Departamento de Ciências Econômicas

Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia – ANE029

Prof. Dr. Admir Antonio Betarelli Junior

 Ferramentas Pesquisa Taxonomia ideias Experiências

Ferramentas
 Quais as ferramentas de trabalho de um economista?

FATOS

CONCEITOS

LEIS

HIPÓTESES

TEORIA

METODOLOGIA
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Ferramentas
 Fatos: observação empiricamente verificada.
 Teoria:
 ordenação significativa desse fatos, consistindo em conceitos, classificações, correlações,
generalizações, princípios, leis, regras, teoremas, axiomas, etc.
 explicação mais ampla e geral, envolvendo um conjunto de leis particulares e hipóteses
tiradas, muitas vezes, de diversas ciências e ligadas por uma explicação comum

 Leis: certas regularidades que, se uniformes, constantes e regulares, possibilitam a

classificação e generalização para os objetos.
 Conceitos: são construções lógicas elaboradas a partir de um determinado sistema de
referências ou parte dele. Para ter validade, precisam ser reproduzidos.
 Limitações: tradução, diversos sentidos, ambíguos e multidisciplinar.
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Ferramentas
 Hipótese: é uma suposta, provável e provisória resposta a um problema.

Teoria Hipótese

Não verificável experimentalmente Verificável experimentalmente

Comprova sua validade por testes da
Envolve o discurso, o conhecimento
experiência
Resulta em explicações por meios de leis
É interpretativa
naturais
Subsistem independentemente dos
A teoria formula necessariamente hipóteses
enunciados teóricos
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Ferramentas
Do grego [methodos] + [logos]
(estudo, discurso)

Metodologia: “Estudo do método, ou seja, estudo do modo para se chegar

a um determinado fim ou objetivo”

Estudo dos métodos e das técnicas empregados nas ciências, tanto para a realização
de pesquisas quanto para a preparação de trabalhos acadêmicos.
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Ferramentas
Do grego [methodos]

[meta] (para) + [hodos] (caminho)

Método: “Modo para se chegar a um determinado fim ou objetivo”

Modo = prática (genérica) ≠ procedimento (específico)

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Ferramentas
Método x Técnica Estratégia x Tática

 Estratégia: “Ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar um objetivo ou meta”.
 Tática: “conjunto de meios ou recursos empregados para alcançar um resultado favorável: mudou de tática e
conseguiu o emprego”.

 Método: um conjunto das diversas etapas ou passos que devem ser seguidos para a
realização da pesquisa, e que configuram as técnicas.
 Técnicas: procedimentos científicos utilizados nas pesquisas próprias da ciência. Técnicas
associadas:
 Ao uso de certos teste em laboratórios; Ao levantamento de opiniões; à coleta de dados
estatísticos; à entrevista; para determinar a idade por medição de carbono.
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Ferramentas
 Há um método idêntico para todas as ciências:

Observação

Descrição

Método
Comparação

Análise e síntese
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Formas de pensamento
 Não são métodos científicos, mas sim são caracterizados como formas de abordagem de
um tema, formas de raciocínio ou de orientação.
 Como tais, são formas de orientar a reflexão, e não de simples produção de pensamento.

Inferência

Intuição
Técnicas de
abordagem, de Indução
pensamento e
de raciocínio
Dedução

Hipotético-Dedutivo

Dialético
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Intuição
 Latim: intuire => ver por dentro.
 Capacidade de prever e perceber os acontecimentos por meio da sensibilidade e
dos órgãos perceptivos (sentimento, pensamento, sensação).
 A observação sistemática dos fenômenos e a criatividade de superação são atitudes
necessárias para que uma pessoa consiga exercer a capacidade de intuir.
 Pessoas mais criativas:
 são mais intuitivas;
 processam rapidamente as informações, relacionando-as com as experiências passadas
às informações importantes ao momento presente.
 A intuição é complementar a racionalidade e objetividade, não é oposta.
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Intuição
 Como desenvolve a intuição?
 Leia, aprenda, alimente sua curiosidade
 A intuição é uma condensação de conhecimentos anteriores.
 Por isso, é fundamental aumentar as quantidade de conhecimento por meio de leituras
diversas e das mais variadas formas de aprendizagem.

 A vantagem de provocar a intuição é que, com algum exercício em um certo treino,

você pode favorecer muito insights e permitir que o conhecimento intuitivo aflore,
aumentando assim seu potencial criativo.
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Indução
Premissas particulares Conclusões mais gerais

 Quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode dizer é que sua
conclusão é, provavelmente, verdadeira.
O ferro, cobre e ouro
a) Observo que Pedro, João e Tiago são mortais.
ETAPAS: b) Verifico a existência entre o homem e o ser mortal.
c) Concluo dizendo que todos os homens são mortais.
a) Observar os fenômenos
b) Descobrir a relação entre eles. Outro exemplo:
c) Generalizar a relação a) Existem horas extras prestadas durante a semana.
b) Elas são recebidas com adicional remuneratório.
c) Logo, todas as horas extras prestadas possuem
adicional remuneratório.
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Dedução
Premissas gerais Conclusões particulares

“Alguns países latino-americanos estão sujeitos às oscilações de mercado, uma vez que
alguns desses países são economias liberais e toda economia liberal está sujeita às
oscilações desta natureza...”

a) Premissa 1: “Toda economia liberal está sujeita às oscilações de mercado”

b) Premissa 2: “Alguns países latino-americanos são economias liberais”
c) Conclusão: “Logo, alguns países latino-americanos estão sujeitos às oscilações de mercado”.

As verbas não salariais não refletem nas verbas rescisórias.

O Vale Transporte é uma verba não salarial.
Logo, o Vale Transporte não reflete nas rescisórias.
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Dedução
Premissas gerais Conclusões particulares

Dedução:
Todo mamífero possui coração.
Todos os cavalos são mamíferos.
A: Logo, todos os cavalos possuem coração.
Indução:
Todos os cavalos observados até hoje
possuíam corações.
B: Logo, todos os cavalos possuem coração.
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A pesquisa
O que é?

 Conjunto de processos sistemáticos, críticos e empíricos aplicados no

estudo de um fenômeno.

 Investiga problemas teóricos ou práticos pelo emprego de métodos e

técnicas científicas.

É original se?
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Pesquisa
 É original se:
 Visa ampliar a fronteira do conhecimento.
 Novas relações de causalidade.
 Inédita.
 Novas descobertas.
 Preserva a replicabilidade.
 Permite gerar opinião sobre as conclusões do autor.
 Permite verificar a exatidão das análises, induções e deduções do autor.
 Terá objetivos e resultados diferentes de acordo com a qualificação do
pesquisador.
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Um esquema geral
Descritiva Inferencial
Estatística Normas e Norma Culta
Documentos Estilo do NBR 6023
NBR 10520 Dissertação
Análise Quantitativa Texto
Tese
dos dados Qualitativa
Artigo (Paper)
Fenômeno Trabalho Monografia
Você
pesquisado Científico
Projeto

Instrumento Observação Painel

Variáveis Entrevista
de coleta Resenha
Questionário
VD, VI
Sujeitos Níveis de mensuração
etc...
Tipo
Delineamento
Taxonomia Natureza
Finalidade
Probabilística
Amostragem Estratégia
Não probabilística Temporalidade
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Taxonomia das pesquisas

 Finalidade
 Natureza (enfoque)
 Estratégia
 Temporalidade
 Delineamento
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Finalidade da pesquisa
Básica / Pura
objetiva o avanço do conhecimento
teórico em determinada área (não
visa aplicabilidade imediata)
Tem como meta o saber, uma
necessidade intelectual.

Aplicada
objetiva resolver um problema
concreto e imediato da humanidade
Pretende transformar em ação
concreta os resultados de seu
trabalho
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Enfoques da pesquisa
 Existem 2 abordagens principais:
1)Enfoque quantitativo 2) Enfoque qualitativo

3) Enfoque misto

 Em vez de dicotômicas e isoladas, tem-se um dimensão contínua.

Qualitativa Quantitativa
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Semelhanças dos enfoques

 Ambos empregam processos cuidadosos, metódicos e empíricos em seu
esforço para gerar conhecimento. Por isso, a definição pesquisa é empregada.
1. Realizam a observação e a avaliação de fenômenos.
2. Criam suposições ou ideias da observação e da avaliação realizadas.
3. Demonstram o quanto as suposições ou as ideias têm fundamento.
4. Revisam essas suposições ou ideias se baseando nas provas ou na análise.
5. Propõem novas observações e avaliações para esclarecer, modificar e fundamentar as
suposições e ideias ou até para gerar outras.
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Enfoque Quantitativo
Um conjunto de processos, sequencial e
comprobatório. Ordem geralmente rigorosa.

1. De uma ideia delimitada, extraí os objetivos e perguntas.

Revisa a literatura e constrói um marco teórico.
2. Das perguntas => as hipóteses e variáveis; Tem-se um
plano para testá-las e medições (e.g., estatísticas). Confia
na experimentação (causa-efeito).
3. Deve ser a mais “objetiva” possível, sem influencia do
pesquisador. Utiliza o raciocínio dedutivo, que começa
com a teoria para a partir dela derivar hipóteses que o
pesquisador busca testar.
4. Pretende-se identificar leis universais e causais.
5. Se o processo foi rigoroso, os dados gerados terão os
padrões de validade e confiabilidade e suas conclusões
irão contribuir para gerar conhecimento.
6. Estabelece-se uma série de conclusões em relação às
hipóteses.
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Enfoque Quantitativo
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Enfoque Qualitativo
Explorar e para entender o significado que os indivíduos
ou os grupos atribuem a um problema social ou humano.
1. Desenvolve perguntas e hipóteses ao longo da pesquisa.
Examina o mundo social e cria uma teoria coerente (teoria
fundamentada).
2. Baseiam-se mais em uma lógica indutiva (explorar e
descrever, e depois gerar perspectivas teóricas).
3. As hipóteses não são testadas, mas construídas no estudo.
4. Baseia-se em métodos de coleta de dados livres (e.g.,
observação, entrevistas abertas, interação social).
5. Procura “reconstruir” a realidade, antes holística.
6. Avalia o desenvolvimento natural dos acontecimentos, i.e.,
não há manipulação nem estimulação da realidade.
7. Perspectiva interpretativa. O pesquisador é introduzido nas
experiências dos participantes e constrói o conhecimento.
8. Não generalizam probabilisticamente os resultados para
populações mais amplas nem obter necessariamente
amostras representativas.
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Enfoque Qualitativo

O enfoque qualitativo pode ser pensado como um conjunto de práticas interpretativas

que tornam o mundo “visível”, o transformam em uma série de representações na forma
de observações, anotações, gravações e documentos. É naturalista (porque estuda os
objetos e os seres vivos em seus contextos ou ambientes naturais e cotidianos) e
interpretativo (pois tenta encontrar sentido para os fenômenos em função dos significados
que as pessoas dão a eles).
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Enfoque Qualitativo
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Diferenças básicas
 Diferem em 4 quesitos básicos:
Quesito Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa

Pressuposição A realidade é constituída de fatos A realidade é constituída de fenômenos

básica objetivamente mensuráveis socialmente construídos

Objetivo Determinar as causas dos fatos Compreender melhor os fenômenos

Abordagem Experimental Observacional

Papel do
Imparcial e neutro Participante não neutro do fenômeno
pesquisador
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Diferenças nas etapas da pesquisa

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Concepções filosóficas
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Concepções filosóficas
 Pós-positivistas: defendem uma filosofia determinística, na qual as causas
provavelmente determinam os efeitos ou os resultados. (+quantitativa).

 Construtivistas sociais: defendem suposições de que os indivíduos procuram

entender o mundo em que vivem e trabalham. (+ qualitativa).

 Reivindicatória/participatória: defende que a investigação da pesquisa precisa

estar interligada à política e à uma agenda política (e.g., capacitação, desigualdade,
opressão, dominação, supressão e alienação). (+ qualitativa).

 Pragmatismo: concentra a atenção no problema de pesquisa das ciências sociais e

utilizam abordagens pluralísticas para derivar conhecimento sobre o problema. (+
misto).
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Estratégias da investigação
 As estratégias da investigação são os tipos de projetos ou modelos de
métodos qualitativos, quantitativos e mistos que proporcionam uma direção
específica aos procedimentos em um projeto de pesquisa.
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Estratégias: quantitativa
 Levantamento (descritiva): descrição quantitativa de atitudes ou de opiniões de
uma população, estudando uma amostra dessa população. Inclui estudos
transversais e longitudinais, utilizando questionários ou entrevistas estruturadas,
com a intenção de generalizar a partir de uma amostra. Não há interferência.

 Experimental: busca explicar as causas de determinado fenômeno, manipulando

deliberadamente algum aspecto da realidade (experimento).
 O pesquisador tenta explicar por que algo acontece, i.e., descreve.
 Busca identificar as causas e os efeitos.
 Requer o controle das variáveis a ser testadas.
 Requer a utilização de aparelhos, instrumentos ou técnicas de controle.
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Estratégias: qualitativa
 Etnografia: estuda um grupo cultural intacto em um cenário natural durante um período
de tempo prolongado, coletando dados observacionais e de entrevistas. É flexível e se
desenvolvem às realidades vividas encontradas no ambiente de campo.
 Teoria fundamentada: é uma estratégia de investigação em que o pesquisador deriva uma
teoria geral, abstrata, de um processo, ação ou interação fundamentada nos pontos de vista
dos participantes.
 Estudos de caso: explora profundamente um programa, um evento, uma atividade, um
processo ou um ou mais indivíduos.
 Fenomenológica: identifica a essência das experiências humanas, com respeito a um
fenômeno, descritas pelos participantes.
 Narrativa: estuda as vidas dos indivíduos e pede a um ou mais indivíduos para contar
histórias sobre suas vidas.
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Estratégias: mista
 Métodos mistos sequenciais: inicia com uma entrevista qualitativa para propósitos
exploratórios e prossegue com um método quantitativo, de levantamento com uma
amostra ampla, para que o pesquisador possa generalizar os resultados para uma
população.

 Métodos mistos concomitantes: converge ou mistura dados quantitativos e

qualitativos para realizar uma análise abrangente do problema da pesquisa.

 Métodos mistos transformativos: utiliza um enfoque teórico como uma perspectiva

ampla em um projeto que contém tanto dados quantitativos quanto qualitativos.
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Formas de coletas de dados

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Profundidade e amplitude da pesquisa

 Pesquisa ou Levantamento de Campo: alta amplitude e pouca profundidade.
 Estudo de Campo: média amplitude na coleta de dados e média profundidade.
 Estudo de caso: baixa amplitude e elevada profundidade.
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Qual dos enfoques é o melhor?

 Ambos são muito valiosos e contribuíram para o avanço do conhecimento.
 A pesquisa quantitativa nos oferece a oportunidade de generalizar os resultados mais
amplamente, ela nos permite ter o controle sobre os fenômenos, assim como um ponto
de vista de contagem e suas magnitudes.
 A pesquisa qualitativa proporciona profundidade aos dados, dispersão, riqueza
interpretativa, contextualização do ambiente ou entorno, detalhes e experiências únicas.
Também traz um ponto de vista “novo, natural e holístico” dos fenômenos, assim como
flexibilidade.

 São enfoques complementares, isto é, cada um com sua respectiva função é

utilizado para conhecer um fenômeno e levar à solução dos diversos problemas e
questionamentos.
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Qual dos enfoques é o melhor?

 O pesquisador deve ser metodologicamente plural e se orientar pelo contexto, pela situação,
pelos recursos disponíveis, por seus objetivos e pelo problema de estudo. Uma postura
pragmática.

 Exemplos:

 Um estudioso dos efeitos de uma desvalorização na economia de um país complementaria

suas análises quantitativas com sessões profundas com especialistas e realizaria uma
análise histórica (tanto quantitativa quanto qualitativa) dos fatos.

 Um analista da opinião pública, ao pesquisar sobre os fatores que mais interferem na

votação para a próxima eleição, utilizaria grupos focais com discussão aberta (qualitativos),
além de pesquisas por amostragem (quantitativas).
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Temporalidade da pesquisa
Longitudinal Transversal

Avalia-se um conjunto de variáveis, Avalia-se um conjunto de variáveis

por meio de uma ou mais em grupos de sujeitos que se
observações, em um mesmo encontram em momentos
conjunto de sujeitos, ao longo de diferentes, através de uma única
um período. observação.
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Temporalidade da pesquisa
Longitudinal Transversal

Oúnica
O1 O2 O3 On
CS1
CS2
CS3
CS1 CS1 CS1 CS1
CSn
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Nascimento de uma pesquisa

 Como surgem as pesquisas quantitativas,
qualitativas ou mistas ?
 As pesquisas surgem das ideias, não
importando o tipo de paradigma que
fundamenta nosso estudo nem o enfoque
que iremos seguir.

 As ideias são o primeiro contato que temos

com a realidade que será pesquisada ou com
os fenômenos, eventos e ambientes que
serão estudados.
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Nascimento de uma pesquisa

 Fontes de ideias para uma pesquisa:
 Experiências individuais.

 Materiais escritos (livros, artigos de revistas acadêmicas ou jornais, dissertações e teses, assim como
outros documentos).

 Materiais audiovisuais e programas de rádio ou televisão, informação disponível na internet, etc.

 Teorias.

 Descobertas resultantes de pesquisas, conversas pessoais, observações de fatos, crenças e até mesmo
intuições e pressentimentos.

De diversas fontes: ao observar um evento, ao ler uma revista, ao estudar em casa, ver televisão ou ir ao
cinema, ao conversar com outras pessoas ou ao lembrar alguma experiência pessoal.

“Enquanto “navega” na internet alguém pode ter ideias de pesquisa”

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Nascimento de uma pesquisa

 A imprecisão das ideias iniciais:
 A maioria das ideias iniciais é vaga e exige ser analisada com cuidado para que se transforme em
formulações mais precisas e estruturadas, principalmente no processo quantitativo.

 Quando uma pessoa desenvolve uma ideia de pesquisa deve se familiarizar com o campo de
conhecimento no qual ela está inserida.

 Conhecer o que foi feito a respeito de um tema ajuda a:

 Não pesquisar sobre algum tema que já foi estudado a fundo;

 Estruturar mais formalmente a ideia de pesquisa;

 Selecionar a perspectiva principal a partir da qual a ideia de pesquisa será abordada.

Quanto mais se conhece de um tema, mais eficiente e rápido será o processo de aprimorar a ideia.
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Nascimento de uma pesquisa

 Critérios para gerar ideias:
 As boas ideias intrigam, estimulam e excitam o pesquisador pessoalmente.

 As boas ideias de pesquisa “não são necessariamente novas, mas originais”.

 As boas ideias de pesquisa podem servir para elaborar teorias e solucionar

problemas.

 As boas ideias podem servir para gerar novas perguntas e questionamentos .

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Nascimento de uma pesquisa

 Dicas para a seleção de pesquisa:
 se o problema requer (a) a identificação de fatores que influenciam um resultado,
(b) a utilidade de uma intervenção ou (c) o entendimento dos melhores preditores
de resultados, então uma abordagem quantitativa é melhor. Deve ser utilizada para
testar hipóteses ou uma explicação.

 Se um conceito de fenômeno precisa ser entendido porque pouca pesquisa foi

realizada a respeito, então ele merece uma abordagem qualitativa. A pesquisa
qualitativa é exploratória e conveniente quando o pesquisador não conhece as
variáveis importantes a serem examinadas. Esse tipo de abordagem pode ser
necessária porque o tópico é novo.
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Nascimento de uma pesquisa

 Dicas para a seleção de pesquisa:
 A pesquisa mista é útil quando a abordagem quantitativa ou qualitativa em si é
inadequada para um bom entendimento de um problema de pesquisa, ou quando
os potenciais da pesquisa quantitativa e da pesquisa quantitativa não conseguem
proporcionar o melhor entendimento.
• Por exemplo, um pesquisador pode querer generalizar os resultados para uma população e também
desenvolver uma visão detalhada do significado de um fenômeno ou de um conceito para os
indivíduos.
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Nascimento de uma pesquisa

 Dicas para a seleção de pesquisa:
 Experiências pessoais:
• Um indivíduo treinado em escrita técnica e científica, em estatística e programas de estatística
computadorizados e que também seja familiarizado com as publicações de natureza quantitativa
teria uma maior probabilidade de escolher uma pesquisa quantitativa.

• os indivíduos que gostam de escrever de uma maneira literária ou de realizar entrevistas

pessoais ou, ainda, de realizar observações de perto, podem preferir a abordagem qualitativa.

• O pesquisador de métodos mistos é um indivíduo familiarizado com a pesquisa quantitativa

e com a pesquisa qualitativa. Além disso, também tem o tempo e os recursos para coletar
tanto dados quantitativos quanto qualitativos, bem como os meios para a realização de
estudos de métodos mistos, os quais tendem a ter um amplo escopo.
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Exercícios:
 Individual e nas mãos do professor para a próxima aula:
1) Revise os resumos de um artigo científico que se refira a um estudo quantitativo e
um artigo científico que seja o resultado de um estudo qualitativo, de preferência
sobre um tema similar.
2) O que distingue um estudo quantitativo de um estudo qualitativo? Discorra
brevemente.
3) Desenvolva uma ideia de pesquisa que você gostaria de tratar. Em seguida, escolha
e discuta um tópico que gostaria de estudar. Identifique se seu tema seria uma
pesquisa quantitativa , qualitativa ou mista.
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Referências:
 APPOLINÁRIO, F. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática da
Pesquisa. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. (cap.4)
 CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; da SILVA, R. Metodologia Científica. 6. ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. (cap.5)
 CRESWELL, J.W. Projeto de pesquisa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Cap.2 e Cap.6.
 SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de
Pesquisa. 5 ed. Porto Alegre: Penso, 2013. Cap.3.