdadeira e falsa.

2 – Princípio da exclusão do terceiro termo:


só existem os dois valores lógicos V e F, não existe um
terceiro termo.

3 – Princípio da Identidade:
Lembre-se: proposição é:
se uma proposição é verdadeira, então ela sempre será
Oração verdadeira. E, se uma proposição é falsa, então ela sempre será
falsa.
Proposição é: Declarativa

Valor lógico (V ou F)
Proposições simples e compostas
1 – Proposição simples:
Exemplo: Eu gosto de estudar. é simples quando ela é formada por uma única ideia.
Exemplo: eu torço para o Santos.

2 – Proposição composta:
Lembre-se: proposição NÃO é: são formadas pela junção de proposições simples. Esta
Exclamações ! junção é feita por meio do uso de conectivos lógicos, ou
operadores lógicos.
Perguntas ? Exemplo: eu gosto de futebol e torço para o Santos.
Proposição não é:
Ordem
número de linhas - tabela verdade
Paradoxo Fórmula: 2^n = 2 elevado a n
Por exemplo: 2^3 = 8 linhas e 3 proposições (ex: p, q e r).
Exemplo: Você gosta de estudar?

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
operadores lógicos DISJUNÇÃO v ou
Eu gosto de futebol ou gosto de atletismo.
conjunção ^ e O conectivo “ou”, utilizado nessa frase, é conhecido como conectivo
Eu gosto de futebol e torço para o Santos. de Disjunção v.
O conectivo “e”, utilizado nessa frase, é conhecido como conectivo Podemos chamar o: "eu gosto de futebol" de p e o "gosto de
de Conjunção ˆ. atletismo" de q e utilizar a seguinte notação: p ou q. Ah, também
Podemos chamar o: "eu gosto de futebol" de p e o "torço para o podemos utilizar a notação p v q.
Santos" de q e utilizar a seguinte notação: p e q. Ah, também Dizemos que uma disjunção é verdadeira quando pelo menos
podemos utilizar a notação p ˆ q. uma das informações é verdadeira. Em outras palavras, a
Dizemos que uma conjunção só será verdadeira se todas as disjunção só será falsa quando todas as informações forem
proposições forem verdadeiras. falsas.

Tabela verdade Tabela verdade

COMO JÁ FOI COBRADO COMO JÁ FOI COBRADO


CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Ambiental IBADE - 2022 - CRC-RO - Contador
A proposição “Fiscalizar os poderes constituídos é um dos Assinale a alternativa que apresenta uma frase com operadores
pilares da democracia e garantir a liberdade de expressão, lógicos da disjunção.
outro pilar da democracia” pode ser corretamente representada A A flor do buquê não é vermelha.

por P Q. B Ele vai para a praia ou para a montanha no feriado.
Certo Errado C Felipe vai a feira se e somente se Maria estiver no trabalho.
D Se ele é mineiro, então ele é brasileiro.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
operadores lógicos BICONDICIONAL ↔ “se e somente se”
cONDICIONAL → SE..., ENTÃO ...
Se estou com frio, então quero chocolate quente.
Estou com frio se, e somente se, quero um cobertor
O conectivo “se, e somente se”, utilizado nessa frase, é conhecido
como conectivo de Bicondicional ↔
.
O conectivo lógico “se... ,então... " , utilizado nessa frase, é Podemos chamar o: "estou com frio" de p e o "quero um cobertor"
conhecido como conectivo de Condicional . → de q e utilizar a seguinte notação: p se, e somente se, q. Ah,
Podemos chamar o: "estou com frio" de p e o "quero chocolate também podemos utilizar a notação p ↔
q.
quente" de q e utilizar a seguinte notação: se p então q. Ah, Dizemos que uma bicondicional é verdadeira quando as
também podemos utilizar a notação p →q. proposições tiverem o mesmo valor lógico. Em outras
palavras, a bicondicional só será falsa quando as proposições
Nesse tipo de proposição, há uma condição que, se confirmada,
tiverem valores lógicos distintos, ou seja, quando uma for V e a
leva á ocorrência de um resultado obrigatório.
outra é F.
Se a condição (p) for verdadeira, o resultado é obrigatório.
Porém, se a condição for falsa, não há como afirmar sobre o
resultado, podendo ele ser verdadeiro ou falso.
Tabela verdade:
Portanto, uma condicional só será falsa quando a condição é
verdadeira (p) e o resultado (q) é falso.
Um mnemônico muito utilizado é o "Vera Fischer é falsa" ou
seja, se a condição for Verdadeira e o resultado for Falso, a
condicional será falsa.
COMO JÁ FOI COBRADO
IBFC - 2017 - AGERBA - Técnico em Regulação
Assinale a alternativa correta. O valor lógico do bicondicional entre
duas proposições é falso se:
Tabela verdade: A os valores lógicos das duas proposições forem falsos
B o valor lógico de cada uma das proposições for verdade
C o valor lógico da primeira proposição for falso
D somente uma das proposições tiver valor lógico falso

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
operadores lógicos COMO JÁ FOI COBRADO
INSTITUTO AOCP - 2017 - EBSERH - Analista de Tecnologia da
Disjunção Exclusiva v "ou... ou...” Informação - Processos (HUJB – UFCG)
Ou estou com frio, ou quero chocolate quente. No caso da proposição composta pela disjunção exclusiva das
O conectivo lógico “ou...ou..." , utilizado nessa frase, é conhecido proposições simples P e Q (P V Q), temos que
como conectivo de Disjunção Exclusiva v. A basta que P seja verdadeira para que P V Q também seja.
Podemos chamar o: "estou com frio" de p e o "quero chocolate B basta que Q seja verdadeira para que P V Q também seja.
quente" de q e utilizar a seguinte notação: ou p ou q, mas não C P e Q devem ser verdadeiras (simultaneamente) para que P V Q
ambos. Ah, também podemos utilizar a notação p v q. também seja.
D uma das proposições deve ser verdadeira e a outra falsa
Dizemos que uma disjunção exclusiva é verdadeira quando as para que P V Q seja verdadeira.
proposições tiverem valores lógicos OPOSTOS. Em outras E P e Q devem ser falsas (simultaneamente) para que P V Q seja
palavras, só será falsa quando as proposições tiverem o mesmo verdadeira.
valor lógico. Resolução: como vimos, para que uma disjunção exclusiva seja
verdadeira é preciso que as proposições tenham valores lógicos
opostos. Portanto, uma das proposições precisa ser verdadeira e a
outra falsa.
Tabela verdade:

Leis de De Morgan
1ª lei | negação de uma conjunção
~(p^q) = (~p) v (~q)
tabelas para memorizar
2ª lei | negação de uma disjunção
~(pvq) = (~p) ^ (~q)

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
comutatividade negação de proposições
Na comutatividade, a ordem dos fatores não altera o A negação é o valor lógico OPOSTO de uma proposição.
resultado. Por exemplo: 2 + 4, ou 4 + 2, terão como resultado o 6. Por exemplo: se uma proposição é FALSA, a sua negação deve ser
Nas proposições lógicas, quase todas possuem a propriedade VERDADEIRA.
da comutatividade, com exceção da CONDICIONAL. Para representar uma negação, utilizamos o símbolo ¬ ou o ~.
Por exemplo: podemos negar o p utilizando ¬p ou o ~p.
Vamos conferir:
Canto e danço = Danço e canto
Canto ou danço = Danço ou canto
Canto se e somente se danço = Danço se e somente se canto negação de proposições simples
Ou canto ou danço = Ou danço ou canto Para tornar uma proposição negativa, podemos usar o NÃO antes
da sentença.
Como dito, a única proposição que não possui a propriedade Por exemplo:
comutativa é a condicional. Pois, se trocarmos a ordem entre o João é professor
antecedente e o consequente, a ideia da proposição é alterada. João não é professor
Eu gosto de Informática
Eu não gosto de Informática
Também podemos usar a expressão "Não é verdade que..."
Por exemplo:
João é professor
sentenças abertas Não é verdade que João é professor
Uma sentença aberta contém pelo menos uma variável, ou Eu gosto de Informática
incógnita, e não podemos determinar o seu sujeito. Não é verdade que eu gosto de Informática
Podemos reconhecer uma sentença aberta quando ela não pode
ser nem V nem F.
Exemplos:
x + 10 = 15. (O que é o x?)
Aquela garota é muito estudiosa. (Quem é a garota?)

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
negação de proposições compostas negação de proposições compostas
CONJUNÇÃO - a negação da conjunção é obtida ao negar as CONDICIONAL - a negação da condicional é obtida ao manter a
proposições e substituir o conectivo ^(e) por v(ou). condição e negar o resultado. Ou seja, mantém a primeira E
Por exemplo: nega a segunda.
p e q: Estou com fome E quero um lanche Por exemplo:
~p ou ~q: Não estou com fome OU não quero um lanche p →q: Se estou com fome, ENTÃO quero um lanche
p e ~q: Estou com fome E não quero um lanche
DISJUNÇÃO - a negação da disjunção é obtida ao negar as
Um mnemônico muito utilizado é o "MANÉ" ou seja, MAntém a
proposições e substituir o conectivo v(ou) por ^(e).
primeira e NEga a segunda.
Por exemplo:
p ou q: Estou com fome OU quero um lanche
BICONDICIONAL - para negar uma bicondicional basta
~p e ~q: Não estou com fome E não quero um lanche
transformá-la em uma disjunção exclusiva v.
Por exemplo:
p ↔ q: Estou com fome se e somente se quero um lanche
COMO JÁ FOI COBRADO p v q: OU estou com fome OU quero um lanche
CETRO - 2014 - AEB - Assistente em C&T 3-I Uma outra forma de negar uma bicondicional é: negar apenas
Assinale a alternativa que apresenta a negação da seguinte uma das suas proposições.
proposição: “Cachorros não tomam cerveja e gatos comem carne”. Por exemplo:
A Cachorros não tomam cerveja e gatos não comem carne. p ↔ q: Estou com fome se e somente se quero um lanche
B Cachorros tomam cerveja ou gatos comem carne. p ↔ ~q: Estou com fome se e somente se NÃO quero um lanche
C Cachorros tomam cerveja ou gatos não comem carne.
D Cachorros não tomam cerveja ou gatos comem carne. DISJUNÇÃO EXCLUSIVA - para negar uma disjunção exclusiva
Resolução: p=Cachorros não tomam cerveja e q=gatos comem basta transformá-la em uma bicondicional . ↔
carne. Por exemplo:
Negamos p e q e trocamos o conectivo e (conjunção) por ou p v q: OU estou com fome OU quero um lanche
(disjunção). p ↔ q: Estou com fome se e somente se quero um lanche
Resultado: ~p=Cachorros tomam cerveja ou ~q=gatos não comem
carne.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
tautologia contradição
É uma proposição composta que possui valor lógico verdadeiro, É uma proposição composta que possui valor lógico sempre
independentemente dos valores lógicos das proposições falso, independentemente dos valores lógicos das proposições
simples que a compõem. que a compõem.
Por exemplo: p v (~p). Nesse caso, independentemente do valor Por exemplo: p ^ (~p). Nesse caso, independentemente do valor
lógico da proposição p, essa proposição sempre será lógico da proposição p, essa proposição sempre será falsa.
verdadeira.

Tabela verdade:
Tabela verdade:

cONTINGÊNCIA
É uma proposição composta que pode ser verdadeira ou falsa,
COMO JÁ FOI COBRADO dependendo do valor lógico das premissas que a constituem.
CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Tecnologia da Por exemplo: p ^ p. Nesse caso, dependendo do valor lógico das
Informação duas proposição simples, a proposição composta pode ser
Uma tautologia é uma proposição lógica composta que será verdadeira ou falsa.
verdadeira sempre que os valores lógicos das proposições simples
que a compõem forem verdadeiros.
Certo Errado paradoxo
Resolução: como vimos, tautologia é uma proposição composta Um paradoxo é uma proposição que, apesar de aparentar um
que possui valor lógico verdadeiro, independentemente dos raciocínio coerente, demonstra falta de nexo ou de lógica,
valores lógicos das proposições simples que a compõem. escondendo contradições decorrentes de uma análise incorreta
de sua estrutura interna.
Exemplo: paradoxo do mentiroso.
Um mentiroso não pode declarar: "Eu sou mentiroso".
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Conceitos básicos de raciocínio lógico
PROPOSIÇÕES EQUIVALENTES INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA MEMORIZAR
Duas proposições são equivalentes entre si quando apresentam Em uma condicional p→q, podemos afirmar que:
resultados identicos. Ou seja, sempre terão o mesmo valor p é condição suficiente para q
lógico. q é condição necessária para p
Exemplos: Exemplo: Se estou com fome, então minha barriga dói
p e q: equivale a q e p. p: estar com fome é uma condição suficiente para minha barriga
p ou q: equivale a q ou p. doer.
p↔ ↔
q: equivale a q p. q: minha barriga doer é uma condição necessária para eu estar
com fome.

PROPOSIÇÕES EQUIVALENTES - condicional ↔


Em uma bicondicional p q, podemos afirmar que:
A equivalência da proposição condicional → cai muito em provas
p é condição necessária e suficiente para q
q é condição necessária e suficiente para p
de concursos públicos, portanto, é fundamental que você a
Exemplo: Estou com fome se, e somente se, minha barriga dói
conheça. Bora, então?
p: estar com fome é uma condição suficiente para minha barriga
p→ q: equivale à ~q →
~p (ou seja, inverte a ordem e nega as
doer.
q: minha barriga doer é uma condição suficiente para eu estar
duas proposições) e também à disjunção ~p ou q (ou seja, nega
com fome.
a primeira proposição e altera de condicional para disjunção).
p: estar com fome é uma condição necessária para minha
barriga doer.
Exemplo:
p→ q: Se estou com fome, ENTÃO quero um lanche.
q: minha barriga doer é uma condição necessária para eu estar
Equivalência 1: ~q → ~p: NÃO quero um lanche, ENTÃO NÃO
com fome.
estou com fome.

Equivalência 2: ~p ou q: NÃO estou com fome OU quero um


lanche.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
silogismo argumentos válidos e inválidos
O silogismo lógico é a conclusão lógica perfeita e irrefutável. Um argumento lógico é válido quando as suas premissas
Ele chega a uma conclusão a partir de premissas verdadeiras e sustentam uma conclusão.
argumentos válidos.
Por exemplo:
Todo brasileiro gosta de futebol. João é brasileiro. Logo, João
argumento lógico gosta de futebol.
Um argumento é um conjunto formado por premissas e
conclusões. Temos duas premissas nesse argumento lógico "Todo brasileiro
Premissas: são as informações que dão suporte à conclusão gosta de futebol, e João é brasileiro". Se aceitarmos essas
obtida. premissas, seremos obrigados a aceitar também a conclusão "João
Conclusão: é o resultado da lógica efetuada em cima das gosta de futebol". Logo, este é um argumento válido, pois a
premissas apresentadas. conclusão obtida é uma decorrência lógica das premissas
apresentadas.
Exemplo 1:
Se está chovendo, fico em casa. Ontem choveu. Logo, ontem Um argumento lógico é inválido quando as suas premissas não
fiquei em casa. sustentam uma conclusão.

Premissa 1: Se está chovendo, fico em casa. Por exemplo:


Premissa 2: Ontem choveu. Todo brasileiro gosta de futebol. João é argentino. Logo, João
Conclusão: Logo, ontem fiquei em casa. gosta de futebol.

Exemplo 2: Temos duas premissas nesse argumento lógico "Todo brasileiro


Se faz frio, bebo chocolate quente. Ontem fez frio. Logo, gosta de futebol, e João é argentino". A conclusão apresentada
ontem bebi chocolate quente. "João gosta de futebol" não é uma decorrência lógica das
premissas apresentadas, pois nenhuma delas informa que
Premissa 1: Se faz frio, bebo chocolate quente. argentinos também gostam de futebol.
Premissa 2: Ontem fez frio.
Conclusão: Logo, ontem bebi chocolate quente.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
NENHUM (é uma proposição universal negativa)
argumento lógico - todo, algum e nenhum Exemplo: Nenhum cachorro é animal da cor verde
As expressões "Todo", "algum", "nenhum", são proposições Nesse caso, a primeira informação NÃO ESTÁ dentro da
categóricas e podem ser solucionadas ao utilizar diagramas segunda.
lógicos.

TODO (é uma proposição universal afirmativa)


Exemplo: Todo cachorro tem quatro patas
Nesse caso, a primeira informação ESTÁ dentro da segunda. Cachorro Animais da
cor verde

Animais de quatro patas

Cachorro
NEGAÇÃO DO NENHUM
Exemplo: Nenhum gato é vermelho
Existe gato que é vermelho.
Algum gato é vermelho.
Pelo menos um gato é vermelho.
NEGAÇÃO DO TODO
Exemplo: Todos os cachorros são caramelos
EQUIVALÊNCIA DO NENHUM
Existe cachorro que não é caramelo.
Exemplo: Nenhum gato late
Algum cachorro não é caramelo.
Equivalência: Todo gato não late
Pelo menos um cachorro não é caramelo.
Nem todos os cachorros são caramelo.

EQUIVALÊNCIA DO TODO
Exemplo: Todos os cachorros são caramelos
Equivalência: Nenhum cachorro não é caramelo

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
argumento lógico - todo, algum e nenhum COMO JÁ FOI COBRADO
ALGUM (é uma proposição particular afirmativa) IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciária
Todo mafagáfo é um guilherdo e todo guilherdo é um rosmedo. Desse
Exemplo: Algum gato é verde
modo, é correto afrmar que:
Nesse caso, algum elemento da primeira informação ESTÁ
A Há mafagáfo que não é rosmedo.
dentro da segunda e sempre será uma interseção. B Todo guilherdo é mafagáfo.
C Nenhum rosmedo é mafagáfo.
D Alguns guilherdos podem ser mafagáfos.
Resolução: vamos conferir todas as alternativas e utilizar diagramas para
melhor resolução:
Gato(s) que Animais
Gatos
é verde verdes
Rosmedo

Guilherdo
Todo Guilherdo Aqui pode haver
Aqui estão os gatos é Rosmedo
Mafagáfo algum Rosmedo que
que são verdes
não é Guilherdo
Aqui pode haver
Todo Mafagáfo algum Guilherdo
NEGAÇÃO DO ALGUM é Guilherdo que não é Mafagáfo
Exemplo: Algum cachorro é caramelo
NENHUM cachorro é caramelo.
A Há mafagáfo que não é rosmedo - Errado, pois todos os mafagáfos
TODO cachorro não é caramelo.
estão dentro/contido do diagrama Rosmedo.
B Todo guilherdo é mafagáfo - Errado. Note que há um espaço livre
dentro do diagrama dos guilherdos onde pode haver algum guilherdo que
SINÔNIMOS DO ALGUM
não é mafagáfo.
Exemplo: Algum cachorro é caramelo C Nenhum rosmedo é mafagáfo - Errado, pois todos os mafagáfos
Sinônimos: estão dentro do diagrama Guilherdo e todos os Guilherdos são Rosmedo.
Existe cachorro que é caramelo Portanto, há algum Rosmedo que é mafagáfo.
Há pelo menos um cachorro que é caramelo D Alguns guilherdos podem ser mafagáfos. Correto. Uma vez que
todo mafagáfo é guilherdo, podemos afirmar que alguns guilherdos, não
todos, podem ser mafagáfos.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
TEORIA DOS CONJUNTOS relação de pertinência
Conjunto é uma coleção de indivíduos ou elementos que Refere-se à relação entre um Elemento e um Conjunto. Ou seja,
possuem uma característica em comum. se ele pertence ∈ou não pertence ∉
a um conjunto.
Exemplos:
Exemplo: se chamarmos por M o conjunto dos mamíferos, a ∈ B = o elemento a pertence ao conjunto B.
podemos dizer, por exemplo, que a vaca é um elemento de M e a ∉ B = o elemento a não pertence ao conjunto B.
que a flor rosa não é elemento de M.

vaca ∈ M (lê-se: vaca é um elemento do conjunto M) Podemos descrever um conjunto de vários modos, como:
rosa ∉ M (lê-se: rosa não é elemento do conjunto M) 1º escrever uma lista dos seus elementos entre chaves.
Ex.: A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}.
Mamíferos (M) 2º utilizar diagramas.

A
vaca
2
rosa 1 3
5
4 6
leão ∈
C (lê-se: leão é um elemento do conjunto C) 7 8 9
ovelha ∉
C (lê-se: ovelha não é elemento do conjunto C) 10

Carnívoros (C)

Observações: Para dar a descrição completa de um conjunto, nem


leão sempre é preciso incluir todos os elementos na lista.
Ex.: A = {a, b, c, d, e, f, ..., z}
ovelha
As vezes não é possível descrever um conjunto relacionando todos
Os conjuntos e subconjuntos são representados por letras os seus elementos. Porém, podemos descrever uma lista parcial.
MAIÚSCULAS, já os elementos são representados por letras Ex.: A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
minúsculas.

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
UNIÃO
relação de inclusão É a junção das regiões de dois ou mais conjuntos. Simbolizamos
Refere-se a relação entre CONJUNTOS. a união entre os conjuntos A e B por A B. ∪
Ou seja, um conjunto CONTÉM/NÃO CONTÉM ou ESTÁ Termo chave: OU. Pertencem a A OU a B.
CONTIDO/ NÃO ESTÁ CONTIDO em outro conjunto. Ex.: A {1, 2, 3}∪ B {4, 5, 6} = A ∪
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Utilizamos os seguintes símbolos:
⊃ (contém) e ⊂ (está contido).
A B

2 6
Ex.: A contém o conjunto B e B está contido em A. Portanto, A é
1 4 5
um conjunto e B é um subconjunto.
A⊃ BeB ⊂ A
3 7

A
B

INTERSEÇÃO
É a região comum a dois ou mais conjuntos. Simbolizamos a
interseção entre os conjuntos A e B por A B. ∩
Termos chave: "E", "Simultaneamente" e "ao mesmo tempo".
Ex.: Pertencem a A E a B.
Ex.: B contém o conjunto C e C está contido em B. Portanto, B é ∩
Ex.: A {1, 2, 3, 4, 5} B {4, 5, 6, 7} = A B = {4, 5} ∩
um conjunto e C é um subconjunto.
B ⊃ CeC ⊂ B
A B
B
C 1 2 6
4 5
3 7

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
DIFERENÇA CONJUNTO VAZIO
Refere-se aos elementos que pertencem a um conjunto, mas É aquele que não possui nenhum elemento e está contido em
não pertencem ao outro. Simbolizamos a diferença entre os qualquer conjunto.
conjuntos A e B por A - B. O símbolo que utilizamos para identificá-lo é o . ∅
Termos chave: "apenas", "exclusivamente" e "somente". Ex.: A { } = A =∅
Ex.: Elementos que pertencem apenas a A e não em B.
Ex.: A {1, 2, 3, 4, 5} - B {3, 4, 5, 6, 7} = A - B = {1, 2} CONJUNTO UNITÁRIO
A B É aquele que possui SOMENTE UM elemento.
Ex.: A {4}

2 3 6
1
4 5
FÓRMULA DA UNIÃO DE DOIS CONJUNTOS
7
n(A U B) = n(A) + n(B) - n(A B) ∩
Explicação: a união dos conjuntos A e B é igual ao valor de A
mais o valor de B menos a interseção entre A e B.
Observação: para encontrarmos a diferença entre conjuntos,
pegamos o primeiro conjunto (A) e retiramos dele os elementos
que também fazem parte do segundo (B). O resultado da
subtração é a diferença. FÓRMULA DA UNIÃO DE TRÊS CONJUNTOS
(A U B U C) = n(A) + n(B) + n(C) - n(A ∩B) - n(A ∩ C) - n(B ∩ C)
COMPLEMENTAR + n(A ∩ ∩
B C)
Considere A um conjunto qualquer e B o conjunto universo. O
complemento de A é o conjunto formado por todos os Explicação: a união dos conjuntos A, B e C é igual ao valor do
elementos do Universo, com exceção daqueles que estão conjunto A mais o conjunto B mais o conjunto C menos a
presentes em A, ou seja, todos os elementos que não estão interseção de A e B, menos a interseção de A e C, menos a
em A estão no complemento de A. O símbolo que utilizamos interseção de B e C e, finalmente, mais a interseção de A, B e
para identificá-lo é o C. Ex.: C.

Ex.: A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}


Complementar de A: Ac = B-A = {4, 5, 6, 7, 8}

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Conceitos básicos de raciocínio lógico
PORCENTAGEM DE UM TOTAL
porcentagem Fórmula :
A porcentagem é a divisão onde o denominador é o número Valor = Porcentagem x Total
100. Por exemplo, 10% é o mesmo que 10 dividido por 100, ou Por exemplo: se quisermos calcular qual é o valor de 30% de 600,
seja, 10% = 10/100 = 0,10. basta multiplicar 30% por 600, ou seja:
Outros exemplos: 30% de 600 = 30%x600 = 0,3x600 = 180.
1º 20% dos inscritos em um concurso de fato estão estudando -
significa que de cada 100 inscritos, 20 estão estudando. PORCENTAGEM DE PORCENTAGEM
2º O número de inscritos para o concurso deste ano é 8% menor Fórmula :
que o do ano passado”: significa que para cada 100 inscritos no P% x Q% x V
concurso do ano passado, hoje temos 100 – 8, ou seja, 92 Por exemplo: calcular o imposto de 10% em cima do lucro de um
inscritos. valor de R$ 1000 aplicado com taxa de 20%.
R: P% x Q% x V = 10% x 20% x 1000 = 0,1 x 0,2 x 1000 = 20.
Para calcular a porcentagem que um valor representa de um total,
basta efetuar a seguinte operação: AUMENTOS E REDUÇÕES PERCENTUAIS
Fórmula para aumento: Preço final = Preço inicial x (1+p%)
Por exemplo: aumentar em 10 % o valor de um produto que custa
R$ 300.
R: Preço final = Preço inicial x (1+p%)
Por exemplo: para saber o percentual que 20 candidatos Preço final = 300 x (1+0,10)
representam em um total de 400 inscritos, basta: Preço final = 300 x 1,10
Preço final = 330

Fórmula para redução: Preço final = Preço inicial x (1-p%)


Por exemplo: reduzir em 10 % o valor de um produto que custa R$
Para transformar um número percentual em decimal basta
300.
dividi-lo por 100. Exemplo: 50% = 50/100 = 0,50.
R: Preço final = Preço inicial x (1-p%)
Agora, para transformar um número decimal em percentual Preço final = 300 x (1-0,10)
basta multiplicá-lo por 100. Exemplo: 0,05% = 0,05x100 = 5%. Preço final = 300 x 0,9
Preço final = 270

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19
Conceitos básicos de raciocínio lógico
PERCENTUAL DE VARIAÇÃO OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA - LUCRO PERCENTUAL
Fórmula aumento: Fórmula:
Lucro = Preço de venda - Custo
Por exemplo
Lucro = 80 - 50
Por exemplo: se um iPhone custava R$ 3000 e passou a custar Lucro = 30
R$ 3600, qual foi o percentual de aumento aplicado:
1 – calcular o valor absoluto do aumento: 3600 – 3000 = 600 reais Fórmula do percentual em relação ao preço de venda.
de aumento.
2 – calcular o percentual que este aumento (600 reais) representa
em relação ao valor inicial (3000 reais).
Por exemplo: se um iPhone foi comprado por R$ 2100 e depois
vendido por R$ 3000, qual foi o percentual de lucro em relação
ao preço de venda?

PERCENTUAL DE VARIAÇÃO
Fórmula redução:

Fórmula do percentual em relação ao preço de custo.

Por exemplo: se um curso custava R$ 600 e passou a custar R$


480, qual foi o percentual de redução aplicado:
1 – calcular o valor absoluto da redução: 600 – 480 = 120 reais de
desconto. Por exemplo: se um iPhone foi comprado por R$ 2100 e depois
2 – calcular o percentual que esta redução (120 reais) representa vendido por R$ 3000, qual foi o percentual de lucro em relação
em relação ao valor inicial (600 reais). ao preço de custo?

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20
agradecimento
Olá, querido(a) aluno(a). Que maravilha, você passou por todos os tópicos de Raciocínio lógico
que mais são cobrados em provas de concursos públicos e chegou ao final deste material.

Espero que você tenha gostado do conteúdo encontrado por aqui e que ele tenha agregado
à sua preparação.

Muito obrigado pela sua atenção e continue firme, pois tenho certeza que a sua aprovação
está próxima.

Forte abraço, profº Ivan.

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