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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projecto científico aborda de forma delineada o tema “Pensamento algébrico na
aprendizagem de equações trigonométricas”. Assim, este tema de pesquisa enquadra-se na
área de Ciências Exactas e Tecnológica especificamente no curso de Matemática, as
aplicações dos conhecimentos adquiridos na cadeira de ALGÉBRICA LINEAR, leccionada
nesta Universidade e também na unidade temática IV- Electromagnetismo, na 11a classe do
SNE.

Este estudo terá o seu campo de realização na província de Manica, cidade de Chimoio, como
base a 11ª classe da ES de Vila Nova, concretamente duas turmas da 11ª s classes.

JUSTIFICATIVA
Hoje em dia o processo de ensino e aprendizagem aponta objectar certos objectivos
educacionais - que é preparar o mundo no sentido incorpóreo, crítico e estético, de modo que
possa ser capaz de produzir pensamentos autónomos, críticos e formular os seus próprios
juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas
circunstâncias da sua vida; assegurar a formação integral do indivíduo em direcção ao
domínio dos conhecimentos e habilidades como também a sua aplicação prática (INDE,
2010).

O presente trabalho insere-se no quadro de conclusão do curso de licenciatura em Ensino de


Matemática e o seu tema surge na necessidade de responder as dificuldades enfrentados por
parte dos alunos da 11ᵃ classe na aplicação de resoluções dos exercícios de equações
trigonométricas o que nos leva a estudar o caso, de modo a descobrir as suas causas. Pesquisá-
lo torna-se preponderante, cujas ilações poderão influenciar e contribuir para o
desenvolvimento de práticas pedagógicas ao introduzir-se as aulas sobre pensamento
algébrico, por entender um dos seus conceitos fundamentais são aplicados em diversas áreas
como ferramenta para resolver problemas sobre fenómenos o nosso dia-a-dia.

Por exemplo, na academia militar, a trigonometria aplica-se na pesquisa de lançamento de


bombas atómicas; na Electricidade, para descrever a variação dos electrões. Na Física muito
em particular na mecânica dos fluidos, usa-se as equações trigonométricas para determinação
da saída do fluido e esgoto.
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Quanto a realização das PPs (Práticas Pedagógicas), foram bem notáveis as dificuldades de
aprendizagem que os alunos apresentavam em relação aos conceitos desta disciplina e nas
aulas de Pensamento algébrico, elas são introduzidas através de uma aula expositiva, em que
o professor apresenta as definições, propriedades e exemplos e por sua vez, os alunos
resolvem listas de exercícios. No entanto, quanto do ponto de vista do professor quanto dos
alunos parecem ter sido cumpridas com o plano curricular ou recomendações.

Outro aspecto, não menos importante, que determinou a escolha do tema tem a ver com a
relevância que a vida do próprio aluno, na medida em que usamos as equações
trigonométricas na vida social para interpretar fenómeno, como a variação da velocidade, da
aceleração de um automóvel, que são casos que o aluno vive no seu dia-a-dia

PROBLEMATIZAÇÃO
O problema encontrado no processo de ensino-aprendizagem no nível secundário é como
relacionar os conhecimentos científicos com o dia-a-dia do aluno tendo em conta a realidade.
“O problema consiste em dizer de maneira mais luzente, explana,
alcançável e operacional, qual a dificuldade com que nos
confrontamos e o que apetecemos resolver limitando o seu campo e
apresentando as suas características” (LAKATOS & MARCONI,
2002)

A maior inquietação desta pesquisa reside em explorar indicativos para assimilação dos
possíveis obstáculos encontrados no ensino e aprendizagem do pensamento algébrico. Um dos
maiores problemas que afecta o ensino das ciências, em particular o de Matemática, tem a ver
com a falta da demonstração de algumas variáveis, facto que pode contribuir em grande
medida para o fraco aproveitamento nas avaliações de aprendizagem.

Durante o trabalho de campo realizado no âmbito das Práticas Pedagógicas, no que diz
respeito a leccionação das aulas de Matemática, notou-se que várias eram as dificuldades que
os alunos apresentavam na assimilação dos conteúdos dados.

Para tal, muitas hipóteses partem também do campo pedagógico, com a maneira de transmitir
as aulas que são passadas de modo conservador, fazendo com que muitos professores se
prendam a práticas conservadores (BEHRENS, 2002), em que os alunos não passam de meros
espectadores, ou vindo e anotando sem muita participação na aula, (CATAPANI, 2003).
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Um outro factor, constatou-se também que as dificuldades enfrentadas pelos professores ao


introduzir aulas de pensamento algébrico não são poucas, ora vejamos: ao introduzir este
conceito, verificou-se que nos alunos fica apenas a derivada como um processo mecânico ou
resultado de uma operação; os alunos tendem a decorar regras de derivação e para resolver
questões que envolvem a aplicação desse conceito, eles recorrem a procedimentos padrão. Daí
que os alunos aprendem as derivadas através da memorização das fórmulas, sem no entanto
interpretar geometricamente o conceito das derivadas. Perante o exposto, levanta-se a seguinte
questão de partida:

Qual é o nível de desenvolvimento do pensamento algébrico dos alunos da 11a Classe,


durante a resolução das situações e problemas relativos a equações trigonométricas?

OBJECTIVOS
Objectivo geral:
 Analisar pensamento algébrico na aprendizagem de equações trigonométricas

Objectivos específicos:
 Identificar os principais obstáculos no aprendizado de equações trigonométricas;
 Trazer mais clareza sobre o aprendizado de trigonometria no Distrito de Chimoio, com
dados significativos sobre as dificuldades enfrentadas por professores e alunos no
ensino e na aprendizagem desse tema;
 A partir dos resultados obtidos, auxiliar na elaborarão de propostas de intervenção que
permitam uma melhor apreensão dos conceitos por parte dos alunos.

HIPÓTESE

Ao longo do período em que nos dedicamos a perceber o problema ora estudado, demos conta
que os alunos estão com dificuldade de aprender daí que várias hipóteses foram levantadas,
tais como:

 A insuficiência de marcação de exercícios por parte dos professores faz com que a
dificuldades na resolução de exercícios de equações trigonométricas sejam maiores;
 A deficiente correcção dos erros dos alunos por parte dos professores na alguns
exercícios marcados produz maus rendimentos pedagógicos por parte deles;
 O professor explica e o aluno ouve, dita e o aluno copia, corrige e o aluno a ser
corrigido, também, pode contribuir o mau rendimento escolar.
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CAPITULO II: METODOLOGIA DE PESQUISA


Metodologia de pesquisa é o conjunto detalhado e sequencial de
métodos e técnicas científicas a serem executados ao longo da
pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos
inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios
de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e mais
confiabilidade de informação (BARRETO & HONORATO,
1998)

O presente trabalho de pesquisa decorrerá na ES de Vila Nova, uma escola que lecciona as
classes do 1º e 2º ciclo do ESG, em todos os períodos, nomeadamente, diurno e nocturno.

Para se levar a cabo esta pesquisa privilegiara-se o uso de vários métodos de pesquisa numa
abordagem qualitativa “é utilizada para interpretar fenómenos, podem ser separados em
diferentes categorias, atributos que se distinguem por algumas características não numéricas”
(DENZIN & LINCOLN, 2005).

Métodos
É de suma importância realçar que o objectivo geral deste trabalho é de analisar pensamento
algébrico na aprendizagem de equações trigonométricas e, para alcançá-lo, haverá a
necessidade de recorrer ao método de consulta bibliográfica, método indutivo, técnica de
entrevista, questionário e método estatístico.

O método bibliográfico
Gil (2002) explica que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e sua principal vantagem
“reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenómenos muito mais
ampla do que aquela que poderia pesquisar directamente». Para este trabalho, os livros alvos
da leitura foram, obviamente, aqueles que têm que ver com o tema em causa, permitindo
aprofundá-lo. Com efeito, o método bibliográfico consistirá em efectuar a busca de
informação referente ao tema e este procedimento servirá para colher sustentos teóricos úteis
e necessários para o trabalho.

Método de abordagem
Segundo Gil (1999), “o método indutivo parte do particular e coloca a generalização como um
produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares. A generalização não deve ser
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buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de casos concretos


suficientemente confirmados dessa realidade”.

Então, partindo dos ideais deste autor, em relação a introdução do conceito de equações
trigonométricas a abordagem indutiva mostrara-se importante e fundamental, por se tratar de
um estudo a partir de uma indução incompleta de casos estudados podendo-se concluir uma
aceitação das teorias mais gerais com outras não estudadas.

TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS


Observação directa
No que refere Coutinho (2008), a observação directa consiste em colher dados sobre
acontecimentos e aspecto subjectivos das pessoas, como persuasões, parecer, valores ou
conhecimentos, fenómenos do ponto de vista do entrevistado e possibilitando, assim,
interpretar significados.
Portanto com efeito, a técnica de observação directa consistirá em efectuar à assistência de
aulas de Matemática de alguns professores por forma a inteirar das possíveis metodologias
utilizadas pelos professores e tirar ilações do nível de percepção pelos alunos dos conteúdos
dados.

Técnica de entrevista
IDEM (1999), refere a entrevia como “uma conversação, com propósito de auxiliar na
identificação de variáveis e suas relações, sugerir hipóteses, colectar dados, a fim de
comprovar hipóteses e suplementar outras técnicas de colecta de dados”.
Assim no entanto, para a recolha de dados sobre aulas, aplicaremos a técnica de entrevista
semiestruturada com a pretensão de colher informações atinente com vista a colher dos alunos
e professores da disciplina suas sensibilidades em relação ao decurso das aulas de Matemática
em particular nas aulas de pensamento algébrico.

Técnica de questionário
Questionário escrito ou avaliação escrita
Richardson (1999), entende a técnica de questionário como “instrumentos de colecta de dados
usados para obter informações acerca do grupo em estudo, podendo ser de carácter aberto ou
fechado”
Por outro lado o tipo de questionário optado será aberto, pois não há
qualquer limitação `as respostas a dar pelos inquiridos; estes
respondem livremente à questão. O tratamento de informação é mais
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difícil, mas os dados obtidos são mais ricos, uma vez que revelam os
motivos da tomada de posição dos inquiridos (MORESI, 2003).

Trabalharemos com esta técnica, visto que, ela se tornará possível a recolha de informações
sobre grande número de indivíduos e, possibilitará a generalização dos resultados da amostra
à totalidade da população. E antes de se realizar o questionário, redigiremos por um teste
escrito, aplicado apenas a um pequeno grupo de alunos da ES de Vila Nova, com o objectivo
de determinar e corrigir ambiguidades, omissões e equívocos dos questionários.

Por outro lado, utilizaremos um teste escrito, porque sabe o que procura e considera
importante. Para isso, aplicaremos instrumentos técnicos específicos para a recolha de dados
ou dos fenómenos a observar. Para tal, observara-se, a forma de assimilação dos conteúdos
desde os momentos iniciais ao fim.

a) Teste, a realização do teste será submetido aos alunos do controle, com vista a
permitir a verificação de nível de conhecimento do conteúdo.

Sendo assim, consideraremos como instrumentos para medir o conhecimento que será
adquirido pelos participantes ao longo das aulas normais. Posteriormente serão dadas as aulas
normais para alunos de grupo do controlo e aulas com o método alternativo (interpretação
geométrica) e no final de conteúdo leccionado também aplicaremos um teste escrito para
posterior medir o nível de percepção dos alunos.

Amostra
MARCON & LAKATOS (2010)

Amostra é uma Porção ou parcela convenientemente seleccionada do


universo ou da população, um conjunto de seres animados e
inanimados que apresentam pelo menos uma característica comum, a
este subconjunto da população é obtido mediante critério de escolha
adequado de forma a garantir a sua representatividade, ou seja,
reflectir as características da população.

Assim, servirá de amostra para o presente trabalho, duas turmas, com cerca de 120 alunos,
respectivamente as 11ªs B01 e B02 da ES de Vila Nova.
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O método estatístico
O uso da estatística “ciência dos dados, envolve a colecta, a classificação, o resumo, a
organização, a análise e a interpretação da informação numérica” (CUNHA etall, 1979).

Técnicas de Processamento de dados


Para o processamento dos dados será recorrido o uso do pacote informático Microsoft Office
Excel. Com apoio de Microsoft Excel serão elaborados os gráficos e tabelas que ilustram o
nível de percepção dos alunos.
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CAPITULO III: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


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CAPITULO III: Cronograma e Orçamento


Cronograma
Actividades Mês
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Consultas das literaturas X
Colecta dos dados X
Tratamentos dos dados elaboracão X
do projecto final
Digitação do projecto X
A entrega do projecto X

Orçamento
Itens Material Preco unitario Quantidade Preco total
1 Internet 500mt -------- 500mt
2 Imprissao 300mt -------- 300mt
3 Deslocamento 1700mt -------- 1700mt
4 Comunicacao 500mt -------- 500mt
Custo total 3000mt -------- 3000mt

Resultados esperados
O projecto de pesquisa espera-se que através desse projecto de método de resolução de
problema que os alunos possam ter solução de alguns exercícios ou problemas relacionadas a
equações trigonométricas. Além de solução de problemas de Matemática também espera-se
que os alunos tenham a mente de pensar mais rápido trás o problema para solução
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Referências bibliográficas
1. BARRETO, A. V. Pinto; HONORATO, Cezar de Freitas. Manual de sobrevivência na
selva académica., Rio de Janeiro, 1998;
2. COUTINHO, Clara, técnica de recolha de dados, 2008. Disponível em
http://faadsaze.com.sapo.pt/12-tecnicas.htm. Acesso 05 de Julho de 2021;
3. CUNHA, EZEQUIEL Suzana; COUTINHO, Iniciação à estatística, 4ª Edição, Belo
Horizonte, 1979;
4. DENZIN, N. K. & LINCOLN, Y. S.. Handbook of Qualitative Research. Thousand
Oaks: Sage, 2005;
5. GIL, António Carlos, Como Elaborar Projectos de Pesquisa, 4ª Edição, São Paulo,
Editora Atlas, 2002;
6. GIL, António Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª edição, São Paulo:
Atlas, 1999;
7. INDE/MINED: Matemática, Programa da 12ª Classe. Edição: ©INDE/MINED -
Moçambique, 2010;
8. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Maria de Andrade, Metodologia Científica. 2ª
Edição, São Paulo, Editora Atlas, 2002;
9. MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica,
5ªedição, São Paulo, Atlas, 2010;
10. MORESI, E. Metodologia de Pesquisa. Programa de Pós-graduação stricto sensu em
gestão do conhecimento e da tecnologia da informação da Universidade Pedagógica.
Brasil, 2003;

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