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Metodologia do Trabalho

Científico

Dra.Ana Gonzalez Chena.


Correo electronico: anachena_01@hotmail.com
Unidade I

A questão do saber
Um novo paradigma
“O saber é o trabalho para elevar à dimensão do conceito
uma situação do não-saber, isto é, a experiência imediata
cuja obscuridade pede o trabalho de clarificação. A
obscuridade de uma experiência nada mais é senão seu
caráter necessariamente indeterminado e o saber nada mais é
senão o trabalho para determinar essa indeterminação (...) só
há saber quando a reflexão aceita o risco de não contar com
garantias prévias e exteriores à própria experiência e à
própria reflexão que trabalha”.
(M. Chauí)
1- O conhecimento científico é
historicamente produzido

A definição e o tratamento do objeto de


estudo têm muito a ver com a postura do
pesquisador
2- Definição do tema

Respostas às inquietações acadêmicas:


Quais as condições de produção daquele tema
enquanto discurso de poder?
Quais as condições de produção do discurso
acadêmico?
Quais as condições do próprio discurso?
Relação íntima entre o sujeito que pesquisa e o
objeto pesquisado
Registros  parte do real
3- Delimitação progressiva do
tema

Diferenciada

Amplitude do tema  complexidade +


postura do pesquisador

Caminho da investigação  redefinição do


tema
4- Problematização

Do empírico à teoria

Contínua

Diálogo com as evidências  conceitos

Sujeito que pesquisa  objeto pesquisado


5- Trajetória da pesquisa

1- Leitura da bibliografia
2- Tomar conhecimento de todas as posturas
teóricas
3- Formulação de hipóteses
4- Coleta de fontes
5- Diálogo entre as evidências e teoria
6- Ciência e conhecimento
científico

Ciência = conhecimento em construção

Conhecimento  acumulativo

Hipótese  orienta o pesquisador


Desvendar as injunções de uma problemática
vencida no passado, mas ainda presente
hoje, é chamar a si as possibilidades de
intervir no presente e no futuro.

Os procedimentos não são definidos a priori,


mas no decorrer da pesquisa.
7- Seleção das evidências

Visão social + proposta de intervenção

Registros perturbadores

Problematização

Seleção dos dados  subjetividade +


seleção sistemática
8- Produto Final: uma produção em
andamento

Momento de reflexão

Reconstituição do percurso da investigação

Um conhecimento

Objetividade: boa escolha do tema + rigor


científico
“A técnica surge no bojo do trabalho, como
resultado de uma reflexão que tinha como
referente o material empírico. Ela surge de
uma problematização e, ao mesmo tempo,
dá elementos para encaminhá-la dentro
daquela idéia de que a problematização é
contínua no processo de pesquisa.
CONCEITO DE CIÊNCIA

Pensamento racional, objetivo, lógico e


confiável, ser sistemático,
aproximadamente exato e falível, não final
e definitivo, deve ser verificável,
procurando as relações causais.

A metodologia determinará a própria


possibilidade de experimentação.
Natureza da Ciência

Aspecto lógico: método para construção de


proposições e enunciados descrição,
interpretação, explicação e verificação
Aspecto técnico: processo de manipulação
dos fenômenos  instrumento
metodológico que indica a melhor maneira
em se operar em cada caso.
Componentes da Ciência

Objetivo ou finalidade: distinguir a


característica comum em determinados
eventos
Função: aperfeiçoamento da relação do
homem com o mundo
Objetos:
material  aquilo que se pretende estudar
formal: enfoque especial
Classificação e Divisão da
Ciência
Formais Factuais
Lógica, Naturais Sociais
Matemática Física, Antropologia,
Química, Direito,
Biologia e Economia,
outros Política,
Psicologia
Social,
Sociologia
Classificação e Divisão da Ciência

Formais Factuais
Estudo das Idéias Estudo dos fatos
Não podem valer do Referem-se a fatos que
contato com a realidade supostamente ocorrem no
para validar suas mundo, recorrem a
fórmulas observação e
experimentação para
comprovar suas hipóteses
Aspectos de Diferenciação

Formais Factuais
Objetos
Objeto ou tema Enunciados empíricos,
processos
Diferença de Entes
Relação entre
espécie entre extracientíficos,
símbolos
enunciados fenômenos
Método pelo
Lógica para
qual se Observação /
demonstrar seus
comprovam os experimento
teoremas
enunciados
Formais Factuais
Grau de Suficientes em Fato experimental
suficiência/ relação aos para convalidação
conteúdo e conteúdos e
método métodos
Papel da A verdade é A coerência é
coerência p/ a relativa ao necessária, mas não
verdade sistema aplicado suficiente. Enunciados
devem ser verificados.
Resultado Demonstram ou Verificam hipóteses
alcançado provam provisórias
Conhecimento científico e
conhecimento popular

Conhecimento Popular Conhecimento Científico


transmitido de geração transmitido  treinamento
p/ geração  apropriado, mais racional
educação informal procedimentos científicos
imitação “Por que” e “como”
experiência pessoal e Visão mais globalizante
empírica
Conhecimento Científico 
Conhecimento Popular

Forma, método e instrumentos


A ciência não é o único caminho de acesso ao
conhecimento e à verdade
Um objeto ou fenômeno pode ser matéria de
observação tanto p/ o cientista quanto para o
homem comum; o que leva um ao conhecimento e
outro ao vulgar é a forma de observação
Tanto o bom senso como a ciência
almejam ser racionais e objetivos
Racionalidade: através de teorias
Objetividade: ultrapassar os limites da
vida cotidiana e da experiência particular
Tipos de Conhecimento

Popular Filosófico Religioso Científico


Valorativo Valorativo Valorativo Contingente
Reflexivo Racional Inspiracional Aproximadame
nte exato
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Inverificável Inverificável Verificabilidade
Falível e Infalível e Infalível Falível
inexato Exato
Aquele que não é capaz
de governar a si mesmo,
não será capaz de
governar os outros.
Gandhi

O livro é um mestre
que fala mas que
não responde.
Platão
A construção do espírito
científico

VERDADE

EVIDÊNCIA

CERTEZA
Caracterização das Ciências
Factuais
O conhecimento é racional

Constituído por conceitos, juízos e


raciocínios
Combinação das idéias  conjunto de
regras lógicas
Contém idéias  sistemas
O conhecimento é objetivo

Verdade factual  observação,


experimentação, demonstração

Adequação das hipóteses aos fatos 


observação experimentação
Conhecimento é factual

Parte dos fatos e se volta a eles

Captam os fatos como se apresentam na


natureza ou na sociedade

Utiliza como matéria-prima os dados


empíricos
O Conhecimento é transcendente
aos fatos

Descarta os fatos, produz novos fatos e os


explica
Seleciona os fatos relevantes
Sintetiza as experiências e compara-as
Leva o conhecimento além dos fatos
observados
O conhecimento é analítico

Decompõe o todo em suas partes


componentes

Os problemas e soluções da Ciência são


parciais

Reconstrução do todo a partir das partes


O conhecimento é claro e preciso

Esforço para ser claro e exato


Formulação de problemas com clareza
Noções simples
Definição de conceitos para evitar a
ambigüidade
Os significados são atribuídos por
intermédio de regras de designação
O conhecimento é comunicável

Sua linguagem deve informar a todas


pessoas instruídas para entende-la
Deve expor sua metodologia adotada de
modo que outros pesquisadores possam
verificar seus dados e hipóteses
Deve ser considerado como propriedade de
toda a humanidade
O conhecimento é verificável

Ser aceito como válido, quando


demonstrado
O teste das hipóteses deve ser
observacional ou experimental
Hipóteses devem ser aprovadas ou
refutadas pela experiência
O conhecimento científico é dependente da
investigação metódica

É planejado

Baseia-se em conhecimento anterior

Obedece um método pré-estabelecido com etapas


claramente definidas
O conhecimento é sistemático

Constituído por um sistema de idéias


correlacionadas

Contém sistemas de referência (modelos,


teorias e hipóteses) que explicam as
propriedades e as relações
O conhecimento é acumulativo

Seu desenvolvimento é conseqüência de um


contínuo selecionar de outros
conhecimentos

Novos conhecimentos podem substituir os


antigos

Criação de novas situações, condições ou


realidades.
O conhecimento é falível

Não é absoluto, final

O progresso científico se efetua por


evoluções
O conhecimento é geral

Situa os fatos singulares em modelos gerais

Procura a uniformidade e a generalidade

A descoberta de leis e princípios gerais


permite a elaboração de modelos mais
amplos.
O conhecimento é explicativo

Explica os fatos em termos de leis e as leis


termos de princípios.

Tenta responder como e por que das coisas


O conhecimento é preditivo

Baseado na investigação dos fatos, a


ciência atua no plano do previsível

Pode, pela indução probabilística, prever


ocorrências
O Conhecimento é Aberto

Sem barreiras para limita-lo

É falível e capaz de progredir

Está ligado as circunstâncias de sua época


O conhecimento é útil

Sua objetividade confere-lhe um


conhecimento adequado das coisas

Mantém uma conexão com a tecnologia.


Estrutura da Monografia
Introdução

Formulação clara e simples do tema de


investigação. É a apresentação sintética do
tema, sua justificativa, objeto e objetivos,
importância da metodologia utilizada e
rápida referência a trabalhos anteriores
sobre o mesmo assunto
Desenvolvimento

Fundamentação lógica do trabalho de


pesquisa cuja finalidade é expor e
demonstrar as principais idéias. Abrange
três fases:
explicação: explicita o que está implícito
discussão: exame, argumentação, análise e
explicação da pesquisa
demonstração: dedução lógica do trabalho,
raciocínio
Conclusão

Fase final do trabalho de pesquisa que


possui estrutura própria.
Resumo completo, mas sintético da
argumentação dos dados e dos exemplos
utilizados
Fecho da introdução e da reflexão.
Esquema do Trabalho Final

Introdução
Definição do tema
Delimitação
Localização no tempo e no espaço
Justificativa da escolha
Objetivos: geral e específico
Indicação da metodologia
Esquema do Trabalho Final

Desenvolvimento
Revisão da literatura
Metodologia ou procedimento metodológico
Construção de argumentos
Apresentação, análise e interpretação dos
dados
Esquema do Trabalho Final

Conclusão

Parte Referencial
Apêndice ou anexos
Glossário
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA

- CERVO, Amado Luiz & BERVIAN, Pedro


Alcino. Metodologia Científica. 4 ed. São
Paulo: Makron Brooks, 1996.

- LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina


de Andrade. 2 ed. Metodologia Científica.
São Paulo: Atlas, 1991. Cap. 1
Unidade II

Métodos Científicos
Histórico do Método Científico

Não há ciência sem o emprego do método científico


Método fator de segurança e economia p/a
consecução do objetivo
As regras não garantem a obtenção da verdade,
mas facilitam a obtenção de erros
As hipóteses são prováveis e provisórias respostas
para os problemas
Método: permiti a todo cientista retraçar
os procedimentos daquele que alcança um
resultado válido ou não.
A finalidade da atividade científica é a
obtenção da verdade  comprovação das
hipóteses (pontes entre a observação da
realidade e a teoria científica)
Conceito de Método

Conjunto das atividades sistemáticas


e racionais que com maior segurança e
economia, permite alcançar o objetivo,
traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.
Desenvolvimento histórico do
Método

Preocupação em descobrir
Explicação dos fenômenos a entidades sobrenaturais
Conhecimento religioso verdade: caráter dogmático
Conhecimento filosófico  investigação racional  essência
imutável do ser
Senso comum + explicação religiosa + conhec. Filosófico 
orientação das preocupações do homem com o universo
Séc. XVI  explicação mediante observação científica aliada
ao raciocínio
O método de Galileu Galilei
(Indução experimental  lei geral  observação quantitativa)

O b se rv a ç ã o d o s fe n ô m e n o s

A n á lise d a s p a rte s, e sta b e le c e n d o re la ç õ e s q u a n tita tiv a s

In d u ç ã o d e h ip ó te se s

V e rific a ç ã o d a s h ip ó te se s (e x p e rim e n to )

G e n e ra liza ç ã o d o s re su lta d o s

C o n firm a ç ã o d a s h ip ó te se s

E sta b e le c im e n to d e le is g e ra is
O método de Francis Bacon
(observação e experimentação)

Experimentação

Formulação de hipóteses

Repetição

Testagem das Hipóteses

Formulação de generalizações e leis


Coincidências constantes
Tábuas:
presença (circunstâncias em que se produz)
ausência (casos em que não produz)
graus (onde há variação de intensidade)
O método de Descartes
(método dedutivo: certeza  razão)

Regras:
evidência: evitar a precipitação e o preconceito
Análise: dividir as dificuldades em partes
Síntese: conduzir ordenadamente os
pensamentos
Enumeração: enumerações cuidadosas e revisões
gerais
Concepção Atual do Método
(investigação)
Problema ou lacuna
Explicação Não Explicação

Colocação precisa do problema


Procura de instrumentos ou conhecimentos relevantes
Tentativa de solução
Satisfatória Inútil
Invenção de novas idéias ou produção de novos
dados empíricos

Obtenção de uma solução


Prova da solução
Satisfatória Não satisfatória
Conclusão Início de novo ciclo
MÉTODO INDUTIVO

Conceito:
Parte-se de dados particulares,
suficientemente constatados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas.

Premissas  conclusões prováveis


Caracterização

De premissas das informações sobre


acontecimentos observados  conclusão
De indícios percebidos  realidade
desconhecida
Do especial  mais geral
Extensão dos antecedentes < conclusão
Relação constante entre duas propriedades ou
fenômenos  afirmação de uma relação
universal e necessária
Etapas

Observação dos fenômenos

Descoberta das relações entre eles

Generalização da relação
Leis

Nas mesmas circunstâncias, as mesmas


causas produzem os mesmos efeitos.

O que é verdade de muitas partes


suficientemente enumeradas de um sujeito,
é verdade para todo esse sujeito universal
Questões

Qual a justificativa para as interferências


indutivas?
Regularidade nas coisas

Qual a justificativa para a crença de que o


futuro será como o passado?
Observações feitas no passado
Formas e tipos de indução

Completa ou formal (Aristóteles): de todos


os casos  não leva a conhecimento
Incompleta ou científica (Galileu e F.
Bacon)  permite induzir de alguns casos
para os restantes da mesma categoria 
Causa ou lei
Regras

Os casos particulares devem ser provados e


experimentados na quantidade suficiente

É necessário analisar a possibilidade de


variações provocadas por circunstâncias
acidentais
Tipos de experiência indutiva

Da amostra para a população


Da população para a amostra
Da amostra para a amostra (preditiva-
padrão , preditiva-estatística, preditiva-
singular)
Das conseqüências verificáveis  própria
hipótese
Por analogia
Quanto maior a amostra, maior a força
indutiva do argumento

Quanto mais representativa a amostra,


maior a força do argumento.
Casos em que os problemas da amostra
interferem na legitimidade da inferência

Amostra insuficiente

Amostra tendenciosa
Críticas ao método indutivo

“As generalizações podem ser


conclusivamente falsificadas, embora nunca
verificadas, jamais revelando-se
verdadeiras” (Popper).
Dizer que a indução funcionou no passado
significa que funcionará no futuro é um
argumento indutivo (Hume).
O argumento indutivo requer uma premissa
adicional para tornar-se válido

Um argumento indutivo, para ser expresso


adequadamente deve referir-se, como
parte da conclusão, às probabilidades.
Os procedimentos indutivos são uma
condição necessária para antecipar o
desconhecido.
Métodos Dedutivo / Indutivo

Dedutivos Indutivos
Se todas as premissas Se todas as premissas são
são verdadeiras, a verdadeiras, a conclusão é
conclusão deve ser provavelmente verdadeira,
verdadeira mas não necessariamente
Toda a informação ou verdadeira.
conteúdo factual da A conclusão encerra
conclusão já estava informação que não estava
nas premissas. nas premissas.
Dedução / Indução

Dedução: explicita- Indução: amplia-se o


se o conteúdo das alcance dos
premissas conhecimentos
Não há graduações Admitem diferentes
intermediárias graus de força
Argumentos Argumentos indutivos:
dedutivos: aumentam o conteúdo
sacrificam a das premissas, com
ampliação do sacrifício da precisão.
conteúdo
Generalidade do Método Dedutivo

Apresenta como especial algo que se


conhece como geral
Necessidade das explicações  reside na
relação entre as premissas e na conclusão
que acarretam
Para que uma teoria explique é preciso que
acrescente algo as novas idéias e este algo
seja aceitável logicamente.
Críticas ao Método Dedutivo

É preciso compreendermos porque as


premissas são verdadeiras

A dedutibilidade não só não é condição


suficiente de explicação, mas também não é
condição necessária, pois muitas são as
explicações que não têm qualquer lei como
premissa.
MÉTODO HIPOTÉTICO-
DEDUTIVO
Características Gerais

Método indutivo: parte da observação de


alguns fenômenos para todos daquela
mesma classe
Método dedutivo: parte das generalizações
aceitas para casos concretos
Ponto de chegada: formulação de leis ou
sistemas
Posição de Popper perante a
Indução e o Método Científico

Lançou as bases do método hipotético-


dedutivo e do critério da falseabilidade
Defende o conhecimento racional
Construção de conjecturas que devem ser
submetidas a testes, à crítica intersubjetiva,
ao controle mútuo pela discussão crítica, à
publicidade crítica e ao confronto com os
fatos, resistindo às tentativas de refutação e
falseamento.
Método Hipotético-Dedutivo

Origem: problema  fatos relevantes 


hipóteses  solução
Tentativas e eliminação de erros
Não leva a certeza
Etapas do Método Hipotético-
Dedutivo

E xpectativas ou Conhecim ento Prévio

Problem a

Conjecturas

Falseam ento
Hipótese ou Teoria  Problema
Observação  ativa, seletiva (“expectativas
inatas”)
Expectativas inatas  expectativas latentes
(atividades por estímulo aos quais reagimos)
Aprendizado: modificação de algum
conhecimento anterior  formação de
expectativas (tentativas e erros)
Problema: ponto de pesquisa
Conhecimento Prévio - Teorias Existentes

Lacuna, contradição ou problema

Conjecturas, soluções ou hipóteses

Conseqüências falseáveis - Enunciados deduzidos

Técnica de Falseabilidade

Testagem

Análise dos Resultados

Avaliação das Conjecturas, Soluções ou Hipóteses

Reputação (rejeição) Corroboração (Não rejeição)

Nova teoria

Nova lacuna, contradição ou problema


Problema

Relevante ou irrelevante na observação 


seleção de dados
Hipótese, conjectura ou suposição de guia
Conjecturas

Solução proposta passível de teste, direto


ou indireto, sempre dedutivamente
Explicar ou prever aquilo que despertou a
curiosidade intelectual ou dificuldade
teórica ou prática
Tentativa de Falseamento

Meio de teste: observação ou


experimentação
Tornar falsas as consequências deduzidas ou
deriváveis da hipótese
Quanto mais falseável for uma uma
conjectura mais científica será
Quanto mais informativa uma conjectura
mais falseável ela será.
A não descoberta de caso concreto negativo
corroborá a hipótese.
Crítica ao Método Hipotético-
Dedutivo

A ciência se limita a eliminação do erro,


sem que se apresente como progressiva
descoberta ou aproximação da verdade.
Método Dialético
Histórico

Grécia  diálogo
Heráclito (540-480 a.C)  mudança:
conflito
Hegel: nada está isolado, tudo é movimento
e mudança, tudo depende de tudo.
Contradição  presente em toda realidade
Dialética: lógica do conflito, do movimento,
da vida, da infinitude
Fases da dialética

Filósofos jônicos (Heráclito)  sucessão


Aristótes: coexistência
Hegel: sucessão e coexistência  dialética
histórica-idealista
Marx e Engels: dialética materialista 
mudança das coisas determinam as
mudanças das idéias
As leis da dialética

Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se


relaciona”
Mudança dialética, negação da negação ou
“tudo se transforma”
passagem da quantidade à qualidade ou
mudança qualitativa
interpenetração dos contrários,
contradição ou luta dos contrários
Ação recíproca

Mundo  conjunto de processos


Coisa  em movimento em vias de
transformar-se
Fim de um processo  começo de outro
Todo unido, coerente, condicionando-se
reciprocamente
Análise de um fato do ponto de vista das
condições que o determinam e o explicam.
Mudança dialética

Extinção relativa das coisas  movimento


absoluto  coincide com o repouso
absoluto na unificação
Negação  ponto de transformação em
seu contrário
Ponto afirmativo
Desenvolvimento dialético: prossegue por
negações  nada é imutável
Passagem da quantidade a
qualidade

Certos graus de mudança quantitativa 


conversão qualitativa
Mudança quantitativa: aumento ou
diminuição da quantidade
Mudança qualitativa: passagem de um
estado para outro  rápida, súbitas,
resultado da acumulação de mudança
quantitativas graduais
Interpretação dos contrários

Qual o motor das mudanças?


Objetos e fenômenos da natureza 
contradições internas  lado negativo e
positivo
Luta entre os contrários: conteúdo interno
do processo de desenvolvimento
Contradição interna, inovadora
Unidade dos contrários: condicionada,
temporária, passageira e relativa.
Críticas ao método dialético

Existência da interpretação dos contrários


 fundamento real de um método
científico.
Mudança dialética: resultado de forças
internas  incapaz de explicar a atividade
ou o movimento presente em cada um dos
contrários
Passagem da mudança quantitativa para a
qualitativa  forças de repulsão ou
atração não são espontâneas. Ex: água.
Métodos específicos das Ciências
Sociais
Método de abordagem

Indutivo: das contradições particulares às


teorias e leis (conexão ascendente)
Dedutivo: das teorias e leis para a ocorrência
de fenômenos particulares (conexão
descendente)
Hipotético-dedutivo: da percepção (lacuna) para
formulação de leis e hipótese  teste da
predição
Dialético: ação recíproca, da contradição
inerente e mudança dialética na sociedade e na
natureza.
Métodos de procedimentos

Etapas mais concretas da investigação


Finalidade mais restrita em termos de
explicação geral
Fenômenos menos abstratos
Limitadas a um domínio particular
Método Histórico

Investigação de acontecimentos, processos


e instituições do passado  influência na
sociedade atual
Alterações influenciadas pelo contexto
cultural particular de cada época.
Preenchimento dos vazios dos fatos e
acontecimentos  tempo  percepção da
continuidade e do entrelaçamento
Método comparativo (Tylor)

Comparações  verificar similitudes e


explicar divergências
Comparações de grupos no presente, no
passado, sociedade de estágios de
desenvolvimento iguais ou diferentes
Análise do dado concreto
Estudos qualitativos, quantitativos, largo
alcance
Método Monográfico (Le Play)

Estudo de determinados indivíduos,


profissões, condições, instituições, grupos
ou comunidades com a finalidade de obter
generalizações.
Respeita a “totalidade solidária” dos
grupos.
Método Estatístico (Quetelet)

De conjuntos complexos  representações


simples  constatação as relações entre si
Descrição quantitativa da sociedade 
todo organizado
Método de experimentação e prova
Método tipológico
(Max Weber)

Semelhanças com o método comparativo


Comparação de fenômenos sociais
complexos  tipos ideais (análise dos
aspectos essenciais)
Tipo ideal: não existe na realidade 
modelo para análise e compreensão dos
casos concretos.
Método Funcionalista (Malinowski)

Interpretação
Sociedade: função de suas unidades  sistema
organizado de atividades  todo em
funcionamento
Papel das partes: funções no complexo de
estrutura e organização  função específica
Funções manifestas: finalidades pretendidas
Funções latentes: finalidades não esperadas
Método estruturalista
(Lévi-Strauss)

Da investigação de um fenômeno concreto


 constituição de um modelo (nível
abstrato)  retorno ao concreto:
realidade estruturada e relacionada com a
experiência do sujeito social
Bibliografia

- CERVO, Amado Luiz & BERVIAN, Pedro Alcino.


Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Makron
Brooks, 1996.

- LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de


Andrade. 2 ed. Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 1991. Cap. 1
Unidade III

A Investigação Científica
Conceito de Pesquisa

É uma atividade voltada para a solução de


problemas.
Dúvida ou problema  método científico 
resposta ou solução
Outras formas de obtenção de conhecimento:
consulta bibliográfica
dispensa o emprego de processos rigorosos
não são pesquisas
Resultados da Pesquisa

Diferentes  conforme a qualificação


do pesquisador:
Iniciante  aprendizagem e treinamento
 refaz caminhos percorridos pelos
pesquisadores
Pesquisador profissional  integrado
numa equipe de investigação
Trabalho Científico Original

Pesquisa cujos resultados apresentam novas


conquistas para a ciência.
Finalidade da sua Estrutura:
reprodução das experiências e obtenção do
resultados
repetir as observações e formar opinião sobre as
conclusões do autor
verificar a exatidão das análises, induções,
deduções, usando as fontes indicadas no
trabalho.
Resumo do Assunto

Reúne, analisa e discute conhecimentos e


informações já publicadas.
Não é original.
Exige a aplicação dos métodos científicos
Vantagens:
fornecer a bagagem de conhecimentos e
treinamento científico  trabalhos originais
Métodos e Técnicas

Técnicas: procedimentos científicos utilizados


por uma determinada ciência no quadro das
pesquisas próprias das ciências.
Ex: testes de laboratórios, levantamento de
opiniões de massa, coleta de dados estatísticos,
técnicas para conduzir uma entrevista, para
determinar a idade em função do carbono, para
decifrar inscrições desconhecidas.
São meios corretos de executar as operações
de interesse
Treinamento científico  domínio dessas
técnicas
Método: conjunto de técnicas gerais
“O método se adapta às diversas ciências na
medida em que a investigação de seu objeto impõe,
ao pesquisador, lançar mão de técnicas
especializadas”.
Procedimentos comuns

formular questões e levantar hipóteses


efetuar observações e medidas
registrar os dados observados
elaborar explicações ou rever conclusões que
estejam em desacordo com as observações
generalizar (indução)
prever ou predizer
Tipos de Pesquisa

Peculiaridades próprias
Pesquisa pura: o pesquisa tem como meta o
saber, buscando satisfazer uma necessidade
intelectual pelo conhecimento  atualização
de conhecimentos
Pesquisa aplicada: o pesquisador é movido pela
necessidade de contribuir para fins práticos,
buscando soluções para os problemas.
Não se excluem
Não se opõem.
Indispensáveis para o progresso
Pesquisa bibliográfica, descritiva e
experimental
Pesquisa bibliográfica

Procura explicar um problema a partir de


referências teóricas publicadas em
documentos.
Pode ser realizada independente ou como
parte da pesquisa descritiva ou
experimental.
Independente: percorre todos os passos formais
do trabalho científico.
Conjunta: recolher informações sobre um
problema ou hipótese que se quer experimentar.
Meio de formação
Trabalho científico original:
pesquisa propriamente dita
Resumo de assunto: primeiro passo
da pesquisa
Pesquisa Descritiva

Observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou


fenômenos sem manipulá-los.
Desenvolve-se sobretudo nas Ciências Humanas e
Sociais
Finalidades:
Procura descobrir a freqüência que um fenômeno
ocorre, sua relação e conexão com outros, sua
natureza e características
Conhecer as diversas situações que ocorrem na
vida social do indivíduo e dos grupos.
Formas:
Estudos exploratórios
passo inicial no processo de pesquisa.
Defini objetivos e buscar informações sobre
determinados assuntos.
Objetivo: familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova
percepção do mesmo.
Realiza descrições precisas da situação
Planejamento flexível
Recomendável quando há poucos conhecimentos sobre o
problema a ser estudado.
Estudos descritivos
Estudo e descrição das características, propriedades ou
relações existentes na comunidade, grupo ou realidade
pesquisada
Favorecem as tarefas da formulação clara do problema e
da hipótese
Pesquisa de opinião
Procura saber atitudes e preferências que as pessoas
têm a respeito de um assunto, com o objetivo de tomar
decisões.
Descrever procedimentos, descobrir tendências,
reconhecer interesses e comportamentos.
Pesquisa de motivação
Busca saber as razões inconscientes e ocultas que levam
o consumidor a utilizar determinado produto.
Estudo de caso
Pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou
comunidade para examinar aspectos variados de sua vida.
Pesquisa documental
São investigados documentos para comparar e descrever
usos e costumes, tendências.
Estuda a realidade presente
A pesquisa descritiva trabalha sobre dados
ou fatos colhidos da realidade, viabilizados
pela: observação, entrevista, questionário e
formulário.

Coleta de dados não é uma pesquisa


Pesquisa Experimental

Manipular diretamente as variáveis


relacionadas com o objeto de estudo.
Estudo das causas e efeitos dos
fenômenos
Faz uso de aparelhos e instrumentos
capazes de tornar perceptíveis as
relações existentes entre as variáveis.
Roteiro das pesquisas descritivas e
experimental

Escolha do assunto
Delimitação do assunto
Justificativa da Escolha
Revisão da Literatura
Formulação do Problema
Enunciado da Hipótese
Definição operacional das variáveis
Amostragem
Instrumentos
Procedimentos
Análise dos dados
Discussão dos resultados
Conclusão
Bibliografia
Anexos
Passos da Pesquisa Apresentação do Relatório
Capa
Folha de Rosto
Sumário
Escolha do Assunto Introdução
Delimitação do Assunto
Justificativa da Escolha
Revisão da literatura Fundamentação Teórica
Formulação do problema
Enunciado da Hipótese Hipótese
Definição operacional das variáveis Definição operacional das variáveis
Amostragem Amostragem
Instrumentos Instrumentos
Procedimento Procedimento
Análise dos dados Análise dos dados
Discussão dos resultados Discussão dos resultados
Conclusão
Bibliografia
Anexos
Projeto de Pesquisa

Garante a viabilidade da pesquisa


Planejamento da pesquisa
Previsão e provisão dos recursos
necessários, da ordem e a natureza das
diversas tarefas a serem executadas
Deve conter informações sobre
diversos aspectos do trabalho:
Título da pesquisa
delimitação do assunto
objetivos
justificativa
revisão da literatura
formulação do problema
hipótese
definição operacional das variáveis da hipótese
População e amostragem
instrumentos de pesquisa
procedimentos
análise dos dados
discussão dos resultados
orçamento
cronograma de execução
Conclusão final e observações sobre o
projeto
anexos, com as normas e instrumentos
de coleta de dados, de avaliação e
controle
bibliografia referente ao assunto de
pesquisa
Etapas da Investigação
A escolha do assunto

É o primeiro passo da pesquisa


Técnicas especiais:
Seleção  eliminação
Critérios de seleção: guia metodológico
 delimitação do campo:
Razões:
intelectuais: baseadas no desejo de
conhecer e compreender
práticas: baseadas no desejo de realizar algo
melhor ou mais eficiente.
Considerações importantes sobre a
Delimitação do Assunto

Interesse particular ou profissional


empatia (corresponder ao gosto do pesquisador)
+ contribuição para o progresso científico
Adequado à capacidade e a formação do
pesquisador
Adequado as possibilidades de tempo e recursos
econômicos
Deve levar em conta o material bibliográfico
Delimitação do Assunto

Selecionar um tópico ou parte a ser focalizada.


Decomposição do assunto: desdobramento em
partes
Definição dos termos: enumeração dos elementos
constitutivos ou explicativos.
Fixar circunstâncias de tempo e espaço.
Ponto de vista do enfoque dado ao assunto
Explicação dos Objetivos

Definem a natureza do trabalho, o tipo


de problema a ser selecionado, etc.
Natureza:
intrínsecos: problemas que se quer resolver
extrínsecos: dever de aula, solicitação de
interessados, trabalhos finais
Formulação de Problemas

É uma questão que envolve


intrinsecamente uma dificuldade teórica
ou prática para a qual se deve encontrar
uma solução.
Primeira etapa da pesquisa
Perguntas  possibilidade de resposta
na pesquisa
Vantagens da formulação de
problemas

Delimita o tipo de resposta que deve ser


procurado
leva o pesquisador a uma reflexão benéfica
sobre o assunto
fixa roteiros para o início do levantamento
bibliográfico e da coleta de dados
auxilia a escolha de cabeçalhos para o sistema
de tomada de apontamentos
descrimina os apontamentos que respondem às
perguntas formuladas
“É mais importante para o
desenvolvimento da ciência saber
formular problemas do que
encontrar soluções”.
Einsten
Problemas:
desencadeia a investigação
Via de acesso ao terreno do conhecimento científico
Pista para
investigação
coleta de material
coleta de dados
Condiciona os resultados
interessantes
banais
Estudos Exploratórios

Levantamento do material necessário para a


investigação.
Levantamento Bibliográfico

Encontrar respostas aos problemas


formulados.
É necessário saber como estão
organizadas as bibliotecas e como podem
servir os documentos impressos.
Documentação

Documento: “toda base de conhecimento fixado


materialmente e suscetível de ser utilizado por
consulta, estudo ou prova”.
Natureza dos documentos
Fontes: documento ligado diretamente ao objeto
de estudo
Trabalho: estudo científico elaborado a partir das
fontes e relacionado com o objeto de pesquisa.
O valor e a originalidade do trabalho científico são
medidos pelo recurso feito às fontes.
Forma dos documentos
Manuscritos
impressos em periodicidade (livros,
folhetos, catálogos, processos, etc)
periódicos: revistas, boletins, jornais, etc
microfilmes
diversos: mapas, planos, desenhos,
fotografias
O uso da Biblioteca

Habilidade em fazer pesquisa: compreensão


de como ela é organizada e familiaridade na
utilização dos seus recursos.
Livros: registrado, classificado e agrupado
segundo o assunto que se trata e incluído no
catálogo bibliográfico.
O uso dos documentos bibliográficos

Informações gerais sobre o assunto:


dicionários especializados, enciclopédias,
manuais
Estudo atualizados e recente: artigos em
revistas
Notícias ou crônicas da atualidade: jornais
Reunião de Documentação  leitura de
reconhecimento  informações da obra:
folha de rosto
sumário
bibliografia
introdução
prefácio
orelhas dos livros
Leitura das notas ao pé da página: pista para
identificação de fontes
O material de pesquisa

Coleta do material necessário


Anotação das referências bibliográficas
Seleção baseada no tema
Leitura, análise e interpretação dos
documentos
Apontamentos e confecção de fichas

Seleção do material  informações


fornecidas pelos documentos = apontamentos
Apontamentos: memória exterior,
minibiblioteca
Formal: transcrição de palavras textuais extraídas
de um documento
Conceptual: tradução das idéias de outrem com as
próprias palavras
Qualidades

Indicação precisa do assunto e do conteúdo


do tema
Significado claro
Possui os dados necessários para voltar a
fonte original
Encabeçamento bem definido
O material será incorporado ao trabalho
Distinção entre essencial e acessório
Leitura reflexiva e crítica de todo o texto.
Eficiência do apontamento

Objetivos do trabalho  utilização de


dados
Leitura de todo o texto antes
Sublinhar os pontos principais
Transcrever as anotações em cadernos,
fichas ou folhas
Etapas do apontamento

1º) Registro dos dados em folhas de papel,


colocando no alto de cada folha as
referências bibliográficas da obra, as
páginas e no verso as idéias pessoais
2º) Registros dos dados sobre as fichas,
organizadas em função dos assuntos.
Cabeçalho deve indicar o conteúdo da ficha
(sumário). Referências bibliográficas e a
página.
Termo genérico Termos específico §

Página II referências bibliográficas


Coleta, análise e interpretação
dos dados

Processos de Leitura e Leitura


Informativa
1º) Coleta e registro de informações

2º) Análise e interpretação dos dados


reunidos

3º) Classificação dos dados.


Leituras formativa, distração: para distrair

Leitura informativa: recolher informações,


tendo presente o objetivo da pesquisa.
Fases da leitura informativa

Leitura de reconhecimento ou pré-leitura, visão


global das informações
Finalidade:
permitir a seleção de documentos bibliográficos que contém
informações para ser aproveitadas na solução dos
problemas
visão global do assunto
Procedimentos:
folha de rosto, índices, bibliografia, citações, prefácio,
introdução, conclusão
Livros: introdução e conclusão
Capítulo: primeiro e últimos parágrafos.
Artigos: título do artigo e das partes
Leitura seletiva  eliminar os dispensável
Definição dos critérios  propósitos do
trabalho (problema formulado, objetivos
intrínsecos do trabalho)
Leitura crítica ou reflexiva
Ausência de preconceitos
Percepção dos significados
Operações de análise, comparação,
diferenciação, síntese e julgamento
Das partes para a síntese
Capacidade de escolher as idéias principais
De uma visão global para a análise
Operações precisas:
identificação e escolha da idéia diretriz
diferenciação ou comparação das idéias entre
si
compreensão do significado exato dos termos
ou dos conceitos que expressam
julgamento do material após escolha,
diferenciação e compreensão
Leitura interpretativa
Última etapa da leitura de um texto
Tríplice julgamento
1º) o que o autor afirma, quais os dados oferecem as
informações transmitidas
2º) Relaciona o que o autor afirma com os problemas
que se procura solução
3º) Material coletado é julgado em função do critério
verdade
Síntese: integração dos dados descobertos num
conjunto organizado: plano do assunto
Levantamento dos dados

Domínio do uso dos questionários


Compreensão total sobre o significado e
objetivo de todas as perguntas dos
questionários, sobre os índices e os quadros de
valores  maior flexibilidade na formulação das
perguntas e na exclusão daquelas
desnecessárias
Levantamento

Feito através da observação e de


entrevistas
Observação: constatação de ocorrências que
devam ser computadas nas análises, verificação
da veracidade ou não dos dados fornecidos
pelos entrevistados
Entrevistas: aplicação dos questionários
anotando ou gravando as respostas obtidas
para posterior análise.
Técnica de Entrevista

Meio utilizado para o recolhimento


das informações que compõem o
questionário analítico.
Escolha do entrevistado:
Pessoa mais capacitada a responder os
quesitos constantes do questionário.
Disponibilidade
Interesse
Marcação da Entrevista
Pré-abordagem, procurando entender como
um auxiliar da pessoa a entrevistar.
Data, horário e local de entrevista 
conveniência do entrevistado
Precauções:
Confirmar, com antecedência, a validade do
local e horário
Ser pontual ao compromisso.
Tempo de duração da entrevista
Dependerá das características de cada entrevista
Cuidado para não se tornar fatigante
Devem ser efetuadas o número de entrevistas necessárias ao
levantamento dos dados
Apresentação do pesquisador ao entrevistado
Feita pelo superior imediato do entrevistado
Explicação dos objetivos da análise e das vantagens
Postura correta, simpatia, boa apresentação pessoal,
simplicidade
Uso de cartões de visita
Atitude do analista
Sincera, amável e atenta.
Precisão do levantamento depende das informações do
entrevistado.
Deve evitar julgamento precipitado de valores.
Compreender a pessoa com quem fala
Deixar o entrevistado falar
A orientação das questões deve ser de acordo com a pessoa
a quem se fala (diretor  operário).
Clima de informalidade
Procurar valorizar os bons aspectos do trabalho do
entrevistado.
Técnica de Levantamento

Aplicação dos questionários e obtenção de


dados para a análise quantitativa.
Envolve problemas de relações humanas 
imprevisibilidade na obtenção de
informações
Levantamento incorreto  análise
deformada
Perguntas
Ser lidas, com a maior clareza possível
Palavras mais a altura da compreensão do
entrevistado
Clareza e explicação do que se deseja
Repetição das perguntas de várias maneiras,
se necessário.
Anotação ou Gravação das Respostas
(entrevista)
Devem ser anotadas imediatamente após sua
formulação pelo entrevistado.
Ser sucinto na redação sem prejuízo da
compreensão posterior das respostas.
Na revisão das respostas, se necessário, o analista
deve voltar ao entrevistado.
Devem ser feitas na própria cópia do questionário.
Quando da transcrição
– Ouvir um trecho da fita.
– O nome de entrevistados e entrevistadores.
– Estabelecer a forma pela qual cada fala da entrevista será
graficamente introduzida.
– Espaço suficiente na página para a elaboração de notas, a
correção, o acréscimo de palavras ou trechos esquecidos pelo
analista, as marcações etc.
– Deve ser reproduzido tudo o que foi dito, sem fazer cortes ou
acréscimos.
– Quando da não compreensão de determinada palavra ou trecho,
deve deixar o espaço correspondente à enunciação em branco.
Material utilizado
Cópia do questionário
Cópia dos quadros estatísticos
Lápis ou caneta esferográfica
Prancheta para anotações
Bloco para anotações complementares
Gravador
Fita
Pilhas
Cuidados durante o Levantamento

Não modificar a essência das perguntas dos


questionários

Cuidar para que o tom de voz ou o modo de


fazer a pergunta não influenciem na
resposta do entrevistado.
Nas perguntas cujas respostas envolvam
opiniões, procurar auxiliar na objetividade de
sua expressão.
Nas perguntas cujas respostas envolvam
dados exatos, insistir na exatidão necessária
a análise.
Permitir liberdade de expressão ao
entrevistado, sem contudo permitir que fuja
ao assunto da entrevista.
Análise dos dados

Fase mais importante


Observação
Questionários
Documentos utilizados
Entrevistas
Bibliografia consultada
Depende da habilidade do pesquisador
Mesma pessoa que realizou a entrevista
Feita durante e após o processo de levantamento dos
dados
Método de análise
não possui regras precisas
Do geral para o particular
Obediência a ordem dos problemas
levantados e dos objetivos propostos
Deve ser feita a análise dos detalhes e das
novidades verificadas (inesperado), para
posterior conclusão
Construção de Gráficos
Importância

Meio de comunicação de efeito instantâneo.


Gráficos simples  fenômenos complexos
Retenção mais eficaz da memória
Tipos de gráficos
Gráficos de Curvas

Representar
variações num 3900
3800
espaço de
3700
tempo
3600
Devem ser 3500
evitadas escalas 3400
longas 3300
3200
3100
1975 1976 1977
Quando houver um valor desproporcionado
entre os dados a serem representados,
devemos fazer uma interrupção na curva

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1° 2° 3° 4°
Trim. Trim. Trim. Trim.
Quando for necessário traçar várias curvas num
mesmo gráfico, é aconselhável variar o seu
padrão.

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.

Leste Oeste Norte


Quanto mais importante for o dado representado, mais
grossa deve ser a sua respectiva curva.
Se duas ou mais curvas se tocarem, mesmo que estejam
representando dados semelhantes, deverão ser de padrões
diferentes.

100
90
80
70
60 Norte
50 Sudeste
40 Sul

30
20
10
0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
Não devemos escrever sobre as curva. Se for
necessário , devemos fazê-lo escrevendo um
pouco acima da curva.

40

35 or te
N

30

25
e s t e
Sud
20

15
1º sem. 2º sem.
Gráfico de Colunas
90
80 Facilidade de leitura.
70 Dados são
60 representados por
colunas.
50
Leste A grandeza do dado é
40 representada pela
Oeste
30 altura da coluna.
20 Norte
10
0
1° 3°
Trim. Trim.
As colunas podem ficar agrupadas ou separadas.
Podem ser criadas à vontade do desenhista.
60 50

40
40

30

20 20

10
0
0
1° Trim. 2° Trim.

1° Trim. 2° Trim. Leste 20,4 27,4


Oeste 30,6 38,6
Norte 45,9 46,9

Leste Oeste Norte50


40
60 30
40 20
Leste
20
10
Oeste
0
0 Norte
1° 2°
1° Trim. 2° Trim.
Trim. Trim.
Leste Oeste Norte
Uma mesma coluna por servir para representar
mais de um dado.

180
160
140
120
Norte
100
Oeste
80
Leste
60
40
20
0

1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.


O gráfico de coluna se presta para fazer
confronto de dados, tais como positivos e
negativos.

60

40

20

0
Leste
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
-20 Oeste
Norte
-40

-60

-80

-100
As colunas podem ser germinadas.

60

40

20

0
Leste
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
-20 Oeste
Norte
-40

-60

-80

-100
Se for necessário representar vários tipos de
dados num só gráfico de colunas, o ideal será usar
várias cores. Se não for possível e o gráfico tiver
de ser feito em preto e branco, o aconselhável será
preencher as colunas com traços e pontos.

O uso de colunas totalmente pintadas de preto só


deverá ocorrer se a coluna não for muito larga.
90

80

70

60

50 Leste
40 Oeste
Norte
30

20

10

0
1º 2º 3º 4º 90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.

Leste 20,4 27,4 90 20,4


Oeste 30,6 38,6 34,6 31,6
Norte 45,9 46,9 45 43,9
Gráficos de Barras Horizontais
Têm as mesmas características do gráfico de
coluna.

43,9

31,6
T rim.
20,4

45

34,6
T rim.
90
Norte
Oeste
46,9 Leste

38,6
T rim.
27,4

45,9

30,6
T rim.
20,4
Gráfico de Setores

Utiliza uma área


4° Trim. 1° Trim. qualquer (círculo,
quadrado, retângulo),
2° Trim. dividida em tantas
partes quantos são os
tipos de dados a
3° Trim. representar. Quanto
maior a área que
representa o dado,
maior é a grandeza do
dado representado.
Unidade IV

A Transmissão de
Conhecimentos Científicos
TESE E DISSERTAÇÃO

Produtos de pesquisas desenvolvidas em


cursos no nível de pós-graduação (mestrado
e doutorado)
Abordam um tema único: investigações
próprias e métodos específicos
Idioma do País onde serão defendidas
Diferença entre Tese e
Dissertação

Dissertação: Tese:
obtenção do título de obtenção do título de
Mestre Doutor
Evidenciar o Elaborada com base em
conhecimento da investigação original
literatura existente e a devendo apresentar
capacidade de trabalho de real
investigação do contribuição para o
candidato, baseada em tema escolhido
trabalho experimental,
projeto especial ou
contribuição técnica.
Estrutura de Teses e Dissertações

Capa Introdução
Folha de Rosto Revisão de Literatura
Folha de Aprovação Material e métodos ou
Páginas preliminares Metodologia
Dedicatória Resultados
Agradecimentos Discussão dos resultados
Epígrafe Conclusão
Sumário Referências bibliográficas
Listas Anexos ou apêndices
Resumo
Texto
Capa

Nome da Instituição, Autoria ,título do


trabalho, local e data.
Folha de Rosto

Autor: nome completo do autor, centrado no alto


da folha de rosto (margem vertical de 3,5 cm),
letras menores do que as do título e seguido dos
títulos e/ou credenciais (opcional)
Título: preciso e significativo, letra maior do que a
usada para o autor, centro da página.
Subtítulo: graficamente diferenciado e
separado do título por dois pontos (explicativo)
ou por ponto e vírgula (complementar)
Nota de tese ou dissertação: explicação de que
se trata de um trabalho de tese ou dissertação,
mencionando-se o curso de pós-graduação e a
unidade aos quais foi apresentado e o grau
pretendido.
Área de concentração: após a nota de tese ou
dissertação, indica-se a área de concentração do
curso escolhido
Orientador: deve suceder a informação de área de
concentração, seguido do nome da Instituição a
que pertence
Local, data
Folha de aprovação

Data da aprovação,
nome completo dos membros da banca e
local para assinatura dos mesmos
Outros dados (avaliação, parecer e outras
considerações) podem ser incluídos nesta
página a critério do curso de pós-graduação
Páginas Preliminares

Antecedem o Sumário
Dedicatória: texto curto no qual o autor presta
uma homenagem ou dedica seu trabalho a alguém.
Agradecimentos: agradecimentos a pessoas ou
instituições que colaboraram para execução do
trabalho
Epígrafe: citação de um pensamento que embasou
a gênese da obra. Pode ocorrer no início de cada
capítulo.
Sumário

Indicação do conteúdo do documento,


refletindo suas divisões ou seções na
mesma ordem e grafia que aparecem no
texto
Havendo mais de um volume deve-se incluir
um sumário completo em cada volume
Listas

Elementos ilustrativos e explicativos


Lista de ilustrações: tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas,
figuras, na mesma ordem em que são citadas na tese, com
indicação das páginas onde estão localizadas.
Lista de abreviaturas e siglas: relação alfabética das
abreviaturas e siglas utilizadas na publicação seguidas das
palavras a que correspondem, escritas por extenso.
Lista de anotações: relação de sinais convencionados,
utilizados no texto, seguidos dos significados.
Resumo

Redigido pelo próprio autor da tese ou dissertação


Síntese dos pontos relevantes do texto
Linguagem clara, concisa, direta
Máximo de 500 palavras
Ressaltar o objetivo, o resultado e as conclusões
do trabalho, o método e a técnica empregados na
elaboração
Precede o texto e redigido na língua do mesmo
Tradução para o inglês (SUMMARY) : após o texto,
precedendo a lista de referências bibliográficas.
Texto

Introdução: visão global da pesquisa realizada,


formulação de hipóteses, delimitação do assunto
tratado e objetivos da pesquisa.
Revisão da Literatura: conhecimento da literatura
básica sobre o assunto, resumindo o resultado dos
estudos feitos por outros autores. Literatura deve
ser apresentada em ordem cronológica, blocos de
assuntos, evolução integrada do tema. Todo
documento analisado deve constar na listagem
bibliográfica.
Metodologia: descreve a metodologia
adotada, breve, completa e clara das
técnicas e processos empregados e
delineamento experimental
Resultados: apresentado de forma
detalhada, ilustrações (quadros, gráficos,
tabelas, mapas e outros).
Discussão dos resultados: comparação dos
resultados alcançados pelo estudo com
aqueles descritos na revisão da literatura.
Conclusão: síntese final do trabalho.
Resposta a hipótese enunciada na
introdução. Manifestação do ponto de vista
do autor sobre os resultados obtidos e
sobre o alcance dos mesmos.
Referências bibliográficas

Listagem alfabética das publicações


utilizadas para elaboração do trabalho,
numeradas seqüencialmente.
Anexos ou Apêndices

Documentos complementares e/ou


comprobatórios do texto, com informações
esclarecedoras, tabelas ou dados colocados
à parte.
Quando há mais de um anexo: cada anexo
contém no alto da página a palavra ANEXO,
seguida da letra de ordem.
Devem ser citados no texto entre
parênteses no final da frase. Se inserido na
redação, o termo vem sem parêntese.
MONOGRAFIA

Produto de leituras, observações,


investigações, reflexões e críticas
desenvolvidas nos cursos de graduação e
pós-graduação

Principal característica: abordagem de um


tema único.
“Um estudo sobre um tema específico ou
particular, com suficiente valor
representativo e que obedece a rigorosa
metodologia. Investiga determinado
assunto não só em profundidade, mas em
todos os seus ângulos e aspectos...
Contribuição importante, original e pessoal
para a ciência”. MARCONI & LAKATOS
(1990) apud FRANÇA (1999).
Etapas da monografia

Definição da idéia, problema, questão, tema


ou assunto
Sucesso: interesse, preferências pessoais,
formação acadêmica e conhecimentos prévios do
pesquisador, utilidade do tema.
Levantamento bibliográfico: situar o autor
quanto ao assunto escolhido revisão da
literatura
Obtenção do material para a leitura
Leitura cuidadosa  fichamento
Seleção: descarte do material menos específico
O que distingue os diferentes trabalhos
monográficos são os níveis de profundidade
e originalidade, bem como a exigência de
defesa pública para alguns deles
RESUMO

É a apresentação concisa e seletiva de um


texto ressaltando de forma clara e
sintética a natureza do trabalho, seus
resultados e conclusões mais importantes,
seu valor e originalidade.
Auxilia na seleção das leituras
Localização

Precede o texto  teses, dissertações,


monografias e artigos
Sucede o texto  livros
Independente do texto: bibliografias
analíticas e revistas de resumo
Extensão

Comunicações breves: até 100 palavras

Monografias e artigos: até 250 palavras

Teses, Dissertação, Livros e relatórios de


pesquisa: até 500 palavras.
Estilo da redação e conteúdo

Forma cursiva, concisa e objetiva


Respeito a estrutura original
Reprodução das informações mais
significativas (objetivos, técnicas de
abordagem, descobertas, valores numéricos
e conclusões)
Parágrafo que inclui palavras
representativas do assunto
O que deve ser evitado

Abreviaturas
Símbolos
fórmulas
equações
Diagramas
comentários, críticas e julgamentos pessoais
Expressões supérfluas: “o presente trabalho
trata-se de...”, “O autor do trabalho descreve...”
Língua

Do público a que se destina


Pode ser traduzido para idiomas conforme
a conveniência:
Summary ou Abstract (inglês)
Résumé (françês)
Resumen (espanhol)
Zusammenfassung (alemão)
RESENHA (RECENSÃO)

Trabalho de síntese, publicado logo após a edição


de uma obra, tendo por objetivo servir como
veículo de crítica e avaliação. Constitui seção
especial de revistas.
Pode-se fazer resenhas de livros, artigos de
periódicos, filmes e outros, separadamente, ou
reunir vários trabalhos que tratam do mesmo tema.
Deve ser precedida da referência bibliográfica
completa
Cuidados a serem tomados

O tipo de publicação
Os critérios de julgamento não podem ser idênticos de
uma obra técnica, científica e didática, obra de arte
O tipo de crítica a ser elaborada
Crítica interna: quando se avalia o conteúdo da obra e o
significado das idéias
Crítica externa: significado, importância e valor histórico
da obra  autenticidade e proveniência
Resumo  Resenha

Resumo: Resenha:
restringe ao conteúdo introduz um quadro de
do trabalho analisado referência mais amplo,
avaliando e criticando
a obra, sob o ponto de
vista pessoal do autor
da resenha.
RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO

“Documento que relata formalmente os resultados


ou progresso obtidos em investigação de pesquisa e
desenvolvimento ou que descreve a situação de
uma questão técnica ou científica . Apresenta
informação suficiente para um leitor qualificado
traçar conclusões e fazer recomendações. É
estabelecido sob a responsabilidade de um
organismo ou de uma pessoa”.
Fases

Determinação da natureza, preparação do relatório


e do programa de seu desenvolvimento (sigiloso,
secreto, reservado, confidencial).
Coleta e organização do material: durante a
execução do trabalho.
Redação: etapas do relatório.
Revisão crítica: redação (conteúdo e estilo) ,
seqüência de informações, apresentação gráfica e
física.
Estrutura

Capa Sumário
Folha de rosto Texto
Prefácio ou Anexos ou Apêndices
apresentação Agradecimentos
Resumo Referências
Listas bibliográficas
Ilustrações Glossário
Símbolos, abreviatura
Índice
ou convenções
Ficha de identificação
Capa

Dados que identificam a publicação e deve


ser padronizada para todos os números de
relatórios em série
Folha de Rosto

Entidade e/ou repartição e departamento:


nome do órgão ou entidade responsável no
alto da página, centrado, seguido do
respectivo departamento.
Número do relatório: ordem seqüencial no
alto da folha de rosto, na extremidade
superior direita.
Título e subtítulo: palavra ou frase que
determine o assunto.
Nome do autor: localizado abaixo do título,
indicando sua qualificação e função.
Número da parte e respectivo título
Número do volum
Número da edição
Notas tipográficas (local, mês e ano de
publicação)
Texto

Parte principal do relatório


Introdução, metodologia e discussão,
procedimentos experimentais e resultados,
conclusões e recomendações
Linguagem clara, concisa e formal,
terminologia própria
Relato do desenvolvimento da pesquisa com
indicação cronológica
Ilustrações
Introdução:
descreve os objetivos e finalidades do trabalho relatado, bem
como os objetivos do relatório.
Discussão:
Descreve a natureza dos resultados do trabalho, a conduta e
processos de investigação, testes, experiências, observações,
vantagens, desvantagens, métodos usados para coleta de
dados, resultados e análises. Listar todos os equipamentos
apresentados.
Conclusões e recomendações
finalização do relatório, baseada na evidência clara dos fatos
observados. Não deve constar dados quantitativos e
resultados passíveis de discussão.
Anexo ou Apêndice

Informações complementares (análises,


cálculos e outros dados.

Referências bibliográficas
Ficha de identificação

Após o índice
Todas as informações bibliográficas do
documento e outros dados necessários a
sua perfeita identificação.
Normalizada
ARTIGOS

Tomar conhecimento das normas editoriais


da revista e adotá-las

Não se deve enviar, para publicação, artigo


que já tenha sido editado ou aceito para
publicação em outras revistas.
Estrutura

Cabeçalho Resumos em outros


Resumo idiomas
Texto Agradecimentos
Introdução Anexos e/ou
Revisão da Literatura Apêndices
Desenvolvimento Referências
Material e Métodos Bibliográficas
Resultados da
Discussão
Conclusão
Cabeçalho

Classificação: assunto. Margem superior direita da


página.
Título: claro e objetivo, podendo ser completado
por um subtítulo. Mesma língua do texto, seguido
de versões para outros idiomas. Evitar
abreviaturas, parênteses e fórmulas.
Nome do autor e dos colaboradores por extenso,
depois do título. As credenciais são indicadas em
nota de rodapé.
Resumo

Antes do texto: mesmo idioma do texto


Depois do texto: outros idiomas
Palavras-chave

Palavras significativas do conteúdo do


artigo.
Facilita a elaboração posterior de um índice
de assunto.
Notas

Devem ser reduzidas ao mínimo e colocadas


em rodapé.
Primeira página: data em que o artigo foi
recebido para a publicação (originalidade e
descoberta de uma idéia), qualificações,
títulos ou credenciais dos autores.
Texto

Introdução
exposição breve do tema tratado,
apresentando-o de maneira geral e relacionando
a literatura consultada com o assunto do artigo.
Expor o tema, apresentar definições,
conceituações, ponto de vista e abordagens;
justificativas da escolha; objetivos e plano
adotado, situar o problema da pesquisa e indicar
pressupostos necessários a sua compreensão.
Não é aconselhável a inclusão de ilustrações,
tabelas e gráficos.
Revisão de Literatura

Incluída na introdução ou separadamente.


Citar textos que tenham embasado o
desenvolvimento do trabalho.
Ordem cronológica, conforme evolução do
assunto.
Desenvolvimento

Núcleo do trabalho onde o autor expõe e


demonstra o assunto em todos os aspectos.
Sistema de numeração progressiva para
divisão do tema.
Relatos de pesquisa:
Material e estoque (Metolodogia): indicação do
material e métodos, técnicas e processos.
Resultado da discussão: discutir, continuar ou
negar hipóteses e/ou confirmar resultados da
pesquisa indicados. Objetivo, racional e claro.
Conclusão

Parte final do trabalho.


Respostas para a problematização do tema
proposto na introdução.
Breve, concisa e referir-se a hipóteses
levantadas anteriormente.
Ponto de vista pessoal do autor,
recomendações e/ou sugestões.
Agradecimento

Em seguida do texto, antes das referências


bibliográficas.
Anexo e/ou apêndice

Material complementar do texto.


Imprescindível a compreensão do texto.
Referências Bibliográficas

Relação de fontes utilizadas pelo autor.


Recomendações

Ilustrações: complementar o texto,


explicando e simplificando seu
entendimento. Perto do lugar onde são
mencionados no texto.
Artigos publicados em partes: “continua”
(fim do texto), “continuação” (depois do
título do texto subsequente) e “fim”
(depois do texto da última parte).
Artigos devem começar no alto da página
(ímpar).
A LINGUAGEM
CIENTÍFICA
Domínio do idioma utilizado para transmitir
seus conhecimentos
Observação das regras gramaticais, da
ortografia e acentuação gráfica
Ciência: história da dominação da natureza
pelo homem. Não é apenas uma acumulação
de conhecimentos sistematizados sobre o
funcionamento do mundo. Procura uma
linguagem perfeita.
Qualidades do Relatório Científico

Impersonalidade
3ª pessoa, evitando referências pessoais: “meu
trabalho”, “meus estudos”, “minha tese”  “o
presente trabalho”, “o presente estudo”
Uso de nós: marcar os resultados obtidos
“somos de opinião que...”, “julgamos...”,
“chegamos a conclusão...”, “deduzimos...”
Objetividade
•Afastar pontos de vistas pessoais  impressões subjetivas
•Evitar expressões como “eu penso”, “parece-me”, “parecer ser”
•Exemplos:
Linguagem subjetiva Linguagem objetiva
“a sala estava suja” “o entrevistado, enquanto falava,
deixou cair cinzas de seu cigarro no
chão. Viam-se restos de cigarros
apagados e fragmentos de papel pelo
chão...”
“a sala era grande e “a sala media 12 m de comprimento
espaçosa” por 8 m de largura
A linguagem científica deve ser objetiva,
precisa, isenta de qualquer ambigüidade.
Contrasta com a linguagem subjetiva,
apreciativa.
Modéstia e cortesia
o pesquisador não deve insinuar erros dos
resultados de outros estudos ou pesquisas
Cortesia: traço importante do trabalho
Modéstia: quando o pesquisador se torna um
especialista no ramo  conhecimento
transmitido sem ar de autoridade absoluta
Pesquisa: impõe por si mesma  Finalidade:
expressar
Características da Linguagem
Científica

Função informativa
Adequada a transmissão de conhecimentos e
informações.
Técnica
Ordem cognoscitiva e racional
firmada em dados concretos, a partir dos quais
analisa e sintetiza, argumenta e conclui.
Linguagem científica  literária

Científica: Literária
esclarece pela força dos impressionar
argumentos elegância e evocação de
Objetiva valores estéticos
subjetiva
A clareza
Acadêmica e didática  transmissão de
conhecimentos e informações com precisão e
objetividade
Máximo de inteligibilidade  clareza, precisão e
objetividade
Idéia confusa  expressão confusa
Pensamento e expressão  interdependentes
A redação é uma etapa posterior que segue o
processo criador de idéias.
O uso do vocabulário comum

Idéia claras e precisas  símbolos que as


representem
Redator científico:
conhecimento da significação exata do termo
empregado
significação que recebe no contexto
Não se admite o uso de termos em sentido
figurado  sentido próprio, concreto e objetivo
Uso do vocabulário técnico

Cada ciência possui uma terminologia


própria que acompanha sua evolução
Transmissão dos conhecimentos entre
cientistas
Pleno conhecimento da ciência respectiva
A escolha do vocabulário adequado depende
em grande parte de sua formação.
Caracterização da fraseologia
científica

Deve submeter-se a finalidade de obtenção


de clareza e precisão.
Deve ser simples
Cada uma deve conter apenas uma idéia
Deve ser evitados períodos longos
Clareza, objetividade, precisão e
simplicidade.
Linguagem científica: exigências e
deformações

Exigências: Deformações
impessoal pessoal
objetiva subjetiva, ambígua
modesta e cortês arrogante, dogmática
informativa persuasiva, expressiva
clara e distinta confusa, equívoca
própria e concreta figurada
técnica comum
frases simples e curtas longas e complexas
Abreviaturas e ilustrações

Abreviaturas
Evitar a repetição forçada de palavras e
expressões freqüentemente utilizadas no texto.
Designam nomes de autores, títulos de obras,
entidades, fórmulas consagradas
Podem ser usuais e específicas.
Abreviaturas usuais

ap.  apud (segundo): indicar citações


indiretas
cf.  confira
ibid.  ibidem (no mesmo lugar): indica que
o texto foi extraído da mesma obra e autor
já referidos em notas imediatamente
anterior.
Id.  idem(o mesmo, do mesmo autor)
Infra  abaixo, linhas ou páginas adiante
loc. cit.  loco citado (na obra citada): emprega-se para
demonstrar que a citação foi extraída de obra já citada
anteriormente, mas intermediada por outras citações de
outras obras e autores
n.  número
op. cit.  (na obra citada) = loco citado
p.  página
pass. ou passim  aqui e ali
sic  assim mesmo, tal qual
supra  acima
v.  volume
Observações

Não são usadas no texto propriamente


dito, mas somente em nota de rodapé ou
entre parênteses
Não precisam ser colocadas entre aspas,
nem sublinhadas
Abreviaturas dos meses: jan., fev., mar.,
abr., maio, jun., jul., ago., set., out., nov.,
dez.
2 ed, 3 ed
Abreviaturas e siglas desconhecidas,
específicas do trabalho, devem constar em
lista prévia, disposta em ordem alfabética
Se o número de abreviaturas for
insignificante dispensa-se a lista prévia,
registre-se entre parênteses, depois da
forma por extenso, a primeira vez que
aparece.
Ilustrações

Ilustrações (gráficos, mapas, gravuras,


esquemas, fotografias etc)  instrumento
de comunicação de conhecimentos
Devem ser numeradas e tituladas e
aparecer o mais próximo possível do lugar
em que são discutidas no texto.
Citações e nota de pé de página

Citações
Deve indicar, com método e precisão,
toda a documentação que serve de base
para a pesquisa, assim como as idéias e
sugestões alheias inseridas no trabalho.
Podem ser:
Aspecto externo de elaboração: formais,
conceptuais e mistas
Documento consultado: diretas, indiretas
Normas técnicas

Citações formais
citação breve: transcrita no corpo do texto e colocada
entre aspas
citações mais longas: reserva-se parágrafo próprio,
dispensando o uso das aspas
omissão de palavras: (...)
Citações conceptuais: no corpo do texto, sem aspas
Citações mistas: no corpo do texto, com aspas apenas
nos textos e expressões textuais.
Notas de rodapé

Finalidades:
referir o autor, a obra e o lugar das citações
feitas no texto
fazer certas considerações suplementares ou
marginais
remeter o leitor a outras partes do trabalho, a
outros trabalhos ou outras fontes

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