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A motivação envolve um conjunto de processos internos que impele o organismo a satisfazer uma
necessidade. A motivação confere três características a todo comportamento:
• Força
• Direcção
• Persistência
Quanto mais baixa se situar a necessidade na hierarquia, mais prepotente e impulsiva se torna se
não for satisfeita. As necessidades fisiológicas e de segurança são essenciais para a sobrevivência
humana. Uma pessoa esfomeada estaria pouco preocupada com necessidades de natureza cognitiva
ou de estima pessoal. As pessoas apenas sobem na hierarquia à medida que as necessidades
inferiores são satisfeitas. Maslow defendeu esta hierarquia, não como uma descrição rigorosa e
absoluta da motivação humana, mas antes como uma descrição do que acontecer em situações
ideais. As pessoas poderiam sacrificar temporariamente necessidades de ordem fisiológica por
necessidade de ordem cognitiva ou estética, dando prioridades as últimas. Reconheceu até que
muitas pessoas talvez consigam satisfazer as necessidades no topo da hierarquia.
Pontos positivos : Sua teoria foi bastante influente e estimulou o pensamento de muitos
investigadores que tentaram verificar o alcance e limites da satisfação das diferentes necessidades
em diferentes grupos, comunidades e culturas à volta do mundo. Maslow estava certo quando
afirmou que o comportamento humano é influenciado por motivos diferentes.
Pontos negativos : Houveram objeções ao sistema Maslow. Argumentou-se que cada grupo de
necessidades estava definido em termos vagos; que a inclusão das necessidades pareciam
arbitrárias; que as provas em apoio da tese de que as pessoas satisfazem as necessidades inferiores
antes de tentarem satisfazer as necessidades superiores eram reduzidas. A invariância da hierarquia
de necessidades foi também contestada a partir de estudos interculturais, alegando-se que a ordem
é universalmente fixa.
3. Quais lhe parecem ser as maiores contribuições das teorias cognitivas e da aprendizagem
social para a compreensão do processo motivacional.
As teorias cognitivas defendem que as pessoas agem, não por motivos externos ou
condições ambientais (reforços e incentivos) ou até mesmo fisiológicas (a fome), mas antes
em função dos objetivos, planos e expectativas que formam. Na teoria cognitiva, a
motivação cria intenções e dirige comportamentos para objetivos. Por outras palavras, o
comportamento é determinado pela maneira como a pessoa pensa e tem em conta as
crenças, expectativas, objetivos e valores próprios. A teoria da dissonância cognitiva, como
inicialmente foi estabelecida por Festinger (1957), descreveu a dissonância como um
fenômeno Intra individual em um contexto social. Grande parte da pesquisa sobre
dissonância se concentrou no especto Intra individual da dissonância. A pesquisa limitada
que analisou a dissonância cognitiva em grupos fez isso de várias perspetivas diferentes.
Essas perspetivas parecem resultar em previsões contraditórias sobre o papel da informação
social na excitação e na redução da dissonância cognitiva, apesar de geralmente
compartilharem um modelo do eu social baseado em, ou consistente com a teoria da
identidade social (Tajfel,). Pensar sobre como esses modelos de dissonância cognitiva
baseados em grupos podem se adequar melhor pode esclarecer a natureza da dissonância e
também sugerir caminhos produtivos para que a pesquisa integre essas várias perspetivas
sobre a dissonância. A análise de Festinger e Carlsmith (1959) é baseada na experiência
intrapsíquica da dissonância, mas em seu estudo, os participantes experimentaram a
dissonância em um contexto social. Pesquisas sugerem que os grupos, e a identidade social
em particular, parecem ser importantes tanto para a excitação da dissonância quanto para a
redução em contextos como o paradigma de complacência induzida. Parece também que
existem muitos fenómenos sociais diferentes, e às vezes conflituantes, envolvidos na
excitação e na redução da dissonância. Embora grande parte dessa pesquisa geralmente
adote o mesmo modelo do eu social, previsões bem diferentes são feitas sobre quando a
dissonância será despertada e quando ela será reduzida. Uma razão para isso é que a
pesquisa sobre dissonância cognitiva em grupos se concentrou em indivíduos que estão
agindo de forma inconsistente ou agindo de forma consistente com suas próprias crenças.
Uma segunda razão é que os espectadores às vezes foram expostos a atitudes ou
comportamentos de outros membros do grupo, onde o significado dessas atitudes e
comportamentos podem promover ou aliviar a dissonância e outras vezes foram expostos a
membros do grupo que estão agindo contra-atitudinalmente.
Esta busca de consistência interna explica alguns comportamentos peculiares no dia a dia : •
Uma senhora cortou algumas flores num jardim público. Quando a polícia a abordou, a
senhora justificou-se dizendo que gostava tanto de flores que não fora capaz de resistir de
cortá-las. Queria levá-las para casa para ter mais perto de si! • O estudante que comete
fraude de fotocopiar um livro do professor em vez de o comprar, quando confrontado
diretamente pelo autor justifica-se dizendo que o preço do livro é exageradamente elevado
para o orçamento diminuído do estudante. Se o autor lhe perguntar como justifica a ida a
um espetáculo musical onde pagou u bilhete de entrada mais caro do que o preço do livro, o
estudante alega que o espetáculo musical é mais divertido! • Senhoras com casacos de pele
de animais, apesar de saberem que vários animais foram mortos para o fazer. • Jovens que
têm relações sexuais esporádicas, sujeitos a contrair o sida e mesmo assim não usam o
preservativo.
Motivação intrínseca : surge quando a realização de uma tarefa é acompanhada pelo prazer e
satisfação que dela podem ser retirados e representa o nível mais elevado de auto - determinação
pessoal e afirmação do estado de competência.
• Estados de sensação e paixão ( sentir sensações sensoriais, bem estar e estéticas, proporcionadas
pela actividade realizada, como acontece por exemplo no desporto, na música, num trabalho em
grupo ou numa relação sexual apaixonada).
Bibliografia Gleitman, R.; Fridlund J. A.; Reisberg D. (2014). Psicologia (10ª Ed.). Lisboa: Fundação
Gulbenkian. MATSUOKA, L. T.; SILVA, J. J. Os eventos e a hierarquia das necessidades humanas de
Maslow: conjecturas na sociedade contemporânea. Colloquium Humanarum, Presidente Prudente,
v. 10, p. 633-639, 2013. MCSHANE, S. L.; VON GLINOW, M. A. Comportamento Organizacional. 6.,
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Aberta.