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Elaborado pelos estudantes da Universidade pedagógica de Moçambique Delegação de Gaza

(actualmente Universidade Save)

Alex Monito Nhancololo

Benedito Jeremias Nhatsolo

Dalila Pedro Cossa

Donaldo Daniel Quissico

Edialésio Refinaldo Sumbe

Lodovina Nazário Maússe

Funções Eulerianas

Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações à Estatística

Universidade Save
Chongoene
2020
Elaborado pelos estudantes da Universidade pedagógica de Moçambique Delegação de Gaza
(actualmente Universidade Save)
Alex Monito Nhancololo

Benedito Jeremias Nhatsolo

Dalila Pedro Cossa

Donaldo Daniel Quissico

Edialésio Refinaldo Sumbe

Lodovina Nazário Maússe

Funções Eulerianas

Trabalho prático elaborado no âmbito de


leccionação Virtual da cadeira de Análise
Harmónica, para efeitos de Avaliação, sob
orientação do docente:

MSc. André Silvestre Cuinica

Universidade Save
Chongoene
2020
Elaborado pelos estudantes da Universidade pedagógica de Moçambique Delegação de Gaza
(actualmente Universidade Save)
Índice
1.0 Introdução............................................................................................................................ 3
1.1 Objectivos ......................................................................................................................... 3
1.1.1Geral ............................................................................................................................ 3
1.1.2 Específicos ................................................................................................................. 3
1.2 Metodologias .................................................................................................................... 3
2.0 Funções Eulerianas ............................................................................................................... 5
2.1 Função Gama (n) .......................................................................................................... 5
2.1.1 Estudo da Convergência da Função Gama ................................................................ 5
2.1.2 Propriedades da Função Gama................................................................................... 7
2.1.3 Demostração das propriedades .................................................................................. 7
2.1.4 Valores Especiais da Função Gama ......................................................................... 11
2.1.5 Relações entre Funções Gama ................................................................................. 11
2.1.6 Exercícios Resolvidos .............................................................................................. 12
2.1.7 Exercícios Propostos ................................................................................................ 16
2.2 Função Beta β .................................................................................................... 17
2.2.1 Definição .................................................................................................................. 17
2.2.2 Critério de Convergência da Função beta ................................................................ 17
2.2.3 Alguns Resultados Importantes ............................................................................... 17
2.2.4 Definição de recorrência .......................................................................................... 18
2.2.5 Aplicação das Funções Eulerianas ........................................................................... 18
2.2.6 Exercícios Resolvidos .............................................................................................. 18
2.2.7 Exercícios Propostos sobre Função Beta ................................................................. 21
3.0 Conclusão ........................................................................................................................... 22
4.0 Referencias Bibliográficas ................................................................................................. 23
5.0 Apêndice: Nota Histórica das Funções Eulerianas ............................................................ 24
5.1 Breve historial do Leonhard Euler.................................................................................. 24
5.2 Nota Histórica da Função Beta ....................................................................................... 25
3

1.0 Introdução
O presente trabalho procura mostrar o evoluir do conceito de funções eulerianas ao longo da
segunda metade do século XVIII. Durante esse período, as concepções dominantes na análise
eram substancialmente distintas das actuais. O conjunto dessas concepções designou-se como
a visão algébrica da análise'. Esse período foi inaugurado em 1748, com a publicação da
Introductio in analysin infinitorum de Leonhard Euler (1707-1783). Nesta obra, uma função
era entendida como uma expressão analítica como uma fórmula.
Um dos aspectos principais da teoria de funções euleriana era a noção de continuidade, Esta
noção era essencialmente geométrica. Assim, a continuidade era uma propriedade que
caracterizava uma certa classe de curvas, as curvas representáveis por uma única expressão
analítica, por uma única fórmula. A correspondência entre esta classe de curvas e o conjunto
das funções era biunívoca, pelo que a noção de continuidade se tornava inseparável da noção
de função.

Contudo para a efectivação do trabalho e alcance dos objectivos de forma minuciosa, o autor
recorrerá á pesquisa Bibliográfica, para a obtenção de informação, com auxílio de método de
estudo de caso e a pesquisa é de abordagem qualitativa.

Em termos estruturais o trabalho apresenta como elementos pré-textuais: Capa, índice, quanto
aos elementos textuais apresenta a análise e Discussão onde fez se abordagem bibliográfica do
assunto em estudo e nos elementos pós-textuais apresenta Conclusão e referencias
Bibliográficas das obras e autores devidamente citados ao longo do trabalho.

1.1 Objectivos
Para a realização do trabalho de forma exaustiva e eficaz, o autor optou pelos seguintes
objectivos:
1.1.1Geral
 Compreender as funções Eulerianas (Gama e Beta)

1.1.2 Específicos

 Definir o conceito de funções Eulerianas (Gama e Beta)

 Descrever as funções Eulerianas (Gama e Beta)


 Mencionar as aplicações das funções Eulerianas
4

1.2 Metodologias

Qualquer actividade independentemente da sua natureza, para a sua realização de forma


exaustiva e eficaz necessita de meios ou caminhos e os procedimentos que o guiarão ao
alcance dos objectivos previamente traçados.

Contudo o trabalho em estudo não distancia-se da regra, assim sendo, para sua realização
recor-se-á a:

 Pesquisa Bibliográfica quanto aos procedimentos;


 Ao estudo de caso quanto ao método;
 A pesquisa qualitativa quanto á abordagem.

A opção por esta metodologia é pelo facto de permitir o fornecimento minucioso dos dados ou
material para o alcance dos objectivos previamente traçados e por não ter limitação.

Segundo Magibire (2019, p.62), pesquisa Bibliográfica é aquela desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos.

Segundo Teixeira (2000, p.124), na Pesquisa Qualitativa o pesquisador procura reduzir a


distância entre a teoria e dados, em contexto de acção usando a lógica fenomenológica, isto é,
da compreensão dos fenómenos pela sua descrição e interpretação.

Segundo Canastra, Haanstra e Vilanculos (2015, p.12) método de estudo de caso é um método
privilegiado para estudar fenómenos ou acontecimentos sociais que revelem uma
singularidade e, ao mesmo tempo, uma complexidade, em termos de apreensão global.

Obs. Importa salientar que a opção pelo método qualitativo não invalida a utilização de
alguns dados qualitativos (Oliveira, 2011, p.29).
Elaborado pelos estudantes da Universidade pedagógica de Moçambique Delegação de Gaza
(actualmente Universidade Save)
2.0 Funções Eulerianas

O nome Funções Eulerianas é em homenagem ao grande Matemático Suíço Leonard Euler


(1707-1783), que contribuiu baste para a descoberta das mesmas.

Funções Eulerianas são dois tipos de integrais impróprios também designados de Função
Gama (n) e Função Beta (m; n) respectivamente, (LARA, 2013, p.151).

2.1 Função Gama (n)


Definição: Seja, n um parâmetro qualquer, a integral imprópria em (1) chama-se Função
Gama (n) de parâmetro n e representa-se por:

(n)   x n1  e  x dx
0

2.1.1 Estudo da Convergência da Função Gama


x
n 1
Dado a função gama definida por: (n)   e  x dx
0

O expoente n pode assumir três possíveis valores se:


a) Para n  1
1a Fórma : n  1, k > 0 : n < k, torna n Finito
Seja x  x
2

- x   2x Multiplica ndo tudo por ()


 2x
ex  e Aplicando euler (e) em todos membros temos
 2x
e  x  x n 1  e  x n 1  n  1 Aplicando x n 1 em todos membros temos
  
 2x
e dx   e Aplicando  em todos membros temos
x n 1 n 1
x x dx
0 0 0
 
 x n 1 dx  2 k n  (k  1)!  e dx
 2x
e
x
Para n < k (Finito)
0 0

e
x
 x n 1 dx  2 k 1 n  (k  1)!
0


Logo para n finito a integral  e  x  x n 1 dx é convergente
0
6

2 a Forma : x > 0, r > 0 que para n  1, a funcão f ( x)  e  x  x n 1 , é contínua em [0; x],


 2x
vide que lim e  x n 1  0,
x 
 2x
Então x  r , r > 0: e  x n 1 < 1
x  2x
Seja e  x  x n 1  e 2 (e  x n 1 )
 2x
e  x  x n 1 < e
  
 2x
 e  x dx <  e Aplicando  em todos membros temos
x n 1
 dx
0 0 0

e
x
 x n 1 dx < 2
0

Por tan to conclui  se que  e  x  x n 1 dx é convergent e
0

b) Para

∫ ∫ ∫

Sabe-se que integral ∫ é convergente. Todavia falta verificar a convergência

da integral ∫ para

∫ ∫

Como a integral ∫ também converge, implica que ∫ será


convergente para .
c)
Assumindo

∫ ∫

∫ ∫ ∫

A integral ∫ Isto é pelo critério da comparação a integral

∫ divergirá para
7

2.1.2 Propriedades da Função Gama


P1: (n) é convergente para qualquer
P2: Para qualquer , (n  1) = n  (n)  n!
P3: Para qualquer , (n)  (1  n)  
sen(n   )
(n  1)
P4: Para qualquer , n  (n) 
n
P5: (n) = (n-1)!
P.6: (n) = (n-1)  (n  1)

Gráfico da Função Gama

Figura 1. 1: Gráfico da Função Gama


Fonte: Coleção Schaum, 2012, p.157
2.1.3 Demostração das propriedades Seja
a) P1: (n) é convergente para qualquer

(n)   x n 1  e  x dx
0
 b b

 x  e dx  lim  u dv  lim v  u 0  lim  v  du


n 1 x b

0 b  0 b  b  0

 b

x
n 1
 e dx  lim  e
x x
x   lim   e  x  (n  1)  x n2 dx
n 1 b
0
0 b  b  0
8

 b

 x  e dx  lim  e  x 0  (n  1)  lim  e  x dx
n 1 x x n 1 x b
n2
 (1)
0 b  b  0

 b

 x  e dx  lim  e  x n 1 0  ( n  1)  [(e  x  x n  2 )  lim e


n 1 x x b x
 ( n  3)  x n 3 dx
0 b  b  0
 b

 x  e dx  lim  e  x n 1 0  ( n  1)  [(e  x  x n  2 )  ( n  3)  lim e


n 1 x x b x
 x n 3 dx ]
0 b  b  0
b b

x lim  e  x 11 0  (1  1)  lim e


11 b
se n  1, pela ( p.1.a ) tem  se : lim  e  x dx  1 x
 x 1 2 dx
b  0 b  b  0
 b b
1
x lim  e  x 0 0  0  lim e lim  e
b
0
 e  x dx  1 x
 x 1 2 dx  x
dx  lim [ e x
]b0
0 b  b  0 b  0 b 
b
1 1 1
e
x
dx  lim [  b  0 ]  lim (0  )  1  (1.a )
0 b  e e b  1

Como o integra converge então (n) é convergente para qualquer , pelo teste e integral

b) P2: Para qualquer , (n  1) = n  (n)  n

Substituindo na integral (1), n por


 b
(n  1) =  x n 11  e  x dx  lim  e  x  x n 11 0  (n  1  1)  lim  e  x  x n 1 2 dx
b

0 b  b  0
 b
(n  1)   x n  e  x dx  lim  e  x  x n 0  n  lim  e  x  x n 1dx
b

0 b  b  0
 b
1 1
(n  1)   x n  e  x dx  [lim ( x
 x   x  x 0 )]  n  lim  e  x  x n 1dx
0 b  e e b  0
 b
(n  1)   x n  e  x dx  lim 0  n  lim  e  x  x n 1dx
0 b  b  0
 b
(n  1)   x n  e  x dx  0  nlim  e  x  x n 1dx NB: Substituindo b por , resultará na
0 b  0 retirada do limite

 
(n  1)   x n  e  x dx  n   e  x  x n 1dx
0 0
   
(n)

(n  1)  n  (n) (1.b)


Por recorrência : Se n for igual 1;2;3;4;5;6...; n na equacão (1.b) respectivamente tem  se
n  1 : (1  1)  1 (1) pela (1.a) (1)  1  (2)  1 1  1
 (1)
9

n  2 : (2  1)  2  (2) pela (1.b) (2)  1  (3)  (3  1)  2  1  2


n  3 : (3  1)  3  (3) pela (1.b) (3)  2  (4)  (4  1)  (4  2)  3  2
1  6
 ( 2)

n  4 : (4  1)  4  (4) pela (1.b) (4)  6  (5)  (5  1)  (5  2)  (5  3)  4  3 1  24


2
 ( 4)


n  n : (n  1)  n  (n)  n  (n  1)  (n  2)  (n  3)    4  3  2  1  n!
Logo (n  1)  n  (n) =n!

c) P3: Para qualquer , (n)  (1  n)  


sen(n   )

1 1
Se n  : Substituindo n por n  tem-se:
2 2
1 1 1 1 1
( )  (1  )  ( )  ( )   2 ( ) (1.b.1)
2 2 2 2 2

1
Como n  : Pela integral (P1) tem-se
2
 1  1
1 1 
x x
x
( )  2
 e dx  2
 e  x dx (1.c)
2 0 0
Seja: , obtém-se
, e substituindo na função gama (1.c) obtém-se

∫ ∫ ∫ ∫

1
Seja ∫ ∫ ( )
2
2 2
 1   1 
2  ( 2 ) ∫ 2  ( 2 ) ( 2 ∫ ) 2 ∫ ∫

2
 1 
 2   ( ) =4 ∫ ∫ =4 ∫ ∫
2 

1.d) é integral dupla facilmente calculada em coordenadas polares:

Onde { {
{
10

 lim ∫  lim
2
 1  =∫ ∫ ∫ ∫ ∫
2  ( 2 )  b  b 
 

  

1 2 1 2 1 2 1
  
2 2
1  =   d . lim[e  r ]b0    d . lim[e (  b )  e 0 ]    d  lim[ 2  1]
2

2   ( )

 2  2 0 b 2 0 b 2 0 b b
e 
 
 1

1   
2 0
 1  1 1
2  ( 2 ) =  2  (1)  d  2     2   2  0  4
0

 2
2

2
 1  2 1  2 1  2 1
2  ( 2 )    4   ( 2 )  4   ( 2 )  4  4     ( 2 )  
1
( )   (2)
2
1 
Substituindo n por em ambos membros (n)  (1  n) 
2 sen(n   )
Tem-se: (1.b.1) =    2  ( 1 )  
2
 
sen(n   )      
2  sen(n   ) 
sen( )
2
(n  1)
d) P4: Para qualquer , n  (n) 
n
1 1
 1) (  ( )
Para então n  (n)  2  n  (n)  2 ,

1  12
2
Substituindo, pelo valor de (2) na função gama
n  (n)   ,  n  (n)  2 
1
2

Obs: A noção de factorial nos guia para a informação sobre uma função gama com parâmetro
n+1, em mais de um caminho.
No século XVIII, Sterling apresentou uma fórmula para qualquer parâmetro inteiro positivo.

2  n n1  e  n
lim (2.1)
n n!

Por consequência da fórmula de Sterling, para valores suficientemente grandes


2  n n1  e  n
n! (n  1)  (2.2)
n!
11

2.1.4 Valores Especiais da Função Gama

1 1 3  5(2n  1) (2.2)
n  IN  : (n  ) 
2 2n

1 (1)  2 n  
n  IN  : (-n  ) (2.3)
2 1 3  5  (2n  1)

2.1.5 Relações entre Funções Gama


1
2 2 n1 (n)(n  )   (2n) (2.4) é Chamada Fórmula de Duplicação
2
(n-1 )
1
1 2 n 1  nk
(n)  (k  )  (k  ) (k  )  n2  (2 ) 2
 (nk) (2.5)
n n n

(n  1)  lim
1  2  3 k
kn (2.6)
k  (n  1)(n  2)  (n  k )

 n
 n
1 

(n)
 nen  1  k e
n 1
k

1
Obs. A função esta definida para todo n  R e se anula nos pontos 0,  1,  2, ...... pois
n 
n  é infinita. Em outras palavras a singularidade que a função teria nos pontos pode ser

removida pondo o valor da função como sendo 0  f (n)  1


n 

Figura 1. 2: Função inversa da função Gama


Fonte: Colecção Schaum, 2012
12

2.1.6 Exercícios Resolvidos


Determine a convergência das seguintes séries aplicando as propriedades da função gama, e
calcule o respectivo integral caso convirjam.

a ) x 3  e  x
0

b) x 3  e  2 x
0

c ) x 3  e 9 x
0

d ) x 4  e  x
2

0

e)  x  e  x
0

Resolução

∫ :


(n)   x n 1  e  x  (n  1)!
0

x
n 1
Sabe-se que (n)   e  x dx
0

Então no nosso integral tem-se.

∫ ∫

(4)   x 41  e  x  (4  1)!
0


 ( n)  x  e  x  3!
3

0
13


 ( n)   x 3  e  x  3  2  1
0

x  e x  6
3


b)  x 3  e  2 x
0

∫ :

∫ o
integral não é convergente, consequentemente a série também não converge.

c )  x 3  e 9 x
0

∫ :

∫ √ ∫ ∫ Apesar de ter se transformado esta


não assemelha-se à função gama, como n>0 então converge, logo vamos calcular o integral

∫ ∫ Seja 𝑢 ;𝑥 𝑢
, 𝑑𝑢 du

∫ ∫ ∫ ∫
( ) ( )

5
∫ ∫ , 𝑛 ,𝑛 , 𝑛

∫ ( 52 )

1 1  3  5(2n  1)
Sabe-se pela relação de função gama que n  IN  : (n  )  
2 2n
5 5
(2n  1) 𝑛 𝑛
∫ ( ) 
5
2 
2n

(2  2  1) (4  1)
∫ = 
22 22

3
∫ = 
4
14

3
∫ = 
972



324

d ) x 4  e  x
2

∫ :
𝑑𝑢
,porém não está na forma da função gama. Seja
𝑑𝑢
∫ 𝑥 √𝑢 𝑑𝑢 𝑥𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑥 √𝑢

∫ ∫ ∫ √
∫ ∫

∫ ∫ logo a integral obtida pode ser reduzida


5
à forma da função gama, vide que .

5
5
Contudo a integral fica: ∫ , como é maior que zero então a integral
converge, consequentemente a série também converge, faltando apenas determinar o integral

1 1  3  5(2n  1)
Sabe-se pela relação de função gama que n  IN  : (n  )  
2 2n
5 5
(2n  1) 𝑛 𝑛
∫ ( ) 
5
2 
2n

(2  2  1) (4  1)
∫ 2
  
2 22
3
∫ = 
4
3
∫ = 
8
3
∫ ∫ 
8
3
∫ 
8


e)  x  e  x
0
15

∫ :

∫ ∫ , falta calcular o
próprio integral.

(n) =∫

(2) =∫ =∫

(2) =∫

Sabe-se de P2: Que Para qualquer , (n  1) = n  (n)  n!

Então n  (n)  n! (n)  n!


n

(2) =

∫ = (2)


16

2.1.7 Exercícios Propostos


Determine a convergência das seguintes séries, pelo teste de Integral aplicando as
propriedades da função gama.


a ) x 2  e 9 x
3

0

b) x  e 3 x
0

1  ex
c)
0 x

d ) x m  e ax
n

0

x p 1
e) 
0 1 x

cos( x)
f )
0 xp

2) Usando o conhecimento adquirido nos semestres anteriores em diversas cadeiras de


cálculo, resolva os mesmos exercícios acima resolvidos aplicando a integração por
partes, ou outro critério a sua escolha e confirme a veracidade das soluções dos
mesmos obtida aplicando conhecimentos da função gama. Eis os exercícios abaixam:

a ) x 3  e  x
0

b) x 3  e  2 x
0

c) x 3  e 9 x
0

d ) x 4  e  x
2

0

e)  x  e  x
0
17

2.2 Função Beta β


2.2.1 Definição
Em matemática, a função beta, também chamada de integral de Euler de primeiro tipo ou
função Euleriana, é a função definida pela integral definida por:

β ∫ (3.0) de parâmetros m e n.

2.2.2 Critério de Convergência da Função beta


Seja a função Beta definida em 3, então:

a) Se a integral (3.0) é própria convergente.


b) Se esta integral é impropria convergente.

2.2.3 Alguns Resultados Importantes


(3.1)

m   n 
= 2∫ (3.2)
m  n 

∫ (3.3)

∫ (3.4)

(3.5)

(3.6)

(3.7)
18

2.2.4 Definição de recorrência


1. Cálculo directo
(n  1)!
 m, n   n 1

 m  i 
i 0

2. Função beta em relação a função gama


m   n 
 m, n  
m  n 

3. Relação dos complementos se m  n  1, com 0  n  1 m  1  n, entao


1  n   n  
 m, n    (1  n, n)   (1  n)  (n) 
1  n  n  sen n 

2.2.5 Aplicação das Funções Eulerianas


As funções Eulerianas podem ser aplicadas para o cálculo da densidade de uma variável
aleatória

Se X é uma distribuição beta com parâmetros m e n, a sua função densidade de probabilidade


é obtida recorrendo à fórmula.

 ( m  n)
Se X ~  m, n   f ( x)   x m1  (1  x) b1 , 0  x  1, m, n  0
(m)  (n)

2.2.6 Exercícios Resolvidos


1.Resolva os seguintes integrais definidos aplicando as propriedades da função Beta e Gama
(se necessário).

∫ √

d) ∫

e) Determine a função densidade de uma variável aleatória com distribuição beta:  6, 2
19

Resolução

∫ ,

Como o integral está na forma de uma função β ∫ , resta nos


determinar os valores de m e n, e proceder cm os cálculos.

∫ ∫ ,onde m e n são respectivamente 3 e 4.


Sabe-se da relação entre função gama e beta que:  m, n   m  n 
m  n 

3  4
∫ =
3  4
3  4
∫ =
3  4
(3  1)!(4  1)!
∫ =
3  4  1!
2!3!
∫ =
6!
2  1  3!
∫ =
6  5  4  3!
1
∫ =
652
1
∫ =
60
𝜋
𝑚 𝑛
= 2∫ 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝜃

m   n  𝑚

m  n 
𝑛
m   n 

2  m  n 
1  1

2  1  1
11 1 1
∫ 
2  2 2  (2  1)! 2  1

20

𝑚
√ 5 5
∫ ∫ dx 𝑛 𝑛

m  n  1   54  = (n-1)


√  
1  54 

m  n 
1   54  ( 54 ) ( 54 ) 4
∫ √  
 94  ( 94  44 ) 94  44  ( 54 ) 54  5 5
4
∫ √
5

𝑚
d) ∫ =∫
𝑛 𝑛
m   n 
∫ =
m  n 
 12    32 
∫ =
2   32  12 

   32  1 32  1    32  22  32  22     12  12     12  


∫ =   
2  2 2 2 2
   12  
∫ = 4
2
e) Determine a função densidade de uma variável aleatória com distribuição beta:  6, 2

(m  n)
Sabe-se que Se X ~  m, n   f ( x)   x m1  (1  x) n 1 , 0  x  1, m, n  0
(m)  (n)

Onde m e n são respectivamente iguais a 6 e 2


 ( m  n)
f ( x)   x m1  (1  x) n1
(m)  (n)
(6  2)
f ( x)   x 61  (1  x) 21
(6)  (2)

(8)
f ( x)   x 5  (1  x)
(6)  (2)
(8  1)!
f ( x)   x 5  (1  x)
(6  1)!(2  1)!
7! 5 7  6  5! 5
f ( x)   x  (1  x) =  x  (1  x)  7  6  x5  (1  x)
5!1! 5!1!
21

f ( x)  42  x 5  (1  x)

2.2.7 Exercícios Propostos sobre Função Beta


1. Aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo da função Beta, e gama (se
necessário), resolva s seguintes integrais.

d) ∫

2. Numa fábrica de máquinas impressoras, a esperança de funcionamento a longo prazo tem


uma distribuição descrita pela densidade de probabilidade ,
onde x é medido em dias.

a) Qual é a probabilidade de as máquinas funcionarem menos de 5 anos?

b) Qual é a probabilidade de as máquinas funcionarem após de 5 anos?


22

3.0 Conclusão
Concluímos que as funções Eulerianas são dois tipos de integrais impróprios também
designados de Função Gama (n) e Função Beta (m; n) respectivamente.

As funções Eulerianas podem ser aplicadas para o cálculo da densidade de uma variável
aleatória. Se X é uma distribuição beta com parâmetros m e n, a sua função densidade de
probabilidade.
23

4.0 Referencias Bibliográficas

ÁVILA, G. S. Introdução à Análise Matematica ., (2ed. ed.), São Paulo: Blucher, 1999

ÁVILA, G. S. Cálculo das funções de uma variável (Vol. 2).,Rio de Janeiro: LTC Editora.
2004.

JUNIOR Oldemir Brill..Integral imprópria e Funções Eulerianas.,Campo Mourão, 2010.

LARA Idemauro António Rodrigues..Cálculo Diferencial e Integral., Piraciba SP, 2013

SPIEGEL R.M..Análise de Fourier.Schaum., McGraw-Hill, são Paulo


24

5.0 Apêndice: Nota Histórica das Funções Eulerianas


5.1 Breve historial do Leonhard Euler
Matemático suíço, que viveu entre 1707 e 1783. Euler apresentou uma valiosa contribuição
para o uso da geometria das coordenadas no espaço tridimensional. Este apresentou equações
gerais para três classes de superfícies (cilindros, cones, superfícies de revolução). Euler
escreveu duas notas sobre o sistema de coordenadas polares tão perfeitas e sistemáticas que
por vezes dá-se o nome de “sistema Euler”.
Ao nos referirmos a Leonhard Euler estamos falando do escritor de matemática mais
produtivo de todos os tempos. Com 886 trabalhos publicados, a maioria deles no final de sua
vida, quando já estava completamente cego, Euler foi tão importante não apenas para a
matemática, mas também a física, engenharia e astronomia. Para se ter uma idéia, a Academia
de Ciências de São Petersburgo continuou a publicar trabalhos novos de Euler por mais de 30
anos depois da sua morte.
Entre suas contribuições mais conhecidas na matemática moderna estão: a introdução da
função gama, a relação entre o cálculo diferencial de Leibniz e o método das fluxões de
Newton e a resolução de equações diferenciais com a utilização do fator integrante.
Euler foi o primeiro a tratar seno e cosseno como funções. Devemos a ele as notações f(x)
para uma função, e para a base do logaritmo natural, i para a raiz quadrada de −1,  para a
somatória, d n y para derivadas de graus elevados, entre muitas outras.
Um acontecimento interessante: Euler foi um cristão por toda a sua vida e frequentemente lia
a Bíblia a sua família. Uma história sobre sua religião durante sua estada na Rússia envolve o
dito filósofo ateu Diderot. Diderot foi convidado à corte por Catarina, mas tornou-se
inconveniente ao tentar converter todos ao ateísmo. Catarina pediu a Euler que ajudasse, e
Euler disse a Diderot, que era ignorante em matemática, que lhe daria uma prova matemática
da existência de Deus, se ele quisesse ouvir. Diderot disse que sim, e, conforme conta De
Morgan, Euler se aproximou de Diderot e disse, sério, em um tom de perfeita convicção: “
a  bn
 x , portanto, Deus existe”. Diderot ficou sem resposta, e a corte caiu na gargalhada.
n
25

5.2 Nota Histórica da Função Beta


Gabriele Veneziano (Florença, 7 de Setembro de 1942) é um físico teórico italiano. Era
pesquisador do CERN no ano de 1968, onde estudava certas propriedades da força nuclear
forte. Até então viera trabalhando nesse problema quando descobriu que a função beta de
Euler servia para descrever muitas propriedades das partículas sob a influência da força
nuclear forte. Entretanto, a explicação por que a função beta servia tão bem só foi descoberta
dois anos depois, em 1970, pelos trabalhos de Leonard Susskind, da Universidade de
Stanford, de Holger Nielsen, do Instituto Niels Bohr, e de Yochiro Nambu, da Universidade
de Chicago, dando uma explicação em função da hipótese que veio a ser a origem da teoria
das cordas.

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