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Inteligência Emocional: entenda o que é, a importância e

como desenvolver
A inteligência emocional é influenciada por uma combinação de traços de
personalidade. Níveis mais altos dela são associados com inúmeros
benefícios, inclusive relacionados à carreira. Por isso, sua medida, o
Quociente Emocional (QE), tem sido considerada como um bom radar
para contratações em processos de recrutamento.

O que é inteligência emocional

Inteligência emocional é o nome que se dá ao conjunto de competências


relacionadas a lidar com emoções. Mais especificamente, a como (e o
quanto) se percebe, processa, compreende e tem habilidade de gerenciá-
las. Dentre as competências que a IE compreende, estão, por exemplo, as
chamadas soft skills, especialmente conectadas com as características que
se “traz” às interações com os outros.

Definição segundo especialistas

Em sua definição, a dupla Salovey e Mayer explica que IE é “a capacidade


de perceber e exprimir a emoção assimilá-la ao pensamento,
compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos
outros”.

O que é inteligência emocional, segundo os dois psicólogos, está muito


ligado à quatro domínios básicos:

Percepção das emoções: a precisão com que uma pessoa identifica as


emoções.

Raciocínio por meio das emoções: empregar as informações emocionais


para facilitar o raciocínio.

Entendimento das emoções: captar variações emocionais nem sempre


evidentes e compreender a fundo as emoções (mais sofisticado do que o
“identificar” do primeiro domínio).

Gerenciamento das emoções: aptidão para lidar com os próprios


sentimentos.
# Autoconsciência

Capacidade de reconhecer as próprias emoções.

# Autorregulação

Capacidade de lidar com as próprias emoções.

# Automotivação

Capacidade de se motivar e de se manter motivado.

# Empatia

Capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros.

# Habilidades sociais

Conjunto de capacidades envolvidas na interação social.

Além disso, ele identifica 12 domínios como sendo os principais para


desenvolvê-la:

Autoconhecimento emocional

Autocontrole emocional

Adaptabilidade

Orientação para realização

Perspectiva positiva

Empatia

Consciência organizacional

Influência

Coach e mentoria

Administração de conflitos
Trabalho em equipe

Liderança inspiradora

Autoconhecimento e inteligência emocional: entenda a relação dos dois

Qual é a relação de autoconhecimento e inteligência emocional? Para


começar a entender, é importante saber que a inteligência emocional tem
quatro pilares:

Perceber emoções (suas e dos outros)

Raciocinar a partir do que dizem as emoções (também suas e dos outros)

Entender o que as emoções significam

E gerenciar elas É daí que vem o primeiro ponto da conexão.

Ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as próprias


emoções, entender o que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões com
outros traços da sua personalidade, e, então, lidar da melhor forma com
elas. Então, para começar a se conhecer melhor e desenvolver a
inteligência emocional, tente praticar uma auto-observação frequente em
relação às suas emoções. Aprenda a identificar em você as emoções
básicas e como elas se manifestam no dia a dia.

De outro lado, os principais aprendizados oriundos do esforço de se


autoconhecer só são devidamente absorvidos quando se aceita sentir e
falar sobre dor, vergonha, medo, etc., emoções negativas de forma geral.
Ou seja, quando se é vulnerável.

Leia também: Qual seu nível de inteligência emocional?

A vulnerabilidade é o próximo link do autoconhecimento com a


inteligência emocional. A vulnerabilidade, ou se colocar em posição de
exposição emocional, é grande responsável pelas conexões mais
profundas que fazemos.
Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem
erros, contam de momentos tristes e manifestam emoções. É bem mais
difícil se conectar com pessoas que não transparecem nenhuma emoção
ou fracasso; mostrar-se perfeito também é mostrar-se inatingível.

Por “se conectar”, você pode entender também “ter empatia”, –


capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros – um
dos principais componentes da inteligência emocional. É ela uma das
grandes responsáveis pela possibilidade de conexão significativa entre as
pessoas.

Em resumo, a inteligência emocional engloba empatia, que se manifesta a


partir da vulnerabilidade do outro. A vulnerabilidade, por sua vez,
depende de um processo de autoconhecimento.

Em resumo, a inteligência emocional engloba empatia, que se manifesta a


partir da vulnerabilidade do outro. A vulnerabilidade, por sua vez,
depende de um processo de autoconhecimento.

Soft skills, as habilidades sociais

Soft skills diz respeito às habilidades que lidam com a relação e interação
com outros. “Habilidades como resiliência, empatia, colaboração e
comunicação são todas competências baseadas na inteligência emocional
e que distinguem profissionais incríveis da média”, afirma Daniel
Goleman, psicólogo expert no assunto e autor do bestseller Inteligência
Emocional.

O especialista, por sua vez, define o termo como “traços e


comportamentos que caracterizam nossos relacionamentos com outros”.

Exemplos de soft skills em alta no mercado

Colaboração: saber trabalhar bem em grupo

Flexibilidade: saber se adaptar às mudanças

Trabalhar sob pressão: gerenciar estresse sem perder o foco


Comunicação eficaz: ouvir atentamente e se comunicar de maneira clara

Orientação para resultados: atingir o resultado final da maneira mais


eficaz possível

Liderança de equipe: saber como motivar e engajar grupos

Habilidades sociais indispensáveis para qualquer profissional

As habilidades sociais variam de ser capaz de sintonizar os sentimentos de


outra pessoa e entender como cada um pensa até a capacidade de
negociação. Todas podem ser aprendidas na vida, contanto que se
dedique tempo, esforço e seja perseverante durante o processo.

Por que elas interessam em todos os ambientes profissionais

O interesse pela inteligência emocional no local de trabalho vem do amplo


reconhecimento de que essas habilidades diferenciam profissionais e
líderes mais bem-sucedidos da média.

Isso é especialmente verdadeiro em funções em que todos têm que ter o


mesmo nível técnico: nesses contextos, como as pessoas gerenciam a si
mesmos e seus relacionamentos faz toda a diferença.

As 3 habilidades sociais mais valiosas no ambiente de trabalho

#1 Habilidade de comunicação

Habilidades de comunicação são vitais em qualquer ambiente de trabalho


Você precisa ser capaz de ouvir os outros e também transmitir seus
próprios pensamentos e, até mais importante, seus sentimentos. Da
forma certa e levando em conta com quem se está se comunicando.

Bons comunicadores:

Praticam a escuta ativa: ouvem com atenção, sem estar apenas


esperando sua deixa para “retrucar” e aguardam o outro falar sem
interromper. Basicamente, ouvem todo o conteúdo, processam e só então
respondem.

Certificam-se de que todos entendem o que é dito e buscam o


compartilhamento completo e aberto de informações.
Sabem receber notícias não tão boas.

Lidam com situações difíceis antes de elas piorarem.

Agem de acordo com as “dicas emocionais” que os outros dão ao


comunicar-se sobre seus sentimentos.

#2 Habilidade de cooperação

Esta habilidade social diz respeito a trabalhar bem com os outros, sendo
produtivo e fortalecendo relações. As pessoas que têm altos níveis dela
costumam ver a relação com a equipe como fator tão ou mais importante
do que a atividade ou a meta.

Eles colaboram ativamente, compartilhando planos e ideias e trabalhando


juntos para construir um todo melhor. Ao fazê-lo, promovem um clima
cooperativo no qual todos se sentem convidados a contribuir. Além disso,
também procuram ativamente oportunidades de trabalho colaborativo.

Com frequência, fazem com que a equipe tenha um desempenho melhor.


Aqui, não se trata só de liderança formal, mas de procurar cooperar
saudavelmente em qualquer função que se exerça.

#3 Habilidade de formar vínculos

É essencial para construir e manter relacionamentos com outras pessoas.

Desenvolver essa habilidade leva você a ter melhores relacionamentos. As


pessoas que são boas nisso são grandes networkers, construindo e
mantendo uma forte rede de contatos e conexões que lhe ajudam com
acesso, suporte, informações, etc.

Quem tem boa habilidade de formar vínculos também trabalha em


relacionamentos estabelecidos para mantê-los saudáveis.

Uma característica das pessoas que são boas nessa habilidade é que elas
têm muitos amigos entre seus colegas de trabalho. É muito sobre a
valorização dos outros: estar interessado e querer saber mais sobre eles
de verdade.
Essas três habilidades não só fazem de você um profissional mais eficiente
e te dão mais chance de ter alto desempenho e se destacar, como
beneficiam enormemente as organizações. Por isso, costumam ser
bastante procuradas em recrutamentos de todas as áreas.

Formas de desenvolver social skills?

Daniel Goleman apresenta algumas maneiras de desenvolver ou fortalecer


as soft skills necessárias atualmente:

#1 Aprenda a se autorregular

“Se você aprender a administrar suas emoções, vai se recuperar


rapidamente do estresse. Isso significa que quando você sentir uma
emoção forte surgir, pode se tornar consciente dela, nomeá-la e deixá-la
passar sem reagir instantaneamente.”

Para quem quer mergulhar mais profundamente no assunto, Goleman


indica praticar meditação diariamente e treinar seu cérebro para lidar com
as emoções.

#2 Aprenda a impor limites com gentileza

“Quando for interrompido, pratique se fazer esta pergunta: isso pode


esperar? Posso deixar de lado? Você descobrirá que a resposta é quase
sempre ‘sim’”, fala. Comunique sua decisão com boa vontade e de
maneira educada: líderes – e pessoas com boas soft skills – sabem se
comunicar gentilmente

#3 Crie uma cultura pessoal de feedback

A cultura de feedback é conhecida e fomentada no ambiente de trabalho,


mas, segundo o especialista, seus benefícios são tantos, que ela deve ser
cultivada também na vida pessoal.

Peça para amigos, colegas, professores, gestores e familiares – pessoas


que o conhecem profissional e pessoalmente – avaliarem suas habilidades
de soft skills e use as respostas para melhorar.
EXTRA: Desenvolva Soft Skills com a Escola de Liderança

As competências de Soft Skills, embora consideradas tão ou até mais


importantes do que as Hard Skills, são subdesenvolvidas na grande
maioria dos profissionais em posições de liderança. É por isso que a Escola
de Liderança traz cursos e conteúdos como Inteligência Emocional e
Autoconhecimento para ajudar você a se destacar no mercado de
trabalho. E o melhor: Tudo incluso em uma só assinatura.

Sentimentos e emoções

A Inteligência Emocional é relacionada à nossa habilidade de identificar os


sinais internos do que estamos sentindo, e também a entender como eles
se relacionam com todos os sinais externos que recebemos do ambiente
ao nosso redor.

Agora, o campo da inteligência emocional diz muito respeito à


identificação e regulação de emoções. E, em outros lugares, vemos as
emoções sendo referenciadas também como sentimentos. Será que são a
mesma coisa?

Um spoiler: emoções e sentimentos não são a mesma coisa. Inclusive, ao


compreender a diferença entre os dois, o seu desenvolvimento em
direção a uma vida mais emocionalmente saudável pode melhorar.

O que é emoção?

Imagine a seguinte situação: você acabou de chegar no aeroporto, e seu


vôo já está na última chamada. Você sai em disparada pelo aeroporto,
tentando passar pela fila enorme de pessoas aguardando na checagem de
segurança… quando você avista o seu melhor amigo de infância, quem
você não encontrava há anos. Antes que você possa falar alguma coisa,
seus olhos lacrimejam de animação, e você esquece completamente da
pressa que você estava sentindo.

A sua emoção é a resposta do seu corpo perante um estímulo externo.


Essas reações no nosso estado bioquímico são ditadas pela amígdala, uma
pequenina parte da região subcortical do nosso cérebro. É ela a
responsável por ditar mudanças rápidas em nossos corpos a partir de uma
ameaça, uma recompensa ou, como na nossa história, de um reencontro.

As nossas emoções, assim, precedem os nossos sentimentos, são físicas e


bastante instintivas. Esse instinto vai além da espécie humana, e é o que
explica quando sorrimos, o nosso cachorro balança o seu rabo – ele
também tem essa reação emocional em seu corpo.

O que é sentimento?

Agora, sentimentos são as associações mentais que fazemos a partir de


uma emoção. Ou seja, um sentimento é influenciado pela experiência
pessoal de uma pessoa, assim como suas crenças, ou memórias. Na
história do aeroporto, você lacrimejou e sorriu de animação por ter
compartilhado memórias e momentos felizes com o seu melhor amigo de
infância. Agora, o sentimento poderia ser outro, caso essas memórias
fossem infelizes, ou se você soubesse que esse seu amigo destratou um
conhecido em comum em algum momento.

Nossos sentimentos são, assim, desencadeados por emoções, e coloridos


por nossos pensamentos, memórias e imagens que estão
inconscientemente atreladas àquela emoção em particular para você. Ou
seja, enquanto seres humanos, nós possuímos um repertório emocional
básico em comum, mas os sentimentos variam a cada indivíduo de acordo
com as suas experiências e situações vividas.

Agora, importante também é saber que sentimentos podem desencadear


emoções – o que forma um ciclo interminável de estímulos e emoções. É
por isso que, por meramente pensarmos em cobras ou algum outro
animal amedrontador, sentimos medo e temos um calafrio.

Quais são as emoções básicas?

Para decodificar as expressões características das emoções, um dos


psicólogos mais reconhecidos no campo, Paul Ekman, viajou o mundo
inteiro em busca do que fosse universal compartilhado por todos e
independente da cultura.

Disso, conseguiu mapear cinco emoções básicas universais:


# Raiva

# Tristeza

# Desgosto

# Medo

# Alegria

Elas são as mesmas que figuram como personagens no filme


“Divertidamente”, no qual Ekman atuou como consultor especialista
durante a produção. Embora as cinco emoções mapeadas acima sejam
encontradas em todos, seus gatilhos variam de pessoa a pessoa. Além
disso, cada uma delas tem um propósito: as emoções não seguem a regra
dicotômica bom/ruim – e não devem ser evitadas, mas sim
compreendidas em suas particularidades.

Você consegue aprender mais sobre como decodificar emoções a partir de


um projeto criado por Ekman em parceria com o líder espiritual e chefe de
estado do Tibete Dalai Lama, o Atlas das Emoções.

A parte do cérebro que processa emoções (e onde nascem os


sentimentos)

Não é mito que uma parte do cérebro processa as emoções – ela é


conhecida como cérebro emocional. Enquanto o cérebro racional cuida do
senso crítico e da capacidade de análise, o emocional promove as reações
que dão origem aos sentimentos. O cérebro emocional fica no sistema
límbico, nome que se dá à parte frontal responsável por emoções,
memória e aprendizagem. A parte que analisa riscos e vivências que
posteriormente serão “resultarão” em sentimentos, é conhecida como
Amígdala.

Autoconsciência

A autoconsciência emocional é um dos principais fundamentos da


inteligência emocional – ao mesmo tempo em que é sua base, também é
um primeiro passo essencial. Ela diz respeito à capacidade de entender
suas próprias emoções e seus efeitos.
Basicamente, significa saber o que está sentindo e por que – e como isso
te ajuda ou prejudica no momento -, ter noção dos próprios pontos fortes
e fracos e até clareza sobre valores e propósito. Então, uma pessoa que
possui essa habilidade bem desenvolvida tem conhecimento sobre o que
sente e de que forma essas emoções afetam positiva ou negativamente o
seu desempenho no contexto profissional e pessoal.

Claro que as pessoas têm diferentes níveis dessa capacidade de


compreensão, mas é completamente possível (e vantajoso) desenvolver o
seu.

“A autoconsciência emocional não é algo que você alcança uma vez e


depois acaba. Em vez disso, todo momento é uma oportunidade para ser
autoconsciente ou não. É um esforço contínuo, uma escolha consciente de
ser autoconsciente. A boa notícia é que, quanto mais você pratica, mais
fácil se torna”, diz Goleman.

Apesar de ter o foco mais interno, também abrange a chamada


autoconsciência emocional “pública”, que é a percepção sobre como as
emoções afetam os outros.

Segundo a psicóloga Shirley Canabrava, que conversou com o Na Prática


sobre o tema, “olhar para fora” é essencial no aprendizado focado em
identificar emoções. Observar o comportamento de outras pessoas
aumenta o nosso referencial e ajuda, inclusive, a entender o jeito mais
adequado de abordar cada pessoa e assim ter um retorno mais positivo
para ambos os lados. Além de melhorar a capacidade de empatia.

Como desenvolver autoconsciência emocional

Shirley dá algumas dicas práticas para quem quer desenvolver a


capacidade de autoconsciência emocional.

Busque informações sobre o assunto – sites, canais no Youtube, páginas


em redes sociais, livros, cursos, podcasts, etc;

Encontre amigos ou se reúna com pessoas que estejam dispostas a


conversar abertamente sobre esses temas;
Identifique possíveis padrões nos seus comportamentos – começando por
observar seu humor ao longo do dia, do mês, no trabalho e em casa, ao
encontrar determinadas pessoas, etc;

Responda a pergunta “o que estava passando pela minha cabeça no


momento?” em situações que você perceber mudanças no seu humor –
responda da maneira mais genuína e sincera (e quanto mais próximo da
situação, mais você ajuda a sua memória a recuperar os pensamentos e
sentimentos corretos);

Pratique atividades que te ensinem e ajudem a se concentrar no presente


e em você, como a meditação. Anote os aprendizados, descobertas e
respostas que for tendo sobre você mesmo(a) para tentar driblar a
preguiça e o esquecimento.

“Reflita se você quer mesmo iniciar esse processo, aumentar seu nível de
consciência pessoal não é garantia de que você descobrirá apenas
características das quais se orgulhe, mas isso também pode abrir um leque
de oportunidades incríveis de melhoria”, destaca a especialista.

“São exatamente as pessoas que conhecem suas particularidades as mais


capazes de compreender como podem mudar a sua forma de agir e
utilizar essas características a seu favor para alcançar objetivos e obter
melhores resultados.”

Autocontrole emocional

Autocontrole emocional é a habilidade de gerenciar emoções negativas ou


desestabilizastes, inclusive em situações estressantes, enquanto se
mantém operante e eficiente. A ideia aqui é, de fato, gerenciar, o que é
completamente diferente de suprimir. A supressão não é sustentável visto
que as emoções negativas são parte da vivência humana, e pode ter
efeitos contrários.

Quanto mais se tem essa habilidade desenvolvida, mais a pessoa


consegue exercer o autocontrole em contextos diferentes: uma coisa é ter
uma conversa sincera com um amigo e outra é sentir frustração e raiva no
ambiente de trabalho, por exemplo.
Como controlar a ansiedade no ambiente de trabalho?

O desenvolvimento dos transtornos de ansiedade tem sido fortemente


relacionado ao ambiente de trabalho, diz a psicóloga especializada
Mariângela Guerra. Muitos profissionais não conseguem gerenciar de
forma saudável o grande volume tarefas ou metas agressivas, gerando um
estresse mental que é um grande gatilho para que a ansiedade seja
potencializada.

De modo geral, a ansiedade é uma reação biológica e fisiológica à


percepção de ameaças à sua segurança ou perigo. Embora ela seja
inevitável, em certos níveis pode prejudicar gravemente a saúde mental e
a qualidade de vida.

No ambiente de trabalho, os sintomas podem ser percebidos em


dificuldade de se concentrar, relacionamento com colegas e clientes,
perda de prazos, problemas de insegurança e desistência de tarefas por
medo de falhar, dentre outros. Confira algumas dicas da especialista para
não deixar o distúrbio afetar seu desempenho no ambiente profissional.

#1 Seja flexível

Digamos que você sempre sonhou em ser um astronauta, mas percebeu


que as tensões e a claustrofobia do trabalho estão lhe causando ataques
de pânico. Só porque você sempre pensou que seria um astronauta, ou já
passou por treinamento, não significa que você tenha que seguir esse
caminho.

Esteja aberto a trabalhos semelhantes que podem não ser exatamente o


que você imaginava e que não possuem as mesmas situações de estresse.
A NASA também precisa de profissionais na área de recursos humanos,
marketing, planejamento e muitos outros. Não fique preso a uma ideia
específica do que você deveria fazer.

#2 Seja realista sobre suas limitações


Se você tem ansiedade social, um trabalho que exige muita interação
direta com o público pode te deixar totalmente estressado. Saber de
antemão o que é um gatilho para a sua ansiedade pode ajudá-lo a
descobrir potenciais zonas de perigo e a fazer as escolhas certas.

Para solucionar essa questão é possível utilizar a alocação de forma


estratégica. Converse com seu líder sobre a possibilidade.

#3 Meditação e exercício físico

A preocupação é geralmente focada no futuro, e a meditação ajuda a


trazer sua mente para o momento presente. A prática consiste em
observar os pensamentos e deixá-los ir embora. Essa técnica pode ajudar
você a identificar suas preocupações e a entrar em contato com suas
emoções.

Fazer alguma atividade regularmente estimula o organismo a produzir


endorfina, que causa sensação de bem-estar. Isso ajuda a aliviar os níveis
de ansiedade e pode, também, ser um hobby para equilibrar seu
cronograma.

Mas, afinal, o que é a motivação?

Motivação é a condição de influenciar a direção de um comportamento.


Seu significado pode ser comparado aos das palavras: engajar, impulsionar
e estimular.

O conceito pode ser aplicado em relação aos outros – como a capacidade


que um líder tem de motivar -, mas seu outro lado é foco em um dos
principais pilares da inteligência emocional: o da capacidade que alguém
tem de se motivar – a chamada automotivação.

Como se automotivar?

Diante das mesmas expectativas, é fato que cada um responde de forma


diferente. Por exemplo, uma situação em que se espera que os
profissionais cumpram uma meta em um prazo estipulado. Alguns vão
questionar o propósito, outros vão seguir o que foi proposto e outros
simplesmente não vão agir. Mas por que essa diferença (essencialmente
na característica da motivação pessoal) acontece?
A escritora Gretchen Rubin acredita ter encontrado a resposta. Durante a
fase de pesquisas para seu livro “Better than Before: Mastering the Habits
of Our Everyday Lives”, ela observou uma relação entre a personalidade e
hábitos que as pessoas mantém. Partindo do pressuposto de que lidamos
com dois tipos de expectativas: externas, como um prazo para entrega de
resultados, e internas, como “parar de comer doces” – ela fez a pergunta:
Como você responde a uma expectativa?

A fórmula que a autora propõe é simples: entenda em qual deles você se


encaixa, descubra o que te motiva e saiba como se automotivar para fazer
o que precisa e até criar hábitos. Compreender como as quatro
personalidades funciona também ajuda a motivar os outros quando em
uma posição de liderança.

Ao mesmo tempo, são muito motivados por desafios; na verdade, pela


vontade de mostrar que são capazes. “Diga a um rebelde: ‘Não acho que
você possa preparar o rascunho do relatório até sexta-feira’ e ele vai
entregar na quinta-feira para provar que você está errado”, ilustra a
escritora.

Utilizando a teoria das personalidades para se motivar

Tentar equilibrar seus estímulos, de acordo com seu estilo de


personalidade, pode ser uma receita boa para se motivar. Outra é utilizar
exatamente o que te motiva – estímulo externo, prazo, liberdade, etc. –
para conseguir alcançar suas metas. Um Obrigado pode procurar
alternativas para ampliar a responsabilidade interna – que não tem tanto
efeito para ele – em relação à externa, por exemplo.

Encontrando motivação no trabalho

Ninguém está 100% motivado, 100% do tempo. Seres humanos são


influenciados por uma miríade de fatores e é natural que, de vez em
quando, você sinta que precisa encontrar motivação novamente. O
alicerce de todas as ações que podem te ajudar a encontrar (ou
reencontrar) essa motivação é o autoconhecimento, que proporciona uma
compreensão mais profunda sobre você mesmo e de onde vem os seus
impulsos, estímulos e vontades.
Existem diversas formas de promover o autoconhecimento, desde sessões
de psicoterapia a cursos, seminários, retiros e workshops. A Fundação
Estudar, por meio do Estudar Na Prática, oferece desde 2016 um curso
online de Autoconhecimento para quem quer se iniciar no tema.

Quando você começa a entender esse processo, é possível ressignificar


suas experiências e se motivar – e a boa notícia é que não é preciso
esperar a conclusão do curso para começar a botar algumas mudanças em
prática. A seguir, listamos insights simples de especialistas em
comportamento que podem te ajudar desde já:

#1 Conquiste pequenas vitórias

Teresa Amabile, professora da Harvard Business School e autora de O


princípio do progresso: Como usar pequenas vitórias para estimular
satisfação, empenho e criatividade no trabalho, diz que progresso é o
maior motor da motivação.

“De todos os eventos positivos que influenciam a vida de trabalho interna,


o mais poderoso é progredir num trabalho significativo. De todos os
eventos negativos, o mais poderoso é o oposto do progresso: obstáculos”,
escreveu ela.

Facilitar esse progresso é, portanto, o melhor jeito de se motivar. E


quando ele acontece em pequenos passos consistentemente, surge uma
sensação de movimento contínuo que pode fazer toda a diferença entre
um dia ótimo e um dia terrível. “Pequenas vitórias tem um efeito positivo
forte surpreendente”, continuou ela.

#2 Enfatize seu progresso

Para extrair o máximo de motivação possível do progresso, enfatize-o para


si mesmo. Reflita sobre quão longe você chegou e o bom trabalho que fez.
(Você pode fazer isso por colegas desmotivados também!)

Pensando no que já conquistou em retrospecto, fica mais fácil encarar


novas tarefas e acreditar que você é capaz de fazê-las.
#3 Recompense-se

Quando fizer algo da sua lista, recompense-se de alguma maneira – isso é


um motivador muito forte. Dê uma volta, passe cinco minutos no sol,
coma algo gostoso, veja suas mensagens no celular, ouça uma música… O
que quiser dentro dos limites do bom senso, especialmente se você for
voltar a trabalhar logo!

Caso apenas pequenas recompensas não bastem, você pode testar algo
mais radical, como dar R$ 100 para um amigo e dizer que, se até o fim do
dia sua tarefa não estiver pronta, você não recebe o dinheiro de volta.
Ficou sério de repente, certo?

#1 Mantenha relacionamentos assertivos com os colegas

Se você é capaz de conversar com os pares, entender a realidades de


situações e fatos relacionados a elas provavelmente não irá recorrer a
comportamentos precipitados que podem ser sabotadores. Os
especialistas afirmam que, além da realidade, existe a interpretação
individual de cada um, por isso é essencial manter relações francas e
baseadas em fatos.

#2 Pratique o autoconhecimento

Para sair do ciclo de autossabotagem, o primeiro passo é tomar


consciência dessa ação ou omissão. Se conhecer melhor é uma ação que
depende de você e potencializa o processo de mudança. Com o
autoconhecimento, desligar o piloto automático e questionar padrões,
habilidades, crenças e valores.

#3 Peça feedback

Pessoas do seu convívio pessoal podem ter uma percepção melhor da


sabotagem de colegas e isso pode ser transmitido com feedbacks efetivos.

feedback, da valorização de competências socioemocionais (como a


inteligência emocional), ajudar a inserir palavras e hábitos positivos, da
motivação e acompanhamento das equipes.
Facilitar esse progresso é, portanto, o melhor jeito de se motivar. E
quando ele acontece em pequenos passos consistentemente, surge uma
sensação de movimento contínuo que pode fazer toda a diferença entre
um dia ótimo e um dia terrível. “Pequenas vitórias tem um efeito positivo
forte surpreendente”, continuou ela.

#2 Enfatize seu progresso

Para extrair o máximo de motivação possível do progresso, enfatize-o para


si mesmo. Reflita sobre quão longe você chegou e o bom trabalho que fez.
(Você pode fazer isso por colegas desmotivados também!) Pensando no
que já conquistou em retrospecto, fica mais fácil encarar novas tarefas e
acreditar que você é capaz de fazê-las.

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