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Metodologia da Pesquisa Unidade I

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DA PARAÍBA
CAMPUS CABEDELO

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

JOCIANO COÊLHO DE SOUZA

ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS


MODERNAS
Metodologia da Pesquisa Científica Aula 02

Jociano Coêlho de Souza

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2 - A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: TIPOS DE


CONHECIMENTOS

Objetivos da Aprendizagem

▪ Conhecer os processos de construção e transmissão da ciência, tendo


como referência os aspectos centrais da pesquisa científica;
▪ Identificar os tipos de conhecimentos;
▪ Descrever e caracterizar os diversos tipos de conhecimento.

1 INTRODUÇÃO AOS NOSSOS ESTUDOS

A importância da ciência para o desenvolvimento social é imensa. Para


que haja o desenvolvimento das pesquisas científicas é necessário entender o
funcionamento da própria pesquisa desde a sua classificação até a estrutura de
sua tipologia.

Neste capítulo vamos ter a oportunidade de compreender os tipos de


conhecimentos e como eles fazem parte da ciência e do nosso cotidiano, pois
assim, será possível a categorização da pesquisa na sua forma metodológica
de estratégias investigativas. Para isso, é preciso que o pesquisador saiba usar
os instrumentos adequados com o propósito de encontrar respostas ao
problema que ele tenha levantado.

Ademais, objetivando um melhor entendimento, vamos caracterizar os


diferentes tipos de conhecimento e seus pressupostos, a fim de que vocês
possam distinguir os diferentes tipos de classificação para as pesquisas
cientificas, assim como compreender as suas diferentes etapas de elaboração.

2 TECENDO O CONHECIMENTO
Metodologia da Pesquisa Científica Aula 02

Uma caraterística do ser humano é o desejo de saber e compreender o


mundo. Como aponta Richardson (2017), o conhecimento é parte de todas as
culturas humanas, juntamente com as estratégias para a obtenção de
conhecimento e para decidir se este é ou não algo verdadeiro.

Mas qual é o plano de construção do conhecimento no ser humano? Em


geral, o indivíduo desenvolve-se cognitivamente por meio das internalizações
realizadas nas construções sócio-históricas e culturais. Logo, quanto maior a
apropriação das operações psicológicas, maior será sua aplicabilidade.

Partindo da ideia que somos capazes de construir conhecimento, muitos


estudiosos classificaram os conhecimentos em categorias. Portanto, na
sequência, veremos os tipos de conhecimento (popular, filosófico, religioso e
científico) e as principais caraterísticas de cada um deles.

É preciso alertar que, apesar da separação “metodológica” entre os tipos


de conhecimento que propomos seguir, estas formas de conhecimento
poderiam coexistir na mesma pessoa. Por exemplo, imaginemos um
pesquisador, vinculado ao estudo científica da astronomia e, ao mesmo tempo,
ele pode ser evangélico e estar filiado a um sistema filosófico. Outrossim, com
muitos aspectos de sua vida cotidiana também poderá estar atrelado aos
conhecimentos provenientes do conhecimento popular.

2.1 Tipos de Conhecimento

De acordo com Trujillo (1974), podemos distinguir em quatro tipos


diferenciados o conhecimento:

● Conhecimento Popular;
● Conhecimento Religioso;
● Conhecimento Filosófico;
● Conhecimento Científico.

Figura 01: Ilustração dos tipos de conhecimentos


Metodologia da Pesquisa Científica Aula 02

Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o


esquema acima
2.1.1 Conhecimento Popular

O conhecimento popular, também é conhecido como senso comum, é


pautado principalmente nas crenças populares, ideias e conceitos que são
transmitidos através das gerações por meio de “heranças culturais”. Logo, seria
o modo de pensar da maioria das pessoas já que se trata de noções
comumente admitidas pelos indivíduos que se adquirem no trato direto com as
coisas e os seres humanos. Nele, as informações são assimiladas por
tradições ou experiências de vida, pelo que podemos dizer que este tipo
de conhecimento existe desde o tempo das cavernas e que o mesmo foi
adquirido pelo homem a partir das suas experiências casuais, das suas
vivências e das próprias observações do mundo.

Exemplos: O pai de uma criança diz: “Filho, não tome suco de manga
com leite, porque faz mal”, ou ainda “Não vá para o sereno senão você fica
doente”. Vocês saberiam dar mais exemplos? Vamos pensar!

Em grande parte, a nossa sabedoria assenta-se no conhecimento


popular, já que este tipo de conhecimento se baseia nos sentidos, nas crenças
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e nas tradições. Esse conhecimento foi observado ou passado de geração em


geração através da educação informal bem como baseado na imitação ou na
experiência pessoal.

Com este tipo de conhecimento, acredita-se apenas no que se vê ou no


que se sente, pois ele é fruto das experiências do cotidiano ou daquilo que se
tornou evidente por meio da evolução da ciência. Nesse sentido, fazem parte
do senso comum, os conselhos e os ditos populares que são tidos, muitas
vezes, como verdades e são seguidos pelo povo.

Podemos afirmar ainda que o conhecimento popular é um saber informal


fruto da reflexão a qual acaba sendo adquirida de forma espontânea a partir
das experiências em sociedade.

Às anteriores características, devemos acrescentar as apontadas por


Lakatos e Marconi (2007, p. 77) que classificam este tipo de conhecimento
como sendo:

a) Superficial, uma vez que se conforma com a aparência ou apenas


com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das
coisas;
b) Sensitivo, porque se refere a vivências, a estados de ânimo e a
emoções da vida diária;
c) Subjetivo, já que seria o próprio sujeito quem organiza suas
experiências e conhecimentos;
d) Assistemático, dado que a organização das experiências não visa a
uma sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na
tentativa de validá-las;
e) Acrítico, pois a pretensão de que esse conhecimento seja
verdadeiro não se manifesta sempre de uma forma crítica.

Figura 02: Ilustração das características do conhecimento popular


Metodologia da Pesquisa Científica Aula 02

Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o


esquema acima

2.1.2 Conhecimento Religioso

Este tipo de conhecimento, também conhecido como teológico, é


baseado em doutrinas sagradas ou divinas e adquirido a partir da aceitação de
axiomas da fé teológica pelo que podemos dizer que seria o conhecimento
fruto da revelação da divindade. Como assim? Muito simples, para que vocês
compreendam o que é conhecimento teológico, pense naquilo que entendemos
como “obra de Deus”.

Assim, por sua vez, sustenta-se na fé religiosa e na crença de que todos


os fenômenos acontecem pela vontade de entidades ou energias
sobrenaturais, daí que apresente explicações dogmáticas que não podem ser
refutadas.

Ainda, podemos dizer que este tem como base as doutrinas que contêm
proposições sagradas. Apoiadas no sobrenatural, tais verdades são
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consideradas infalíveis e indiscutíveis por isso que esse conhecimento pode


ser considerado um conhecimento valorativo, inspiracional e exato.

Esse conhecimento também é sistemático, pois apresenta uma origem,


um significado, uma finalidade e um destino. Assim, como obra de um criador
divino os indivíduos acabam apresentando respostas aos enigmas que
permeiam a mente humana, podendo ser dados da vida passada e futura, além
da natureza dos acontecimentos naturais.

Muitas vezes esse tipo de conhecimento tem como intenção provar a


existência de uma entidade sobrenatural e como ponto de partida, têm-se os
Textos Sagrados (independente da religião que seja) que foram criados
mediante inspiração divina. Tanto a palavra da divindade como esses textos
tornam-se verdades absolutas e incontestáveis.

Contudo, é importante ressaltar que o conhecimento religioso é


organizado em diferentes religiões que possuem seus próprios conjuntos de
crenças, rituais e códigos morais, e que nem sempre a mesma visão de
entender o mundo coincide nas diferentes religiões (cristianismo, islamismo,
hinduísmo, judaísmo, etc.)

Para isso, devemos advertir que os achados deste tipo de conhecimento


não são verificados cientificamente, mas está implícita uma atitude de fé
perante um conhecimento revelado. Nesse processo, as novas adesões de
indivíduos passam a ser um ato de fé, já que a visão sistemática do mundo é
interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas ênfases, não
são colocadas em dúvida e nem sequer podem ser verificadas.

Nessa perspectiva, para o conhecimento religioso ou teológico, as


"verdades absolutas" tratadas são infalíveis e indiscutíveis por consistirem em
"revelações" da divindade e, por conseguinte, o fiel não se deterá nelas à
procura de evidência porque a tomará da causa primeira, ou seja, da própria
revelação divina.
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Nesse sentido, podemos resumir as seguintes características do


conhecimento religioso:

● Valorativo, dado que se baseia em julgamentos subjetivos e não em


fatos e acontecimentos comprovados.
● Inverificável, pelo fato de lidar com questões espirituais, metafísicas,
divinas e sobrenaturais, e estas não serem submetidas à verificação
científica.
● Infalível, já que explica os fenômenos e mistérios da vida através de
proposições dogmáticas (verdades absolutas) as quais não podem ser
refutadas.
● Sistemático, pois estamos perante um conhecimento organizado em
um conjunto de regras que se complementam, independente da religião
que falemos.
● Inspiracional, uma vez que está amparado por doutrinas e
ensinamentos revelados de forma sobrenatural.

Figura 03: Ilustração das características do conhecimento religioso

Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o


esquema acima
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2.1.3 Conhecimento Filosófico

A base desse tipo de conhecimento centra-se na razão e nas questões


da existência humana. Ao contrário dos anteriores tipos de conhecimento, se
entende por conhecimento filosófico aquele que se baseia na reflexão e na
construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio em busca do
saber. Assim, podemos dizer que este surge a partir da capacidade do ser
humano de refletir, principalmente sobre as questões subjetivas, imateriais e
suprassensíveis.

Como principal preocupação do conhecimento filosófico, teremos o seu


caráter especulativo, dada a capacidade de questionar e encontrar respostas
racionais para determinadas questões, mas sem ter a necessidade de
comprovar algo. Assim, é um conhecimento que tem a interrogação como
base e que usa o questionamento e o pensamento como ponto de partida, mas
que não tem a obrigação de comprovação como o científico.

Contudo, podemos afirmar que, embora sendo racional, este tipo de


conhecimento dispensa a necessidade da verificação científica, uma vez que
que o seu objeto de estudo não apresenta um caráter material, já que, como
objeto de análise, teremos as ideias e consequentemente os conteúdos que
transformem a realidade. Portanto, esse conhecimento questiona o homem e
as coisas da vida.

Este tipo de conhecimento não se preocupa em verificar se as


conclusões tiradas são válidas cientificamente porque o conhecimento filosófico
procura apenas conclusões sobre a vida, o universo e ultrapassando o limite
imposto pela ciência, mas não a sua verificação. Podemos dizer, ainda, que
estamos perante um tipo de conhecimento que, além de outras caraterísticas, é
um conhecimento racional, sistemático e crítico.
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Classificamos anteriormente o conhecimento filosófico como um


conhecimento racional, sistemático e crítico. Agora, veremos as suas
caraterísticas com mais profundidade. Logo, podemos dizer que o
conhecimento filosófico é:

● Sistemático, pois acredita que a base para a resolução das questões


seja a reflexão, além de que as suas hipóteses e enunciados visam a
uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de
apreendê-la na sua totalidade;
● Racional, dado que se baseia na razão e que os conceitos são
formados a partir da reflexão sobre a realidade;
● Elucidativo, uma vez que tenta entender os pensamentos, os conceitos,
os problemas e as demais situações da vida que são impossíveis de
serem desvendados cientificamente;
● Valorativo, pois o seu ponto de partida consiste em hipóteses filosóficas
que se baseiam na experiência e não da experimentação, as quais não
poderão ser submetidas à observação;
● Crítico e especulativo, já que todas as informações devem ser
profundamente analisadas e refletidas antes de serem levadas em
consideração. As conclusões são baseadas em hipóteses e
possibilidades, devido ao uso de teorias abstratas.
● Não Experimental nem verificável, pois não existe experimentação no
conhecimento filosófico e os enunciados das hipóteses filosóficas não
podem ser confirmados ou refutados, senão pelo racionalismo do próprio
sistema filosófico.
● Infalível e exato, dado que os seus postulados, assim como as suas
hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação.

Figura 03: Ilustração das características do conhecimento filosófico


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Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o


esquema acima

2.1.4 Conhecimento Científico

Vamos começar debatendo esse tipo de conhecimento fazendo menção


ao Mendes (2011), um autor que aponta que esse tipo de conhecimento nasce
da necessidade do ser humano em almejar saber mais do que lhe é concedido,
ou seja, “[...] de descobrir como as coisas funcionam ao invés de apenas
aceitá-las passivamente”, porque, ao contrário dos outros tipos de
conhecimento, o conhecimento científico vai requerer de base teórica e de
comprovações a partir de experimentações.

Portanto, partindo da ideia desse autor, podemos dizer que o


conhecimento científico surge da necessidade que tem o ser humano de saber
como as coisas realmente funcionam e do questionamento contínuo, assim
como da negação ou não aceitação de outro tipo de explicações dadas pelo
conhecimento popular o pelo conhecimento religioso.

Então, vocês também sentem essa necessidade?


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Poderíamos também definir o conhecimento científico como


toda informação que parte do princípio das análises dos fatos reais e que, por
sua vez, são cientificamente comprovados, pelo que este seria um
conhecimento real (fatual) em razão de lidar com ocorrências ou fatos, com
toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, p.14,
1974) e usa os métodos pertinentes para tratar de encontrar respostas através
de leis comprobatórias, as quais regem a relação do sujeito com a realidade.

Com isso, como podemos diferenciar o conhecimento científico dos


outros conhecimentos?

Parece fácil, mas a diferença em relação aos outros conhecimentos


precisa ser provada por meio de leis válidas passíveis de verificação e
investigação, já que um dos seus objetivos é encontrar respostas aos
fenômenos que norteiam o ser humano.

O propósito da ciência seria o de criar conhecimento científico, isto é, um


corpo generalizado de leis e teorias para explicar um fenômeno ou
comportamento adquirido usando, desta forma, um método científico. Segundo
Richardson (2017), as leis seriam os padrões observados de fenômenos e
comportamentos e, por sua vez, as teorias seriam as explicações sistemáticas
dos fenômenos ou dos comportamentos.

Sendo assim, já podemos pensar no objetivo da investigação científica.


E qual seria, ou onde estaria? Bom, acreditamos que esse objetivo estaria na
descoberta dessas leis e na formulação de uma teoria ou várias teorias que
sejam capazes de explicar fenômenos naturais ou sociais, isto é, que sejam
capazes de construir conhecimento científico, apesar de que esse
conhecimento pode ser imperfeito ou até ficar longe da verdade.

Entenderam essa base científica? Se não, voltem e leiam novamente, se


sim, pergunto-lhes, então, vocês saberiam reconhecer o conhecimento
científico? É importante acrescentar que um conhecimento para ser
reconhecido como científico deve ser baseado também em observações e
experimentações, as quais sirvam para atestar a veracidade ou falsidade de
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determinada teoria e que a razão deve estar atrelada à lógica da


experimentação científica. Em caso contrário, o pensamento configurar-se-ia
apenas como um conhecimento filosófico.

Sendo assim, é bom saber que o conhecimento científico se destina a


decifrar e entender todos os processos e etapas de uma ideia ou teoria, a partir
do uso de métodos científicos e comprovações.

A seguir passaremos a descrever os princípios em que se assenta o


conhecimento científico para, depois, deter-nos, na próxima seção, nas suas
características.

Portanto, como princípios fundamentais do conhecimento científico


teremos a objetividade, a positividade, a racionalidade, a reversibilidade e a
autonomia. No quadro a seguir explicamos cada um deles.

Quadro 01- Fundamentos do Conhecimento Científico

OBJETIVIDADE POSITIVIDADE RACIONALIDADE REVISIBILIDADE AUTONOMIA


Os elementos A ciência O cientista A ciência tem A ciência tem
afetivos e apresenta uma parte de dados necessidade o seu próprio
subjetivos plena empíricos e de revisões e campo de
estão aderência aos através de de correções. estudo, o seu
afastados, pois factos e uma sínteses cada método próprio
deseja ser absoluta vez mais de pesquisa,
plenamente submissão à vastas, uma fonte
independente fiscalização da esforça-se por independente
dos gostos e experiência abraçar todo o de
das tendências domínio dos informações
pessoais do fatos que que é a
sujeito que a conhece em Natureza.
elabora. um sistema
racional.
Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o quadro


acima

Além dos princípios anteriores podemos indicar as seguintes


características de todo conhecimento científico:
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a) Real, porque lida com ocorrências e fatos.


b) Contingente, dado que se utiliza da experimentação e não apenas da
razão pelo que as suas proposições ou hipóteses têm a sua
veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não
apenas pela razão.
c) Sistemático, já que se trata de um saber composto por um sistema
de ideias que são formadoras a partir de uma teoria e não
conhecimentos espalhados e desarmônicos.
d) Verificável, pois determinada ideia ou teoria que deve ser verificada
e comprovada sob a ótica da ciência para que dessa forma, possa
fazer parte do conhecimento científico a tal ponto que as afirmações
(hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao
âmbito da ciência.
e) Falível, dado que não é definitivo, pois determinada ideia ou teoria
pode ser derrubada e substituída por outra, a partir de novas
comprovações e experimentações científicas.
f) Aproximadamente exato, uma vez que novas proposições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria
existente.

Figura 04: Ilustração das características do conhecimento científico


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Fonte: Construção própria, 2019.

Obs: Se possível fazer uma diagramação própria que represente o


esquema acima

3 APLICAÇÃO DA TEORIA

Com as considerações sobre a ciência e o conhecimento, vamos imaginar


algumas situações do cotidiano, como reuniões em família, visitas às comunidades
carentes, práticas em laboratório, palestras sobre neurociências dentre outras. Depois
disso, vocês conseguiriam identificar os tipos de conhecimentos que podem ser
produzidos nestes lugares?
Se sim, vamos produzir um quadro com situações e os tipos de conhecimentos
emergentes das mesmas e depois compartilhar no AVA (Ambiente Virtual da
Aprendizagem).

4 RESUMINDO A AULA

Nesses estudos, vocês tiveram a oportunidade de conhecer os


diferentes tipos de conhecimentos, os quais são obtidos de diferentes formas:
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reproduzido pelas gerações passadas, pela experiência pessoal, pela


educação formal e pela crença, por exemplo.

Dentre os diversos tipos de conhecimentos, o científico é o único que


exige formulações claras e requer a elaboração de hipóteses para que sejam
verificadas antes de se tornarem verdades.

Além disso, o conhecimento exige uma investigação metódica da


realidade e para isso, emprega-se uma série de procedimentos e técnicas de
pesquisa.

Entretanto, não podemos deixar de conhecer e valorizar os demais


conhecimentos, já que cada um tem sua especificidade e aplicação.

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