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Bem-Vindo Contemporâneo
e Transversal -
Inteligência
Emocional
PROFESSORES
Esp. Kelly Luana Molinari
Me. Kelvin Custodio Maciel
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
“Graduação - EaD”.
1. Estudo 2. Contemporâneo 3. Transversal. 4.
Inteligência 5. Emocional. Título.
CDD - 152.4
Impresso por:
RECURSOS DE
IMERSÃO
PENSANDO JUNTOS
EXPLORANDO IDEIAS
NOVAS DESCOBERTAS
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A CONCEPÇÃO COMO AUMENTAR A
DE INTELIGÊNCIA SUA COMPETÊNCIA
EMOCIONAL SOB
EMOCIONAL
A PERSPECTIVA
DE DIFERENTES
ABORDAGENS
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20 4 30
AUTOCONSCIÊNCIA DESENVOLVIMENTO
EMOCIONAL E GESTÃO DA COMPETÊNCIA
DAS EMOÇÕES: SOCIAL
COMPETÊNCIAS
PESSOAIS
UNIDADE 1
MINHAS METAS
• Entender o que é inteligência emocional.
Olá, acadêmico(a)!
Seja bem-vindo à disciplina Inteligência Emocional. Nela abordaremos di-
versos assuntos interessantes que lhe proporcionarão mais conhecimentos sobre
emoções e a gestão delas. Temos certeza de que este tema será de grande valia para
sua vida. Vamos lá!
Para iniciar nossa caminhada na busca para entender as
emoções e desenvolver competência emocional, indicamos
que assista ao vídeo a seguir e tenha uma prévia do que vem
de aprendizado.
“
A expressão “Inteligência Emocional” foi se tornando amplamente
conhecida em virtude dos estudos do professor da Universidade
de Harvard, Daniel Goleman. Em 1995, Goleman publicou o livro
intitulado “Inteligência Emocional”. Contudo, ele não foi o pioneiro
a pesquisar essa temática, já que os psicólogos americanos Peter
Salovey e John Mayer foram os primeiros a explicar esse conceito
(COBÊRO, 2003, p. 95).
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
É válido lembrar que, em 1990, na primeira vez que utilizaram o termo “Inteli-
gência Emocional”, Peter Salovey e John Mayer estavam partindo dos estudos do
psicólogo Howard Gardner acerca das “Inteligências Múltiplas”, com o intuito de
questionar a supremacia da inteligência cognitiva nas pesquisas sobre inteligência
(ALMEIDA; SOBRAL, 2005).
EXPLORANDO IDEIAS
Agüera (2008), por sua vez, atribui a criação do termo “Inteligência Emocional”
ao psicólogo israelita Reuvem Baron, em 1985, que também foi o pesquisador
que criou a denominação “quociente emocional”.
Segundo Woyciekoski e Hutz (2009), a inteligência emocional explicita um
convite à reflexão sobre os conceitos tradicionais de inteligência, passando a agre-
gar à inteligência dimensões emocionais e sentimentais. Conforme Almeida e
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UNIDADE 1
Sobral (2005), tão logo a expressão inteligência emocional tenha sido cunhada,
já foi embebida com os sentidos de perceber, compreender e regular as próprias
emoções. Em linhas gerais, a inteligência emocional se refere à consonância entre
a razão e a emoção. Trata-se, assim, de manejar as emoções de modo inteligente.
Já para Agüera (2008), a inteligência emocional equivale à capacidade hu-
mana de fazer a gestão das emoções, isto é, adaptar-se às circunstâncias que
emergem no dia a dia. Por conseguinte, facilmente pode-se supor os motivos
pelos quais tantas pessoas têm procurado saber mais sobre esse assunto.
NOVAS DESCOBERTAS
Santos, Almeida e Lemos (1999) esclarecem que está cada vez mais evidente que
a inteligência não é uma habilidade de teor exclusivamente cognitivo, isto é, inte-
lectual/mental. Não basta se destacar em habilidades e competências intelectuais
e não conseguir controlar as próprias emoções. Seguindo essa linha de raciocínio,
Roberts, Flores-Mendoza e Nascimento (2002) acrescentam que a inteligência emo-
cional de uma pessoa possibilita que se anteveja seu futuro desempenho profis-
sional. Por isso, as empresas têm procurado analisar as habilidades cognitivas,
comportamentais e emocionais, antes de efetuar a contratação de profissionais.
Para Santos, Almeida e Lemos (1999, p. 401), “[...] ser emocionalmente inteli-
gente está se tornando requisito imprescindível para todo profissional”, principal-
mente porque o mercado de trabalho tem-se mostrado cada vez mais competitivo,
na medida em que passa a ser mediado por dispositivos tecnológicos e apresenta
baixos níveis de emprego, aumentando assim a concorrência e a disputa por uma
vaga de trabalho entre os desempregados. Portanto, as pessoas que têm investido no
desenvolvimento de sua inteligência emocional estão apresentando um diferencial,
potencializando sua empregabilidade. Ainda de acordo com os mesmos autores
citados anteriormente:
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UNIDADE 1
“
[...] não existe mais espaço para o profissional que não consegue de-
senvolver habilidades de compreender como se efetuam os mecanis-
mos de manejo relacionados ao controle, estabilização e utilização
das emoções (SANTOS; ALMEIDA; LEMOS, 1999, p. 403).
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UNIDADE 1
Essas são apenas algumas perguntas que permanecem sem respostas conclusivas
sobre essa temática, e alguns questionamentos que dividem opiniões entre os pes-
quisadores. Mas não é por ser um conhecimento que está em fase de construção (se
é que algum conhecimento pode ser completamente concluído) que deve ser des-
prezado. Assim, agora que você já tem uma noção do que a inteligência emocional
abrange e de como anda o desenvolvimento de suas pesquisas, vamos aprofundar
mais esse conceito?
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UNIDADE 1
“
A inteligência emocional (IE) constitui um campo de estudo que
reúne pesquisas extensivas sobre a inter-relação entre pensamen-
tos, sentimentos e habilidades. Sobretudo, investigam-se as rea-
ções e interpretações emocionais de sujeitos, bem como a função
das emoções no comportamento inteligente. A consideração das
interações entre cognição e emoção poderia resultar no reconhe-
cimento da capacidade do homem em lidar com suas emoções de
forma inteligente e compatível com seus mais caros objetivos de vida
(WOYCIEKOSKI; HUTZ, 2010, p. 152).
Essa citação parece se articular aos tópicos que foram listados nos parágrafos
anteriores, sobre a forma de lidar com os relacionamentos, sonhos, situações
funestas etc. Assim, passa-se a fortificar a ideia de que o ser humano tem virtudes
que lhe permite direcionar seu estado emocional de modo perspicaz, em sintonia
com seus propósitos de vida. Acadêmico, essas frases disparam algum gatilho de
memória de cunho religioso em você? Parecem assemelhar-se às ideias contidas
nos versículos bíblicos que seguem?
“
“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale
controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade”. Pro-
vérbios 16:32
“
“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem
não sabe dominar-se”. Provérbios 25:28
“
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilida-
de, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas
coisas não há lei”. Gálatas 5:22-23 (BÍBLIA ON, 2019, s.p.).
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UNIDADE 1
Talvez as frases que você tem lido nesse livro estão lhe fazendo recordar das
“filosofias” orientais que enfatizam o aniquilamento da ira. Na concepção de
Agüera (2008), a ideia de não se deixar apoderar-se pelas paixões remonta à
Idade Antiga, sendo Platão, um filósofo que a defendia. Na filosofia platônica,
as paixões e sensações pertencem ao mundo das ilusões e das ideias imperfei-
tas. Para o pensador, não devemos nos conduzir pelas paixões, pois as paixões
são efêmeras e passageiras.
Figura 4 – Platão
Fonte: http://bit.ly/38DX5W5>.
Acesso em: 15 nov. 2019.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Caso isso ainda não tenha ficado compreensível para você, aproveite a opor-
tunidade para desenvolver sua paciência. Mas fique tranquilo, nos próximos pa-
rágrafos, as ideias que permeiam o assunto poderão ficar mais claras. Enquanto
você procura assimilar essas novas informações e compreendê-las, já consegue
presumir o que é a competência emocional?
Antes de entregar esse novo conceito para você, segue um trecho da pesquisa
feita por Ferreira et al. (2018, p. 22) acerca da prevenção do abandono dos estu-
dos por parte de estudantes da educação em nível superior:
“
No que se refere aos resultados da relação entre o abandono escolar
com as variáveis sociodemográficas e com as competências emocio-
nais, verificou-se que a perceção emocional estabelece uma relação
direta com a dimensão organizacional, sugerindo que quanto mais
perceção emocional os estudantes têm, menos percepcionam a di-
mensão organizacional como fator de abandono escolar.
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UNIDADE 1
PENSANDO JUNTOS
A palavra “perceção” existe! Ela é mais utilizada em Portugal, onde se encontrava boa par-
te dos pesquisadores durante a realização da pesquisa que acabou de ser mencionada. O
significado da palavra é muito parecido com o da palavra “percepção”.
Com base nesse trecho da pesquisa, sobre o abandono dos estudos, você já se aventu-
ra a rascunhar um conceito de “competência emocional”? Conforme Agüera (2008),
a competência emocional consiste nas habilidades de:
■ Monitorar e refrear os impulsos emocionais.
■ Desvencilhar-se de estados de ânimo desfavoráveis.
■ Entender que para obter grandes gratificações geralmente é necessário
abrir mão de pequenas gratificações, ou, no mínimo, deixá-las para depois.
“
A emoção, como facilitadora do ato de pensar, diz respeito à in-
fluência que as emoções têm nos processos cognitivos, e, ao mesmo
tempo, à eficácia com que a pessoa compreende e utiliza a infor-
mação desse sistema de alerta que dirige a atenção e o pensamento
para as informações (internas ou externas) mais importantes no
processo de solução de problemas.
Para que isso fique mais perceptível, convidamos você a refletir sobre suas ati-
tudes, agora que está ocupando o papel de universitário. Você sente vontade de
estudar o tempo todo? Você se sente empolgado todos os dias para ler ou fazer as
atividades de estudo? Você sempre se sente com energia suficiente para continuar
concentrado por horas em seus estudos? Ou, às vezes, você sente vontade de
trocar as leituras, atividades acadêmicas por atividades de lazer?
Sejamos francos! Cursar uma graduação requer muitos esforços. Uma pessoa
que sempre e prontamente cede aos impulsos emocionais de largar os livros para
dormir, para passear ou para ficar navegando nas redes sociais, tem menor chance
de concluir os estudos universitários, simplesmente porque ela provavelmente de-
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UNIDADE 1
Figura 5 – Resiliência
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/resilience-method-text-keywords-isolated-
on-1550976113. Acesso em: 7 dez. 2022.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Agüera (2008) alega que por meio da reflexão íntima e interior, costumeiramente
chamada de introspecção e da prática, ou seja, do aprendizado, treino, exercício, a
inteligência emocional pode ser aperfeiçoada, otimizada.
Diante dessa afirmação, não seria espantoso se uma pergunta que passasse a
pulsar em meio aos seus pensamentos, nesse momento fosse: “como eu posso
desenvolver a minha inteligência emocional? Ou: “o que eu tenho que fa-
zer para melhorar competência emocional?” Que tal algumas respostas? O
primeiro passo é ler e ponderar sobre o quadro que segue:
Se você se deparar com fracassos, não aceite ficar triste, acabrunhado por
muito tempo. Levante-se. Persevere. Siga adiante.
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UNIDADE 1
Precisa de algumas dicas para desenvolver a sua abertura para outros pontos de
vista? Agüera (2008) tem algumas delas para você:
■ Seja eclético e flexível.
■ Permita-se considerar atentamente os argumentos das outras pessoas,
até mesmo daquelas que pensam de maneira totalmente diferente da sua.
■ Não é preciso mudar de opinião sempre, mas é benéfico recordar que
grande parte das discordâncias possuem mais dois pontos de vista além
do seu! Ou seja, o de seu interlocutor e de outras pessoas que olhem para
a situação a partir de outro lugar (observam as coisas por um prisma
diferente do seu e do seu interlocutor). Além do mais, quem garante que
você é realmente o detentor da verdade? Assim como o seu interlocutor
pode estar equivocado, você também pode.
■ Cuidado para não cair na armadilha de julgar as circunstâncias de modo
irrefletido, tomado exclusivamente por emoções.
■ Procure não rejeitar com veemência os argumentos dos outros.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
Motivação: você já deve ter ouvido alguém dizer que as empresas de-
veriam investir mais na motivação de seus funcionários, ou, que os pro-
fessores deveriam instigar a motivação de seus alunos. Então, será que a
motivação é algo que só vem de fora para dentro? Ou uma pessoa pode ser
capaz de produzir motivação em si?
EXPLORANDO IDEIAS
Quer desenvolver sua consciência de si? Que tal começar literalmente pela escrita de sua pró-
pria história? “O exercício de (re)memoração autobiográfica é desencadeador de um processo
de produção de consciência de si. Escrever sua história de vida é, portanto, o dispositivo que,
ao ser acionado, permite a construção de uma representação de si” (CUNHA, 2016, p. 96).
Há indícios de que é possível gerar uma motivação em si. É o que parece defender
Clement et al. (2014, p. 46) ao propalarem a expressão: “[...] motivação autônoma
(formas autodeterminadas de motivação extrínseca e motivação intrínseca)”. Vale
lembrar que a palavra extrínseca se refere ao que é externo, de fora, enquanto in-
trínseca significa inerente, interno, de dentro.“A motivação intrínseca se caracteriza
pelo interesse e satisfação pela atividade em si, ou seja, o envolvimento é livre e
voluntário e não necessita de recompensas ou punições” (CLEMENT et al., 2014,
p. 46). Dito em outras palavras, a motivação abrange inclinações, predisposições
internas que favorecem que objetivos sejam atingidos.
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
Figura 7 – Motivação
Portanto, ao analisarmos
as correlações entre essas
três características que, para
Agüera (2008), compõem o
substrato das competências
pessoais da inteligência emo-
cional, podemos inferir que o
autoconhecimento, a per-
cepção e o entendimento das
próprias emoções, ânimos e
ponderações são qualidades
que definem as pessoas que
possuem a intrínseca inteli-
gência emocional.
“
O sistema límbico assume o controle antes que a parte do cérebro
pensante (neocórtex) tenha tomado consciência de nossa emoção
(sentimento) e tenha elaborado uma decisão. O sistema emocio-
nal “decide” uma atuação com base nas lembranças e impressões
guardadas em nossas memórias emocionais, antes que chegue à
consciência do neocórtex de que emoção se trata e que ação estamos
tomando (AGÜERA, 2008, p. 97).
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UNIDADE 1
PENSANDO JUNTOS
O que é o sistema límbico? Conjunto de estruturas cerebrais cujas bases neurais estão
associadas às emoções (ESPERIDIÃO-ANTONIO et al., 2008).
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
Falar sem pensar, ser sincero além do que deveria revela uma situação em que a
pessoa não refletiu antes de agir, e acabou “metendo os pés pelas mãos”. Segundo
Primi, Bueno e Muniz (2006), o processo decisório, isto é, as tomadas de decisão po-
dem ser beneficiadas, incrementadas quando a pessoa desenvolve sua capacidade
de gerar sentimentos em si mesma. Assim, a pessoa pode avaliar as circunstâncias,
treinando a si própria para gerar suas emoções, examiná-las sensatamente, senti-las
de modo conveniente e manuseá-las positivamente antes de definir sua escolha.
Ainda assim, Agüera (2008) defende que prontamente podemos controlar
a durabilidade da emoção, ou seja, pelo menos é possível reger, sem demora, o
espaço de tempo que a emoção ocupará. A capacidade de comedir a extensão da
emoção é fundamental para que ela não se apodere inteiramente do nosso estado
de ânimo ou para que ela não perdure mais tempo do que o inevitável. Assim,
podemos reagir de forma mais apropriada perante os dilemas e percalços da vida.
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UNIDADE 1
Como você pode imaginar, existem pessoas que não conseguem ajustar ade-
quadamente as suas emoções, permitindo serem o tempo todo sugestionáveis
pelo que sentem. Entregam-se globalmente às emoções e, assim, correm riscos
de, paulatinamente, serem desmantelados por elas, ou, minimamente danifica-
dos. Inclusive, seus relacionamentos ficam vulneráveis, prestes a ruir. Esses são
mais alguns motivos para que tais pessoas procurem psicólogos e/ou médicos
(AGÜERA, 2008). Quando a motivação está muito baixa, as demais habilidades
da inteligência emocional podem ser avariadas, abaladas, deixando de ser de-
monstradas de forma propícia (AGÜERA, 2008).
Antes de avançarmos para a temática das competências sociais, vamos reca-
pitular que o conhecimento emocional inclui algumas capacidades, conforme
Primi, Bueno e Muniz (2006):
■ Identificar as emoções.
■ Indicar as diferenças e gradações entre elas.
■ Compreender sentimentos complexos.
■ Passar de um sentimento para outro.
EXPLORANDO IDEIAS
Você quer mais orientações para desenvolver suas competências pessoais? Aceitar os
próprios erros e procurar o lado positivo das coisas sãos dois principais conselhos deixa-
dos por Agüera (2008). Veja as demais sugestões deixadas pelo mesmo autor:
• Lembre-se de que seus erros podem lhe propiciar aprendizado, depois
de terem sido assimilados por você.
• Todos os seres humanos são suscetíveis a errar, e ter a hombridade para admitir que
um erro foi cometido por você pode, inclusive, elevar o nível de confiança nas pessoas que
convivem ao seu redor.
• Faça o máximo possível para consertar as complicações que seus
erros causaram.
• Focar no lado positivo das coisas pode lhe ajudar a superar os
momentos mais sofríveis.
• Procure ampliar seu campo de visão. Não focalize tanto nos problemas. Olhe para os
lados, em outras direções. Talvez você descubra oportunidades em meio às adversidades.
• Tenha uma atitude positiva, pois pode melhorar o seu entorno e a sua vida como um todo!
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
Nesse contexto, vamos explicitar melhor o que são as emoções. Goleman (2012)
compreende a emoção como um sentimento, que está relacionado a pensamentos
distintos, estados psicológicos e biológicos e uma série de tendências para agir.
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
Filme: Divertidamente
Sinopse: Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve
enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais deci-
dem deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em
San Francisco. Dentro do cérebro de Riley, convivem várias emoções
diferentes, como a alegria, o medo, a raiva, o nojinho e a tristeza. A líder de-
les é alegria, que se esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja
sempre feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que ela e
tristeza sejam expelidas para fora do local. Agora, elas precisam percorrer as
várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley para que possam retornar
à sala de controle – e, enquanto isto não acontece, a vida da garota muda
radicalmente.
Comentário: De uma forma divertida e abstrata, esse filme nos coloca em
contato com as emoções/sentimentos, principalmente, aquelas que mais in-
fluenciam nosso desempenho e/ou nossas relações interpessoais no dia a
dia: a alegria e a Ttristeza.
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UNIDADE 1
Ficou claro para você em que consiste a Inteligência Emocional e quais aptidões você
precisa desenvolver para ser competente emocionalmente? Apresento aqui três pon-
tos ssenciais que podem lhe ajudar a desenvolver sua Inteligência emocional:
NOVAS DESCOBERTAS
O que você acha de verificar como está o nível da sua Inteligência Emo-
cional? Disponibilizamos um teste para você responder e descobrir.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
EXPLORANDO IDEIAS
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
habilidades sociais ainda são mais propensas a solicitar ajuda quando precisam,
portanto, possuem maiores chances de resolver problemas (PEREIRA; DU-
TRA-THOME; KOLLER, 2016), “[...] além de saber estabelecer boas equipes
de colaboradores para enfrentar questões coletivas” (AGÜERA, 2008, p. 98).
Assim, pode-se afirmar que as habilidades sociais possibilitam vantagens no
que tange ao suporte social.
Queluz et al. (2018) trazem uma informação que pode parecer contraditória.
Alegam que quanto mais desenvolvida for uma pessoa em termos de habilidades
sociais, ela tende a usufruir de maior suporte emocional, bem como de maior
autoestima e de melhor qualidade da relação. Em contrapartida, pode experi-
mentar sobrecarga, níveis mais elevados de estresse além da presença de conflitos.
Você pode levantar hipóteses das causas de mais estresse, conflito e sobrecarga em
pessoas mais hábeis socialmente?
Em geral, pessoas ricas em habilidades sociais possuem empatia, portanto se
importam com os outros e possuem maior propensão a serem sensíveis às emo-
ções deles. Isso faz com que elas fiquem preocupadas com o bem-estar alheio,
contribuindo para a elevação do estresse e para a sobrecarga. Talvez você conheça
alguém que busque resolver os problemas de várias pessoas que o cercam. Isso
pode gerar alto investimento de tempo e de energia na tentativa de ajudar os
outros. Agora, vamos pensar na pessoa que não possui um repertório muito rico
de habilidades sociais. Possivelmente, é uma pessoa que não implica tanto os
problemas alheios, nem se aplica sobremaneira em tentar resolvê-los – por isso,
menos estressada e menos sobrecarregada.
E quanto à presença de conflitos? Dispor de variadas habilidades sociais não
isenta a pessoa de lidar com conflitos. Ela pode ter empatia e facilidades de resol-
ver impasses que emerjam em seu relacionamento com outras pessoas, mas nem
sempre as outras pessoas estão dispostas a solucioná-los. Então, hipoteticamente,
uma pessoa com escasso repertório de habilidades sociais pode simplesmente
afastar-se das pessoas com quem estabelece conflitos. Fugir dos conflitos não é
necessariamente positivo, ou se ela não fugir, tende a não se preocupar muito
com o fato de que sua opinião diverge da opinião de alguém.
Pessoas com mais habilidades sociais dificilmente se satisfarão em sim-
plesmente afastar-se de quem discorda delas. Há uma tendência ao diálogo e à
construção coletiva de novas possibilidades de solução. E enquanto o conflito
continuar, tendem a pensar em maneiras de resolver a situação. Elas se impor-
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UNIDADE 1
tam. É válido destacar que mesmo entre duas pessoas que desenvolveram suas
habilidades sociais, é inevitável o surgimento de conflitos.
Conflitos não podem ser considerados como algo necessariamente negativo!
Barrios (2016) nos lembra de que os conflitos interpessoais são constitutivos da
personalidade, assim, relevantes nos processos de socialização, desenvolvimen-
to e educação moral desde a infância. Por isso, a escola representa um lócus
privilegiado para o desencadeamento de tais experiências que contribuem para
o desenvolvimento psicológico e social, como indicam as palavras de Barrios
(2016, p. 263, tradução nossa): “[...] a perspectiva sociocultural construtivista, que
enfatiza a importância dos conflitos interpessoais no processo de socialização,
desenvolvimento e educação moral da criança, além de ver a escola como um
contexto central para esses processos”. Ser paciente, tolerante, flexível, benevolente
e tratar as pessoas com respeito são ótimas formas de safar-se de conflitos que por
vezes são evitáveis e infrutíferos.
EXPLORANDO IDEIAS
Algo que precisa ficar compreensível, antes que você dê continuidade a sua leitura, é que
a falta de inteligência emocional pode acarretar diversos dispêndios ou malefícios a si
mesmo e/ou aos demais. Começando pelo fato de que pessoas que necessitam desen-
volver sua inteligência emocional com urgência estão fadadas a dilacerar suas relações
pessoais em qualquer uma das esferas (profissional, familiar, social), podendo, ainda, ge-
rar impactos preocupantes na saúde física, enquanto protelam em fazer algo para desen-
volver sua inteligência emocional. Agüera (2008) esclarece que a inteligência intrapessoal
pode auxiliar tanto na escolha por um parceiro (em qualquer esfera), ou na escolha do
ambiente de trabalho, quanto no processo de adaptação a eles.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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AGÜERA, L. G. Além da inteligência emocional. As cinco dimensões da mente. São Paulo:
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