Você está na página 1de 114

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Metodologia Para os Cursos de Engenharias


1º Ano Manhã e Tarde
Ano lectivo 2017
II Semestre
Profa. MSc. Bebiana de Sousa
A UNIVERSIDADE E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Estudante
Universitário
e Ciência
O Acto de Ler Ser estudante
e Escrever universitário

Ética do
O Acto de
estudante
Estudar
universitário

Sujeito
Sujeito Crítico
Autónomo
OBJECTIVOS DA DISCIPLINA DE MIC

 Esta disciplina tem como finalidade consolidar e desenvolver as capacidades realizar e


desenvolver um trabalho cientifico no domínio da ciência.

 Objectivos Gerais e específicos :


 Desenvolver e aperfeiçoar as competências técnicas necessárias para prática da investigação
cientifica através de estudos sistemáticos, estratégias, analise e interpretação dos resultados;
 Elaborar projectos de investigação com indicação clara dos objectivos e hipóteses
 Construir e executar um plano de investigação respeitando as normas, validade incluindo a
operacionalização das variáveis;
 Recolher, organizar e tratar estatisticamente os dados da investigação;
 Apresentar correctamente o relatório final da investigação.
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

 Introdução

Metodologia: é o conjunto de métodos, técnicas e procedimentos para uma


investigação para os nossos propósitos
É um sistema de principio e meios de organização e criação da actividade teórica
e prática assim como o estudo sobre este sistema

Investigação: é o meio que os cientistas têm para verificar as suas hipóteses,


testar as suas ideias, suas teorias, observar os factos, fazer uma investigação é
submeter hipóteses e inventar teorias.
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
 Introdução
Ciência: é um empreendimento complexo
É todo o conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático
conhecimento com objecto limitado capaz de ser submetido a verificação
(Martins,2009).

Segundo Trujjillo(1974) citado por lakatos(2003) entende-se por ciência uma


sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenómenos que se deseja
estudar: "A ciência é todo um conjunto de atitudes e actividades racionais,
dirigidas ao sistemático conhecimento com objecto limitado, capaz de ser
submetido à verificação“
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Ciência é a forma de produzir conhecimento, no sentido de dar lugar as novas descobertas.

A ciência tem ligação com os métodos e investigação, pois é a partir delas será
empreendida a metodologia a ser implementada, no sentido de dar lugar as novas
descobertas.

Métodos: a palavra métodos (methos) é de origem grega, que significa caminho ou via.
Logo, é o caminho ou via que usamos para o alcance de um objectivo.
Kaplan, define métodos como técnicas suficientemente gerais para se tornarem comuns a
todas as ciências ou a uma significativa parte dela.
ÁREA DAS CIÊNCIAS

Ciências factuais: Matemática, lógica

 Ciências naturais/Puras: Física, Química, Biologia….

 Ciências Sociais/Humanas :antropologia, direito, psicologia,


economia, política, sociologia….
TIPOS DE CONHECIMENTO- SEGUNDO LAKATOS(1991)
“A CIÊNCIA NÃO É O ÚNICO CAMINHO DE ACESSO AO CONHECIMENTO E À VERDADE” .

O conhecimento vulgar/empírico/senso comum/popular:


é o conhecimento adquirido pelas pessoas na vida
quotidiana, baseado na experiência vivida ou transmitida
por outras pessoas.

O conhecimento Filosófico: tem origem na capacidade de


reflexão do homem por meio do raciocínio.

Conhecimento Teológico/Religioso: é o produto da fé


humana, baseada na existência de uma entidade divina.

Conhecimento científico: resulta da investigação


metódica e sistemática da realidade. Analisa-os para
descobrir causas e concluir sobre leis gerais, faz analise e
os interpreta.
CARACTERÍSTICAS DE CONHECIMENTO- SEGUNDO FABIO AAPOLINÁRIO(2011)

Características Formas de Conhecimento



Empírico Filosófico Teológico Cientifico
Vinculação com a Valorativo Valorativo Valorativo Factual
realidade
Origem Reflexão e observação razão Inspirado na fé Observação e sistematização

Ocorrência Assistemático sistemático sistemático sistemático

Comprovação Verificável(diz respeito a experiência de n/verificável(as n/verificável(está implícita verificável


c/pessoa) hipóteses Filosóficas têm uma atitude de fé perante o
representação c/base na conhecimento apresentado)
realidade estudada)

Eficiência Falível(não é absoluto ou final) Infalível Infalível Falível

Precisão Inexacto Exacto Exacto Aproxima/ exacto


METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

II. Métodos e Técnicas

 3.1. Métodos de Abordagem


 3.2. Métodos de Procedimento
 3.3 Técnicas de colecta de dados

 IV. A Construção de um Projecto de Pesquisa


4.1. A pesquisa Cientifica: Definições da Pesquisa e Finalidade
4.2. Tipos de Pesquisa: Bibliográfica, Descritiva e Experimental
4.3.1. Projecto de Pesquisa: Problema, Objectivo, Justificativa, Revisão de Literatura, resumo,
fichamento, Variáveis, Hipóteses, População e Amostra, Instrumentos, Orçamentos, Cronograma,
norma e Referências Bibliográfica, normas técnicas de informação e documentação (ABNT).
MÉTODOS E TÉCNICAS

 Toda ciência apega-se a um método para alcançar os seus objectivos, ou


seja, o método leva o pesquisador a formular o problema da pesquisa até
obter uma resposta.

 Existem diferentes métodos e o seu uso depende de cada ciência e ao tema


de pesquisa;

 Os mais destacados classificam-se em: métodos de abordagem(considerados


mais gerais) e os de procedimento(que dizem respeito a investigação).
MÉTODOS E TÉCNICAS

 Métodos de Abordagem: também chamados de métodos de


raciocínio, são os procedimentos ou etapas que o pesquisador utiliza
no desenvolvimento de uma pesquisa científica( Concepção teórica).

 Os métodos de procedimentos: são chamados métodos de


investigação, são as etapas mais concretas da pesquisa. Tem a ver
especificamente com as fases da pesquisa(objecto de trabalho).
MÉTODOS DE ABORDAGEM

Método
Indutivo

Método Método
dialético dedutivo

Método
hipotético-
dedutivo
MÉTODOS DE ABORDAGEM- LAKATOS(2003)

Método Indutivo

É um processo mental em que partimos dos dados particulares, partindo das premissas das partes examinadas
para se chegar a conclusões, trata-se de criar leis baseadas na observação sistemática dos factos. Formula leis
gerais de acordo aos casos particulares

Ex:
 Kalunga é inteligente.
 Henda é inteligente.
 Lukenda é inteligente.
 Então, Kalunga, Henda, Lukenda são Angolanos.
 Logo, são inteligentes.
REGRAS DO MÉTODO INDUTIVO

Existem três elementos fundamentais para análise do método indutivo:

a) Observação dos Fenómenos - nessa etapa observam-se os factos ou fenómenos e os analisamos,


com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação;

b) Descoberta da relação entre eles - na segunda etapa procura-se por intermédio da comparação,
aproximar os factos ou fenómenos, com a finalidade de descobrir a relação constante existente entre
eles;

c) Generalização da relação - nessa última etapa generalizamos a relação encontrada na precedente,


entre os fenómenos e factos semelhantes, dos quais ainda não observamos.
MÉTODOS DE ABORDAGEM- LAKATOS(2003)

Método Dedutivo

 Parte-se da teoria geral para explicar o particular.

 Todo Angolano é inteligente,


 Henda é angolano
 Logo, é inteligente.
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO (POPPER)

2. solução proposta 3. testes de


1. problema, que consistindo numa falseamento:
surge, em geral, de nova teoria com tentativas de
CONHECIMENTO PROBLEMA Teorias FALSEAMENTO conflitos, base na dedução de refutação, entre
expectativas e na forma de outros meios, pela
teorias existentes; proposições observação e
passíveis de teste; experimentação.
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO ( BUNGE)

a) Colocação do Problema:
Descoberta do problema - encontro de lacunas ou incoerências no que já
existe;

Formulação do problema - colocação de uma questão que tenha alguma


probabilidade de ser correcta;

b) Construção de um modelo Teórico:


seleção dos factores pertinentes - suposições plausíveis que se relacionem a
variáveis supostamente pertinentes( construção de hipoteses);
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO ( BUNGE)

C) Dedução de conseqüências particulares: procura de suportes empíricos - tendo em vista as


verificações disponíveis ou concebíveis.

d) Teste das hipóteses: observações, medições, experimentos; realização das operações


planificadas e nova coleta de dados; elaboração dos dados - procedimentos de classificação,
análise, redução inferência da conclusão - à luz do modelo teórico, interpretação dos dados já
elaborados.

e) Adição ou introdução das conclusões na teoria:


reajuste do modelo - caso necessário, eventual correcção ou sugestões para trabalhos posteriores
- caso o modelo não tenha sido confirmado, procura dos erros ou na teoria ou nos procedimentos
empíricos; caso contrário poderá servir de para inclusão nas outras areas do saber.
MÉTODO DIALÉTICO

Esse método
leva à Anti-tese-
necessidade de negação da
Método avaliar uma tese
Dialético: arte de Segundo Hegel
situação, um
dialogar citado por Tese –
acontecimento, Síntese-
argumentar e Lakatos, a
uma tarefa, uma pretensão da
contra argumentar
coisa, do ponto
dialética nova teoria
em relação a obedece três verdade
determinados de vista das
fases:
assuntos. condições que
os determinam
e, assim, os
explicam.
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO/PROCEDIMENTO

Método
Histórico

Método Método
Estruturalista comparativo

Método
Método monográfico
funcionalista

Método
tipológico Método estatístico
MÉTODOS DE PROCEDIMENTO

 Método Histórico: coloca os dados numa perspectiva histórica


e pode ocorrer da seguinte forma:

 Comparar um conjunto de elementos de acordo a evolução ou


origem histórica;

 Acompanhar a evolução de um objecto pesquisado;


MÉTODOS DE PROCEDIMENTO

 Método Comparativo: consiste no confronto de elementos a


partir dos seus atributos, de modo a verificar as diferenças ou
semelhanças e a relação existente entre os fenómenos.

 o método comparativo permite analisar o dado concreto,


deduzindo do mesmo os elementos constantes, abstratos e
gerais.
MÉTODOS DE PROCEDIMENTO

 Método monográfico: consiste no estudo de determinados indivíduos,


profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a
finalidade de obter generalizações. A investigação deve examinar o
tema escolhido, observando todos os factores que o influenciaram e
analisando-o em todos os seus aspectos.

 Método Estatístico: fornece uma descrição quantitativa, a partir do


empregue da matemática, estabelecendo uma correlação entre os
fenómenos estudados.
MÉTODOS DE PROCEDIMENTO

Método Tipológico: o pesquisador cria tipos


ou modelos, construídos a partir da análise
de aspectos essenciais do fenómeno de
estudo.

Método Funcionalista: estuda a sociedade


do ponto de vista da função de suas unidades,
isto é, como um sistema organizado de
actividades.

Método Estruturalista: caminha do


concreto para o abstrato e vice-versa

Método Experimental: usa os fundamentos


da experiência, pode se feito no laboratório
ou não, a partir de verificação de hipóteses.
TÉCNICAS DE COLECTA DE DADOS

Técnica é um conjunto
de princípios ou
processos de que se
serve uma ciência ou
arte; é a habilidade para
usar esses preceitos ou
normas, momento da
colecta de dados.

São vários os
procedimentos para
Toda ciência a realização da
utiliza inúmeras colecta de dados,
técnicas na que variam de
obtenção de seus acordo com as
propósitos. circunstâncias ou
com o tipo de
investigação;
TÉCNICAS DE COLECTA DE DADOS
As técnicas dividem-se em dois grupos: documentação indirecta e directa.
Documentação indirecta .

 Pesquisa Documental: a fonte de colecta de dados está restrita a documentos,


escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.
Ex: Arquivos públicos, particulares, fontes estatísticas….

 A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia


publicada em relação ao tema de estudo, desde publicações, jornais, revistas,
livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico…
 Ex: imprensa escrita, meios audiovisuais, material cartográfico…..
DOCUMENTOS DIRECTOS
 Constituem os documentos efectuados pelo pesquisador, com base no
levantamento de dados feitos no local ou onde ocorrem os
fenómenos.

 Podem ser feitos em duas formas: pesquisa de campo e de


laboratório.

 A pesquisa de campo: é a pesquisa utilizada com objectivo de


responder a um problema, comprovar hipóteses, ou ainda ver a
correlação existente entre diversos fenómenos.
PESQUISA DE CAMPO
 As fases da pesquisa de campo requerem, necessariamente, a
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão;

 Ela servirá para saber em que estado se encontra actualmente o


problema a ser estudado, que trabalhos já foram realizados a
respeito e quais são as opiniões sobre o assunto;

 Permitirá que se estabeleça um modelo teórico inicial de


referência, da mesma forma que auxiliará na determinação das
variáveis e elaboração do plano geral da pesquisa.
PESQUISA DE CAMPO
 De acordo com a natureza da pesquisa, deve-se determinar as técnicas que serão
empregadas na colecta de dados e na determinação da amostra, que deverá ser
representativa e suficiente para apoiar as conclusões.

 Antes que se realize a colecta de dados é preciso estabelecer tanto as técnicas de registo
desses dados como as técnicas que serão utilizadas em sua análise posterior.

Se a pesquisa de campo envolver um experimento, após a pesquisa bibliográfica deve-se:


 a) seleccionar e enunciar um problema, levando em consideração a metodologia

apropriada;
 b) Apresentar os objectivos da pesquisa, sem perder de vista as metas práticas;
 c) Estabelecer a amostra correlacionada com a área de pesquisa e o universo dos seus

componentes;
PESQUISA DE CAMPO
 d) estabelecer os grupos experimentais e de controle;

 e) introduzir os estímulos;

 f) controlar e medir os efeitos.

Para Tripodi et al. (1975:42-71), citado por Lakatos(2003) as pesquisas de campo dividem-se em três
grandes grupos:

 A) Quantitativo-descritivos,

 B) Exploratórios

 C) Experimentais
PESQUISA DE CAMPO
 Quantitativa -Descritivo: consiste na investigação empírica com
finalidade de delinear ou analisar características de factos ou
fenómenos.
 Caracterizados pela precisão e controle estatísticos, com a finalidade
de fornecer dados para a verificação de hipóteses.
 A)estudos de verificação de hipótese;
 b)estudos de avaliação de programa;
 C)estudos de descrição de população
 d) estudos de relações de variáveis
PESQUISA DE CAMPO- EXPLORATÓRIA

 Exploratórios - são investigações de pesquisa empírica cujo objectivo é a formulação de


questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a
familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenómeno, para a realização de
uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos.

 Obtém-se frequentemente descrições tanto quantitativas quanto qualitativas do objecto de


estudo, e o investigador deve conceituar as inter-relações entre as propriedades do
fenómeno, facto ou ambiente observado.

 Muitas vezes ocorre a manipulação de uma variável independente com a finalidade de


descobrir seus efeito potenciais.
PESQUISA DE CAMPO- EXPLORATÓRIA

a) Estudos exploratório-descritivos combinados - são estudos exploratórios que têm por objectivo descrever
determinado fenómeno para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto descrições
quantitativas e/ou qualitativas.

 b) Estudos usando procedimentos específicos para colecta de dados –são estudos exploratórios que utilizam
exclusivamente um dado procedimento, como, por exemplo, análise de conteúdo, para extrair generalizações com o
propósito de produzir categorias conceituais que possam vir a ser operacionalizadas em um estudo subsequente.

 c) Estudos de manipulação experimental- consistem naqueles estudos exploratórios que têm por finalidade manipular
uma variável independente, a fim de localizar variáveis dependentes que potencialmente estejam associadas a ela,
estudando-se o fenómeno em seu meio natural.
PESQUISA DE CAMPO EXPERIMENTAL

 Experimentais - consistem em investigações de pesquisa empírica cujo objectivo


principal é o teste de hipóteses que dizem respeito a relações de tipo causa-efeito.

 Todos os estudos desse tipo utilizam projectos experimentais que incluem os


seguintes factores: grupos de controlo (além do experimental),selecção da
amostra por técnica probabilística e manipulação das variáveis independentes
com a finalidade de controlar ao máximo os factores pertinentes.

 Os diversos tipos de estudos experimentais podem ser desenvolvidos tanto "em


campo", ou seja, no ambiente natural, quanto em laboratório, onde o ambiente é
rigorosamente controlado.
PESQUISA DE LABORATÓRIO
 A pesquisa de laboratório é um procedimento de investigação considerada pelos autores mais difícil, porém

mais exacto. Ela descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental

específico, preciso, e ambientes adequados.

 O objectivo da pesquisa de laboratório depende do que se pretende alcançar; deve ser previamente estabelecido

e relacionado com determinada ciência ou ramo de estudo. As técnicas utilizadas também variam de acordo com

o estudo a ser feito.

 Na pesquisa de laboratório, as experiências são efectuadas em recintos fechados (casas, laboratórios, salas) ou

ao ar livre; em ambientes artificiais ou reais, de acordo com o campo da ciência que está realizando-as, e se

restringem a determinadas manipulações.


PESQUISA DE LABORATÓRIO
 Quatro aspectos devem ser levados em consideração:
 Objecto,
 Objectivo,
 Instrumentos
 Técnicas.

 Na pesquisa de laboratório, com pessoas, estas são colocadas em ambiente controlado pelo pesquisador, que efectua a observação sem
participação.
 No laboratório, o cientista observa, mede e pode chegar a certos resultados, esperados ou inesperados.

“Muitos aspectos importantes da conduta humana não podem ser observados em condições idealizadas em laboratório." (Best,
1972:114). Às vezes, tem-se de observar o comportamento de indivíduos ou grupos em circunstâncias mais naturais e sob controles
menos rígidos.
 A pesquisa de laboratório, na observação de indivíduos ou grupos, está mais relacionada ao campo da Psicologia Social e ao da
Sociologia.
OBSERVAÇÃO
Observação não consiste em recolher e registar os factos da realidade sem
estruturada que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou
(Assistemática). precise fazer perguntas directas.

Segundo os meios É mais empregada em estudos exploratórios e não tem


utilizados: planeamento e controlo previamente elaborados.
• Observação estruturada A observação sistemática também recebe várias
(Sistemática designações: estruturada, planeada,
controlada. Utiliza instrumentos para a colecta dos dados
ou fenómenos observados.

Segundo a participação do Observador não O pesquisador tem contacto com a comunidade,


observador participante grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela:
permanece de fora.

Observador Participante Consiste na participação real do pesquisador com a


comunidade ou grupo. Ele/a se incorpora ao grupo.
OBSERVAÇÃO
Observação individual é técnica de observação realizada por um
pesquisador.
Segundo o número de
observações Observação em equipe observação em equipe é mais aconselhável do
que a individual, pois o grupo pode
observar a ocorrência por vários ângulos

Observação efectuada na vida as observações são feitas no ambiente real,


real (trabalho de campo) registando-se os dados à
medida que forem ocorrendo, espontaneamente,
Segundo o lugar onde se sem a devida preparação
realiza:
Observação efectuada em A observação em laboratório é aquela que tenta
laboratório descobrir a acção e a conduta, que
teve lugar em condições cuidadosamente
dispostas e controladas.
ENTREVISTA

 é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito
de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no
diagnóstico ou no tratamento de um problema social
ENTREVISTA
Padronizada ou Estruturada É aquela em que o entrevistador segue um
roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são
predeterminadas.
Não estruturada
perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação
Informal.

focalizada Há um roteiro de tópicos relativos ao problema


que se vai estudar e o entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas
que quiser: sonda razões e motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo,
a rigor, a uma estrutura formal.

clínica Trata-se de estudar os motivos, os sentimentos, a


conduta das pessoas.
Painel Consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas
pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos
TÉCNICAS DE COLECTA DE DADOS

O processo de elaboração é
Questionário. é um
longo e complexo: exige
instrumento de colecta de
cuidado na selecção das
dados, constituído por uma Os temas escolhidos devem
questões, levando em
série ordenada de perguntas, estar de acordo com os
consideração a sua
que devem ser respondidas objectivos geral e específico.
importância, isto é, se oferece
por escrito e sem a presença
condições para a obtenção de
do entrevistador.
informações válidas.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO -QUESTIONÁRIO

O questionário deve ser Depois de redigido, o


limitado em extensão e questionário precisa ser
Após a identificação
em finalidade. Se for O número de perguntas testado antes de sua
das perguntas, as
muito longo, causa não é fixo todavia varia utilização definitiva,
mesmas devem ser
fadiga e desinteresse; se em função do tipo de aplicando-se alguns
codificadas para
curto demais, corre o pesquisa; exemplares em uma
posterior tabulação;
risco de não oferecer pequena população
suficientes informações. escolhida ( pré- teste).
PRÉ- TESTE

a) Fidedignidade.
Qualquer pessoa b) Validade. Os
que o aplique dados recolhidos
obterá sempre os são necessários à
mesmos pesquisa.
resultados.

o pré-teste permite
c) Operatividade.
também a obtenção
Vocabulário
de uma estimativa
acessível e
sobre os futuros
significado claro.
resultados.
QUESTIONÁRIO-CLASSIFICAÇÃO DAS PERGUNTAS
Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três categorias:

 Perguntas abertas. Também chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao inquiridor responder
livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões abertas.

 Ex: Qual é sua opinião sobre as taxas de natalidade em Angola?


_______________________________________________________
 Fechadas : são aquelas que o inquirido escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não.
 Exemplos: Os homens devem ou não fazer trabalho doméstico?

 1. Sim ( )
 2. Não ( )

 Múltipla escolha.
TÉCNICAS DE COLECTA DE DADOS


Formulário
Nogueira (1968:129) define formulário como sendo "uma lista
formal, catálogo ou inventário destinado à colecta de dados
resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo
preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz
as observações ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua
orientação.
TÉCNICAS

Medidas de opinião e de atitudes -


Testes - instrumentos utilizados com a
instrumento de "padronização", por meio do
finalidade de obter dados que permitam medir
qual se pode assegurar a equivalência de
o rendimento, a frequência, a capacidade ou a
diferentes opiniões e atitudes, com a finalidade
conduta de indivíduos, de forma quantitativa.
de compará-las;
TÉCNICAS

 Sociometria - técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais entre


indivíduos de um grupo;

 Análise de conteúdo - permite a descrição sistemática, objectiva e quantitativa do


conteúdo da comunicação;

 História de vida - tenta obter dados relativos à "experiência Última" de alguém que tenha
significado importante para o conhecimento do objecto em estudo;

 Pesquisa de mercado - é a obtenção de informações sobre o mercado, de maneira


organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisivo nas empresas,
minimizando a margem de erros.
A CONSTRUÇÃO DE UM PROJECTO DE PESQUISA

 A pesquisa Cientifica
 Definições da Pesquisa
 Finalidade da pesquisa
 Tipos de Pesquisa
 Projecto de Pesquisa
PESQUISA CIENTÍFICA
 Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objectivo
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se
dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação
disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada
ao problema ( Gil, 1991)

 A pesquisa, é um procedimento formal,com método de pensamento reflexivo, sistemático,


controlado, crítico que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais, novos factos ou dados, relações ou leis em qualquer
campo do conhecimento.

 KERLINGER, 1973, p. 11). a pesquisa científica é o instrumento de investigação usado pela


ciência para gerar novos conhecimentos.
RAZÕES PARA REALIZAR A PESQUISA

Gil( 1991) aponta que


existem muitas razões que
determinam a realização de
uma pesquisa, classificadas
em dois grandes grupos:

As últimas Razões de ordem


decorrem do desejo intelectual e razões
de ordem prática. As
de conhecer com
primeiras decorrem do
vistas a fazer algo desejo de conhecer
de maneira mais pela pró- pria
eficiente ou eficaz. satisfação de conhecer.
QUALIDADES PESSOAIS DO PESQUISADOR
 O êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas qualidades
intelectuais e sociais do pesquisador, entre as quais são:
 a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
 b) curiosidade;
 c) criatividade;
 d) integridade intelectual;
 e) atitude autocorrectiva;
 f) sensibilidade social;
 g) imaginação disciplinada;
 h) perseverança e paciência;
 i) confiança na experiência.
PROJECTO DE PESQUISA
 Na pesquisa científica cada caso exige uma solução particular

 Entretanto, a Ciência como sistema organizado exige que um


mínimo de planeamento se dê antes da realização de uma pesquisa.
 Este planeamento denomina-se – Projeto de Pesquisa. Projectar é
planear, antecipar os passos a serem dados.
PROJECTO DE PESQUISA
 Os elementos habitualmente requeridos num projecto são os seguintes:
 a) formulação do problema;
 b) construção de hipóteses ou especificação dos objectivos;
 c) identificação do tipo de pesquisa;
 d) operacionalização das variáveis;
 e) seleção da amostra;
 f) elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de coleta de dados;
 g) determinação do plano de análise dos dados;
 h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
 i) cronograma da execução da pesquisa;
 j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros
TIPOS DE PESQUISA

Caracterização
segundo
a) Exploratórias
osb) Descritivas
c) Explicativas
objectivos:
TIPOS DE PESQUISA

- Caracterização segundo as fontes de dados:

a) campo

b) laboratório

c) bibliografia
TIPOS DE PESQUISA

Caracterização segundo os Procedimentos de Colecta de Dados:

• a) Pesquisa experimental
• b) Ex-post-facto
• c) Levantamento
• d) Estudo de caso
• e) Pesquisa ação
• f) História oral
• g) História de vida
• h) Documento
• i) Bibliografia
TIPOS DE PESQUISA
Quanto a natureza conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem necessidade de
Pesquisa Básica aplicação prática

conhecimentos para aplicação prática para solução de problemas


Pesquisa aplicada específicos

A pesquisa se encontra na fase inicial, cuja finalidade é proporcionar


Exploratórias informações sobre o assunto( estudo de caso, pesquisa bibliográfica)
Quanto aos objectivos

Descritivas Descreve as características de determinada população ou fenómeno de


relações entre variáveis( pesquisa de levantamento)

Explicativa Procura explicar o porquê das coisas e suas causas, por meio do registo,
análise, classificação e da interpretação dos fenómenos
observados( pesquisa experimental, Ex- Post- facto.
TIPOS DE PESQUISA
Pesquisa experimental caracteriza-se por manipular as variáveis relacionadas com o
objecto de estudo; procura verificar a relação entre fenómenos,
procurando saber se um é a causa do outro.

Pesquisa Documental a pesquisa documental baseia-se em materiais que não


receberam ainda um tratamento analítico ou que podem ser
Quanto ao Procedimento de reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa
colecta de dados
Pesquisa Ex-post. Facto quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. A pesquisa
ex-post-facto analisa situações que se desenvolveram
naturalmente após algum acontecimento

Pesquisa bibliográfica elaborada a partir de material já publicado: livros, revistas,


publicações em periódicos e artigos científicos, jornais,
boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, permite o contacto com todo material já
escrito sobre o assunto da pesquisa
TIPOS DE PESQUISA
Estudo de caso O estudo de caso possui uma metodologia de pesquisa
classificada como Aplicada, na qual se busca a aplicação
prática de conhecimentos para a solução de problemas
sociais (BOAVENTURA, 2004). O estudo de caso consiste
Quanto ao Procedimento de em colher e analisar informações sobre determinado grupo
colecta de dados ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de
acordo com o assunto da pesquisa(quantitativos e
qualitativos.

Pesquisa de campo utilizada com o objectivo de obter informações e/ou


conhecimentos acerca de um problema para o qual
procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que
queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos
fenómenos ou as relações entre eles. Tem relação com a
pesquisa de levantamento
TIPOS DE PESQUISA
Pesquisa participante se desenvolve a partir da interacção entre
pesquisadores e membros das situações
investigadas.
Pesquisa de Levantamento ocorre quando envolve a interrogação directa
Quanto ao Procedimento de (survey) das pessoas cujo comportamento desejamos
Colecta de dados conhecer através de algum tipo de questionário

Pesquisa acção Ocorre quando há interesse colectivo na


resolução de um problema ou suprimento de
uma necessidade ( tipo participativo).

Do ponto de vista da Pesquisa Qualitativa A interpretação dos fenómenos e a atribuição


abordagem do problema de significados(opiniões) são baseadas em
análise de conteudo, do discurso..
Pesquisa Quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o
que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las.
Requer o uso de recursos e de técnicas
estatísticas (percentagem, média, moda,
FORMULAÇÃO DO TEMA
Seleccionar um assunto

Afinidade do pesquisador

Experiência do pesquisador

Importância teórica ou prática

Existência de bibliografia suficiente e disponível

Compatível com os recursos do pesquisador

Delimitar extensão e compreensão

Situar no espaço e no tempo

Definir o campo da investigação


REVISÃO DE LITERATURA

Nessa fase, devemos responder às


seguintes questões: Quem já escreveu e
o que já foi publicado sobre o assunto?
Que aspectos já foram abordados? quais
as lacunas existentes na literatura.

Pode determinar o “estado da


arte”, ser uma revisão teórica,
ser uma revisão empírica ou
ainda ser uma revisão histórica.

A revisão de literatura tem papel


fundamental no trabalho academico, pois é
através dela que situamos o nosso trabalho
dentro da grande área de pesquisa da qual
faz parte, contextualizando-o.
JUSTIFICATIVA ( POR QUÊ?)
PROBLEMA

Nem todo problema é passível de tratamento


científico. Isso significa que para se realizar uma O problema de pesquisa deve ser claramente
pesquisa é necessário, em primeiro lugar verificar se formulado. Uma das formas de apresentação do
o problema cogitado se enquadra na categoria de problema de pesquisa é no formato de pergunta ou
científico( GIL, 1991). conjunto de perguntas.
PROBLEMA
HIPÓTESE

A hipótese surge após a formulação do problema. o investigador


prevê prováveis soluções.
HIPÓTESE

Problema, pesquisa e hipóteses


estão intimamente ligados.
A hipótese é uma resposta
antecipada do pesquisador, que a
deduziu da revisão bibliográfica.
HIPÓTESE
CONDIÇÕES PARA FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

As hipóteses devem ser expressas numa linguagem clara,


simples. Não é aconselhável o uso de vocábulos técnicos; Os
termos devem possuir a qualidade de ser verificáveis. As
hipóteses devem ser especificas.

As hipóteses devem ter apoio de uma teória, surgir do


âmbito de um campo teórico; As hipóteses devem ser, se
possível, uma dimensão geral. Elas não podem referir-se a
um só facto. Sua abrangência deve ser muito mais ampla.
VARIÁVEL
 Um estudo pode ter, pelo menos, duas variáveis: independente, dependente.
Variável independente (X) é aquela que influencia, determina ou afecta outra variável; é factor
determinante, condição ou causa para determinado resultado, efeito ou consequência.

 Variável independente é aquela que pode ser manipulada e quantificada.

 Variável dependente (Y) consiste naqueles valores (fenómenos, factores) a serem explicados ou
descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afectados pela variável independente.

 A variável dependente modifica em função de outras, é observada e quantificada; é aquela que será
explicada, em função de ser influenciada, afectada pela variável independente.

 Em uma pesquisa, a variável independente é o antecedente e a variável dependente é o consequente.


OBJECTIVOS
Relacionam-se com a visão global do tema (objectivo geral) e com os procedimentos práticos (objectivos
específicos).
Indicam o que pretendemos conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que
desejamos alcançar.
A formulação dos objectivos fica mais precisa ao utilizarmos um verbo no infinitivo, o qual descreva a ação.
 Geral •Remete à conclusão do trabalho da pesquisa. Caracteriza-se por apresentar enunciado mais amplo,
que expressa uma filosofia de acção. Deve ser buscado a partir do título/da delimitação e/ou conclusão.
Exemplos: compreender, conhecer, desenvolver...

Específicos • São mais simples, concretos.São alcançáveis em menor tempo e explicitam desempenhos
observáveis.
 • Permitem alcançar o objectivo geral.
 • Devem ser buscados na estrutura do trabalho (capítulos). Exemplos: apontar, classificar, comparar,
conceituar, caracterizar, enumerar, formular, enunciar, diferenciar…
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Já a amostra
“é uma
parcela
convenientem
ente
População (ou universo da pesquisa)
é a totalidade de indivíduos que
possuem as mesmas características
selecionada
definidas para um determinado
estudo.
do universo
(população);
é um
subconjunto
do universo.”
(LAKATOS; MARCONI,
2007, p. 225).
COLECTA DE DADOS
a
É a fase do
método de
Será a amostrag
É a fase
pesquisa, da
cujo
defin popu em, os
instrume pesquis
objectivo é
lação ntos de a em
obter
informaçõ ido o coleta de que
es da (univ dados e a reunimo
realidade. tipo forma s dados
Nessa erso como
etapa, de da pretende
através
definimos mos de
onde e
como será
pesq pesq tabular e técnicas
analisar específi
realizada a
pesquisa.
uisa, uisa), seus cas.
dados.
AMOSTRA
Tipos de amostra Características Definição
Amostras por acessibilidade O pesquisador seleciona os elementos a que tem
acesso, admitindo que esses possam, de alguma
Amostras não probabilísticas forma, representar o universo.
(não causais)
Amostras intencionais o pesquisador se dirige intencionalmente a grupos de
elementos dos quais deseja saber a opinião.

Amostras por cotas O objectivo é selecionar elementos que acompanhem


uma amostraréplica da população. Isto é, procuramos
incluir na amostra, com a mesma proporção com que
ocorrem na população, os seus diversos elementos. É
muito utilizada em prévias eleitorais e sondagem de
opinião pública
AMOSTRA
Tipos de amostra Caracterização Definição
Amostras aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento do universo um
número único para, depois, selecionar alguns desses
elementos de maneira casual
Amostras Amostras casuais simples todos os participantes apresentam a probabilidade de
probabilísticas participar da amostra. Exemplo: selecionamos uma
(causais) amostra casual simples de cinco casos (ABCDE), o que
torna possível os pares AB, AC, AD, AE, BC, BD, BE,
CD, CE e DE.
Amostras casuais estratificadas estratificada caracteriza-se pela seleção de uma amostra
de cada subgrupo da população considerada.
Amostras por agrupamentos é indicada em situações em que é bastante difícil a
identificação de seus elementos. Os conglomerados são
representados por escolas, igrejas, associações, empresas
etc.
Amostras por etapas pode ser utilizado quando a população se compõe de
unidades que podem ser distribuídas em diversos
estágios.
CRONOGRAMA
No cronograma, em a fase em colocamos cada uma das etapas do
desenvolvimento da pesquisa, ou seja, o tempo disponível para sua
execução. Geralmente os cronogramas são divididos em meses
ex:
ORÇAMENTO ( QUANTO?)

O orçamento deve ser demonstrado


O orçamento distribui os gastos (digitado) em tabela, com detalhe das
previstos com a pesquisa tanto em despesas pelos itens:
relação ao pessoal quanto com - recursos materiais;
material (também contempla a fase da - material de consumo;
elaboração do projecto, a execução da - revisão, formatação, artes gráficas;
pesquisa e a elaboração do trabalho - equipamentos;
de conclusão). - outras especificidades inerentes a
cada projecto de pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abrange livros, artigos, As obras utilizadas/consultadas


periódicos, jornais, para a elaboração do projeto e as
Podemos incluir, ainda, o fontes documentais previamente
monografias, CDs, sites etc., material bibliográfico que será identificadas que serão necessárias
publicações utilizadas para o lido no decorrer do processo à pesquisa devem ser indicadas em
desenvolvimento do projecto e de pesquisa. ordem alfabética e conforme a
embasamento teórico da NBR, da ABNT em uso na
pesquisa. instituição.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Capa Capa (obrigatório) é a protecção externa do trabalho, sobre a qual se imprimem as
informações indispensáveis à sua identificação. Nome da instituição ; b) Nome do autor; c)
Título: d) Subtítulo: Se houver, f) Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; h)
Ano da entrega
É parte obrigatória do trabalho, na qual o autor descreve os
elementos essenciais à identificação do trabalho.
 Nome completo do(s) autor(es);
 Título principal do trabalho;
Folha de Rosto  Subtítulo: se houver,  Número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada
folha de rosto
a especificação do respectivos volume);
 Natureza do trabalho (trabalho de conclusão de curso – graduação e/ou especialização,
dissertação ou tese);
 Grau pretendido (bacharel, mestre ou doutor) ou diploma de especialista;
 Nome da instituição à qual é submetido;
 Nome do orientador, e se houver, do coordenador;
 Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado
 Ano (da entrega).
ELEMENTOS TEXTUAIS
Folha de aprovação É obrigatório, a página destinada às anotações da banca sobre a avaliação do
trabalho. Deve constar os dados referentes ao tipo de trabalho submetido à
apreciação, a data do exame e os espaços destinados à indicação dos nomes dos
integrantes da comissão examinadora e suas respectivas assinaturas.

Dedicatória é opcional. Geralmente, trata-se de um texto curto em que o


autor dedica a monografia a uma ou mais pessoas que pode ser uma família ou
um amigo, cujo apoio tenha sido fundamental no período de elaboração do
trabalho.

Agradecimentos Trata-se de um elemento opcional, no qual o autor agradece à(s) pessoa(s) e/ou
intituição(ções) que tenha(m) contribuído de maneira relevante para a elaboração
do trabalho.

Epígrafe Trata-se de um elemento opcional, no qual o autor faz uma citação, seguida de
indicação de autoria, relacionada à matéria tratada no corpo do trabalho.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Resumo O resumo é um texto redigido de forma concisa, clara e sintética sobre o trabalho,
inserido entre os elementos pré-textuais, antes do sumário. o autor deve apresentar uma
síntese com os pontos mais importantes da monografia, os objectivos, a metodologia,
os resultados alcançados e as conclusões mais importantes do trabalho.(Obrigatório)

Abstract Nas monografias, dissertações e teses, exige-se a inclusão do resumo traduzido para
outro idioma considerado como língua científica na área em questão. Nesses casos, o
Summary ou Abstract (inglês) o Résumé (francês), o Resumen (espanhol), ou o
Zusammenfassung (alemão) deve aparecer logo após o resumo, nos documentos pré-
textuais antes do sumário. No maximo entre 300 a 500 palavras. .(Obrigatório)

Lista de tabelas e Gráficos Trata-se de um elemento opcional estruturado em conformidade com a ordem
apresentada no texto com cada item designado por seu nome específico, acompanhado
do respectivo número da página.
Sumário indica todas as divisões (introdução, capítulos, conclusões, etc.). E subdivisões da
monografia, na mesma sequência em que aparece no trabalho .(Obrigatório)
ELEMENTOS TEXTUAIS-INTRODUÇÃO

A Introdução deve incluir:


o tema da monografia e a justificativa de
sua escolha;
é parte inicial do texto, é onde devem a relevância e as contribuições para a área
constar a delimitação do assunto em que se insere;
- o problema de pesquisa;
tratado, os objetivos da pesquisa e
- a hipótese estabelecida;
outros elementos necessários para - o objectivo geral e os objetivos
situar o tema do trabalho. A específicos do trabalho.
introdução refere-se ao Os procedimentos metodológicos básicos
posicionamento da questão central da (métodos, técnicas, instrumento de coleta
Monografia, ou seja, da colocação de dados etc.) e o quadro-teórico
clara do problema de pesquisa. empregado, relacionando-o ao objecto de
estudo.
Além disso, serão informadas, de forma
sintética, as partes que compõem o
trabalho.
ELEMENTOS TEXTUAIS - DESENVOLVIMENTO
é “[...] parte principal a) Revisão de b) Metodologia :
do texto, que contém
literatura: é o capítulo que
c)
a exposição ordenada
e pormenorizada do síntese, a mais apresenta, Apresent
assunto. Divide-se em completa descreve e
seções e subseções,
que variam em função possível, detalha os ação,
materiais, os
da abordagem do
tema e do
referente ao
métodos/procedi análise e
trabalho e dados
método.”Segundo
Lakatos e Marconi pertinentes ao
mentos e as interpret
técnicas que
(1995, p. 168) o
desenvolvimento deve
tema, dentro de
uma sequência
foram utilizados ação dos
na realização da
conter as seguintes
etapas: lógica; pesquisa; dados.
ELEMENTOS TEXTUAIS - CONCLUSÃO

Parte final do texto, na qual são apresentadas conclusões


correspondentes aos objectivos e/ou às hipóteses. É o fecho do
Nessa parte, explicitamos a resposta à trabalho.
pergunta do problema de investigação, bem
como possíveis limitações do estudo.

.
ELEMENTOS PÓS- TEXTUAIS
1. Referências
 Elemento obrigatório elaborado conforme as Normas indicadas na ABNT é um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que
permite a identificação individual, mesmo se mencionado em notas de rodapé.

2. Glossário
Elemento opcional, que consiste em uma lista, em ordem alfabética, de
palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

3. Apêndices

São opcionais. Constituem-se, geralmente, de ideias do próprio autor do trabalho, incluídas para ilustrar o texto e complementar seu raciocínio ao mesmo tempo, sem
desviar e prejudicar a unidade básica do conteúdo apresentado. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos.

4. Anexos

Elemento opcional. São documentos relacionados com o trabalho desenvolvido e que podem ser incluidos a este,por ilustrarem e/ou complementarem determinados
pontos discutidos. O objetivo da inclusão de anexos é dar fundamentação mais aprofundada ao trabalho. são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos.

5. Índice
Elemento opcional, elaborado conforme as Normas. Consiste numa lista de palavras ou frases, ordenadas segundo critério estipulado por cada Instituição que diz
respeito as informações contidas no texto.
ELEMENTOS PÓS- TEXTUAIS- REFERENCIAS

 1 Livros com 1 autor : AUTOR. Título. Edição. Local: Editora, ano.

 Exemplo: CARLOS, António Pena. Introdução ao estudo de filosofia e Sociedade. Angola: Luanda, 1984. 50

 Livros com 2 autores: AUTORES separados por ponto e vírgula. Título. Edição. Local: Editor, ano.

 Exemplo: ACCIOLY, Aluízio Ramos; MARINHO, Inezil Pena. História e organização da educação física e desportos. Rio de Janeiro: Universidade
do Brasil, 1956.

 Livros com 3 autores: AUTORES separados por ponto e vírgula. Título. Edição. Local: Editor, ano.

 Exemplo: REZER, Ricardo; CARMENI, Bruno; DORNELLES, Pedro Otaviano. O fenómeno esportivo: ensaios crítico-reflexivos. 4. ed. São
Paulo: Argos, 2005. 250 p.
ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS- REFERÊNCIAS
 Livros com mais de três autores: Entrada pelo primeiro autor, seguido da
expressão et al. Título. Local: Editora,ano.

Exemplo: TANI, Go et al. Educação física escolar: fundamentos de uma


abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988.

Livros com organizadores, coordenadores, editores: ORGANIZADOR ou


COORDENADOR, etc. (Org. ou Coord. ou Ed.) Título. Local: Editora, ano.

 Exemplo: CRUZ, Isabel et al. (Org.). Deusas e guerreiras dos jogos olímpicos.
4. ed. São Paulo: Porto, 2006. 123 p. (Colecção Fio de Ariana).
REFERÊNCIAS
 Partes de livros com autoria própria: AUTOR da parte referenciada. Título da parte referenciada. In: Referência da
publicação no todo. Localização da parte referenciada. (capítulo e/ou páginas da parte.

 Exemplo: GOELLNER, Silvana. Mulher e Esporte no Brasil: fragmentos de uma história generificada. In: SIMÕES, A.
C.; KNIJIK, Jorge D. O mundo psicossocial da mulher no esporte: comportamento, gênero, desempenho. São Paulo:
Aleph, 2004. p. 359-374.

 Dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso: AUTOR. Título. Ano. Paginação. Tipo do documento
(dissertação, tese, trabalho de conclusão de curso), grau entre parênteses (Mestrado, Doutorado, Especialização em...) -
vinculação acadêmica, o local e o ano da defesa.

 Exemplo: SANTOS, Fernando Bruno. Jogos intermunicipais do Rio Grande do Sul: uma análise do processo de
mudanças ocorridas no período de 1999 a 2002. 2005. 400 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação Física,
Departamento de Educação Física, UFRGS, Porto Alegre, 2005.
REFERENCIAS

 Trabalhos de eventos: AUTOR. Título do trabalho de evento. Referência da publicação no todo precedida
de In: Localização da parte referenciada.

 Exemplo: SANTOS, Fernando Bruno. Jogos intermunicipais do Rio Grande do Sul: uma análise do
processo de mudanças ocorridas no período de 1999 a 2002. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
CIÊNCIAS DO ESPORTE, 14., 2005, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: MFPA, 2005. v. 1, p. 236 - 240.

 Artigos de revistas/periódicos: AUTOR do artigo. Título do artigo. Título da revista, local, volume, número
(fascículo), páginas, mês, ano.

 Exemplo: ADELMAN, Miriam. Mulheres no esporte: corporalidades e subjetividades. Movimento, Porto


Alegre, v. 12, n. 1, p.11-29, jan./abr., 2006.
REFERENCIAS
Artigos de jornais: AUTOR do artigo. Titulo do artigo. Título do jornal, local, páginas, data (dia, mês e ano). Caderno.

Exemplo: TUNGA, José Maria Ferreira. Sonho e conquista: Angola nos jogos olímpicos do século XX. Jornal de Angola, Luanda,
p. 25 27. 12 abr. 2003.

 Leis, decretos, portarias, etc. LOCAL (país, estado ou cidade). Título (especificação da legislação, n.º e data). Indicação da publicação
oficial, local, volume, páginas, data. Seção,parte.

 Exemplo: Angola. Decreto n.º 60.450, de 14 de abril de 1972. Regula a prática de educação física em escolas de 1º Ciclo. Diário Oficial
[da] República de Angola, Luanda, v.126, n.66, p.6056, 13 abr. 1972. Secção 1, pt.

 Documentos electrónicos online AUTOR. Título. Local, data. Disponível em: < >. Acesso em: dd mm aaaa.
 Exemplos: JESUS, Gilmar Mascarenhas de. A via platina de introdução do futebol no Rio Grande do Sul. Educación Física y Deporte
Revista Digital, Buenos Aires, v. 5, n. 26, out. 2000h. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd26a/platina1.htm6>. Acesso em:
15 nov. 2004.

 HERNANDES, Elizabeth Sousa Cagliari; BARROS, Jônatas de França. Efeitos de um programa de atividades físicas e educacionais
para idosos sobre o desempenho em testes de atividades da vida diária. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 12, n. 2,
p. 43-50, jun. 2004. Disponível em: < http://www.ucb.br/mestradoef/RBCM/12/12%20-%202/c_12_2_7.pdf >Acesso em: 05 jun.
2004.
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

 Conceituação de Um trabalho Científico

 Espécie de trabalhos científicos: Tipos e Características


 Leitura
 Trabalhos de síntese : Sinopse e resumo
 Trabalho de monografia
 Trabalho de conclusão de curso- TCC
 Relatório de pesquisa cientifica
 Relatórios Técnicos de Pesquisa
 Relatório de Estágio
 Publicações Cientificas
CITAÇÃO
 Segundo as normas da ABNT (2002) citação é a menção de uma
informação extraída de outra fonte.
 Pode ser: directa, indirecta, ou citação da citação, de fonte escrita
ou oral.
 As citações em trabalhos, servem para apoiar as hipóteses,
sustentar uma ideia ou ilustrar raciocínio por meio de menções de
trechos citados na bibliografia consultada.
TIPO DE CITAÇÃO
 Citação directa curta: é quando transcrevemos o texto utilizando as palavras
do autor. E não passa mais de três linhas.

 Exemplo:

 Segundo Vieira(2000, p.5) o valor da informação esta directamente ligada a maneira como ele ajuda os
tomadores de decisões…..

 Citação directa longa


Se o trecho a citar diretamente (isto é, conforme o mesmo consta no original) ocupar mais do que 3 linhas
em fonte de tamanho 12 e alinhamento justificado, a citação direta se dá de modo diferenciado.
Deve-se colocar essa citação em uma espécie de “bloco” separado do resto do texto. É preciso alinhar a
citação longa com recuo da margem para 4 cm, reduzir a fonte (por convenção, usa-se o tamanho 10), trocar
o espaçamento que vinha sendo usado (de 1,5 cm) para o simples.
TIPO DE CITAÇÃO
 Exemplo de citação direta longa:
 A esse respeito, Piovesan (2005) declara:
 O processo de universalização dos direitos humanos permitiu a formação de um sistema internacional de proteção
desses direitos. Esse sistema é integrado por tratados internacionais de proteção que refletem, sobretudo, a
consciência ética contemporânea compartilhada pelos Estados, na medida em que invocam o consenso
internacional acerca de temas centrais dos direitos humanos, fixando parâmetros protetivos mínimos. (p. 45).

 Citação indirecta:
 o pesquisador “traduz” a ideia do(a) autor(a) com os seus próprios termos, sem alterar ou
deturpar o que foi dito originalmente. Essa “tradução” (citação indireta) deve ser
sempre devidamente acompanhada da identificação da fonte, isto é, a informação que inclui
o sobrenome do(a) autor(a) e o ano da publicação a que se refere a frase.
TIPO DE CITAÇÃO
 Exemplo de citação indirecta:
 “É necessário ainda reconhecer que a complexa realidade traduz
um alarmante quadro de exclusão social e discriminação como
termos interligados a compor um ciclo vicioso em que a exclusão
implica discriminação e a discriminação implica exclusão. Nesse
cenário, as ações afirmativas surgem como medida urgente e
necessária” (PIOVESAN, 2005, p. 52).
TIPO DE CITAÇÃO
 Citação de citação(citação de segunda fonte) é aquela em que o
autor do texto não teve acesso direto às palavras que deseja citar,
ou seja o autor não teve acesso ao material.

 Segundo Enok (1990, p.3 apud (ou citado por) MENEZES,


2001, p. 33): "A dimensão biográfica do romance, não se
esgota nos conflitos psicológicos".
TIPO DE CITAÇÃO
 SISTEMA NÚMERICO
 A indicação da fonte é por números arábicos em ordem consecutiva entre parênteses.
A referência completa da fonte deve constar na lista de referências em ordem
numérica crescente e de acordo com a ordem de ocorrência no texto.

 Exemplo:
 “The objective of library and information service is to increase access to sources,
information and ideas” (1)

 (1) KUHLTHAU, C. C. Seeking meaning: a process approach to library and


information services. 2. ed. Englewood: Libraries Unlimited, 2004.
TIPO DE CITAÇÃO
 Citação indireta e simultânea de vários autores

 Indicar todos os autores em ordem alfabética.


 (ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010)

 Citação traduzida

 Se o texto estiver em outra língua e for traduzido pelo pesquisador, indicar “tradução nossa” antes do
parêntese que fecha a indicação da fonte. Recomenda-se colocar o trecho na língua original em nota de
rodapé.

 “Acesso aprimorado engloba tanto acesso intelectual quanto físico” (KUHLTHAU, 2004, p. xv, tradução
nossa).
TIPO DE CITAÇÃO

Citação de documentos diferentes do mesmo autor e ano:

 Diferenciar os documentos acrescentando letras em minúscula após o ano tanto na citação como na lista de referências.
 (MANOLIS, 1972a)
 (MANOLIS, 1972b)

 Citação de coincidência de sobrenomes


 Indicar a primeira letra do nome.


 (VARGAS, J., 2001)
 (VARGAS, M., 2001)

 Sem indicação de autoria


 Quando não é possível localizar a autoria, iniciar pela primeira palavra do título em caixa alta, seguido de reticências.
 A composição do solo pode ser analisada posteriormente. (GEOMORFOLOGIA..., 1994).
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Modalidade Definição Tipos exemplos

Leitura Duas finalidades: informação( aquisição de Segundo Severino(2002) -


conhecimentos relacionados a cultura geral)e Leitura textual
formativa( ampliação de conhecimentos Leitura temática
técnicos científicos) Leitura Interpretativa
Problematização
Sintetizar, simplicar informações principais Sinopse: sintetizar a temática Redigir sinopse:
contidas num documento de um artigo, um capitulo ou 1º título do documento
uma obra, sem emitir juízo de Referencias bibliográficas e
valor por ultimo a sinopse, o verbo
Trabalho deve ser na 3ª pessoa do
síntese singular.
Resumo indicativo:
Resumo: consiste em sintetizar todas as ideias principais do texto do artigo, do explicitação dos principais
capítulo ou da obra. Deve se usar frases breves, directas e objectivas. tópicos do texto e os seus
conteúdos.
O resumo crítico não tem limites de palavras. Resumo: informativo ou
analítico
Resumo crítico: permite
julgamento de valor e opiniões
de quem elabora
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Modalidade Definição Tipos exemplos
Resumo: consiste em sintetizar todas as ideias principais do Resumo Técnico de
texto do artigo, do capítulo ou da obra. Deve se usar frases Trabalhos Científicos:
breves, directas e objectivas. redigido em paragrafo
único, apresentação concisa
Trabalho síntese do trabalho: (livro, artigo,
monografia, dissertação,
tese…)transmite ao leitor a
ideia completa do teor do
trabalho.
De acordo as regras da ABNT, os resumos devem conter:
de 150-500 palavras para os trabalhos académicos ( testes dissertações,) e relatórios científicos
De 100-250 palavras – Artigos periódicos
De 50-100 palavras- indicações breves
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Modalidade Definição Tipos exemplos

Esquemas Representação gráfica da síntese das


ideias principais da temática de um
texto ou artigo. Com divisões e
subdivisões

Resenha/resumo Apresentação de comentários críticos Conhecimento do assunto a ser criticado;


Crítica e da exposição de uma determinada Não descaraterizar o pensamento do autor mas deve se
questão examinar as suas ideias.
Elementos a constar: referencia do autor(es), título, local
da edição, editora e a data numero da pagina
Informações do autor, resumo da obra, conclusões,
quadro de referencia, a crítica…
TRABALHO CIENTÍFICO E MONOGRAFIA
Monografia Todo o trabalho que reduz sua
abordagem a um único assunto, único
problema, um tratamento especifico

TCC É parte integrante de muitos cursos de


licenciatura e pós graduação
Relatório de Pesquisa O estudante desenvolve um projecto Elementos:
individual sob supervisão de um a) Capa e folha de rosto
orientador de acordo as normas b) Introdução
c) Metodologia
Relatório Técnico São mais específicos a um problema d) Embasamento teórico
e) Apresentação dos dados e analises
Relatório de estágio Obrigatório em alguns cursos é um f) Conclusão
documento que contem um relato das g) Recomendação e sugestão
experiencias vivenciadas ou h) Apêndice
desenvolvidas pelo estudante. i) Anexos
j) Referencias
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Modalidade Definição Tipos

Publicação Apresentação sintética dos resultados de Segundo Koche( 2007) o artigo deve conter:
Cientifica pesquisas ou estudos realizados a respeito identificação
a) Artigo Cientifico de um tema/questão Resumo/ abstract
Palavras chaves
Corpo do artigo( introdução( problema,
objectivos, metodologia autores e obras que
serviram de base para o trabalho,
desenvolvimento( demonstração de resultados
e conclusão. Referencias, apêndices e anexos.
Data do artigo

b)Paper É um pequeno texto de 2-5 paginas sobre Critérios de elaboração: objectivos do paper,
posicionamento um tema pré determinado. desenvolvimento das suas ideias, defender o
pessoal Discussão de um trabalho, relatório de ponto de vista e apresentação da bibliografia
pesquisa, artigos etc.
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Modalidade Definição Tipos

c) Ensaio É uma exposição metódica dos estudos


realizados e das conclusões apos apurado exame
sobre o assunto

d) Comunicação É uma informação limitada onde é apresentada


cientifica ( congressos, jornadas, seminários, semanas de
estudo, e outros eventos científicos) os resultados
de uma pesquisa.

Poster O assunto é estruturado em forma de cartaz para


determinadas sessões cientificas

Informe Cientifico Relato escrito que divulga os resultados parciais


ou totais de uma pesquisa.
MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS-PÓS GRADUAÇÃO
Modalidade

Monografia

Dissertação

Teste
O ESTUDO COMO FORMA DE PESQUISA
 Técnicas de estudo
 Normas técnicas da ABNT
 Leitura Crítica
 Fichamento
 Resumo
 Relatórios de estudos
 Técnicas de dinâmica de grupo
 Seminários
 Pesquisa de informação na Internet
TECNICAS DE FICHAMENTO
 Técnica de Fichamento de Transcrição
 As fichas de transcrição consistem na reprodução fiel de textos ou trechos do autor citado.
 Tal fichamento pode ser realizado sem cortes, com cortes de palavras ou com cortes de parágrafos
intermediários.

 Técnica de Fichamento de Resumo


 O Fichamento de Resumo deve compor as idéias básicas do texto, e deverá ser elaborado com a utilização
de paráfrase, supressão, generalização e seleção, devendo o fichador evitar comentários pessoais.

 Técnica de Fichamento de Comentário


 No fichamento de comentário, o fichador expressará sua apreciação pessoal da obra ou texto fichado,
devendo ater-se aos aspectos quantitativos e qualitativos numa apreciação geral da obra.
EXEMPLOS
 Introdução
 a. O tema e o assunto
 b. As razões para o estudo ( problematica e Justificativa)
 c. Os objectivos do estudo
 d. As estratégias para atingir os objectivos
 2. Revisão da literatura/ da temática (dependente do tema e tipo de estudo)
 a. Definições
 . Do problema/tema/assunto/situação
 De conceitos importantes e estruturais
 b. Contextualização do tema/problema/situação
 c. História do tema/problema/situação
 d. Diferentes doutrinas sobre o tema/problema/situação
EXEMPLOS

Estudo experimental
a. Objectivos específicos
b. População (quando aplicável)
c. Amostragem e amostra (quando aplicável)
d. Variáveis
e. Recolha de dados
Técnica seleccionada
Critérios de inclusão e exclusão
Espaço e tempo de recolha
f. Análise de dados
EXEMPLOS

Apresentação de dados
Técnicas seleccionadas
Instrumentos de análise (software usado)
g. Resultados
Técnica e instrumentos utilizados
Apresentação de resultados
1. Tabelas
2. Gráficos
Discussão e conclusões sobre os resultados
EXEMPLOS
 Considerações finais
 a. Relação entre objectivos e conclusões
 b. Reflexão pessoal sobre os resultados e conclusões
 c. Eventual colocação de questões novas
 d. Sugestões para estudos posteriores
 5. Bibliografia e fontes documentais
 6. Anexos
BIBLIOGRAFIA
 BUNGE, Mario. Epistemologia. São Paulo: Edusp, 1980.
 DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1981.
 GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
 KERLINGER, Fred N. Foundations of behavioral research. New York: Holt, Rinehart
&Winston, 1973.
 LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC,
1999.
 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia
Cientifica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
 Prodanov e Freitas. Metodologia de Investigação Cientifica. Métodos e técnicas de pesquisa e do
trabalho academico.2ª Edição. Rio Grande do Sul: Novo Hamburgo, 2013.
 VIEIRA PINTO, Álvaro. Ciência e existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

Você também pode gostar