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Índice

CAPITULO I.............................................................................................................................10
Introdução..................................................................................................................................10
2. Tema......................................................................................................................................11
2.1.Justificativa..........................................................................................................................12
2.2. Problematização..................................................................................................................12
2.3. Objectivos...........................................................................................................................13
2.3.1 Objectivo geral..................................................................................................................13
2.3.2 Objectivo específico..........................................................................................................13
2.4. Questões norteadoras...........................................................................................................13
2.5. Hipóteses.............................................................................................................................14
CAPITULO II............................................................................................................................14
3. Revisão da literatura...............................................................................................................14
3.1 Métodos iterativos................................................................................................................15
e) O método peer instruction..............................................................................................18
Capitulo III.................................................................................................................................20
4. Procedimentos Metodológicos...............................................................................................20
4.1. Tipos de Pesquisa................................................................................................................20
4.2. Métodos...............................................................................................................................21
4.3.Técnicas de recolha de dados...............................................................................................21
4.4. Universo da pesquisa...........................................................................................................23
4.5. Amostra da pesquisa............................................................................................................23
4.6.Relevância do tema..............................................................................................................24
4.7. Enquadramento do tema......................................................................................................24
4.8. Resultados esperados...........................................................................................................24
CAPITULO IV:..........................................................................................................................25
5. Analise e interpretação dos resultados....................................................................................25
7. Conclusão e Sugestão.............................................................................................................30
8. Referência bibliográfica.........................................................................................................31
10

CAPITULO I

Introdução

Em Física, um método interactivo é um procedimento que gera uma sequência de


soluções aproximadas que vão melhorando conforme as iterações executadas, e
resolvem uma classe de problemas estabelecida. Uma implementação específica de um
método interactivo, incluindo o critério para a resolução é um algoritmo interactivo. Um
método interactivo é considerado convergente se a sequência correspondente converge,
dada uma tolerância inicial de aproximação.

Quando se observa mais de perto, percebe-se que as aulas expositivas tradicionais


predominam nas instituições que oferecem ensino básico ou médio e há pouca evidência
de que haja iniciativas para a introdução de novos métodos de ensino. Nas aulas
expositivas, na maior parte dos casos, o professor faz um resumo do livro -texto, no
quadro preto e os alunos se limitam a copiar o conteúdo exposto no caderno. Pode-se
dizer que a informação é transferida do livro para o caderno do aluno e na maior parte
dos casos de forma passiva, sem uma reflexão sobre o conteúdo em questão. Assim, o
professor mantém o status de mero transmissor de informações potencializando a
desmotivação do aluno (MÜLLER, 2013). Tal método fazia sentido na época em que a
informação se encontrava exclusivamente em livros e estes eram de difícil acesso.

O objectivo desta pesquisa é encontrar métodos que permitam melhorar na motivação


dos alunos do ensino médio em função da aplicação do método interactivo
(relativamente aos métodos directos).

Outra vantagem dos métodos interactivos é evitar os problemas de instabilidade


numérica, que podem ocorrer num método directo.

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho foi a consulta de obras literárias
cujos nomes dos respectivos autores encontram-se citados ao longo do incremento do
trabalho e na bibliografia.
O trabalho consertou-se de forma dedutiva como fonte da recolha de dados para melhor
formulação dos procedimentos no contexto laboral e aquisição do conhecimento do
âmbito laboral de acordo com os objectivos preconizados.
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2. Tema

Tema é assunto que se deseja abordar ou desenvolver, pode ser uma dificuldade prática
enfrentada pelo pesquisador da sua curiosidade científica, desafios encontrados na
leitura de outros trabalhos. (Lakatos e Marconi, 2001:102). A presente monografia tem
como tema: Aplicação de Métodos Interactivos na Disciplina de Física no Ensino Médio
caso escola secundária da cidade alta (2018 – 2019).

2.1.Justificativa
A motivação central no estudo do tema, surge após o autor ter acompanhado, por
inúmeras vezes em diferentes alunos, certas figuras como director da Escola,
professores da disciplina de física debatendo e sensibilizando os mesmos de modo a
cultivarem interesse e motivação na disciplina. E o facto de, o autor ter constatado que
um número considerado de alunos da Escola Secundaria da Cidade Alta – Nacala -
Porto tem falta de interesse e motivação em relação a disciplina.
Perante estes acontecimentos é relevante fazer o estudo do problema em causa, visto
que possibilitará conhecer as principais causas de origem da falta de interesse e
motivação na disciplina de física e o seu índice de prevalência, e em seguida propor
medidas preventivas que visa minimizar o problema no seio dos alunos do ensino
médio, em particular da Escola Secundaria da Cidade Alta.
Desenvolver o raciocínio do aluno envolve mais que passar um conteúdo e esperar que
ele assimile aquilo que está sendo oferecido. É preciso trabalhar a capacidade deles de
entender os assuntos e realmente apresentarem resultados de aprendizado.

O processo de desenvolvimento de aprendizagem precisa de métodos em que seus


conhecimentos sejam testados a todo momento.  Por exemplo, o que foi ensinado em
uma aula anterior deve ser retomado de forma mais sucinta na aula seguinte.

2.2. Problematização
12

De acordo Gil (2002) "problema é uma questão não resolvida que é objecto de
discussão em qualquer domínio de conhecimento ou é caso que se pretende ultrapassar
para que não afecte as gerações vindouras e haja habilidades em destaque". (p.23)

"O problema consiste em um enunciado explicitado de forma compreensível e


operacional cujo melhor método de solução é uma pesquisa ou pode ser resolvido por
meio de processos científicos" (Marconi & Lakatos 1991126‫)׃‬

Na Escola Secundaria da Cidade Alta uma das barreiras encontradas pelos professores
de física é a falta de interesse e motivação dos alunos em relação à disciplina. Em
grande parte percebe-se nesta falta de motivação questões culturais, como o hábito de
julgar a física como uma disciplina ‘difícil’ e ‘chata’ ou mesmo ‘desnecessária’ pela
sociedade em geral. Alguns alunos dizem que a desmotivação tem relação com o ensino
tradicional onde o professor é o centro do processo do ensino e aprendizagem,
exercendo o papel de transmissor de informação e o aluno uma espécie de receptor.
Assim sendo o acto de aprender se resume em memorização de formulas aplicáveis em
determinados padrões de Exercícios.
Diante da concepção de que o método interactivo é um procedimento que gera uma
sequência de soluções aproximadas que vão melhorando conforme iterações que são
executadas e é caracterizado pelo fato de que cada iteração é uma iteração simples, é
neste contexto que coloquemos a seguinte questão:
 Como aplicar os Métodos Interactivos na Disciplina de Física no Ensino
Médio?

2.3. Objectivos

2.3.1 Objectivo geral

 Conhecer métodos que permitam melhorar na motivação dos alunos do ensino


médio em função da aplicação do método interactivo (relativamente aos métodos
directos)

2.3.2 Objectivo específico


13

 Explicar quais os principais métodos Interactivos na Disciplina de Física no


Ensino Médio.
 Descrever a aplicação dos métodos interactivos na disciplina de física.
 Analisar se as questões conceituais propostas levam a interacção e a
quantificação da mesma interacção.

2.4. Questões norteadoras

 Quais são as principais causas da desmotivação dos alunos na disciplina de


Física?
 Existe um nível específico que esteja desmotivado em relação ao outro?
 Quais são as medidas para minimizar o problema da desmotivação dos alunos na
disciplina de Física?

2.5. Hipóteses

A presente pesquisa tem duas hipóteses para cada questão científica, uma primária (P) e
a outra Secundaria (S):
P: Não existem principais causas da desmotivação dos alunos nesta disciplina;
Q1 S: falta de habilidades na transmissão dos conteúdos no professor da disciplina;

P: Não existe um nível específico mais desmotivado em relação ao outro


Q2 S: O nível médio sente-se o mas desmotivado visto que os alunos já trazem
consigo uma grande bagagem do nível básico.
P: Doptar os professores de física de conhecimento, isto é capacitando – o
constantemente.
Q3
S: Existir a relação professor - aluno no processo de ensino e aprendizagem.
14

CAPITULO II

3. Revisão da literatura
A finalidade de um trabalho científico não é apenas um relatório ou descrição de factos
levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um carácter interpretativo, no que
se refere aos dados obtidos, todo projecto de pesquisa deve conter as premissas ou
pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador, fundamentará a sua interpretação.

3.1 Métodos iterativos

O método instrução pelos colegas (IpC) pode ter como referencial teórico o modelo de
ensino de D.B. Gowin. Segundo Gowin, o aprendizado parte da intenção de aprender
em um determinado contexto onde o professor e alunos compartilham significados
(GOWIN, 1981 apud MULLER, 2013). Para que o aprendizado ocorra, o aluno deve ter
a intenção de aprender, e, para que isto ocorra, ele deve estar motivado.
Aprender, compreender e compartilhar significados
depende do aluno; caso não esteja disposto para tal, o
processo educativo não existirá. Não há aprendizagem
sem aprendiz, tão pouco aprendiz sem o processo de
aprendizagem. Motivar o estudante é, portanto,
fundamental em ambientes formais de ensino. A
motivação guiará a “vontade” de dar valor ao que é
compartilhado (MULLER, 2013).

O modelo de ensino de D. B. Gowin possui uma estrutura composta de quatro “lugares


comuns”: O professor, o aprendiz, o material educativo e o contexto. Os quatro lugares
comuns se relacionam entre si num contexto social na busca da congruência de
significados (MOREIRA, 1997). O professor traz para o contexto os significados já
aceitos e compartilhados pela comunidade científica por meio dos materiais educativos.
O aluno externaliza os significados captados sucessivamente até que estes sejam aqueles
que o professor pretende, e assim, finaliza-se o episódio de ensino (MOREIRA, 1997).
Para colocar em prática o conceito defendido pelas metodologias interactivas é
importante conhecer a sua tipologia, para que seu uso em sala de aula seja adequado e
eficaz. Buscamos trazer algumas delas para inspirá-lo a adoptar diferentes formatos de
condução de aula junto aos seus alunos.
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a) PBL – Problem Based Learning

A PBL (problem based learning), que na tradução livre significa aprendizagem baseada
em problemas, tem o objectivo de desenvolver as habilidades e atitudes de forma
integrada do estudante e obter conhecimentos por meio de resolução de problemas. São
seleccionados problemas mal estruturados, na maioria das vezes multidisciplinares, e o
professor entra como o orientador no processo de aprendizagem, conduzindo um
interrogatório completo na conclusão da experiência de aprendizagem. Nas aulas, os
alunos e o instrutor discutem os detalhes do conteúdo, mergulhando em conversas
semelhantes às que seriam feitas na vida profissional.

A sua proposta busca apresentar situações que despertem o senso crítico do estudante
com a realidade, e o faça reflectir sobre os problemas desafiadores, a identificar e
organizar hipóteses de soluções que mais se enquadrem a situação. (DIAZ-
BORDENAVE; PEREIRA, 2007). Na PBL, a construção de um currículo
fundamentado em problemas é necessário, pois a concentração na resolução dos
problemas seria a directriz norteadora em todo o processo educativo, porque busca
confrontar os estudantes com situações vivenciadas diariamente no seu campo
profissional.

b) TBL – Team Based Learning

A TBL (Team Based Learning), ou aprendizado baseado em equipas tem uma


abordagem centrada no aluno, que instiga a sua curiosidade e que se desenvolve com
base no debate de concepções individuais sobre o tema de estudo. A ideia é que o aluno
esteja mais motivado tanto para preparação individual quanto a construção de
conhecimentos por meio do grupo (MICHAELSEN; KNIGHT; FINK, 2002).

A metodologia se baseia no construtivismo e na resolução de desafios, estimulando ao


aluno a desenvolver, processar, discutir e, como resultado, aumentar a sua capacidade
cognitiva sobre um determinado assunto, sempre na forma de uma dinâmica de equipe
(GOPALN; FOX; GAEBELEIN, 2013). Na TBL, por mais que a actividade seja
realizada em grupo, o foco está no desempenho do indivíduo e em sua aprendizagem
por meio e com o auxílio da equipe.
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A sua implementação em sala de aula requer algumas etapas: preparação (sala de aula
invertida); garantia da participação (concept teste individual e grupal – com uso de
ferramentas adequadas); aplicação (atividades aplicadas); avaliação (anônima e em
pares). Para isso, o aluno precisa cumprir todas as etapas, principalmente com sua
preparação individual. O professor também precisa verificar e garantir esse preparo. É
importante destacar que, a implantação do TBL ainda requer quatro princípios
fundamentais: equipe heterogéneas, mantidas ao longo das actividades;
responsabilidade e comprometimento do aluno, individual e em grupo; actividades que
promovam a aprendizagem e o crescimento da equipe; e oferta constante de feedback
por parte do professor (michaelsen; knight; fink, 2002).

c) PI – Peer Instruction

O Peer Instruction (instrução entre pares) é um método de ensino interactivo, baseado


em evidência e faz que os alunos aprendam enquanto debatem entre si, instigados por
perguntas de múltipla escolha, que indicam as dificuldades e promove ao estudante uma
oportunidade de pensar sobre conceitos desafiadores. A técnica promove a interacção
em sala de aula para envolver os discentes a abordar aspectos críticos da disciplina.
Inicialmente o professor apresenta o tema, e logo após o foco muda do instrutor para o
aluno, com a apresentação do Concep Test ao participante.
A interactividade entre aluno e professor acontece constantemente, pois os discentes são
incentivados a discutirem suas questões (do concept test) com seus pares e com outros
grupos, a fim de encontrarem respostas diferentes das suas, para reflectir sobre a melhor
opção de resposta. O facilitador então, circula entre as equipes incentivando as
discussões de forma produtiva, e orientando os estudantes na forma de pensar.

d) Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma categoria do e-learning na qual os conteúdos são


estudados on-line pelo aluno antes de ir para a sala de aula. Dessa forma, a sala de aula
passa a ser o local de realização de actividades práticas, debates, discussões sobre o
conteúdo já estudados. A inversão ocorre quando o professor não é o transmissor activo
do conteúdo. Assim, o aluno estuda o conteúdo após a aula, para que no momento de
discussão, seja verificado a assimilação do conteúdo pelo discente. O professor trabalha
as divergências dos alunos ao invés de exibir todo o conteúdo da disciplina
(EDUCAUSE, 2012). Isto permite aulas mais interactivas e fixação dos conteúdos.
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A elaboração deste trabalho baseou - se na leitura de material bibliográfico relacionado


à pesquisa em ensino de física como artigos dos autores (ARAÚJO e MAZUR, 2013),
uma tese de mestrado do autor Maikon G. Muller (2013), um TCC (BRAZ, 2014), e o
livro “Peer Instruction” do professor Eric Mazur, criador do método além de outros
artigos sobre educação e pesquisa e ensino de física. É importante ressaltar que grande
parte deste trabalho está orientada pela tese de mestrado de Maykon Gonçalves Muller
sobre a aplicação do IpC em uma turma do ensino médio em um colégio no sul do
Brasil. Nesta tese o autor busca responder questões como a receptividade ao método por
parte de alunos e professores. Ainda neste trabalho, o autor busca fazer a análise das
aulas ministradas pelo professor de Física na Escola Secundaria da Cidade Alta, onde
utilizou o método IpC pela primeira vez. A seguir há uma descrição pormenorizada do
método IpC.

e) O método peer instruction

O método Peer Instruction que quer dizer Instrução pelos Colegas ou IpC (ARAÚJO;
MAZUR, 2013), foi criado pelo professor Eric Mazur na Universidade de Harvard, no
início da década de 1990. Tendo ministrado aulas de física introdutória desde 1984, em
1990 Mazur se depara com artigos que lhe mostram que o ensino convencional pouco
faz para mudar o ‘senso comum’ em física (MAZUR, 1997). Insatisfeito com os
resultados do método tradicional desenvolve então o Peer Instruction. Neste novo
método, o texto, o professor e o aluno exercem papéis diferentes do que ocorre no
método convencional. O aluno não é mais um espectador passivo e sim um participante
activo nas discussões sobre os conceitos físicos expostos. O livro -texto funciona
somente como um guia de estudo e o professor como o facilitador da aprendizagem
(MAZUR, 1997). O Peer Instruction conhecido também pela sigla IpC vem sendo
utilizado desde então em todo o mundo, sobretudo, por professores de cursos
universitários.

No entanto, o uso do IpC ainda é pouco difundido no ensino médio no Brasil


(MÜLLER, 2013). No IpC, um ou dois dias antes da aula em si, os alunos devem ler a
parte do livro que será abordada em sala. É nesta leitura prévia que eles irão ter o
primeiro contacto com o conteúdo e reflectir sobre ele.
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Desta forma, não há a necessidade do professor expor o conteúdo do livro, já que este
foi visto na leitura prévia. Em seguida, no dia da aula, os alunos realizam um teste de
leitura pouco antes da exposição do conteúdo. O teste de leitura é usado para verificar o
engajamento do aluno na leitura o que pode ser potencializado se o teste valer nota. Esta
etapa é de fundamental importância já que funciona como suporte à discussão dos
conceitos em sala de aula. Por outro lado, sem a leitura prévia a discussão não irá
ocorrer de forma produtiva e o método pode não funcionar.
A outra observação efectuada foi, para que o método IpC funcione é preciso que os
alunos estejam engajados nas tarefas de leitura (MAZUR, 1997) e por consequência
também nas aulas interactivas. É relevante, neste sentido, mostrar para os alunos que o
tipo de aula interactiva que o IpC propõe traz como objectivo o aprendizado conceitual
e não simplesmente a substituição mecânica isto é a habilidade de solução de problemas
mais complicados deve ser trabalhada em aulas à parte ou até mesmo em casa.
Originalmente o método pressupõe que ocorram aulas conceituais e aulas de resolução
de exercícios de valores numéricos em fórmulas memorizadas (MAZUR, 1997).

Neste método, a interacção entre os colegas, isto é, entre os grupos de alunos, é o ponto-
chave para aumentar o interesse do estudante, tendo o professor a função de facilitador
deste modo de aprender (ARAÚJO; MAZUR, 2013). O acto de compreender e
compartilhar significados, incentivado pelo professor, pode funcionar também como
factor motivador para os estudantes, aumentando as possibilidades de aprendizagem
efectiva (MULLER, 2013). Isto não significa um aumento de interesse em função de o
aluno ter com o método mais ‘condições’ de conversar em sala de aula não dando
importância à aula, mas sim porque eles descobrem que discutir física é algo prazeroso
e realmente produtivo. Além de aumentar o interesse do aluno, o método também
pretende estimular a reflexão sobre os conceitos e passos seguidos na resolução de
problemas de física.
19

Capitulo III

4. Procedimentos Metodológicos

Para a realização da pesquisa foi utilizada o método de procedimento monográficos ou


estudo de caso, que, segundo YIN, citado por GIL (1999) o estudo de caso “ ‘é um
estudo empírico que investiga um fenómeno actual dentro do seu contexto da realidade
no qual são utilizadas várias fontes de evidência” (p.73)

Em princípio a pesquisa iniciará com consultas bibliográficas sobre assuntos


relacionados ao tema, como suporte teórico a actividades do campo. Da pesquisa
envolverá a deslocação a Escola Secundaria da Cidade Alta, para a colecta de dados,
através dos instrumentos previamente elaborados (grelha de observação, guião de
entrevista, e formulários).

4.1. Tipos de Pesquisa

O presente projecto visa a busca dum estudo em que as fontes são muito mais
diversificadas e dispersas, em que os documentos não receberam nenhum tratamento
analítico. Assim sendo, é uma pesquisa documental.
a) Quanto aos objectivos
Trata-se de uma pesquisa descritiva, pois consistiu na busca de informação detalhada
sobre o uso do método interactivo no processo de ensino e aprendizagem concretamente
no ensino médio, na escola secundária da cidade alta.

b) Quanto aos procedimentos


É uma pesquisa qualitativa, uma vez que se fez colecta de dados mediante opiniões dos
alunos envolvidos na amostra e os dados foram analisados mediante tabelas e gráficos
percentuais.

c) Quanto a fonte de informação


É uma pesquisa do tipo estudo do campo, que se baseou na busca de informações
directamente no local de pesquisa, neste caso na Escola Secundaria da Cidade alta em
Nacala - Porto.
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4.2. Métodos
 Método bibliográfico
Consistiu na recolha de dados a partir de referencias bibliográficas que auxiliaram na
identificação do uso do método interactivo no processo de ensino e aprendizagem, sua
descrição, mas também confrontar os dados e/ou informações recolhidas com ajuda das
referencias bibliográficas que abordam questões relacionadas com o tema.

 Método empírico – consistira na utilização de conhecimentos gerais sobre


aplicação do método interactivo, a partir do próprio autor.
 Método estatístico – irá utilizar tabulação de percentagens e gráficos, que
depois irão ser submetidos a análise e interpretação.

4.3.Técnicas de recolha de dados

Segundo SEVERINO (1999) “ a pesquisa do tipo qualitativa permite mergulhar na


complexidade dos acontecimentos reais e indaga não apenas o evidente, mas também as
contradições, os conflitos e a resistência a partir da interpretação dos dados no contexto
da sua produção” (p.94). Isso significa que a pesquisa irá procurar de fundo analisar os
factores que influenciam nas dificuldades do uso do método interactivo no processo de
ensino e aprendizagem. Assim, a pesquisa irá permitir a confrontação directa,
descrevendo os princípios fundamentais da aplicação deste método.

Em relação a pesquisa qualitativa, RICHARDSON (1998), considera que: “Os estudos


que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de
determinado problema, analisar interacção de variáveis, compreender e classificar
processo dinâmicos vividos por um grupo social, contribuir no processo de mudança de
determinado grupo e possibilitar em maior nível de profundidade o entendimento das
particularidades comportamentais dos indivíduos” (p.80). Assim os resultados desta
pesquisa irão contribuir para a percepção e aplicação do método interactivo no processo
de ensino e aprendizagem na escola secundária da cidade alta.
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a) Observação:

AZEVEDO et all (1996), refere que a observação" é a técnica por excelência para
estudar fenómenos através das manipulações comportamentais". Isso significa que só é
possível reconhecer a realidade concreta do que acontece, fazendo uma observação da
manifestação comportamental dos indivíduos perante um determinado fenómeno (p.29).
MANN, citado por MARCONI & LACATOS (2005), acrescenta que a observação
participante é uma “tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado
tornando se observador um membro do grupo, de modo a vivenciar o que eles
vivenciam e trabalham dentro do sistema de referência deles” (p.196).
Isso pressupõe que na técnica de observação, o observador coloca-se parte integrante do
processo de conhecimento do fenómeno que ocorre para posteriormente puder
interpreta-lo a partir das acções concretas que os sujeitos mostram, conduzindo o a
certas conclusões.
Para além de usar as técnicas de observação e questionário como forma de obtenção de
informação, consultou se a fonte e material bibliográfico que versam assuntos de íntima
relação com a pesquisa. Assim sendo foi efectuada na Escola secundária da cidade alta,
com vista a Servirá para verificar o nível de desmotivação dos alunos do ensino médio
na disciplina de física

b) Entrevista
Esta técnica permitiu obter informações através dos entrevistados, por meio de uma
interlocução efectuada duma maneira frontal, metódica e verbalmente. Consistirá num
guião previamente elaborado dirigido aos alunos da escola secundária da cidade alta,
contendo questões abertas sobre a falta de motivação na disciplina de física.

c) Questionário:
MARCONI & LACATOS (199), afirmam que " questionário é um instrumento de
colecta de dados constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por
escrito". O questionário é uma técnica muito importante na recolha das informações
referentes ao problema em estudo (p.100). O uso desta técnica prende-se no facto de
querer colher opiniões, ideias das individualidades escolhidas como amostra mediante
uma série de perguntas elaboradas pelo autor de forma clara, coerentes e concisa. O que
facilitará a compilação de dados.
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Para o presente trabalho, foram elaborados dois questionários: um submetido aos alunos
da escola secundária da Cidade alta e o outro submetido aos professores de física da
mesma escola contendo questões do tipo fechadas e abertas sobre aplicação do método
interactivo no nível médio. Vide apêndices I e II e respectivamente.

4.4. Universo da pesquisa

Gil (2002) refere que universo é a quantidade total de elementos que possuem
determinadas características existentes no local ou espaço onde será realizada a pesquisa
(p.37). Constituirão sujeitos da pesquisa alunos da escola secundária de Mossuril e os
professores de física da mesma escola. A escola Secundaria da cidade alta tem um
universo de aproximadamente 315 alunos da 11ª Classe leccionados por um único
professor.

4.5. Amostra da pesquisa

De acordo com MARCONI & LACAKATOS (1999), amostra “é um número de


sujeitos extraído de um universo para representar esse universo. Esta pode ser
probabilística; quando os sujeitos são seleccionados de tal modo que a probabilidade de
selecção de cada membro é conhecida. Disponível; quando o sujeito é seleccionado por
serem acessíveis, próximo do pesquisador” (p.101). Para efectivação deste trabalho
utilizou-se uma amostra disponível, a probabilística e aleatória, porque constituiu em
individualidades que se manifestaram disponíveis para pertencer à amostra.

Do universo que compõe o estudo retirou-se como amostra 30 alunos, usando a técnica
de amostragem por acessibilidade ou conveniência1, como ilustra a tabela abaixo

Tabela 1: Divisão da amostra


Amostra No Técnica de colecta de dados
Masculino 17
Sexo Feminino 13 Questionário
Fonte: Autor

1
Constitui o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem por isso mesmo é destituída de qualquer
rigor estatístico. O pesquisador selecciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam de
alguma forma representar o universo. Aplica-se este tipo de amostragem em estudos de tipo exploratórios
ou qualitativos onde não é requerido elevado nível de precisão (Gil, 2007:104).
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4.6.Relevância do tema

Este estudo poderá ser relevante na medida em que o método interactivo tem como
objectivo fazer com que o aluno seja o personagem principal da relação de ensino
aprendizagem, cujo professor contribua no processo participando de outras formas.
Para Berbel (2011), a metodologia activa tem como intuito buscar favorecimento na
motivação autónoma do aluno, extraindo o potencial do mesmo, despertando
curiosidade para descobrir novos conceitos, inserindo o conhecimento teórico e
possibilitando uma perspectiva própria e diferente do professor.

O autor afirma que nesse estilo de metodologia o professor tem papel de mediador, ou
seja, ele deixa de ser a única fonte de informação do aluno colocando-o para pensar,
pesquisar e desenvolver sua própria análise crítica, com isso o objectivo do aprendizado
estabelecido é mais facilmente alcançado e de forma desafiadora. O ensino passa a ser
mais explorado, uma vez que o aluno passa a entender com mais propriedade os
conteúdos ministrados. Este contribuirá na relevância de conhecer as principais
aplicações do método interactivo no processo de ensino e aprendizagem.

4.7. Enquadramento do tema

O tema da pesquisa o autor espera que seja enquadrado no Ensino Secundário:

 11ª Classe em todas as unidades, assim como


 12ª Classe também em todas unidades

4.8. Resultados esperados

Até ao final da pesquisa o autor espera que sejam conhecidas as principais metodologias
que permitam melhorar na motivação dos alunos do ensino médio em função da
aplicação do método interactivo (relativamente aos métodos directos), descrever a
aplicação dos métodos interactivos na disciplina de física e analisar se as questões
conceituais propostas levam a interacção e a quantificação da mesma interacção.
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CAPITULO IV:

5. Analise e interpretação dos resultados

Neste capítulo far-se-á a apresentação, análise e interpretação dos dados colectados por
meio do questionário na tentativa de encontrar resposta sobre o problema levantado:
Como aplicar os Métodos Interactivos na Disciplina de Física no Ensino Médio?
Baseando-se nas possíveis respostas ao problema investigado foram colocadas as
seguintes hipóteses: Dotando os professores de física de conhecimento, isto é
capacitando – o constantemente aplicaram o método interactivo no processo de ensino;
Existindo a relação professor - aluno no processo de ensino e aprendizagem facilitara ao
professor o dialogo junto aos alunos. e o professor possuindo habilidades na transmissão
dos conteúdos no processo de ensino e aprendizagem da disciplina fará com que
promova o dialogo junto aos alunos, para verificar a validade desta, foi feito um estudo
tendo como amostra 30 elementos, usando a técnica de amostragem por acessibilidade
ou conveniência.
Como forma de permitir uma percepção significativa, face a apresentação, análise e
interpretação dos dados colectados, neste capítulo, usou-se todas as questões colocadas
aos inquiridos e as suas respectivas respostas.

5.1. Descrição do Inquérito efectuado aos alunos da escola secundária da cidade


alta - Nacala Porto
5.1.1. Em relação ao gosto da disciplina
Questionados aos alunos da escola secundária da cidade alta se gostam da disciplina de
física, surpreendentemente 26 alunos correspondentes a 86,70% declaram que gostam
de física e 4 alunos equivalente a 13,3% declaram não gostar da disciplina. Os gráficos
abaixo demonstram-se o percentual dessas respostas.

Alunos que gostam ou não a disciplina de Fisica


100.00%
80.00%
60.00%
40.00% 86.70%
20.00%
0.00% 13.30%
Sim Não

Fonte: O Autor 2019


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5.1.2. Em relação ao gosto das aulas de Física


Igualmente questionados em relação ao gosto das aulas de física, 27 alunos
correspondentes 90% responderam que sim. Alguns alunos incluíram nas suas
respostas: “Sim, são bem interessantes” (dois alunos), “Sim, são bem explicativas
convidativas”, “Claro que sim, são bastante produtivas” e “Aprendo coisas
interessantes”. Somente três alunos que correspondem (10%) declararam não gostar das
aulas de física. O gráfico a baixo ilustra a respectiva percentagem.

Em relação ao gosto da disciplina de Fisica

100%
80%
60%
40% 90%
20%
0% 10%
Sim Nao

Fonte: O autor 2019

5.1.3. Em relação aspectos positivos das aulas de física na opinião dos alunos

Entre os aspectos positivos da aula “o trabalho em grupo”, “a dinâmica da aula” e “os


assuntos interessantes” somaram juntos 50% do total das respostas. Os alunos elegeram
a “presença da matemática” como maior ponto negativo enquanto 10% dos alunos
declararam não haver pontos negativos nas aulas de física. Em 40% dos casos os alunos
declaram “não sei”.

Em relação aspectos positivos e negativos das aulas de física na


opinião dos alunos
60%
50%
40%
30%
50%
20% 40%
10%
10%
0%
Presença da Matematica Não ha pontos negativos Não sabem

Fonte: O Autor 2019


26

5.1.4. Em relação a maneira que as aulas de física acontecem possibilitam a


participação dos alunos
Referente a esta pergunta 80% dos alunos responderam positivamente à pergunta “A
maneira como as aulas acontecem possibilita a participação dos alunos?”. Somente três
alunos que corresponde a (10%), afirmaram que a participação dos alunos é dependente
de cada aula. Este alto percentual para as aulas expositivas não era esperado, apesar das
aulas não serem fortemente tradicionais. Há momentos que ocorre alguma interacção
em sala de aula, o que é direccionado pelo próprio professor.

A maneira que as aulas de física sao leccionadas possibilitam a


participação dos alunos
90%
80%
70%
60%
50%
40% 80%
30%
20%
10%
10% 10%
0%
Sim Depende da aula Nao Sei

Fonte: O autor 2019

Em relação à pergunta “Na sua opinião, para que servem aulas de física?”, 40% dos
alunos responderam que as aulas de física servem para aprender física, ficar informado
na área de física e adquirir conhecimento. Outros 25% por cento dos alunos afirmaram
que as aulas de física servem para entendermos o mundo em que vivemos e o
quotidiano, para pesquisas e experiências ou mesmo para somente complementar o
conteúdo do planificado. Dez por cento afirmou que a física serve para facilitar a vida.
Em resumo, a maior parte dos alunos declarou que gostam de física e das aulas e ainda
opinam que ela possibilita a participação.
Em relação à pergunta “O que você gostou na aula?”, cerca de 44% dos alunos
demonstraram gostar de “tudo”. A “novidade gerada pela metodologia” juntamente com
27

o aspecto “assuntos interessantes” e “interactividade e participação” correspondem a


48% das respostas. O ‘maior rendimento nos alunos apresentou 8% das respostas.
Em relação à pergunta “O que você não gostou na aula?”, aproximadamente 60% dos
alunos declararam ‘nada’, ou ‘nada a reclamar’ ou ainda ‘sempre gosto das aulas’, ou
seja, não há, na opinião destes alunos, nada que eles não tenham gostado na aula. Outros
26% ou não souberam responder ou deixaram a questão em branco. 14% dos alunos
declararam que consideram que a aula neste método não ensina tanto, tendo
preferências pelo método tradicional.
Já a pergunta “Se você estivesse dando esta aula, o que faria?”, aproximadamente 60%
faria “o mesmo”. 14% dos alunos declararam que consideram que a aula neste método
não ensina tanto, tendo preferências pelo método tradicional.
Cerca de 60% dos alunos opinaram que não fariam mudanças nas aulas.
Os alunos avaliaram o método respondendo em 78% dos casos que a metodologia é
“boa” ou “muito boa”. A tabela vide ao apêndice I
Os alunos responderam em 57% das vezes que não há nenhum aspecto negativo no
método. Outros 13% consideraram que fica difícil estudar para a prova, talvez em
função do costume de copiar a matéria apesar de todos os alunos terem recebido a tarefa
de leitura, as aulas e as questões conceituais.
De acordo com o questionário em anexo, o método interactivo foi preferido por 83%
dos alunos. Outros 13% demonstraram optar pela aula tradicional e um aluno deixou sua
resposta em branco.
Em relação à interacção, 83% concordam ou concordam fortemente que tiraram
proveito da interacção com os colegas durante a aplicação dos exercícios conceituais.
A aprendizagem com o uso do método interactivo parece apontar para um aprendizado
mais efectivo na óptica dos alunos. A maioria, ou seja, 78% dos alunos concorda ou
concordam fortemente que as questões abordadas nos Testes Conceituais são
significativas para um melhor aprendizado do conteúdo.
De maneira geral, o método agrada aos alunos da 11ª classe, já que estes se
demonstraram na maioria das suas respostas receptivos ao método o que ocorreu
também no teste de percepção. Ou seja, eles se mostraram receptivos antes e depois do
método ser aplicado.
28

Capitulo V

6. Discussão de Resultados

A finalidade de um trabalho científico não é apenas um relatório ou descrição de factos


levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um carácter interpretativo, no que
se refere aos dados obtidos, todo projecto de pesquisa deve conter as premissas ou
pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador, fundamentará a sua interpretação.
Para que o aprendizado ocorra, o aluno deve ter a intenção de aprender, e, para que isto
ocorra, ele deve estar motivado.
Aprender, compreender e compartilhar significados depende do aluno; caso não esteja
disposto para tal, o processo educativo não existirá. Não há aprendizagem sem aprendiz,
tão pouco aprendiz sem o processo de aprendizagem. Motivar o estudante é, portanto,
fundamental em ambientes formais de ensino. A motivação guiará a “vontade” de dar
valor ao que é compartilhado (MULLER, 2013).
Na Escola Secundaria da Cidade Alta uma das barreiras encontradas pelos professores
de física é a falta de interesse e motivação dos alunos em relação à disciplina. Em
grande parte percebe-se nesta falta de motivação questões culturais, como o hábito de
julgar a física como uma disciplina ‘difícil’ e ‘chata’ ou mesmo ‘desnecessária’ pela
sociedade em geral. Alguns alunos dizem que a desmotivação tem relação com o ensino
tradicional onde o professor é o centro do processo do ensino e aprendizagem,
exercendo o papel de transmissor de informação e o aluno uma espécie de receptor.
Assim sendo o acto de aprender se resume em memorização de formulas aplicáveis em
determinados padrões de Exercícios.
De maneira geral, pode-se concluir que o método IpC é um método atractivo para os
alunos do ensino fundamental e médio, gerando maior motivação e participação ao
longo das aulas de física. A aplicação do IpC na educação básica pode trazer resultados
relevantes e novos trabalhos devem aprofundar questões não abordadas neste TCC
29

Capitulo VI

7. Conclusão e Sugestão

Este trabalho apresenta evidências de que alunos de ensino médio realmente se mostram
receptivos ao método IpC. No entanto, a declaração explícita de receptividade não
significa a total aceitação do método ou que os alunos se engajarão, seguindo todas as
etapas do IpC mantendo sempre o interesse em interagir em sala.
Os resultados deste estudo também levam a se concluir que quando se aplica a mesma
aula, em turmas de níveis diferentes, surge a tendência de que ao passar das séries,
desde o primeiro até o segundo ciclo, os alunos apresentem redução de participação nos
testes conceituais. Seja pelo costume com o método tradicional ou por outro motivo não
explicitamente observado no estudo, os alunos do primeiro ciclo demonstraram em parte
preferir o método tradicional, coexistindo em turma as duas preferências. No entanto, de
maneira geral, o IpC supera o método tradicional nas preferências da maioria dos
alunos.
Tendo em vista as análises dos testes e questionários, a interactividade e participação e
trabalho em grupo foram citadas por grande parte dos alunos como aspectos positivos
do método. A grande maioria aprovou o IpC no Questionário de Receptividade
avaliando como muito bom ou bom na maior parte das vezes.
A interacção entre os alunos se mostrou um caminho eficiente para o aprendizado
significativo dos conceitos físicos expostos quando se analisa o percentual de mudança
de opinião sobre as questões conceituais apresentadas. Neste estudo, houve aumento
grande percentual de mudança de opiniões que convergiam para a resposta correcta,
levando a entender que na média geral as interacções foram benéficas ao método e por
consequência, para o aluno.
De maneira geral, pode-se concluir que o método IpC é um método atractivo para os
alunos do ensino fundamental e médio, gerando maior motivação e participação ao
longo das aulas de física.

As propostas aqui apresentadas têm como objectivo despertar interesse académico pelo
estudo da física, visto que é uma disciplina pouco explorada e ao mesmo tempo
necessária à melhoria da motivação de professores e alunos do ensino médio. Sugere-se
também doptar o professor de conhecimento por capacitações e seminários constantes.
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8. Referência bibliográfica

ARAÚJO, Ives Solano; MAZUR, Eric. Instrução pelos colegas e ensino sob medida:
uma proposta para o engajamento dos alunos no processo de ensino - aprendizagem de
Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.30, n.2, p.362-384, 2013.
BENTO, Maria Cristina Marcelino; CAVALCANTE, Rafaela dos Santos. Tecnologias
Móveis em Educação: o uso do celular na sala de aula. Eccom, São Paulo, v. 4, n. 7,
p.113-120, jan. 2013.
BRAZ, Cristiano José de Farias. Instrução por colegas: Apresentação de um método
para o ensino. Campina Grande, 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em
Licenciatura em Física - Universidade Estadual da Paraíba.
CUSTÓDIO, Fausto Lima; BARROSO, Marta Feijó. TESTES CONCEITUAIS EM
FÍSICA BÁSICA: Apresentação e análise dos itens. 2012. 47 f. Dissertação (Mestrado)
- Curso de Licenciatura em Física, Departamento de Física, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José; BÔAS, Newton Villas. Tópicos de
Física 1: Livro do professor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 64 p.
MAZUR, Eric. Peer Instruction: A User's Manual. New Jersey: Prentice Hall, Inc, 1997.
274 p.
MEC (Org.). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino médio. 2000. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2016.
MOREIRA, M.A., CABALLERO, M.C. e Rodríguez, M.L. (orgs.) (1997). Actas del
Encuentro Internacional sobre el Aprendizage Significativo. Burgos, España. pp. 19-44.
MÜLLER, Maykon Gonçalves. Metodologias interactivas de ensino na formação de
professores de física: um estudo de caso com o IpC. Dissertação (Mestrado). Mestre em
Ensino de Física. Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
2013.
RIBEIRO, Amanda Amantes Neiva. CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE
FÍSICA: EFEITOS SOBRE A EVOLUÇÃO DO ENTENDIMENTO DOS
ESTUDANTES. 2009. 275 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Física, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

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