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1. Introdução
O estágio docente é uma etapa fundamental na formação de professores, especialmente no
contexto académico. Ele proporciona aos estudantes de licenciatura a oportunidade de vivenciar
a prática pedagógica em ambiente real de sala de aula, sob a supervisão de um professor
experiente.
Nesta ordem de ideias, o presente relatório de estágio docente pressupõe os seguintes objectivos:
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Descrever as actividades desenvolvidas no estagio integrado docente I realizado na
Escola Secundaria Graça Machel_Vilankulo
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1.1.2. Específicos
Assistir aulas de matemática e apontar pontos essenciais,
Discutir com os professores as estratégias e meios usados nas aulas,
Providenciar opiniões críticas e construtivas sobre as mesmas aulas
1.2.Metodologia
Este relatório é referente as actividades práticas (assistência e analise de aulas) desenvolvidas na
escola secundaria Graça Machel – Vilankulo, segundo a orientação da avaliação 3.
Primeiro fui a escola supracitada, dialogar com os professores pedindo autorização para a
realização de tais assistências. Cada professor me indicou a data e as assistências aconteceram
como planejado.
Depois dessa etapa de assistências e discussões com os professores visados, prossegui com as
seguintes actividades:
1º) Analise critica das estratégias e meios usados nas aulas sem descurar dos pontos positivos
e negativos,
2º) Escrevi recomendações e propostas para a ministração das mesmas temáticas de ensino,
explorando a diversificação das estratégias para uma boa qualidade do processo de ensino
e aprendizagem,
3º) Realizei uma revisão bibliográfica buscando mais teorias e ou mais estratégias que
ajudam na ministração desses temas, anotando todas as fontes nas referencias
bibliográficas.
4º) Escrevi o presente relatório para a avaliação.
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2. Descrição das Actividades
Durante o período de estágio, participei activamente das aulas ministradas pelo professor
responsável. Minhas actividades envolveram:
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3. Revisão bibliográfica
Se existirem elementos que se repetem nos conjuntos, ele aparecerá uma única vez no conjunto
união. ara representar a união usamos o símbolo U.
Exemplo:
Para encontrar o conjunto união basta juntar os elementos dos dois conjuntos dados. Temos de
ter o cuidado de incluir os elementos que se repetem nos dois conjuntos uma única vez.
A U B = {c, a, r, e, t, i, o, u}
A intersecção de conjuntos corresponde aos elementos que se repetem nos conjuntos dados. Ela é
representada pelo símbolo ∩.
Exemplo:
Devemos identificar os elementos comuns nos conjuntos dados que, neste caso, são os
elementos a e e, assim o conjunto intersecção ficará:
A = {a, e}
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Obs: quando dois conjuntos não apresentam elementos em comum, dizemos que a intersecção
entre eles é um conjunto vazio. Nesse caso, esses conjuntos são chamados de disjuntos:
A∩B=Ø
Timoni (1985, p.26). Para compreender melhor as operações com números inteiros é preciso
que os alunos, dentro de suas estruturas mentais, construam um esquema de assimilação de
modo a conseguir a ultrapassagem de um nível a outro, através da abstracção e da
generalização. Assim, por exemplo, o número -3 representa 3 unidades à esquerda do zero na
recta. Portanto, o aluno constrói internamente regras para suprir as diferenças de operação.
A soma dos Números Inteiros Relativos Giovanni (1985: p.29) afirma: “A soma de dois
números inteiros relativos (diferentes de zero) de sinais diferentes é obtida dando se o sinal
da parcela que tem maior módulo e calculando-se a diferença entre os módulos.”.
1) (+2) + (+3)= +5, A adição de dois números relativos com mesmo sinal posicional é outro
número relativo com o mesmo sinal, e cujo o valor absoluto é igual á soma de valores
absolutos das parcelas.
2) (+2) - (+3)= -1 ou (+4) + (-2)= +2, A adição de dois números relativos com sinais
diferentes é também um número relativo, com valor absoluto igual á diferença dos valores
absolutos das parcelas e sinal igual ao da parcela com maior valor absoluto.
Para Giovanni (1985), a recta numerada ou com ele acha que “Recta Numérica Inteira” deve
ser construída e observada da seguinte maneira:
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• À direita do ponto 0, com certa unidade de medida (1 cm, por exemplo), assinalamos pontos
consecutivos e, para cada ponto, fazemos corresponder um número inteiro positivo.
• À esquerda do ponto 0, com a mesma unidade, assinalamos pontos consecutivos e, para cada
ponto, fazemos corresponder um número negativo.
• Ao ponto 0, denominado origem, fazemos corresponder o número zero. (GIOVANNI, 1985. p:
20).
Baseando-se ainda na recta numerada, podemos afirmar que todos os números inteiros
possuem um, e somente um antecessor, e também um, e somente um sucessor.
Caraça (1958, p.95) utiliza a recta orientada para introduzir o conceito de número relativo,
estabelecendo uma correspondência entre pontos de uma recta e os elementos do conjunto
dos números relativos.
Adição algébrica usando a recta numérica torna mais simples os cálculos. Por exemplo:
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
Pois a partir do menos três, avançamos uma vez a direita logo encontramos o menos dois ou
por outras, sinais contrários subtraímos e o resultado ganha o sinal do número com maior
valor absoluto.
Ex: -1-2=-3 visto que situados no menos um da recta numérica avançamos duas vezes a
esquerda porque o 2 tem o sinal negativo, ou seja, pelo jogos de sinais a adição de dois
números com o mesmo sinal, conserva-se o sinal e adiciona-se os valores. -1 -2= - já
mantemos o sinal falta adicionarmos os valores (1+2), fica: -1-2= -3
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material didático para que se tenha a garantia de aprendizagem, o mais importante é saber
utilizar corretamente estes materiais em sala de aula.
Visto que,
(...) a aprendizagem não reside na estrutura física do material concreto ou na simples manipulação
do mesmo, devendo resultar de reflexões sobre as operações impostas sobre a ação manipulativa.
(RODRIGUES, FREDY COELHO; GAZIRE, ELIANE SCHEID, 2012, p.6)
Analisamos ser necessária a reflexão junto aos alunos sobre o observado quando
manipulados esses materiais e assim construir os conceitos permitidos com a utilização dos
mesmos.
[...] faz-se necessário que haja por partes dos educadores uma revisão sobre a situação actual da
prática docente, identificando novos meios e propostas de tornar sua aula mais proveitosa,
visando à interação do aluno com o conteúdo estudado e fazendo com que ele tenha uma maior
afinidade com os conteúdos matemáticos ensinados em sala de aula. [...] o uso de materiais
manipuláveis e jogos como uma proposta pedagógica para tornar as aulas de Matemática mais
dinâmicas e proveitosas. [...] esses recursos podem, além de despertar o interesse dos alunos,
fazer com que eles tenham uma maior interação com o conteúdo estudado. (SOUSA; OLIVEIRA,
2010, p.2)
Ainda Rodrigues e Gazire (2012) ressaltam que é preciso que haja uma actividade mental
por parte do aluno mediado pelo professor, permeada de reflexões sobre a acção
manipulativa, que deve permitir ao aluno o reconhecimento de relações que o levem a
pensar, analisar e agir. Também recomendam que o aluno participe da construção do mesmo,
garantindo que o mesmo tire maior proveito possível desse material manuseado, pois surgem
imprevistos e desafios que acabam por conduzi-lo à elaboração de conjeturas e soluções para
as situações imprevistas.
Então, segundo Rodrigues e Gazire (2012), o mau uso dos materiais manipulativos pode
estar ligado à distância existente entre o material concrecto e as relações matemáticas que
temos a intenção que eles representem, e também quanto à seleção dos materiais na sala de
aula.
Com a régua construída é possível realizar adições e subtracções dos números inteiros. Na
verdade, ela serve como um instrumento facilitador para observar os resultados desejados.
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Queremos, por exemplo, encontrar o resultado de –5 + 3. O mesmo pode ser obtido seguindo
os passos abaixo.
Passo 1 – Deslize a lâmina verde de cima até que o seu zero (0) encontre o –5 da lâmina rosa
de baixo.
Passo 3 – O resultado é o número que se encontra na lâmina de baixo, acima do +3, ou seja,
–2.
Para utilizar esse material é preciso que o aluno já tenha alguns conhecimentos sobre os
números inteiros como sua localização na recta numérica e operações. É fundamental a
compreensão de que um número, antecedido por um sinal positivo (+), permanece com o
mesmo valor e se antecedido por um sinal negativo (–), inverte-se o valor. Se for solicitado,
por exemplo, a resolução da operação (–3) – (+6), como o aluno fará isso na régua? É
preciso então que eles lembrem que o sinal de (–) trocará o sinal do (+6), transformando a
operação em – 3 – 6, que agora sim, eles sabem resolver utilizando esse material.
Uma das propostas desenvolvidas pela professora foi à elaboração de jogos pedagógicos,
pois considera que desenvolver as operações de números inteiros com materiais
manipuláveis e jogos pedagógicos auxilia o aluno no processo de construção de seu
conhecimento, tornando mais palpável as operações neste conjunto numérico e, de acordo
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com o seu ritmo de aprendizagem cada um percebe o momento de abrir mão dos materiais e
começar a trabalhar de uma maneira mais abstracta, facto este que é um dos objectivos do
ensino da Matemática (BORDIN, 2011).
Assim, teremos:
= +1 E = –1
Para representar +3, usaremos três peças verdes, para representar –5 usaremos peças
vermelhas.
= +3 = –5
Adição
Podemos observar que após juntar as peças de duas cores diferentes, elas se anularam em mesma
quantidade. Ou ainda, ao adicionar a divida 1 com a sobra 3, sobraria apenas 2 após o balanço. E
para o segundo caso ao adicionar a divida 4 com a sobra 1ficaria com a divida 3.
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Subtracção
– =
Logo (+4) – (+1) = +3. . Podemos verificar que neste caso, o resultado final é +3. Assim
podemos concluir que (+4) – (+1) = (+4) + (–1) = +3
E qual é o resultado de (+2) - (+3)? O resultado é – 1. Assim (+2) – (+3) = (+2) + (–3) = -1
=
+ =
Neste caso, precisamos tirar 2 peças verdes das 3 pecas vermelhas, anulando em
=
mesma quantidades iguais ficando com uma peca vermelha. O mais importante é
compreender a relação existente entre subtracção e adição, observando os sinais em
destaque.
4. Resultados e aprendizados
Durante o estágio, pude vivenciar de perto o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula.
Algumas das principais experiências e aprendizados foram:
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Ao combinar diferentes estratégias didácticas e metodológicas, é possível tornar o ensino da
reunião e intersecção de conjuntos mais significativo e acessível para os alunos, promovendo
uma aprendizagem mais eficaz e duradoura.
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memorizaram as regras que o professor ditou e começaram a usar em
certos exercícios.
O uso de problemas (sobre saldo bancário, dividas e temperatura) seria
óptimo para introduzir esse tema de forma que o aluno soubesse deduzir as
regras por si.
5.2.2.3.O uso de jogos lúdicos e materiais manipulativos teria contribuído
bastante para atingir facilmente os propósitos daquela aula.
5.2.3. Recomendações
O ensino da adição e subtracção de números inteiros relativos pode ser desafiador para os alunos,
pois envolve conceitos abstractos. Aqui estão algumas sugestões didáctico-metodológicas para
tornar esse processo mais acessível e envolvente:
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alunos a representarem os problemas de forma simbólica e a desenvolverem
estratégias de resolução.
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6. Considerações finais
O estágio docente na disciplina de [matemática] foi uma experiência enriquecedora e
fundamental para o meu desenvolvimento profissional como futuro educador. A oportunidade de
assistir e colaborar activamente no processo de ensino e aprendizagem me proporcionou insights
valiosos e consolidou minha paixão pelo ensino e também pela área. Estou grato pela
oportunidade e ansioso para aplicar os conhecimentos adquiridos em minha futura carreira como
docente.
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7. Referências bibliográficas
Abrantes, P, Serrazina, L, & Oliveira, I.(1999). A Matemática na Educação Básica.
Gazire, E. & Rodrigues, F. (2012). Reflexões sobre o uso de material didáctico manipulável no
ensino de matemática. Santa Catarina: Florianópolis.
Sousa, G. & OLIVEIRA, J. (2010) O uso de materiais manipuláveis e jogos no ensino de
matemática. In Encontro Nacional de Educação Matemática. Salvador, Bahia: SBEM, p.1-
11.
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