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1.

IDENTIFICAÇÃO DOS ALUNOS


NOME:
TURMA
TURNO: Vespertino SER JOVEM DATA: 06/03/2024
:
CURSO: INTELIG|ÊNCIA EMOCIONAL DOCENTE.: Marlon Silva
UNIDADE
CURRICULAR:

SENAI DIAS DÁVILA PROJETO SER JOVEM

Inteligência Emocional: entenda o que é, a importância e como desenvolver

A inteligência emocional é influenciada por uma combinação de traços de personalidade.


Níveis mais altos dela são associados com inúmeros benefícios, inclusive relacionados
à carreira. Por isso, sua medida, o Quociente Emocional (QE), tem sido considerado como um
bom radar para contratações em processos de recrutamento.
Alguns especialistas até o colocam à frente do QI (Quociente de Inteligência) em questão da
eficiência para determinar um bom profissional. Atualmente um termo bastante utilizado,
“inteligência emocional” foi aplicado pela primeira vez em documentos científicos no ano de
1966, em artigo do psicólogo americano Hanskare Leuner.
Porém, sua concepção só foi aprofundada em 1989, primeiro pelo psiquiatra infantil Stanley
Greenspan e, posteriormente, em 1990, pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer.
O que é inteligência emocional
Inteligência emocional é o nome que se dá ao conjunto de competências relacionadas a lidar
com emoções. Mais especificamente, a como (e o quanto) se percebe, processa, compreende
e tem habilidade de gerenciá-las.
Dentre as competências que a IE compreende, estão, por exemplo, as chamadas soft skills,
especialmente conectadas com as características que se “traz” às interações com os outros.
Definição segundo especialistas
Em sua definição, a dupla Salovey e Mayer explica que IE é “a capacidade de perceber e
exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber
regulá-la em si próprio e nos outros”.
O que é inteligência emocional, segundo os dois psicólogos, está muito ligado à quatro
domínios básicos:
Percepção das emoções: a precisão com que uma pessoa identifica as emoções.

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Raciocínio por meio das emoções: empregar as informações emocionais para facilitar o
raciocínio.
Entendimento das emoções: captar variações emocionais nem sempre evidentes e
compreender a fundo as emoções (mais sofisticado do que o “identificar” do primeiro
domínio).
Gerenciamento das emoções: aptidão para lidar com os próprios sentimentos.
O papel de Daniel Goleman
Apesar de não ter introduzido o conceito de IE, Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da
Universidade de Harvard, é o grande responsável por popularizá-lo. Em 1995, quando atuava
como jornalista científico do New York Times, lançou o livro “Inteligência Emocional”, em que
traz à tona o embate entre o QE e o QI (Quociente de Inteligência).
Com mais de 5 milhões de cópias vendidas no mundo todo e tradução para 40 idiomas, o
best-seller impulsionou a atenção das pessoas pelo tema, tornando o conceito acessível a
vários segmentos da sociedade. A partir dele, a mídia e outras entidades acadêmicas
começaram a explorar ainda mais o assunto.
Goleman descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa de gerenciar
seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz.
Segundo o psicólogo, o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da
inteligência de um indivíduo. Seu modelo sobre a IE foca em uma série de competências e
habilidades que, de acordo com ele, propiciam melhores desempenhos profissionais –
inclusive, como líder.
Fundamentos do modelo de Goleman
O modelo de Goleman posiciona a IE como o conjunto de competências e habilidades
fundamentadas em cinco pilares:
# Autoconsciência
Capacidade de reconhecer as próprias emoções.
# Autorregulação
Capacidade de lidar com as próprias emoções.
# Automotivação
Capacidade de se motivar e de se manter motivado.
# Empatia
Capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros.
# Habilidades sociais
Conjunto de capacidades envolvidas na interação social.
Além disso, ele identifica 12 domínios como sendo os principais para desenvolvê-la:

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Autoconhecimento emocional
Autocontrole emocional
Adaptabilidade
Orientação para realização
Perspectiva positiva
Empatia
Consciência organizacional
Influência
Coach e mentoria
Administração de conflitos
Trabalho em equipe
Liderança inspiradora
Autoconhecimento e inteligência emocional: entenda a relação dos dois
Qual é a relação de autoconhecimento e inteligência emocional? Para começar a entender, é
importante saber que a inteligência emocional tem quatro pilares:
Perceber emoções (suas e dos outros)
Raciocinar a partir do que dizem as emoções (também suas e dos outros)
Entender o que as emoções significam
E gerenciar elas
É daí que vem o primeiro ponto da conexão.
Ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as próprias emoções, entender o
que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões com outros traços da sua personalidade, e,
então, lidar da melhor forma com elas.
Então, para começar a se conhecer melhor e desenvolver a inteligência emocional, tente
praticar uma auto-observação frequente em relação às suas emoções. Aprenda a identificar
em você as emoções básicas e como elas se manifestam no dia a dia.
De outro lado, os principais aprendizados oriundos do esforço de se autoconhecer só são
devidamente absorvidos quando se aceita sentir e falar sobre dor, vergonha, medo, etc.,
emoções negativas de forma geral. Ou seja, quando se é vulnerável.
A vulnerabilidade é o próximo link do autoconhecimento com a inteligência emocional. A
vulnerabilidade, ou se colocar em posição de exposição emocional, é grande responsável
pelas conexões mais profundas que fazemos.
Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem erros, contam de
momentos tristes e manifestam emoções. É bem mais difícil se conectar com pessoas que

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não transparecem nenhuma emoção ou fracasso; mostrar-se perfeito também é mostrar-se
inatingível.
Por “se conectar”, você pode entender também “ter empatia”, – capacidade de enxergar as
situações pela perspectiva dos outros – um dos principais componentes da inteligência
emocional. É ela uma das grandes responsáveis pela possibilidade de conexão significativa
entre as pessoas.
Em resumo, a inteligência emocional engloba empatia, que se manifesta a partir da
vulnerabilidade do outro. A vulnerabilidade, por sua vez, depende de um processo de
autoconhecimento.
Benefícios da IE, de acordo com a ciência
Há extensa pesquisa que fundamenta os benefícios de ter um nível alto de IE, inclusive
relacionando-a à traços de generosidade. Um estudo mostrou que as pessoas com maior
conhecimento sobre regulação emocional têm mais propensão a pensarem no “bem social”
quando em face de um dilema.
Além disso, a IE influencia o sentimento de bem-estar. Pesquisadores descobriram, por
exemplo, que existem relações inversas entre a capacidade de controle emocional e estresse
no ambiente de trabalho.
Ter habilidade de identificar e gerenciar as emoções próprias e dos outros são atributos
valiosos também para alcançar sucesso profissional, segundo pesquisadores de Harvard. O
estudo, de mais de 20 anos, ainda mostrou que esta habilidade caracteriza mais êxito na vida
social.
Empreendedores com bons níveis de IE também são mais resilientes quando enfrentam
obstáculos e lidam melhor com seus funcionários e clientes. E os profissionais são melhores
líderes. Uma análise que compreendeu diversos documentos científicos revelou que há uma
relação positiva clara entre a IE e a eficácia da liderança nas empresas.
Parte da “automotivação” (um dos pilares da IE, segundo Goleman), a capacidade de ter
perspectivas positivas – ou “otimismo” – está associada com maior habilidade de venda e
maior taxa de sucesso acadêmico.
Para os estudiosos, a diferença primordial entre os pessimistas e otimistas é que, quando
falham, os otimistas tendem a fazer atribuições causais externas, específicas e temporárias,
enquanto os outros fazem atribuições internas e permanentes. Ou seja, após contratempos,
possuem mais facilidade para se recompor e agir em prol de resultados.
Inteligência emocional tem tanto a ver com saber quando e como expressar emoções quanto
com o controle delas – e esta capacidade é valiosa. Pesquisadores da Universidade de
Yale descobriram que demonstrar emoções positivas pode beneficiar trabalhos em equipe. De

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acordo com eles, elas levaram à melhora na cooperação e na performance do grupo, além de
maior preocupação com o que é justo.
Teste de inteligência emocional
Com base nos fundamentos do modelo de Daniel Goleman – e com adaptações para contexto
profissionais brasileiros – o Na Prática elaborou um checklist gratuito que vai te ajudar a
descobrir o seu nível de inteligência emocional, além de como você pode desenvolvê-lo ainda
mais.
Dá para aumentar a inteligência emocional?
Embora existam aspectos permanentes que determinam o temperamento e a personalidade
– herança genética, por exemplo -, Goleman defende que muitos dos circuitos cerebrais da
mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados, impactando o nível de inteligência
emocional.
Revisar mentalmente as habilidades que ela envolve e perceber em quais precisa trabalhar é
o primeiro passo para aumentá-la. O psicólogo defende que o feedback externo também é um
ótimo medidor para se orientar e desenvolver a IE.
Como desenvolver a sua IE – 5 práticas
Em um artigo para o Harvard Business Review, o psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic,
professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University,
além de associado do Laboratório de Finanças Empresariais de Harvard, recomendou cinco
passos fundamentais para aumentar a inteligência emocional.
#1 Transformar o autoengano em autoconsciência
A personalidade, e consequentemente a IE, se molda, principalmente, com base na
identidade e na reputação, explica Tomas. Para muitas pessoas existe uma disparidade entre
os dois, o que pode fazer com que eles ignorem qualquer feedback negativo.
No entanto, a verdadeira autoconsciência consiste em conseguir ter uma visão realista dos
próprios pontos fortes e fracos. Isso não vai acontecer sem feedback preciso, diz o psicólogo.
Investir em avaliações baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas
de feedback é uma boa.
#2 Transformar o foco em si próprio em foco nos outros
Segundo Tomas, para quem tem níveis mais baixos de IE, é difícil visualizar as coisas pela
perspectiva dos outros. Especialmente quando não há escolha certa ou errada. Desenvolver
uma abordagem centrada nos outros começa com reconhecimento das forças, fraquezas
e valores de cada um.
Em um contexto de trabalho, conversas frequentes com os membros da equipe levarão a um
entendimento melhor de como motivar e influenciá-los.

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#3 Agir de forma que torne a convivência gratificante
A convivência com pessoas que têm mais altos níveis de IE tende a ser vista como mais
recompensadora. De acordo com o psicólogo, os mais “recompensadores” tendem a ser mais
cooperativos, amigáveis, confiantes e altruístas.
Tomas diz que é importante garantir, sempre, um nível apropriado de contato antes de pedir
ajuda ou passar uma tarefa a alguém. Além disso, procurar compartilhar conhecimento e
recursos sem expectativa de reciprocidade.

#4 Controlar “explosões”
No mundo dos negócios, não é bom mostrar frustração sempre que surge um problema
inesperado, explica o psicólogo. Então, se você é uma pessoa que tem o que ele chama de
“muita transparência emocional”, é melhor se moderar.
Para fazer isso, é preciso perceber que situações tendem a desencadear sentimentos
negativos. Detectando seus gatilhos, “você consegue evitar situações estressantes e inibir
suas reações”, diz ele.
Procure trabalhar táticas que o ajudem a se tornar consciente sobre suas emoções, em tempo
real. Não só sobre a forma que as sente, também em termos de como elas estão sendo vistas
pelos outros.
#5 Mostrar humildade
Em questão de carreira, a autoconfiança, em certo grau, é vista como um traço inspiracional.
Porém, o psicólogo afirma que os melhores líderes são os que parecem ser humildes. Estes
transmitem segurança para a equipe.
“Encontrar um equilíbrio saudável entre assertividade e modéstia, demonstrando
receptividade ao feedback e capacidade de admitir os erros, é uma das tarefas mais difíceis
de dominar.”
Tomas explica que, no contexto profissional, é importante esconder a arrogância – caso ela
exista – e mostrar humildade. Mesmo que ela tenha de ser fingida. Algumas atitudes a se
considerar: acabar com o orgulho, escolher bem as brigas e procurar oportunidades para
reconhecer os outros.
Soft skills, as habilidades sociais
Soft skills diz respeito às habilidades que lidam com a relação e interação com outros.
“Habilidades como resiliência, empatia, colaboração e comunicação são todas competências
baseadas na inteligência emocional e que distinguem profissionais incríveis da média”, afirma
Daniel Goleman, psicólogo expert no assunto e autor do bestseller Inteligência Emocional.

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O especialista, por sua vez, define o termo como “traços e comportamentos que caracterizam
nossos relacionamentos com outros”.
Exemplos de soft skills em alta no mercado
Colaboração: saber trabalhar bem em grupo
Flexibilidade: saber se adaptar às mudanças
Trabalhar sob pressão: gerenciar estresse sem perder o foco
Comunicação eficaz: ouvir atentamente e se comunicar de maneira clara
Orientação para resultados: atingir o resultado final da maneira mais eficaz possível
Liderança de equipe: saber como motivar e engajar grupos
Habilidades sociais indispensáveis para qualquer profissional
As habilidades sociais variam de ser capaz de sintonizar os sentimentos de outra pessoa e
entender como cada um pensa até a capacidade de negociação. Todas podem ser
aprendidas na vida, contanto que se dedique tempo, esforço e seja perseverante durante o
processo.
Por que elas interessam em todos os ambientes profissionais
O interesse pela inteligência emocional no local de trabalho vem do amplo reconhecimento de
que essas habilidades diferenciam profissionais e líderes mais bem-sucedidos da média.
Isso é especialmente verdadeiro em funções em que todos têm que ter o mesmo nível
técnico: nesses contextos, como as pessoas gerenciam a si mesmos e seus relacionamentos
faz toda a diferença.

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