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Alex Zacarias Vilanculo


Lucas Mário Nimaliha
Sandro Abdul Ismael

Observação como técnica de recolha dados nas escolas e na sala de aula,


Planificação de uma aula, Avaliação do PEA.
(Licenciatura em Ensino de Física)

Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Alex Zacarias Vilanculo

Lucas Mário Nimaliha

Sandro Abdul Ismael

Observação como técnica de recolha dados nas escolas e na sala de aula,

Planificação de uma aula, Avaliação do PEA.

(Licenciatura em Ensino de Física)

Trabalho de caracter avaliativo, a ser


entregue no Departamento de Ciências
Naturais, Matemática e Estatística, no
curso de Física, na cadeira de Prática
Pedagógica Geral, lecionado pelo docente:

Ms. Fernando Murrula Oface

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Índice
Introdução.............................................................................................................................................. 4
Objectivo geral ...................................................................................................................................... 4
Objectivos específicos............................................................................................................................ 4
A observação como Técnica de Recolha de dados nas escolas e na sala de aula ............................. 5
A observação como técnica ................................................................................................................... 5
Métodos, formas e instrumentos de observação ................................................................................. 6
Métodos de observação ......................................................................................................................... 6
Formas de observação........................................................................................................................... 7
Observação como técnica de recolha de dados na escola e na sala de aula. ..................................... 8
A observação na escola ......................................................................................................................... 8
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem ............................................................................ 9
Avaliação .............................................................................................................................................. 10
Características da avaliação na educação ......................................................................................... 10
Métodos de avaliação .......................................................................................................................... 11
Conclusão ............................................................................................................................................. 12
Referência bibliográfica...................................................................................................................... 13
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Introdução
Neste presente trabalho da cadeira de práticas pedagógica geral tem como tema: A observação
como técnica de recolha de dados na Escola e nas Salas, onde iremos debruçar sobre a
necessidade de realizar a observação como técnica, métodos, formas e instrumentos. Toda a
pesquisa surge a partir de um olhar crítico de algum acontecimento e que este mesmo olhar
pode nos trazer resultados na busca de respostas que possam resolver um determinado assunto,
a esse olhar crítico pode surgir de pessoas que vivenciam uma realidade dura de uma sociedade
ou de uma escola.

A avaliação do processo de ensino aprendizagem é um processo contínuo de pesquisa que


visa interpretar conhecimento, habilidades e atitude dos alunos, tendo em vista mudanças
esperadas no comportamento propostos dos objectivos, a fim de que haja condições de decidir
sobre alternativa da planificação do trabalho do professor e da escola como um todo.

O presente trabalho está organizada em função da ordem do estudo cientifico, numa primeira
fase temos a apresentação do tema, e por conseguinte, fundamentação teórica. Por último a
conclusão, e a bibliografia.

Objectivo geral
 Conhecer a observação como técnica de recolha de dados nas escolas e na sala de aula.
 Permitir um melhor entendimento sobre o papel do educador diante dos educandos.

Objectivos específicos
 Definir a observação;
 Mencionar os métodos, formas, técnicas e instrumentos.
 Definir avaliação;
 Esclarecer assuntos relativos a avaliação;
 Detalhar como a avaliação pode ser utilizada como uma prática da construção de
conhecimentos.
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A observação como Técnica de Recolha de dados nas escolas e na sala de aula


A palavra observação provem do latim “observar’’ e quer dizer olhar ou examinar com minucia
e atenção. A accão de observar implica considerar atentamente os factos para o conhecer bem.

Alarcão e Tavares (1987:103) afirmam que no contexto escolar, a observação é


o conjunto de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que
se passa no processo de ensino/aprendizagem com a finalidade de mais tarde,
proceder a uma análise do processo numa ou noutra das variáveis em foco. Quer
isto dizer que o objecto da observação pode recair num ou noutro especto: no
aluno, no ambiente físico da sala de aulas, no ambiente socio-relacional, na
utilização de matérias de ensino, na utilização do espaço ou do tempo, nos
conteúdos, nos métodos, nas características dos sujeitos, etc.

Desta definição podemos extrair duas ideias principais: a observação é um procedimento e uma
técnica de recolha de dados, os dados recolhidos deve ser analisados.

Associado a estas ideias o observador (seja ele supervisor ou praticante) deve ter a consciência
de que a observação escolar sendo uma actividade de pesquisa rege-se por princípios da
planificação, que compreende, segundo Gil (1996:21) os seguintes elementos: processo,
eficiência, prazos e metas.

A observação pode ser considerada em duas dimensões: como processo mental e como técnica
organizada.

Como processo mental, observar é acto de apreender coisas e acontecimentos, comportamentos,


atributos pessoais e concretas inter-relações. Neste sentido ultrapassa o simples acto de ver e
ouvir. É seguir o curso dos fenómenos, selecionando aquilo que é mais importante e
significativa, à partir das interações específicas do pesquisador.

Como técnica organizada, observar é um meio de medir por descrição, classificação e


ordenação. Transcende a simples constatação dos dados, porque envolve complementação dos
sentidos por meio técnicos permite a aparição directa dos fenómenos.

A observação como técnica


A observação como técnica requer:

Especificação: os fenómenos selecionados deve ser de possível mensurar, no caso de


classificação e ordenação.
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Objetividade: os fenómenos deve ser descritos tal como ocorrem.

Sistematização: a situação e os factores especiais devem ser controlados através de um


planeamento cuidadoso. Requer processo de obter, selecionar e analisar os dados.

Validade: os resultados obtidos deve estar proporcionalmente adequados aos objectivos. A


validade depende em grande parte da definição e seleção de actividades que contenham os
elementos essências.

Treinamento: o observador deve estar preparado para a tarefa.

Minon Apud (Rudio, 1999:39) Sustenta que, no sentido mais amplo, observar não se trata
apenas de ver mais sim de examinar. Não se trata somente de entender mas de auscultar.

Métodos, formas e instrumentos de observação

Métodos de observação
Na observação, o pesquisador inicia a busca de dados preocupado com a preensão da totalidade
do fenómeno, mais sempre a tempo ao foco do seu interesse. Por isso, a observação torna-se
um processo selectivo, que possibilita uma análise mais detalhada do problema de investigação.

De acordo com Bogdam e Biklen (1982), apud Ludke e Andre (2003), o conteúdo da
observação deve compreender uma parte descritiva e outra mais reflexiva. A parte descritiva
deve ser um registo detalhado do que ocorre no campo e incidir sobre:

 Descrição dos sujeitos- Sua aparência física, seu modo de vestir, de falar e de agir.
 Reconstrução de diálogos – As palavras, os gestos, os depoimentos, as observações
feitas entre os sujeitos ou entre estes e o pesquisador deve ser registradas. É preciso usar
as palavras dos observados. As situações são bastantes importantes para analisar,
interpretar e apresentar os dados.
 Descrição de locais – O ambiente onde é feita a observação deve ser escrita. O uso de
desenhos ilustrando a disposição dos móveis, o espaço físico, a apresentação visual do
quadro de giz, dos cartazes, das matérias de classe pode também ser elementos
importantes a serem registrados.
 Descrição de eventos especiais – As anotações deve incluir o que ocorreu, quem estava
envolvido e como se deu esse envolvimento.
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 Descrição das actividades – Deve ser descritas as actividades gerais e os


comportamentos das pessoais observadas, sem deixar de registar a sequência em que
ambos ocorrem.
 Os comportamentos do observador – Sendo o principal instrumento da pesquisa, é
importante que o observador inclua nas suas anotações as suas atitudes, acções e
conversas com participantes durante o estudo.

Ainda de acordo com Bogdan e Biklen (1982), apud Ludke e Andre (2003), a componente
reflexiva das anotações inclui as observações pessoas do pesquisador feitas durante a faze de
colecta, nomeadamente, suas especulações, sentimentos, problemas, ideias, impressões, pré-
concepeções. Essas reflexões pode ser, por exemplo do tipo:

 Reflexão analítica – refere-se ao que está sendo “aprendido’’ no estudo, isto é, temas
que estão emergindo associações e relações entre partes, novas ideias sugeridas.
 Reflexões metodológicas – nestas estão envolvidas os procedimentos e estratégias
metodológicas utilizados, as decisões sobre o delineamento (design) do estudo, os
problemas encontrados na obtenção de dados e forma de resolve-los.
 Dilemas éticos e conflitos – aqui entram as questões surgidas no relacionamento com
os informantes, quando pode surgir conflitos entre a responsabilidade profissional do
pesquisador e o compromisso com os sujeitos.
 Mudanças na perspectiva do observador – são importante que seja anotada as
expectativas, opiniões, preconceitos e conjeturas do observador e sua evolução durante
o estudo.
 Esclarecimentos necessários – as anotações deve também conter pontos a ser
esclarecidos, aspectos que parece confusos, relações a ser explicitadas, elementos que
necessitam de maior exploração.

Estas anotações (descritivas e reflexivas) devem ser encaradas como sugestões de uma
observação consciente e visão facilitar a organização de dados de estudo.

Formas de observação
As formas de observação classificam se quanto ao momento da observação:

Observação longitudinal – tem por objectivo a investigação dos comportamentos do sujeito,


em função da dimensão tempo.
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Observação transversal – tem por objectivo estabelecer um quadro suficiente representativo


dos comportamentos do sujeito, durante um dado período de tempo e em determinada situação
relactivamente circunscrita.

Observação como técnica de recolha de dados na escola e na sala de aula.


A sala de aula na escola é o espaço de ensino onde têm lugar as diversas actividades diárias.

A observação na escola
Infra-estruturas

Segundo dicionário Aurélio (2001) infra-estrutura são conjuntos das instalações necessárias as
actividades humanas, com os espaços constituintes da instituição, no caso a escola. Os
componentes normas de muitas escolas são:

 Sala do director;
 Sectores pedagógicos;
 Secretaria;
 Sector administrativo;
 Sala de aulas;
 Sala de informática;
 Biblioteca;
 Centro de aconselhamento;
 Casa de banho;
 Ginásio;
 Sala de desporto;
 Directores de classe;
 Sala dos professores;
 Casa de guarda;

Ao falarmos sobre a observação na escola o estudante nas suas práticas pedagógicas será capaz
de:

 Explicar a função da escola quanto a sua organização social;


 Descrever a estrutura organizacional da escola;
 Identificar os actores da escola na organização escolar.
 O ambiente físico da escola;
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 Localização e implantação da escola

Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem


Luckesi aborda a questão da avaliação da aprendizagem escolar, explicitando que: Importa
estarmos cientes de que a avaliação educacional, em geral, e a avaliação da aprendizagem
escolar, em particular, são meios e não fins em si mesmas, estando assim delimitadas pela teoria
e pratica que as circunstancializam. Desse modo, entendemos que a avaliação não se dá nem se
dará num vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico de mundo e de
educação, traduzindo em pratica pedagógica (LUCKESI, 2000, P.28)

O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das
acções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes.
Essencialmente, porque não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem.

Todos os aprendizes estarão sempre evoluindo mas em diferentes ritmos e por caminhos
singulares e únicos. O olhar do professor precisara abranger a diversidade de traçados,
provocando-os a prosseguir sempre (HOFFMANN, 2002, P.68)

A partir da formulação dos objectivos da aula, das competências a serem exercitadas, da


indicação dos conteúdos, dos meios, etc., É necessário que o professor planifique as actividades
de ensino e aprendizagem que vão acontecer durante as aulas. As actividades de aprendizagem
podem ser, de acordo com Barreira e Moreira (2004:28), de:

 Exploração – proporciona novas aprendizagens;


 Resolução de problemas – resolve situações-problemas;
 Aprendizagem sistemática – sistematiza diferentes saberes e saberes-fazer;
 Estruturação – permite relacionar e articular aprendizagens velhas e novas;
 Integração – mobiliza competências adquiridas conferindo-lhes sentido;
 Avaliação – permite avaliar as competências dos alunos.

Segundo Libânio (1994), na planificação de um plano de aula costa o momento de preparação


e introdução da matéria, em que ocorre a motivação, seguindo-se o desenvolvimento que
consiste no estudo propiamente dita e integração e, por fim, a aplicação. Além de dever preceder
todo trabalho escolar, a motivação deve desenvolver-se ao longo de toda a aula e não só no
início, como "aquecimento".
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Avaliação
Avaliação é um processo que aplicamos a qualquer prática da vida de maneira consciente ou
inconsciente. No âmbito educativo o acto de avaliar como procedimento sistemático, consciente
reveste-se de muito significado e importância, pós é o meio através do qual se inevidência o
processo do aluno as mudanças do comportamento e indica as falhas no ensino e aprendizagem
para o devido encaminhamento, seja relativo a pessoas, programas, ou instituição. Por ser parte
perante, do ensino, constituem-lhe ponto vital desse processo.

LIBÂNEO (1991; p196) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que
visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a
correspondência destes com os objectivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em
relação às actividades didácticas seguintes".

Para o mesmo autor, a avaliação deve ter três funções principais: pedagógico-didáctica;
diagnostica e de controlo.

A função pedagógica – didáctica relaciona-se com o alcance dos objectivos definidos.


A função diagnostica, refere-se a análise sistemática das acções dos professores e dos
alunos, visando detectar desvio e avanço do trabalho docente em relação aos objectivos,
conteúdos e métodos.
A função do controlo tem a ver com a comprovação dos resultados da aprendizagem
por parte dos alunos.

Características da avaliação na educação


Reflecte a unidade: objectivo/conteúdo/método: o aluno precisa saber para o que estão
trabalhando e no que estão sendo avaliados e quais serão os métodos utilizados.
Revisão do plano de ensino: ajuda a tornar mais claro os objectivos que se quer atingir, onde o
professor à medida que vai ministrando os conteúdos vai elucidando novos caminhos, ao
observar os seus alunos, o que possibilitará tomar novas decisões para as actividades
subsequentes.
Desenvolve capacidades e habilidades: uma vez que o objectivo do processo ensino e
aprendizagem é que todos os alunos desenvolvam as suas capacidades físicas e intelectuais, sua
criticidade para a vida em sociedade
Ser objectiva: deve garantir e comprovar os conhecimentos realmente assimilados pelos alunos,
de acordo com os objectivos e os conteúdos trabalhados.
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Promove a auto percepção do professor: permite ao professor responder questões como: Os


meus objectivos são claros? Os conteúdos são acessíveis, significativos e bem dosados? Os
métodos são os mais apropriados aos meus "clientes"? Auxilio bem os que apresentam
dificuldades de aprendizado?

Métodos de avaliação
Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:
Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação
ou qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
Para avaliação Sumativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as provas
objectivas e subjectivas. Para o caso concreto da disciplina de biologia deve-se utilizar as provas
objectivas, que se apresentam com maior clareza, objectividade e precisão – são directas.
Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios
práticos, provas, etc.
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Conclusão
A partir deste trabalho de pesquisa acerca da observação em relação as práticas pedagogias,
pode se concluir que a observação como técnica de recolha de dados na escola e na sala de aula
tem uma extrema importância na medida em que ajuda na avaliação da própria escola no geral
e os elementos que compõem a instituição. A observação pode recair ao aluno, no ambiente
físico da sala de aula, no ambiente sócio relacional, e na utilização de materiais de ensino.

Podemos concluir que a observação no processo de ensino e aprendizagem desempenha um


papel fundamental na realização de colecta de dados que possam ser uteis no aproveitamento
pedagógico dos alunos, do observador, assim como na melhoria da própria instituição.

Avaliação do PEA, vale recordar que no domínio da educação, a avaliação tem abrangido os
mais diversos níveis dos aspectos pedagógicos como: aluno, professor, ensino, métodos,
estratégias, meio, matéria didácticos, suportes, documentos de ensino, plano de estudo,
currículos, etc.
Segundo Kenski (p.131-43), ressalta que ao assumirmos que o acto de avaliar se faz presente
em todos os momentos da vida humana estamos admitindo que ele também está presente em
todos os momentos vividos em sala de aula.
Por tanto com esta ideia, podemos concluir que o aluno e o professor estão permanentemente
avaliando a tudo e a todos.
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Referência bibliográfica
ALARCAO, I. e TAVARES, J.. supervisão da prática pedagógica, uma prespectiva de
desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina, 1987.

ESTRELA, A.. teoria e pratica de observação de classes, uma estratégia de formação de


professores. 4a edição. Porto editor, 1994.

LUDKE, M. & ANDRE, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: Abordagens qualitativas. 6a edição.


São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária (EPU), 2003.

GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 3a edição. São Paulo, Editora
Atlas, 1996.

Rudio, F., V. Introdução ao Projecto de Pesquisas Cientifica. 24a edição. Petrópolis, vozes,
1999.

Duarte, Estela; Pereira, José Luís; Francisco, Zulmira. Manual de supervisão de práticas
pedagógicas. Educar-UP, Maputo, 2008.

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