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Rosalina Adolfo

Símon Jovêncio José

A actividade de campo para observação


(Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Rosalina Adolfo
Símon Jovêncio José

Problemas do Meio Ambiente Urbano e Saúde Pública

Trabalho da Cadeira de Didactica de


Biologia III, a ser entregue no
Departamento de Ciências, Engenharias
Tecnológicas e Matemática para fins
avaliativos, sob orientação do Docente:
Msc. Belito Bento Manuel

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Índic
e pág.

1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objectivos..........................................................................................................................3

1.1.1. Geral..............................................................................................................................3

1.1.2. Específicos....................................................................................................................3

1.2. Metodologia.......................................................................................................................3

2. A actividade de campo para observação.................................................................................4

2.1. A importância da actividade de campo para observação...................................................4

2.2. Autónoma actividade de campo para observação dirigida................................................5

2.3. Actividade de campo para resolução de problema...........................................................6

3. Princípios didácticos...............................................................................................................7

3.1. Principio Tradicional.........................................................................................................8

3.2. Principio de Espiral............................................................................................................8

3.3. Principio da interdisciplinaridade......................................................................................8

3.4. Princípio de orientação didáctica......................................................................................8

3.4.1. Orientação no objecto....................................................................................................8

3.4.2. Orientação no problema ou na situação........................................................................9

3.4.3. Orientação no âmbito....................................................................................................9

3.4.4. Orientação no método...................................................................................................9

3.4.5. Principio Centralização do Homem.............................................................................9

3.5. Principio da Aplicação.......................................................................................................9


3.6. Principio da consideração da hierarquia da matéria viva................................................9
3.7. Actividade cognitiva........................................................................................................10
3.7.1. Características gerais das actividades cognitivas........................................................10
3.7.2. Classificação das actividade cognitiva........................................................................11
4. Conclusão..............................................................................................................................12
5. Referencia Bibliografica.......................................................................................................13
1. Introdução
A actividade de campo faz parte de um processo de investigação que permite a inserção do
pesquisador na sociedade, reconstruindo o sujeito e, por consequência, a prática social,
permitindo o aprendizado de uma realidade, à medida que oportuniza a vivência em local do
que deseja estudar. Também possibilita um maior domínio da instrumentalização na
possibilidade de construção de novos conhecimento. Nesse contexto , compreende ˗ se que a
actividade de campo consiste no contacto directo com o ambiente de estudo fora dos murros
burocráticos da sala de aula, que permite ao professor o conhecimento de um instrumento
pedagógico eficiente e bastante proveitoso na relação ensino aprendizagem. Mas importante
destacar que, por ser um método didáctico que auxilia o professor em suas aulas teóricas, não
deve ser utilizada sem fundamentação previa , em vista que a sua função principal é a
materialização da teoria.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral :
 Compreender actividade de campo, princípios didácticos e actividade cognitiva

1.1.2. Específicos:
 Conceituar a actividade de campo e actividade cognitiva
 Descrever a importância da actividade
 Conhecer os princípios didácticos

1.2. Metodologia
Para realização deste trabalho recorreu ˗ se a referencias bibliográficas on ˗line com auxilio
de alguns manuais físicos
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2. A actividade de campo para observação


Actividade de campo é uma prática realizada em várias áreas do conhecimento, estes recurso
metodológico é disseminado com maior intensidade.
Nesse sentido, considerando as complexas relações da contemporaneidade, o trabalho de
campo, atrelado à reflexão teórica, é um importante instrumento para desenvolver a visão
crítica da realidade estudada.

2.1. A importância da actividade de campo para observação

Partimos do pressuposto que os trabalhos de campo são actividades fundamentais na


formação académica, principalmente na Biologia.

"A actividade permite ao aluno para perceber e apreender os vários


aspectos que envolvem o seu estudo, tanto nos aspectos naturais quanto
nos sociais”. Sendo assim, um processo indispensável associar teoria e
pratica, possibilitando um contacto directo com o objecto de estudo.
Sanches (2011).

Dessa forma, para Sanches (2011), o trabalho de campo, pode ser considerado um “recurso
metodológico de fundamental importância no aprendizado”. O mesmo permite além da
empiria, o contacto com outras áreas do conhecimento, além de contribuir para a formação
cidadã.

Porém, para Suertegaray (2002), O trabalho de campo faz parte de um processo de investigação
que permite a inserção do pesquisador na sociedade, reconstruindo o sujeito e, por consequência, a
prática social, permitindo o aprendizado de uma realidade, à medida que oportuniza a vivência em
local do que deseja estudar. Também possibilita um maior domínio da instrumentalização na
possibilidade de construção do conhecimento.

Sanches (2011) afirma que, o trabalho de campo possa efetivamente ter um aproveitamento
didático, requer que seja efetuado alguns procedimentos, antes, durante e após o campo. De
início, realiza-se a escolha do local a ser visitado; estudo dos elementos principais; elaboração
do roteiro; observação e coleta de dados no campo; e, por último, reflexões sobre a coleta
confrontando com a base teórica.
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2.2. Autónoma actividade de campo para observação dirigida

Aprendizagem à distância pressupõe auto-aprendizagem, a qual está associada à idéia de


ausência física do professor, do aluno como protagonista de seu próprio processo de
aprendizagem, de responsabilidade, e formação do indivíduo capaz de realizar trabalho
independente. Suertegaray (2002).

No entanto, Muller (2005) afirma que é preciso distinguir entre auto-aprendizagem


autônoma – que se refere ao modo não ordenado e assistemático como o autodidata procura,
seleciona materiais e estuda, pesquisa sem apoio externo, por conta própria;

É auto-aprendizagem dirigida – é àquela aprendizagem organizada e sistemática que se


processa, na ausência do professor, mas com o apoio de um material-guia especialmente
preparado para esse fim- um material organizador de sua auto-aprendizagem.

A auto-aprendizagem dirigida ou guiada é uma forma diferente e específica de aprender; mas


se inscreve como uma variante especial da “aprendizagem” e, no ensino a distância, comporta
os mesmos critérios básicos que devem estar presentes no material instrucional que orienta o
estudo.

Superada a dicotomia “presencial x à distância”, todo aprendiz deve:

 Desenvolver capacidades de estudo independente;


 Construir conhecimentos relevantes significativamente aprendidos, enriquecidos,
ampliando e modificando as estruturas cognitivas;

 Exercitar operações de pensamento que propiciem o desenvolvimento de habilidades e


capacidades necessárias ao cidadão profissional que está sendo formado.

Portanto, o material instrucional destinado à aprendizagem dirigida deve oferecer condições


de o aluno cumprir essas três funções e, para tal, deve:

 deixar um amplo espaço para a iniciativa dos destinatários e sua exploração pes
 apresentar conteúdos, proporcionando a informação para que o aprendiz se aproxime,
progressivamente, de um conhecimento verdadeiro e não, de fragmentos .
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 propor e estimular exercícios e atividades de investigação, oferecer espaço para a re-


descoberta, propiciar momentos de reflexão encaminhados para o desenvolvimento
do pensamento autônomo e de outras operações de pensamento.

2.3. Actividade de campo para resolução de problema


A resolução de problema na área da educação é considerada por muitos especialistas como
uma metodologia de ensino, pois pode proporcionar ao aluno a capacidade de aprender a
aprender. Resolução de problemas possibilita a apresentação de situação reais e sugestivas
que exijam dos alunos uma atitude activa ou um esforço para buscar suas próprias respostas .
o ensino baseado na resolução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de
procedimentos disponíveis, para dar respostas a situações variáveis e diferentes. A
aprendizagem torna-se significativa quando encontramos uma situação de resolução de
problemas. É um paradigma de ensino-aprendizagem, que coloca o aluno como foco central
dessa interação, e torna-o capaz de construir seu conhecimento a partir da solução de
problemas. FREIRE (1987).

Não se trata apenas de buscar a resolução do problema, mas entender a finalidade e utilidade
da situação questionada e quais os objetivos de aprendizagem. Constitui-se de uma atitude de
construção do conhecimento em que todas as etapas utilizadas são fundamentais e não apenas
o resultado final obtido. Os alunos devem identificar a partir da situação, quais são os
objetivos de estudo, para a solução da dificuldade em questão. Estimular o aluno a ser um
constante pesquisador, é sem dúvida uma das tarefas que a aprendizagem fundamentada nessa
abordagem pode realizar. Deve haver coerência entre os motivos e as finalidades no trabalho
escolar.

Em um sistema de significação onde a ordem social é comunicada, reproduzida,


experimentada e explorada, existe diálogo e interação. A realidade é produzida, alimentada,
restaurada e transformada.

Ao contrário do modelo transmissor e bancário de ensino (que não implica a interatividade e


participação e sim a cópia e a reprodução de tarefas), o modelo ou paradigma da resolução de
problemas pressupõe como linha norteadora a participação e a informação como alicerce do
exercício da democracia, fazendo o vínculo indivíduo-sociedade, formando uma comunidade
de aprendizagem.
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No estudo dessa abordagem pedagógica é necessário que o professor faça a descrição clara do
problema, estabeleça as metas esperadas para a solução, administre o tempo esperado para a
resolução e identifique a importância ou significância da tarefa em relação aos objetivos. Para
tanto, seguiremos algumas etapas: identificação do problema (isto proporciona alta
possibilidade de ser resolvido); observação (reconhecimento dos apectos do problema);
análise (descoberta das principais causas); ação (para eliminar as causas a concordância de
todos é fundamental para a colocação da ação em prática); verificação (da eficácia da ação,
comparação entre as situações “antes e depois” das ações a serem executadas); padronização
(a definição de responsabilidade precisa ser estabelecida, a fim de verificar se os padrões
estão sendo firmemente cumpridos para evitar a repetição de problemas); conclusão (revisão
das atividades e planejamento para um trabalho futuro, refletir sobre as coisas que
transcorreram bem e mal durante a melhoria das atividades).

Ao analisarmos a situação de aprendizagem a ser resolvida, a priori, elaboraremos uma parte


de descrição e outra de previsão. É necessário indagarmos, que problema cada aluno tem para
resolver? O que o aluno precisa saber para compreender a dificuldade? O que precisa saber
para resolver a questão? Que tipo de controle o discente tem sobre sua ação? FREIRE (1987).

Desta maneira, a abordagem é a informação e a estratégia é a distribuição de tarefas para


serem cumpridas pelos alunos.

3. Princípios didácticos
Princípios didácticos são aspecto gerais, normas, regras, ou ainda pontos de partidas e todas as
condições didácticas ˗ pedagógico - psicológicas que expressam os fundamentos teóricos de
orientação de todo trabalho decente e educativo.

Ao seleccionar os princípios ao utilizar, os professores devem ter em conta os seguintes


aspectos:

 A natureza da pratica educativa esfolar numa determinada sociedade;


 As características do processo de conhecimentos;
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 As particularidades metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na


pratica docente;
 As relações entre o ensino e o desenvolvimento dos alunos;

Podemos destacar vários princípios Didácticos

3.1. Principio Tradicional


Baseia-se na escolha do conteúdo que apresenta a estrutura de uma disciplina. A utilização deste
princípio é necessário quando o professor quer fixar a estruturação das suas aulas e concretização
dos objectivos das aulas (objectivos mais específicos).

3.2. Principio de Espiral

Um aluno não é de forma alguma um “saco vazio” que se pode encher com conhecimentos e,
ainda menos, um objecto de cera que conserva em memória as formas que nele se modelaram. Um
aluno é um organismo “actor” que constrói uma estrutura conceptual onde se inserem e organizam
os conhecimentos de que se apropria e as operações mentais que domina. Faz a construção do
conhecimento ao longo da sua história social e em contacto com ensino e sobretudo, através das
informações mediatizadas e experiência da vida quotidiana (Giordan e Vecchi in Didáctica das
Ciências da Natureza) onforme as idades.

3.3. Principio da interdisciplinaridade

O princípio da interdisciplinaridade considera e combina os conteúdos das outras disciplinas com


os da Biologia. O princípio de interdisciplinaridade é um princípio alternativo. A sua aplicação
nas aulas de Biologia é de grande importância porque aparece com a ideia de que numa certa
disciplina não trata-se de aspectos isolados, isto é, critica o pensamento linear.

3.4. Princípio de orientação didáctica

O professor utiliza vários métodos para orientar as actividades do aluno. Existe quatro formas
pelos quais o professor pode orientar os alunos

3.4.1. Orientação no objecto – a partir do objecto vai se abordar vários assuntos a ele
relacionados. estrutura química ; Distribuição geográfica; Importância para homem, animais e
plantas ,Água; Propriedades físicas
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3.4.2. Orientação no problema ou na situação – existe um determinado problema central


importante para os alunos ou sociedade que o professor utiliza como ponto focal para a aula (ex.
problema relacionado com a sexualidade ou densidade da população). Esta orientação realiza-se
na sala de aulas.

3.4.3. Orientação no âmbito – o professor pode orientar os alunos a obter informação científica
através da interpretação de textos das revistas jornais e outros meios de informação baseados na
cultura geral. (ex: nas aulas relacionadas coma saúde, meio ambiente). Esta orientação realiza-se
fora da sala de aulas

3.4.4. Orientação no método – trata de alguns métodos gerais e específicos importantes para a
vida que a partir deles o aluno pode se informar sob forma de uma aprendizagem social, (ex:
comunicação, planificação de projectos, actividades em grupo, analise e interpretação dos textos.

3.4.5. Principio Centralização do Homem A escolha, a legitimação e a combinação de


conteúdos tem como ponto central o homem. O Homem é analisado aos níveis da “biosfera”,da
população e do “organismo”.

3.5. Principio da Aplicação

“Se o Homem começar com certezas, terminará com dúvidas, mas se ele
ficar satisfeito em começar com dúvidas poderá terminar em certezas”
Bacon citado por Muller (2005).

A escolha, a legitimação, e a combinação de conteúdos, efectua-se a partir de conteúdos que se


relacionam com importantes questões individuais e sociais que possuem um interesse específico
para os alunos. Tenta relacionar os aspectos biológicos com as importantes questões individuais e
sociais podem existir entre âmbitos.

3.6. Principio da consideração da hierarquia da matéria viva

“A ciência cognitiva indica que o conhecimento é armazenado


hierarquicamente. Qualquer tentativa para criar uma hierarquia, antes de
ter lugar o compromisso da aprendizagem, parece ser vantajoso”
Mintzes,Wanderssee, Novak citado por Muller (2005)
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3.7. Actividade cognitiva

As actividades cognitivas são aquelas actividades que requerem esforço mental de que as
pratica. A actividade cognitiva esta em todas nossas atitudes ligadas aos processos cognitivos,
de percepção, Assimilação e Aprendizagem.

A actividade cognitiva é o diferencial entre as pessoas , muita das vezes sendo confundida
com a própria personalidade .

Um dos conceitos fundamentais da teoria do conhecimento é a actividade cognitiva qual


mostra esse exercício imanente(a actividade inicia e termina no sujeito da acção) através do
qual uma pessoa compreende as informações ao seu redor . Na actividade cognitiva o ser
humano não ocupa um papel passivo , mas participa de forma activa nestes conhecimentos .

A actividade cognitiva parte da curiosidade sadia de um sujeito em fazer perguntas deste tipo
de acção apresenta características de conotação especificas. Por ex: a faculdade intelectual é
imaterial. Do mesmo modo, o conhecimento se une ao objecto no exercício intelectual através
da apreensão desse objecto.

É muito importante potenciar actividade cognitiva para alcançar a sabedoria e também o bem
˗ esta pessoal, uma vez que o conhecimento alimenta o espírito.

3.7.1. Características gerais das actividades cognitivas

 A actividade cognitiva é a principal para o desenvolvimento da personalidade do aluno

 As actividades cognitivas tem uma relação com todas as funções didácticas ( funções:
introdução, matéria nova, consideração e controle para avaliação)

 Cada processo de realização de actividade cognitiva tem uma estrutura típica. Primeiro
para o problema, segundo para hipótese, terceiro para solução e quarto para resposta ao
problema

 Cada processo de actividade cognitiva é o processo da imagem e reflexão. Imagens são


resultados ideais do processo de reflexão.
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3.7.2. Classificação das actividade cognitiva

As actividades cognitivas são classificadas em dois grupos:

Actividades cognitivas para a transmissão de efeitos sensoriais para a fixação destas em


afirmações empíricas (são exemplo destas as actividades de observar e experimentar);

Actividade cognitiva para aquisição deconceitos empíricos e teóricos (são exemplos deste
tipo,as actividades de descrever, explicar, prognosticar,

Cada uma destas actividades .tem certas características .uma estrutura lógica para sua
aplicação. Dai , que é de grande importância obter conhecimentos teóricos sobre as
actividades cognitivas para conseguir aplicar correctamente na pratica
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4. Conclusão
Segundo Sanches (2011) para que o trabalho de campo possa efetivamente ter um
aproveitamento didático, requer que seja efetuado alguns procedimentos, antes, durante e após
o campo. De início, realiza-se a escolha do local a ser visitado; estudo dos elementos
principais; elaboração do roteiro; observação e coleta de dados no campo; e, por último,
reflexões sobre a coleta confrontando com a base teórica.
Dessa forma, o trabalho de campo, como afirma Sanches (2011) pode ser considerado um
“recurso metodológico de fundamental importância no aprendizado”. O mesmo permite além
da empiria, o contacto com outras áreas do conhecimento, além de contribuir para a formação
cidadã.
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5. Referencia Bibliografica

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro, paz e terá,1987.

MÜLLER, S. Didáctica das Ciências naturais. Maputo, Texto Editores, 2005.

SANCHES, Fabio de O. O Trabalho de Campo e Análise da Paisagem: proposta metodológica no


Parque Nacional de Itatiaia. In: Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, Volume 4, nº 4,
2011.

SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Geografia e trabalho de Campo. In: Geografia Física
Geomorfologia: uma (re)leitura. Ijuí: Editora .

www.pedro-online.comunidades.net/ https://queconceito.com.br/atividade-cognitiva

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