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Aqui,
você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma
breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de
cada unidade. Desse modo, essa abordagem geral visa fornecer-lhe o
conhecimento básico necessário a partir do qual você possa construir um
referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro
exercício de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e
responsabilidade social.
Assim, temos que, o mundo psicológico foi investigado pelos gregos,
apesar de, naquela época, não haver Psicologia como Ciência (surgida
somente em torno de 1879). Os gregos preocupavam-se com a alma e a razão
humanas. Foram eles, portanto, que fizeram as primeiras tentativas de
sistematizar a interioridade humana.
Séculos mais tarde, no Renascimento, as ciências ganharam grande
impulso. Dentre os diferentes postulados instituídos na época, destacamos a
afirmação de que o ser humano possuía substâncias material e imaterial,
estabelecendo o dualismo entre mente e corpo. Esse dualismo contribuiu para
o desenvolvimento dos estudos de Anatomia e Fisiologia, que vieram a
contribuir com o avanço posterior da Psicologia.
A Psicologia teve início no século 19, na Alemanha, sendo instituída por
Wilhelm Wundt. Ele é considerado o "pai" da Psicologia, pois lutou para que ela
se fixasse como Ciência, ganhando espaço como disciplina acadêmica formal.
Posteriormente, a Psicologia conseguiu status de Ciência quando se libertou da
Filosofia. Então, a partir de Wundt, quando a Psicologia se estabeleceu como
Ciência, começaram a surgir, nos EUA, as grandes escolas da Psicologia do
século 19: o Estruturalismo, o Funcionalismo e o Associacionismo.
Devemos ressaltar o saber do cotidiano e o saber científico para
compreender melhor a Psicologia, os quais são conhecimentos pertencentes
ao nosso dia a dia e sobre os quais não paramos para pensar. No entanto,
investigadores científicos preocupam-se com essas questões.
Intermediados pelas diferentes linguagens, podemos notar que,
constantemente, usamos o termo "psicologia" em nosso cotidiano diante de
várias situações.
Nesse sentido, talvez pudéssemos expressar que os limites entre essa
"psicologia" e a Psicologia Científica não diferem muito daqueles que separam
a linguagem natural das linguagens formais.
Pela lógica, só podemos formalizar a linguagem recorrendo a ela. Assim,
buscar dados nessa linguagem comum que possam ser comprovadamente
formalizados pressupõe uma prosa anterior, ou seja, nossa própria linguagem
de todos os dias. Por que pensar em linguagem ao estudar Psicologia?
A Psicologia tem como seu objeto de estudo a mente, requerendo uma
investigação mais cuidadosa da linguagem empregada.
Uma vez que convivemos em determinada cultura, passamos a utilizar,
em nossa vida diária, expressões e termos intuitivos para explicar, descrever
ou prever as atitudes ou o comportamento das pessoas em geral.
Com isso, queremos dizer que, de alguma forma, as pessoas, em geral,
têm um domínio (mesmo que pequeno) do conhecimento da Psicologia
Científica, o que lhes dá a condição de explicar muitos dos problemas
cotidianos sob o prisma psicológico.
Atualmente, tem sido grande a discussão no campo científico sobre o
que chamamos de senso comum, isto é, o saber cotidiano.
Vejamos, a ciência busca nesse cotidiano, no senso comum, o material
para reflexão. Ela busca, então, compreender, descobrir e alterar os
fenômenos que ocorrem no cotidiano por meio da sistematização dos dados,
isto é, mediante um estudo sistemático. Assim, podemos afirmar que toda
ciência não é nada mais que um refinamento sistematizado do senso comum.
Imagine os acontecimentos que ocorrem no dia a dia: para
que esses dados possam ser estudados, a ciência precisa se afastar desses
dados reais, e abstrair essa realidade para compreendê-la melhor.
Explicando melhor, a ciência, ao afastar-se da realidade, transforma-a
em objeto de investigação. Dessa forma, é possível construir o conhecimento
científico sobre o real – sobre o senso comum.
Para nos aprofundarmos melhor na discussão dessas questões,
veremos neste estudo, inicialmente, o senso comum e a Psicologia Científica.
Você irá conhecer as principais características do senso comum e o conceito
de conhecimento científico. É importante que você busque sempre o
conhecimento científico para que possa aperfeiçoar seu conhecimento
profissional. Procure não alimentar conceitos e valores construídos pelo senso
comum, que circulam pelo universo educacional, na abordagem dos problemas
educacionais brasileiros, mas busque superá-los, a fim de atingir o
conhecimento científico.
Posteriormente, você conhecerá um pouco da história da Psicologia, e
como as diversas linhas de pesquisa foram constituindo-se e como vem
desenvolvendo-se o pensamento psicológico ao longo dos tempos. Ao final
deste percurso, esperamos que você tenha clareza dos diversos aspectos que
compõem a busca do conhecimento sobre a aprendizagem humana e sua
evolução.
B-P-E significam:
B – behavior (comportamento);
P – person (pessoa) e,
E – environment (ambiente).
Entende-se, então, o comportamento humano decorrente da inter-
relação pessoa-ambiente.
Nessa direção, percebemos então que a tendência atual é considerar a
Psicologia da Educação como disciplina-ponte, localizada entre a Psicologia e
a Educação. Além disso, há necessidade de construir um campo de
conhecimento que lhe é próprio, com um objeto de estudo que se relaciona
com outras disciplinas das Ciências da Educação.
Tendo em vista que é uma Ciência ainda em expansão, é importante
que seus estudos não parem por aqui, mas que sejam completados por leituras
posteriores.