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Abudo Ângelo
Alcídio André Chiure
Iohane Ali Mussa
Josué Joao Moreno
Olga Noifa Artur

Mudanças Climáticas: causas naturais, processos dos equinócios, obliquidade,


excentricidade, manchas solares, queda de meteorito e vulcanismo.
(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, 1° Ano, 1°
Semestre)

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte Turismo e Comunicação e Nacala
Abril, 2023
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Abudo Ângelo

Alcídio André Chiure

Iohane Ali Mussa

Josué Joao Moreno

Olga Noifa Artur

Mudanças Climáticas: causas naturais, processos dos equinócios, obliquidade,


excentricidade, manchas solares, queda de meteorito e vulcanismo.

(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, 1° Ano, 1° Semestre)

Trabalho de caráter avaliativo na Cadeira de


Climatologia, no Curso de Licenciatura m Gestão
Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, 1° Ano,
1° Semestre, Sob Orientação do Dr. Albertino Assane
Iahaia.

Universidade Rovuma

Instituto Superior de Transporte Turismo e Comunicação e Nacala

Abril, 2023
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Índice

1. Introdução.............................................................................................................................4
2. As Mudanças Climáticas ......................................................................................................5

2.1. Principais Causas das Alterações Climáticas ....................................................................5

2.3. Principais Consequências das Alterações Climáticas ........................................................7

2.4. Processo dos Equinócios ...................................................................................................7

2.5. Obliquidade .......................................................................................................................9

2.6. Excentricidade ...................................................................................................................9

2.7. Mancha Solares ...............................................................................................................10

2.8. A Queda de Meteoritos ....................................................................................................11

2.9. Actividade Vulcânica ......................................................................................................12

3. Conclusão ...........................................................................................................................14

4. Bibliografia .........................................................................................................................15
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1. Introdução

Trabalho de investigação na cadeira de Climatologia com tema de abalroamento Mudanças


Climáticas: causas naturais, processos dos equinócios, obliquidade, excentricidade, manchas
solares, queda de meteorito e vulcanismo. Abordou-se que as mudança climática refere-se a uma
variação estatisticamente significativa nas condições médias do clima ou em sua variabilidade, que
persiste por um longo período – geralmente décadas ou mais. Pode advir de processos naturais
internos ou de forçamentos naturais externos, ou ainda de mudanças antropogênicas persistentes na
composição da atmosfera ou no uso do solo, também os processos de processos dos equinócios,
obliquidade, excentricidade, manchas solares, queda de meteorito e vulcanismo. Devido a sua
importância o seu estudo que empaca as preocupações do Homem e da Atmosfera terrestre para a
convívio, o trabalho se compendia em dois objectivos principais, a ter em conta:

Geral:

Explicar as mudanças climáticas no mundo.

Específicos

Mencionar as Principais Causas das Alterações Climáticas;


Descrever os processos dos equinócios, obliquidade, excentricidade, manchas solares,
queda de meteorito e vulcanismo.

Quando a metodologia, baseamos em revisão bibliográfica de documentos relevantes na


abordagem bibliográfico. A escolha deste método deveu se com base em matérias já
elaborados, constituídos principalmente de livros, artigos científicos e textos retirados da
Internet. É com base nesta revisão da documentação que foi possível dispor de dados em
estudo da problemática em alusão. De modo a suscitar uma percepção audível do conteúdo
plasmado no presente trabalho de pesquisa, o mesmo encontra-se organizado em uma estrutura
sequencial, compreendida por capítulos.
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2. As Mudanças Climáticas

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) define


“Mudanças no Clima “como:

Significa uma mudança de clima que possa ser directa ou indirectamente


atribuída à actividade humana que altere a composição da atmosfera
mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática
natural observada ao longo de períodos comparáveis (SANTOS, 2006,
p.69).

Já o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apresenta outra definição


de mudança climática:

Mudança climática refere-se a uma variação estatisticamente significativa


nas condições médias do clima ou em sua variabilidade, que persiste por um
longo período – geralmente décadas ou mais. Pode advir de processos
naturais internos ou de forçamentos naturais externos, ou ainda de
mudanças antropogênicas persistentes na composição da atmosfera ou no
uso do solo. (IPCC, 2001).

2.1. Principais Causas das Alterações Climáticas

As alterações climáticas são um fenómeno de larga extensão e devem-se a fenómenos internos


(causas naturais) e externos (causas antropogênicas) (Silva e Paula, 2009).

O clima

É um sistema complexo, regulado por múltiplas interações entre a atmosfera, o oceano, a


hidrosfera, a criosfera e a biosfera. Tal sistema tem sofrido, desde a constituição da atmosfera
terrestre, alterações em diferentes eras geológicas, visto que está em constante e permanente
transformação (dinamicidade), assim como os demais sistemas da natureza.

Segundo a Teoria da Tectônica Global, a configuração dos continentes alterou-se pelos


constantes deslocamentos das placas litosferas, desde a época da Pangeia (200 milhões de
anos atrás). Com base nisto, tais movimentos implicam, necessariamente, uma mudança na
circulação das correntes atmosféricas - oceânicas e continentais -, interferindo, diretamente,
nas características climáticas globais, pois são seus principais sistemas reguladores.
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Os Ciclos de Milankovitch

Também estão em frequentes variações cíclicas macro-escala (fenômenos astronômicos), seja


pela excentricidade da órbita elíptica do movimento de translação do Planeta Terra; pela
obliquidade do eixo do mesmo; e pela precessão de sua rotação (STRAHLER; STRAHLER,
2000). Essas influenciaram, ao longo das eras, e influenciam na quantidade de energia
recebida pelo Planeta, proveniente do Sol, além de a primeira alterar as datas do afélio e
periélio (ciclos de 21.000 anos).

Mecanismos de Retro-Alimentação (feedback)

Quando os sistemas subsequentes voltam a exercer influências sobre os antecedentes, numa


perfeita interação entre todo o universo, isto é, a Terra retorna a resposta após a emissão de
uma dada informação (a energia) pela fonte primária. Essa resposta constitui-se na energia
transformada, devido a (e dependendo dos) diferentes usos da superfície terrestre - atividades
humanas -, no decorrer dos anos.

As Actividades Vulcânicas

Emitem por meio das erupções, uma grande quantidade de gases e cinzas à atmosfera, que
afectam o equilíbrio climático de todo um hemisfério, principalmente os processos de
absorção, transmissão e reflexão de energia solar. Desta forma, os vulcões são uns dos
elementos essenciais para os estudos das mudanças climáticas.

As Manchas Solares

São nós magnéticos ligados entre si, originadas no dínamo magnético do interior do Sol. São
ditadas pela grande corrente de transporte de campos magnéticos no Sol, semelhante à
corrente de transporte oceânica do Planeta Terra; entretanto, a primeira é responsável pelo gás
condutor de eletricidade, enquanto a segunda, de água e calor. Assim, estas interferem no
balanço de energia recebida pela Terra, devido às reduções de temperatura e pressão das
massas gasosas. A equipe do National Center for Atmospheric Research (NCAR), liderada
por Mausumi Dikpati, prevê, com base nos últimos doze ciclos (desde 1880) de manchas
solares, o próximo ciclo (2005-2020) de 30% a 50% mais intenso do que o actual, facto que,
se confirmar, pode produzir uma alteração substancial da actividade solar, nos anos seguintes.

[...] considerando que a atmosfera terrestre é aquecida por debaixo, os


oceanos são a condição de contorno inferior mais importante para o
clima e, certamente, o Pacífico, por ocupar um terço da superfície
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terrestre, deve ter um papel preponderante na variabilidade climática


interdecadal (MOLION, 2005, p. 1).

Mudanças climáticas” (MOLION, 2005, p. 04). É importante ressaltar-se que os fenômenos


de El Nino e La Nina (atuações de 6 a 18 meses) são, diretamente, ligados a tal oscilação, já
que são provenientes das águas superficiais do oceano Pacífico (Equatorial Oriental e
Equatorial Central e Leste, respectivamente), além de serem mecanismos reguladores
fundamentais do clima global.

2.3. Principais Consequências das Alterações Climáticas

As consequências das alterações climáticas têm sido muito debatidas. De acordo com o quarto
relatório do IPCC (2013), os estudos efectuados confirmam que estas consequências são já
notórias, nomeadamente no aumento da temperatura da superfície terrestre e dos oceanos, com
consequente degelo das calotes polares e aumento global do nível médio das águas do mar.
De uma forma resumida, estão previstas como principais consequências das alterações
climáticas (Goodess, 2012; IPCC, 2007; Santos, 2006):

 Aquecimento global;
 Aumento da frequência de fenómenos climáticos extremos;
 Subida do nível médio das águas do mar;
 Perda de cobertura de gelo nos polos;
 Alterações na disponibilidade de recursos hídricos;
 Alterações nos ecossistemas e perda de biodiversidade;
 Desertificação;
 Interferências na agricultura;
 Impactes na saúde e bem-estar da população humana;
 Deslocamentos populacionais.

2.4. Processo dos Equinócios

O processo dos equinócios é o movimento cíclico realizado pela Terra ao redor do plano de
sua eclíptica. O processo dos equinócios é um dos vários movimentos realizados pela Terra e
corresponde ao deslocamento circular efectuado pelo planeta em torno do eixo de sua
eclíptica, (ENA, 2013).
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A causa do processo dos equinócios é o facto de a Terra apresentar uma certa inclinação em
seu eixo de rotação, estimada em 23, 5º. Por essa razão, o planeta realiza um movimento de
cerca de 1º em torno do eixo vertical de sua esfera eclíptica a cada ano. Nas imagens a seguir,
podemos visualizar melhor a dinâmica do movimento em questão, (MENZEL, 1983).

Esquema ilustrativo do movimento de precessão dos equinócios da Terra

Conforme podemos observar no esquema acima, o movimento de precessão é determinado


pelo grau de inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de sua eclíptica. Sendo assim,
se essa inclinação apresentasse uma angulação maior, certamente o movimento precessional
ocorreria mais rapidamente. Portanto, se retomarmos o exemplo do peão desequilibrado, é
possível observar que o movimento precessional é muito mais lento, uma vez que ele leva 25
770 anos para completar-se, por isso que ele é chamado de “O Grande Dia”. Apesar de toda
essa lentidão, esse movimento foi descoberto por Hiparco de Alexandria no ano de 129 a.C.
(MENZEL, 1983).

De acordo com ENA (2013), as consequências da precessão dos equinócios não são muito
relevantes sob o ponto de vista climático e da dinâmica dos elementos naturais da Terra. O
seu principal efeito é a antecipação dos equinócios (período do ano em que a Terra possui dias
e noites com a mesma duração), o que justifica a sua denominação. Já sob o ponto de vista
astronômico, algumas alterações são mais notórias. A principal dessas alterações é a mudança
da posição dos astros. Antigamente, os solstícios de verão no hemisfério norte ocorriam
quando o sol se posicionava sobre a constelação de câncer e, no sul, sobre a de capricórnio.
Atualmente, esse mesmo processo ocorre, respectivamente, sobre as constelações de touro e
sagitário.

O “início” da precessão dos equinócios é marcado também por uma


mudança astronômica. Atualmente, os equinócios ocorrem com o sol
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posicionado sobre a constelação de Peixes, mas no “grande dia” anterior,


a constelação era a de Áries. Por isso, existem muitas crenças, mitos e
exoterismos relacionados com o próximo grande dia, que se iniciará quando
os equinócios passarem a acontecer com o sol posicionado sobre a
constelação de Aquário, (COTARDLÊRE, 1986).

2.5. Obliquidade

Como as variações na média anual da insolação associadas com as modificações na


excentricidade da órbita da Terra são muito pequenas para produzir mudanças significativas
no clima, Milankovitch pensou numa explicação para as idades do gelo associadas com a
inclinação do eixo de rotação da Terra: a insolação em altas latitudes no verão num
determinado hemisfério será maior quanto maior for a inclinação do eixo de rotação da Terra
(que é no máximo de 24,5º). Além disso, a insolação será maior se o solstício de verão ocorrer
no periélio. Portanto, condições mais frias ocorrerão no outro hemisfério contribuindo para
um inverno mais rigoroso, (Ruddiman 2008).

A obliquidade (inclinação) do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano orbital é o


factor de maior importância para o ciclo anual da temperatura do ar nas diferentes bandas de
latitude do planeta (Hartmann 1994). Se a obliquidade for zero, a média anual da insolação
nos polos também é zero. Porém, quanto maior for a obliquidade, maior será a variação da
insolação entre as latitudes altas e os trópicos.

Spiegel et al. (2009) e Ferreira et al. (2014) mencionam que obliquidades maiores ou iguais a
54º produzem uma inversão horizontal de temperatura em relação ao clima actual. Como os
polos tornam-se mais quentes do que os trópicos, há uma inversão na circulação global, uma
vez que os gradientes de temperatura passam a apontar dos trópicos para os polos (das menores
para as maiores temperaturas).

2.6. Excentricidade

A excentricidade da Terra indica o quanto a órbita da Terra se desvia de um círculo, isto é, o


quanto ela se torna mais elíptica. Quando a órbita é circular, o Sol encontra-se no centro do
círculo; quando a órbita é elíptica, ele se localiza num dos focos. Nesse caso, ao longo de um
ciclo de translação, a Terra passará por um ponto mais próximo do Sol (periélio) e por um
ponto mais distante (afélio). Actualmente, há uma diferença de 3,3% na distância Terra-Sol
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entre o afélio e o periélio o que faz com que o topo da atmosfera intercepte cerca de 6,7%
mais radiação solar no periélio do que no afélio, (Moran 2012).

Actualmente, há uma diferença de 3,3% na distância Terra-Sol entre o afélio e o periélio, o


que faz com que o topo da atmosfera intercepte cerca de 6,7% mais radiação solar no periélio
do que no afélio. Como, atualmente, o periélio ocorre em 3 de janeiro e o afélio em 4 de julho,
nota-se que o afélio corresponde ao período de verão boreal. Assim, poder-se-ia pensar que
ambos os hemisférios vivenciaram um período mais frio em julho, mas isso não ocorre porque
os 6,7% de menos energia não é suficiente para deixar o planeta frio, (Moran 2012).

2.7. Mancha Solares

As manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol que podem emitir rajadas de
radiação quando “arrebentam”. Elas geralmente se formam em áreas que possuem fortes
campos magnéticos, no qual em alguns casos, podem desencadear uma explosão, (PRIEST,
1987).

A ocorrência de manchas solares é uma manifestação da atividade magnética da estrela


(FRIIS-CHRISTENSESN, 2000) e a quantidade dessas manchas varia de forma periódica de
acordo com os ciclos magnéticos do Sol, com um maior número delas quando há emissão de
energia mais intensa – o máximo solar (PRIEST, 1987).

O registro do número de manchas solares tem sido obtido por observações diretas desde a
China antiga e seguiu por grupos independentes de observadores em diferentes regiões do
planeta. Isso causou grande dificuldade de fazer um levantamento histórico preciso desses
registros, além dos extravios que ocorreram durante guerras ou manipulações de caráter
religioso, como na Europa Medieval, na qual ideologias religiosas impediam que estudiosos
investigassem, a fundo, as características do Sol. O astro era visto como um corpo perfeito,
logo, era comum que muitos estudiosos se mostrassem relutantes em denunciar a aparição de
algum ponto escuro no Sol (HOYT; SCHATTEN, 1997).

Segundo Eddy (1976), os chineses já observavam manchas escuras na fotosfera solar a olho
nu, desde 1000 a.C. Em torno de 95% do histórico de observações são Orientais, em especial
da China e da Coréia e, assim, manteve-se até 1150 d.C. cobrindo um intervalo de tempo
muito maior que das observações feitas na era do telescópio (VAQUERO; VASQUEZ, 2009).
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Observações do Sol a olho nu são possíveis desde que a mancha seja grande e que a atmosfera
apresente condições favoráveis, como poeira, nebulosidade que reduza a luminosidade do Sol
(VAQUERO, 1997). Embora Needhan (1959) tenha sugerido que os orientais já usassem
filtros artesanais para amenizar a luz solar, assim como para refletir a luz do Sol em piscina
com líquido colorido.

2.8. A Queda de Meteoritos

Há cerca de 4,5 bilhões de anos uma grande nuvem de poeira e gás começou a se condensar,
dando origem aos nossos astros celestes, como o Sol, os planetas, os satélites etc. Nessa
formação de astros, restantes de materiais formados de rocha e metal formaram-se entre os
planetas de Marte e Júpiter, configurando-se assim, os asteroides. Os asteroides e outros
corpos celestes que vagam pelo espaço podem atingir a atmosfera terrestre, passando então, a
serem chamados de meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes. Sendo assim,
é provável que você já tenha visto um meteoro atingir a Terra ao observar uma estrela cadente.
Quando atingem o solo, os meteoros passam a ser chamados finalmente de meteoritos.
Conforme Carvalho (1995).

Meteoritos são núcleos ou fragmentos de corpos celestes que descreviam


órbitas elípticas no espaço sideral, em volta do sol, quando foram atraídos
pela gravidade terrestre e forçados a entrar no nosso planeta, chegando até
a superfície após atravessar a atmosfera (Carvalho, 1995, p. 53).

Quando percebemos o fenômeno do meteoro atingir a Terra, temos um fenômeno chamado


de “queda”. Quando não percebemos e apenas encontramos o fragmento em solo, chamamos
tal evento de “achado”. Os meteoritos constituem-se em um material importante para a
investigação da formação dos astros no espaço.

De acordo com Carvalho (1995), os meteoritos são o principal material cósmico que os
pesquisadores podem investigar e inferir hipóteses sobre o Sistema Solar. Heide e Wlotzka
(1995) ainda mencionam que os meteoritos são restritas caixas pretas compiladas com
ocorrências passadas há 4,5 bilhões de anos que nos foram cedidas diretamente do espaço.

De acordo com Zucolotto (2014), dependendo da composição do meteorito, estes podem ser
classificados basicamente em três grupos, os quais são subdivididos em outras categorias. Os
meteoritos são classificados em: sideritos (metálicos), que possuem o ferro em sua
composição; aerólitos (rochosos), compostos basicamente de minerais; e siderólitos,
compostos pelos dois tipos (metálicos e minerais). Os do tipo aerólitos, por sua vez, são
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divididos em dois subgrupos: os condritos e os acondritos. A principal diferença entre


condritos e acondritos é que os condritos têm em sua composição, resquícios da nebulosa solar
primitiva, e os acondritos tem composição que foi submetida à fusão no interior de astros
planetários.

Os meteoritos condritos subdividem-se ainda em mais dois subgrupos, os carbonáceos e os


ordinários. Os carbonáceos apresentam alto teor de carbono e não apresentam aspectos
sofridos por exposição a temperaturas altíssimas. E os meteoritos ordinários são fragmentos
oriundos do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter que colidiram com a Terra. Essa
classificação descrita acima corresponde a uma classificação simplificada dos meteoritos, pois
os mesmos ainda se subdividem em outras categorias dependendo de características
especificas de sua composição. Abaixo seguimos com uma simples representação das
classificações mencionadas, (Rocha, 2019).

Os meteoritos podem apresentar vários tamanhos e podem pesar valores muito pequenos à
valores muito grandes. O maior meteorito conhecido é o Hoba West, localizado na Namíbia
(África), que possui massa aproximada de 60 toneladas. No Brasil, o maior meteorito que
temos é o Bendegó, com massa de 5360 kg. Este encontrava-se em exposição no Museu
Nacional do Rio de Janeiro, que infelizmente sofreu um incêndio em 2018. Porém, os
meteoritos são corpos celestes resistentes a altíssimas temperaturas e, assim, o meteorito
Bendegó permaneceu intacto. No estado de Pernambuco (Brasil), temos catalogados dois
meteoritos: o meteorito Vicência, com massa de 1540 g e que teve queda observada em
setembro de 2013, num distrito do município de Vicência, e o meteorito Serra de Magé, o qual
especificaremos subsequentemente, (Pezzo, 2013).

2.9. Actividade Vulcânica

A actividade vulcânica projecta grandes quantidades de partículas e gases na atmosfera,


influenciando o mecanismo dos aerossóis descrito anteriormente e, portanto, afectando
também o clima. A principal contribuição dos vulcões é decorrente de partículas
estratosféricas de ácido sulfúrico (H2 SO4), que rapidamente se condensam e formam
aerossóis de sulfato, (Mcguffie & Henderson-Sellers 2005).

Erupções vulcânicas podem produzir anomalias significativas na temperatura, da ordem de


décimos de graus centígrados. Grandes erupções vulcânicas como os recentes casos do Monte
Tambora (1815), Krakatoa (1883), El Chichón (1982) e Monte Pinatubo (1991), não são tão
frequentes, porém causam efeitos climáticos expressivos. Exemplos: as últimas cinco maiores
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erupções vulcânicas dos últimos 100 anos podem ter provocado a queda de 0,1 a 0,4 °C da
temperatura média global; a erupção do Monte Pinatubo resultou no resfriamento de 0,5°C;
em consequência da erupção do Monte Tambora, maior erupção vulcânica recente, não houve
verão no Hemisfério Norte e o resfriamento foi tão intenso que o ano de 1816 ficou conhecido
como o Ano Sem Verão. Claramente, verifica-se um efeito notável dessas erupções no clima
terrestre global. (Mcgregor & Nieuwolt 1998).

Com menor frequência de ocorrência, erupções vulcânicas de elevada magnitude causaram,


no passado, impactos drásticos e duradouros no clima terrestre. O caso do supervulcão Toba,
localizado ao norte da Ilha de Sumatra na Indonésia, ilustra a grandeza desse tipo de fenômeno
natural e o impacto climático decorrente. O evento de Toba, ocorrido há 73.000 anos atrás,
representou a maior erupção vulcânica dos últimos 2 milhões de anos. Um volume de 2.500 a
3.000 km3 de magma foi projectado – comparado ao volume de 100 a 200 km3 da erupção de
1815 de Tambora – e 1% da superfície terrestre ficou coberta com 10 cm de cinzas vulcânicas.
O sulfato vulcânico produzido nesta mega-erupção causou a queda de 10°C no verão em altas
latitudes, além de um inverno vulcânico de 6 anos, seguido por um período de resfriamento
que durou 1.800 anos (Rampino & Self 1993, Mason et al. 2004, Williams et al. 2009).

A actividade vulcânica varia ao longo de uma ampla gama de escalas temporais, desde ciclos
com menos de um ano de período em sistemas vulcânicos únicos até intervalos que se
estendem a escalas do tectonismo de placas. As conexões entre vulcanismo, o ciclo do carbono
e o clima estão bem estabelecidas nas escalas de longo período (conforme será apresentado
no item “2.5. Superciclos: Tectonismo, Vulcanismo e Raios Cósmicos”). Em escalas
intermediárias (milhares de anos), relevantes para variações durante eras glaciais/interglaciais,
indicam que o vulcanismo está associado aos ciclos orbitais de Milankovitch, em especial com
o período da obliquidade de 41 mil anos, (Kutterolf, 2013).
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3. Conclusão

Chegado a este momento, dizer que a pesquisa chegou aos objectivos, que de acordo com os
dados colectados, pode se concluímos que Mudança climática refere-se a uma modificação
estatisticamente expressiva nas condições medianas do climático ou em sua variabilidade, que
continuidade por um longo período comumente dezenas ou igualmente. Pode advir de
procedimentos correspondentes internos ou de forçamentos naturais externos, ou ainda de
alterações antropogênicas persistentes na composição da atmosfera ou no uso do solo.

Actualmente, há uma diferença de 3,3% na distância Terra-Sol entre o afélio e o periélio, o


que faz com que o topo da atmosfera intercepte cerca de 6,7% mais radiação solar no periélio
do que no afélio. Quando percebemos o fenômeno do meteoro atingir a Terra, temos um
fenômeno chamado de “queda”. Quando não percebemos e apenas encontramos o fragmento
em solo, chamamos tal evento de “achado”. Os meteoritos constituem-se em um material
importante para a investigação da formação dos astros no espaço.

Os meteoritos condritos subdividem-se ainda em mais dois subgrupos, os carbonáceos e os


ordinários. Os carbonáceos apresentam alto teor de carbono e não apresentam aspectos
sofridos por exposição a temperaturas altíssimas. E os meteoritos ordinários são fragmentos
oriundos do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter que colidiram com a Terra. Essa
classificação descrita acima corresponde a uma classificação simplificada dos meteoritos, pois
os mesmos ainda se subdividem em outras categorias dependendo de características
especificas de sua composição. Abaixo seguimos com uma simples representação das
classificações mencionadas e A principal contribuição dos vulcões é decorrente de partículas
estratosféricas de ácido sulfúrico (H2 SO4), que rapidamente se condensam e formam
aerossóis de sulfato.
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4. Bibliografia

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