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C APÍTULO 3

Inteligência Emocional para Massificação


de Resultados Através de Pessoas

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

33Definir o que é inteligência emocional e sua origem.

33Entender a importância de se desenvolver inteligência emocional para o melhor


desempenho de pessoas e da equipe.

33Detectar que características da inteligência emocional devem ser trabalhadas nos


líderes para que reflitam automaticamente em resultados nas pessoas e na equipe.
Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Contextualização
Há algum tempo atrás a excelência pessoal, e principalmente profissional,
de um indivíduo era medida praticamente pela predominância de seu raciocínio
lógico, suas habilidades matemáticas e espaciais, o Q.I. (Coeficiente de
Inteligência). Hoje em dia, especialistas reconheceram que a I.E. (Inteligência
Emocional) é um fator determinante do sucesso pessoal e profissional.

Inteligência Emocional é basicamente o uso inteligente das emoções,


autoconhecer-se e assim fazer o gerenciamento de si mesmo, e conhecer o
outro para assim, poder geri-lo.

Estudar e desenvolver o universo das emoções no ambiente de trabalho


geralmente seria alvo de estranheza há poucos anos, principalmente diante
da ótica das teorias organizacionais, porque estas teorias tem o foco na
objetividade, e não na subjetividade dos processos e interações do mundo das
organizações.

Porém, nos últimos anos, inúmeros pesquisadores na área da Psicologia


Organizacional procuram ampliar o conhecimento sobre os efeitos que a
emoção causa nas relações profissionais. Estes estudos já nos mostram
precisamente que a as emoções ocasionadas na vida pessoal dos
trabalhadores, por exemplo, interferem no humor, no afeto e até na percepção
do outro no trabalho, impedindo que ocorra um clima favorável ao bem-estar no
trabalho, influenciando no desempenho profissional e, como um ciclo vicioso,
influencia negativamente na sua qualidade de vida pessoal.

Neste capítulo estudaremos o que é Inteligência Emocional e como ela


pode ser usada a favor das pessoas para a massificação de resultados.

Inteligência Emocional
Inteligência Emocional é definida pela psicologia como o poder de
identificar as suas emoções e das outras pessoas e como trabalhar cada uma
dessas emoções. O indivíduo emocionalmente inteligente tem condições de
incentivar a si próprio e de prosseguir mesmo diante das adversidades diárias;
transfere sentimentos para contextos adequados, sabe gerenciar a si mesmo
por meio do autoconhecimento e, por consequência, tem maior habilidade de
gerenciar outras pessoas.

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

Para iniciar os estudos, vamos conhecer um pouco sobre a história da


Inteligência Emocional?

Vamos lá!

A Origem da Inteligência Emocional


Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se
com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo
motivo certo e da maneira certa – não é fácil.
Aristóteles

Os primeiros conceitos de Inteligência Emocional surgiram quando


Charles Darwin (1872) em uma de suas obras, deu relevância à expressão
emocional quando falava de sobrevivência e adaptação.

Depois ampliou-se em 1920 quando Robert L. Thondike, utilizou o termo


“inteligência social” como descrição para a capacidade das pessoas em
compreender e motivar os outros.

David Wechsler (1940), defendeu nossos modelos de inteligência como


incompletos até o momento que os fatores das emoções não podiam ser descritos.

Já em 1983, Howard Gardner iniciou a ideia de incluir os conceitos de


inteligência intrapessoal (conhecimento e gerenciamento de si mesmo), e de
inteligência interpessoal (conhecimento e gerenciamento com o outro) junto de
sua teoria de inteligências múltiplas. Para ele, a capacidade cognitiva não é
explicada inteiramente pelos indicadores de inteligência como o Q.I.

E a primeira vez que o termo “Inteligência Emocional” foi usado, foi em


1985 por Wayne Payne, em sua tese de doutorado. Logo em 1989, Stanley
Greenspan apresentou um modelo de Inteligência Emocional, seguido por
John D. Mayer e Peter Salovey em 1990. Quando Salovey e Mayer publicaram
seu artigo seminal, ninguém poderia prever como o campo acadêmico que
eles fundaram prosperaria 15 anos depois.

O crescimento nesta área deve muito a Mayer e Salovey que juntamente


de seu colega David Caruso - um consultor de negócios – trabalharam
incansavelmente em prol da aceitação científica da Inteligência Emocional.
Assim que formularam uma teoria de Inteligência Emocional defensável e
forneceram formas de mensurar como isto poderia funcionar na vida real, eles
estabeleceram um impecável padrão de pesquisa de campo.

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

O termo Inteligência Emocional tornou-se conhecido mundialmente após a


publicação do livro Inteligência Emocional, em 1995, por Daniel Goleman.

Existem atualmente três principais modelos de Q. E (Coeficiente


Emocional) e com eles, dezenas de variações. Cada um destes modelos
representa uma perspectiva diferente. O modelo apresentado por Salovey
e Mayer se apoia com firmeza na tradição de inteligência concebida pelo
trabalho original sobre Q.I. Já o modelo trazido por Reuven Bar-On (1997)
se baseia na pesquisa sobre bem-estar. E Goleman (1995) se concentra no
desempenho no trabalho e na liderança organizacional, misturando a teoria
do Q.E. com décadas de pesquisa sobre modelação de competências que
separam indivíduos notáveis de medianos.

Neste capítulo daremos foco ao estudo do Modelo de Goleman (1995) e


como podemos aumentar os resultados nas equipes com sua aplicação.

Atividades de Estudos:

1) Quando o termo Inteligência Emocional foi utilizado pela


primeira vez? E por quem?
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2) Quando foi que o termo Inteligência Emocional tornou-se


conhecido mundialmente?
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Estamos falando de Inteligência Emocional, e antes de conhecer sua


definição, vamos entender o que é emoção? Então vamos lá! Leia o texto a
seguir:

O que é emoção?

Uma palavra sobre o que quero dizer sob a rubrica emoção,


termo cujo significado preciso psicólogos e filósofos discutem há
mais de um século. Em seu sentido mais literal, o Oxford English
Dictionary define emoção como “qualquer agitação ou perturbação
da mente, sentimento, paixão; qualquer estado mental veemente
ou excitado”. Eu entendo que emoção se refere a um sentimento
e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos,
e a uma gama de tendências para agir. Há centenas de emoções,
juntamente com suas combinações, variações, mutações e
matizes. Na verdade, existem mais sutilezas de emoções do que
as palavras que temos para defini-las.

Os pesquisadores continuam a discutir sobre precisamente quais


emoções podem ser consideradas primárias — o azul, vermelho e
amarelo dos sentimentos dos quais saem as misturas — ou mesmo
se existem de fato essas emoções primárias. Alguns teóricos propõem
famílias básicas, embora nem todos concordem com elas. Principais
candidatas e alguns dos membros de suas famílias:

• Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação,


vexame, acrimônia, animosidade, aborrecimento, irritabilidade,
hostilidade e, talvez no extremo, ódio e violência patológica.

• Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, melancolia, autopiedade,


solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa e
depressão.

• Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação,


consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto,
terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.

• Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão,


orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação,
satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo mania.

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Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

• Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação,


adoração, paixão ágape.

• Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha.

• Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância,


repulsa.

• Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação,


arrependimento, mortificação e contrição.

Claro, esta lista não resolve toda a questão de como


caracterizar a emoção. Por exemplo, que dizer de combinações
como o ciúme, uma variante da ira que também funde tristeza e
medo? E das virtudes como esperança e fé, coragem e perdão,
certeza e equanimidade? Ou alguns dos vícios clássicos,
sentimentos como dúvida, complacência, preguiça e torpor — ou o
tédio? Não há respostas claras; continua o debate científico sobre
como classificar as emoções.

A defesa da existência de umas poucas emoções básicas


depende em certa medida da descoberta por Paul Ekman,
na Universidade da Califórnia, em San Francisco, de que as
expressões faciais de quatro delas (medo, ira, tristeza e alegria)
são reconhecidas por povos de culturas de todo o mundo, inclusive
povos pré-letrados supostamente intocados pela exposição ao
cinema ou à televisão — o que sugere sua universalidade. Ekman
mostrou fotos que retratavam expressões faciais de precisão
técnica a pessoas em culturas tão remotas como a Fore da Nova
Guiné, uma tribo isolada, na Idade da Pedra, das montanhas
distantes, e constatou que todos em toda parte reconheciam as
mesmas emoções básicas. Essa universalidade das expressões
faciais da emoção provavelmente foi notada pela primeira vez
por Darwin, que a viu como indício de que as forças da evolução
haviam gravado esses sinais em nosso sistema nervoso central.

Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/Gv3LO7>. Acesso em: 18 jul. 2015.

Agora sim, estamos prontos para conhecer o conceito de Inteligência


Emocional, Vamos lá!

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Definição de Inteligência Emocional


Inteligência emocional é descrita pela Psicologia como a capacidade de
reconhecer nossas próprias emoções e dos outros, e a capacidade de lidar
com tais sentimentos.

Indivíduos emocionalmente inteligentes possuem mais condições de lidar


com as situações adversas do dia a dia, têm maior controle sobre si, resolvem
conflitos com mais facilidade e têm bons relacionamentos interpessoais.

Para Weisinger (2001, p.14), “inteligência emocional é simplesmente o


uso inteligente das emoções – isto é, fazer intencionalmente com que suas
emoções trabalhem a nosso favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu
comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados”.

Segundo Salovey e Mayer (2000), Inteligência Emocional é a capacidade


de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e
raciocinar com ela.

Ambos dividiram Inteligência Emocional em quatro domínios. Vejamos:

a) Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de


sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo.
A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no
estado emocional de outra.

b) Uso das emoções – implica na capacidade de empregar as informações


emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.

c) Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem


sempre evidentes;

d) Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais


facilmente reconhecido da Inteligência Emocional – é a aptidão para lidar
com os próprios sentimentos.

Já Goleman (1998) define Inteligência Emocional como a capacidade


que temos de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, a
capacidade de nos motivarmos e de gerir bem nossas emoções conosco e em
nossos relacionamentos. Para Goleman (1998) a Inteligência Emocional pode
ser categorizada em cinco habilidades. Vejamos:

a) Autoconhecimento Emocional – é a capacidade do indivíduo em


reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

b) Controle Emocional – é saber lidar com os próprios sentimentos,


adequando-os a cada situação vivida;

c) Automotivação – aprender a se motivar, dirigir as emoções a serviço de


um objetivo ou realização pessoal;

e) Reconhecimento de emoções em outras pessoas - colocar-se no lugar


do outro e reconhecer suas emoções;

f) Habilidade em relacionamentos interpessoais – utilização das compe-


tências sociais, sua interação com outras pessoas.

Autoconhecimento emocional, controle emocional e automotivação, são


habilidades chamadas de intrapessoais, importantíssimas para o auto-
conhecimento. Reconhecimento de emoções em outras pessoas e habilidade
em relacionamentos interpessoais são as habilidades interpessoais essenciais
para a organização de grupos, negociações, empatia e sensibilidade social,
capacidades que são descritas por Goleman (1998), veja:

a) Organização de Grupos – Envolve iniciativa e coordenação de grupos, é


uma habilidade essencial para líderes.

b) Negociação de Soluções – Utilizada enfaticamente na resolução de


conflitos, característica de mediadores.

c) Empatia – É a capacidade de se colocar no lugar do outro, de identificar e


compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, sempre analisando
sob a ótica do bem comum.

d) Sensibilidade Social - É a capacidade de detectar e identificar sentimentos


e motivos pelos quais as pessoas fazem o que fazem.

Quantas vezes um sentimento de tristeza ou raiva já fez


você tomar rapidamente alguma decisão que vinha protelando há
tempos?

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Assista a estes vídeos e saiba ainda mais sobre Inteligência


Emocional com a entrevista feita pela TV Globo com Daniel Goleman:

Parte 1- https://www.youtube.com/watch?t=18&v=CXp_3YXFnsE

Parte 2- https://www.youtube.com/watch?v=2m9YDpI5E4Y-

Parte 3- https://www.youtube.com/watch?v=R9jlwGBctSc

Atividades de Estudos:

1) Quando o termo Inteligência Emocional tornou-se conhecido


mundialmente?
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2) Segundo o que você leu acima estabeleça o que define


Inteligência Emocional.
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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

O teste intitulado “O Desenvolvimento de sua Inteligência Emocional” que


você verá a seguir foi criado por Goleman (1998), para ajudar o indivíduo a
tomar consciência das suas aptidões em termos de inteligência emocional e
depois desenvolvê-las. Pode ser feito com toda a equipe que se permita ter o
primeiro passo para a mudança. A consciência.

O Desenvolvimento de sua Inteligência Emocional

Este teste consiste em três partes.

- Na primeira parte você vai avaliar sua capacidade de aplicar a


Inteligência Emocional.

- Na segunda parte você vai examinar suas respostas da primeira


parte, procurando seus pontos fortes e as áreas que podem ser
melhoradas.

- Na terceira parte você vai praticar e observar suas aptidões na


aplicação da Inteligência Emocional durante quatro semanas;
então voltará às duas primeiras partes, observando as
diferenças entre suas respostas.

Primeira Parte

Para cada item, de uma nota para sua capacidade de mostrar


a aptidão descrita. Antes de responder tente pensar em situações
reais nas quais você foi compelido a usar essa aptidão.

Capacidade Baixa Capacidade Alta


1 2 3 4 5 6 7

1. Identificar mudanças na excitação fisiológica


2. Relaxar em situações de pressão
3. Agir produtivamente quando zangado
4. Agir produtivamente em situações que provocam ansiedade
5. Acalmar-se de pressão quando zangado
6. Associar diferentes indícios fisiológicos a diferentes emoções
7. Usar a ‘’ conversa’’ interna para influenciar seu estado emocional
8. Comunicar com eficácia seus sentimentos
9. Refletir sobre sentimentos negativos sem se perturbar
10. Ficar calmo quando for alvo da raiva de outra pessoa

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11. Saber quando você está pensando negativamente


12. Saber quando sua conversa consigo mesmo é instrutiva
13. Saber quando você está ficando zangado
14. Saber como interpretar os acontecimentos
15. Saber que sentidos você está usando no momento
16. Comunicar corretamente o que está sentindo
17. Saber que informações influenciam suas interpretações
18. Identificar suas mudanças de estado de espírito
19. Saber quando você fica na defensiva
20. Saber o impacto do seu comportamento sobre os outros
21. Saber quando você está se comunicando incoerentemente
22. “Aumentar a potência do motor’’ quando quiser
23. Recuperar-se de pressa depois de um retrocesso
24. Completar tarefas longas dentro dos prazos determinados
25. Produzir alta energia fazendo um trabalho desinteressante
26. Cessar ou modificar hábitos pouco eficazes
27. Desenvolver novos padrões de comportamento mais produtivos
28. Depois das palavras, a ação
29. Resolver conflitos
30. Chegar a um consenso com outras pessoas
31. Mediar conflitos alheios
32. Mostrar técnicas eficazes de comunicação interpessoal
33. Apresentar os pensamentos de um grupo
34. Influenciar outras pessoas, direta ou indiretamente
35. Construir a confiança com outras pessoas
36. Montar equipes de apoio
37. Fazer outras pessoas se sentirem bem
38. Dar conselhos e apoio a outros, quando necessário
39. Refletir corretamente os sentimentos de outros para eles mesmos
40. Reconhecer quando uma pessoa está preocupada
41. Ajudar outras pessoas a controlar as emoções
42. Mostrar empatia com outras pessoas
43. Ter conversas íntimas com outras pessoas
44. Ajudar um grupo a controlar as emoções
45. Perceber incongruências entre as emoções ou sentimentos de uma
pessoa e seu comportamento

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Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Segunda Parte

Reveja suas respostas. As tabelas seguintes indicam que


respostas revelam as aptidões.

Intrapessoal
Autoconsciência Controle de Emoções Automotivação
1, 6, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 13, 27 7, 22, 23, 25, 26, 27, 28
20, 21

Interpessoal
Relacionar-se bem Ser Mentor Emocional
8, 10, 16, 19, 20, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 8, 10, 16, 18, 34, 35, 37, 38, 39, 40, 41, 44, 45
36, 37, 38, 39, 42, 43, 44, 45

Organize suas respostas da seguinte maneira: para cada uma das cinco
aptidões conte o número de respostas em que você obteve nota igual ou
inferior a 4, assinalando na coluna da esquerda; conte o número de respostas
em que você obteve nota igual ou superior a 5, assinalando na coluna direita.

Intrapessoal
Capacidade Respostas de nota igual ou Respostas de nota igual ou
inferior a 4 superior a 5
Autoconsciência
Controle de Emoções
Automotivação

Intrapessoal
Capacidade Respostas de nota igual ou Respostas de nota igual ou
inferior a 4 superior a 5
Relacionar-se bem
Ser Mentor Emocional

Analise seus resultados e identifique as aptidões que você


quer melhorar.

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Terceira Parte

Com base nas suas respostas, identifique duas aptidões da


Inteligência Emocional que você deseja melhorar:

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2. __________________________________________________
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Agora identifique algumas tarefas específicas que irão ajudá-lo a


adquirir essas duas aptidões da Inteligência Emocional:
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Pratique durante um mês o uso de suas aptidões da


Inteligência Emocional.

Depois retome as duas primeiras partes. Note as diferenças.


Repita o processo até que sua nota seja igual ou superior a 5 em
todos os itens da primeira parte.

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Bem, com o teste apresentado acima, você pode identificar suas aptidões
com a Inteligência Emocional, chegou o momento de você compreender como
ela é utilizada na Liderança.

Líderes com Inteligência Emocional


Drucker (1996, p. 152) define líderes dizendo que: “Decididamente,
líderes guiam porque geram um compromisso apaixonado em outras pessoas
para que sigam as estratégias e alcancem o sucesso. Por fim, a liderança
não é intelectual nem cognitiva. Liderança é emocional”. E, Goleman (2002)
categoriza líderes como ímãs emocionais.

Líderes com alto grau de Inteligência Emocional vêm obtendo resultados


significativos com suas equipes, reafirmando assim, a fundamentação
apresentada a partir da década de 1990 quando houve mudanças em algumas
É muito importante
concepções tradicionais de liderança, partindo para a busca de uma liderança
que os profissionais
mais efetiva.
que ocupam cargos
de liderança possuam,
É muito importante que os profissionais que ocupam cargos de liderança cada vez mais,
possuam, cada vez mais, habilidades de lidar com suas emoções e, desta forma, habilidades de lidar
ter maior facilidade com o desenvolvimento desta habilidade em sua equipe. com suas emoções
e, desta forma, ter
Diante da pressão que muitos líderes vivenciam, acabam não tendo maior facilidade com o
energia física e muito menos emocional para desenvolver as competências de desenvolvimento desta
Inteligência Emocional que são necessárias para seu próprio desenvolvimento habilidade em sua
e o de sua equipe. Logo, para minimizar esse problema, é primordial que as equipe.
empresas inicialmente conscientizem-se da necessidade de contarem com
líderes aptos a liderar efetivamente e criem programas para desenvolvimento
de líderes com Inteligência Emocional, potencializando e desenvolvendo as
competências que se encontram deficientes em cada um deles.

Hay e McBer, empresas de consultorias, fizeram uma pesquisa onde


reuniram amostras aleatórias com quase 4.000 executivos. A pesquisa
apresentou seis estilos de liderança. Cada um destes estilos com origens em
diferentes componentes da Inteligência Emocional. Um tanto interessante
saber que a pesquisa indica que os melhores líderes são os que contam com
mais de um tipo de liderança, os que utilizam a maioria dos estilos são os que
apresentam o melhor resultado com sua equipe. São exatamente os líderes
que atuam no estilo de liderança momentâneo pertinente a necessidade do
momento. O líder que mantem-se equilibrado entre a razão e a emoção.

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

Os estilos de liderança apresentados pela pesquisa são:

• Líderes Coercitivos: exigem imediata submissão.


• Líderes Autoritários: mobilizam as pessoas em direção a uma visão.
• Líderes Agregativos: criam laços emocionais e harmonia.
• Líderes Democráticos: criam consenso através da participação.
• Líderes de Transformação: contam com excelência e a auto direção.
• Líderes Treinadores: desenvolvem as pessoas para o futuro.

Entre inúmeras novidades apresentadas nesta pesquisa uma nos chama


atenção pelo assunto que estamos abordando. A pesquisa descobriu que cada
estilo de liderança provém de diferentes componentes da Inteligência Emocional.

Diante disso, é preciso que cada líder busque identificar seu estilo de
liderança e desenvolva-se para que exista o equilíbrio entre a condescendência
e a exigência em sua liderança. Ddesta forma, conseguir desenvolver uma
equipe de alta performance que tragam resultados também de alta performance
para as organizações.

Para Goleman,
Boyatzis e McKee
(2002), líderes
Competências de um Líder com
efetivos estão em Inteligência Emocional
sintonia com quem
os rodeia, através Para Goleman, Boyatzis e McKee (2002), líderes efetivos estão em
de comportamentos
sintonia com quem os rodeia, através de comportamentos de compaixão,
de compaixão,
consciência plena, comportamentos de esperança e confiança. Estes líderes
consciência plena,
inspiram seus liderados a segui-los. Estas características, as quais veremos
comportamentos
de esperança e na figura a seguir, fazem parte das competências de Inteligência Emocional e
confiança. Estes podem ser desenvolvidas.
líderes inspiram seus
liderados a segui-los. Conforme a figura a seguir, as competências apresentadas por Goleman
Estas características, (1998), estão agrupadas em quatro grandes dimensões:
as quais veremos
na figura a seguir,
fazem parte das
competências de
Inteligência Emocional
e podem ser
desenvolvidas.

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Figura 4 - Domínios e competências de Inteligência Emocional

Fonte: Adaptado de Goleman, Boyatzis e McKee (2002).

Segundo a explanação apresentada pelos autores, ficam explícitas


as competências que devem ser desenvolvidas para que um líder tenha
maiores resultados com sua equipe. Basta que as organizações criem
escalas de análises, chamadas de diagnósticos e direcionem seu plano de
desenvolvimento de lideranças segundo suas principais necessidades.

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

Para finalizarmos este tópico, sugiro que tente se lembrar


de líderes que você já teve no decorrer de sua vida profissional.
Segundo as competências acima apresentadas quais dessas
competências você considera que estes líderes tinham? E
quais deveriam desenvolver? E você, se estiver hoje ou se
hipoteticamente estivesse em um posto de liderança o que acha
que deveria desenvolver em você?

Como usar Inteligência Emocional para


Proporcionar bons Resultados nas
Relações Interpessoais
A Inteligência Emocional pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada. A maneira
de expandir a Inteligência Emocional é a prática de novas ações relacionadas a
cada característica que já apresentamos anteriormente, na figura 1.

Diante disso, sabemos que líderes que estão preparados para desenvolver
estas características em seus liderados, certamente obterão um aumento
significativo nos resultados através das relações interpessoais.

No tópico a seguir você compreenderá como poderá desenvolver sua


equipe por meio da Inteligência Emocional.

Inteligência Emocional no Desenvolvimento


de Equipes
Os empregados mais simples e os executivos de altos
níveis têm dificuldades semelhantes para liderar seu mundo
psíquico. Foram treinados para trabalhar exteriormente,
mas não para um papel de destaque em seu interior (CURY,
2009, p. 21).

A Inteligência Emocional não está necessariamente relacionada com o


grau de intelecto das pessoas, se assim fosse, não teríamos pessoas com
alto grau intelectual perdendo o controle, insultando liderados e colegas de
trabalho, sendo apáticos, entre outras atitudes que estão em desacordo com
que explica a I.E (Inteligência Emocional), dentro das organizações.

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Já vimos inúmeras definições de Inteligência Emocional e para elucidar


que ela não se relaciona somente com o grau de intelecto das pessoas,
Soto (2008) apresenta que Inteligência Emocional é o conjunto das funções
cerebrais e mentais que diz respeito às emoções. Explica como, em resposta
aos estímulos cotidianos ou auto estímulos psíquicos (ideias, lembranças,
emoções), ativar um conjunto de partes, sistemas e conexões entre a área
emocional e as áreas cerebrais indispensáveis para a atenção, percepção,
memória e lógica.

Há algum tempo as organizações começaram a se interessar pelo assunto,


pois estão percebendo cada vez mais o quanto pessoas com Inteligência
Emocional são imprescindíveis para que, inclusive, construa-se sinergia em
grupos e desta forma alcancem resultados almejados de forma rápida e eficaz.

As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm


mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem
eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais
que fomentam sua produtividade; as que não conseguem
exercer nenhum controle sobre sua vida emocional
travam batalhas internas que sabotam a capacidade de
concentração no trabalho e de lucidez de pensamento.
(GOLEMAN, 1998, p. 49).

Segundo Weisinger (2001, p. 16),

quando os empregados usam sua inteligência emocional,


ajudam construir uma organização emocionalmente
inteligente, na qual cada um se responsabiliza pelo
crescimento da sua própria inteligência emocional, pela
aplicação da sua inteligência emocional no relacionamento
com as outras pessoas e pela aplicação das aptidões da sua
inteligência emocional na organização como um todo.

Weisinger (2001) ainda afirma, que a Inteligência Emocional provém de


quatro componentes, que agem como os elementos do DNA do indivíduo,
quando alimentados pela experiência nos permitem desenvolver habilidades e
aptidões específicas, que vão formar a base da nossa Inteligência Emocional.

Esses quatro componentes são:

• A capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção;


• A capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem
facilitar sua compreensão de si mesmo ou outrem;
• A capacidade de compreender as emoções e o conhecimento derivado delas;
• A capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento
emocional e intelectual.

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

Estamos desde o início deste caderno de estudos, falando sobre o


Coaching como Gestão para resultados, e conforme vimos, a Consciência é o
primeiro passo para qualquer mudança, para o desenvolvimento de I. E. não
é diferente. Com a análise do teste feito anteriormente fica mais fácil para que
os líderes executem um plano de ação de desenvolvimento, atuando como
líder coach ou contratando um coach externo que possa desenvolver as
características necessárias em cada liderado.

A partir do exposto, entendemos como sendo importante compreender


como expandir sua inteligência emocional para conseguir melhores resultados,
tanto em sua vida pessoal e profissional quanto no desenvolvimento de sua
equipe.

Como Expandir a Inteligência Emocional


No mundo da emoção as palavras-chaves são “treinamento”
e “educação”. Você precisa treinar sua emoção para ser
feliz. Você precisa educá-la para superar as perdas e as
frustrações. Caso contrário, sua emoção nunca será estável
[...]. (CURY, 2009, p. 13).

Weisinger (2001) salienta que os componentes de nossa Inteligência


Emocional podem ser desenvolvidos para nos dar mais condições de expandi-
la. Cada um dos componentes apresentados anteriormente, representam
certas aptidões que, reunidas, dão origem à nossa Inteligência Emocional
que devem ser desenvolvidas constantemente para expandir a Inteligência
Emocional no trabalho e obter melhores resultados através de pessoas.

A seguir iremos explanar melhor cada um destes componentes em suas


divisões e subdivisões. Vejamos:

a) Intrapessoal

A Iinteligência Intrapessoal é dividida em Autoconsciência, Controle das


Emoções e Automotivação, os quais veremos com mais detalhes a seguir:

• Autoconsciência

Trata-se de uma capacidade de concentração, a partir da


familiaridade com os medidores internos e com os sinais
sutis que informam o que estamos sentindo, que nos permite
utilizá-los como um guia para avaliar permanentemente
nosso desempenho. (GOLEMAN, 1998, p. 69).

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

A autoconsciência é base do desenvolvimento da Inteligência A autoconsciência


Emocional justamente porque a Inteligência Emocional só pode começar é base do
quando a informação entra no sistema receptivo. Por exemplo: para poder desenvolvimento
controlar a raiva, incialmente, o indivíduo precisa ter consciência do que a da Inteligência
provoca e como esta emoção o afeta. A autoconsciência aguçada permite Emocional justamente
nos monitorarmos e nos observarmos em ação. No caso da autoconsciência porque a Inteligência
Emocional só pode
fragmentada, o indivíduo terá dificuldade em tomar decisões eficientes
começar quando a
justamente pela falta de informação. Esta falta de informação se dá a visão
informação entra no
distorcida que se tem do real acompanhada da falta de percepção de si que
sistema receptivo.
automaticamente reflete-se na falta de percepção do outro. Por exemplo: para
poder controlar a
• Controle das Emoções raiva, incialmente, o
indivíduo precisa ter
Segundo Weisinger (2001) controlar as emoções quer dizer compreendê- consciência do que
las. Significa lidar melhor com os acontecimentos de maneira mais equilibrada a provoca e como
e produtiva; diferente de reprimir as emoções, o que irá privar o indivíduo das esta emoção o afeta.
valiosas informações que elas podem lhe fornecer. A autoconsciência
aguçada permite nos
Para Goleman (1998), para controlar nossas emoções precisamos monitorarmos e nos
assumir o controle de nossas atitudes, e para assumirmos o controle de nossas observarmos em ação.
atitudes precisamos inicialmente, reconhecê-las através da autoconsciência,
da percepção de si mesmo.

Goleman (1998) ainda afirma que controlar suas próprias emoções é


essencial para uma comunicação eficaz. Independente do estado de ânimo
que se atravessa, o grande desafio é manter a serenidade e a compostura.

• Automotivação

O profissional que identifica como age e reage diante das diversas


situações diárias e consegue com maior facilidade controlar suas emoções,
tem maior capacidade de motivar-se para continuar colaborando com suas
ideias e espírito de cooperação dentro de um grupo de trabalho.

Tecnicamente, a motivação é aquilo que o leva a dispender


energia numa direção específica com um propósito
específico; no contexto da inteligência emocional, motivar-
se significa usar seu sistema emocional para catalisar todo
esse processo e mantê-lo em andamento. (WEISINGER,
2001, p. 75).

A motivação é o componente essencial para iniciar uma tarefa e persistir


nela, é preciso trabalhar com as equipes para desenvolver constantemente
sua motivação, desta forma terão maior êxito na resolução de conflitos e no
alcance de metas.

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

b) Interpessoal

A Inteligência Interpessoal é dividida em Comunicação Eficaz, Destreza


Interpessoal e Ajudar as Pessoas a se Ajudarem, as quais veremos com mais
detalhes a seguir.

• Comunicação Eficaz

É incalculável o valor e os benefícios de uma comunicação eficaz no


ambiente de trabalho.

Comunicação eficaz é primordial. As pessoas precisam ter em mente que


Comunicar é algo, é fazer com que aquilo seja comum. O que é bem diferente
de apenas Informar algo, pois informar algo é um ato unilateral onde apenas
passo as informações que tenho e da forma que eu entendo e não a forma que
o outro precisa entender propriamente.

Para Weisinger (2001, p 117) as técnicas que devem ser exploradas para
desenvolver uma comunicação eficaz são:

• A auto revelação – revelar o que pensa, sente, deseja.


• A positividade – defender suas opiniões, ideias, crenças e necessidades, e
ao mesmo tempo respeitar as dos outros.
• A escuta dinâmica – ouvir o que a outra pessoa está realmente dizendo.
• A crítica – expor construtivamente suas ideias e sentimentos em relação a
ideias e atos de outrem.
• A comunicação de equipe – saber comunicar-se numa situação de grupo.

Segundo Weisinger (2001) a pessoa que conduz cada uma destas


técnicas ajuda a garantir sua eficácia e sensibilidade na comunicação.

• Destreza Interpessoal

As avaliações de desempenho que costumam ser feitas dentro das


organizações geralmente avaliam o bom relacionamento que o indivíduo tem
com as outras pessoas do grupo, justamente pela imensa importância que o
relacionamento interpessoal tem para o bom desempenho nos trabalhos diários.

Esta destreza interpessoal faz com que a consciência das interdependências


de funções, sejam mais facilmente percebidas e colocadas em funcionamento
dentro da organização.

Duas técnicas que levam a destreza interpessoal são: i), a capacidade


de analisar um relacionamento, o que lhe permitirá utilizar as características

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

intrínsecas do relacionamento em beneficio dele próprio e; ii) é a aptidão para


comunicar-se nos níveis adequados para que a informação seja trocada de
maneira eficaz.

• Ajudar outras pessoas a se ajudarem

Uma organização de trabalho é uma entidade holística, um


sistema integrado que se baseia na interação dos indivíduos
que dele fazem parte: o desempenho de cada um afeta toda
a empresa. Por isso, é tão importante para o sucesso
da companhia que os funcionários não apenas tenham
o melhor desempenho possível, mas também ajudem
os outros a fazer o mesmo. No contexto da inteligência
emocional isso significa ajudar os outros a controlar suas
emoções, comunicar-se eficazmente, solucionar seus
problemas, resolver seus conflitos e permanecer motivados
(SANTOS, 2012, p. 40).

Ajudar outras pessoas dentro de organizações pode ser mais difícil


que parece. Até porque cada um tem um modelo de mundo e, isto dificulta
muitas vezes, sua percepção segundo o seu modelo de visão, a sua forma
de interpretar as coisas. Por exemplo, no entanto, é uma das práticas com
certeza mais gratificantes da Inteligência Emocional.

Existem quatro maneiras que podem ser utilizadas para ajudar os outros
a se ajudarem: Manter sua perspectiva emocional, saber como acalmar uma
pessoa descontrolada, ser um ouvinte solidário, ajudar a pessoa a planejar e
alcançar suas metas.

Todas estas técnicas almejam aquilo que deveria ser o objetivo e o esforço
de todas as organizações, formar uma equipe emocionalmente inteligente
através do desenvolvimento das competências da Inteligência Emocional.

Para saber ainda mais sobre a Inteligência Emocional no


Trabalho, sugiro que leia o livro: GOLEMAN, Daniel. Trabalhando
com Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.

Contribuindo para seu aprendizado sugiro que veja o vídeo


– Inteligência Emocional no Trabalho: https://www.youtube.com/
watch?v=i0fBtu5Z-Gk –

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Coaching e Gestão para Resultados Através de Pessoas

Atividade de Estudos:

1) Weisinger (2001) dividiu em duas partes os componentes que


devem ser desenvolvidos constantemente para expandir a
Inteligência Emocional no trabalho e obter melhores resultados
através de pessoas. Faça um resumo deste componentes:
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Algumas Considerações
Ao longo deste capitulo, constatamos que competências como empatia,
capacidade de autoconsciência, comunicação eficaz, ter controle das próprias
emoções e ter a capacidade de direcioná-las com eficácia no trabalho, contribui
para o aumento dos resultados que as empresas esperam obter.

Para isto, é de extrema importância termos líderes capacitados para liderar


a si mesmos e para desenvolver Inteligência Emocional em seus liderados.

Sugiro que releia mais algumas vezes este capítulo, faça uma autoanálise
e escolha desenvolver-se, para depois sim, poder desenvolver outras pessoas
e ter êxito em sua vida pessoal e profissional.

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Inteligência Emocional para Massificação
Capítulo 3 de Resultados Através de Pessoas

Referências
CURY, A. Seja líder de si mesmo. Ed. Especial AVON. Rio de Janeiro:
Sextante, 2009.

DRUCKER, P. F. O Líder do Futuro: visões, estratégias e práticas para uma


nova era. 6. ed. São Paulo: Futura, 1996. Tradução de: The Leader of the
Future.

GOLEMAN, Daniel. Trabalhando com Inteligência Emocional. Rio de


Janeiro: Objetiva, 1998.

_______. Trabalhando com a Inteligência Emocional: a experiência de


liderar com sensibilidade e eficácia. Traduzido por Cristina Serra. Rio de
Janeiro: Campus, 2002. Tradução de: Primal Leadership.

GOLEMAN, D., BOYATZIS, R.; MCKEE, A. The new leaders: transforming


the art of leadership into the science of results. 2002.

SALOVEY, P.; MAYER, J. D. Selecionando uma medida da inteligência


emocional: O argumento para testar as habilidades. São Paulo: Objetiva,
2000.

SANTOS, J. O. dos. A possível percepção dentro das organizações por


meio da inteligência emocional. 2012. Artigo (Pós-Graduação Lato Senso)
– Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2012.

SOTO, E. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. 1. ed.


São Paulo: Cengage Learning, 2008.

WEISINGER, H. Inteligência Emocional no Trabalho. Rio de Janeiro:


Objetiva, 2001.

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