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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO

PROFª HILGERLY GOMES


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Inteligência Emocional: o que é?


Porque precisamos dela?
A Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE) a define como a capacidade de
um indivíduo administrar as próprias emoções e usá-las para seu favor, a fim de
compreender as emoções das outras pessoas, de modo que possa construir relações
saudáveis e fazer escolhas conscientes.
Vale ressaltar, no entanto, que nem todas as nossas escolhas e decisões diárias são
conscientes e bem pensadas – muitas delas advém de “respostas automáticas”, ativadas
por gatilhos, que nos fazem agir meio que sem pensar.

Emoção: o que é?
As emoções são importantes não apenas no âmbito pessoal como também no interpessoal,
pois tratam dos nossos aprendizados e impulsos.

Em síntese, nosso cérebro produz certos programas neurais como forma de sobrevivência,
com a finalidade de gestão da vida e resolução de problemas de forma rápida (com gasto
mínimo de energia).

Mas não se pode afirmar que estamos plenamente conscientes de todas as respostas que
damos aos estímulos internos e externos que nos influenciam no dia a dia. E nossas
decisões não são, ao contrário do que muitos pensam, todas baseadas em processos
cognitivos conscientes.

Um exemplo disso é uma criança que coloca o dedo em uma panela quente: o cérebro
armazena aquela informação juntamente com a emoção da dor, o que no futuro fará a
criança lembrar da dor antes mesmo de tocar na panela quente.

Ou seja, as emoções são importantes pois moldam nossos impulsos, que são aquelas
atitudes que tomamos sem pensar, como instintos de sobrevivência. Apesar disto,
nossas emoções algumas vezes atrapalham nossos julgamentos e nos impedem deagir
racionalmente.
Sendo assim, é essencial estabelecer um processo de controle consciente sobre aquelas
atitudes e impulsos que são tomados de modo inconsciente no nosso dia a dia. Ou seja,
sobre as que não nos beneficiam ou que poderiam ser melhores, seja no trabalho ou em
qualquer outro lugar.
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Inteligência Emocional: As 05
Habilidades para o sucesso
Daniel Goleman publicou o livro “Inteligencia Emocional” em 1995 e nele é ensinado
como o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência
emocional de qualquer pessoa.
Goleman diz que não há loteria genética que defina vitoriosos e fracassados na vida.
Existem pontos que determinam o temperamento de cada pessoa e muitos dos circuitos
cerebrais da mente humana são maleáveis, podendo ser trabalhados e desenvolvidos.
Também é importante ressaltar que a Inteligência Emocional pode ser desenvolvida e
aprimorada por qualquer pessoa. Neste assunto, inclusive, é interessante abordarmos
a Neuroplasticidade. Trata-se da capacidade que nosso cérebro tem de se adaptar as
mudanças, haja vista que o cérebro é moldado com aquilo que se repete, tornando
possível o desenvolvimento de nossas habilidades e de novos hábitos.
Para Goleman, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso
dos indivíduos, mas, você sabe como pode desenvolver e utilizar essa ferramenta da
Inteligência emocional para obter mais sucesso?

A Inteligência Emocional permite controlar as suas emoções e usá-las para atingir seus
objetivos. Daniel Goleman descreve as 05 Habilidades necessárias para qualquer ser
humano, confira quais são elas:

Entenda do que se trata cada uma:

• Autoconsciência– é a capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos,


sua ausência nos deixa a mercê das emoções. Quando aprendemos a reconhece-las
podemos controlar melhor nossas vidas;
• Autogestão– é como lidar com sentimentos de estresse de uma maneira efetiva, para
que não atrapalhem no que você esta fazendo. E ao mesmo tempo observar o gatilho
e aprender com isso, ter consciência das emoções negativas que nos bloqueiam e
poder nos libertar delas através de um processo dirigido pela razão.
• Automotivação– é a capacidade de dirigir emoções a serviço de um objetivo ou
realização pessoal.
• Empatia– é a capacidade de reconhecer as emoções das outras pessoas, construção
de relacionamentos saudáveis e eficazes;
• Habilidade Social– ao se relacionar com as pessoas também é preciso ter
inteligência emocional para ser capaz de solucionar conflitos de maneira confiante,
construir relacionamentos produtivos e não se deixar levar pelas emoções em
momentos de decisão ou até feedbacks.
Portanto, focando no reconhecimento e na aplicação de cada uma dessas habilidades,
podemos sim desenvolver uma Inteligência emocional acima da média, e nos destacarmos
onde quer que seja.
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Inteligência Emocional no
trabalho, por que é importante?
Saber reconhecer em si mesmo suas emoções e entender de que forma elas se comportam,
tanto em nós, quanto nos outros, pode contribuir para que o profissional administre
melhor as adversidades da vida, sabendo lidar com imprevistos que acontecem no dia
a dia de uma empresa.
Em um estudo realizado em Harvard, constatou-se que somente 15% dos nossos
resultados estão ligados a nível de desenvolvimento técnico, enquanto os outros 85%
estão ligados a questões de habilidades e atitudes.
Neste contexto, cabe ressaltar novamente o conceito de Inteligência emocional: ela é a
capacidade de reconhecer em si mesmo e no outro as emoções, bem como a interação e o
impacto delas na vida de cada um, além de saber como redirecionar cada uma delas
para gerar melhores resultados para todos.
Não há nada que uma empresa queira mais do que um colaborador que não tem apenas o
conhecimento técnico, mas também um comportamento positivo, motivacional e que
perceba os outros, não apenas colegas de trabalho, mas também clientes e fornecedores.
Segundo a SBie, um profissional emocionalmente inteligente tem as seguintes
características:

• Reconhece seus sentimentos e emoções, respeitando seus limites;


• Respeita e compreende as emoções e os limites das pessoas, enxergando todos como
seres humanos;
• Tem uma visão positiva e otimista em relação ao que acontece;
• Cultiva a sua motivação interna, e não depende somente dos fatores externos para se
manter motivado;
• Sabe quando e como expressar ou brecar as próprias emoções, agindo sempre com
controle emocional;
• Sabe manter a calma em situações de pressão;
• Sabe ouvir feedbacks e usar as críticas de forma construtiva para melhorar seu
desempenho;
• Sabe identificar os conflitos e pontos fracos;
• Sabe reconhecer seu papel dentro da empresa e não depende do reconhecimento
externo;
• Não é extremamente competitivo, pois sabe reconhecer o papel e a importância de
cada um;
• Enxerga os problemas como desafios e sabe encontrar as oportunidades de soluções
por trás de cada um;
• Tem empatia, demonstra interesse pela opinião dos outros e leva em consideração os
sentimentos alheios.
A Inteligência Emocional é importante para o sucesso no trabalho e na vida, todavia não
é o único fator relevante. Essa noção na verdade é um pouco simplista e enganosa.

Goleman argumenta que, por si só, a inteligência emocional provavelmente não é um


forte indicador do desempenho no trabalho. Pelo contrário, ele fornece a base para as
competências que são.
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Goleman tentou representar essa ideia, fazendo uma distinção entre inteligência
emocional e competência emocional. Competência emocional refere-se às habilidades
pessoais e sociais que levam ao desempenho superior no mundo do trabalho. “As
competências emocionais estão ligadas e baseadas na inteligência emocional. Um certo
nível de inteligência emocional é necessário para aprender as competências emocionais.”
Por exemplo, a capacidade de reconhecer com precisão o que outra pessoa está sentindo
permite desenvolver uma competência específica, como a Influência.
Da mesma forma, as pessoas mais capazes de regular suas emoções terão mais
facilidade em desenvolver uma competência como Iniciativa ou Realização. Em
última análise, são essas competências sociais e emocionais que precisamos identificar e
medir se quisermos ser capazes de prever o desempenho.

Acesso: 22/02/2021 https://blog.cefis.com.br/inteligencia-emocional-o-que-e-


pilares/?gclid=EAIaIQobChMIiLfantH97gIVVQiRCh0Lzwa6EAAYAyAAEgJnFfD_BwE

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