A Motivação con-WPS Office

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A motivação confere três características a todo o comportamento: A força, a

direcção e a persistência. Todo o comportamento é orientado para um objectivo

a que a pessoa atribui um certo valor. Este valor depende da natureza da

necessidade inicial a que está ligado e do prestígio social do objectivo a que

está associado. A força, a intensidade e a persistência do comportamento

indicam o valor que a pessoa atribui ao objectivo. O comportamento humano

tem objectivos e raramente se apresenta de forma caótica. As pessoas têm

razões para justificar o que fazem, o que não significa que um motivo seja

sempre consciente e o único a actuar.


5.2.2 Teorias comportamentais

As teorias comportamentais (beavioristas) da motivação tentam estabelecer

relações específicas entre motivação e aprendizagem e dão bastante importância

a conceitos comuns, como impulso, reforço, punição e moldagem. Assim os

organismos têm necessidades básicas (fome, sede) que geram impulsos para

procurar no meio estímulos e situações que possam satisfazer ou reduzir estes

impulsos (reforços primários, como o alimento, bebida ou evitação da dor).


O conceito de impulso tem vantagens sobre o conceito de instinto, porque

pode ser objecto de operacionalização, atraíndo deste modo o interesse dos

beavioristas. Assim o impulso de um organismo pode ser expresso de forma

quantitativa em termos do número de horas de privação de alimento ou bebida,

ou duração e intensidade de uma estimulação desagradável como um choque

eléctrico.

Teoria humanista de Maslow

Maslow (1954/1987) elaborou uma teoria da motivação que tinha por objectivo

ressaltar e explicar os motivos de natureza psicológica no comportamento

humano e não o comportamento de todos os animais em geral, como

pretenderam fazer as teorias do incentivo ou da redução dos impulsos.

A teoria de Maslow é uma teoria das necessidades humanas, que tem subjacente

três postulados: (1) As pessoas são motivados no sentido de satisfazer as suas

necessidades; (2) As necessidades estão hierarquizadas na vida de uma pessoa;

(3) As pessoas progridem na hierarquia de necessidades à medida que as

necessidades inferiores são satisfeitas. A hierarquia de necessidades de Maslow


é formada por sete níveis ou patamares, organizados em forma de pirâmide da

base para o topo, descritas a seguir:

1. Fisiológicas - consideradas as necessidades mais básicas e importantes,

situadas na base da pirâmide, e incluem as necessidades de alimento e

água sem as quais uma pessoa não pode sobreviver.

2. Segurança - necessidade de estabilidade na vida, ordem e liberdade

de forma a conseguir-se atingir objectivos de longo prazo.

3. Pertença - afeição e amor da parte dos familiares, amigos e conhecidos;

as pessoas tentam satisfazer este tipo de necessidades depois de terem

assegurado as necessidades precedentes. Se estas necessidades forem

satisfeitas a pessoa sente-se confiante, capaz, útil e necessária no grupo

e na comunidade.

4. Estima - realização, prestígio, estatuto social e competência.

5. Cognitivas - curiosidade e desejo de obter novos conhecimentos,

compreender o mundo, o funcionamento das coisas e o comportamento

das pessoas.
6. Estéticas - apreciação da beleza e arte, que proporciona conforto e

bem-estar, assim como a organização da vida social.

7. Auto-realização - desenvolver e realizar o potencial próprio de cada

um até ao último grau. “O que uma pessoa pode ser, deve sê-lo”, de

acordo com Maslow. Assim se uma pessoa é médico, mas quisesse

ser escritor, era uma pessoa que não teria conseguido realizar o seu

potencial de realização. Esta necessidade não é exterior ao organismo,

mas antes uma necessidade de crescimento interior e uma fonte de

motivação intrínseca. Seria o último e o mais importante objectivo

humano a atingir.

Maslow organizou as sete necessidades em dois grandes grupos: (1)

Necessidades carentes formadas pelos primeiros quatro grupos; a satisfação

destas necessidades tem primazia e uma vez obtida a satisfação, a motivação

tende a diminuir; (2) Necessidades do ser ou de realização e crescimento,

formadas pelas três necessidades do topo, onde a motivação tende a aumentar

à medida que estas necessidades são satisfeitas.


Quanto mais baixa se situar a necessidade na hierarquia, mais prepotente e

impulsiva se torna se não for satisfeita. As necessidades fisiológicas e de

segurança são essenciais para a sobrevivência humana. Uma pessoa esfomeada

estaria pouco preocupada com necessidades de natureza cognitiva ou de estima

pessoal. As pessoas apenas sobem na hierarquia à medida que as necessidades

inferiores são satisfeitas.

Maslow considerou esta hierarquia, não como uma descrição rigorosa e

absoluta da motivação humana, mas antes como uma descrição do que poderia

acontecer em situações ideais. Defendeu esta hierarquia de necessidades, mas

não como uma organização fixa. As pessoas podiam sacrificar temporariamente

necessidades de ordem fisiológica por necessidades de ordem cognitiva ou

estética, dando prioridade a estas últimas. Reconheceu até que muitas pessoas

talvez não consigam satisfazer as necessidades do topo da hierarquia.

Várias objecções foram feitas ao sistema de Maslow. Argumentou-se que cada

grupo de necessidades estava definido em termos vagos; que a inclusão das

necessidades parecia arbitrária; que as provas em apoio da tese de que as


pessoas satisfazem as necessidades inferiores antes de tentarem satisfazer as

necessidades superiores eram reduzidas. Há casos de pessoas que entraram

em greve de fome e algumas chegaram mesmo a morrer para conseguirem

divulgar um ponto de vista social, político ou religioso. A invariância da

Maslow organizou as sete necessidades em dois grandes grupos: (1)

Necessidades carentes formadas pelos primeiros quatro grupos; a satisfação

destas necessidades tem primazia e uma vez obtida a satisfação, a motivação

tende a diminuir; (2) Necessidades do ser ou de realização e crescimento,

formadas pelas três necessidades do topo, onde a motivação tende a aumentar

à medida que estas necessidades são satisfeitas.

Quanto mais baixa se situar a necessidade na hierarquia, mais prepotente e

impulsiva se torna se não for satisfeita. As necessidades fisiológicas e de

segurança são essenciais para a sobrevivência humana. Uma pessoa esfomeada

estaria pouco preocupada com necessidades de natureza cognitiva ou de estima

pessoal. As pessoas apenas sobem na hierarquia à medida que as necessidades

inferiores são satisfeitas.


Maslow considerou esta hierarquia, não como uma descrição rigorosa e

absoluta da motivação humana, mas antes como uma descrição do que poderia

acontecer em situações ideais. Defendeu esta hierarquia de necessidades, mas

não como uma organização fixa. As pessoas podiam sacrificar temporariamente

necessidades de ordem fisiológica por necessidades de ordem cognitiva ou

estética, dando prioridade a estas últimas. Reconheceu até que muitas pessoas

talvez não consigam satisfazer as necessidades do topo da hierarquia.

Várias objecções foram feitas ao sistema de Maslow. Argumentou-se que cada

grupo de necessidades estava definido em termos vagos; que a inclusão das

necessidades parecia arbitrária; que as provas em apoio da tese de que as

pessoas satisfazem as necessidades inferiores antes de tentarem satisfazer as

necessidades superiores eram reduzidas. Há casos de pessoas que entraram

em greve de fome e algumas chegaram mesmo a morrer para conseguirem

divulgar um ponto de vista social, político ou religioso. A invariância dahierarquia de necessidades foi
também contestada a partir de estudos interculturais, alegando-se que a ordem não é universalmente
fixa. Em resposta a

esta objecção, refira-se no entanto que é a existência de um postulado


hierárquico e invariante que dá força e valor heurístico ao sistema de Maslow,

caso contrário não passava de mais uma de entre várias listas de necessidades

possíveis. A hierarquia implica a noção de há uns motivos que até serem

satisfeitos são mais fortes e prementes do que outros.

A teoria de Maslow foi bastante influente e estimulou o pensamento de muitos

investigadores que tentaram verificar o alcance e limites da satisfação das

diferentes necessidades em diferentes grupos, comunidades e culturas à volta

do mundo. Maslow estava certo quando afirmou que o comportamento humano

é influenciado por motivos diferentes.

5.2.4 Teorias cognitivas

Nas últimas décadas, a maior parte dos teóricos da motivação seguem uma

perspectiva cognitiva. Bandura (1986) afirmou até que a razão “que leva uma

pessoa a agir tem a sua raiz nas actividades cognitivas”. A motivação é um

processo cognitivo e envolve a maior parte das vezes uma tomada de decisão

consciente. As teorias cognitivas defendem que as pessoas agem, não por

motivos externos ou condições ambientais (reforços e incentivos) ou até mesmo


fisiológicas (a fome), mas antes em função das percepções e interpretações

que dão aos acontecimentos, assim como em função dos objectivos, planos e

expectativas que formam. Na teoria cognitiva, a motivação cria intenções e

dirige os comportamentos para objectivos. Por outras palavras, o

comportamento é determinado pela maneira como uma pessoa pensa e tem

em conta as crenças, expectativas, objectivos e valores próprios.

As necessidades básicas não se restringem a necessidades fisiológicas ou de

segurança; as pessoas têm também uma necessidade básica de compreender o

mundo em que habitam e de nele agir de forma eficaz e competente. As pessoas

são activas e curiosas, buscam informação, realizam tarefas que antecipadamente

percebem que lhes dão ou podem dar satisfação e procuram atingir níveis de

compreensão da realidade cada vez maiores.

O conhecimento é de facto uma necessidade inata, mas a pessoa não es.

Motivação intrínseca e extrínseca

As teorias da motivação anteriormente descritas constituem uma selecção de


entre as teorias e modelos que julgo serem as mais importantes. As teorias de

carácter mais psicológico diferem bastante entre si face à questão “O que é a

motivação e quais os factores que a originam?” Para as teorias beavioristas

(Hull e Skinner) os factores motivacionais são extrínsecos sob a forma de

reforços e punições. Para a teoria humanista (Maslow) os factores últimos são

intrínsecos sob a forma de satisfação de necessidades do ser e de auto-

-realização. Para a teoria cognitiva (Festinger, Weiner), os factores são intrínsecos sob a forma de
consistência pessoal, atribuições causais e expectativas.

Para as teorias da aprendizagem social (Atkinson, Bandura), os factores são

intrínsecos como as expectativas e o sentimento de eficácia pessoal e em parte

extrínsecos tendo em conta o valor dos objectivos em si, para além daquilo

que a pessoa lhes atribui. No entanto, como veremos a seguir os motivos não

se arrumam facilmente em intrínsecos e extrínsecos.

A motivação intrínseca tem a sua fonte na pessoa e implica a existência de

uma relação entre os meios e os fins. A motivação intrínseca surge quando

uma pessoa decide fazer uma tarefa, está consciente das suas capacidades
para a realizar e pensa obter satisfação na sua realização. No entanto Nuttin

(1985) refere que a distinção entre motivação intrínseca e extrínseca pode ser

redutora, porque um acto pode ser determinado de diferentes maneiras. Assim

uma pessoa trabalha por motivos extrínsecos para obter um salário que lhe

permita financiar actividades pessoais fora do trabalho e realizar o seu projecto

pessoal. Neste caso o trabalho é um meio num projecto pessoal mais vasto de

acção, que tem uma motivação dominante. O objectivo é aproximar a natureza

dos actos do projecto pessoal.

Deci e Ryan (1985) analisaram também a dicotomia entre motivação extrínseca

e intrínseca e propuseram um contínuo motivacional que vai da amotivação

num extremo até à motivação intrínseca no outro extremo, passando pelas

diversas cambiantes da motivação extrínseca. O tipo de motivação envolvido

numa tarefa pode ir do grau zero de auto-determinação presente na amotivação

até valores elevados de iniciativa pessoal e de auto-determinação expressos na

motivação intrínseca.

A amotivação exprime o nível zero da motivação e representaria o desamparo


e resignação total resultante de realização de tarefas mal sucedidas. A pessoa

sente que não tem qualquer controlo sobre os resultados das tarefas que

desempenha. Amotivação é um conceito equivalente ao de desamparo

aprendido, proposto por Seligman (1975).

A motivação extrínseca ocorre quando uma pessoa obtém uma recompensa

agradável ou evita uma situação desagradável na realização de uma tarefa.

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