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10 princípios psicológicos para desenvolver sua

inteligência emocional

Inteligência emocional é um conceito da psicologia


que caracteriza o indivíduo que é capaz de identificar
seus sentimentos e suas emoções com mais facilidade.
Para que alguém seja bem-sucedido acadêmica
e profissionalmente, faz-se necessária uma boa dose de
dedicação, esforço e disciplina — disso, a maioria das
pessoas sabe. O que muitos ignoram é o fato de que
desenvolver inteligência emocional (IE) auxilia não só
nesses processos intelectuais, mas em todos os âmbitos
da vida.

Saber como agir em momentos de dificuldade e


melhorar os relacionamentos interpessoais depende de
como os pensamentos, os sentimentos e as atitudes são
gerenciados.
Essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida
ao longo de nossa existência.
Contudo, para que a inteligência emocional seja
desenvolvida, é preciso adquirir conhecimentos
específicos sobre si e os outros à sua volta.

Por isso, trouxemos para você algumas dicas de


como desenvolver inteligência emocional para alcançar
o equilíbrio entre a razão e a emoção, mantendo as
relações mais saudáveis e crescendo como pessoa.

O que é a inteligência emocional?

Como foi dito, “Inteligência emocional é um conceito


da Psicologia que caracteriza o indivíduo capaz de
identificar seus sentimentos e suas emoções com mais
facilidade.”

O termo foi difundido com mais ênfase pelo


psicólogo norte-americano Daniel Goleman.
É possível lidar com as pessoas e suas emoções,
assim como compreender os próprios sentimentos, por
meio do desenvolvimento de habilidades.

Diferentemente do quociente de inteligência (QI), a


inteligência emocional não trata de conhecimentos de
cunho intelectual, científico ou acadêmico, mas de saber
reconhecer e lidar com sentimentos e emoções, visando
ao desenvolvimento pessoal e profissional.

A inteligência emocional é uma habilidade que pode


ser desenvolvida
Essa habilidade, quando bem trabalhada, favorece
o bom relacionamento entre as pessoas, permitindo um
maior entendimento nas relações pessoais, e a melhor
interação (e comunicação) no trabalho. Portanto, há
vantagens nos dois setores.

Além disso, a IE influencia, de forma positiva, a saúde


física e mental. Ela previne transtornos psicológicos,
como ansiedade e depressão, bem como distúrbios
psicossomáticos.

A ciência já comprovou que doenças cardíacas,


câncer e diabetes, entre outras, têm relação com
sentimentos não trabalhados corretamente pelo
paciente.
Outro exemplo é o herpes labial, cujo surgimento é
comum em algumas pessoas que passam por momentos
de stresse.

Indivíduos que conseguem desenvolver inteligência


emocional são cada vez mais valorizados.

Isso porque reconhecer suas próprias limitações e


trabalhar para ser indulgente com as falhas dos outros
são capacidades acessíveis apenas àqueles que estão em
permanente estado de vigilância na busca pela
excelência.

Dicas sobre como desenvolver a inteligência


emocional

No trabalho, na escola, na faculdade, em casa ou em


qualquer ambiente, é preciso lidar frequentemente com
as pessoas, suas culturas, suas formas de pensar, suas
atitudes etc. Além disso, precisamos gerenciar a nós
mesmos e às cobranças internas ou externas.

A inteligência emocional pode ser desenvolvida em


todas essas situações, ou seja, nas diferentes áreas da
nossa vida.

No entanto, para descobrir como fazer isso, é preciso


tomar consciência de si e vigiar-se para lidar com as
adversidades da melhor maneira possível.
1. Observe e analise seu próprio comportamento

Para explorar seu próprio comportamento, é


necessário avaliar-se duplamente: em alguns
momentos, a observação deve ocorrer quando as
situações se colocarem diante de você,
independentemente de serem boas ou ruins.

Observe quais são as reações da mente e do corpo,


além das sensações e dos pensamentos que foram
instigados.

Em um segundo momento, a análise deve ocorrer


após a chegada dos sentimentos (sejam eles positivos,
sejam eles negativos). Pode-se tentar descobrir o que
desencadeou tais reações físicas e mentais.

A IE está na avaliação das atitudes e das sensações


e no entendimento de como elas impactam o cotidiano
e as relações. Isso proporciona uma mudança quando há
a perceção de que os resultados foram negativos.

2. Domine suas emoções

Existem pessoas com o comportamento enérgico e


outras que são mais tranquilas. Entretanto, ninguém
está livre de cometer atos precipitados, no calor do
momento.

Agir sem pensar é natural do ser humano, pois,


desde os tempos primórdios, isso serve como forma de
defesa, sendo que tal forma de reação está gravada em
nosso subconsciente.

O cérebro humano precisa se adaptar à sua nova


realidade evolutiva e reconhecer que atitudes
impetuosas podem gerar desconforto nas relações (ou
pior: consequências difíceis de serem contornadas).
A impulsividade não é uma boa aliada na maioria das
situações.

Portanto, o ideal é dominar os impulsos e as


emoções antes de tomar decisões ou dizer alguma coisa.
Tente recobrar a calma e a razão em vez de
simplesmente deixar o instinto atuar. Alguns exercícios
podem ajudar nesse processo:

• respiração;

• meditação;

• caminhada;

• corrida;

• pilates;

• prática regular de atividades físicas no


geral.

Manter o autocontrole é uma virtude que garante a


contenção de excessos. Todavia, é importante lembrar
que o objetivo deve ser o equilíbrio: não a supressão das
emoções, mas sim o controle delas.

3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas

Para que o bem-estar próprio seja garantido, é


necessário manter as emoções que nos afligem sob
controle. Afinal, o fato de lidarmos com emoções
negativas é um mal inevitável.
Quando elas nos acometem de forma intensa e
permanecem em nosso interior por um longo tempo,
acabam com nossa estabilidade.

A Inteligência Emocional é uma ferramenta


poderosa, que nos apresenta um ponto de vista mais
equilibrado sobre a vida, proporcionando uma
autorregulação dos nossos sentimentos. Não temos
apenas bons momentos e bons sentimentos.
Quando as emoções negativas (raiva, medo,
insegurança e tristeza, por exemplo) aparecem, é
preciso dominá-las e não permitir que elas nos
controlem. Nesse ponto, se houver dificuldades, a
intervenção de um bom psicólogo para ajudar.

4. Aumente a sua autoconfiança

Saber o que deseja, definir até onde se quer chegar


e alcançar seus objetivos nem sempre são etapas fáceis.
Para tanto, é necessário reconhecer seus pontos fracos
e fortes, trabalhando para modificá-los ou aprimorá-los.
E esse desafio só pode ser vencido por meio da
autoconfiança.

O cérebro humano é dotado de uma potencialidade


enorme. A questão é que a maioria das pessoas não tem
consciência disso e desacredita de si mesma ao
enfrentar obstáculos que julga serem intransponíveis.
Por isso, acreditar no seu potencial e em suas
habilidades fortalece a ideia de que você tem a
capacidade necessária para gerenciar os momentos de
crise e superar as dificuldades.

Acreditar em si e ressaltar suas qualidades ou seus


talentos são ações que funcionam como combustíveis
para alavancar carreiras e melhorar a qualidade de vida.
5. Aprenda a lidar com a pressão

O estilo de vida atual exige muito dos indivíduos. São


várias as questões para lidar no dia a dia que, não raro,
pedem soluções rápidas. A pressão pode ser externa,
vinda de chefes ou pessoas a quem devemos prestar
contas, ou interna, pois nós mesmos acabamos por nos
cobrar resultados.

Contudo, devemos aprender a priorizar o que é mais


importante. Assim, não sucumbimos às exigências ou
deixamos que a ansiedade domine a situação.
Alguns mecanismos podem ser criados para
gerenciar isso, como elaborar uma lista com os afazeres,
elencando os mais e os menos urgentes.

Cuidar da saúde, ter momentos de lazer e respeitar


seus limites são ações que podem auxiliar na aquisição
de mais segurança (o que, consequentemente, facilitará
no controle dos sentimentos negativos gerados pela
pressão).

Quanto mais a inteligência emocional for


aprimorada, mais confortável e seguro o indivíduo se
sentirá para resolver seus problemas.

6. Não tenha medo de se expressar

Como já dissemos, não deixar a emoção dominar a


situação não é o mesmo de não a demonstrar. Expor o
que sente e expressar sua opinião é fundamental para
que o equilíbrio seja mantido.
Você certamente já interpretou de forma errada a
ideia de algum colega e só conseguiu compreendê-la
depois de uma explicação, não é?

Situações como a descrita acima são normais, sendo


que a melhor forma de evitar um conflito é se
expressando. A IE está na maneira como o pensamento
é racionalizado — e o mesmo vale para as emoções mais
íntimas: é preciso falar sobre os sentimentos na
relação e expressar o carinho, o amor ou, até mesmo, a
carência.
A fala é o caminho mais seguro para entender e
trabalhar as impressões internas. Por meio do diálogo,
esclarecemos os pontos de vista e debatemos sobre
questões complexas para que possamos resolvê-las, não
permitindo que fiquem obscuras caso não haja uma
conversa sincera e madura.
7. Desenvolva o sentimento de empatia

Há algo em comum entre os maiores líderes do


mundo: a empatia. Geralmente, pessoas que ocupam
tais postos e são bem-sucedidas preocupam-se com
suas equipes de forma genuína.

Elas sabem seus nomes, reconhecem suas histórias e


são solidárias quando necessário.

Ter empatia ajuda no


desenvolvimento da inteligência emocional
Colocar-se no lugar do outro não é um ato praticado
apenas por seres humanos — sequer é privilégio dos
adultos. Pesquisas realizadas com animais (cachorros,
chimpanzés etc.) e com crianças demostraram que eles
também são dotados do sentimento de solidariedade.
Nada melhor para compreender o outro do que
colocar-se na pele dele. Isso ajuda a pessoa a entender
suas atitudes e a ser mais tolerante e compreensiva.

Como resultado, haverá a constatação de que os


indivíduos ao seu redor têm necessidades, limitações e
falhas, mas que também talentos e qualidades, assim
como você. O respeito mútuo surgirá naturalmente,
como consequência desse exercício.

Segundo Goleman, o conhecimento de si mesmo


alimenta a empatia. Isso porque, quanto mais
conscientes somos acerca de nossos próprios
sentimentos, mais conseguimos entender a emoção
alheia.

8. Coloque em prática a resiliência


Situações difíceis podem surgir na vida de qualquer
um. O que diferencia as pessoas é como elas reagem a
tais eventos. A resiliência está em receber os impactos
da rotina e ter a capacidade de absorvê-los, mantendo-
se firme e focado, aprendendo com os próprios erros e
lidando, de maneira inteligente, com os fatos.
Ser resiliente envolve administrar os sentimentos
mesmo quando o controle das situações está fora do seu
alcance.

Trata-se de saber reconhecer as emoções e o efeito


que elas causam na sua mente e no seu corpo. Assim, o
indivíduo poderá canalizar seu potencial e aumentar
seu desenvolvimento.

9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”

Outra teoria criada por Goleman é que nós, seres


humanos, somo guiados por dois cérebros: o emocional
e o pensante. O cérebro emocional é o primeiro a ser
afetado pelos acontecimentos. Sendo assim, a pessoa
que reage é aquela que se deixa levar
inconscientemente pelo seu lado emocional e impulsivo.

Estamos falando do mais puro efeito de ação e


reação. Basta que alguma coisa aconteça para que o
indivíduo sem muita inteligência emocional deixe essa
parte de seu cérebro reagir instantaneamente.

Já o cérebro pensante é aquele responsável pelo ato


de responder. Em vez de apenas agir por instinto, quem
se deixa levar pelo cérebro pensante analisa toda a
situação ao seu redor e decide qual é a melhor forma de
se comportar naquele momento.

Não deixe seu corpo reagir no modo automático. Use


seu cérebro pensante e seja mais racional!
10. Conheça os seus limites

Seus limites serão descobertos à medida que você


avançar no autoconhecimento, por isso é tão
importante conhecer-se cada dia mais.

Além de ter plena certeza de quais são os seus


defeitos e as suas qualidades, é preciso reconhecer que
você tem, sim, alguns limites. Infelizmente, muitas
pessoas enxergam as limitações como incapacidades (e,
por isso, aquele que reconhece e respeita seus limites é
visto erroneamente como fraco).

Partimos do ponto de que ter fraquezas não é motivo


para sentir vergonha: todos temos nossos pontos fracos
e isso é mais do que normal.

Somos seres dotados de sentimentos e erramos


muitas vezes, mas também estamos em constante
aprendizado. Antes de reconhecer seus limites, você
precisa aceitar que não é perfeito, mas sim uma pessoa
como qualquer outra.

Em seguida, observe tudo em sua volta. Quantas


vezes você concordou em fazer algo mesmo sabendo
que não podia ou não queria? Parte do fato de conhecer
suas limitações está ligada à ideia de dizer “não” sem
sentir culpa e de aceitar que há coisas as quais você não
é capaz de fazer.

Lembre-se do mais importante: conhecer seus


limites significa respeitar a si mesmo. O lado bom de
respeitar suas próprias limitações é poder proteger sua
saúde emocional, deixando de fazer aquilo que poderia
causar algum mal ou trauma.
Quais são os benefícios do desenvolvimento
pessoal por meio da IE?

O foco da inteligência emocional é desenvolver a


habilidade de potencializar cada emoção e redirecioná-
la de modo que sejam alcançados resultados positivos
nos diversos âmbitos da vida.

A IE traz melhorias para os relacionamentos


interpessoais e para as competências profissionais, além
de aumentar a qualidade de vida.
Essa é uma abordagem que deveria ser ensinada nas
escolas, pois assim educaríamos pessoas mais
competentes, felizes e seguras. A consciência emocional
melhora a realidade pessoal e social. Vejamos alguns
exemplos disso a seguir.

Uso do pensamento e do raciocínio


A IE aumenta a clareza da mente e facilita as tomadas
de decisões, assim como o raciocínio. Ao administrar as
emoções, o sujeito “abre” espaço em seu pensamento
para que as ideias fluam de forma mais ordenada,
possibilitando, assim, a resolução dos problemas de
maneira mais objetiva e menos impulsiva.

Compreensão das emoções

Compreender as próprias emoções é o primeiro


passo para adquirir a IE. Só assim podemos trabalhar do
modo mais adequado com cada um dos nossos
sentimentos.

É preciso estar no controle, pois apenas nós mesmos


somos responsáveis por nossas emoções. Entendendo-
as, temos domínio sobre nossas respostas e decisões —
atitude que resulta em um estado de espírito mais
otimista e sereno.

Controle das emoções próprias e alheias


Existe uma técnica para apaziguar ou evitar
discussões que é muito difundida na Psicologia e até no
meio popular. Bem simples, ela consiste em diminuir o
tom de voz sempre que o interlocutor aumentar o dele.

Outro método é simplesmente calar-se diante de


alguém visivelmente nervoso. Por mais que essas
técnicas possam parecer simples, é preciso muito
controle emocional para colocá-las em prática.

A IE permite a utilização de competências sociais, o


que produz a habilidade de interação com outras
pessoas e a capacidade de gerir suas emoções. Esses
fatores são os pilares que sustentam a popularidade, a
liderança e a eficácia interpessoal.

Autoconhecimento
Nada do que dissemos neste artigo pode ser
realizado se não houver o autoconhecimento. Para ter
IE, é necessário entender o que se está sentindo: saber
reconhecer suas capacidades e, também, seus limites.

Autoconhecimento é
fundamental para a inteligência emocional
Quando existe consciência das próprias habilidades
e competências, a pessoa é capaz de traçar metas e
objetivos, transformando sonhos em realidade.

Conhecer sua essência é transformador e traz um


entendimento maior das ferramentas que se tem para
realizar o que deseja. Desenvolver inteligência
emocional é algo gradativo, pois esse conceito é
maleável e pode ser modificado ao longo da vida.
O cérebro pode ser treinado para ter
comportamentos emocionalmente inteligentes e
transformá-los em hábitos. No entanto, é preciso fazer
isso com cautela, pois sentir emoções (e não as
neutralizar) é o que torna nossa existência mais rica.

A inteligência emocional tornou-se uma questão


bastante discutida nos dias de hoje justamente devido
ao aumento absurdo do número de pacientes que
sofrem com doenças psicológicas como depressão,
ansiedade e síndrome do pânico.
Tudo o que foi citado neste artigo tem o poder de
fortalecer o lado emocional do ser humano e, assim,
torná-lo um pouco mais resistente às patologias citadas.

Reforçamos, então, que as práticas para desenvolver


a inteligência emocional devem se tornar hábitos para
que os resultados apareçam.

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