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EMPRESARIAL, CERIMONIAL
E EVENTOS
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
S247c
Sarro, Ed Marcos
ISBN 978-65-5646-145-8
ISBN Digital 978-65-5646-146-5
1. Comunicação empresarial. – Brasil. 2. Comunicação. – Brasil.
3. Eventos. – Brasil. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 658.45
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL: PRESSUPOSTOS,
CONCEITOS E ABRANGÊNCIA.......................................................7
CAPÍTULO 2
COMUNICAÇÃO INTERNA.............................................................51
CAPÍTULO 3
RETÓRICA VERBOVISUAL E EVENTOS......................................97
APRESENTAÇÃO
Olá, caro acadêmico. Como vai? Começaremos nosso conteúdo sobre
Comunicação Empresarial.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No primeiro capítulo do nosso curso, buscaremos apresentar alguns conceitos
básicos sobre comunicação empresarial e suas implicações nas relações com
o ambiente externo, demonstrando o papel da comunicação organizacional na
construção da identidade corporativa e os reflexos desta para a sua imagem,
tanto no que tange ao consumo do público interno, num primeiro momento,
mas também e especialmente quanto àquilo que diz respeito à forma como elas
são percebidas no âmbito externo – especificamente por clientes, acionistas,
sociedade e outros stakeholders – e como isso pode influenciar toda a condução
e os resultados do negócio. Nesse ponto analisaremos o conceito de reputação
a partir dos desdobramentos das relações entre imagem e identidade. Trataremos
um pouco também de como a relação com as mídias digitais e as redes pode ser
influente nesses processos.
No que tange à comunicação nas empresas, ela passou por uma profunda
mudança em termos de reconhecimento: deixou de ser restrita apenas aos
memorandos e aos quadros de avisos e passou a fazer parte de todos os processos
internos (administrativos e produtivos), sendo hoje elemento importante tanto nas
tomadas de decisão quanto no compartilhamento de objetivos e resultados. Isso
se dá em partes por causa do empoderamento que as novas tecnologias da
informação e da comunicação (NTIC) proporcionaram a diferentes players:
empregados, gestores, acionistas, fornecedores, clientes, influenciadores etc.
Em tempos de
Com a explosão das mídias digitais, as relações dentro e fora das
fake news, a
organizações se tornaram dinâmicas e interdependentes, e às vezes comunicação nas
perigosas. Como veremos, o poder das mídias para a construção ou organizações e sua
para a destruição da imagem e da reputação das organizações nunca gestão estratégica
foi tão grande e por isso mesmo não pode ser menosprezado. Em tornaram-se um
tempos de fake news, a comunicação nas organizações e sua gestão ativo de extrema
importância.
estratégica tornaram-se um ativo de extrema importância.
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
2 O QUE É COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
Antes de nos atermos ao tema da comunicação empresarial propriamente
dito, precisamos entender o que é a comunicação em si.
Nessa altura do campeonato, parece uma pergunta um tanto óbvia, mas não
é. Um modelo clássico para explicar o processo de comunicação é o de Shannon
e Weaver (Figura 1), baseado na teoria matemática da informação (RABAÇA;
BARBOSA, 2002).
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
Costuma-se dizer nos estudos sobre comunicação que ela é algo Costuma-se dizer
que acontece na mente do receptor da mensagem (BESSA, 2006), nos estudos sobre
comunicação que
ou seja, se a mensagem de um emissor alcançar o receptor de modo
ela é algo que
claro e eficiente, e se ela for devidamente decodificada, gerando algum acontece na mente
tipo de reação ou retorno (o feedback), podemos concluir que houve do receptor da
comunicação. Diz também que a boa comunicação leva em conta a mensagem.
troca de repertórios.
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
1. Empregados.
2. Clientes.
3. Sociedade.
4. Administração (RABAÇA; BARBOSA, 2002, p. 177).
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Isso não significa dizer, no entanto, que temos hoje mais qualidade
Apesar de as
pessoas em geral de conteúdo, haja vista os episódios de fake news. Por outro lado,
não procurarem não se pode negar que o acesso à informação com maior rapidez tem
checar as fontes, a tornado o ser humano médio mais informado: apesar de as pessoas em
rigor, a tecnologia geral não procurarem checar as fontes, a rigor, a tecnologia disponível
disponível hoje hoje permite que se consiga aprofundar o nível de conhecimento sobre
permite que
determinado assunto de maneira quase indefinida.
se consiga
aprofundar o nível
de conhecimento Ainda segundo Argenti (2014), o aumento da qualidade dos
sobre determinado meios de comunicação nos últimos anos (em parte proporcionado pela
assunto de maneira maior disponibilidade de novas tecnologias digitais) tem tornado os
quase indefinida.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
3 A COMUNICAÇÃO COMO
ESTRATÉGIA DE GESTÃO E
NEGÓCIO
A integração
Nas atuais corporações multinacionais, com muitos empregados dos discursos
alocados em diferentes partes do planeta, a integração dos discursos corporativos
não pode existir
corporativos não pode existir sem atividades de comunicação
sem atividades
devidamente integradas na forma de sistemas. Esses sistemas visam de comunicação
também fazer frente a novas demandas surgidas a partir de mudanças devidamente
ocorridas nos últimos anos nas organizações e no ecossistema integradas na forma
empresarial. de sistemas.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
Uma vez que materiais, tecnologias e métodos têm se tornado cada vez
mais acessíveis (tornando os produtos e serviços de diferentes empresas muito
semelhantes na avaliação do consumidor), a informação e sua gestão passaram
a ser a principal matéria-prima de nossas organizações, inclusive no que diz
respeito à construção da imagem e da reputação de uma empresa, tornando-
se um diferencial importante de mercado e uma demanda constante para a
comunicação empresarial.
Não basta apenas
Sob esse microscópio de alta resolução, a clareza,
organizar a
o alinhamento e a integração da comunicação comunicação na
com todos os públicos são capazes de criar ou de forma de sistemas,
acabar com a reputação de uma empresa. Como integrá-los de
resultado, 77% dos profissionais de comunicação acordo com suas
interna mencionam gastar uma “quantidade áreas de interesse
razoável” ou uma “grande quantidade” de tempo e atuação, de
no desenvolvimento de comunicações integradas modo a cobrir todos
(ARGENTI, 2014, p. 61).
os aspectos do
negócio em que
Dados a relevância e o papel estratégico que a comunicação vem a comunicação é
ganhando nas organizações, é importante definir qual a abrangência de fato um fator
de fato dessa atuação e o seu core business. Para tanto, não basta estratégico e de
competitividade.
apenas organizar a comunicação na forma de sistemas, integrá-los
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
A rigor, numa organização moderna, que preza pela eficiência e pelo melhor
retorno possível de seus investimentos, não pode haver “pontas abertas” e cada
movimento deve ser executado de acordo com a visão e os valores da empresa.
3.1 RESPONSABILIDADES DA
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Apesar do senso de Apesar do senso de urgência que permeia a comunicação
urgência que permeia empresarial hoje em dia, isso não significa sair atirando a esmo,
a comunicação sem objetivos claros e sem uma organização sistemática de tarefas
empresarial hoje em e processos. Citando o “relatório Resource Allocation Benchmarks
dia, isso não significa de 2010”, produzido pela “diretoria de comunicação da Corporate
sair atirando a
Executive Board” (atualmente subsidiária do grupo Gartner), Argenti
esmo, sem objetivos
claros e sem (2014) faz uma lista com cerca de trinta responsabilidades diferentes
uma organização de uma diretoria de comunicação organizacional. No que tange à
sistemática de tarefas comunicação com o público externo (o que nos interessa mais neste
e processos. capítulo), o autor cita:
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
Cabe lembrar que essas estruturas não acontecem por acaso, nem se
desenvolvem de forma espontânea, mas que são frutos de uma intenção e de
uma agenda. Em última instância, são reflexos da escolha de um paradigma, de
um modelo de gestão que orienta as ações da empresa.
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• Sociabilidade.
• Complexidade.
• Historicidade e memória.
• Suscetibilidade a mudanças.
• Identidade.
• Busca por resultados (NASSAR, 2009).
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FIGURA 12 – IMAGEM
4.1 IDENTIDADE
Almeida (2009) afirma que a identidade (Figura 13) da organização surge
a partir das interações sociais e da formação da identidade individual dos seus
membros, sendo a soma de atributos específicos daquela organização a partir
da visão de seus integrantes (“aqui nós somos assim”). A identidade de uma
organização está em “grupos de indivíduos, assim como nos papéis, símbolos,
políticas, regras e procedimentos” (ALMEIDA, 2009, p. 217).
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
FIGURA 13 – IDENTIDADE
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A identidade de uma
organização pode A identidade de uma organização pode ser construída ou destruída
ser construída ou a partir dos discursos organizacionais via comunicação, e se cristaliza
destruída a partir na imagem mental que esses discursos criam na cabeça dos públicos
dos discursos a quem são direcionados, sendo, assim, um conceito relacional
organizacionais via (IASBECK, 2009).
comunicação.
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FONTE: O autor
FONTE: O autor
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
FONTE: O autor
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O papel da
O papel da comunicação na construção da imagem de uma
comunicação na
construção da organização é determinante por sua capacidade de produzir
imagem de uma significados: aqui entra o trabalho de Relações Públicas, por meio
organização é de ações de comunicação que visem traduzir aspectos dessa imagem
determinante por na forma de mensagens que melhor acessem os públicos nos quais a
sua capacidade organização tem interesse quanto a sua permanência no mercado.
de produzir
significados.
A imagem pode ser um elemento de ligação entre identidade
corporativa e identidade organizacional. Enquanto identidade é a
Enquanto identidade verdade intrínseca da pessoa, do produto ou da organização, imagem
é a verdade é a projeção da sombra dessa identidade. “Quanto mais distante ela
intrínseca da estiver da identidade, mais distorcida será a imagem” (TORQUATO,
pessoa, do produto 2004, p. 105).
ou da organização,
imagem é a
projeção da sombra No tocante à Comunicação Interna especificamente (como
dessa identidade. veremos no próximo capítulo), a questão se faz também ligada à ideia
de afeto: as pessoas de dentro de uma organização funcionam melhor
quando desenvolvem uma relação de afeto com ela e sentem que a sua vida
pessoal é importante para a empresa. Isto se obtém em partes pela forma como
a organização comunica e faz praticar valores que enfatizem uma relação de
proximidade e transparência com os empregados. Dessa forma, é mais provável
que haja maior identificação dos empregados com a organização e a expressão
de uma imagem positiva também junto ao público externo.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
4.3 REPUTAÇÃO
Reputação pode ser
Verifica-se hoje uma tendência de as abordagens de imagem
entendida como o
organizacional migrarem para o conceito de reputação organizacional, nível de confiança
muito mais abrangente. Reputação pode ser entendida como o nível de adquirido pela
confiança adquirido pela empresa junto ao público. A reputação, porém, empresa junto ao
entendida hoje como um ativo, deve ser administrada a partir de alguns público.
critérios.
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Exemplo disso foi o episódio alguns anos atrás envolvendo denúncia feita
no Brasil (e também no exterior) contra a rede de lojas de roupas Zara, com sede
na Espanha. Segundo a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho de
São Paulo, a Zara estaria empregando mão de obra de imigrantes em situação
análoga à de escravidão na produção de suas peças de vestuário em fábricas de
seus fornecedores no Brasil. Essa denúncia desencadeou uma série de ações
de caráter social visando melhorar a imagem da marca, o que foi um desfecho
positivo, mesmo que não tenha sido de fato uma iniciativa altruísta por parte da
empresa.
Leia um pouco mais sobre o caso neste link para uma matéria
do jornal O Estado de São Paulo: https://economia.estadao.
com.br/noticias/geral,zara-pode-entrar-na-lista-suja-de-trabalho-
escravo,70002084547.
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“jabá”). Apesar disso, Vidal (2010) entende que uma premissa básica
Muitos profissionais
de imprensa não do trabalho do jornalista é a divulgação de fatos de interesse público,
veem com bons ou seja, a informação deve buscar o enriquecimento mental e espiritual
olhos quando uma do consumidor de notícia e trazer conteúdo que abranja matérias do
empresa decide interesse da sociedade.
demonstrar seu
balanço social,
Vidal (2010) afirma ainda que o interesse público deve servir como
pois entendem
que ele nunca parâmetro para a prática jornalística, sendo esse interesse o gerador
é feito de forma dos critérios jornalísticos de valoração da informação. Logo, ações de
desinteressada. natureza social, que visam ao bem-estar da comunidade e à melhoria
da qualidade de vida das pessoas são fatos de interesse público. Isso
Ações de natureza já deveria ser motivação suficiente para que empresários e mídia se
social, que visam unissem na divulgação de projetos sérios de interesse social.
ao bem-estar
da comunidade
e à melhoria da
qualidade de vida
das pessoas são
fatos de interesse
público.
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4.5 COMUNICAÇÃO E
PROTAGONISMO NA ERA DAS MÍDIAS
DIGITAIS
Como você viu no item anterior, o alcance da comunicação organizacional
pode ir além das quatro paredes da empresa, como mostrou o estudo de
caso apresentado. Mesmo tendo se dado numa era pré-internet e apesar dos
desdobramentos da ação empreendida, é notório que, como no episódio da
General Motors, a maneira como uma empresa lida com aspectos que dizem
respeito ao seu público interno também pode ser do interesse do público externo
e vice-versa.
Talvez para os nascidos antes do advento da internet não sejam muito claras
as proporções do impacto e da abrangência das mídias quanto a transformações
ocorridas no próprio processo de comunicação e à nova dinâmica que este
imprimiu às relações sociais, culturais e econômicas.
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FIGURA 19 – TELECOMUNICAÇÕES
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
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Entretanto, a tecnologia não pode se tornar uma panaceia, posto que ela
deve se prestar “na medida e na oportunidade em que a combinação entre
proposta comunicacional e características do público tiver mais eficiência se
realizada em ambiência digital” (CORRÊA, 2009, p. 321-322). Portanto, a adoção
da comunicação digital deve levar em conta a cultura da organização e o tipo de
discurso que ela pratica no que diz respeito ao uso da tecnologia.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Muito bem, prezado acadêmico, chegamos ao final do nosso primeiro
capítulo. Como pudemos ver, foi um conteúdo de muito fôlego e apostamos que
você não imaginava que a comunicação empresarial fosse um tema tão amplo e
com tantas implicações e variáveis. Para ajudar na assimilação deste conteúdo,
gostaríamos de repassar com você os pontos vistos.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. L. de C. Identidade, imagem e reputação organizacional:
conceitos e dimensões da práxis. In: KUNSCH, M. M. K. (Org.). Comunicação
organizacional: linguagem, gestão e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2009.
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Capítulo 1 Comunicação Empresarial: Pressupostos, Conceitos E Abrangência
MELLO, S. M. AIDS: o perigo cada vez mais perto. 1987. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=GfUWmFMUwmw. Acesso em: 29 fev. 2020.
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C APÍTULO 2
Comunicação Interna
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Capítulo 2 Comunicação Interna
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Olá, caro acadêmico!
Vamos lá?
2 OS PÚBLICOS DA ORGANIZAÇÃO
Para entendermos o que é e como se dá a comunicação com o público
interno é necessário primeiro que conheçamos os mecanismos de compreensão
da cultura e do clima organizacionais. Com este conhecimento é possível
desenvolver formas de influenciar positivamente a opinião dos públicos dentro
das organizações a partir das rotinas de Comunicação Interna.
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Sendo uma entidade viva, a cultura não é algo estanque e está sujeita à ação
de influências diversas, seja por meio da ação de uma nação sobre outra (como
na cultura de um país), seja por causa de fluxos imigratórios, ou (já há alguns
anos) também pelo grande alcance dos meios de comunicação de massa e mais
recentemente pelas mídias digitais.
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Capítulo 2 Comunicação Interna
Talvez um dos grandes feitos da Revolução Industrial nos Séculos XVIII e XIX
tenha sido o de ter levado a aldeia (Figura 4) para dentro do galpão da fábrica.
Sem querer, o empresário da indústria acabou por confinar dentro do processo
produtivo grande parte do universo de relações que estivera fora até então.
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A empresa é a “nova Assim, de certa forma, a empresa é a “nova aldeia”, e nessa aldeia
aldeia”, e nessa
artificialmente surgida, pulsa uma vida própria formada a partir deste
aldeia artificialmente
surgida, pulsa caldeirão de significados que se encontram e se transformam.
uma vida própria
formada a partir Ao reproduzir a matriz da sociedade onde se insere, a comunidade
deste caldeirão de que se forma a partir do lugar de trabalho se torna ávida por informação,
significados que ao mesmo tempo em que gera ela mesma informação como subproduto
se encontram e se
ou como necessidade imediata do próprio processo produtivo. Essa
transformam.
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Ao final deste capítulo esperamos que você aprenda um pouco mais sobre
conceitos de Comunicação Interna e conheça as ferramentas mais comuns neste
processo de comunicação organizacional.
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Capítulo 2 Comunicação Interna
Em empresas maiores o ideal é que essa atribuição seja dividida por ambas
as áreas – RH e Comunicação Corporativa – ficando tarefas específicas, mas de
âmbito rotineiro (como fazer reunião de integração, explicar benefícios, prestar
informações sobre banco de horas, apresentar mudanças no convênio médico,
por exemplo) com Recursos Humanos, enquanto comunicações de caráter mais
institucional e abrangente (como anunciar um plano de aquisição e fusão ou
divulgar um programa de demissão voluntária) sejam tocadas pelo pessoal de
Comunicação Corporativa, por serem estratégias de negócio (ARGENTI, 2014).
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Capítulo 2 Comunicação Interna
3 COMUNICAÇÃO E CULTURA
DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
Para entendermos um pouco melhor a dinâmica da Comunicação Interna,
vamos retomar o tema da construção da cultura organizacional por meio da
comunicação e aprofundá-lo um pouco.
Por esse viés, a cultura organizacional seria então uma “forma costumeira e
tradicional de fazer as coisas, compartilhada em proporção maior ou menor entre
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Conviver com as Conviver com as várias formas de ver o mundo passou a ser uma
várias formas de ver questão de sustentabilidade relacional. Aqui começamos a vislumbrar
o mundo passou a um campo de ação para a Comunicação Interna: encontrar formas
ser uma questão eficazes de comunicar pontos de afinidade e de explicar claramente as
de sustentabilidade
motivações individuais de cada cultura para diminuir ruídos, desfazer
relacional.
mal-entendidos e poupar energia e recursos preciosos.
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Saindo do global e vindo para o local, podemos perceber que a cultura das
organizações sofre influência também do modo de perceber e organizar o mundo
peculiar ao contexto onde a organização se estabelece. Como ocorre no resto
do mundo, também no caso das empresas brasileiras não é totalmente possível
separar a cultura das organizações dos padrões de comportamento inerentes
à cultura nacional, uma vez que, como já visto, as organizações são feitas de
pessoas com todas as particularidades, valores, crenças e idiossincrasias que
elas carregam consigo.
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Uma vez que uma mensagem não pode ser dissociada ou isolada do
contexto organizacional (e que a construção de relacionamentos se baseia em
necessidades), “conteúdo, processo e propósito na formação do significado
são aspectos que devem estar presentes na comunicação das organizações”
(MARCHIORI, 2009, p. 315). Aqui surge a figura de Relações Públicas (via
Comunicação) como cogerenciador de significados e da cultura: já que diferenças
de visão e de interesses existem, é necessário administrar o relacionamento com
e entre os diferentes públicos (HEATH, 2001 apud MARCHIORI, 2009).
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A Comunicação
Interna, além do seu A Comunicação Interna, além do seu caráter funcional e
caráter funcional informativo, tem como objetivo também a construção de uma cultura
e informativo, tem organizacional o mais livre possível de conflitos, sendo que quando
como objetivo “conseguem reverberar nos fluxos da informalidade, as organizações
também a construção dão vazão a climas alegres, cordiais, humanizados” (TORQUATO,
de uma cultura
2004, p. 7).
organizacional o
mais livre possível de
conflitos.
3.3 ENDOMARKETING
Era o empregado
Segundo Argenti (2014), após anos olhando apenas para o
devidamente
motivado e cliente externo, os executivos começaram a reconhecer que o principal
comprometido com responsável pelo sucesso do negócio (talvez até mais do que o próprio
a empresa. cliente, em alguns casos) era o empregado devidamente motivado e
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Botton (2007) argumenta que também a arquitetura tem uma ação retórica e
uma função discursiva, no sentido de comunicar aos usuários do espaço valores,
conceitos, crenças e ideias de quem o projetou. Isso valeria também para como
as organizações devem pensar os seus espaços (desde as cores das paredes
e piso, até o design do mobiliário e aspectos da comunicação visual ambiental)
tendo em vista influenciar positivamente seus membros.
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
FONTE: <https://www.freepik.com/free-vector/people-applauding-successful-
businessman_1577723.htm#page=1&position=31>. Acesso em: 19 maio 2020.
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Capítulo 2 Comunicação Interna
Argenti (2014) afirma que as pessoas estão cada vez mais ansiosas nas
organizações, o que pode levar à desinformação e a ruídos na comunicação.
Cabe à Comunicação marcar território: “quando a Comunicação Interna encolhe
ou desaparece, rumores e fofocas preenchem o espalho deixado por ela. Se
você oferecer informações aos funcionários, eles manterão suas ideias e seus
sentimentos com você” (ARGENTI, 2014, p. 222).
Por outro lado, um sinal de que a Comunicação Interna pode não estar bem
(além dos dados apresentados pelos índices de performance do negócio e pelas
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
No Brasil, especificamente, isso foi uma realidade em finais dos anos 1980
e começo dos anos 1990 durante processos de implantação de programas de
qualidade, quando tivemos uma grande mudança de paradigma em diversos
segmentos da economia nacional.
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Capítulo 2 Comunicação Interna
Apenas uma ressalva: na virada dos anos 2000 também tivemos algo
parecido, quando da Revolução Digital, mas ela se deu num contexto em que
a Globalização já havia unificado a linguagem e o modelo mental de toda uma
geração.
FIGURA 21 – GLOBALIZAÇÃO
Esse período de transição nos anos 1990 foi importante e de muita atividade
para a comunicação nas organizações do Brasil por conta do processo de mudança
que se instaurou em diferentes segmentos da nossa economia, notadamente na
indústria. A comunicação e seus processos (aliada a outras áreas nas empresas,
como o Departamento de Qualidade propriamente dito e os de Treinamento e RH)
se tornaram a chave para implementar conceitos novos pertencentes ao universo
do Controle Total da Qualidade e à Lean Manufacturing, que chegavam até nós
vindos do Japão (TORQUATO, 2004 apud SARRO, 2017).
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A massa de dados obtida deve então ser trabalhada por algum método
estatístico, de modo a gerar conclusões que podem confirmar uma linha de
trabalho já eficiente ou ensejar ações de melhoria nos processos de comunicação
da organização.
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Você deve concordar que não se espera de fato que mudanças sejam
recebidas igualmente por todos: as influências do ambiente externo nas relações
dentro do ambiente interno podem ser sentidas quando a insegurança quanto à
manutenção do emprego (em face de um panorama econômico competitivo) leva
ao acirramento da competição interna (SILVA, 2009).
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4 MEIOS E CANAIS
Antes de mais nada, devemos fazer uma pequena distinção entre os
conceitos de meios e canais. Segundo Rabaça e Barbosa (2002, p. 100), canal
é “todo suporte material que veicula uma mensagem de um emissor a um
receptor, através do espaço e do tempo”. Neste caso, diz respeito mais a cada
canal individualmente. Já os meios dizem respeito à “cadeia de canais que liga
a fonte ao receptor. Sistema (constituído por elementos físicos) onde ocorre a
transmissão de mensagens” (RABAÇA; BARBOSA, 2002, p. 479).
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Se você trabalha numa empresa (seja ela pública ou privada) saberia dizer
quais meios e canais ela mais usa na comunicação com seus empregados?
Qual deles você acha que é o mais eficiente para comunicar conteúdos do seu
interesse? Por qual deles você prefere ser informado?
Isso nos leva a concluir que a noção de dentro e fora da empresa vai
perdendo um pouco o sentido, porque os limites entre as duas realidades estão
ficando cada vez mais tênues. Alguns autores chegam a questionar o conceito de
comunicação apenas interna (ARGENTI, 2014). Por isso, a escolha dos canais
não deve ser feita de forma descuidada ou ingênua.
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4.3 CAMPANHAS
Uma das atribuições da Comunicação Interna é a promoção de campanhas.
Processos de comunicação sociais nas organizações, como as campanhas, são
uma grande alavanca para a adesão dos empregados a propostas da empresa.
As campanhas dentro das empresas podem ter diversos fins práticos (como
preparação para certificações de qualidade, prevenção de acidentes, higiene e
limpeza, segurança da informação etc.) e não podem prescindir do uso de canais
adequados, como material impresso de informação e divulgação (boletins, jornais,
revistas e cartilhas) e também os meios digitais. O uso “de canais promocionais
e publicitários – cartazes, panfletos, spots publicitários – assegurará a eficácia
das campanhas internas de prevenção de acidentes”, por exemplo (TORQUATO,
2004, p. 60).
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Capítulo 2 Comunicação Interna
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Algumas empresas têm como princípio tornar isso uma programação regular
das suas lideranças, incentivando que elas parem de tempos em tempos para
convidar pessoas de suas equipes para tomar um café e conversar informalmente,
Apesar de poderem apesar da correria. Às vezes pode ser uma pequena refeição ou mesmo
ser aprendidas, um happy hour, dependendo da cultura da empresa.
competências ligadas
às relações humanas Claro que isso tudo será mais efetivo se a pessoa em posição
no trabalho não de liderança tiver um perfil que favoreça a interação com pessoas.
podem prescindir de
Apesar de poderem ser aprendidas, competências ligadas às relações
verdade e vontade.
humanas no trabalho não podem prescindir de verdade e vontade.
92
Capítulo 2 Comunicação Interna
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Muito bem, caro acadêmico, como você pôde ver, a Comunicação Interna
é um assunto bem mais complexo do que parece, e requer uma abordagem
estratégica por conta das implicações que ela pode ter para os objetivos, a visão
e a missão da empresa.
Vimos também que para cumprir sua missão, a Comunicação Interna dispõe
de alguns meios e canais, uns mais tradicionais e analógicos (como o quadro
de avisos, o boletim interno, jornais e revistas corporativas) e outros mais
contemporâneos e digitais, como os portais de intranet e o correio eletrônico
interno.
93
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
As pessoas nas empresas são mais do que força de trabalho: são seres
que têm alma, anseios e sentimentos que devem ser respeitados. A este cuidado
chamamos de ética. Pense nisso ao conceber e conduzir seus projetos de
Comunicação Interna.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. L. de C. Identidade, imagem e reputação organizacional:
conceitos e dimensões da práxis. In: KUNSCH, M. M. K. (Org.). Comunicação
organizacional: linguagem, gestão e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2009.
94
Capítulo 2 Comunicação Interna
95
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
WOMACK, J.; JONES, D.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de
Janeiro: Campus, 1990.
96
C APÍTULO 3
Retórica Verbovisual E Eventos
98
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Olá, caro acadêmico. Neste capítulo, trataremos da comunicação enquanto
uma competência pessoal e profissional no que diz respeito ao uso da fala
como canal para a comunicação interpessoal no ambiente de trabalho, como
reuniões, eventos, apresentações de negócios, cerimônias corporativas ou
mesmo em momentos de socialização.
Esperamos que você aproveite muito a leitura deste capítulo e que ele
contribua para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
2 COMUNICAÇÃO VERBAL E
ORATÓRIA
A comunicação verbal (alguns chamam também de comunicação
A arte de falar
de forma clara, oral) é a prática que faz parte de uma arte muito difundida entre os
elegante e gregos e os romanos antigos: a oratória. A arte de falar de forma clara,
persuasiva foi muito elegante e persuasiva foi muito cultivada no período Clássico e grande
cultivada no período parte do que se conhece hoje sobre o assunto chegou-nos por meio
Clássico. de escritos, como os dos gregos Aristóteles, Platão e Demóstenes
(considerado o maior orador da Antiguidade) e de Cícero (106-43 a.C.),
advogado, escritor e eloquente estadista romano (Figura 1).
100
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
101
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
É claro que apenas falar sem ter conteúdo consistente não resolve. A pessoa
que fala deve se preparar por meio da leitura e estudo do tema que pretende
desenvolver, além de dominar algumas técnicas básicas para tornar seu discurso
ainda mais eficaz.
102
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
103
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
2.2.1 Fala
A fala é o resultado da articulação do nosso aparelho fonador e envolve o uso
da língua, da boca e dos dentes, além da emissão de ar vindo dos pulmões através
das cordas vocais (BRASSI, 2008; POLITO, 2016). Geralmente, aprendemos
a falar nos primeiros anos de vida e a fala se torna a nossa principal forma de
comunicação por muito tempo.
104
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
105
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Eventualmente, você pode pedir ajuda a uma pessoa amiga para que seja
sua coach de fala e o ajude a ir identificando e corrigindo vícios (FITZHERBERT,
2012).
2.2.4 Retórica
Enquanto a oratória é a arte do bem falar em público, a retórica é a arte
do convencimento (MAGALHÃES, 2017). Segundo o Dicionário Houaiss (2010, p.
679), é a “arte de se expressar com desenvoltura, de bem argumentar”. Aristóteles
definiu a retórica como “a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, é
capaz de gerar a persuasão” (ARISTÓTELES, 2005, p. 33 apud MAGALHÃES,
2017, p. 16). Sob este ponto de vista, a oratória também tem uma função retórica.
106
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
Para que haja retórica, são necessárias três coisas: o orador, alguém que
tenha autoridade reconhecida para falar (associado ao ethos, raiz de Ética), um
auditório desejoso de ouvi-lo (relacionado ao conceito de pathos, de onde vem a
palavra paixão) e o próprio discurso, ou o seu conteúdo (subtendido na palavra
logos, traduzida por “palavra”, “razão”, “conhecimento”), que é entregue por meio
de uma “mídia”, em um dado momento no tempo-espaço (ABUCHAIM; PEREIRA,
2017).
Além de ser bonito,
A retórica tem uma dimensão estética, posto que a fala deve ser o discurso tem de
atraente para quem a ouve. Além de ser bonito, o discurso tem de fazer fazer sentido, por
meio da organização
sentido, por meio da organização dos elementos numa lógica que seja
dos elementos
convincente (LIMA, 2011). Isso implica também na escolha adequada de numa lógica que
vocabulário para cada tipo de audiência. seja convincente.
107
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Ao falar com jovens Do mesmo modo, ao falar com jovens é interessante usar um
é interessante repertório mais próximo da idade deles, eventualmente, usando
usar um repertório algumas gírias com moderação (BRASSI, 2008).
mais próximo
da idade deles, Isso não significa ser totalmente informal, caso você seja mais
eventualmente,
velho ou não seja de fato uma pessoa informal, porque pode soar falso.
usando algumas
gírias com Além disso, as pessoas têm uma expectativa do tipo de vocabulário que
moderação. se espera que você use (BOYLAN, 2008). O mesmo vale para quando
for se dirigir a pessoas de origem humilde ou incultas: você não precisa
falar errado para criar empatia. Apenas seja simples.
Uma regra geral vale para todas as audiências: evite jargão que só você
conheça, palavras pouco usadas ou preciosismo na construção das frases
(POLITO, 2016). Quanto mais acessível for sua abordagem, maiores as chances
de você ser compreendido adequadamente.
Falar baixo demais pode ter um efeito negativo também: aqueles que se
sentarem mais ao fundo podem não entender o que está sendo dito (KHOURY,
2015). A tendência é começarem a surgir conversas paralelas e você perder o
controle da plateia. Aqui talvez entre a necessidade do uso de um microfone,
como veremos mais à frente.
O ideal é que se fale num tom que seja um pouco acima de uma conversação
normal. Você pode até começar com um tom mais baixo (para ganhar confiança)
e ir aumentando. O perigo da monotonia (de manter sempre o mesmo tom de voz)
é causar fadiga na audiência e dispersão (POLITO, 2016).
109
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
2.2.6 Ritmo
O ritmo diz respeito à velocidade de fala (Figura 9). Se as pessoas estiverem
tomando notas do que você estiver dizendo, prefira falar um pouco mais devagar
(KHORY, 2015).
1 O que é califasia?
R.: ____________________________________________________
____________________________________________________
110
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
2.2.7 Fisiologia
A fisiologia diz respeito basicamente à linguagem corporal e à expressão
facial. Ambas têm uma grande quantidade de ingredientes de retórica não verbal
e pode-se comunicar muitas coisas apenas com movimentos de partes do corpo,
como na Libras (língua brasileira de sinais), utilizada pelos surdos, ou como
na arte da mímica (BRASSI, 2008), ou ainda dos mágicos, quando fazem suas
apresentações (FITZHERBERT, 2012).
FONTE: <http://blog.wellcomelibrary.org/2014/10/hell-is-empty-
and-all-the-devils-are-here/>. Acesso em: 20 maio 2020.
Além disso, o corpo é o emissor da voz, que sozinha, não teria o mesmo
efeito sem ele. De modo que corpo e voz se integram quando falamos, e ambos
se complementam na comunicação verbal (ZUMTHOR, 2007).
2.2.8 Postura
A princípio, quando se fala ereto, o recomendado é manter os pés apoiados
no chão (isso conota firmeza perante a audiência), ligeiramente afastados
(aproximadamente 20 cm um do outro), descansando discretamente o peso do
corpo sobre as duas pernas (BRASSI, 2008).
111
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
2.2.9 Gestual
O que fazer com as mãos? Por medo da exposição em si mesma ou por
insegurança sobre o que se vai falar, muitas pessoas têm dificuldade em saber
o que fazer com as mãos enquanto estão falando. Às vezes, o movimentar de
mãos funciona como se a pessoa estivesse fazendo um esforço físico para dar
credibilidade ou tornar mais clara a sua mensagem, quase que “manuseando” seu
argumento com as mãos perante os ouvintes.
A rigor, mexer com A rigor, mexer com as mãos não é gesticular (Figura11). É apenas
as mãos não é fazer movimentos sem sentido. Gesticular quando se fala em público é
gesticular. É apenas ilustrar o que você está dizendo com movimentos de mão e de corpo.
fazer movimentos Você deve usar o gesto para complementar sua fala, para reforçar ou
sem sentido.
tornar claro um pensamento. Como uma forma de linguagem.
O gestual e o que você diz devem ter coerência: se você estiver dizendo,
por exemplo, que o sol nasce a leste e se põe a oeste, deve apontar para essas
direções enquanto fala. Se você estiver enumerando itens, é interessante que vá
mostrando um dedo da mão para cada um dos itens que estiver citando. Além
de ser didático, ajuda a atrair a atenção da sua plateia. O ideal é que seu gesto
acompanhe a sua fala (POLITO, 2016).
112
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
Apertar um pouco as mãos antes de começar a falar pode ser útil para
aliviar as tensões, mas não deve ser um hábito durante a fala (assim como outros
movimentos fora de contexto), pois tende a enviar sinais confusos para sua plateia
e desviar a atenção dela (POLITO, 2016).
113
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
microfone (trataremos dele mais à frente) ou mesmo com botões e outras partes
de sua roupa enquanto fala: isso revela às pessoas que o ouvem que você está
inseguro (POLITO, 2016).
Claro que isso tudo são recomendações e não regras rígidas, dependendo
do contexto e do teor do que se fala, até mesmo algo teoricamente errado pode
combinar com o discurso. O importante é aprender a ir integrando fala e gestos de
modo que se tornem algo natural e espontâneo (POLITO, 2016).
114
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
Para onde olhar é uma dúvida frequente em pessoas que falam em público
pela primeira vez, porque ao falar para várias pessoas é difícil definir um ponto
para onde dirigir a emissão da voz. Um truque para forçar com que você mesmo
busque contato visual com sua audiência enquanto fala é procurar identificar a cor
dos olhos das pessoas na plateia (FITZHERBERT, 2012).
115
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Apesar de ser útil olhar diretamente para figuras-chave na plateia para usá-
las como referência visual, fixar os olhos em uma pessoa ou grupo de pessoas
pode parecer que você está falando apenas para elas (FITZHERBERT, 2012).
Outra dica simples é: sempre que possível, distribua o olhar para todas
as pessoas da plateia, tomando o cuidado de dispensar sua atenção de modo
uniforme a todos (FITZHERBERT, 2012; POLITO, 2016).
2.2.12 Sorriso
Outra ferramenta importante de expressão facial na comunicação verbal
é o sorriso. Procure sorrir enquanto fala, desde que seja pertinente ao assunto
(POLITO, 2016).
116
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
117
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-em-uma-reuniao-
com-a-mao-levantada_982809.htm>. Acesso em: 20 maio 2020.
119
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-de-negocio-senior-
que-da-uma-leitura_982833.htm>. Acesso em: 20 maio 2020.
2.2.14 O microfone
O microfone é um capítulo à parte quando se trata de lidar com a atividade de
falar em público (Figura 18). De fato, é difícil hoje em dia desassociar o microfone
da prática da oratória, dada a sua utilidade (POLITO, 2016).
120
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
Para outros, ele pode se tornar um elemento de distração, seja por falta de
familiaridade com o recurso ou porque às vezes ele está com mau contato. Se o
microfone começar a atrapalhar mais do que ajudar, é melhor dispensá-lo e falar
com seu volume natural de voz, da melhor forma possível (POLITO, 2016).
Se você for falar para uma audiência com mais de trinta pessoas, Se você for falar
prefira usar um microfone (BOYLAN, 2008). Ele permite ampliar o para uma audiência
alcance de sua voz e, além de fazer com que você seja compreendido com mais de trinta
pessoas, prefira
melhor por uma audiência maior, sua voz será menos demandada
usar um microfone.
(POLITO, 2016).
3 O PENSAMENTO VERBOVISUAL NA
COMUNICAÇÃO DE NEGÓCIOS
Há alguns anos o uso de desenhos, diagramas e símbolos gráficos tem se
popularizado enquanto recurso de facilitação visual em processos de solução
criativa de problemas e inovação, em treinamentos e em apresentações de
negócio, dentro do conceito de Facilitação Visual.
FONTE: O autor
Além disso, as pessoas gastam tanto tempo e energia para fazer uma
apresentação em PowerPoint, que o que deveria ser um acessório acaba sendo
um elemento desnecessário de estresse (FITZHERBERT, 2012).
123
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Uma pesquisa feita em 2011, nos Estados Unidos, com 603 respondentes
sobre o que eles menos gostavam em apresentações em PowerPoint apontou,
dentre outras coisas, o desconforto causado por um apresentador lendo o
conteúdo dos slides em voz alta para a plateia (73,8%) e o hábito de colocar
frases longas ao invés de itens curtos nos slides (51,6%). Outros pontos negativos
foram o tamanho inadequado da fonte, a escolha ruim do esquema de cores e o
uso de diagramas e tabelas muito complicados (PARADI, 2011 apud SOMMER;
JENKINS, 2014).
O problema básico do PowerPoint é que, por mais que tenha uma infinidade
de recursos e possibilidades, é um sistema fechado nele mesmo, permitindo
pouca criatividade do apresentador (FITZHERBERT, 2012). Ele também tende a
matar “a arte da conversa de negócios. [...] Acabamos por nos apresentar uns aos
outros em vez de conversar uns com os outros” (FITZHERBERT, 2012, p. 32).
A maioria das Além disso, a maioria das pessoas não têm muito treinamento
pessoas não têm
formal sobre a estética da comunicação visual e assim acaba usando
muito treinamento
formal sobre os recursos do programa sem muito discernimento (FITZHERBERT,
a estética da 2012). Num exemplo extremo, é o caso do apresentador que monta o
comunicação visual texto de um slide com fonte serifada, em itálico, negrito, sublinhado, em
e assim acaba caixa alta e na cor vermelha.
usando os recursos
do programa sem
Ainda nessa linha, outro perigo do PowerPoint é se tornar
muito discernimento.
uma panaceia, ou seja, as pessoas usarem o programa para
qualquer aplicação de comunicação visual, mesmo que a linguagem gráfica
não seja adequada. “[...] o PowerPoint pode ser usado como auxílio visual, um
teleprompter, um folheto, um documento para levar para casa, um documento
autônomo ou parte de uma mala direta e, provavelmente, uma série de outros
usos” (FITZHERBERT, 2012, p. 32).
124
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
125
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Apesar do exposto, não estamos dizendo aqui que você não deva nunca
mais fazer suas apresentações usando PowerPoint. Na verdade, em algumas
situações, você não terá como fugir dele, porque após tantos anos, já há uma
crença fundamentada de que as apresentações invariavelmente devem ser feitas
em PowerPoint (FITZHERBERT, 2012). Você só precisa ter claro que o PowerPoint
é um recurso mediador e não pode deixar que ele lhe ofusque enquanto orador.
Queremos, entretanto, que você conheça uma alternativa que pode ter um
efeito melhor: apresentações ao vivo, feitas à mão livre por você mesmo enquanto
fala, utilizando princípios do Pensamento Visual, já abordado.
FIGURA 20 – RETROPROJETOR
126
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
FONTE: O autor
FONTE: O autor
127
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
1. Ver/olhar.
2. Enxergar.
3. Imaginar (ROAM, 2012).
Segundo Roam (2012), qualquer problema pode se tornar mais claro com
uma figura, e qualquer figura pode ser criada pelo mesmo conjunto de ferramentas
e regras. De fato, há apenas três ferramentas que nós precisaremos para nos
tornarmos grandes na solução de problemas com figuras: nossos olhos físicos,
nossos olhos mentais e um pouco de coordenação visomotora.
FONTE: O autor
A ideia geral é resolver problemas com figuras. Pensar por meio de imagens
e utilizá-las para demonstrar soluções para problemas, principalmente ligados a
negócios. O nome deste processo é Visual Thinking (ou Pensamento Visual) e
é um método que visa tornar a solução de problemas mais eficiente e talvez um
pouco mais divertida (ROAM, 2012).
128
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
1. Storytelling.
2. Sketchnoting.
3. Whiteboards.
3.3.1 Storytelling
A técnica de storytelling é basicamente a velha e boa contação de histórias.
As histórias fazem parte da nossa tradição oral e são passadas de geração em
geração por meio do folclore, dos contos dos mitos e das narrativas populares e
familiares (CAMPBELL, 1991).
Você deve pensar
Você deve pensar na sua apresentação como se ela fosse uma na sua apresentação
história (uma narrativa) que será contada, com começo, meio e fim. As como se ela fosse
narrativas se caracterizam por terem diferentes formatos e desenhos uma história (uma
narrativa) que
tipológicos. Segundo Roam (2014), há quatro categorias básicas de
será contada, com
narrativas: o relato, a projeção, a instrução e o drama (Figura 24). começo, meio e fim.
129
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
meio da união de todos (ROAM, 2014). São os discursos dos generais antes das
grandes batalhas e dos líderes carismáticos diante de crises.
FONTE: O autor
130
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
Uma vez que você definir qual o tipo de storytelling de sua apresentação, é
hora de aprender a transformá-la em anotações desenhadas no quadro branco,
lousa ou flip-chart, por meio da técnica de sketchnoting.
3.3.2 Sketchnoting
A técnica de sketchnoting consiste em usar figuras geométricas simples,
fluxogramas, flechas direcionais, bonecos palito, linhas de conexão, caligrafia
expressiva (quando possível) e alguma cor (Figura 25) para construir a narrativa
sobre um quadro branco, uma lousa ou um flip-chart (BRESCIANI, 2016). Em
português, você encontrará o termo Facilitação Gráfica como um equivalente
possível para sketchnoting.
FONTE: O autor
131
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
FIGURA 26 – SKETCHNOTING
132
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
3.3.3 Whiteboards
Em tradução livre, o termo whiteboards significa “quadros brancos”, mas eles
não precisam ser necessariamente brancos (Figura 27). Podem ser lousas ou
mesmo quadros de vidro.
FIGURA 27 – UM WHITEBOARD
• Quem ou o quê?
• Quanto?
• Onde?
• Quando?
133
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
• Como?
• Por quê?
134
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
135
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
4 CERIMONIAL E EVENTOS
Os eventos e seus cerimoniais fazem parte da vida humana associativa em
diferentes ocasiões nos diferentes grupos nos quais nos inserimos: formatura,
casamento, batismo, festas de aniversário, bodas, colação de grau, juramento à
bandeira, ordenação religiosa, julgamentos etc.
136
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
138
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
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Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
140
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
4.4 O DISCURSO
Em qualquer evento haverá o momento em que alguém será chamado para
proferir algumas palavras, geralmente na abertura e no encerramento
As regras para a
da cerimônia. Em “almoços e jantares” comemorativos, por exemplo, “os elaboração e a
pronunciamentos são feitos após a sobremesa” (MARTINEZ, 2001, p. apresentação de
90). um discurso não
são aleatórias nem
As regras para a elaboração e a apresentação de um discurso foram inventadas
sem critério.
não são aleatórias nem foram inventadas sem critério, mas originadas
141
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Via de regra, os discursos que você virá a fazer são do tipo programado,
ou seja, foram agendados previamente e por isso precisam ser preparados com
cuidado para que alcancem os resultados que se esperam dele (BRASSI, 2008).
Um discurso
programado é Um discurso programado é composto de três partes: a
composto de três introdução ou exórdio, que abrange aproximadamente 20% do
partes: a introdução discurso, corpo ou o conteúdo propriamente dito (correspondendo
ou exórdio, corpo a 70% da fala) e a conclusão ou encerramento, que cobre os 10%
ou o conteúdo restantes do tempo (BRASSI, 2008; POLITO, 2016). As partes do
propriamente dito
discurso são caracterizadas essencialmente por interdependência e
e a conclusão ou
encerramento. proporcionalidade (POLITO, 2016).
142
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
A introdução é o momento que ditará todo o clima do seu discurso e por isso
deve “causar impacto, com uma mensagem ligada ao assunto que vai ser exposto
ou um fato relevante relacionado ao tema, ou mesmo uma música” (BRASSI,
2008, p. 71).
O corpo ou o conteúdo nada mais é que o próprio desenvolvimento Espera-se que você
do argumento que você veio apresentar e espera-se que você esteja esteja preparado
o suficiente para
preparado o suficiente para falar de seu tema com segurança e
falar de seu tema
propriedade (BRASSI, 2008). É nesse momento também que você de com segurança e
fato deverá colocar em prática as técnicas de retórica e oratória que propriedade.
aprendeu.
É sempre
Como a imagem pessoal de quem fala também tem conotações na recomendável
sua imagem profissional e mesmo na imagem corporativa da empresa agir com bom
que representa, é sempre recomendável agir com bom senso e vestir-se senso e vestir-se
com sobriedade e descrição (MARTINEZ, 2001). com sobriedade e
descrição.
143
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Ao concluir sua fala, não gaste menos de três nem mais que dez minutos
nisso, dependendo do discurso. Não peça desculpas por qualquer coisa e
simplesmente agradeça a atenção e se despeça (BRASSI, 2008).
Agora é deixar que suas palavras continuem falando por elas mesmas. Tenha
em mente que palavras “soltas ao vento” podem chegar a lugares impensados e
trazer resultados além dos esperados. Por isso, quem fala para muitas pessoas
tem de ter responsabilidade pelo que diz. Pense nisso.
144
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Muito bem, prezado acadêmico, terminamos o Capítulo 3 e concluímos
também o nosso curso de Comunicação Empresarial, Cerimonial e Eventos.
Parabéns!
Ainda naquele capítulo nós estudamos um pouco sobre o papel das mídias
digitais neste contexto e entendemos como a comunicação institucional junto ao
público externo pode ser um diferencial competitivo de negócio, sempre de forma
ética e responsável, principalmente em face das novas mídias.
Nesse último capítulo, nós vimos conceitos básicos da arte da oratória e sua
importância na comunicação de negócios, apresentando os principais elementos
da retórica, bem como recomendações práticas sobre como vencer o medo de
falar em público.
145
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
Até a próxima!
REFERÊNCIAS
ABUCHAIM, C.; PEREIRA, M. de L. S. Protagonismo oratório. In: FERREIRA, L.
A. (Org.). Artimanhas do dizer: retórica, oratória e eloquência. São Paulo: Edgar
Blücher, 2017.
BOYLAN, B. What´s your point? The 3-step method for making effective
presentations. Carbondale: Point Publications, 2008.
146
Capítulo 3 Retórica Verbovisual E Eventos
ROAM, D. Show and tell: how everybody can make extraordinary presentations.
New York: Portfolio/Penguin Group, 2014. Edição Kindle.
147
Comunicação empresarial, cerimonial e eventos
148