FUNDAMENTOS DE METODOLOGIA DE PESQUISA – HIPÓTESES

Aluno: Danilo Fernandes Arraiol. Nº USP: 13639938.

6.1 Conceito

Enunciado geral de relações entre variáveis (fatos, fenômenos)  Solução provisória para um
problema, caráter explicativo, conhecimento científico e consistência lógica, verificação
empírica.

6.2 Tema, problema e hipótese

Foco em entender como se formula um problema para pensar em uma hipótese.

6.2.1 Tema e problema

Tema = assunto que se deseja provar ou desenvolver; dificuldade sem solução.

Determinar com precisão  Enunciar um problema (objetivo central da indagação).

Tema é mais abrangente e problema é mais específico (qual dificuldade se pretende resolver).

Limitação do campo e apresentação das características do problema.

Pergunta científica que relaciona dois ou mais fenômenos adequando-se a uma investigação
sistemática, controlada, empírica e crítica.

Questões para o problema ter validade: enunciado em forma de pergunta; interesses pessoais,
sociais e científicos harmônicos; relacionar pelo menos dois fenômenos; investigação
sistemática, controlada e crítica; verificação empírica.

6.2.2 Problema e hipótese

Proposição de uma resposta “suposta, provável e provisória”  Hipótese também é

enunciado de relação entre variáveis.

Hipótese é a sentença afirmativa mais detalhada.

6.2.3 Formulação de hipóteses

“Se x, então y”  x e y são variáveis ligadas entre si.

Possível correlacionar mais de duas variáveis  “Se x, então y, sob as condições r e s” ou “se
x¹ e x² e x³, então y”.

Possível expressar a hipótese de maneira categórica.

Implicações claras para o teste da relação colocada  Variáveis devem ser passíveis de
mensuração e a hipótese deve explicar a relação entre elas.

Boa hipótese que não pode ser diretamente testada  Deduz-se da hipótese principais outras
hipóteses, capazes de serem verificadas.

Três requisitos para formulação de hipóteses: forma correta e sem vazio semântico;
fundamentação em conhecimento anterior; empiricamente contestável.

Hipóteses não são ficções, nem dado.

6.2.4 Importância das hipóteses

Fatores de importância das hipóteses: instrumentos de trabalho da teoria (podem surgir novas
hipóteses dela); verificáveis como verdadeiras ou falsas; instrumentos de avanço da ciência;
dirigentes da investigação; permite dedução de manifestações empíricas específicas;
desenvolvem conhecimento científico; incorporam a teoria em forma testável.

6.2.5 Função das hipóteses

A função das hipóteses é: dirigir o trabalho do cientista (invenção e progresso; meios e

aplicação dos métodos na pesquisa para chegar à certeza); coordenar os fatos já conhecidos
(ordenam os materiais e impedem observações estéreis).

Principais ocasiões em que as hipóteses são necessárias para: resumo e generalização dos
resultados das investigações; interpretação de generalizações anteriores; fundamentação de
opiniões; experimento ou investigação para obter mais dados; submissão de uma conjuntura a
comprovação.

Principais funções: generalizar experiência; desencadear inferências; guiar investigações;

interpretar dados ou hipóteses; proteger outras hipóteses.

6.3 Fontes de elaboração de hipóteses

Sem normas ou regras fixas que limitem a elaboração de hipóteses  Ainda deve cumprir os
requisitos necessários para ser científica.

Há oito fontes fundamentais de origem de hipóteses.

6.3.1 Conhecimento familiar

Conhecimento familiar e instituições ligadas ao senso comum  Correlacionam fenômenos e

buscam a verificação das relações entre eles.

Averiguar se tal conhecimento é “óbvio”.

6.3.2 Observação

Observação dos fatos e da correlação entre eles  Hipótese comprova essas relações e as
explica.

6.3.3 Comparação com outros estudos

Hipóteses que surgem de se basear em outro(s) estudo(s) e buscar conexões que se mantém no
estudo presente.

6.3.4 Dedução lógica de uma teoria

Hipótese pode ser extraída por dedução do contexto de uma teoria  A partir das proposições
gerais, pode-se chegar a uma hipótese.

6.3.5 A cultura geral na qual a ciência se desenvolve

Enfoques dados pela cultura geral levam o pesquisador a focar em um determinado aspecto da
sociedade  Origem a hipóteses sobre temas específicos.

6.3.6 Analogias

Observações casuais da natureza ou análise do quadro de referências de outra ciência podem

ser fontes de hipóteses.

6.3.7 Experiência pessoal, idiossincrática

Maneira particular pela qual o indivíduo reage aos fatos, cultura, ciência, referências e
observações.

6.3.8 Casos discrepantes na própria teoria

Teoria direciona as pesquisas (desconhecido ligado ao conhecido).

Fonte é a discrepância entre a realidade e o que “deve” acontecer de acordo com a teoria.