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APRENDER A APRENDER

DESAPREN - A
DER CONHECER
PILARES
DA
EDUCAÇÃ
O PARA O
SÉC. XXI
SEGUNDO
A UNESCO
APRENDER
APRENDER
A VIVER
A FAZER
JUNTOS

APRENDER
A SER
Evaristo Mateus Vany
• Contacto: 923 978750
• Email: vanyevaristo@gmail.com

Habilitações
• Licenciado em: Sociologia (FCS/UAN)
• Pós – Graduado em: Agregação Pedagógica e
Didáctica do Ensino Superior (CEAFIE/UAN)

• Pós – Graduado em: Elaboração de Projectos de


Investigação Científica e Desenvolvimento, feito no
CEAFIE da U.A.N

DISCIPLINA A MINISTRAR: PROJECTO


TECNOLÓGICO
PROBLEMA SOCIAL DA DISCIPLINA

OS ESTUDANTES TÊM QUE SER INVESTIGADORES PARA TEREM


HABILIDADES PARA:

PLANEAR EXECUTAR APRESENTAR


OBJECTIVOS DA CADEIRA

Instrutivos Educativos

Sentir que quando se


Fazer trabalhos
faz trabalhos
académicos
académicos utilizando
utilizando correctamente os
corretamente os procedimentos
procedimentos científicos, os
científicos propósitos dos
mesmos são bem
alcançados
MÉTODOS DE ENSINO

Explicativo e Ilustrativo

Elaboração Conjunta

Trabalhos Independentes

Trabalhos Conjuntos
CONTEÚDOS A SEREM MINISTRADOS:
O que é a Metodologia (1.1 Conceito)?
 O que é a investigação (2.1 Conceito; 2.2 Objectivos; 2.3
Tipos de investigação)?
 O que é a ciência (3.1 Conceito; 3.2 O conhecimento; 3.3
Características do conhecimento científico; 3.4 Objectivo
e funções da ciência)?
 O que é a Metodologia de Investigação Científica?

 Etapas de uma investigação Científica (5.1 Delimitação


do tema; 5.2 Formulação do problema;
 5.3 Determinação da hipótese; 5.4 Determinação dos
objectivos; 5.5 Determinação dos métodos, técnicas e
Instrumentos de análise; 5.6 Relatório final).
O QUE SE ESPERA NO FINAL DOS
CONTEÚDOS

TEMA DE INVESTIGAÇÃO
ANTECEDENTES  
PROBLEMA CIENTÍFICO  
HIPÓTESE (S)  
OBJECTIVO (S)  
OBJECTIVO GERAL  
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS  
OBJECTO
CAMPO DE ACÇÃO  
JUSTIFICAÇÃO / IMPORTÂNCIA  
RESULTADOS ESPERADOS  
MÉTODOS E TÉC.DE INVESTIGAÇÃO  
ELABORAÇÃO DO PROJECTO (T.F.C)  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Alvarenga, E.M., 2012, Metodologia da Investigação
quantitativa e qualitativa. Normas e técnicas de apresentação
de trabalhos científicos, 2ª edição, UNA, Assunção, Paraguai.
 Rede SP de formação docente,2012, Metodologia de pesquisa
científica. Fundamentos teóricos, SP, UNESP.
 Souza, D.I., Müller, D.M., Fracassi, M.A.T., Romeiro, S.B.B.,
2013, Manual de orientações para projectos de pesquisa,
FETLSVC, Novo Hambusgo, Brasil.
 Prodanov, C.C., Freitas, E.C., 2013, Metodologia do trabalho
científico. Métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho
académico, 2ª edição, UFEEVALE, Brasil.
 Aragão, J.W.M.,Neta, M.A.H.M., 2017, Metodologia
Científica, UFB- FE- PMEO, Salvador, Brasil.
1. METODOLOGIA [1, 2]

 Derivada do latim “methodus”, metodologia significa “caminho


ou via para a realização de algo”. Já método é o “processo para
se atingir um fim” (ex. conhecimento).

 A metodologia realiza-se em meio a


métodos lógicos e científicos; e é, por
assim dizer, o elo de ligação entre o
(d)
investigador e o objecto da investigação.

SUJEITO METODOLOGIA OBJECTO


(INVESTIGADOR) (LINK) (PROBLEMA)
2. INVESTIGAÇÃO [1]

 2.1 CONCEITO

Derivada do latim “in” a “vestigium”, investigação significa


“ir atrás de pegadas”. Ou, Conjunto de procedimentos
e/ou diligências cujo objetivo é atestar fatos
e/ou circunstâncias legais conhecimento

 OBS: Investigação / Pesquisa


 A pesquisa é uma atividade humana baseada na investigação intelectual e destina-se a
descobrir, interpretar e rever o conhecimento humano em diferentes aspectos do mundo.
A pesquisa pode usar o método científico,
mas não precisa fazê-lo.

 A investigação é o processo de indagar em um assunto através de pesquisa,


acompanhamento, estudo ou procedimento formal de descoberta.
2.2 OBJECTIVOS DA INVESTIGAÇÃO [1]

 ■ Revisar e sintetizar o conhecimento existente;


 ■ Investigar uma situação ou um problema existente;

 ■ Fornecer soluções a um problema;

 ■ Explorar e analisar questões mais gerais;

 ■ Criar um novo procedimento ou sistema;

 ■ Explicar um novo fenómeno;( f )

 ■ Gerar um novo conhecimento;


2.3 TIPOS DE INVESTIGAÇÃO [1 , 3]

ABORDAGEM
 
INVESTIGAÇÃO

BÁSICA: gera conhecimentos úteis para o avanço das ciências, sem


aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
NATUREZA
APLICADA: gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à
solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
 

QUALITATIVA: quando se procura explicar o porquê das coisas, mas não


quantificando os valores e as trocas simbólicas não se submetem à prova de
factos pois os dados analisados são não-métricos. O desenvolvimento da
pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador é parcial e
limitado.
FORMA
QUANTITATIVA: os resultados desta pesquisa podem ser quantificados.
Como as amostras são grandes e representativas os resultados são tomados
como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa.
   
ABORDAGEM INVESTIGAÇÃO
EXPLORATÓRIA: Tem como objectivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista a torna-lo mais explícito ou a
construir hipóteses.
DESCRITIVA: Tem como objectivo descrever os factos e fenômenos
de determinada realidade baseada em pesquisa bibliográfica, mas foge
OBJECTIVOS da verificação através de observação. Torna-se, por isso, subjectivo.

EXPLICATIVA: tem como objectivo identificar os factores que


determinam a ocorrência de fenomenos, ou seja, explica o porque das
coisas a partir de resultados oferecidos. Também chamada de ex-post-
facto

BIBLIOGRÁFICA ou DOCUMENTAL: é feita a partir do


levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas pormeio
escritos, artigos científicos, páginas da Web, livros, jornais, revistas,
relatórios, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, vídeos, de
entre outros.
PROCEDIMEN- EXPERIMENTAL: consiste em determinar um objecto de estudo e
TO selecionar todas as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo,
definir as formas de controle e de observação dessa influência.

LEVANTAMENTO OU SURVEY: busca informação directamente de


um grupo (representante de uma população alvo) de interesse e com
respeito a todos os dados que se deseja obter.
3. CIÊNCIA [1 , 2]

3.1 CONCEITO

Derivada do latim “scientia”, ciência significa “conhecimento”


Adquirido através do estudo ou da prática, baseado em princípios certos.
 3.2 O CONHECIMENTO

De forma geral, o conhecimento é


todo um conjunto múltiplo de dados
Interrelacionados adquiridos por
intermédio da experiência, da aprendizagem
ou através da introspecção.
TIPOS DE CONHECIMENTO
3.3 CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO [1, 2]

 PARA QUE UM CONJUNTO DE DADOS SEJA CONSIDERADO COMO


“CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS”, ELES DEVEM SER:
a) Objectivos: são os conhecimentos obtidos mediante a utilização de
procedimentos através da observação, de provas objectivas e da
experiência, de maneira empírica. Não é um conhecimento intuitivo,
adquirido somente através dos sentidos.
b) Obtidos por meio de raciocínio: obtido (conjunto de conhecimentos)
através de estudos reflexivos, críticos e sistemáticos acerca de uma
realidade. Ou seja, é o resultado de um estudo profundo da realidade
empírica estudada.
c) Demonstráveis: que ao ser estudado por meio de estudos objectivos,
utilizando métodos, técnicas e procedimentos empíricos como a
observação, prova objectivas e a experiência, pondo à prova objectos e
fenómenos sob condições controladas, o mesmo podem ser replicado.
 Provisórios: Os conhecimentos científicos não são absolutos e
imutáveis. Eles avançam através de novas investigações
científicas. Isto porque, um novo conhecimento pode aumentar,
modificar ou substituir conhecimentos já existentes, cria novas
curiosidades e assim o ciclo recomeça.

CIÊNCIA: é o conjunto de CONHECIMENTOS OBJECTIVOS, de objectos

ou fenómenos reais, obtido por meio de RACIOCÍNIO, através da aplicação

do método científico em qualquer campo do conhecimento, e é

DEMONSTRÁVEL e PROVISÓRIO.
4. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO ZIENTÍFICA [1]

Metodologia de Investigação Científica:

É um conjunto de
procedimentos
sistemáticos, baseados no
raciocínio lógico, com
o objectivo de encontrar
soluções para os
problemas propostos,
mediante o emprego
de métodos científicos
e definição dos tipos de
pesquisa.
5. ETAPAS DE UMA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA [1]
5.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA [1]
 O tema da pesquisa é a designação do problema e da área do conhecimento a ser
observado.
 Ele tanto pode ser definido em termos gerais como relacionado a um campo delimitado.
 De forma geral, o tema deve de ser definido de modo simples e sugerir os problemas e o
enfoque
 Selecionados. Deve ser o mais preciso possível e não conter ambiguidades.
Quando há necessidade de se elaborar uma tese, nem sempre é fácil forjar a ideia concreta
sobre o que se pretende investigar. O ideal é que o tema escolhido:
 Seja do real interesse do investigador
 Que o investigador
1º Esteja familiarizado com a área do conhecimento a investigar;
2º Faça uma revisão bibliográfica sobre o tema para melhor: estructuração, delimitação e
precisão do problema;
3º Veja qual a disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa;
4º Veja qual a novidade, oportunidade, relevância e valores académicos e sociais do tema;
5º Veja a possibilidade de orientação e supervisão adequada do tema.
 Temas muito genéricos e complexos geram estudos superficiais. Para se evitar
estas características o que se pode fazer é: Delimitação do tempo e espaço
para cada estudo;
TEMA AMPLO TEMA DELIMITADO
Estudo das propriedades anfotéricas de alguns compostos de
Estudo dos metais alcalinos metais alcalinos.

Reprodução das tartarugas durante a época X na ilha do


Reprodução das tartarugas mussulo.

O código de defesa do consumidor no período de 2010 a


A Aplicabilidade do Código de
2015 junto dos consumidores da cerveja Nocal.
Defesa do
Consumidor

A saúde mental de adolescentes de 13 anos das escolas do IIº


nível do município Y no ano lectivo 2017.
A saúde mental dos adolescentes
5.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA [1,2, 3]

 O problema é um facto ou fenómeno que ainda não possui resposta ou


explicações. Trata-se de uma questão ainda sem solução e que é objecto de
discussão, em qualquer área do domínio do conhecimento.

Geralmente, o problema é formulado de forma interrogativa, ou seja,


indica directamente O QUÊ Estudar? E, suscita a busca da resposta.

 Para se entender um problema deve-se descrever as características reais da


situação que se deseja investigar.
5.3 DETERMINAÇÃO DA HIPÓTESE [2,3, 5]
A hipótese é uma proposição, conjectural ou tentativa de explicar
a relação entre duas ou mais variáveis que se supõe possam ser
encontradas ao realizar o estudo. Ou seja, é uma criação mental
que se refere à realidade a ser estudada na investigação do tema.
COMO FORMULAR HIPÓTESES?

AS HIPÓTESE SÃO AFIRMAÇÕES, NÃO PERGUNTAS!


AS HIPÓTESES RELACIONAM DUAS OU MAIS VARIÁVEIS QUE
CONDUZAM À RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

FORMULAÇÃO
DE FORMA Se X então Y (X e Y são variáveis)
CONDICIONAL

DE FORMA O elevado índice de migração provoca elevado


CATEGÓRICA grau de desorganização familiar

DE FORMA VAGA E A aspirina é eficaz no combate à dor de cabeça


INDEFINIDA

DE FORMA DEFINIDA A aspirina não combate dores de cabeça de


origem traumática
CARACTERÍSTICAS DAS HIPÓTESES
As HIPÓTESES devem ter:

 Consistência lógica: não ter contradições e serem compatíveis com os


conhecimentos existentes sobre a matéria;

 Verificabilidade: serem passíveis de verificação;

 Simplicidade: sem enunciados complexos;

 Relevância: poder de predizer ou explicar algo;

 Apoio teórico: ser baseadas em teorias para terem maior probabilidade de


aquisição de conhecimento científico;

 Especificidade: indicar as operações ás quais devem estar expostas;

 Plausibilidade e clareza: propor algo admissível e que possibilite o


entendimento;

 Profundidade, fertilidade e originalidade: mecanismos para alcançar


um mais profundo/novo conhecimento por meio de um maior
número de deduções.
5.4 DETERMINAÇÃO DOS OBJECTIVOS [3, 5]

Os objectivos são alvos que se pretendem atingir. Eles exprimem de forma clara
e explicita o fim ou a meta que se definiu. Eles orientam o processo de
investigação. São como que guias de estudo.
 CAMPO DE ACÇÃO: é a parte ou a característica do objecto de
investigação sobre a qual o Investigador actua.
 VARIÁVEIS: são “entidades” que adquirem distintos valores,
traços, qualidades ou características que possuem os objectos de
análise.
 Elas podem ser medidas, controladas e estudadas numa
investigação. Podem-se apresentar em matrizes, graus,
modalidades ou medidas diferentes.
 As variáveis podem ser qualitativas e quantitativas (contínuas e
descontínuas; dependentes e independentes; estranhas) e estão
contidas no problema da investigação, nos objectivos e nas
hipóteses.
A) VARIÁVEIS QUALITATIVAS OU CATEGÓRICAS:

Cuja característica fundamental é a suscetibilidade de medição. Exemplos: Sexo,


religião, profissão ou ocupação, nacionalidade, procedência, estado civil, cores
em geral, ect. Estas varáveis não são medíveis. Apenas pode se determinar a
presença.

B) VARIÁVEIS QUANTITATIVAS
São aquelas em que as características ou propriedades podem apresentar-se em
diversos graus. E podem ser medidas em termos numéricos porque os valores dos
fenômenos são distribuídos seguindo uma escala de medidas. Exemplos: peso,
manequim, idade, escolaridade, temperatura, nível de renda, etc.

AS VARIÁVEIS QUANTITATIVAS CLASSIFICAM-SE TAMBÉM EM:


Variáveis dependente: Variáveis independente:
 NOTA: Toda a investigação inicia com um problema. Os objectivos
estabelecem o que se deseja demonstrar ou o “para quê” da
investigação. As hipóteses são a tentativa de resposta ou explicação às
perguntas de investigação (elas surgem da proposta do problema e
objectivos e baseiam-se no corpo de conhecimentos já comprovados e
expressos nas teorias, e nos conhecimentos e experiências do
investigador).

 A percepção de um problema, a sua definição e investigação, os


objectivos, a revisão bibliográfica (fundamentação teórica ou MARCO
TEÓRICO), a formulação da hipótese com as suas variáveis e a
justificação constitui o DESENHO TEÓRICO da investigação. Após se
definir como se realizará o estudo e se planejar a sequência de
actividades a realizar, estar-se-á em presença do DESENHO
METODOLÓGICO.
5.6 RELATÓRIO FINAL [1, 2]
A – Componentes introdutórios:
O relatório final é o produto do  Capa;
processo de investigação. Se os  Folha de Rosto;
 Página de aprovação;
resultados da investigação não são
 Índice de conteúdo;
divulgados, a mesma não atingiu o seu  Índice de quadro e figura;
objectivo que é, contribuir para algo e  Página de dedicatória e / ou agradecimento;
para isso a comunicação dos  Resumo.
resultadosé importante. B – Componentes principais
 Introdução
O relatório final é assim o meio de  Capitulos:
Capitulo I: Marco Teórico;
comunicação onde se descreve e Capítulo II: Desenho Metodológico
explica todo o processo de Capítulo III:Resultados
investigação, seus resultados, análise e Capítulo IV: Análise e intrepretação;
Capítulo V: Conclusões e recomendações
interpretação.
C – Componentes Complementares
Regra geral os componentes de um  Definições de termos (glossário);
 Índice de abreviatura e/ou siglas (quando
relatório são. utilizadas);
 Bibliografia;
 Anexos.

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