Você está na página 1de 3

. Psicologia Tema 4 - Inteligência 1.

Indique uma definição de inteligência, fundamentando a sua


resposta. Aptidão dos indivíduos para compreender as relações existentes entre diferentes
elementos de uma situação e para se adaptar a isso no intuito de atingir os seus próprios objetivos.
As mais geralmente aceites são as aptidões mentais primárias(competências verbais, numéricas,
espaciais), o raciocínio e a fluidez. A Inteligência é concebida como uma função do cérebro e várias
partes estão envolvidas em todas as acc!ões inteligentes. No entanto, a inteligência varia com o
tempo e os estímulos do meio ambiente. O que é fundamental reter é que todas as pessoas, ditas
normais, possuem inteligência, embora as manifestem de formas diferentes. A partir da inteligência
fluida e cristalizada de Raymond Cattell, a teoria fatorial de Spearman ou as inteligências múltiplas
de Howard Gardner, há muitas contribuições que diferentes pesquisadores e profissionais da
psicologia nos deixaram para nos ajudar a entender como a inteligência humana funciona. Esta
última teoria, a das inteligências múltiplas, tem sido muito influente quando se trata de nomear
algumas das inteligências mais reconhecidas e tem contribuído significativamente para romper com
o paradigma da inteligência unitária. Os tipos de Inteligência (segundo Howard Gardner e
Daniel Goleman) Inteligência Verbal ou Linguística: habilidade para lidar criativamente com as
palavras. Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo
números e demais elementos matemáticos; habilidade para o raciocínio dedutivo. Inteligência Visual
ou Espacial: noção de espaço e tempo. Inteligência Corporal / Cinestésica: capacidade de usar o
próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis. Inteligência Musical: capacidade de organizar sons
de maneira criativa. Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; aceitação e
convivência com o outro. Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo,
auto- conhecimento. Capacidade de gerir os seus sentimentos e emoções em favor dos seus
projectos. É a inteligência da autoestima. Inteligência Pictográfica: capacidade de transmitir uma
mensagem pelo desenho que faz. Inteligência Naturalista: capacidade da pessoa de se ajustar ao
meio, demonstrando interesse e curiosidade, sendo capaz de se adaptar a mudanças; capacidade de
identificar, categorizar e classificar objectos e informação. Inteligência emocional: Um dos recentes
e grandes paradigmas da inteligência é a inteligência emocional. Embora o conceito de inteligência
emocional tenha sido usado pela primeira vez pelos psicólogos americanos Peter Salovey e John
Mayer em 1990, foi Goleman quem, graças à sua Inteligência Emocional mais vendida (1995), tornou
essa construção famosa. A inteligência emocional inclui tanto a inteligência intrapessoal quanto a
inteligência interpessoal, e é composta de cinco elementos: autoconsciência emocional,
autocontrole emocional, Auto motivação, empatia e habilidades sociais. Existem muitaspesquisas
que afirmam que a inteligência emocional traz muitos benefícios: minimiza os efeitos do estresse e o
previne, melhora o bem-estar emocional, melhora o relacionamento interpessoal, melhora o
desempenho no trabalho. Inteligência Existencial : enquanto alguns indivíduos vivem o dia sem
dedicar muito tempo ao motivo das coisas, pessoas com alta inteligência existencial tendem a
meditar sobre sua existência. Esses tipos de pensamentos podem incluir o significado da vida e da
morte. A inteligência existencial é conhecida como a nona inteligência múltipla na teoria de Howard
Gardner, e a define como: "a capacidade de se situar em relação ao cosmos e com respeito às
características existenciais da condição humana, como é o significado". de vida e morte, o destino
final do mundo físico e psicológico em experiências profundas como o amor de outra pessoa ". A
busca de sentido, autoconhecimento, possuir uma escala de valores morais, alegria estética ou
senso de mistério são algumas das manifestações desse tipo de inteligência, que podem ser
cultivadas através da prática da meditação, contemplação ou exercício. filosofar e dialogar.
Enquanto alguns autores falam desse tipo de inteligência como inteligência espiritual, outros, por
outro lado, afirmam que são dois tipos diferentes de inteligência, já que a inteligência existencial vai
muito além do comportamento espiritual positivo e saudável, além de ser uma boa pessoa.
Inteligência criativa: há pessoas que são feitas para trabalhar em um trabalho que requer um
trabalho mecânico e monótono e que se adaptam sem problemas a ambientes de trabalho deste
tipo. Mas, por outro lado, há pessoas cuja mente parece voar, que estão sempre um passo à frente
dos outros e que estão constantemente inovando. Essas pessoas têm uma inteligência criativa alta.
Mas o que caracteriza pessoas com alta inteligência criativa? Fluência, isto é, a capacidade de
produzir muitas ideias; flexibilidade, ver e abordar situações de diferentes maneiras; e originalidade,
para produzir respostas inusitadas ou novas. 2. O que é o quociente intelectual (QI)? Como é obtido?
O QI é um conceito estatístico que tenta representar o conceito psicológico da inteligência. A escala
de inteligência Wechsler abreviada (WASI) é um instrumento desenvolvido para avaliar a inteligência
de forma rápida. Fornece, além do QI total, os QIs verbal e de execução. Os quatro subtestes da
WASI fornecem três escores compostos: o QI total, o QI verbal, através dos subtestes vocabulário e
semelhanças, e o QI de execução, através dos subtestes cubos e raciocínio matricial. Também é
possível estimar o QI total com base na aplicação de apenas dois subtestes, o vocabulário e o
raciocínio matricial. A aplicação da forma de quatro subtestes requer aproximadamente 30 minutos,
enquanto a forma de dois subtestes tem duração média de 15 minutos. A WASI foi desenvolvida
para pessoas de seis a 89 anos de idade. 3. Quais as razões para um teste exigir níveis altos de
fidelidade e validade? Fidelidade e fiabilidade são as vezes sinónimos. Significa precisão do método
de medição e pode ser averiguada através da análise da consistência ou estabilidade desse método.
Um método (teste ou instrumento de medida) fiável não deve produzir resultados significativamente
diferentes se for repetido sobre o mesmo indivíduo. Enquanto a fiabilidade diz respeito a
consistência ou estabilidade de uma medida, a validade diz respeito a sua veracidade. Uma medida
pode ser muito fiável (precisa) mas pode estar errada e portanto ser inválida. Portanto fiabilidade
não implica validade mas é um requisito para avaliar a validade. Ou seja, uma medida para ser válida
deve antes de mais ser fiável. Consequentemente devemos primeiro avaliar a fiabilidade dos
instrumentos (ou métodos) de medida e só depois avaliar a validade dos mesmos. 4. Que variáveis
humanas os testes de inteligência prevêem melhor ou pior? Nos testes de inteligência, há aspectos
considerados mais positivos ou mais negativos. A inteligência, que é medida pelos testes, designa-se
por inteligência psicométrica e não

esgota naturalmente o conceito da verdadeira inteligência. Há habilidades cognitivas que residem


fora do âmbito dos testes convencionais de inteligência, como a sabedoria, a criatividade, o
conhecimento prático e as competências sociais. Ao testes de inteligência não medem a inteligência
pratica para situações do dia a dia, assim como a capacidade de adaptação ao meio em termos de
relacionamento social e da estabilidade emocional. 5. Explique os aspectos que melhor
diferenciam as teorias psicométricas das teorias de processamento de informação? A abordagem
psicométrica tentam descobrir algo acerca do que esta subjacente à natureza da inteligência, através
do estudo de padrões de resultados fornecidos pelos próprios testes de inteligência. Um resultado é
o da estrutura das aptidões mentais. Para determinar a inteligência é uma aptidão unitária ou
composta de várias aptidões interdependentes, os investigadores observaram as correlações entre
diferentes subtestes. A análise factorial destas correlações levou a várias teorias competitivas sobre
a estrutura mental, entre elas a teoria da inteligência geral de Spearman ou g, e a teoria dos factores
de grupo. A abordagem do processamento de informação tenta compreender as diferenças
individuais no desempenho intelectual, como as diferenças nos processos cognitivos subjacentes à
memória, resolução de problemas e de pensamento. Uma linha de investigação tenta relacionar a
inteligência geral g de Spearman, com diferenças de tempo e reacção. 6. Como explica a influência
da hereditariedade e do meio no desenvolvimento intelectual humano. A Psicologia sempre esteve
dividida em dois grandes campos para explicar a personalidade do homem: a hereditariedade e o
meio ambiente. Podemos definir Hereditariedade, portanto, como o somatório de todas as
características contidas no núcleo das células gaméticas, transmitidas a um indivíduo durante a
fecundação. Podendo os descendentes ocultar ou manifestar as características herdadas, inscritas
no material genético, mais precisamente pela expressão gênica dos cromossomos (molécula
portadora dos caracteres biológicos de um ser vivo ou até mesmo um vírus). O meio social – família,
grupos e cultura a que se pertence – desempenha um papel determinante na construção da
personalidade. A personalidade forma-se num processo interactivo com os sistemas de vida que a
envolvem: a família, a escola, o grupo de pares, o trabalho, a comunidade. Há quem defenda que o
nosso desenvolvimento é influenciado sobretudo pelo meio, ou principalmente pela
hereditariedade. Porém, a hereditariedade não pode exprimir-se sem um meio apropriado, assim
como o meio não tem qualquer efeito sem o potencial genético. Pesquisadores envolvidos em
ambas as teorias (hereditariedade vs meio) concordam que a ligação entre um gene e o
comportamento não é o mesmo que “causa e efeito”. Enquanto um gene pode aumentar a
probabilidade de nos comportarmos de uma maneira particular, não faz as pessoas actuarem, o que
significa que continuamos a ter de escolher quem vamos ser quando crescermos. Por tudo isto,
podemos afirmar que a hereditariedade e o meio interagem, determinando o desenvolvimento
orgânico, psicomotor, a linguagem, a inteligência, a afectividade, etc.

Você também pode gostar