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viver melhor
Sutras são pequenos fragmentos de sabedoria ensinados por Buda ou um de seus
discípulos. São frases que nos ajudarão a despertar da letargia.
Você já ouviu falar dos sutras? Houve um tempo, já muito distante, em que
deixamos de olhar para cima com espanto e admiração e começamos a procurar
outras coisas. Isso aconteceu quando começamos a subestimar, negligenciar e esquecer
o espírito, deixando outras coisas tomarem seu lugar.
A palavra Buda vem de budh, que significa “acordar”, por isso Buda significa o
“Desperto”. Um Buda é alguém que despertou totalmente, como se saísse do sono mais
profundo, e descobriu que não sofre mais, que o sofrimento tem sido apenas um sonho
ruim. Todos nós podemos sair desse pesadelo, tentando “não fazer nada além do bem,
evitar qualquer dano aos outros e purificar o coração”.
Assim, para permitir uma abordagem inicial deste assunto, trazemos 9 dos muitos
sutras ou ensinamentos budistas que nos convidam a refletir sobre a nossa vida. Os
sutras não são frases de efeito, mas sim ensinamentos que juntos constituem toda a
doutrina budista, e que podemos adaptar ao nosso comportamento diário.
“O tolo dorme como se já estivesse morto, mas o mestre está desperto e vive para
sempre. Ele observa. Tem clareza.”
Tudo está em nosso coração, mas precisamos aprender a observar. Ao fazermos isso,
nossa mente clareia e nos tornamos mais delicados e focados. Seja sábio e observe;
não fale, apenas observe e aprenda.
Uma mente silenciosa é uma mente calma e serena. Para isso, a meditação é uma das
principais técnicas. Mesmo assim, a mente nos ajudará a erradicar todo o
condicionamento externo que produz sofrimento e liberará a felicidade genuína.
A luz dissipa as trevas e as trevas são o ódio. Como alcançar a luz? Meditando sobre
o amor e a compaixão. Abandone os resultados que geram ódio e sentimentos negativos.
O silêncio vence, então a luz entrará e o ódio não terá lugar dentro de você.
Não entre em considerações sobre o que é bom e o que é ruim, porque ao analisar
você se sentirá dividido. Escolha uma atitude de atenção consciente, apenas olhe para as
duas opções, mas não escolha.
Lama Rinchen Gyaltsen, um professor budista, nos ensina que os seres humanos
tendem a classificar o exterior em três categorias: “gosto” (apego), “me é indiferente”
(ignorância) e “não gosto” (ódio). Quando caímos nesses “três venenos”, tendemos a
prejulgar tudo ao nosso redor. Portanto, se não nos apegarmos a um julgamento externo,
seremos mais livres e muito mais felizes.
Você subiria o Everest de helicóptero? Pode ser mais fácil, mas não será mais
agradável. Este é um dos sutras que nos lembra que o que é verdadeiramente
enriquecedor é aquilo em que colocamos os nossos corações e esforços. A vida deve
ser vivida, não olhada. Isso só é feito se você vive sua própria vida e não a dos outros.
Sutra 6: Superação
Aprender com o negativo é uma premissa budista. Tudo o que nos acontece, por
mais negativo que seja, deve nos dar energia para continuar. Cada vez que acontece algo
que classificamos como negativo, devemos tentar analisar o fato e aprender. Desta
forma iremos evoluir e nos superar.
“Tudo surge e desaparece. Mas quem acorda, faz isso para sempre”.
Você tem duas maneiras de viver: caindo ou crescendo. Cair é fácil porque a
gravidade, a sociedade e a multidão te ajudam. Para cair, basta se deixar levar e ser
obediente.
Mas crescer é difícil. Para crescer você tem que desobedecer, superar o ego, derrotar
a si mesmo e evoluir. Todos nós somos capazes de alcançar a consciência, mas poucos a
procuram e encontram. Se você pegar a estrada, se conhecer e viver sua própria vida,
viverá para sempre.
Sutra 8: Palavras
No budismo, é defendido que só devemos falar quando temos algo interessante para
dizer, algo enriquecedor. Se não, é melhor se calar.
Sutra 9: Pensamentos
Os pensamentos estão na sua mente, eles são o caos e é importante desamarrá-los. Eles
vêm e vão sem nenhum significado. Você inventa coisas ou as interpreta, e seus
pensamentos voam por si mesmos. Seus pensamentos são os seus algozes, pense
apenas quando quiser. Aprenda a conectar e desconectar.
Muitos destes contos refletem a psicologia da época, suas crenças, mitos… todos eles
por vezes enraizados em testemunhos que, inevitavelmente, estavam saturados de um
certo “realismo mágico”. Um dos mais antigos e talvez mais impressionantes é
encontrado na história da “Chapeuzinho Vermelho”.
De acordo com os especialistas essa história é uma das que mais se transformou em
relação ao conto original; essas mudanças foram feitas com o intuito de “adoçar”
algumas imagens para que o público infantil as absorvesse com facilidade.
Mas o fato é que a cada mudança a intenção original ia se perdendo, porque cada conto
continha uma doutrina, um ensinamento que todos nós tínhamos que seguir. E o que a
Chapeuzinho Vermelho ensinava vale a pena levar em consideração…
Essa história teve origem no norte dos Alpes e também apresentava algumas imagens
grosseiras demais, que foram alteradas devido à necessidade de fazer o enredo chegar de
forma segura às crianças. Foi a primeira vez que a história desta jovem de capuz
vermelho chegou à Europa.
Em 1812 os Irmãos Grimm também decidiram incluí-la em suas coleções. Para isso
eles se basearam na obra do alemão Ludwig Tieck intitulada “Vida e morte da pequena
Chapeuzinho Vermelho” (Leben und Tod des kleinen Rotkäppchen), nela estava
incluído o personagem do caçador – ao contrário do conto de Perrault.
A história da Chapeuzinho Vermelho não chegou até nós na sua forma original, pois
muitos elementos foram suprimidos por serem inadequados para o público infantil.
Esta jovem recebe uma ordem de sua família: ela deve atravessar uma floresta para
levar pão e leite para sua avó. Como você pode ver, até agora as variações em relação à
história original não são muitas, mas devemos interpretar cada gesto e cada imagem.
A floresta é o perigo, uma zona de risco para os jovens e que funciona como uma
provação, como o rito de passagem de uma comunidade para demonstrar que seus
filhos já passaram para o mundo dos adultos.
A avó manda a jovem guardar o leite e o pão e comer a carne que está na cozinha
preparada para ela. Chapeuzinho Vermelho concorda e a devora faminta, ficando
saciada para em seguida obedecer à ordem seguinte da velhinha: ela deve tirar a roupa
peça por peça e queimá-la no fogo, para logo se deitar ao lado dela na cama.
A jovem, solícita, concorda sem hesitar, sem pensar na estranheza da situação. Mas
justo no momento em que ela está prestes a se deitar, descobre que é o lobo quem a
recebe a gargalhadas, dizendo que a carne que ela comeu é da avó. Ele cometeu um
grande pecado, o canibalismo. Em seguida o lobo devora a jovem Chapeuzinho
Vermelho.
No entanto, este autor decidiu remover os elementos mais cruéis das versões originais
(como o canibalismo), com o objetivo de dar uma lição de moral às jovens. Nesse
caso, Perrault quis punir Chapeuzinho Vermelho por falar com estranhos, sendo o Lobo
da floresta a representação deles.
Em quase todas as suas histórias ele deixa uma moral muito explícita e, para a de
Chapeuzinho Vermelho, escreveu o seguinte:
“Vemos aqui que as adolescentes e jovenzinhas mais elegantes, bem feitas e bonitas
erram em ouvir certas pessoas, e que não devemos nos surpreender com o fato de que
tantas são devoradas pelo lobo. Eu digo o lobo, porque estes animais não são todos
iguais: existem aqueles com um excelente carácter e humor afável, doce e complacente,
que sem barulho, sem fel ou irritação perseguem as donzelas, vindo atrás delas para a
casa e até o quarto. Quem discorda que lobos tão melosos são os mais perigosos?”
Com essa passagem, fica evidente a lição moral que ele queria deixar para as jovens que
se relacionam com estranhos, enfatizando o caráter sexual desses encontros. É
pertinente mencionar que Perrault é também autor de outras histórias famosas como “O
pequeno polegar”, “Cinderela” ou “A bela adormecida”.
https://amenteemaravilhosa.com.br/a-verdadeira-historia-da-chapeuzinho-vermelho/
“Homens e mulheres devem se sentir livres para serem fortes. É hora de vermos os
gêneros como um todo, não como um conjunto de polares opostos. Devemos parar de
desafiar uns aos outros”
Devemos ter em mente que cada casal é diferente, cada casa tem sua própria
dinâmica e são seus próprios membros que estabelecem a distribuição e
responsabilidades com base na disponibilidade. Fatores como o trabalho, sem dúvida,
determinam esses acordos, que devem ser administrados de forma equânime,
colaborativa e respeitosa.
De fato, a agência Reuters publicou um estudo interessante há alguns anos que dizia:
para as mulheres, ter um parceiro significa que as elas trabalham 7 horas a mais
por semana. Com essa frase, registrou-se que a desigualdade nas tarefas domésticas
ainda é evidente. No entanto, está longe dos dados obtidos a partir de 1976, onde a
diferença era de 26 horas semanais.
Enquanto algumas décadas atrás as mulheres assumiam plenamente seu papel de donas
de casa, hoje sua figura cruzou a linha da esfera privada para aquelas esferas
públicas antes habitadas exclusivamente por homens. No entanto, compartilhar os
mesmos espaços nem sempre implica igualdade de oportunidades ou igualdade de
direitos.
Embora seja verdade que em termos de tarefas domésticas o papel dos homens
em muitos casos seja pleno e igualitário, o mesmo não acontece quando se trata
de cuidar de pessoas dependentes. Hoje, cuidar de idosos ou crianças com
deficiência recai quase exclusivamente sobre as mulheres.
Trabalho doméstico e acordos diários
As tarefas domésticas não são herança de ninguém, na verdade são totalmente
intercambiáveis. Nem passar roupa é trabalho da mãe nem consertar a pia é trabalho do
pai. A manutenção de uma casa, seja na parte econômica ou na parte doméstica de
cuidado e manutenção, é assunto para quem mora sob aquele teto, independentemente
do sexo.
O curioso de tudo isso é que neste momento ainda estamos ouvindo a popular frase
“meu marido me ajuda em casa” ou “eu ajudo minha namorada a lavar a louça”.
Talvez, como dizemos, seja simples inércia e esse esquema patriarcal inflexível
integrado em nossas mentes onde toda tarefa tem um gênero em rosa e azul não exista
realmente.
Se meu parceiro trabalha o dia todo e eu estou desempregado ou optei livremente por
ficar em casa para criar meus filhos, não posso exigir que ele ou ela cozinhe meu jantar
e lave as roupas. Da mesma forma, cuidar de uma criança não é apenas uma tarefa de
uma pessoa. A mãe não deve ser obrigada a ser uma “supermãe”. Um filho é
responsabilidade de quem escolheu tê-lo e, mais ainda, devemos servir de modelo,
mostrando-lhe, por exemplo, que a cozinha não é feudo de ninguém.
Assim, arrumar a cama, cuidar do nosso cachorro e cuidar de uma casa, não é
ajudar a mamãe ou o papai, é responsabilidade de todos.
Algumas ideias
Cada casa é diferente. Um casal sem bebês terá menos tarefas domésticas do que um
com bebês. Um casal que não trabalha terá mais tempo do que outro que o faça. Assim,
em cada casa a distribuição do tempo deve ser aplicada de acordo com o que for
conveniente para ambos.
Em primeiro lugar, seria bom fazer uma lista das coisas que gostamos de fazer e
outra das que não gostamos. Se um dos dois gosta de cozinhar e o outro prefere
limpar, não há mais discussão. Muitos casais dividem as tarefas domésticas de acordo
com seus gostos, “eu faço isso e você faz aquilo” e ambos ficam muito felizes. O ruim é
quando um dos dois (ou ambos) não gostam de fazer nada ou não querem fazer nada.
Nesse caso será necessário encontrar a energia e organizar uma agenda semanal de
tarefas em que as tarefas sejam trocadas.
Nenhuma das tarefas domésticas corresponde por natureza a nenhum dos dois
sexos, nesse sentido, a discussão está encerrada. Não devemos esquecer que às vezes
um dos dois trabalha e o outro fica em casa. Nesse caso, a distribuição não precisa ser
equitativa. Se o que trabalha estiver fora por 8 horas, o outro terá mais tempo para fazer
mais algumas coisas.
O importante na distribuição de tarefas, por um lado, é saber que ambos os sexos são
perfeitamente capazes de realizar qualquer tarefa. E, por outro, que seja feito com bom
senso, dependendo do tempo e disponibilidade de cada um.
https://amenteemaravilhosa.com.br/meu-parceiro-nao-me-ajuda-em-casa-ambos-
colaboramos/
Algumas décadas atrás, descobriu-se que, quando as mulheres dão à luz, elas secretam
grandes quantidades de ocitocina. Esse hormônio atenua a dor do parto e, em vez
disso, facilita o aparecimento de um intenso sentimento de afeto pelo recém-
nascido. Traduz-se em desejos de abraçar, beijar, acariciar.
O melhor veio depois. Com diferentes experimentos que foram realizados ao redor do
mundo, descobriu-se que havia muito mais situações que ativavam a produção desse
hormônio. Descobriu-se, por exemplo, que um abraço de 5 segundos a estimula;
mas um de 20 segundos o ativa e equivale a um mês de terapia. Maravilhoso né?
Mas as coisas não param por aí. Beijos que são percebidos como uma manifestação de
amor também liberam ocitocina.
-Gioconda Belli-
https://amenteemaravilhosa.com.br/voce-sabe-como-funciona-o-hormonio-do-abraco/
Com a genialidade que o caracterizava, Jorge Luis Borges dizia que os políticos não
deveriam ser personagens públicos. Essa frase guarda uma realidade que muitos
questionam.
Hoje em dia, o tabuleiro de xadrez que é a política mundial é palco dos mais
complexos movimentos. Estamos no auge de soberanias extremistas, movimentos de
independência, a dramática questão da imigração, muitos casos de corrupção, políticas
cada vez menos voltadas para o social…
Dessa forma, estudos como o publicado na Cambridge University Press descrevem essa
situação como uma espiral de desconfiança.
Televisão, rádio, redes sociais, jornais… Nada escapa e tudo isso nos leva a atingir
dois estados diferentes: indignação ou apatia.
“Um bom político é aquele que, após ter sido eleito, segue sendo acessível”.
-Winston Churchill-
Não sabemos se, em breve, esta condição aparecerá descrita no próximo DSM – o
Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, mas o que já temos claro é
que essa realidade já é fonte de análise para psicólogos sociais e aqueles que estudam a
política.
No entanto, não estaremos errados ao assinalar que alguns pilares são quase constantes
na condição e que são muito comuns ao nosso dia a dia atualmente:
Sensação de que a classe política se preocupa cada vez menos com os seus
eleitores e mais com os seus interesses pessoais.
Políticas que favorecem as classes mais ricas.
Falta de civilidade nos discursos políticos. Não há uma conexão real com as
pessoas.
Falta de entendimento entre a própria classe política para chegar a acordos,
para alcançar um entendimento que favoreça a população e o próprio planeta.
A incerteza política
Nos dias de hoje todos nós vamos deitar sem saber o que vai acontecer amanhã.
Acordamos cada dia com uma notícia diferente sobre corrupção, escutas e grampos,
ameaças, delações, e a nível mundial, ataques terroristas e imigrantes que perdem a
vida…
A esses fatos são adicionadas ainda outras questões que são fonte de preocupação para
cidadão com muita frequência. Elas têm relação com as políticas sociais, como é o caso
do aumento dos impostos ou das mudanças na previdência. A política hoje joga a
pessoa em um contexto de imprevisibilidade quase absoluta.
Da indignação ao desamparo
Esse fator é muito interessante de um ponto de vista psicológico. Com cada escândalo,
corrupção descoberta, decisão legislativa que traz danos à população, é comum que, em
um primeiro momento, todos nos sintamos indignados.
No entanto, pouco a pouco chega o dia no qual nada mais nos surpreende, nenhum
novo fato descoberto, nenhum novo escândalo ou dano aos cofres públicos.
Quase sem saber como, uma parte da população cai em desamparo. É o pensamento
de “não tem o que fazer, as coisas são assim”. Nossa reação atualmente diante de muitas
declarações é simplesmente rir e lembrar de todos os absurdos que já foram falados em
tom de piada.
No entanto, hoje contamos com um elemento a mais que até então não era tão presente,
e que torna o impacto mais forte. Por isso acabamos atingindo o extremo da síndrome
do estresse político.
Sentir-se infeliz com a atual situação política é algo justo, respeitável e compreensível.
No entanto, se cairmos no desamparo e na passividade, permitiremos que a
situação se torne crônica.
O problema aparece quando o político quer aproveitar o seu cargo para enganar a
sociedade que o colocou nesse lugar de privilégio. Por outro lado, o problema pode
desaparecer quando a sociedade aprender a agir para banir aqueles que a traíram.
https://amenteemaravilhosa.com.br/sindrome-do-estresse-politico/