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Odete Mateus Mabote

Relatório
(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística

Universidade de Rovuma
Extensão de Niassa
2021
2
Odete Mateus Mabote

Relatório
(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística

Relatório de carácter avaliativo da


cadeira de Praticas Técnico
Profissional ser apresentado ao
Departamento de Ciências Naturais e
Matemática Sob orientação do:
Msc. Suvai Estevão

Universidade de Rovuma

Extensão Niassa
3

2021
Índic
e
1.Introdução.......................................................................................................................3
1.1. Objectivo Geral.......................................................................................................3
1.2. Objectivos Específicos............................................................................................3
1.3. Metodologia de Trabalho........................................................................................3
1.4.Referenciais teóricos................................................................................................4
2. Desenvolvimento...........................................................................................................5
2.1.Resumo sobre estatística..........................................................................................5
2.1.1.Classificao das variaveis...................................................................................6
2.1.2.Fases de organizacao de dados..........................................................................6
2.1.3.A síntese numérica de um conjunto de observações.........................................6
2.2. Temas de Seminários apresentados na sala de aula................................................7
2.2.2.Questionário......................................................................................................8
2.2.3.Observação........................................................................................................9
2.2.4.Entrevista.........................................................................................................10
2.2.5.Inquérito..........................................................................................................12
2.3.Amostragem...........................................................................................................12
2.3.1.Amostragem não probabilístico......................................................................13
2.3.2.Amostragem acidental.....................................................................................13
2.3.3.Amostragem intencional.................................................................................13
2.3.4.Amostragem por cotas.....................................................................................13
2.3.5.Amostragem por conveniência........................................................................14
2.3.6. Amostragem Probabilística............................................................................15
2.3.7.Selecção de Amostra.......................................................................................15
3.Conclusão.....................................................................................................................19
Bibliografia......................................................................................................................20
3

1.Introdução
A prior é de salientar que o presente relatório da cadeira de praticas técnico profissional,
ira debruçar aspectos ligados a síntese da aquisição da aprendizagem durante todo o
percurso da vida humana, se efectiva mediante a um importante acontecimento, inicia-
se partir das primeiras relações afectivas da criança, voltada directamente no
desenvolvimento emocional e afectivo, na socialização, nas interacções humanas, como
também na aprendizagem

A estatística é uma área do conhecimento que inclui instrumentos necessários e visa


recolher, organizar ou classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados.
O presente trabalho é da cadeira de Práticas Técnico Profissional, iremos aqui abordar
sobre amostragem não probabilística bem como a sua definição, tipos e suas vantagens.
Os procedimentos para aquisição da amostra são decisivos para a qualidade da pesquisa
realizada, uma vez esta tem que ser representativa da população pesquisada.
1.1. Objetivo Geral
Aplicar os conteúdos de uma forma objectiva as actividades que se desenvolvem
e seus intervenientes;

1.2. Objetivos específicos

Usar o conhecimento empírico para se apoiar ao científico na aula;


Desenvolver capacidades de análise crítica e criativa, para uma melhoria da
qualidade de ensino e da aprendizagem;
Realizar trabalho de campo na instituição escolar nos aspectos organizacionais,
pedagógicos e administrativos.

1.3. Metodologia de Trabalho

Para a elaboração do presente relatório das Práticas Técnico Profissionalizantes


realizadas no Unirovuma, usou-se dois métodos que são: método de observação directa
e observação indirecta. Na observação direita o investigador procede directamente a
recolha de dados (observa e regista os fenómenos), observação recolhida directamente é
mais objectiva, os sujeitos observados não intervêm na produção da formação.
Observação indirecta recolha de informações através de um sujeito; observação
recolhida indirectamente e menos objectiva; sujeitos observados intervêm na produção
da informação, estes métodos facilitaram na observação do estagio e permitiram na
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constatação de informação particular que levaram a elaboração do relatório na sua


totalidade.

1.4.Referenciais teóricos.
No presente relatório tem como finalidade relatar actividades realizadas na sala de
aulas. Para a materialização deste relatório usou se a análise documental e as referências
bibliográficas abaixo mencionadas: ALARCÃO e TAVARES (1987), DIAS et all
(2008), (1994:76), NERICI (1989), ZABALZA (1994) e LIBÂNEO (1994,2006).
Contendo outras obras que serão alistadas na referência bibliográfica no final do
relatório.

Para LIBANEO (2006:119), “os objectivos antecipam os resultados e processos


esperados do trabalho conjunto do professor e dos alunos expressando conhecimentos,
habilidades, e conteúdos a serem assimilados de acordo com as exigências
metodológicas.”

Conforme DIAS et all (2008:136) o plano de aula “é um projecto de actividades,


de cerca de 45-60 minutos de acordo com as normas curriculares que norteiam as
diferentes Escolas.”O plano regula e orienta a actividade do praticante, evitando
dispersões desnecessárias.

Por fim, ALARCÃO e TAVARES (1987:103), dizem que, “observações são


actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no processo de
ensino e aprendizagem com a finalidade de, mais tarde, proceder a uma análise do
processo numa ou noutra das variáveis em foco.”

Os conceitos acima citados vão ser o centro das nossas atenções, pois
frequentemente faremos menção dos conceitos.
A planificação sempre foi e sempre será uma ferramenta muito importante para
que o trabalho de docência tenha sucesso na sala de aula. O professor sempre que
possível deve conhecer o tipo de aluno que dispõe na sala e o tipo de aula que pretende
leccionar ou fazer e depois desenhar o plano de aulas e desenhar os objectivos que quer
alcançar no final da aula e as vezes o plano deve ser flexível, pois o planificado pode
não representar a realidade da sala de aulas.

O Relatório está estruturado da seguinte forma: Introdução, desenvolvimento


(etapas das Praticas pedagógica, identificação do local de realização das Praticas do
5

processo de ensino e aprendizagem e descrição geral, e analise e interpretação de dados,


referencias teóricas, contextualização de conceitos, constatações), pós - textuais (resumo
dos seminários, conclusões, dados bibliográficos).

2. Desenvolvimento
As Praticas Pedagogicas das observações e assistências de aulas na sala de aulas são
uma actividade curricular que concebe no relacionamento da teoria e da prática que
garantem o contexto prático com situações Psicopedagógica didácticas concreta que
fornecem para uma boa preparação dum modo geral ao futuro Psicólogo orientador para
o exercício das suas funções profissionais. Entretanto, estas actividades foram realizadas
na universidade Rovuma e na sua realização, foram marcadas três fases a destacar:
preparação do estágio de Praticas, assistência de aulas pelo Tutor e observação das aulas
pelo grupo.

2.1.Resumo sobre estatística


Estatística: ciência que se preocupa com a descrição, análise e interpretação de dados
Experimentais.
A Estatística está dividida em duas grandes áreas:
 Estatística Descritiva: que se preocupa com a organização e descrição de dados;
 Inferência Estatística: que trata da análise e interpretação dos dados

Inferência: é uma dedução feita com base em informação ou raciocino que usa dados
disponíveis para se chegar a uma conclusão.

População: é um conjunto de elementos com pelo menos uma característica comum.


Amostra: é um subconjunto da população em estudo.

População se distingue em duas partes


Infinita: quando não é qualificado (não existe esta população);
Finita: quando é qualificada.

Variavel: é uma cararteristica que admite diferentes valores(um numero ou uma


modalidade), um por cada unidade estatistica.
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2.1.1.Classificao das variaveis


Variaveis qualitativas quando seus possiveis valores são categorias, podem ser
organizadas em diferentes escalas:

Escala ordinal: quanda as variaveis podem ser colocadas em ordem, mas não é possivel
quantificar a diferenca entre os resultados. Exemplo: classe social (A, B, C ou E)..

Escala nominal: quando as variaveiesnao podem ser ordenadas. Exemplo: cor dos
olhos

Escala intervalar: quando é possivel quantificar as diferencas entre as medidads, mas


não há ponto zeroabsoluto. Exemplo: temperatura.

Escala de razao quando possuem um zero absulo. Exemplo: metros.

Variaveis quantitatias quando os seus possiveis valores são numericos ou resutantes


de contagem e podem ser:

Discretas quando só assumem alguns valores dentro de um intervalo considerado.


Exemplo alunos nima escola.
Continuas: quando podem assumir qualquer valor dentro de um intervalo considerados.
Exenplo; altura, peso.

2.1.2.Fases de organizacao de dados


Estatistica organizimos em forma de tabela ou graficos

Em forma de tabela se designa em distribuicao de frequencias e dentro das frequencias


vamos encontrar frequência absoluta e relativa, frequência absoluta acumulada e
relativa acumulada. Alem de tabelas podem se construir gráfico de barras, gráfico
circular, histograma, polígono de frequência.

2.1.3.A síntese numérica de um conjunto de observações


Pode ser dividida em:
 medidas de tendência central;
 medidas de variabilidade;
 medidas de posição.

Medidas de tendência central que temos são:


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Mediana é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados.


Média é o quociente entre a soma de todos os valores observados e o número total de
observação
Moda é o valor mais frequente, caso existe.
Medidas de variabilidade tende deanalisar entre elas vamos encontra:
A amplitude total (AT) de um conjunto de dados é definida é definida como a
diferença entre o maior e o menor valor
Desvio médio é a média dos valores absoluto das diferenças entre as observações e a
media.
Variação é à medida que se obtém somando os quadrados dos desvios das observações
de amostra, relativamente a sua media, e dividindo por n ou por n-1
Desvio padrão é a raiz quadrada da variação

2.2. Temas de Seminários apresentados na sala de aula


2.2.1.Instrumento de colecta de dados
Os instrumentos de colecta de dados de pesquisa são as ferramentas que fazem parte do
processo de colecta, levantamento e, por fim, tratamento das informações e divulgação
dos resultados. Para cada tipo de pesquisa é recomendado um instrumento de colecta
diferente.

No que se refere a instrumento, o dicionário da língua portuguesa classifica como sendo


"tudo o que serve para executar algum trabalho ou fazer alguma observação"
(Infopédia).

No entanto existem vários tipos de instrumento de colecta de dados a saber:


Questionário, Entrevista, inquérito,Diário do Investigador, Análise Estatística, Análise
de Conteúdo, Ficha de Leitura, Checklists, entre outro. Nesse trabalho focalizar-se-á em
três instrumentos: Questionário, Entrevista e inquérito.

2.2.2.Questionário
Conceitos
É um instrumento de colecta de informação, utilizado numa sondagem ou inquérito. O
questionário é frequentemente confundido com entrevista, teste, formulário, inquérito e
escala.
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Tecnicamente, questionário é uma técnica de investigação composta por um número


grande ou pequeno de questões apresentadas por escrito que tem por objectivo propiciar
determinado conhecimento ao pesquisador.
Portanto quando pretendemos recolher uma informação com base em sondagem, na
algumas vezes recorre-se há um questionário.

Pressupostos Para Elaboração dum Questionário


os pressupostos mais destacados para elaboração dum questionário são:
 Verificar se para o estudo que se pretende realizar já existe algum estudo
preliminar (piloto);
 Verificar se para o estudo que pretende realizar existe algum estudo anterior;
 Verificar se temos conhecimento íntegro sobre a população que pretendemos
inquirir;
 Verificar se pretendemos testar o actual questionário (que se assumem como
preliminar), para elaborar um questionário definitivo.

Tipos de Perguntas
Existem três (3) tipos de pergunta num questionário que são:
 Perguntas abertas,
 Perguntas fechadas,
 Perguntas mistas.
Perguntas abertas
É aquela em que o inquirido pode tecer comentários a volta da questão que é colocada.
Exemplo: porquê se considera a sua comunidade muito forte?
Perguntas fechadas
É a aquela em que as respostas são táxicas.
Exemplo: acha que o candidato B ganha eleições?
Ai a resposta é táxica, pois terá como opções: sim, não, não sabe, não responde e talvez.
Perguntas Mistas
É a aquela em que se faz a mistura de abertas e fechadas.
Exemplo: acha que o candidato B ganha? Porquê?
O inquirido dará resposta como no caso da pergunta fechada e fará comentários do
porque com em caso da pergunta aberta.
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2.2.3.Observação
Um questionário é usado em entrevistas semiestruturadas, em estudo de casos, em
sondagens, nos censos, em pesquisas e muito mais. Ao tocar no tema questionário, o
autor pretende convidar o estimado leitor a ler mais sobre o assunto, porque será muito
importante no futuro principalmente quando o indivíduo atinge um nível académico em
que queira dedicar-se à investigação.

Os Procedimentos param a Recolha dos Dados


Os procedimentos básicos de colecta de dados são quatro (4) tipos que são:
 Selecção,
 Codificação,
 Tabulação,
 Analise.

Selecção
Exame minucioso dos dados. Verificação critica que tem por finalidade detectar falhas
ou erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem
prejudicar o resultado da pesquisa, como a grande quantidade de dados desordenados e
as instruções mal compreendidas.
Codificação
Operação utilizada para classificar os dados que se relacionam. Com a codificação, os
dados são transformados em símbolos, podendo depois ser tabelados e contados
(atribuição de códigos, números e letras).
Tabulação
Disposição dos dados em tabelas, quadros e gráficos para facilitar a verificação das
interpelações entre eles.
Análise
Actividade intelectual que busca dar um significado amplo às respostas, vinculando-se a
outros conhecimentos e teorias. Em outras palavras, trata-se da exposição e
interpretação do significado do material apresentado.
É preciso ressaltar que a validação dos dados de pesquisa ocorre em cada um desses
procedimentos básicos. São eles que vão proporcionar a precisão e a credibilidade dos
resultados de análise.
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2.2.4.Entrevista

A entrevista compreende o desenvolvimento e uma interacção de significados em que as


características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam decisivamente
em seu curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador tem de conhecer o
sentido que os sujeitos dão aos seus actos e o acesso a esse conhecimento profundo e
complexo é proporcionado pelos discursos enunciados pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p.
29).

A entrevista é um instrumento muito utilizado para a coleta de dados em uma pesquisa.


Ela tem como principal objectivo obter informações sobre um determinado assunto a
partir da interação entre duas pessoas.

A partir da entrevista o pesquisador tem a oportunidade de obter os dados que vão


ajudar a identificar as respostas à problemática identificada. As entrevistas podem ser de
dois tipos: estruturada e não estruturada.

A entrevista estruturada é quando o pesquisador (entrevistador) tem um roteiro de


perguntas pré-estabelecido e busca no entrevistado a resposta para cada uma das
perguntas.

A entrevista não estruturada é quando o entrevistador tem liberdade em desenvolver as


perguntas de acordo com as situações que são desenvolvidas no decorrer da entrevista.
Em alguns casos é comum o uso de perguntas norteadoras, porém elas não são seguidas
de forma rigorosa.

Características da Entrevista
 Textos informativosou opinativos
 Presença do entrevistador e do entrevistado
 Linguagem dialógica e oral
 Marca do discurso direto e da subjetividade
 Mescla da linguagem formal e informal

Estrutura da Entrevista
Para produzir uma entrevista esteja atento à sua estruturação:
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Escolha do Tema
A entrevista pode ser um texto em que você vá utilizar para dar consistência a um outro
trabalho, ou mesmo, para conhecer melhor o trabalho de outra pessoa.

Seja qual for o tema escolhido, por exemplo, o novo livro do escritor, fica claro que ele
deverá comparecer à entrevista.

Elaboração de Roteiro
Feito a escolha do tema e do entrevistado, é muito importante a elaboração de um
roteiro de forma que o entrevistador o tenha em mãos na hora da entrevista.

Além disso, pesquise, analise e estude sobre o tema, pois como a entrevista garante a
presença de alguém, podem surgir outras perguntas durante o processo, a partir das
respostas do entrevistador.

O roteiro deverá ter um objectivo claro e ser apresentado em formas de perguntas e


cuidado para que não fique muito longo, no entanto, tenha outras perguntas em mente se
for necessário.

Título
Se necessário, coloque um título na entrevista. Ele norteará melhor o objetivo
delimitando o tema proposto, bem como seduz o leitor à sua leitura. Por exemplo:

Entrevista com Eduardo Pereira: apontamentos sobre sua nova obra.

Se necessário faça uma introdução (que pode ser curta), mas que informe o leitor do que
será discutido.

Nesse caso, apresente o assunto que será discutido, bem como o perfil do entrevistado e
sua experiência profissional.

Revisão
A parte final é tão importante quanto a inicial. Afinal, não adianta ter as ideias e
apresenta-las de maneira informal, ou seja, um texto que não abrigue coerência e
coesão.
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Se a intenção é fazer uma entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um


público leitor, você deverá utilizar uma câmara ou gravador e depois realizar o trabalho
de transcrição das falas de ambos.

2.2.5.Inquérito
O inquérito é uma técnica de investigação que permite a recolha de informação
directamente de um interveniente na investigação através de um conjunto de questões
organizadas segundo uma determinada ordem. Estas, podem ser apresentadas ao
respondente de forma escrita ou oral.

É uma das técnicas mais utilizadas, pois permite obter


informação, sobre determinado fenómeno, através da
formulação de questões que reflectem atitudes, opiniões,
percepções, interesses e comportamentos de um conjunto
de indivíduos (cf. TUCKMAN, 2000, p.517).

Estrutura do inquérito
Um inquérito deve ser estruturado de tal forma que responda às necessidades dos
entrevistados e do investigador.  As perguntas feitas têm um impacto directo no número
de pessoas que a farão e completam o inquérito.  

Mantenha seu inquérito entre 10 e 12 questões de duração. É importante que não


demore mais de 8 minutos para concluir o inquérito.

Use principalmente perguntas fechadas que sejam fáceis de responder e fáceis de


analisar, limitando às questões abertas.  Faça uso das lógicas de inquérito para dar mais
ordem a sua investigação e evite que os respondentes respondam a perguntas
desnecessárias.

2.3.Amostragem
Denomina-se por amostragem o processo utilizado para seleccionar uma amostra a
partir de uma população. Esta mesma selecção pode ser realizada recorrendo a dois
tipos de métodos:

 Probabilístico;
 Não probabilístico.
População: grupo de todos elementos que possuem pelo menos uma característica em
comum.
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Amostra: é o subgrupo da população seleccionada para análise.

2.3.1.Amostragem não probabilístico


São também designados por amostragem dirigida, esta não permite definir com rigor as
probabilidades de inclusão de diferentes elementos da população na amostra, quando há
uma escolha deliberada dos elementos da amostra. Muitas vezes não se pode calcular
probabilidade de inclusão e quando essa probabilidade não é conhecida ou é igual a
zero. São classificadas em:

 Amostragem acidental;
 Amostragem intencional;
 Amostragem por cotas;
 Amostragem por conveniência.
2.3.2.Amostragem acidental
Trata-se de uma amostra formada por aqueles que vão aparecendo que, são possíveis de
se obter até completar o número de elementos da amostra. Geralmente utilizada em
pesquisas de opinião, em que os entrevistados são acidentalmente escolhidos

2.3.3.Amostragem intencional
Nesta amostragem os constituintes da amostragem são seleccionados deliberadamente
pelo investigador, geralmente porque este considera ser os mais fundamentais para
facilitar o seu estudo ou emitir algum parecer. Não se baseia na imposição de que deva
ser exactamente selecção de elementos. Pode também ser um exemplo da imaginação
do investigador.

Aqui a escolha dos correspondentes é feita intencionalmente pelo pesquisador, as


pessoas podem ser seleccionadas por exemplo pelas suas características visuais, por
frequentarem algum lugar que interessa a amostra ou pessoas que tem comportamentos
que se encaixam às características pré-seleccionadas.

Ex: Entrevista com os representantes de turma do curso de matemática, aplicação de


questionários com os líderes da comunidade.

2.3.4.Amostragem por cotas


É uma amostra que por meio de cotas, selecciona proporcionalmente pessoas com
semelhantes características ou qualidades de uma população. Para efectua-se este tipo
de amostragem, o pesquisador deve primeiramente segmentar o universo a ser estudado
em características. É utilizada em pesquisa eleitoral e pesquisa de mercado.
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Em pesquisa eleitoral são utilizadas variáveis como género, faixa etária, local de
domicílio e escolaridade. Em pesquisas de mercado são relacionados variáveis como
renda familiar mensal, posse de bens, classe socioeconómico e estado civil.

 Apresenta maior rigor dentre as amostragens não probabilísticas;


 É utilizada quando não existe um cadastro da população que possibilite a
realização do sorteio necessário a amostragem aleatória mas, ao mesmo
tempo, existe informação suficiente sobre o perfil populacional;
 O orçamento necessário para executar este método de amostragem é
mínimo;
 É rápido e fácil.

Ex: Podemos considerar que um pesquisador divide a população da cidade de Lichinga


em cotas como idade, sexo e escolaridade. Depois disso o pesquisador deve escolher
características nessa população que sejam relevantes para a sua pesquisa. E de seguida o
pesquisador deve considerar a sua proporcionalidade, se 70% da população na cidade de
Lichinga é desempregada e 30% é empregada.

2.3.5.Amostragem por conveniência


É uma amostragem de pura coincidência, porque os elementos que possam ser
constituinte da amostra se localiza na zona onde o inquérito está a decorrer passando a
fazer parte dela por conveniência.

Esta é uma das amostragens que resulta num grande enviesamento (viciação). É muito
importante ser usada quando pretendemos captar ideias gerais ou identificar aspectos
críticos. Neste caso deve se ter o cuidado de não se assumir qualquer tipo de
objectividade científica.

Usualmente é denominada de amostragem de pré-teste de questionário.

Vejamos algumas das suas vantagens:

 O menos rigoroso de todos os tipos de amostragem;


 Selecção dos elementos aos quais se tem acesso.
É um tipo de amostra que não exige tanto critério na pré-selecção do público a ser
pesquisado, ou seja, o universo da pesquisa não precisa estar totalmente definido para
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que essa seja efectuada. A amostra convencional é utilizada em pesquisas que buscam
conclusões gerais, com um perfil exploratório como o pré-teste de questionário ou
quando não há uma certeza prévia do perfil de seus respondentes.

2.3.6. Amostragem Probabilística


A amostragem é probabilística quando a selecção da amostra é feita de forma aleatória,
sendo que cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida de participar
da amostra.
Assim: se N define o tamanho da população e se todos os elementos da população
1
possuem igual probabilidade, teremos que é a probabilidade de cada elemento
N
participar da amostra.
A principal característica da amostragem probabilística é a possibilidade de se obter
uma estimativa do erro amostral.
2.3.7.Selecção de Amostra
As principais técnicas de amostragem probabilística são:

 Amostragem aleatória simples;


 Amostragem sistemática;
 Amostragem estratificada;
 Amostragem por conglomerado.

2.3.7.1.Amostragem aleatória simples


Os elementos da população são enumerados, onde a selecção da amostra é feita por
Meio de um sorteio, sem restrição, onde cada elemento da população tem a mesma
Probabilidade de pertencer à amostra.
É aleatória porque a escolha é meramente por meio do acaso; é simples porque todos
elementos componentes da população têm igual probabilidade de serem escolhidos para
amostra.
Passos a considerar para seleccionar uma amostra aleatória:
a) Definir o número de elementos que devem fazer parte da amostra (tamanho da
amostra n);
b) Numerar sucessivamente os elementos da população de 1 a N;
c) Escolher os n elementos da amostra usando um procedimento aleatório, como
tabela de números aleatórios ou outros. Deve-se garantir que o numero
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seleccionado da população para amostra não seja re-seleccionado (garantia de


não repetição na escolha);
Nem sempre é fácil executar esse tipo de amostragem, em virtude de ser uma tarefa
penosa ʺna maior parte dos casos, porque a população é infinitas, tornando difícil
enumerar todos elementos da população.

2.3.7.2.Amostragem sistemática
Se tomarmos em linha conta que o tamanho da população é N e o tamanho da amostra é
N
n, onde a razão k é k = . De entre as primeiras k unidades selecciona-se uma (por
n
exemplo t, onde 1 ≤t ≤k ) e, obtermos a lista de elementos a seleccionar da população
nas posições t ,t +k , t+2 k , … , t + ( n−1 ) k , então estaremos na presença duma
amostragem aleatória sistemática.

Passos para recolha duma amostragem sistemática:

N
a) Determinar k.k = . Quando se trata de medidas expressas duma forma discreta
n
é aconselhável que k seja inteiro, o que quer dizer que é susceptível de
arredondamento;
b) Escolher um valor da posição t dentre as primeiras k unidade;
c) Partindo de t, seleccionar respectivamente os elementos das posições
t+ k , t+2 k , … , t+ ( n−1 ) k .
Repare-se que a maior garantia da aleatoriedade é feita por escolha do primeiro
elemento. Os elementos seguintes são obtidos e dependentes do primeiro.

Reiterando: as amostras sistemáticas podem ser aleatórias ou não dependendo da forma


como o primeiro elemento foi escolhido. Se o primeiro elemento localizado dentre essas
primeiras t unidade for escolhido usando aleatoriedade, estaremos sob presença duma
amostragem aleatória sistemática, caso contrario diremos somente que estamos sob
presença duma amostragem sistemática.

Uma amostragem sistemática é uma amostragem que deve ser usada no campo de
trabalho, e é melhor que aleatória para uma população que se encontre geograficamente
dispersa.

Exemplo:
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De uma população de N=1000 elementos ordenados, retirar uma amostra sistematica


de tamanho 100.

Resolução

1000
k= =10
100

Seja 1 ≤t ≤10. Suponhamos que t=7. Logo teremos:

1º Elemento da amostra………….7º

2º Elemento da amostra………….17º

3º Elemento da amostra………….27º

100º Elemento da amostra………….997º.

2.3.7.3. Amostragem estratificada


As duas amostragens anteriores, tomam a população como um todo. Esta amostragem é
diferente e que é mais usada para casos em que haja certeza de que a população é
heterogénea em relação as características a estudar. Neste caso, deve proceder-se a uma
prévia de composição da população em estratos homogéneos, isto é, a população deve
ser sob dividida em estratos. Os elementos que compõem o estrato deverão ser
homogéneos. A obtenção dos estratos pode basear-se num único critério (por exemplo a
raça, o que a permitira estabelecer quatro estratos: branca, negra, amarela e caneca) ou
na combinação de dois ou mais critérios (por exemplo na raça e o estatuto social,
obtendo-se deste modo pelo menos 8 estratos). A amostra total será constituída pelo
conjunto de sob amostras referentes a cada um dos estratos e obtidas através de um
método aplicável da amostra simples. Reduz-se assim, a margem de erro e os custos da
operação. Alem destas vantagens, pode se salientar a possibilidade de realização de
análises mais profundas de cada estrato separadamente e permite-nos ainda uma melhor
estimativa de sertãs grandezas.

Passos para recolha duma amostragem estratificada


a) Definir o estrato - pode ser a partir dos estudos anteriores cujos resultados são
conhecidos ou foram divulgados, trabalhos pilotos, conhecimento prévio da
situação, etc. Em geral usam-se variáveis geográficas, demográficas, económicas
ou outras que facilitem a estratificação.
18

b) Seleccionar os elementos de cada estrato usando amostragem aleatórias simples


n1 n 2 ni n
ou amostragem sistemática. Deve garantir que = =…= = , isso é
N 1 N2 Ni N
n
possível se o tamanho de cada estrato for dado por ni =N i x
N
Exemplo:
Realizou-se uma amostragem entre os moradores da cidade de Lichinga da seguinte
forma: em cada distrito sorteou-se um número de quarteirões proporcional a área do
distrito. De cada quarteirão foram sorteados 5 residências cujos moradores são
envolvidos. De que amostragem se trata?
Resposta:

É estratificada porque possui unidades primaria ʺdistritoʺ e secundário quarteirões.

2.3.7.4. Amostragem por conglomerado


As amostragens aleatórias, sistemática e estratificada, requerem uma identificação
individual dos elementos da população. Geralmente é difícil ter a listagem de todos
elementos da população para se realizar a escolha dos constituintes da amostra, mas que
sempre é mais fácil encontrar conglomerados. Neste caso a única exigência é que se
disponha de uma lista completa dos grupos da população, mais conhecido por Unidades
Primarias.

Vejamos alguns exemplos deste tipo de amostragem

Unidade primária Unidade Exemplo


(conglomerado) Elementar
Mercados informais Vendedor Conhecer a opinião dos vendedores dum mercado de
Informal Lichinga acerca das taxas de lixo

Hospitais Doentes Estimar o tempo médio de espera para atendimento


matinal na enfermaria
Banco Trabalhador Conhecer a opinião do trabalhador dum Banco qualquer
a respeito da nova taxa de juros para consumo dirigido
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3.Conclusão
Chegado a este ponto conclui-se que as actividades preparatórias realizadas na
instituição de formação neste caso a Universidade Rovuma (UR) Delegação de
Lichinga, foram fundamentais para o início destas Praticas (Estágios, observação e
assistências de Aulas), visto que os temas apresentados nos forneceram ferramentas
importantes dos quais o estudante estagiário devia ser portador e servir de guia no
trabalho quotidiano.

As actividades rotineiras dos professores na escola são realizadas de acordo com um


plano e um horário estabelecido no início do ano lectivo. O quer dizer que a
planificação conjunta é realizada quinzenalmente (de 15 em 15).

A ligação escola-comunidade (LEC), feita pelo conselho de escola é uma das formas
encontradas para estabelecer uma estreita ligação entre a escola e a comunidade com
intuito de solucionar os problemas da escola com envolvimento directo da comunidade.

No que refere a leccionação das aulas da praticante também foram duma maneira geral
positivas, embora de alguns constrangimento constado no decorrer das aulas como é o
caso de dificuldade de fazer gestão de tempo, isso significa falta de experiências não só,
como também porque a aula é muito complexa. Enquanto para os métodos de ensino, o
praticante na sua leccionação foram os métodos de elaboração conjunta, método
expositivo activo, e trabalho independente.
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