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DESCARTES E O RACIONALISMO DOGMÁTICO

O CONCEITO CARTESIANO DE CONHECIMENTO/CIÊNCIA


Descartes não quer um conhecimento refutável nem provável, mas “algo de seguro e duradoiro
nas ciências”, como nos diz logo no início da 1ª Meditação. Para o filósofo, o que é dubitável é assumido
como falso, e não se aceita o que é provável. Neste sentido, Descartes exige à ciência o mesmo que a
matemática fornece: certezas inabaláveis, eternas e irrefutáveis.
Assim, Descartes vê a ciência como um sistema fechado que cresce quantitativamente e não
qualitativamente, no sentido em que os seus fundamentos não são revisíveis e permitem uma
fundamentação sólida à ciência. Esta conceção de ciência é representada pela metáfora da árvore: nas
raízes estão os princípios descobertos pela metafísica, no tronco as leis da física e nos ramos as leis da
moral, da medicina e da mecânica.

O MÉTODO DA DÚVIDA METÓDICA


Para concretizar o seu projeto de uma ciência perfeita, Descartes propõe que se submeta toda a
ciência ao exame crítico da dúvida, ou seja, devemos testar todas as nossas ideias*, procurando
contraexemplos, de forma a só admitir aquilo que resiste à tentativa de refutação. Esta dúvida deve ser
hiperbólica/exagerada no sentido em que não admite o valor provável, remetendo para o falso tudo aquilo
que não for absolutamente certo.
* a ideia de Descartes não é examinar todo o conhecimento científico, porque isso seria uma tarefa sem fim,
mas as bases em que se funda esse conhecimento. Assim, se os fundamentos forem falsos ou dubitáveis, tudo
o que sobre eles está fundado deve ser rejeitado como falso.

As características da dúvida cartesiana são as seguintes:


• Metódica, porque é uma técnica de contraexemplos que vai eliminando o que é confuso e
dubitável, até se chegar a uma verdade clara e distinta da qual não se pode duvidar. Neste
sentido, a dúvida é não cética, pois ela não é um fim em si mesma, mas um meio para a
verdade. Neste sentido, ela é temporária e não permanente
• Radical/universal, porque se estende a todas as perceções da mente:
- às sensações dos sentidos, mesmo as que parecem mais evidentes, como o estar sentado
à lareira, com um roupão vestido e a segurar um papel;
- às ideias da razão, mesmo as ideias matemáticas, como o somar 2+3 ou contar os lados de
um triângulo.
• Hiperbólica, porque assume como falso o que é provável
• Livre/Voluntária, pois o ato de duvidar decorre da vontade livre de um sujeito

DISTINÇÃO ENTRE A DÚVIDA CARTESIANA E A DÚVIDA CÉTICA


Enquanto a dúvida cartesiana permite uma correção progressiva das nossas crenças, até que seja
alcançada uma verdade indubitável, a dúvida cética é aplicada ad infinito de forma a provar a refutabilidade
e relatividade de todo o conhecimento. Assim, se num primeiro momento a dúvida cartesiana parece

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conduzir ao ceticismo, lançando Descartes “num remoinho de águas profundas”, no fim permite descobrir
uma “base sólida” que o traz “até à superfície”.

PROBLEMAS TESES E ARGUMENTOS


SOBRE A ORIGEM E POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

As questões filosóficas que se colocam são:


1. COMO alcançar o conhecimento inabalável/ perfeito/ indubitável? – problema da ORIGEM
do conhecimento
2. Será esse conhecimento perfeito POSSÍVEL? – problema da POSSIBILIDADE do
conhecimento (perfeito/absoluto)

I. O PROBLEMA DA ORIGEM E DA POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO


O problema da origem do conhecimento levanta a questão de saber em que é que devemos
fundar o nosso conhecimento de forma que ele NÃO SEJA UMA MERA OPINIÃO, MAS UMA CRENÇA
VERDADEIRA JUSTIFICADA RACIONALMENTE. A resposta a esta questão dividiu os filósofos: Descartes
defendeu a razão, enquanto Hume defendeu a experiência.
O problema da possibilidade levanta a questão de saber se é possível o homem alcançar um
conhecimento certo e absoluto, seja ele obtido pela experiência ou pela razão. No fundo, a questão que os
filósofos levantam é a de saber se é possível o homem ter a certeza que a sua representação do mundo é
de facto verdadeira. A resposta a esta pergunta também não é consensual, dividindo-se os filósofos entre
aqueles que defendem a possibilidade do conhecimento perfeito, como é o caso de Descartes, e os que
rejeitam essa possibilidade, como David Hume.
Abaixo apresentamos os argumentos de Descartes contra o empirismo seguidos da teoria
racionalista dogmática e respetivos argumentos.

ARGUMENTOS CÉTICOS CONTRA O EMPIRISMO:


A tese de Descartes é que se queremos um conhecimento verdadeiro e indubitável, não devemos
partir das sensações fornecidas pelos sentidos, porque as sensações não são indubitáveis, ou seja, são
representações/construções subjetivas do real ou, como ele diz, “quadros da realidade” que podem ser
falsos.
Os argumentos apresentados baseiam-se em 2 tipos de contraexemplos: as ilusões óticas e os
sonhos.
NOTA: Descartes ainda concebe um 3º contraexemplo – a hipótese do génio maligno – contudo
acaba por rejeitar esta hipótese, pelo que podemos concluir que atribui algum valor epistemológico às
sensações, mas não o suficiente para nelas fundar o conhecimento absoluto. Vejamos:

ILUSÕES ÓTICAS
Os argumentos contra a experiência são vários e provam o caráter enganador das sensações.
Descartes dá o exemplo da vara e do sol. No caso da vara, acontece que quando esta é mergulhada na
água, ela parece partida, mas não está. O mesmo acontece no caso do sol, que nos é representado como
um corpo muito menor do que a Terra, quando na realidade é várias vezes maior do que a Terra. Estes

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factos mostram bem como nem quando estamos acordados podemos confiar naquilo que vemos.
Efetivamente, e como hoje mostram os estudos na área da psicologia cognitiva e da neurociência, a
perceção sensorial não corresponde ao real, devendo ser encarada como uma construção subjetiva
condicionada pelo sistema fisiológico sensorial, pelas emoções, pelas espectativas de cada sujeito, pelos
valores e cultura, etc. É por esta razão que Descartes afirma que não devemos dar crédito ao instinto
natural que nos leva a acreditar nas sensações, e que só devíamos confiar na luz natural da razão (ver 3ª
Meditação)

SONHOS
Um outro argumento contra a fiabilidade das sensações é-nos apresentado recorrendo ao exemplo
dos sonhos, cujas sensações podem ser muito enganadoras. Ao invocar os sonhos, Descartes quer
argumentar que se as sensações dos sonhos não se distinguem das da vigília, não há razão para não
duvidar da veracidade do que vemos quando estamos acordados, chegando mesmo a afirmar a
possibilidade das nossas perceções serem todas um sonho
Contudo, ao comparar as sensações da vigília às sensações dos sonhos, Descartes não está a
querer dizer que as sensações não possuem qualquer grau de realidade, pois os sonhos são construções
que tem a realidade por base. É neste sentido que Descartes afirma que as sensações devem ser
consideradas quadros da realidade, comparando as sensações a quadros e a mente a um pintor.

GÉNIO MALIGNO – DÚVIDA HIPERBÓLICA


O argumento do génio maligno vai mais longe do que o argumento dos sonhos, porque coloca a
hipótese* de sermos controlados por um ser malévolo que nos engana sempre. Debaixo desta hipótese, as
sensações não são sequer quadros de uma realidade, isto é, representações subjetivas, mas sensações de
nada, colocadas diretamente na nossa mente pelo génio maligno.
* Descartes justifica esta hipótese com base no seguinte argumento: se Deus fosse infinitamente bom, não
permitiria que o homem errasse algumas vezes, no entanto verificamos que erramos algumas vezes e é por isso
legítimo pensar que não somos criados por um Deus bom, mas por um Deus enganador.
Assim, Descartes conclui que, debaixo da hipótese de sermos controlados pelo génio maligno, não
só podemos duvidar da evidencia das nossas sensações, mas, também, das evidencias matemáticas, como
por exemplo, “3+2=5” ou “os lados de um quadrado são 4”.

TEORIA RACIONALISTA DOGMÁTICA – INATISMO* (apriorismo)


*NOTA: O racionalismo cartesiano é, também, designado INATISMO no sentido em que os princípios a
partir dos quais o conhecimento é deduzido encontram-se na mente desde a nascença
Por contraponto ao empirismo, que defende que o conhecimento é induzido a partir do que
observamos (a mente é uma tábua rasa e não há ideias inatas), a TEORIA RACIONALISTA defende que a
mente contém ideias simples e gerais (princípios), que foram colocadas por Deus em nós, e são estas
ideias que devem servir de base ao conhecimento, e não as sensações. Neste sentido, podemos dizer que
segundo o racionalismo, o conhecimento está fundado APENAS na razão, uma vez que só são utilizadas
operações racionais: a INTUIÇÃO pela qual se obtém o conhecimento dos princípios – as ideias SIMPLES
e GERAIS (universais) e a DEDUÇÃO pela qual se obtém o conhecimento dos PARTICULARES (leis).

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Mas o racionalismo cartesiano é DOGMÁTICO, uma vez que defende que o conhecimento obtido
racionalmente é necessariamente verdadeiro. Assim, a ciência cartesiana deve ser vista como uma
árvore: nas raízes temos os princípios, fornecidos pela metafísica, no tronco a física, deduzida dos
princípios, e nos ramos a medicina, a mecânica e a moral, deduzidas da física.

A MATEMÁTICA - UM EXEMPLO DE CONHECIMENTO RACIONAL IRREFUTÁVEL


Para percebermos melhor como é que a razão pode, sem o auxílio dos sentidos, levar ao
conhecimento verdadeiro, vamos observar como é que a matemática produz o seu conhecimento.
A matemática é um sistema de ideias, todas elas verdadeiras, e nenhuma delas é obtida pelos
sentidos. Estas ideias verdadeiras são obtidas por INTUIÇÃO racional e por DEDUÇÃO. As proposições
intuídas são designadas AXIOMAS, e são proposições simples, porque não podem ser decompostas
noutras mais simples, e primeiras, porque delas derivam todas as outras, mas elas não derivam de
nenhuma. As proposições deduzidas dos axiomas são designadas TEOREMAS, e são proposições
complexas e segundas por poderem ser decompostas e derivarem de outras mais simples.
Os axiomas são considerados verdadeiros, mas a sua verdade não tem que ser justificada, por se
considerar que estas proposições são evidentes. Neste sentido, diz-se que os axiomas são intuitivamente
certos. Um exemplo de um axioma intuitivamente certo é o axioma que define a propriedade do “zero”: “zero
é um número que multiplicado por outro dá zero”. Trata-se de proposições simples, ou primeiras, no sentido
em que não se podem decompor porque não derivam de outras proposições.
Os teoremas, uma vez que são logicamente deduzidos dos axiomas, ou de outras proposições já
demonstradas, têm garantida a sua verdade. Um exemplo de um teorema demonstrativamente certo é o
teorema sobre a propriedade dos ângulos de um triangulo que é deduzido a partir dos axiomas sobre as
propriedades dos ângulos.
Assim, o conhecimento matemático é inteiramente racional e certo, no sentido em que em nenhum
momento recorre à experiência e todas as suas afirmações ou são intuitivamente certas ou
demonstrativamente certas.

AS BASES INATAS DA CIENCIA - OS PRINCÍPIOS METAFÍSICOS


Os princípios metafísicos são as premissas fundadoras de toda a ciência e fornecem as primeiras
verdades/certezas sobre o Real. Estas verdades são 3, a saber, A MENTE EXISTE E É DISTINTA DO
CORPO, DEUS EXISTE e a MATÉRIA EXISTE. Assim, e mais uma vez à semelhança da matemática que
começa por estabelecer as propriedades por exemplo do “1”, do “0” e da “soma”, também Descartes
começa por identificar e definir as 3 realidades que existem.
MENTE: A certeza da existência da mente, é a primeira certeza de todas e foi obtido por
INTUIÇÃO. Este princípio afirma a existência de uma substância pensante (res cogitans – mente, espírito,
intelecto ou alma), distinta do corpo. É próprio desta substância duvidar, querer, não querer, afirmar, negar,
imaginar e sentir.
A verdade deste princípio é intuída, uma vez que se obtém no ato de pensar e não é
concluída/deduzida a partir de outras ideias. Ou seja, no ato de duvidar, sentir ou imaginar percebemos
(vemos/intuímos) que existimos
NOTA: os críticos de Descartes contestam a evidência deste princípio defendendo que O ATO DE PENSAR
SÓ IMPLICA A EXISTÊNCIA DE PENSAMENTOS, mas não de uma substância/sujeito pensante

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DEUS: A certeza da existência de Deus é o segundo princípio do sistema cartesiano e é deduzida a
partir de várias premissas considerados indubitáveis. Este princípio afirma a existência de Deus, substância
infinita (res divina), entendida como substância sumamente inteligente e boa, pela qual tudo foi criado. Na
medida em que o princípio é deduzido, a sua verdade é demonstrada.
Para demonstrar a existência de Deus, Descartes começa pela constatação que o cogito, enquanto
substância que duvida e quer conhecer, só pode ser finito e imperfeito, uma vez que se fosse maximamente
perfeito ter-se-ia criado a si mesmo com todas as perfeições possíveis. Da finitude do cogito conclui-se que
se nos vemos finitos/imperfeitos é porque temos em nós a ideia de infinito/perfeito. Como tudo o que existe
tem que ter uma causa e esta tem que ser igual ou superior ao efeito, conclui-se forçosamente que a ideia
inata de infinito teve uma causa e que essa causa não pode ser o homem* – ser finito -, mas o próprio ser
infinito, isto é, Deus.
*NOTA: Descartes não nega a possibilidade do homem poder conceber pela imaginação a noção de infinito, mas
defende que neste caso a ideia já não é simples, mas complexa, ou seja, a partir de finito a imaginação pode conceber,
por negação, a ideia de NÃO-FINITO, mas nunca a ideia simples de “infinito”. Assim, Descartes admite que existem 2
ideias de Deus: uma produzida pela imaginação (factícia) e complexa, derivada da ideia de finito, que
corresponde à noção de “não-finito, e outra colocada por Deus, simples e inata, anterior à ideia de finito e
que corresponde à noção matemática de “infinito”.

MATÉRIA: A certeza da existência da matéria, é o terceiro princípio do sistema cartesiano e é


também deduzida de outras proposições. Este princípio afirma a existência de uma substância extensa –
res extensa – que ocupa espaço, tem duração, figura, grandeza e movimento. Tal como a certeza da
existência de Deus, a certeza da existência da matéria também é obtida por dedução e é, por isso,
demonstrativamente certa.
A demonstração da existência da matéria é feita a partir da demonstração de Deus, pois só a
certeza de Deus, ou seja, de um criador maximamente bom, pode suspender a dúvida hiperbólica levando á
recuperação da confiança nas sensações e, com isso, à afirmação certeza da matéria. Efetivamente, se na
mente ocorrem sensações nas quais acreditamos, como a mente é criada por um ser perfeito que não nos
pode enganar, segue-se que as sensações são representações de uma realidade exterior à mente,
demonstrando, assim, a existência do mundo exterior, ou seja, da matéria.

ARGUMENTOS A FAVOR DO RACIONALISMO DOGMÁTICO. I


A argumentação a favor do RACIONALISMO, isto é, a favor da possibilidade de um conhecimento
perfeito obtido inteiramente a partir da razão, é dado pelos 3 princípios. As certezas da existência da mente,
da existência de Deus e da existência da matéria são inteiramente obtidas a priori, sem qualquer recurso à
experiência. Efetivamente, é por intuição, e não por experiência, que Descartes tem primeiro a certeza da
sua existência enquanto mente, porque a sensação de si só garante a existência da sua mente e não do
seu corpo. Por sua vez, a certeza de Deus também ela é demonstrada de forma inteiramente racional,
deduzindo-se esta certeza de princípios, e não a partir de milagres, por exemplo. Por fim, a certeza da
existência do mundo físico também não é obtida a partir da experiência das nossas sensações, mas, sim, a
partir da existência de Deus que garante a veracidade dessa experiência (não é porque sinto que sei com
toda a certeza que o mundo existe, mas é porque Deus existe e garante a verdade do que sinto, que tenho
a certeza de que o mundo existe).
Por sua vez, a argumentação a favor do DOGMATISMO racionalista, ou seja, da possibilidade
dum conhecimento perfeito fundado na razão, assenta na certeza da existência de Deus, uma vez que se

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Deus existe e é sumamente bom, as ideias simples e gerais que foram colocadas por ele para que delas
pudéssemos deduzir o conhecimento, têm que ser necessariamente verdadeiras. Isto significa que Deus é o
garante da sabedoria humana.

CRÍTICA AO ARGUMENTO – círculo vicioso de Descartes


O argumento de Descartes a favor do dogmatismo é acusado de incorrer na falácia da petição de
princípio, uma vez que assume como demonstrado o que queria demonstrar, a saber, que podemos confiar
nas ideias claras e distintas da razão. Isto acontece porque primeiro Descartes usa a razão para demonstrar
Deus e depois usa Deus para demonstrar a confiança na razão.
Neste sentido, é legítimo dizer que a falha de Descartes não está tanto na proposta duma ciência
dedutiva e a priori, mas na ideia de que uma ciência dedutiva auto legitima-se e dispensa a experimentação.
Efetivamente, hoje a ciência considera ultrapassado o problema da origem do conhecimento (Popper afirma
que o pedigree de uma teoria é irrelevante) uma vez que todo o conhecimento, seja ele deduzido ou
induzido, deve ser sempre submetido à experimentação, e mesmo depois de provado deve continuar a ser
encarado como refutável. Assim, podemos dizer que a incapacidade de separar a ciência da religião é o que
faz de Descartes um filósofo Moderno e não um cientista Contemporâneo.

NOTAS SOLTAS
O CRITÉRIO CARTESIANO DE VERDADE: clareza e distinção
O critério cartesiano de verdade é um critério racionalista para distinguir o verdadeiro do falso.
Segundo este critério, é verdadeiro aquilo que parece CLARO E DISTINTO à razão, isto é, o que é
logicamente necessário. Por logicamente necessário entende-se toda a proposição cuja negação é uma
contradição.
Assim, por exemplo, a ideia de “cogito” é verdadeira, porque é claro e distinto que para duvidar é
preciso existir; do mesmo modo que é claro e distinto que H2=h2+h2 ou ainda que 3+2=7-2. A clareza e
distinção das ideias pode ser imediata, como acontece no caso da ideia do cogito, que é intuída, ou mediata
e deduzida, como acontece no caso do teorema de Pitágoras ou na identidade de 3+2 e 7-2.

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