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Resumo próprio Semana

02: Tecnologias
Relacionadas e
Inteligência Emocional:

Inteligência Emocional:
O que é, Importância e
Como Desenvolver
Você já deve ter ouvido falar bastante sobre a inteligência emocional.

Afinal, é um termo em evidência.

Por outro lado, talvez não saiba exatamente o que o conceito


significa, nem como repercute em seus objetivos profissionais e
pessoais.

Para começarmos a entender o tema, vamos recorrer a uma frase


clássica, que diz que “as pessoas são contratadas por suas
habilidades técnicas, mas são demitidas pelo seu comportamento”.

Essa é uma sentença ainda atual, mas não nova.

Ela representa a realidade das organizações ao longo das últimas


décadas.
Na atual era digital, cada vez mais os aspectos técnicos vêm sendo
supridos pelos avanços tecnológicos, como a partir da inteligência
artificial e do machine learning, o aprendizado da máquina.

A exigência, então, se volta para o desenvolvimento de habilidades


comportamentais, as chamadas soft skills, em um processo que
precisa ser contínuo para lidar com as situações complexas já
existentes e as que ainda irão surgir.

Pois uma das soft skills mais importantes (e também mais difíceis
de se desenvolver) é justamente a inteligência emocional.

Quando bem trabalhada, essa é uma competência que traz maior


equilíbrio na vida pessoal e sucesso profissional para quem
almeja evoluir na carreira.

A dúvida que até então pairava nas organizações é se a inteligência


emocional não seria uma habilidade inata.

Hoje, sabemos que não: ela não só pode como deve ser


desenvolvida por cada um de nós.

O tema é interessante para você?

Então, acompanhe abaixo o que preparamos nesse artigo:

o O que é Inteligência Emocional?


o Como surgiu a inteligência emocional?
o O papel de Daniel Goleman
o Fundamentos do modelo de Goleman
o O que é ser uma pessoa inteligente?
o O que significa ter domínio de sua inteligência emocional?
o Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?
o Principais características de pessoas com Inteligência Emocional
o Por que é importante desenvolver a inteligência emocional?
o Inteligência Emocional no trabalho
o Por que uma empresa precisa de colaboradores com inteligência
emocional?
o Qual é a importância da inteligência emocional na gestão de crises?
o 8 dicas para você desenvolver a sua inteligência emocional
o Autoconhecimento e inteligência emocional: entenda a relação entre
os dois
o As melhores palestras de inteligência emocional
o Os melhores cursos de inteligência emocional.

O Que É Inteligência Emocional?

De acordo com a psicologia, inteligência emocional é a capacidade


de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de
outros indivíduos.
Um exemplo é a pessoa que consegue terminar suas tarefas e
atingir suas metas, mesmo sentindo-se triste e ansiosa ao longo de
um dia de trabalho.

Ou seja, é uma habilidade que permite que as pessoas gerenciem


melhor seus sentimentos e a forma que agirão com base neles.
Como Surgiu A Inteligência
Emocional?
A primeira referência à inteligência emocional de que se tem
notícia é do século XIX, de autoria do naturalista Charles Darwin.
É bem verdade que, à época, o conceito mais preciso era o de
expressão emocional.

Tinha muito mais a ver com o instinto de sobrevivência e com a


teoria evolucionista de adaptabilidade do que com o sentido que
conhecemos hoje.

Depois, já no século XX, vieram outras ideias como as de inteligência


social, que tratava sobre a capacidade humana de compreender e
motivar uns aos outros, e a de inteligências múltiplas, que abordava
os aspectos intra e interpessoais.
Aqui, com o psicólogo Howard Gardner, foi a primeira vez que se
procurou entender os próprios sentimentos, motivações e medos.
Sem dúvida, foram referências importantes, que contribuíram para
se chegar à definição atual de inteligência emocional.

Porém, o termo em si foi usado pela primeira vez somente em


1990 pelos pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer, na
revista Imagination, Cognition and Personality.

O Papel De Daniel Goleman


Todos os teóricos, cientistas, pesquisadores e psicólogos citados
tiveram a sua participação no desenvolvimento do conceito e de
estudos envolvendo a inteligência emocional.

Mas nenhum deles tem um papel tão fundamental quanto o


escritor Daniel Goleman, autor do best seller Emotional Intelligence, de
1995.
Só para você ter uma ideia, a obra vendeu mais de 5 milhões de
cópias e foi traduzida para 40 idiomas diferentes.
Ou seja, Goleman foi o responsável por popularizar o tema,
levando o assunto a diversas camadas da sociedade, para além da
academia.

Ao contrário de seus colegas e antecessores, a linguagem usada


por ele é muito mais acessível ao público em geral, facilitando a
compreensão.
O tom persuasivo também é uma marca de Goleman, que foi
colunista do The New York Times por 12 anos.
Ele escrevia no caderno de Ciências e focava seus textos
especialmente no comportamento humano e no funcionamento do
cérebro.
Em termos mais conceituais, o autor foi o primeiro a se aprofundar
de fato na complexidade da inteligência emocional.
Goleman apresentou resultados de novos estudos sobre a mente
humana, associando diversos aspectos da nossa personalidade às
habilidades cognitivas.

Entre as suas principais contribuições técnicas está a criação do


conceito de Quociente Emocional (QE), um complemento ao
Quociente de Inteligência, o famoso QI.
Segundo Goleman, a capacidade de uma pessoa em lidar com suas
emoções é muito mais importante que a sua competência de
processar informações.

Ele inclusive dá números a essa relação.

O sucesso de uma pessoa, de acordo com o pesquisador, tem 80%


a ver com o seu QE, enquanto o QI é responsável pelos outros 20%.

Afinal, do que adianta ter um nível de conhecimento acima da


média e não saber trabalhar suas emoções?

Fundamentos Do Modelo De Goleman


O modelo de Goleman possui uma série de fundamentos que se
baseiam no desenvolvimento de habilidades comportamentais
para uma melhor gestão das emoções.
Não à toa, o cientista conceitua inteligência emocional como
a competência para gerenciar sentimentos, de maneira que eles
contribuam para as tomadas de decisões e o bem-estar geral.

O Que É Ser Uma Pessoa Inteligente?

Por anos, a medida da inteligência era dada exclusivamente


pelo Quociente de Inteligência (QI) de uma pessoa.

No conceito de QI está, em linhas gerais, a habilidade de raciocinar,


pensar problemas de forma abstrata, gerar soluções para assuntos
complexos e aprender rapidamente.

Tudo isso se relaciona com o desenvolvimento cognitivo dos


indivíduos.

Contudo, muitos estudiosos passaram a questionar essa teoria da


inteligência única.

Em contraposição a essa corrente, Howard Gardner elaborou


a teoria das múltiplas inteligências na década de 1980.

De acordo com o novo estudo, tanto Pelé como Einstein são


exemplos de pessoas muito inteligentes.

Pelé se destaca na inteligência corporal-cinestésica, enquanto


Einstein leva “nota 10” na inteligência lógica-matemática.

De acordo com Gardner, existem 8 tipos de inteligência.

São eles:

1. Linguística: comunicação oral e escrita, lidar com palavras. Políticos,


poetas e jornalistas costumam ser referência
2. Musical: produz e diferencia sons, ritmos e timbres
3. Lógica/Matemática: resolução de cálculos e problemas. Cientistas,
acadêmicos e engenheiros são os destaques
4. Visual/Espacial: visão do todo, 3D, reconhecimento especial. Pintores,
fotógrafos e designers são exemplos de profissionais com essa
inteligência bem desenvolvida
5. Corporal/Cinestésica: não só os atletas a utilizam, mas também
profissões como cirurgiões e artistas plásticos, pois devem fazer um uso
racional de seu corpo ao exercer a profissão
6. Interpessoal: auxilia na interpretação dos gestos e palavras na esfera
social. Permite a empatia
7. Intrapessoal: possibilita que possamos nos compreender e nos
controlar internamente
8. Naturalista: detecta e relaciona questões da natureza. Está ligada à
sobrevivência do ser humano.
A inteligência emocional, da forma abordada por Daniel Goleman,
que é considerado o pai desse conceito, está relacionada aos itens
6 e 7 da teoria de Gardner.

O Que Significa Ter Domínio De Sua


Inteligência Emocional?

Dominar sua inteligência emocional significa ser capaz de perceber


suas emoções, saber nomeá-las, entendendo seus gatilhos, para,
então, desenvolver formas de lidar com elas.
E elas são muitas.
Felicidade, raiva, angústia, medo, alívio, tédio… Alguns estudos falam
em 27 emoções, enquanto outros abrem esse leque para quase 50.
O grande desafio é que temos gerações de pessoas que cresceram
sendo ensinadas a nomear tudo como tristeza, alegria, medo e
raiva.

Assim, se a angústia decorrente de uma situação de conflito e


contradição for taxada como tristeza, será difícil de dominar, pois o
sentimento por trás é mais complexo.
Pode até envolver a tristeza, mas não se limita a ela.

Ter consciência das emoções existentes que se pode experimentar


permite que você entenda também quais são os gatilhos de cada
uma.

E, a partir disso, será possível desenvolver formas de lidar com


elas.

Com o tempo, você percebe que está com mais jogo de cintura, que
se tornou uma pessoa mais leve, otimista e que resolver problemas
não é mais um fardo.
A partir desse momento, você terá domínio de sua inteligência
emocional.

Quais São Os 5 Pilares Da Inteligência


Emocional?
O modelo de Goleman se fundamenta a partir de uma série de
competências que, por sua vez, são sustentadas por estes cinco
pilares da inteligência emocional.

Os três primeiros são intrapessoais, e os dois últimos,


interpessoais.

Confira:
1. Conhecer Suas Emoções
O primeiro pilar é a autoconsciência, que nada mais é do que a
capacidade de entender como as emoções funcionam.
Ou seja, é preciso compreender como elas surgem, de onde vêm e
de que maneira se manifestam.

Normalmente, os sentimentos propiciam dois tipos de reações: as


psicológicas e as físicas.

As primeiras são pensamentos e crenças, já as segundas são


sintomas como arrepios e taquicardia, por exemplo.

Uma emoção como a angústia pode despertar crenças limitantes e


pensamento negativos que remetam à falta de capacidade, assim
como manifestações físicas como palpitações e dores abdominais.

2. Controlar Suas Emoções


O segundo pilar é a autorregulação das emoções.
Ou seja, a competência de gerenciar os seus sentimentos.

Depois de conseguir reconhecer o que você sente, fica mais fácil


controlar essas diferentes sensações.

Seguindo o exemplo anterior, vamos supor que você sempre sinta


angústia em determinadas situações na sua rotina de trabalho, que
geram aquelas respostas físicas e psicológicas já mencionadas.

Para começar a dominar esse sentimento ruim, o primeiro passo é


identificar quais circunstâncias o despertam.

Diversas estratégias podem ser úteis nesse sentido, como


conversar consigo mesmo ou manter um diário pessoal.

A ideia é sempre lembrar que você tem uma escolha, que o controle


das emoções está em suas mãos.
3. Desenvolver A Automotivação

O terceiro pilar diz respeito a se motivar e se manter motivado.


Para isso, você precisa usar as emoções ao seu favor, em prol de
algum objetivo específico, seja ele pessoal ou profissional.

Se a sua meta é ser promovido, por exemplo, o exercício que deve


ser feito é: de que maneira posso gerir meus sentimentos, de
modo a ter decisões mais assertivas que me permitam aproveitar
as oportunidades?

Privilegiar a razão em qualquer cenário parece ser a decisão mais


óbvia, mas, na verdade, a chave para o sucesso está
no equilíbrio entre as duas esferas.
4. Desenvolver A Empatia
O quarto pilar também é o primeiro que aborda as competências
interpessoais, e não apenas as habilidades individuais, onde
precisamos lidar apenas com o nosso íntimo.

O desenvolvimento da empatia, neste caso, vai além do conceito


mais conhecido de “se colocar no lugar do outro”.

Aqui, soma-se a esse exercício reconhecer que as demais pessoas


ao seu redor, amigos, família e colegas de trabalho, também têm
as suas emoções e precisam aprender a lidar com elas.

Talvez, o estágio de desenvolvimento da inteligência emocional


deles esteja atrasado em relação ao seu, mas não há espaço para
julgamentos.
5. Desenvolver O Relacionamento Interpessoal
O ser humano vive de suas relações.

Desde os primórdios, nos unimos para sermos mais fortes


e superar os obstáculos juntos.
O quinto e último pilar trata sobre isso.

A necessidade de nos relacionarmos com o outro e como as


competências sociais podem ser úteis nesse sentido.
Principais Características De Pessoas
Com Inteligência Emocional

Daniel Goleman, ao atribuir 80% do sucesso das pessoas a fatores


relacionados à inteligência emocional, identificou cinco
características principais entre aquelas que apresentam a
habilidade.
São elas:

Autoconsciência
Pessoas que se conhecem.

Significa ter consciência de suas fortalezas, fraquezas e limitações.


Essas pessoas aprendem a explorar suas potencialidades e
respeitam seus limites.

Automotivação
É algo interno.

Permite colocar os sentimentos a serviço de suas metas pessoais.


Perseverança, resiliência e iniciativa são características de pessoas
automotivadas.

Reconhecimento Das Emoções Em Outras


Pessoas
Sentir o outro em um ambiente social, perceber suas dores e
necessidades, ter empatia.
Isso requer habilidade e muito treino.

Controle Emocional
Capacidade de lidar com situações adversas, mantendo o controle e a
segurança, de forma positiva e menos estressante.
Pessoas que conseguem barrar seus impulsos têm maiores
chances de manter um controle emocional frequente.
Relacionamentos Interpessoais
Interagir em ambiente social.

Estar emocionalmente disponível, ser persuasivo, influente e saber


administrar conflitos.
Com quais dessas características você se identificou e quais
acredita que precisa trabalhar mais a fundo?

Uma coisa é certa: qualquer um pode evoluir e desenvolver a


inteligência emocional.

Por Que É Importante Desenvolver A


Inteligência Emocional?

Se você ainda não se convenceu da importância do


desenvolvimento da inteligência emocional, preste atenção neste
tópico.

Ao pensar em liderança, muitos descrevem diversas características


cognitivas (visão estratégica, raciocínio rápido, entre outras) e
sempre acrescentam a palavra liderança inspiradora.
Para inspirar, um líder precisa mexer com as emoções.
E isso pode ser um problema, tanto para si, como para sua equipe.

A grande questão é: como direcionar a sua emoção e a de outras


pessoas habilmente para que todos possam ter uma performance
superior?
Vamos mudar o contexto para chegarmos a um entendimento
melhor.

Pense na educação de uma criança.

Os pais são os líderes inspiradores, certo?

Da mesma forma, se você não souber lidar com suas emoções


como pai/mãe, como conseguirá ensinar seus filhos a lidar com as
emoções deles, para que se tornem adultos inteligentes
emocionalmente?

Essas questões demonstram a importância de desenvolvermos a


inteligência emocional diariamente, pois, como seres
humanos, experimentamos diferentes emoções o tempo inteiro.
E, pior ainda, nossas emoções podem levar a um efeito em cadeia
ao nosso redor.

Basta lembrar quando alguém chega ao escritório esbanjando


raiva.

Cada palavra e gesto refletem sua emoção, certo?

De repente, o clima no departamento fica ruim.


Todos começam a tratar uns aos outros de forma raivosa, mas sem
motivo aparente.

Lembre-se: sentimentos são contagiosos, para o bem e para o mal.


Portanto, a forma como reagimos a cada uma dessas emoções nos
ajuda a alcançar nossos objetivos pessoais e profissionais.

E isso também permite que sejamos melhores líderes,


desenvolvendo relacionamentos saudáveis, com uma vida mais
equilibrada e feliz.
Inteligência Emocional No Trabalho

Considere a seguinte situação: você vai apresentar um importante


projeto de sua divisão de negócios para o vice-presidente global em
uma hora.
Tecnicamente, está tudo impecável.

Você revisou cada ponto com o time envolvido e estão todos de


acordo e confiantes que o projeto será aprovado.

Você está muito satisfeito com o trabalho.

Então, resolve fazer uma pausa para saborear um cafezinho.

Ao chegar lá, encontra um grupo de colegas.

No meio da conversa, alguém faz uma brincadeira com você.

Todos riem e seguem a conversa.

Contudo, algo naquela brincadeira mexeu com seu emocional.


Você não consegue identificar o que aconteceu, mas isso o
desestabiliza.

Sua confiança para a apresentação vai embora, e uma ansiedade


sem fim toma conta de você.

A apresentação que parecia estar perfeita agora parece estar cheia


de defeitos.

Você se torna o pânico em pessoa.


E o cenário continua se deteriorando.

Na hora “H”, perante o VP global, você se enrola, não defende seu


ponto de vista, não sustenta seus argumentos, nem sua construção
lógica.

Até seu inglês impecável o deixa na mão.

Tudo vai por água abaixo e seu projeto não é aprovado.


O que será que aconteceu?

Qual gatilho emocional aquela brincadeira disparou?


Quais emoções foram despertadas?

Uma pessoa com inteligência emocional saberia identificar a


emoção que a brincadeira despertou.

E, ao perceber, usaria alguma técnica para contê-la naquele


momento para poder continuar desempenhando seu papel na
apresentação.

Existem diversas técnicas de PNL (Programação Neurolinguística),


como a âncora, na qual a pessoa recorre a uma imagem positiva
que permite que, com ela, se restabeleça o controle emocional
rapidamente.
Contudo, esse não foi o caso.

E sua carreira pode ser prejudicada por episódios como esse.

Esse é um exemplo do ambiente profissional, mas, na vida pessoal,


existem diversas outras situações similares que poderíamos
contornar melhor com inteligência emocional.

Exemplos De Soft Skills Em Alta No Mercado


As habilidades comportamentais, também chamadas de soft skills,
ganham cada vez mais força no mercado.
Não é como se as competências técnicas ou hard skills estejam
perdendo espaço.

Elas seguem sendo necessárias.

Mas os atributos não técnicos surgem como diferenciais em um


mercado em que a concorrência está cada vez mais especializada.

Para 2021, o LinkedIn Workplace-Learning Report indica a resiliência


e a criatividade com as duas principais soft skills do momento.
Gerações mais antigas, como os Boomers, a Geração X e até os
Millennials, estão preocupados em desenvolver competências
como liderança e comunicação, também aponta o estudo.
Já o Global Talent Trends acrescenta outras habilidades à lista:
o Adaptabilidade
o Colaboração
o Persuasão
o Inteligência Emocional.
Escuta ativa, inovação, trabalho em equipe e ética são atributos
que também aparecem no levantamento da The Ladders com as soft
skills mais requisitadas no mercado atualmente.
Para 2025, o estudo anual Future of Jobs, do Fórum Mundial da
Economia, traz outros insights de competências comportamentais
que ganharão mais força, como:
o Pensamento analítico
o Capacidade de resolver problemas complexos
o Iniciativa
o Originalidade
o Pensamento crítico
o Tolerância ao estresse
o Flexibilidade.

Habilidades Sociais Indispensáveis Para


Qualquer Profissional
Dentro das soft skills podemos fazer uma subdivisão, que são as
chamadas habilidades sociais.
Nesse tipo de competência são trabalhadas questões interpessoais
e, portanto, a busca pelo estabelecimento de relações mais
próximas uns com os outros.

Algumas aptidões já mencionadas cabem aqui também, como, por


exemplo:

o Trabalho em equipe
o Empatia
o Escuta ativa.
E outras podem ser adicionadas:

o Tolerância e respeito às diferenças.


o Mente aberta
o Resolução de conflitos.
Por Que Uma Empresa Precisa De
Colaboradores Com Inteligência
Emocional?

Empresas que investirem em colaboradores com uma inteligência


emocional bem desenvolvida ou em ferramentas para capacitar
melhor seus funcionários com essa habilidade só têm a ganhar.

Quem diz isso é a ciência.

Um estudo publicado pelo American Journal of Pharmaceutical


Education mostra que profissionais com uma alta IE têm:
o Mais acerto nas suas tomadas de decisão
o Maior facilidade para lidar melhor com estresse
o Mais chances de construir e sustentar relacionamentos colaborativos
positivos
o Maior adaptabilidade para assimilar mudanças
o Uma capacidade maior de resolver conflitos.

Como As Empresas Podem Impulsionar O


Desenvolvimento Da Inteligência Emocional?
Diante de tantos benefícios, você pode estar se perguntando “o
que pode ser feito para desenvolver mais e mais a inteligência
emocional nos colaboradores?”.

Na verdade, existem inúmeras estratégias, mas talvez aquelas mais


palpáveis e que trazem os melhores resultados sejam
os treinamentos especializados, como coaching, mentoria e
psicoterapia.
Você pode optar por sessões em grupo, se a sua empresa contar
com um grande número de funcionários, ou por atendimento
individuais e personalizados, caso seu negócio seja de pequeno
porte ou o direcionamento seja mais pontual.
Qual É A Importância Da Inteligência
Emocional Na Gestão De Crises?
Quando você pensa em crise, é natural associar esse momento
difícil e de incertezas a sentimentos como estresse, angústia,
ansiedade, frustrações e assim por diante.

Portanto, saber contornar todas essas sensações ruins se mostra


um grande desafio.

Para isso, você precisa contar com a inteligência emocional.

Afinal, um dos grandes preceitos dessa soft skill está justamente


em gerenciar nossos sentimentos e usá-los a nosso favor.
Ou seja, profissionais que tiverem uma IE bem desenvolvida vão
conseguir lidar melhor com as crises, pois conseguem se manter
automotivados mesmo diante das adversidades.

Além disso, esses colaboradores possuem empatia e ótimos


relacionamentos interpessoais, duas características muito úteis
para o trabalho em equipe, que ajudam a superar momentos de
dificuldades.

8 Dicas Para Você Desenvolver A Sua


Inteligência Emocional
Para lidar melhor com seu lado emocional e evitar ter sua carreira
prejudicada por situações como a descrita no tópico anterior, tente
praticar algumas das dicas a seguir.
Elas podem representar o ponto de partida para desenvolver a sua
inteligência emocional.

1. Crie Consciência Sobre Seu Comportamento


E Suas Reações
A melhor forma de criar consciência sobre si é se auto-observar.
Esse é um exercício que deve ser diário.
Comece elencando os momentos de seu dia a dia que mais mexem
com suas emoções.

A rotina diária para quem tem filhos pode ser desestabilizadora:


frustração, raiva, sentimento de impotência, pouca valorização,
esgotamento, enfim.
Reuniões semanais de equipe também podem causar impactos em
você: sentimento de improdutividade, ciúmes entre membros,
competição, entre outros.

Com essa lista pronta, entenda o que cada situação desperta e como
você se sente antes e depois de cada evento.
É provável que perceba uma tendência a postergar cada vez
mais aquilo que mexe negativamente com suas emoções, mesmo que
sejam tarefas importantes para atingimento de suas metas.
E, paralelamente, irá perceber que costuma realizar mais
rapidamente tudo o que é mais agradável emocionalmente.

Aos poucos, leve essa consciência para situações que fogem de sua
rotina.

Isso é ainda mais desafiador, contudo, fundamental.

Pare, observe e entenda como você reage e se comporta com as


adversidades não rotineiras.

Esse exercício contínuo permitirá que você saia do automático e


compreenda melhor como trabalhar sua inteligência emocional.
2. Domine Suas Emoções
Existem inúmeras técnicas.
Caberá a você colecioná-las em sua caixa de ferramentas pessoal e
recorrer a elas nos momentos em que necessitar.

Uma forma de sair do automático e entender sua emoção naquele


momento é dar um tempo para respirar profundamente.
Não é à toa que a respiração faz parte de processos de meditação
e de ioga.
Use o inspirar e expirar para se acalmar, voltar ao seu estado normal,
tirar as emoções excessivas, permitindo que você retome sua
capacidade de analisar a situação.
A raiva, por exemplo, é considerada uma emoção que produz
reações físicas.

Ter uma bolinha para apertar nesses momentos pode ajudar a


dominar esse sentimento.

Se tiver a possibilidade de se levantar e sair para dar uma volta


pela empresa, pode ser uma alternativa.

Ao caminhar, você respira, deixa o corpo trabalhar as emoções


físicas e pode, aos poucos, tentar entender seus sentimentos e como
equilibrá-los.
O mindfulness também é uma forma de lidar com suas emoções.
Essa técnica permite que você perceba, por meio da atenção plena,
seu corpo e mente, em situações desafiadoras, permitindo regular
suas emoções, criando um espaço mental.
As técnicas de PNL, já citadas anteriormente, entram novamente
neste tópico, sendo muito úteis para dominar as emoções no dia a
dia.

3. Melhore A Comunicação Ao Seu Redor


Muitas vezes, as emoções vêm à tona simplesmente por
interpretações erradas de uma situação.

Aprender a se expressar significa não só falar e gesticular bem, mas


também perceber se seu interlocutor compreendeu o que foi
falado.
Diversas equipes vivem em estresse emocional simplesmente
porque a comunicação é truncada.

Uma dica valiosa para melhorar essa habilidade é colocar sentimento


em sua fala: “Eu me senti desvalorizado quando você optou em
apresentar o meu trabalho na reunião em vez de permitir que eu
mesmo apresentasse.”
4. Treine Seu Cérebro Para Pensar Em
Respostas Ao Invés De Reagir No Automático
Quando você é agredido verbalmente por uma pessoa, seu
impulso é rebater na mesma moeda?

Se sim, você está deixando seu inconsciente emocional e


impulsivo tomar conta de suas ações.
Daniel Goleman classifica isso como o cérebro emocional, em
contraposição ao cérebro pensante.

Com treino constante, você deve tentar controlar o impulso do


cérebro emocional para permitir que o pensante entre em cena.

No contexto das empresas, uma dica de ouro é a seguinte: nunca


responda um e-mail que desperte emoções logo após fazer sua leitura.
Espere alguns minutos, respire profundamente ou vá dar uma
volta (olha a caixinha de ferramentas barrando o cérebro
emocional) e só depois formule uma resposta.

Ao reagir no automático, nos colocamos em uma posição contrária


à inteligência emocional.

5. Conheça Suas Forças, Fraquezas E Limites


Ao elencar suas forças, fraquezas e limites pessoais, você avançará
em sua jornada de autoconhecimento.
Suas forças irão ajudar a não só equilibrar suas fraquezas, mas
também a explorar oportunidades.

Reconhecer suas fraquezas permite que você aprenda a pedir


ajuda, valorize o trabalho dos outros e enxergue como cada um
complementa o outro em uma equipe.

Por fim, os limites vão sinalizar quais são seus pilares e valores


inegociáveis.
Devem ser conhecidos e respeitados para evitar uma dissonância
cognitiva.
Lembre-se: respeitar a si próprio é uma das principais formas de
demonstrar inteligência emocional.
6. Exerça A Empatia
Como a inteligência emocional se refere ao reconhecimento não só
das nossas emoções, mas também dos outros, desenvolver
empatia é fundamental.

Tentar compreender como o outro se sente e suas emoções desperta


em cada pessoa a vontade de agir melhor.
Ser empático significa olhar menos para seus problemas e olhar
para fora, enxergar quem está ao seu redor, com intuito de poder
ajudar de verdade.

A empatia, quando bem trabalhada, gera conexão entre as pessoas.


Isso torna os ambientes de trabalho mais produtivos e as relações
pessoais verdadeiras.

7. Torne-Se Resiliente
Problemas sempre existirão.
Somos humanos e não vivemos em um mundo perfeito.

A boa notícia é que podemos lidar com eles, superar obstáculos e


seguir em frente.

A resiliência irá ajudar a lidar melhor com o estresse e com as


tensões do ambiente de trabalho.

A frase famosa de Bill Gates “é bom comemorar o sucesso, mas é


mais importante prestar atenção às lições do fracasso”, ilustra bem
a questão da importância da resiliência em nosso desenvolvimento
pessoal.
Ao se tornar resiliente, as lições aprendidas em momentos difíceis
irão propiciar que você ganhe musculatura emocional.

8. Aprenda A Lidar Com A Pressão


Para qualquer cargo a ser exercido, sempre vai existir um nível de
responsabilidade e uma pressão proporcional a ele.

No entanto, profissionais com uma inteligência emocional bem


desenvolvida conseguem lidar melhor com esse estresse.
Um estudo realizado com enfermeiras mostrou uma relação
inversamente proporcional entre a IE e o nível de estresse.
Ou seja, quanto maior for a capacidade de lidar com os
sentimentos e seus efeitos, menor o seu grau de esgotamento físico e
mental.

Autoconhecimento E Inteligência
Emocional: Entenda A Relação Entre
Os Dois
Autoconhecimento e inteligência emocional estão tão intimamente
relacionados que muita gente chega a confundir os dois conceitos.

A verdade é que eles são assuntos complementares.

Para você conseguir gerir melhor suas emoções, é preciso se


conhecer de maneira mais profunda.

Ou seja, o autoconhecimento é um princípio básico para quem


deseja desenvolver a IE.

No entanto, o princípio inverso também vale.

Se você pretender fazer esse exercício de introspecção e viajar pelo


seu íntimo, será necessário se expor, se mostrar vulnerável quanto
aos seus medos, dores, anseios e inseguranças.
Quando expomos essa vulnerabilidade para outras pessoas é que
estabelecemos relações pessoais mais profundas e empáticas.

Empatia e relacionamento interpessoal, como já vimos, são preceitos


fundamentais da inteligência emocional.
Podemos resumir essa relação assim:

A empatia e o relacionamento interpessoal são pilares da


inteligência emocional que, por sua vez, só podem nascer a partir
da exposição de nossas vulnerabilidades, processo que exige um
elevado grau de autoconhecimento.
Site baseado no material de resumo: Inteligência Emocional: O que é, Importância e
Como Desenvolver - FIA

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