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CURSO: PSICOLOGIA
PERÍODO: 3º
DISCIPLINA: PROCESSOS PSICOLÓGICOS III
PROF: JULIANA CURZI BASTOS
TEXTO 2
MOTIVAÇÃO
O estudo da motivação é uma tentativa para explicar todas as ações do homem e dos
animais, em termos de suas causas e condições. Estuda, portanto, o “porquê” do comportamento.
É importante saber que, em determinadas circunstâncias, alguns motivos adquirem
predominância sobre outros; que certos motivos são mais intensos em indivíduos com determinado
tipo de personalidade; que indivíduos diferentes podem realizar a mesma atividade animados por
motivos diferentes. O comportamento pode se alterar tanto em um mesmo indivíduo como entre
diferentes indivíduos. A ideia de que a motivação pode variar em um único indivíduo significa
que, em um momento, uma pessoa pode estar bastante engajada em certa atividade, enquanto que,
em outro momento, pode ficar passiva e desinteressada. A ideia de que a motivação pode variar
entre indivíduos significa que, mesmo diante de situações iguais, algumas pessoas podem
ativamente se engajar na situação, enquanto outras pessoas podem se mostrar passivas e
desinteressadas. Também é necessário considerar que um mesmo comportamento pode ser
resultado de vários motivos atuando ao mesmo tempo. Assim, ao procurar desempenhar-se bem no
exercício da profissão, alguém pode estar motivado pela necessidade de realização e de prestígio
simultaneamente.
1- CONCEITO DE MOTIVO
A palavra motivo vem do latim “movere, motum”, e significa aquilo que faz mover. Em
conseqüência, motivar significa provocar movimento, atividade no indivíduo. O motivo pode ser
definido como uma condição interna, relativamente duradoura, que leva o indivíduo ou que o
predispõe a persistir num comportamento orientado para um objetivo, possibilitando a satisfação
do que era visado. Motivação será o processo que produz tais condições.
2- MOTIVAÇÃO E INCENTIVAÇÃO
Motivação ou incentivação não são sinônimos, pois o segundo processo consiste em propiciar
situações que despertem os motivos para iniciar e manter o comportamento, enquanto que a
motivação é um processo psíquico, ocorrido no interior do indivíduo. Incentivo é um objeto,
condição ou significação externa para o qual o comportamento se dirige. O professor, por
exemplo, pode preparar situações pretendendo incentivar o educando, sem conseguir a motivação
desejada. Portanto, embora a incentivação venha do meio, a motivação é algo absolutamente
individual.
3- TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
comportamento
Dessa forma, a necessidade gera um desequilíbrio, que ativa um motivo. O motivo aciona um
comportamento voltado para a satisfação da necessidade e conseqüente retorno ao equilíbrio. Por
exemplo, o motivo da fome está ligado à homeostase. Se você ficar sem comida por algum tempo,
começará a sentir certo desconforto. Essa tensão interna vai motivá-lo a obter comida. Ao comer,
há a satisfação do motivo e o equilíbrio fisiológico será restabelecido. Essa teoria se tornou
bastante influente e o conceito de homeostase continua sendo amplamente utilizado na atual
Psicologia. Essa teoria, no entanto, não consegue explicar a totalidade da motivação. Pense, por
exemplo, em todas as vezes que você comeu sem ter fome.
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3.3. TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW
Abraham Maslow afirma que as necessidades humanas são dispostas em uma Hierarquia.
Na base dessa hierarquia, estão as necessidades fisiológicas e no topo as necessidades de auto-
realização. Segundo o referido autor “apenas a pessoa que vê satisfeita suas carências fisiológicas
e de segurança perseguirá o afeto, a auto-estima e a auto-realização”. Quando uma pessoa
consegue satisfazer uma necessidade básica, essa necessidade deixa de ser um motivo e a pessoa
começa a perseguir a necessidade seguinte. Considerando esta lógica, é possível afirmar que
pessoas famintas podem arriscar a própria vida para obter alimento, pois na hierarquia proposta
por ele, a fome é um motivo que antecede a própria necessidade de segurança. Ou que, para uma
pessoa abastada, que já tem satisfeitas suas necessidades básicas – fisiológicas e de segurança –
adquirir um bom casaco que lhe proteja das temperaturas frias do inverno não será suficiente para
satisfazê-la, mas, considerando suas necessidades sociais de status e aceitação, precisará de um
casaco de pele de uma grife famosa e claro que custará uma pequena fortuna.
4 – AS NECESSIDADES
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variedade e da diversidade dos motivos humanos, vamos examinar em profundidade apenas os
motivos mais estudados pelos psicólogos, visto que são os motivos fisiológicos que mais
contribuem na determinação do comportamento humano: a fome e o sexo.
4.1.1. FOME
Considere a seguinte proposta: você é convidado a participar de um experimento por uma
pesquisadora que lhe promete recompensar muito bem pelo seu esforço. Tudo o que você tem que
fazer é tentar ganhar 10% do seu atual peso corporal. No início tudo vai bem e você ganha 2 kg na
primeira semana e mais 1 kg na segunda. Entretanto, na terceira semana, seu apetite diminui, a
comida vai perdendo o poder de lhe apetecer e você tem a impressão de que seu corpo começa a
erguer defesas para conter seu aumento de peso. E, ao ingerir comida extra, você fica surpreso com
a enorme sensação de desconforto que experimenta. Vai se tornando cada vez mais difícil ganhar
mais meio quilo. São necessários 2 meses de esforços, ao fim dos quais você acaba ganhando os
10% de peso extra. Com o tempo, seu peso corporal e seu apetite se recuperam. Porém, a
pesquisadora lhe procura com outra oferta. Dessa vez, ela quer ver se você é capaz de perder 10%
do seu peso corporal. Confiante no sucesso que já teve, você aceita a proposta e inicia uma dieta
rigorosa. Se antes o excesso de comida lhe tirava o apetite, a privação de alimento que você
experimenta agora é algo simplesmente horrível. Você passa a se sentir carrancudo e irritadiço,
com a atenção totalmente centrada no apetite. Quanto mais você tenta segurar seu apetite, mais
obcecado com comida você fica, e os alimentos de alto teor calórico mais atração exercem sobre
você. Após o término do experimento, você pensa de modo diferente sobre a fome, o comer e o
controle de peso. Essa experiência lhe mostra que o corpo dispõe de uma predisposição e algum
guia automatizado que lhe permite controlar quanto você deve pesar (homeostase).
A fome é a condição do indivíduo privado de alimento. A base fisiológica da fome ocorre
quando o cérebro usa sinais do estômago, boca, garganta e sangue para decidir quando devemos
comer ou parar de comer. Mas a fome não é somente fisiológica. Ela possui vários componentes
psicológicos e sociais. Vamos examiná-los:
Estar em dieta: Ao fazer dieta, a pessoa tenta trazer o comportamento alimentar para o controle
cognitivo, tirando-o do controle fisiológico (dizendo, por exemplo, “dessa vez vou comer apenas
essa quantidade”, em vez de dizer “vou comer sempre que eu tiver fome”). Entretanto,
paradoxalmente, e com uma boa freqüência, a dieta acaba fazendo com que a pessoa cometa
excessos alimentares subseqüentes. Quem faz dieta torna-se cada vez mais suscetível à liberação
da restrição, especialmente em condições de ansiedade, estresse, consumo alcoólico, depressão ou
exposição a alimentos de alto teor calórico. Por exemplo, pessoas em dieta que estão deprimidas
geralmente engordam, ao passo que pessoas que não estão de dieta mas que também estão
deprimidas costumam emagrecer. O mesmo padrão se observa em relação à ansiedade, na medida
em que os indivíduos que fazem dieta e estão ansiosos comem mais do que aqueles que também
estão ansiosos mas não fazem dieta.
Fome específica: Ocorre quando sentimos vontade de comer alguma coisa específica. Algumas
influências sobre esse tipo de fome são biológicas. Acredita-se que certos tipos de fome sejam
programados por nossos genes para ajudar a manter um equilíbrio ideal de nutrientes. Fomes
específicas seguem o modelo homeostático de motivação. Uma deficiência dietética tira o
equilíbrio interno do corpo, produzindo uma necessidade por uma determinada substância. Mas o
papel da aprendizagem no comportamento de comer é fundamental. Por exemplo, quantas pessoas
insistem em comer coisas que comprovadamente são prejudiciais à sua saúde, provando que o
prazer aprendido de comer supera a satisfação sadia da fome.
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e determinadas atividades, lugares, emoções e momentos. Quando as associações são repetidas, as
próprias circunstâncias despertam a fome, um mecanismo de condicionamento clássico. Acredita-
se que cinema e pipoca, TV e petiscos estejam relacionados por esse tipo de aprendizagem
associativa.
Ao comer, as pessoas podem também satisfazer os pais, que eventualmente lhes dizem “se
você comer alguma coisa vai se sentir melhor”. Com o tempo, as ligações entre as emoções
humanas e o ato de comer podem tornar-se fortes e automáticas.
As pessoas normalmente preferem comidas familiares. Exposições repetidas a um alimento
normalmente levam a um aumento na preferência. Porém, como muitos pais foram forçados a
reconhecer, pressionar uma criança para que coma determinado alimento pode ter um resultado
contrário e provocar um efeito negativo na preferência das crianças pelo alimento que os pais
desejam que ela coma.
Disponibilidade de comida: os seres humanos são, com freqüência, motivados a comer não pela
necessidade de compensar os déficits de energia, mas pela antecipação do prazer de comer. Três
variáveis principais exercem uma influência significativa sobre o consumo de comida: 1)
Palatabilidade: quanto melhor o sabor da comida, mais as pessoas as consumirão. 2) Quantidade
disponível: as pessoas tendem a consumir o que é colocado na sua frente. Não é à toa que os
restaurantes self-service optam por ter pratos muito grandes. 3) Variedade: Seres humanos
aumentam o consumo quando existe uma variedade maior de alimentos disponíveis. Quando você
ingere um alimento específico, seu valor de incentivo diminui. Este fenômeno é chamado
saciedade sensorial específica. Se apenas alguns tipos de alimento estiverem disponíveis, o
interesse por todos eles diminui rapidamente. Mas se muitos tipos estiverem presentes, as pessoas
podem trocar de alimento e acabam comendo mais de um modo geral.
Incentivos externos: a fome humana é frequentemente controlada por sinais externos ligados à
comida. São condições que acionam o ato de comer ainda que a pessoa não esteja com fome.
Dentre esses sinais estão a aparência atraente do alimento, a visão de outros comendo, o aroma de
pratos apreciados e lugares, momentos ou emoções específicas. Estudos demonstraram que a fome
pode ser aumentada pela exposição a imagens, descrições e apresentações em vídeo de alimentos
atraentes. A orientação para o exterior faz sentido em termos evolucionários. Ao longo de toda a
história humana, houve freqüente escassez de alimento. O desenvolvimento da capacidade de
armazenar alimento no tecido adiposo possibilitou aos animais suportar períodos de escassez e
sobreviver. Pessoas externamente orientadas seriam propensas a aproveitar a abundância de
alimentos, sobrevivendo aos períodos de escassez e passando adiante essa característica. A
orientação para o exterior pode também ser modelada por experiências no início da vida. Quando
ratos comem a intervalos aleatórios durante toda a juventude, demonstram mais tarde um perpétuo
interesse por comida. Da mesma forma, em culturas em que o suprimento de alimentos é
imprevisível, as pessoas tendem a comer toda vez que podem. Esta pode ser uma das muitas razões
que explicam por que pessoas mais pobres frequentemente têm excesso de peso.
Cultura: Você gosta de comer miolo de bezerro? Que tal enguias ou cobras? Eu poderia
convidá-lo a comer gafanhotos ou carne de cachorro? Provavelmente não, mas essas são iguarias
finas em certas regiões do mundo. Esquimós do Ártico gostam de comer larvas de mosca! Você
provavelmente prefere frango, ovo, batata frita, pizza ou sorvete. Essas preferências são adquiridas
através de aprendizado. Pessoas de diferentes culturas apresentam padrões de consumo de
alimentos muito diferentes.
As culturas estabelecem diretrizes gerais. Em muitas culturas industriais, por exemplo, o
ato de comer tornou-se uma forma importante de recreação, relaxamento, comemoração e
hospitalidade. Com tantas tentações, muitas pessoas têm facilidade para comer demais. A dieta
moderna é outra armadilha. A variedade de alimentos prontamente disponíveis nos supermercados
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e restaurantes fast-food tende a estimular a alimentação em excesso. Transtornos alimentares como
a anorexia e a bulimia também podem surgir devido a exigências culturais de um corpo perfeito.
Estresse: estudos demonstraram que o estresse leva a um aumento da ingestão de alimentos em
uma porcentagem substancial das pessoas. Algumas pessoas reagem à agonia emocional ingerindo
alimentos saborosos porque esperam que o sabor agradável as faça se sentirem melhor. Algumas
chegam a apresentar compulsão alimentar. Infelizmente, esta estratégia de regulação emocional
não parece ser muito eficaz, pois comer geralmente não leva a mudanças duradouras de humor.
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Consistente com a teoria evolucionista, os homens em geral demonstram mais interesse
pelo sexo do que as mulheres. Os homens também são mais motivados que as mulheres a procurar
sexo com maior variedade de parceiras. Os homens têm uma propensão muito maior que as
mulheres a praticar sexo com uma pessoa que conhecem há pouco tempo. Um convincente estudo
de campo apresentou resultados semelhantes: os pesquisadores pediram a homens com aparência
comum que se aproximassem de mulheres desconhecidas (universitárias) e perguntassem a elas se
os acompanhariam ao seu apartamento para fazer sexo. Nenhuma das mulheres concordou com
essa proposta. Mas quando os pesquisadores fizeram o experimento oposto, com mulheres de
aparência comum fazendo a mesma proposta a homens, 75% deles concordaram fervorosamente.
No entanto, as evidências sugerem que as disparidades sexuais entre homens e mulheres
podem ser um pouco exageradas se confiarmos somente nos autorrelatos dos sujeitos. As mulheres
se preocupam mais que os homens em ser vistas como sexualmente permissivas, o que pode levá-
las a subestimar sua motivação sexual.
Que tipo de crítica essa pesquisa gerou? Um grupo delas se concentra no fato de que as
descobertas não apresentam uma imagem muito lisonjeira da natureza humana. Os homens ficam
parecendo predadores sexuais sórdidos e as mulheres, materialistas e gananciosas. Outros críticos
expressaram dúvidas quanto à validade das explicações evolucionistas, pois observam que a ênfase
das mulheres nos recursos materiais dos homens pode ser um subproduto das forças culturais e
econômicas, em vez das biológicas. As mulheres podem ter aprendido a valorizar a situação
econômica dos homens porque o potencial econômico delas foi severamente limitado em
praticamente todas as culturas em uma longa história de discriminação. Alguns pesquisadores que
verificaram que os homens têm uma motivação sexual mais forte que as mulheres, argumentaram
que essa disparidade pode ser em grande parte o resultado dos extensos processos culturais que
servem para suprimir a sexualidade das mulheres. Os teóricos evolucionistas contestam esses
argumentos ressaltando que os processos culturais e econômicos em operação podem ser, eles
mesmos, produtos da evolução. Este debate parece que vai continuar durante algum tempo.
Gênero e impulso sexual: Os homens se permitem mais liberdade sexual do que as mulheres.
Esse mesmo padrão duplo de liberdade sexual ocorre na maioria das sociedades. Curiosamente,
também as percepções sexuais de homens e mulheres são divergentes. Rapazes adolescentes
tendem a ter uma orientação mais sexual do que as garotas. Por exemplo, a menina adolescente
que considera sua calça jeans apertada como uma roupa da moda provavelmente será vista pelos
rapazes como deliberadamente provocante. Além disso, aquilo que as mulheres interpretam como
comportamento afetuoso de sua parte pode ser visto como um convite sexual pelos homens.
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condição corporal de deficiência. Já a energia gerada pelas necessidades psicológicas é proativa,
pois causa em nós uma disposição de exploração e de envolvimento com um ambiente que,
conforme esperamos, seja capaz de satisfazer essas necessidades. A seguir, enumeramos algumas
necessidades psicológicas:
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Enquanto os examinandos observam cada figura, várias perguntas são feitas: o que está ocorrendo?
O que levou a isso? Em que estão pensando as pessoas da figura? O que ocorrerá depois?
Conforme as pessoas montam suas histórias, elas projetam suas necessidades, medos, esperanças e
conflitos nos personagens. Por isso, o T.A.T. é considerado um teste projetivo. Pessoas que
contam histórias que contém muitas imagens de realização tendem a exibir outros sinais de
motivação de realização em ambientes escolares e profissionais.
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ter suas raízes na extroversão e na popularidade, a necessidade de afiliação enraíza-se no medo da
rejeição interpessoal.
Uma visão mais contemporânea dos esforços por afiliação reconhece duas facetas desse
fenômeno: a necessidade de aprovação e a necessidade de intimidade. Para se obter um quadro
completo dos esforços por afiliação, é preciso adotar uma conceituação teórica que abranja tanto
seus aspectos positivos (a necessidade de participar de relações amorosas, próximas e positivas –
necessidade de intimidade), quanto seus aspectos negativos (a necessidade ansiosa de estabelecer,
manter e restaurar as relações interpessoais – necessidade de afiliação).
A principal condição que envolve a necessidade de afiliação é a falta de interação social.
Condições como solidão, rejeição e separação aumentam o desejo, ou a necessidade social, de as
pessoas estarem com outras. Em decorrência disso, a necessidade de afiliação expressa-se como
um motivo orientado por uma deficiência. Por outro lado, a necessidade social de intimidade surge
a partir do desejo de cuidado e preocupação interpessoal, calor humano e compromisso com
outros. Ela expressa-se como um motivo orientado para um crescimento (nesse caso, a
oportunidade de a pessoa enriquecer suas relações).
O isolamento social e as condições que suscitam o medo são duas situações que aumentam
o desejo de uma pessoa de se afiliar a outras. Em condições de isolamento e medo, as pessoas
dizem experimentar nervosismo, tensão, sensações típicas de quem experimenta sofrimento físico
e dor, e sente que vai desmoronar. Para reduzir a ansiedade e o medo, os indivíduos geralmente
adotam a estratégia de procurar os outros. Quando amedrontadas, as pessoas desejam se afiliar
para obter apoio emocional, e também para ver como outros lidam com as emoções
experimentadas por elas em relação ao objeto que amedronta. As pessoas ansiosas também sentem
desejo de afiliação em situações em que o motivo da ansiedade se aplica tanto a uma pessoa
quanto à outra. Por exemplo, a popularidade dos grupos de apoio mútuo, tais como de indivíduos
alcoólatras, de portadores de uma doença específica e dos que sofrem de algum problema de
desajuste, é uma constatação da tendência humana de buscar outras pessoas com problemas
similares durante a experiência de medo e ansiedade.
Os indivíduos que têm alta necessidade de intimidade percebem o estreitamento dos laços
da amizade como algo emocionalmente satisfatório e capaz de satisfazer sua necessidade, ao passo
que os indivíduos que têm baixa necessidade de intimidade percebem o estreitamento dos laços de
amizade como algo sufocante e aprisionador.
Como em grande parte se trata de um motivo orientado pela deficiência, a necessidade de
afiliação, quando satisfeita, acarreta emoções como alívio em vez de alegria. Quando interagem
com outras, as pessoas que têm alta necessidade de afiliação deixam de agir como agiriam, para
evitar conflitos e procurar agradar. Quando informados de que serão avaliados por outras pessoas,
os indivíduos que têm grande necessidade de afiliação experimentam níveis relativamente
elevados de ansiedade em função de sentirem medo da rejeição. Devido ao fato de ser em grande
parte um motivo orientado para o crescimento, a necessidade de intimidade é satisfeita nas pessoas
quando estas estabelecem relações próximas e calorosas com as outras.
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4.3.3. – NECESSIDADE DE PODER
A essência da necessidade de poder é um desejo de fazer o mundo físico e social
conformar-se com a imagem ou o plano que a pessoa tem para ele. Frequentemente, essas buscas
de poder centralizam-se em torno de uma necessidade de dominação, reputação, status ou posição,
e podem ser confundidas com a necessidade de prestígio. Os indivíduos que têm alta necessidade
de poder procuram tornar-se líderes e interagem com os outros segundo um estilo dominante e
controlador. Quando instados a lembrar quais foram as experiências mais importantes de sua vida,
os indivíduos que têm alta necessidade de poder relatam eventos associados a fortes emoções
positivas, que ocorreram como resultado do impacto que exerceram sobre os outros, tais como a
vitória na eleição para um posto de liderança ou os aplausos recebidos do público.
As pessoas que têm alta necessidade de poder são atraídas por ocupações tais como
executivos de empresas, professores, psicólogos, jornalistas, e diplomatas. Todas essas ocupações
têm um denominador comum, no sentido de que seu papel ocupacional encontra-se na posição de
direcionar o comportamento de outras pessoas.
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entre comportamentos desejáveis e comportamentos indesejáveis. Além disso, praticamente todos
os ambientes nos recompensam por nos comportarmos de maneira desejável, e também nos punem
por nos comportarmos de maneira indesejável. Frequentemente seguimos nossas tendências
hedonistas (de nos aproximarmos do prazer e evitarmos o sofrimento), passando a adotar as ações
que, acreditamos, nos trarão recompensa e evitarão a punição. Com o tempo, ficamos sabendo
quais comportamentos nos trazem conseqüências agradáveis e quais nos trazem conseqüências
aversivas.
As motivações fisiológicas, psicológicas e sociais explicam porque as pessoas se
comportam de determinada forma a partir da noção de necessidade. Entretanto, dizer que as
pessoas comem, bebem, buscam desafios e relacionamentos porque têm necessidade de fazê-lo é
algo que conta apenas uma parte da história. Uma pessoa também pode apresentar esses mesmos
comportamentos se o ambiente em que se encontra lhe fornece um motivo para isso. Alguns
exemplos desses motivadores extrínsecos são o dinheiro, as notas na escola, o elogio, os
privilégios e a aprovação das outras pessoas.
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Existem dois tipos de conseqüências: os reforços e as punições. Entre os reforços, também
existem dois tipos:
1- Reforços Positivos: um reforço positivo é qualquer estímulo ambiental que, quando
apresentado, aumenta a probabilidade futura de ocorrência do comportamento desejado.
2- Reforços Negativos: Um reforço negativo é qualquer estímulo ambiental que, quando removido,
aumenta a probabilidade de ocorrência futura do comportamento desejado. Por exemplo, o ruído
estridente de um despertador é um estímulo aversivo e irritante. Fazer o despertador parar de tocar
é um reforço negativo, porque aumenta a probabilidade de que a pessoa que gostaria de continuar
dormindo levante-se da cama. Da mesma maneira, um remédio que acaba com a dor de cabeça é
um reforço negativo que aumenta o desejo da pessoa que padeça dessa dor de tomar o mesmo
remédio futuramente. Outros reforços negativos do ponto de vista cultural são as lamúrias, as
reclamações, o choro, o policiamento, os limites de tempo, os latidos dos animais de estimação e
todos os tipos de dor.
Já a punição é qualquer estímulo ambiental que, quando apresentado, diminui a
probabilidade futura de ocorrência de um comportamento indesejado. Críticas, encarceramento e
exposição ao ridículo público funcionam como punições que ocorrem ao indivíduo depois de, por
exemplo, ele ter se vestido muito mal, ter roubado alguém ou ter tomado atitudes anti-sociais.
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BRAGHIROLLI, Elaine Maria et all. Psicologia Geral. 31ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. 3ª ed. São Paulo: Pearson Education, 2001.
WEITEN, Wayne. Introdução à Psicologia: Temas e Variações. 7ª ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.
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