Indicadores
Indicadores
Yumara Lúcia Vasconcelos
Orçamento e Indicadores
Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-85-387-2874-0
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Yumara Lúcia Vasconcelos
2.ª edição
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© 2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito
dos autores e do detentor dos direitos autorais.
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___________________________________________________________________________
V451o
Inclui bibliograia
ISBN 978-85-387-2874-0
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Yumara Lúcia Vasconcelos
Doutora em Administração pela Universidade Federal
da Bahia (UFBA). Mestre em Contabilidade pela Fundação
Visconde de Cairu (FVC). Graduada em Ciências Contábeis
pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Escritora
e diretora acadêmica de empresas com sólida experiência
em Educação a Distância.
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Sumário
O processo orçamentário ...................................................................................11
Conceito e benefícios ...............................................................................................................................11
Breve histórico ............................................................................................................................................13
O processo orçamentário .......................................................................................................................16
Alcance do orçamento e objetivos......................................................................................................24
Princípios para elaboração do orçamento .......................................................................................25
Limitações do orçamento .......................................................................................................................27
Classiicação do orçamento ...................................................................................................................29
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Orçamento de resultado ................................................................................. 121
Considerações gerais............................................................................................................................. 121
Fases de elaboração do orçamento de despesas operacionais ............................................. 122
Orçamento de despesas administrativas ....................................................................................... 125
Orçamento de despesas de vendas ................................................................................................. 127
Orçamentos de despesas e receitas inanceiras .......................................................................... 130
Conclusão .................................................................................................................................................. 131
Educação orçamentária:
organizando o processo orçamentário...................................................... 163
Considerações gerais............................................................................................................................. 163
Atitude, comportamento e motivação no processo orçamentário...................................... 166
Participação coletiva no processo orçamentário ........................................................................ 166
O impacto comportamental do controle....................................................................................... 169
Problemas na implementação do processo orçamentário ..................................................... 172
Estruturando o processo orçamentário .......................................................................................... 174
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Indicadores: análise vertical,
horizontal e análise estática de liquidez ................................................... 199
Considerações gerais............................................................................................................................. 199
Análise inanceira ................................................................................................................................... 200
Análise das demonstrações contábeis projetadas ..................................................................... 226
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Apresentação
Este livro aborda a temática Orçamento e Indicadores.
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O sétimo capítulo trata de assuntos fundamentais ao
processo orçamentário: educação e organização do pro-
cesso orçamentário, elementos críticos que podem de-
terminar o sucesso da implementação do orçamento em
uma organização.
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O processo orçamentário
Conceito e benefícios
O orçamento consiste em um documento que relete o planejamento. Sua ex-
pressão é quantitativa, embora contemple itens não inanceiros (a exemplo das unida-
des de medidas). Corresponde a uma extensão do planejamento, pois enquanto esse
explicita a natureza das ações e objetivos, o orçamento as traduz em metas e esforço
inanceiro (valores monetários).
O planejamento, em sentido mais restrito, é o processo que envolve avaliação e tomada de decisões
em cenários prováveis, visando deinir um plano para atingir uma situação futura desejada, com
base nas informações sobre as variáveis ambientais, crenças e valores, missão, modelo de gestão,
estrutura organizacional preestabelecidas e a consciência da responsabilidade social. (MOSIMANN;
FISCH, 1999, p. 44)
Welsch (1983) deine orçamento como um plano da administração para fases dis-
tintas do processo operacional para um futuro determinado. Desta forma, expressa
objetivos, metas, planos de ação, programas, políticas operacionais e estratégicas.
Para Parsloe e Wright (2001, p. 11): “Um orçamento é um plano inanceiro que esta-
belece, de forma mais precisa possível, como se espera que transcorram os negócios de
um departamento ou de uma empresa, geralmente num prazo mínimo de um ano”.
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Para Sá e Moraes (2005), o orçamento expressa o planejamento estratégico em
números, compatibilizando as diferentes políticas pulsantes em uma organização (de
concessão de crédito a clientes, de reposição de estoques, de imobilização, de inancia-
mento, de pagamento de dividendos etc.).
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O orçamento auxilia o gestor no sentido de orientar as ações e esforços dos líderes das áreas em
uma organização. Cria um ambiente de comprometimento com a missão e objetivos da empresa e o
hábito de realizar estudos prospectivos, examinando os fatores que possam vir a afetar ou inluenciar
o processo decisório. Serve ainda como referência para avaliação de desempenho.” (VASCONCELOS
et al., 2004, p. 58)
Breve histórico
A necessidade de orçar recursos não é recente. Sua origem é tão antiga quanto a
própria humanidade, visto que o homem primitivo previa suas necessidades visando à
sobrevivência no inverno.
A origem da palavra orçamento deve-se aos antigos romanos, que usavam uma bolsa de tecido
chamada de “iscus” para coletar os impostos. Posteriormente, a palavra foi também utilizada para
as bolsas da tesouraria e também para os funcionários que as usavam. No início da Idade Média, a
tesouraria do Reino Unido era conhecida como “isc”. (LUNKES, 2003, p. 35)
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me, aplicado em todos os departamentos do governo. Na época, foi determinado um
período iscal de referência e regras para a prestação de contas. Também foi estabeleci-
do um programa de auditoria e a reversão de recursos não empregados ou alocados.
Segundo Ching (2006, p. 157) orçamento “é uma ferramenta que ajuda os gesto-
res, sejam empresas ou órgãos do governo, sejam empresas privadas, em suas funções
de planejamento e controle, na previsão dos resultados operacionais e nas condições
inanceiras”.
O processo orçamentário
Na primeira fase o orçamento empresarial era o foco. A ênfase era projetar resultados
para atender às necessidades operacionais e gerar lucro e posteriormente controlá-los.
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Na segunda fase, o orçamento contínuo ganhou relevo. O orçamento contínuo atri-
bui ênfase ao processo de revisão contínua dos números orçados, substituindo-se dados
do período recentemente indado por dados projetados para o próximo período.
A quinta fase foi marcada pelo orçamento por atividades, que consiste na pro-
jeção dos recursos demandados nas atividades, baseando-se em direcionadores do
comportamento de custos.
Fase 4: Orçamento
Flexível
Ênfase nos custos.
Fase 6: Orçamento
Perpétuo
Ênfase nas projeções basea-
das nas relações de causa e
efeito dos processos.
Figura 1 – Desenvolvimento do orçamento no Brasil.
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É importante ressaltar que a relação de tipos de orçamento não é exaustiva. As
metodologias acompanham as tendências e necessidades gerenciais.
O processo orçamentário
Preliminarmente à elaboração do orçamento é importante deinir o período orça-
mentário. As organizações são livres para preparar orçamentos em diferentes períodos,
todavia é importante associar o instrumento às necessidades de suporte ao processo
decisório. Alguns orçamentos alcançam cinco, dez anos (orçamentos de longo prazo).
Os orçamentos de curto prazo podem ter abrangência de um mês, ou até mesmo de
um trimestre.
Os autores completam:
Estabelecer metas especíicas para futuras operações faz parte da função administrativa do
planejamento, enquanto as ações executadas para atingi-las faz parte da função administrativa de
direção. Comparar, periodicamente, os resultados reais com as metas e tomar medidas apropriadas
faz parte da função administrativa de controle. (WARREN et al., 2001, p. 179)
tadas).
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O orçamento, como se vê, é um documento muito abrangente que contém
enfoques individuais, especíicos (módulos orçamentários).
Orçamento-Mestre
Módulos Orçamentários
Orçamento de vendas
Demonstrações contábeis
Orçamento de produção projetadas
Orçamento de resultado etc.
Orçamento de produção
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Essa inter-relação é explicada pela complexidade natural de muitas das ações or-
ganizacionais, envolvendo geralmente diferentes áreas.
Cada organização tem a liberdade de criar sua própria metodologia, segundo suas
peculiaridades, e deinir o estilo de participação mais apropriado para o êxito do progra-
ma orçamentário.
O ponto fundamental é que o orçamento deve estar totalmente integrado com a cultura empresarial.
As organizações desenvolvem um conjunto de valores, princípios, regras e procedimentos ambientais
que formam sua cultura especíica, pela qual os gestores, desde a sua entrada na organização, devem
parametrizar seu comportamento proissional, sob pena de terem seu desempenho comprometido.
(PADOVEZE, 2005, p. 34)
A distribuição das etapas nos roteiros também depende da equipe que conduzirá
o processo, se interna ou externa. Vasconcelos et al. (2004, p. 59) apresentou cinco fases
para elaboração do orçamento, admitindo-se que o processo fosse conduzido por um
elemento externo à organização (consultores).
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Etapa 1 – Reconhecimento do clima organizacional e diagnóstico da realidade econômico-
-inanceira:
a. realização de visitas para entendimento do ciclo operacional e realidades funcionais;
b. compreensão da missão, objetivos da empresa e estratégia;
c. identiicação da ênfase desejada para o planejamento e controle;
d. conhecimento da expectativa dos gestores;
e. descrição da estrutura de controle existente;
f. percepção da cultura organizacional;
g. reconhecimento da posição de mercado atual e esperada assim como da estratégia cor-
porativa;
h. projeção de cenário.
Estas informações são obtidas, em geral, nas visitas iniciais, onde o consultor deve escutar mais
e expressar menos sua opinião.
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Diagnóstico da realidade
Apanhamento
da realidade
Formalização do diagnóstico
e consolidação de orientações
para elaboração do orçamento
Intervenções
(ajustes imediatos)
Revisão
do planejamento
Novos ajustes
Deinição de diretrizes
orçamentárias
Elaboração do orçamento
propriamente dito e implantação
(mobilização efetiva de esforços)
Avaliação e ajuste
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A análise externa corresponde ao estudo do ambiente externo, como o próprio
nome sugere. Permite a identiicação de riscos, ameaças, oportunidades atuais e fu-
turas. Responde a seguinte questão: quais as variáveis que afetam o desenvolvimento
organizacional no que se refere à concretização dos objetivos a que se propõe?
27. Cada vez mais o serviço pós-venda é reconhecido como parte integrante da cadeia de valor. De
que maneira são incluídos no orçamento?
28. Os orçamentos devem contemplar os serviços pós-venda?
29. As atividades pós-venda conseguem aumentar a lealdade dos clientes? Qual a experiência vi-
venciada pela empresa?
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30. É mais barato manter do que conquistar um cliente?
31. Cada vez mais é importante considerar o ciclo de vida do produto na realização do orçamento.
Como isso é contemplado pelo sistema orçamentário da empresa?
32. Descreva o ciclo de vida do produto carro-chefe.
33. O que sugere para melhorar hoje a prática orçamentária da empresa no que diz respeito ao
operacional e ao aspecto cultural da empresa?
Atributo A B C D E
Crescimento do setor
Expansão da carteira de clientes
Velocidade de obsolescência do(s) produto(s)
Velocidade da inovação tecnológica
Nível de ameaça ao crescimento ou rentabilidade
Nível de oportunidade de crescimento ou rentabilidade
Perspectiva global
A = Excelente B = Muito bom C = Bom D = Regular E = Ruim
é a sétima etapa.
“Previsão – estudo prévio das alternativas de ação administrativa e das suas pos-
sibilidades de realização em função das previsões referentes a mais provável evolução
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de determinadas condições internas e externas à empresa e que afetam o seu desem-
penho” (PASSARELLI; BOMFIM, 2004, p. 13).
Coordenação: assegurar que as despesas necessárias, das diferentes partes da empresa, somem
um total que esta possa pagar, e que esses recursos inanceiros sejam alocados nos departamen-
tos de uma maneira consistente, sem que um deles tenha precedentes sobre os outros;
Comunicação: assegurar que todas as divisões da empresa estejam cientes de suas metas i-
nanceiras e dos recursos que poderão utilizar para atingir essas metas. A comunicação é uma
via de mão dupla. O processo orçamentário também fornece um meio dos departamentos e
funcionários expressarem suas necessidades à administração da empresa, principalmente na
época anual de execução do orçamento, mas, também em outros períodos;
Comparação: assegurar que os resultados reais sejam avaliados regularmente, tendo-se em vista as
metas orçamentárias, de modo que a empresa tenha conhecimentos detalhados do progresso al-
cançado e de quaisquer problemas que possam estar surgindo. (PARSLOE; WRIGHT, 2001, p. 11-12)
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a trajetória necessária para cumprimento dos objetivos e estratégias assim
como o provimento dos recursos demandados para eicácia;
Para Passarelli e Bomim (2004, p. 12): “[...] não há, praticamente, ramo de ativida-
de ao qual o Controle Orçamentário não possa trazer uma contribuição positiva em
termos administrativos”.
Os autores ressaltam:
O Controle Orçamentário constitui, portanto, uma técnica tendente a ser aplicada a praticamente
100% dos empreendimentos bem-sucedidos em todo o mundo, sejam quais forem o porte
(pequeno, médio ou grande) e a natureza (privada, estatal ou ilantrópica) desses empreendimentos.
O processo orçamentário
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formar benchmark para condução das ações;
Ao oferecer benchmarks (padrões ideais para comparar e monitorar atividades concretas), constituem
uma forma coniável de analisar o real desempenho da organização. Representam, assim, um modo
de gerar informações para que a empresa possa aferir o andamento de suas atividades e deinir
como adaptar-se aos planos traçados. (BROOKSON, 2000, p. 7)
Função de motivação
Função de integração
Função informativa
ou de reporte
Função de autorização
e controle
Função de produtividade
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As metas ixadas devem ser coerentes com a capacidade da empresa: desaiado-
ras, mas alcançáveis.
Cúpula diretiva
Base operacional
Limitações do orçamento
Apesar de o orçamento mostrar-se importante para a gestão inanceira das orga-
nizações, tem-se veriicado algumas críticas:
Padoveze (2005) coloca que, parte das críticas, pelo menos as mais fortes, tem
origem numa instituição denominada de Beyond Budgeting Round Table (BBRT).
Fraser e Hope (2001, apud PADOVEZE, 2005, p. 34) apresentaram dados interes-
santes oriundos de pesquisas promovidas acerca do tema:
em 1998, 88% dos diretores inanceiros das principais empresas europeias disseram que esta-
vam insatisfeitos com o modelo orçamentário;
muitas empresas gastam mais com orçamento e menos com estratégias: 78% não mudam seus
orçamentos no ciclo iscal; 60% não vinculam estratégia com o plano orçamentário; 85% das
equipes gerenciais gastam menos de uma hora por mês discutindo estratégia;
estudos da KPMG mostraram que orçamentos ineicientes roubam 20% a 30% do tempo dos
executivos, seniores e administradores inanceiros; 20% do tempo dos administradores é
tomado pelo processo orçamentário e relatório de variações.
Com base na análise dos pontos apresentados questionamos: qual a origem das
insatisfações relatadas?
O processo orçamentário
Para esses autores, que acreditam que as organizações deveriam viver sem orça-
mento, a insatisfação deve-se às seguintes razões:
os mecanismos do processo orçamentário são ineicientes;
os orçamentos são preparados de forma isolada, não alinhada com metas e objetivos estratégicos;
o foco é exclusivamente inanceiro, não incorporando outras medidas de avaliação de desem-
penho não inanceiras;
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o horizonte de tempo do orçamento não é vinculado ao ritmo dos negócios – longos horizontes
em setores que mudam rapidamente e horizontes curtos em setores relativamente estáveis;
as informações do desempenho corrente não são acessíveis facilmente;
os administradores tendem a jogar com os planos e manejá-los;
as metas dos funcionários e o processo de avaliação de desempenho não são vinculados aos
objetivos do negócio. (PADOVEZE, 2005, p. 34)
Bourne e Neely (2002, apud PADOVEZE, 2005) destacam os seguintes pontos rela-
O processo orçamentário
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pouca ênfase na estratégia;
Classiicação do orçamento
Existem classiicações distintas para o orçamento, todavia uma, em meu entendi-
mento, se destaca. Reiro-me àquela que divide o orçamento em global (master bud-
O processo orçamentário
gets) e parciais (sub budgets). O orçamento global resume todos os orçamentos das
unidades funcionais. Os orçamentos parciais são aqueles feitos para as áreas, a exem-
plo do orçamento de matéria-prima, orçamento de mão de obra, de vendas.
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Orçamento de vendas.
Orçamento de produção:
orçamento de matéria-prima:
orçamento de compras;
Orçamento de investimento.
Orçamento de resultado.
Orçamento de caixa.
Os orçamentos podem ser preparados uma ou duas vezes por ano, sendo raro
ser elaborado quatro vezes por ano. Depois de concluídos, os números orçados per-
manecem estáticos até a conclusão do período de sua vigência. A prática desse orça-
O processo orçamentário
mento requer segurança na previsão. Como nem todos os negócios têm condições
de prever com segurança, para esses empreendimentos o orçamento periódico não
deve ser aplicado.
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“O orçamento contínuo representa o processo orçamentário que pressupõe um
período especíico, normalmente de um ano, no qual à medida que passa um mês ou
outro período, apaga-se esse dado e incrementa-se um novo mês ou período orçado
em seu lugar” (FERNANDES, 2005, p. 21).
Texto complementar
Tipos de orçamento
(VASCONCELOS, 2008a)
1 – Identiicar seus objetivos a longo prazo e suas metas a curto prazo e ser especíicas no esta-
belecimento de metas e na avaliação do desempenho relativo a elas.
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O orçamento tem o objetivo de antecipar desempenhos (resultados) dentro de
um determinado intervalo de tempo.
[...] podemos considerar que o orçamento é um plano administrativo-inanceiro que cobre
todas as fases operacionais por um período determinado, ou seja, é uma expressão formal das
diretrizes, políticas, planos e metas estabelecidas pela alta direção de uma empresa, buscando
quantiicar e valorizar tais operações, tanto sobre o aspecto global, quanto sobre as diversas
divisões e setores das organizações. (FERNANDES, 2005, p. 18)
Expectativa Processo
de desempenho orçamentário
Avaliação
Controle de desempenho
Figura 1 – O processo orçamentário.
orçamento contínuo;
orçamento incremental;
orçamento perpétuo;
O processo orçamentário
orçamento estático;
orçamento lexível;
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No orçamento contínuo (rolling budgeting) à medida que o mês passa (ou
qualquer subperíodo orçamentário) o dado é apagado, lançando-se um novo dado
orçado em seu lugar. Por exemplo, digamos que você orçou um saldo para o mês de
março de 200X. Ao término do referido mês, o dado orçado será excluído, acrescen-
tando-se o orçamento do mês de março para o próximo subperíodo (200X1).
Por essa metodologia, os itens são orçados com base em prioridade e real
necessidade.
ada nas relações de causa e efeito entre os diversos processos, identiicando as inter-
-relações entre as atividades da empresa e deinindo como elas inluenciam na expec-
tativa de resultado inal de suas operações” (FERNANDES, 2005, p. 21).
O orçamento por atividade toma por base uma estrutura de custeio baseado
em atividades.
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O orçamento estático é o mais comum. A partir de um volume determinado,
os valores são orçados. Uma vez orçados, os dados não são mais alterados, o que
pode diicultar o processo de acompanhamento e avaliação de desempenho.
Atividades
1. Conceitue orçamento.
O processo orçamentário
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2. Identiique as quatro subetapas do processo orçamentário, admitindo-o como
extensão do planejamento.
O processo orçamentário
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Referências
CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão
de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
WARREN, Carl S. et al. Contabilidade Geral. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2001.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade Gerencial. São Paulo:
Pioneira, 2001.
SÁ, Carlos Alexandre; MORAES, José Rabello. O Orçamento Estratégico: uma visão. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2005.
O processo orçamentário
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Gabarito
2.
3.
4.
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Orçamento de vendas e previsão
Considerações gerais
O orçamento de vendas é o primeiro módulo orçamentário, servindo de base
para a elaboração dos demais (orçamento de produção, orçamento de resultado, or-
çamento de inanciamentos e orçamento de investimentos). Representa o ponto de
partida do processo orçamentário porque comunica aos gestores informações sobre o
comportamento da demanda (fator limitante).
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É o caso, por exemplo, quando a demanda é superior à capacidade da planta e
esta possui condições restritivas.
Em uma empresa comercial, o orçamento de vendas deinirá a natureza, a qualidade e a quantidade
das mercadorias a serem adquiridas para futura comercialização; identicamente, numa empresa
industrial, a natureza, a qualidade e a quantidade dos bens a serem produzidos serão também
deinidas a partir da estimativa de vendas. Na falta de tal estimativa, todos os demais setores da
empresa, sejam eles de comercialização, compras, produtivos ou, simplesmente, administrativos,
ver-se-ão impossibilitados de programarem as atividades futuras, estando, por consequência,
reduzidos à mais absoluta e perigosa improvisação. (PASSARELLI; BOMFIM, 2004, p. 51)
Perspectiva de demanda
Orçamento de vendas e previsão
Programação de vendas
Disponibilidade inanceira
Capacidade produtiva
Terceirizar
Figura 1 – Decisão de programar vendas.
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Algumas respostas devem ser obtidas: quem é o público-alvo (peril)? O que se
espera do produto (bem ou serviço)? Qual sua posição em seu ciclo de vida? Quem são
os concorrentes e o que oferecem? Quais os preços praticados? Qual a renda média do
público-alvo? Qual a capacidade produtiva da empresa? Qual o mercado total e poten-
cial? Quais as restrições de capacidade produtiva? Qual o esforço de vendas necessário
para atingir o mercado? E o esforço inanceiro decorrente? Qual o peril da equipe de
vendas? Quais as restrições internas e externas de vendas? Essa relação de perguntas
certamente não é exaustiva.
Restrições internas
Todas as organizações possuem restrições internas. São exemplos destas:
estrutura de vendas;
tipo de concorrência.
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Quanto melhor a qualidade da estrutura gerencial e logística maior a expectativa
de vendas.
e médias empresas convive periodicamente com esta situação. Os preços são deinidos com o
intuito de fazer caixa para pagar compromissos vencidos ou vincendos, sem qualquer abordagem
mercadológica adicional. (ASSEF, 2002, p. 20)
A posição de maximização dos lucros tem como objetivo principal produzir mar-
gens elevadas. Os preços são deinidos com base nesta diretriz.
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Pode-se airmar, neste caso, que a demanda é praticamente inelástica, pouco im-
portando o preço ixado, uma vez que existem outros direcionadores de procura.
“Os preços fazem parte do composto de marketing, como um dos 4Ps. Nenhuma
estratégia empresarial pode prescindir de uma política de preço que deve ser harmôni-
ca com os demais Ps: produto, propaganda e distribuição (place)” (ASSEF, 2002, p. 11).
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modismo;
O preço de venda não toma por base apenas variáveis internas, a exemplo dos
custos e margem de lucro desejada pelos acionistas. Em muitas realidades organiza-
cionais, essas informações constituem apenas referências limítrofes.
Deve ainda ser contemplada na análise, a fase do ciclo de vida em que o produto
se encontra, conforme veremos a seguir.
Na fase introdução os preços são ixados com o propósito de recuperar (por meio
da margem) os investimentos feitos. Portanto, os preços dos produtos nessa fase são
elevados, comparativamente às demais fases.
Orçamento de vendas e previsão
44
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ditado pelo surgimento de produtos concorrentes, similares ou substitutos com preços
mais competitivos e pelo próprio movimento de ocupação e saturação do mercado.
A fase de maturidade é marcada por uma estabilidade relativa nos preços. Essa
fase é transitória porque o preço tende a cair por diversos fatores: saturação de merca-
do, entrada de novos concorrentes, pressão dos competidores praticando preços mais
baixos (atraentes).
Nesta fase, os volumes de vendas são mais constantes e atingem os maiores patamares históricos.
É o período de maior lucratividade para a empresa, pois os investimentos no desenvolvimento
do produto são mínimos, eventualmente de layout, e os preços já atingiram o patamar máximo
permitido pelo mercado, tendendo a declinar em face da concorrência. (ASSEF, 1997, p. 6)
Fase Características
Margem elevada;
vendas tímidas;
Introdução retorno pouco signiicativo ou zero;
poucos participantes no mercado;
altos gastos com promoção.
45
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Fase Características
Margem média;
maior volume de vendas (em crescimento);
Os bens duráveis são aqueles que possuem vida útil longa (máquinas, equi-
pamentos, veículos etc.) e os bens não duráveis (roupas e alimentos) aqueles que
Orçamento de vendas e previsão
Restrições externas
São exemplos de restrições externas: o tipo de mercado, oferta de mão de obra
e disponibilidade de matéria-prima.
46
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É importante caracterizar o tipo de mercado a que pertence o produto. São quatro
os tipos de mercado: concorrência perfeita, concorrência monopolista, concorrência
oligopolista e monopólios.
A segunda etapa é a de previsão das vendas, cujas técnicas estão cada vez mais
soisticadas.
47
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As técnicas qualitativas tomam por base a experiência e conhecimento do previsor.
São recomendadas quando inexistem dados sobre o desempenho histórico das vendas.
Apanhamento
das restrições
Previsão
Análise
das previsões
Preparo do orçamento
(propriamente dito)
Análise
orçamentária
48
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Técnicas de previsão
Nas técnicas de previsão qualitativa de demanda, o conhecimento e o julgamento
dos analistas são de fundamental importância. Suas aplicações são, muitas vezes, mo-
tivadas por situações especíicas:
Para que o método possa efetivamente atingir seu objetivo, os questionários devem ser bem
elaborados. Cada questão deve vir acompanhada com um resumo das principais informações do
tema em questão, de forma a estruturar o raciocínio voltado para o planejamento futuro e evitar
vieses de interpretações pessoais. (LEONARDO; FERREIRA, 2006, p. 52)
49
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O processo é resumido na igura 3.
Problematização
Seleção de especialistas
Elaboração do questionário
Consenso?
Não
Nova rodada
Sim
Finalização do relatório
50
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A desvantagem principal é que se trata de um processo lento e trabalhoso que
tem como pontos críticos a escolha dos especialistas e seu engajamento.
Por meio desse método criam-se diferentes alternativas de contexto, que podem,
igualmente, se concretizar.
Como se percebe, por meio da aplicação desse método, as variáveis mais impac-
tantes são sinalizadas. Como desvantagem do método, salienta-se a existência de vari-
áveis intervenientes que icam fora do processo e que podem provocar surpresas.
51
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As técnicas quantitativas tomam por referência o estudo de séries temporais
(dados obtidos em diferentes períodos) e modelos que relacionam causa e efeito, a
exemplo da técnica de regressão linear múltipla.
As previsões assumem posição de relevo porque é com base nelas que são dei-
nidas contratações de proissionais da área de vendas, nível ótimo de estocagem, cro-
nogramas de investimentos, enim, é por meio das previsões que o processo logístico
é desenhado em detalhes.
Metas de vendas
As metas de vendas devem ser previstas de forma criteriosa.
opinião de executivos;
opinião de vendedores;
análise da indústria;
Orçamento de vendas e previsão
análise de correção;
pesquisa de mercado.
52
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Opinião de executivos
Por este método é explorada a experiência e ponto de vista dos executivos, mas
o conlito de interesses pode comprometer a análise das informações obtidas.
Opinião de vendedores
Essas opiniões, todavia, devem ser criteriosamente analisadas, pois podem su-
bestimar o desempenho real de vendas com o propósito de facilitar o alcance
de metas (conlito de interesses). Outro fator relevante é o fato de que essas
análises não contemplam o impacto de variáveis econômicas.
Análise da indústria
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Apuração de tendência de vendas
Pesquisa de mercado
54
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Quadro 2 – Efeitos do orçamento
Estocagem Consequências
Acima da demanda Comprometimento de recursos do giro.
Custos inanceiros elevados.
Abaixo da demanda Perda de clientes.
Insatisfação.
Produto A Produto B
Período Preço de Preço de Preço de Total Preço de venda Total
venda venda venda
Janeiro
(...)
Dezembro
Produto A Produto B
Regiões Período
Preço de Preço de Preço de Preço de
Total Total
venda venda venda venda
Nordeste Janeiro
Norte (...)
(...) Dezembro
55
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Tabela 2b – Modelo de orçamento de vendas para empresas comerciais
Serviço
(descrição)
Custos orçados
Materiais utilizados no serviço
Custo PIS/ Total a ser
Descrição Quantidade Total ICMS IPI
unitário COFINS desembolsado
Mão de obra
Valores retidos
Descrição Remuneração-base INSS patronal Total
IRRF INSS
Total de custos
estimados
Preço do
serviço
Orçamento de vendas e previsão
Faturamento: __________________________________________
Imposto de Contribuição social
PIS COFINS ISS
renda sobre o lucro
56
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Podemos ainda preparar um orçamento com formato mais gerencial, contendo
informações como “caixa previsto”, “mercado” etc.
Tabela 4 – Modelo de orçamento de vendas com informações gerenciais
57
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Análise orçamentária
A análise do orçamento de vendas permite ao gestor:
ganhar uma visão objetiva do mercado por meio de estimativas por área geo-
gráica ou produto;
A análise orçamentária toma por base sempre a diferença entre desempenho real
e orçado. Quanto melhores os mecanismos de acompanhamento do desempenho,
mais produtivo e eicaz será o orçamento.
Desempenho Desempenho
orçado real
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Texto complementar
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Projetar vendas sem um estudo acurado de mercado é improvisar e colocar em
risco, inclusive, a programação inanceira da entidade.
fuga de clientes;
60
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ção e preço). Como se trata de “opiniões” e essas podem se apresentar carregadas de
emoções, reletindo o estado de espírito dos consultados, deve-se analisá-las cuida-
dosamente. Estes métodos naturalmente apresentam vantagens e podem motivar,
a partir de sua contribuição, a ocorrência de modiicações no próprio produto.
Por outro lado, os vendedores têm uma visão bastante reduzida não só do mercado total como da
conjuntura socioeconômica; isso faz com que eles não relitam, em suas estimativas, as eventuais
mudanças que estejam processando. Além disso, em algumas empresas, os vendedores têm
seus rendimentos associados ao preenchimento das quotas de vendas, e isto gera o risco de
estimativas inferiores a níveis realistas, o que lhes possibilitaria, com um desempenho apenas
medíocre, a obtenção das quotas ixadas. (SANVICENTE; SANTOS, 1983, p. 49)
Estamos falando em risco, não signiica que as opiniões sejam sempre conta-
minadas por interesses pessoais. A contribuição desses proissionais pode ser muito
rica em signiicados.
Os métodos baseados no que se faz são empregados quando não existe base
de dados históricos sobre os produtos. O exemplo clássico é o lançamento de novos
produtos. O produto é inicialmente lançado em pequena escala (piloto) para verii-
cação do desempenho (aceitação por parte do público-alvo). Qual a resposta obtida
Orçamento de vendas e previsão
61
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1. DEFINIÇÃO DO
MERCADO-TESTE
Segmentação:
faixa etária, sexo, 2. AMOSTRAGEM
preferência etc.
Cálculo estatístico.
Tamanho do
mercado. Métodos baseados
no que se faz
Região.
3. LANÇAMENTO DO PRODUTO E
COLETA DE INFORMAÇÕES
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Focar em um único método é colocar a estimativa como refém das limitações
do método escolhido.
observe a concorrência.
Atividades
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2. Por que o orçamento de vendas orienta a elaboração dos demais orçamentos?
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5. Quais as categorias das técnicas de previsão de vendas? Deina cada uma delas.
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Referências
Gabarito
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A segunda etapa é a de previsão das vendas.
6.
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Orçamento de produção
Considerações gerais
A preparação do orçamento de produção tem como função dimensionar os re-
cursos que serão consumidos no processo produtivo, considerando as informações e
orientações apresentadas pelo orçamento de vendas.
Plano de marketing
Orçamento Orçamento
de vendas Ajustes de produção
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Para elaboração do orçamento de produção em seus diferentes componentes
é necessário que as orientações do plano de vendas sejam convertidas em ativida-
des auxiliares, expressas nos demais módulos orçamentários.
Sobre essa questão Welsch (1983, p. 129) adverte: “Os gerentes de vendas geral-
mente são agressivos em seus pedidos de novos produtos e modiicações de produtos
antigos. Poderá haver pressão tanto do setor de vendas quanto do setor de produção
no sentido de manter estoques elevados.”
terceirização de produção;
Decisões tomadas
com base no orçamento de produção
Imagine a seguinte situação: você, executivo de área, recebe como orientação de
mercado produzir 20 000 unidades de seu produto. Ao receber essa informação, ana-
lisa as restrições internas, veriicando que tem condições de produzir apenas 50% da
demanda prevista. O que seria necessário fazer para atender a demanda?
Opção 1: ativar turnos para viabilizar a produção das 10 000 unidades previstas.
Opção 2: terceirizar.
Podemos ainda considerar uma quarta opção que seria não atender ao mercado.
Quanto custa a opção de “ativar turnos”? Quais os relexos dessa ação sobre a
produtividade da equipe? Quantos turnos extras devem ser programados? Estes são
suicientes para produzir a quantidade almejada? Essa opção é de fato viável?
a capacidade ociosa?
Observem que se trata de uma decisão complexa, cuja construção envolve dife-
rentes áreas (recursos humanos, produção, unidade inanceira, contabilidade, unidade
de qualidade).
72
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Uma pré-condição para viabilização das projeções de vendas é a adequação da capacidade produtiva
instalada da planta com o nível de saídas previstas. Se a capacidade existente for inadequada poderão
ser avaliadas as seguintes alternativas: introdução de turnos extras de trabalho, subcontratação de parte
da produção ou locação ou aquisição de novos equipamentos. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 116)
Fases de elaboração
No processo de elaboração do orçamento de produção estima-se a quantidade
de recursos a serem adquiridos (para serem processados) e bens a serem produzidos
ao longo do período orçamentário.
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Passo 3 – analise a posição de mercado e confronte com dados históricos de
desempenho.
subdimensionamento de demanda:
Orçamento de produção
74
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perda de credibilidade;
insatisfação.
superdimensionamento de demanda:
giro lento;
75
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Em algumas realidades, por exemplo, a primeira etapa do processo é o estabele-
cimento de políticas relativas ao nível de estoques, ou seja, a determinação da quanti-
dade total de cada item a ser fabricado no período (Figura 3).
Estabelecimento de políticas
Levantamento de custo
Avaliação
Ajustes
Acompanhamento
Ajustes
Orçamento de produção
76
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Os roteiros de elaboração podem variar de forma signiicativa entre as organi-
zações, mas algumas orientações são importantes: deinição de políticas relevantes à
área (se não existirem), análise do orçamento de vendas, análise das restrições, levanta-
mento do custo e preparo da primeira versão. Após essa primeira versão o documento
é avaliado diversas vezes, ensejando ajustes, até que seja aprovado pela cúpula dire-
tiva. Estas são linhas gerais, portanto, podem conduzir a novos procedimentos dentro
de cada fase.
dimensionamento de metas;
Orçamento de produção
Produtos acabados
Estrutura
Orçamento de produção
78
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O custo da produção é avaliado após a quantiicação da produção para cada ca-
tegoria de produto.
Tabela 1 – Orçamento de produção (resumo)
Custo adicional
em turno extra
Custo total do
Descrição dos
em condições
Carga horária
pelo trabalho
Salário-base
contratação
empregado
empregado
Regime de
Encargos
Custo do
patronal
normais
sociais
cargos
INSS
Orçamento de custos
São diferentes as modalidades de orçamentos de custos. O mais conhecido é o
orçamento de matéria-prima.
79
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possibilitar a projeção de recursos inanceiros requeridos para que as orienta-
ções da produção sejam executadas.
O orçamento de custos indiretos compreende aqueles gastos que não podem ser
identiicados individualmente ao produto, porque são compartilhados entre os diver-
sos produtos.
Orçamento de produção
80
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Essas características também impõem diiculdades à elaboração do orçamento
de custos quando este é segregado por produto, demandando a utilização de algum
critério de rateio ou rastreamento.
Todos os custos indiretos são apropriados aos produtos por meio de estimativas,
rateios ou previsões acerca do comportamento dos custos. Todas as alternativas de
alocação ou distribuição de custos possuem maior ou menor grau de subjetividade. Os
critérios são referenciais. A arbitrariedade sempre estará presente em alocações dessa
natureza, sendo que, às vezes, ocorrerá em níveis aceitáveis e em outras, em níveis dis-
crepantes, que só aceitaremos por não existir alternativas melhores (MARTINS, 2001).
políticas de estocagem;
restrições de produção;
natureza do produto;
Orçamento de produção
capacidade da planta;
nível de ociosidade.
81
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Não é recomendável planejar uma produção sem estudar minuciosamente os fa-
tores citados. Ainal, o orçamento de produção é produto de convergência das estraté-
gias empresariais, aspectos relacionados à estrutura organizacional, incluindo logística
(interna e externa) e integração com os mercados, fornecedor e cliente.
Texto complementar
Orçamento de produção
(VASCONCELOS, 2008c)
Orçamento Orçamento
de vendas de produção
política de estocagem;
Orçamento de produção
estudo de demanda;
82
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O estudo de demanda é útil até mesmo para revisão da política de gestão
de estoques.
Matéria-prima
torna-se facilitada a análise e a tomada de decisão sobre a adequação dos estoques, cujas
quantidades devem ser ixadas com base em políticas de estocagem previamente deinidas.
(MOREIRA, 2002, p. 69)
83
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Mão de obra direta
O orçamento de mão de obra direta (MOD) tem por objetivo ixar, por pro-
dutos, departamentos e períodos, a quantidade de horas de mão de obra
direta e os custos respectivos, demandados para que a produção aconteça.
Produção terceirizada
Produção viabilizada pela
ativação de turnos extras,
conforme escala
1
Acima da capacidade produtiva.
84
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Descrição Quantidade Custo unitário
Expansão da capacidade
produtiva
Perdas previstas
Atividades
Orçamento de produção
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3. Por que o executivo da área de produção deve ser o proissional responsável
pela elaboração do orçamento de produção?
86
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Referências
CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão
de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
Gabarito
Considerações gerais
O orçamento de investimentos apresenta as intenções de investimentos da admi-
nistração. Na verdade, prevê tanto o aumento como a redução de capacidade produti-
va (instalações, máquinas, equipamentos etc.). Compreende aplicações que oferecem
retorno por um período prolongado de tempo.
Para Ching (2006, p. 165) o plano de investimento “[...] consiste na etapa em que
as decisões de investimentos são consolidadas. Como esses projetos envolvem hori-
zontes de tempo superiores a um ano, esse plano decorre de um processo de planeja-
mento a longo prazo, em vez de se restringir apenas ao ciclo operacional de um ano.”
89
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pósito a melhoria ou reposição de capacidade de produção ou prestação de serviço
(SANVICENTE; SANTOS, 1983).
Orientação
Orçamento Orçamento de
de produção Ajustes investimentos
90
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O ativo imobilizado compreende o conjunto de bens e direitos alocados para
suporte às atividades organizacionais. Esses ativos possuem longa vida útil, propor-
cionando benefícios duradouros.
Discussão e ajustes.
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Para Sanvicente e Santos (1983, p. 131) “[...] a elaboração do orçamento de capital
pode ser dividida em dois estágios: a preparação de orçamentos preliminares pelos
subordinados e outros níveis e a revisão dos orçamentos preliminares e preparação de
um orçamento inal por um comitê de orçamento de alto nível.”
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O orçamento de investimentos não é preparado isoladamente, pois afeta a ela-
boração de outros módulos orçamentários (de resultado e de caixa). As restrições de
caixa e a saúde inanceira da entidade limitam as possibilidades de inanciamento de
projetos de investimentos.
Os planos de investimentos devem ser compatíveis com a posição de caixa e com as considerações
inanceiras criadas. Tanto a programação dos investimentos quanto o volume de fundos a serem
aplicados em imobilizado envolvem importantes decisões em termos de política empresarial.
(WELSCH, 1983, p. 233)
Orçamento
de investimentos
Orçamento de
Orçamento de caixa
Resultado (despesas)
93
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Tabela 1 – Modelo 1
Mês:______
Itens de Saldo
Taxa de Parcela de Saldo inal
investimento inicial
depreciação depreciação
Tabela 2 – Modelo 2
Mês:______
Itens de Vinculação a Saldo Saldo
investimento projeto inicial Taxa de Parcela de inal
depreciação depreciação
Tabela 3 – Modelo 3
Parcela Parcela
Data Data Total inancia-
Itens de Valor do estima- inancia-
estima- estima- da por
Projeto investi- investi- da para da da por
para do por capital capital
mento mento de
início término projeto próprio terceiros
Tabela 4 – Modelo 4
vinculação a um projeto;
94
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Políticas de investimentos de capital
As políticas de investimentos de capital norteiam o preparo do orçamento de ca-
pital, pois estas reletem os planos e objetivos de longo prazo.
Para uma organização, o investimento de capital visa gerar luxos futuros de be-
nefícios. Em geral, ao optar por um investimento almeja-se que esse luxo futuro de
benefícios seja traduzido em recursos inanceiros que rentabilizem o projeto.
Para que sua viabilidade seja avaliada, o projeto deve conter as justiicativas inan-
ceiras, estratégicas e tecnológicas para que o investimento seja realizado.
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Quem será o responsável pela execução dessas ações?
Título do projeto.
Informações institucionais1:
core business;
competências;
Orçamento de investimentos
histórico institucional.
1
Na hipótese de o projeto ser apresentado externamente à organização.
96
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Descrição do projeto.
Objetivo geral.
Objetivos especíicos.
Perspectiva de mercado.
Faturamento consolidado dos últimos três anos (no caso de grupo em-
presarial).
Programação inanceira.
Cronograma operacional.
Riscos.
Posição de viabilidade.
Tarefas e atividades.
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Projeto
Atividade
Tarefas
Título do projeto
Dados institucionais
Denominação Razão social
Capital social Distribuição
das quotas
Orçamento de investimentos
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Título do projeto
Dados institucionais
Crenças e valores
Breve histórico
institucional
Posicionamento
no ranking setorial
Representante legal
Descrição do projeto
Objetivo geral
Objetivos
especíicos
Justiicativa
Vinculação
estratégica
Itens de investimento
Relação de itens nacionais a serem adquiridos
Custo Outros custos
Número de Prováveis
ordem
Quantidade Descrição
fornecedores
unitário associados à Total
(média) aquisição
99
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Quadro 5 – Faturamento consolidado nos últimos três anos
Empresas Faturamento
membros Participação
Média
do grupo Ano 1 Ano 2 Ano 3 relativa (%)
econômico
Empresas Faturamento
membros Participação
Média
do grupo Ano 1 Ano 2 Ano 3 relativa (%)
econômico
Total do
Descrição Realizado A realizar Percentual
projeto
USOS
Estudos e projetos
Móveis e utensílios
Máquinas e equipamentos
Instalações
Despesas de importação etc.
FONTES
Recursos próprios
Recursos de terceiros
Linhas de crédito
Período
Tarefas
dades
Ativi-
Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
100
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Com base nas orientações apresentadas, a alta administração pode legitimar ou
condenar um projeto de investimentos.
Preço FOB2
(+) Fretes e seguros
= Preço CIF3
Orçamento de investimentos
2
FOB: condição de venda utilizada em operações de importação e exportação, em que o vendedor se compromete a entregar a mercadoria a bordo do navio
no país de origem, arcando com todas as despesas até esse momento.
3
CIF: condição de venda em que o vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio no país de origem, com todas as despesas pagas, incluindo o frete e o
seguro da carga.
101
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Os projetos de investimento devem apresentar sentido econômico, operacio-
nal e social.
Os caminhos para a elaboração dos projetos são variados. Existem diferentes pro-
postas de roteiros, a depender das especiicidades do projeto (técnicas), do programa
de crédito (linhas, incentivos disponíveis etc.) e inalidades do projeto (criar, expandir,
realocar, incorporar, modernizar).
Quando da elaboração, os aspectos a serem examinados são: (1) administrativos; (2) legais; (3)
contábeis; (4) mercado; (5) tamanho; (6) localização; (7) arquitetura; (8) engenharia; (9) investimentos;
(10) inanciamento; (11) receitas; (12) custos; (13) luxo de caixa; e (14) cronograma físico-inanceiro.
(BRITO, 2003, p. 20)
Quanto mais analíticos os projetos, tanto melhor para sua execução, acompanha-
mento e controle.
102
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É desejável que o preparo do orçamento de investimento seja norteado por po-
líticas de investimentos de capital, assim como é fundamental a criação de padrões
ou critérios para avaliação dos investimentos, reletindo as intenções de médio e
curto prazo.
Método payback.
Método payback
Esse método estima o tempo necessário para que os desembolsos de caixa as-
Orçamento de investimentos
103
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Exemplo:
Cálculo:
A medida pode ainda ser calculada pela relação entre desembolso inicial e re-
torno esperado por ano, ou ainda pela razão entre 100% e a taxa interna de retorno
(VASCONCELOS, 2005).
1.ª Fórmula
104
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Se, por exemplo, um determinado investimento requer um desembolso inicial
de $300.000,00, mas promete um retorno estimado de $50.000,00 por ano, seu pay-
back será de seis anos.
2.ª Fórmula
O método considera que os luxos de caixa terão o mesmo valor ao longo dos
anos, o que torna a análise estática.
atende bem como parâmetro para análise de liquidez, pois quanto maior o
tempo de recuperação dos recursos aplicados, maior tende a ser a liquidez do
projeto.
Apesar das limitações, o payback é uma medida muito popular pela simplicidade
de cálculo e pela perspectiva que comunica (tempo para recuperação de investimen-
tos), mas advertimos que o método deve ser empregado apenas como recurso com-
plementar de avaliação de projetos.
105
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A medida expressa a estimativa de ingressos de caixa associados ao projeto de
investimento em análise e os desembolsos relacionados.
Exemplo:
Descrição Valores
Média anual de ingressos líquidos de caixa $40.000,00
Depreciação $10.000,00
Desembolso líquido do investimento $150.000,00
Taxa contábil de retorno 20%
Cálculo:
Para Figueiredo e Caggiano (1997, p. 93): “Este método de avaliar projetos de in-
vestimentos contorna as desvantagens do método de payback, pois tenta calcular a
lucratividade dos vários projetos em estudo. Sua maior desvantagem é que não consi-
dera as mudanças de valor do dinheiro no tempo”.
i = custo de capital;
Exemplo:
A Cia. Delta está avaliando um projeto cuja duração é de quatro anos. Estima-se
uma entrada líquida de caixa de $100.000,00.
Cálculo:
Onde:
Orçamento de investimentos
r = taxa de desconto;
107
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“A Taxa Interna de Retorno (TIR) é deinida como a taxa de desconto que iguala o
valor presente dos ingressos de recursos ao investimento inicial do projeto. Em outras
palavras, é a taxa de desconto que zera o VPL” (GUIMARÃES, 2005, p. 32).
Texto complementar
Orçamento de capital
(VASCONCELOS, 2008d)
Em função do potencial estratégico desses ativos, seu orçamento deve ser ela-
borado de forma criteriosa.
descrição do projeto;
objetivo;
108
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justiicativa;
estudo de viabilidade;
cronograma:
físico;
inanceiro:
exigências inanceiras.
Para apuração das variações, é fundamental que se realize uma auditoria pós-
-implementação da decisão prevista no orçamento de capital.
Elaboração
dos projetos Estimativo de
luxo de caixa
Análise de viabilidade
Orçamento de investimentos
Aprovação
Consolidação do orçamento
109
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A elaboração do orçamento de capital inicia a consolidação das ações de investi-
mentos, atendendo às funções de planejamento, coordenação e controle (Tabela 1).
Tabela 1 – Modelo simpliicado orçamento de capital
Atividades
110
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2. Por que é importante que o orçamento de investimentos seja fundamentado
em projetos?
111
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5. Deina projetos de investimentos.
112
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8. Comente as etapas de elaboração do orçamento de investimentos.
113
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a) 2
b) 0,25
c) 2,5
d) 4
a) Atribui maior importância ao tempo de retorno do que à vida útil dos itens
de investimento.
114
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Referências
CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão
de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
Gabarito
115
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3. Segundo Welsch (1983) os objetivos do orçamento de investimentos são os
seguintes.
vendas em potencial;
lucros em potencial;
116
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O projeto de investimento aborda aspectos técnicos, operacionais, inanceiros
e tecnológicos. Trata-se de um importante elemento do processo decisório,
pois apresenta informações sobre o retorno esperado com a execução de dado
projeto e sua viabilidade efetiva, possibilitando que os gestores possam tomar
decisões mais acertadas sobre em qual projeto investir.
8.
117
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Discussão e ajustes. É uma etapa de consolidação. Os ajustes são consequên-
cias do processo de revisão e novas considerações.
10. D
Solução:
11. A
12. A
13. C
Orçamento de investimentos
118
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Orçamento de resultado
Considerações gerais
O orçamento de resultado é um documento em que são projetados os comporta-
mentos das contas de resultado – receitas, despesas e custos – com base nas orienta-
ções dos orçamentos de produção e investimentos.
Despesas
Gasto
Esforço que implica no
aumento do passivo ou
diminuição de ativos.
Custos
121
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Orçamento de
resultado
Orçamento de vendas
Fases de elaboração do
orçamento de despesas operacionais
A projeção de gastos (especiicamente, as despesas) reporta as expectativas da admi-
nistração em relação ao sacrifício de valores que a empresa arcará para produzir receitas.
122
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cia). Esse estudo pode ser suportado pela aplicação de métodos estatísticos, a
exemplo da regressão linear. (Fase diagnóstica).
As sete fases apresentadas são conduzidas pelos executivos das áreas e submeti-
das posteriormente à aprovação da direção.
hierarquia funcional;
áreas de responsabilidade;
zonas de controle;
itens controláveis;
Centro de Categoria de
Área funcional Descrição Valor (R$)
Orçamento de resultado
custos despesa
1
Sistema de Informações Contábil.
2
O orçamento de despesas toma por base a natureza e comportamento típicos da despesa.
123
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No planejamento das despesas necessárias, a preocupação maior é apresentar os
itens com realismo.
A ênfase, nesta perspectiva, não é a redução, mas sim o controle e a melhor utili-
zação dos recursos.
O planejamento e o controle de despesas devem focalizar sua atenção na relação entre as despesas
e os benefícios (resultados) delas decorrentes. Os benefícios essenciais devem assumir a forma de
objetivos e programas planejados, e recursos suicientes devem ser programados para possibilitar o
apoio exigido. (WELSCH, 1983, p. 172)
As despesas ixas são marcadas pela regularidade. Contém itens que não variam
dentro de determinado nível de atividade e um conjunto de condições (políticas admi-
nistrativas e operacionais).
124
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Tabela 2 – Modelo de orçamento de despesas
125
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Apesar da natureza ixa, as despesas administrativas podem ser controladas por
meio de políticas adequadas e decisões fundamentadas. Um exemplo comum são os
gastos com pessoal, que se atrelados a sólidas políticas de gestão de pessoas e planos
de cargos e salários podem ser mantidos em níveis satisfatórios.
rio nal
126
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A aprovação do orçamento cabe à diretoria administrativa.
127
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Orçamento de
vendas
Comunica o esforço
Comunica os objetivos necessário para
e metas de vendas concretização
dos objetivos
Orçamento de
despesas de vendas
Esse orçamento é afetado pela gestão comercial do negócio, que deve buscar
equilibrar o esforço inanceiro para escoar os produtos (despesas) e receitas, atentando
Orçamento de resultado
128
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Recomenda-se que o esforço de vendas seja estimado considerando as estraté-
gias de vendas, objetivos decorrentes e metas de vendas.
Não é adequado, na elaboração deste orçamento, tomar por base apenas a infor-
mação “quantidade estimada de vendas”. Existe um contexto muito mais amplo a ser
considerado (Figura 4).
Orçamento
de vendas
Plano de promoção
Orçamento de
despesas de vendas
Avaliação da
estrutura logística
Informações adicionais
(custos de aquisição,
reajustes, inlação etc.)
129
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devem ser preparadas pelos gerentes dos centros de responsabilidades e submetidas,
para análise, aprovação e consolidação pela direção. Após aprovação do orçamento de
despesas deve-se avaliar o impacto sobre o luxo de caixa e rotinas de controle.
Os dados podem ser dispostos por período (meses, trimestre, semestre etc.), por
produto, por unidade de resultado, por área geográica ou uma combinação destes
itens, o que torna a peça mais interessante do ponto de vista gerencial, porque enseja
uma articulação melhor de informações.
Tabela 5 – Modelo 1 de orçamento de despesas de vendas
Operação Juros
Itens de receita Valor principal vinculada períodos
Jan. Fev. (...) Dez.
Fase 3 – mapeamento e projeção com base nos dados obtidos na fase anterior.
Conclusão
O orçamento de resultado é fundamental para a efetividade do planejamento i-
Orçamento de resultado
131
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As fases de elaboração dos orçamentos devem ser avaliadas numa perspectiva
mais ampla, pois se enquadram em quatro momentos: diagnóstico das necessidades,
planejamento da implantação do orçamento, implantação e análise/ajustes.
Texto complementar
mais iel possível, o esforço inanceiro das ações rumo à consecução dos objetivos
organizacionais.
132
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Fase 1 – diagnóstico das necessidades especíicas de cada área da organização.
Os roteiros de preparo são variados. As organizações são livres para criar seu
modelo.
Para que o processo orçamentário tenha êxito é importante pensar nas pessoas,
em seu engajamento e comprometimento. O envolvimento das pessoas é um
fator que contribui para o sucesso do processo orçamentário. Algumas técnicas
são recomendadas, a exemplo do brainstorming e realização de workshops.
133
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O proissional responsável pela implementação orçamentária deve fazer
convergir os propósitos das pessoas aos institucionais, compatibilizando in-
teresses e diminuindo conlitos. Naturalmente remanescerão objetivos que
não serão alinhados, mas que não trazem impactos negativos às partes.
“Os conlitos são inerentes a qualquer sistema de gestão que envolve dele-
gação de responsabilidades e liberdade de ação dentro dessas responsabilidades”
(PADOVEZE, 2005, p. 33).
instrumento gerencial.
134
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“[...] como ajudar a atingir as metas da empresa, aferir desempenhos, forne-
cer dados para o reconhecimento do trabalho dos gerentes e dos departamentos, e
ainda motivar os funcionários”(BROOKSON, 2000, p. 20).
notas orçamentárias;
cronograma;
anexo:
organograma institucional;
dados de mercado;
revisões etc.
As expressões técnicas são importantes, mas não as empregue sem uma expli-
cação preliminar. Adote parágrafos curtos.
Orçamento de resultado
Quando o orçamento não é imposto como uma atividade anual e sim como
consequência de uma construção coletiva e continuada, os resultados tendem a
ser melhores.
135
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Atividades
136
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3. Por que o orçamento de despesa de vendas deve ser preparado simultanea-
mente com o orçamento de vendas?
Orçamento de resultado
137
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5. Quais as etapas de preparo do orçamento de despesas operacionais?
138
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Referências
Gabarito
139
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Fase 4 – confronto do estudo feito na fase anterior com as orientações dos or-
çamentos de vendas, produção e investimentos (impacto dos planos sobre o
resultado econômico da empresa).
140
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Orçamento de caixa
Considerações gerais
O orçamento de caixa prevê os ingressos e saídas de caixa e o saldo inal desse
luxo.
O “caixa”, que consiste em recursos livres para movimentação, é vital para a so-
brevivência das empresas. Entende-se por caixa, não exclusivamente os recursos des-
tinados a gastos de pequena monta, mas sim todos os recursos inanceiros livres para
movimentação da entidade.
O vocábulo CAIXA, em sentido restrito, refere-se apenas ao numerário existente nas dependências
da empresa (entendendo-se como numerário o dinheiro e os cheques recebidos que estiverem
liberados para depósito imediato). Nesse orçamento, porém, o vocábulo CAIXA é empregado em
acepção mais ampla, abrangendo também os saldos bancários de livre movimentação, incluindo o
numerário em trânsito entre diversas agências. (SOBANSKI, 1992, p. 63)
143
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O orçamento de caixa é, geralmente, o último módulo a ser preparado porque
sobre ele convergem todas as necessidades inanceiras e de viabilidade das opera-
ções e estratégias da organização. Utilizamos a expressão “geralmente” porque em
alguns casos, após o orçamento de caixa prepara-se o orçamento de inanciamentos
para responder aos momentos em que o suprimento de caixa se izer necessário (in-
gressos< desembolsos).
Segundo Santos (2001, p. 60): “Para o luxo de caixa mensal, uma variação de até
10% entre os valores previstos e realizados é considerada satisfatória. Já no caso de
luxo de caixa trimestral, semestral ou anual, uma margem de variação de até 15% é
aceitável.”
Orçamentos
Orçamento de caixa
parciais
Orçamento
Orçamento de caixa
global
144
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O preparo do orçamento não é um processo isolado.
Por isso o orçamento global não pode ser visto como um “produto acabado”,
pois está sujeito a revisões e ajustes. Os valores orçados constituem uma referência
dinâmica.
Vale ressaltar porém, que o caixa não gera lucro, mas assegura a continuidade do
Orçamento de caixa
145
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Manter elevados saldos em caixa pode signiicar indecisão quanto à aplicação de re-
cursos e ociosidade, podendo redundar em perda de oportunidades de vendas pelo fato
de o giro (movimento de entrada e saída de caixa) estar descoberto. O caixa vitaliza as ope-
rações de giro, ou seja, permite que compras sejam realizadas, despesas pagas etc. O nível
ótimo de caixa é função das necessidades do giro e da dinâmica inanceira da empresa.
Níveis de caixa e a
divergência entre valores reais e orçados
Orçamento de caixa
146
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O nível ótimo de caixa depende das circunstâncias e do próprio ciclo de geração
de caixa (giro).
Devem ser analisados os seguintes fatores para a deinição do nível ótimo de caixa:
sazonalidade:
para alguns negócios, existem estações bem deinidas nas quais se veriica
“baixo movimento” de vendas e outras, pico de vendas. Evidentemente a
intensidade do luxo de vendas afeta os parâmetros de previsão de caixa.
À vista / a prazo
Vendas
Compra de
Estoque de produto inal matéria-prima
Estoque de
Produto inal matéria-prima
Orçamento de caixa
Processamento
Custos diversos
Outros recursos desembolsáveis
necessários à produção
Figura 2 – O giro.
147
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O caixa é a base que integra os elementos do capital de giro, apesar de ser con-
fundido com ele.
“Se o caixa é o coração da empresa, podemos airmar por analogia que os custos
são os colesteróis, pois fora de controle e em níveis altíssimos, podem levar o caixa (co-
ração) ao enfarto, muitas vezes fatal para a vida da empresa” (NETTO, 1999, p. 8).
148
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A divergência entre os valores reais e orçados deve-se geralmente a:
perda de contratos;
aplicações superavitárias;
dades de caixa.
149
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Elaboração do orçamento de caixa
A primeira etapa de elaboração do orçamento de caixa é a análise dos orçamentos
anteriores, em que se estuda o prazo de cobertura que imprime maior segurança e
apoio ao processo decisório.
Quando esse prazo varia entre uma semana até três meses, dizemos que o luxo
de caixa é de curto prazo. Se esse prazo alcançar um tempo maior, por exemplo, entre
91 dias e 12 meses, dizemos que esse luxo de caixa é de médio prazo. Superior a esse
período, temos o orçamento de longo prazo.
1
Aquelas operações que são alheias à atividade-im da empresa.
150
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As informações podem ser segregadas em básicas e complementares, como apre-
sentado na igura 3 (PASSARELLI; BOMFIM, 2004).
Receita de vendas;
receitas inanceiras;
Ingressos
receiras não operacionais.
Básicas
Despesas;
amortização de empréstimos/
Saídas inanciamentos;
saídas programadas.
prazos diversos.
identiicação de despesas ou custos que não representam desembolsos reais como, por
exemplo, depreciação e amortizações;
desembolsos e recebimentos referentes a operações realizadas em exercícios anteriores, mas
a serem efetuados durante o período orçado (tais como: pagamento de investimentos inicia-
dos em outro período e o pagamento de Imposto de Renda relativo ao exercício anterior).
151
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A segunda etapa é a organização das informações segundo o modelo escolhido.
Período
Descrição
1 2 3 4 5 n
Saldo inicial de caixa
Ingressos projetados (1)
Saldo inal
Nível de caixa desejado
Divergência
A equação é simples:
Tabela 2 – Modelo de orçamento de caixa (b)2
Vejamos um exemplo:
2
Contemplar as perdas prováveis representa um fator de segurança.
152
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Tabela 3 – Exemplo
recebimentos renegociados;
outras receitas.
naval possui luxos positivos de caixa mais espaçados. No comércio esse luxo tende a
ser mais regular e num menor espaço de tempo.
153
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pagamento de salários e encargos sociais;
tributos;
endividamento elevado;
Nem todos os fatores são controlados pelo gestor. As divergências nascem muitas
vezes por inluência de fatores externos como:
aumento da inadimplência;
expansão da concorrência;
retração de mercado;
154
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A igura 4 resume o processo de elaboração do orçamento de caixa.
Análise
dos orçamentos
Apreciação da
primeira versão
Acompanhamento da realização
das previsões
Análise e ajustes
155
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Texto complementar
sucessivamente.
156
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Adiciona-se também outros tipos de recebimentos, como venda de ativo,
aporte de capital, inanciamento etc.
Desembolsos
Orçamento
de despesas
Mais: Menos:
Saldos a pagar
Descontos
de períodos
recebidos
anteriores
Saldos a pagar em
Outras despesas períodos futuros
não operacionais
Reserva para
devedores duvidosos
Orçamento de caixa
Desembolsos
do período
157
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Estrutura do orçamento de caixa: a estrutura básica do orçamento de caixa é
dada pela fórmula que poderemos observar logo abaixo. De maneira genérica, qual-
quer pessoa de bom senso poderia chegar à mesmíssima conclusão. A soisticação,
entretanto, está calcada no conhecimento de quem prepara o orçamento tanto em
projeções inanceiras, quanto na sensibilidade de mercado para poder, nos períodos
apropriados, perceber possíveis alterações de vendas, compras, aumento de funcio-
nários, dentre outras.
Saldo líquido
Saldo de + - =
Recebimentos Desembolsos ao im
caixa inicial
do período
Atividades
158
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2. Para as questões seguintes classiique as assertivas em V para verdadeira ou F
para falsa.
Orçamento de caixa
159
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Referências
Gabarito
2. V, V, F, V, F
160
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Orçamento de caixa
161
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Educação orçamentária:
organizando o processo orçamentário
Considerações gerais
A implementação do orçamento demanda atenção para questões comportamen-
tais, uma vez que as medidas decorrentes do processo afetarão as pessoas na organi-
zação. A motivação do indivíduo à aderência às orientações orçamentárias representa
um fator crítico para o andamento eicaz do processo e sua vinculação ao processo
decisório.
163
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Conhecimento
Aderência
consciente
Adaptação Preparação
Em contextos onde a aderência não é trabalhada, ou seja, não está pautada nos
pilares conhecimento, preparação e adaptação, pode-se dizer que se aumenta a pro-
babilidade de resistência e dúvidas em relação ao processo orçamentário, especial-
mente na etapa introdutória.
164
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Quadro 1 – Resistência à implementação do processo orçamentário:
possíveis motivos
Motivos Ações
Desconhecimento do signiicado do ins- Promoção de atividades educativas (realiza-
trumento gerencial (desinformação); ção de capacitações e encontros visando à
não apresentação dos benefícios de sua conscientização/sensibilização;
implementação; identiicação de pessoas propensas a serem
comunicação interna ineicaz; agentes de mudança (preparadas tecnica-
mente e de bom relacionamento) para atuar
falta de experiência proissional; no processo de disseminação da ideia;
pouca motivação à participação; capacitação de instrutores internos para atu-
políticas de gestão de pessoas ineicazes; arem como facilitadores do processo;
divergências no plano técnico relativas a incentivar o processo de participação funcional;
aspectos especíicos; promoção de palestras motivacionais;
busca por instrumentos gerenciais com
desenvolver um ambiente de comunicação
abordagens mais informais;
transparente;
pouco tempo para adaptação;
fazer com que as pessoas conheçam os resul-
existência de canais informais de comu- tados e sejam informadas sobre o andamento
nicação facilitando a ocorrência de es- dos trabalhos, em todas as suas fases.
peculações acerca das consequências
do instrumento sobre a vida do indiví-
duo na organização – luxo informal de
informações.
Exemplos de soluções
Criação de boletins eletrônicos visando à comunicação interna (intranet);
remessa de e-mails corporativos;
divulgação em murais (físicos ou eletrônicos);
Para Welsch (1983, p. 34) são variadas as razões humanas para que haja resistência
na introdução da técnica de planejamento e controle:
[...] resistência a mudanças; falta de compreensão do programa e de seu funcionamento; preocupação
em relação às consequências possíveis e à maneira pela qual elas afetarão a situação do indivíduo
ou grupo; expectativa de maior pressão; discordância quanto à necessidade de planejamento;
aversão à aferição do desempenho; preferência geral por abordagens menos formais ao processo
de administração.
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“Na verdade, os processos de planejamento e controle existem por causa das pes-
soas, para as pessoas e por meio das pessoas” (FREZATTI, 2000, p. 53).
Atitude, comportamento
e motivação no processo orçamentário
Na implementação de qualquer instrumento gerencial faz-se necessário desper-
tar a consciência e a atitude do indivíduo para uma adesão consciente e proativa.
As atitudes que são tendências às reações, delineiam “os comos”, “os quês”, e os “porquês” do
comportamento; são as causas da regularidade da forma como nos comportamos, onde os valores
e as crenças formam as bases para que o indivíduo adote determinadas posturas. (KANAANE, 1999,
p. 79)
166
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O incentivo à expressão parece ser uma estratégia interessante por razões diversas:
Esse trabalho pode ser conduzido por meio da realização de encontros e reuni-
ões informais regulares. A informalidade pode ser uma característica importante na
condução desse processo, pois pode desinibir as pessoas, potencializando sua comu-
nicação e expressão. Recomenda-se o preparo de um cronograma de eventos internos,
descrevendo-se minuciosamente objetivos, metas e tarefas a serem desenvolvidas.
167
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A partir dessas respostas e relexões é que se veriica a aprendizagem organizacio-
nal e o consequente aperfeiçoamento do processo orçamentário nas organizações.
O quadro 2 relaciona algumas das impressões típicas que as pessoas têm acerca
do processo orçamentário.
168
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Quadro 2 – Impressões sobre o processo orçamentário
(VASCONCELOS, 2008)
Expressões típicas de resistência Ações-resposta
As empresas, de modo geral, não precisam de or- Conscientização da importância do orçamen-
çamento. to para qualiicação do processo decisório por
meio da educação orçamentária.
O dinamismo da economia desqualiica o orça- Emprego de métodos de estimativa com maior
mento como instrumento gerencial eicaz. precisão.
Indisponibilidade de pessoas capacitadas para im- Criação de programas de capacitação e de dinâ-
plementar o orçamento. micas para envolvimento das pessoas.
Escolha dos proissionais mais aptos ao pro-
cesso de implementação (seleção criteriosa de
agentes de mudanças).
A estrutura da empresa e a arquitetura do sistema Revisão e adequação estrutural.
orçamentário são inadequadas.
A desorganização e desunião entre as pessoas Implantação de uma rede de comunicação em
dos departamentos inviabilizam práticas desta duplo sentido, para facilitar as trocas sociais,
natureza. potencializando o compartilhamento de ideias
e soluções.
Realização de palestras motivacionais e eventos
de integração.
estimular a participação;
169
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desenvolver meios adequados de comunicação;
cultivar a transparência.
170
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falta de independência na formulação de juízo;
Conlitos
Para Dinsmore e Silveira Neto (2005, p. 8):
Conlito é fruto de desacordo ou diferenças entre as pessoas, e assim altamente comportamental
por natureza. Os conlitos podem ser intrapessoais, envolvendo problemas internos da pessoa;
interpessoais, incluído os conlitos que ocorrem entre as pessoas; e intergrupais, que colocam um
grupo em posição antagônica a outro.
Os autores enfatizam que as causas dos conlitos podem ser suaves ou severas. As
causas suaves revelam apenas ambiguidades genéricas acerca dos relacionamentos
de papéis numa estrutura matricial. As causas severas caracterizam-se por divergên-
cias profundas de visões, pontos de vista.
intrapessoal;
interpessoal;
entre grupos.
Os conlitos entre grupos são atritos entre grupos e estão, muitas vezes, relaciona-
dos a sequelas de atritos entre líderes ou formadores de opinião.
171
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Origens do conlito
Existência de pontos de vista diferentes, opiniões técnicas divergentes, priori-
dades conlitantes, comunicação ineicaz, falta de entendimento acerca dos objeti-
vos do instrumento gerencial etc.
Alguns tipos de conlitos podem ser saudáveis. Os conlitos negativos por sua vez
geram tensão e afetam os níveis de produtividade das pessoas.
A minimização de conlitos pode ser feita por meio da criação de uma atmosfe-
ra de cooperação e respeito à dissensão e diversidade.
Problemas na implementação
do processo orçamentário
São variados os problemas comportamentais que nascem no processo orçamen-
tário em face de uma implementação inadequada. A maior parte deles pode ser neu-
tralizada por meio de ações de integração funcional, estímulo à participação e expres-
são e educação orçamentária.
172
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Quadro 3 – Problemas na implementação do processo orçamentário
173
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Estruturando o processo orçamentário
A organização do processo orçamentário é iniciada geralmente pela formação de
um comitê orçamentário, que é integrado pelo controller e executivos das áreas, encar-
regados, além do contador.
174
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Um contrato psicológico consiste de expectativas mútuas do indivíduo e da organização. Cada
parte traz ao relacionamento um conjunto de expectativas quanto ao que cada um irá dar e receber.
Contratos psicológicos sólidos criam uma rede interativa na qual as atividades críticas fazem
interface automaticamente. (DINSMORE; SILVEIRA NETO, 2005, p. 12)
Comitê orçamentário
Regras
Premissas Feedback e
Orientações de realinhamento
conduta
Unidade de resultado
Texto complementar
Orçamento empresarial
(SCHAEPPI, 2008)
175
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deste tipo de empresa, sempre buscando alocar da maneira mais eiciente os recur-
sos para aproveitar as oportunidades identiicadas no meio ambiente, trazendo um
retorno satisfatório para os recursos empregados pela empresa.
No que diz respeito às fases do orçamento, deverá ser iniciado com pelo menos
três meses de antecedência da sua implementação, partindo do inventário das hipó-
teses e seguida pela escolha das hipóteses que puderem ser validadas, implementa-
ção das hipóteses e acompanhamento dos resultados – controle.
Ressalte-se que para que o orçamento possa ser bem acompanhado, faz-se ne-
cessário que os dados sejam constantemente atualizados e comentados, exigindo,
consequentemente, mais esforço dos colaboradores, o que por sua vez pode gerar
indiferença para aqueles que não compreendem a sua importância.
176
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Um dos pontos mais importantes do orçamento empresarial é a previsão de
vendas, que deve ser iniciada pela análise dos aspectos internos e externos da orga-
nização. Internamente deve ser cuidadosamente levantado se a empresa tem uma
capacidade produtiva que atenda às suas metas de vendas, analisado se a mão de
obra está qualiicada para atingir a produtividade na qualidade pretendida e, por im,
se a estrutura administrativa da organização é adequada ao atendimento da deman-
da. Já externamente deve-se examinar a concorrência, detalhando as suas forças e
fraquezas competitivas, o comportamento das políticas econômicas e o seu impac-
to sobre o consumo e ainda acompanhar atentamente a legislação, para identiicar
novas oportunidades e promover mudanças amparadas nos aspectos legais.
Atividades
177
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2. Quais os três pilares que conduzem à adesão consciente e maior engajamento
ao processo orçamentário?
Educação orçamentária: organizando o processo orçamentário
178
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3. Para as questões que seguem, classiique-as em V para verdadeira ou F para falsa:
179
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Referências
Gabarito
3. F, V
180
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Orçamento Base Zero (OBZ)
Considerações gerais
O OBZ tem como característica o fato de não tomar por base o desempenho do
exercício anterior.
O orçamento base zero, conhecido como OBZ, é uma proposta orçamentária cuja
ideia é, a partir da análise dos processos internos, identiicar quais são de fato necessá-
rios, e que, portanto, podem ser focados no processo orçamentário.
O orçamento de base zero rejeita a visão tradicional do orçamento e, principalmente, a ideia do
orçamento incremental, que leva em consideração os dados do ano passado mais um adicional. Em
vez disso, o orçamento de base zero projeta todas as peças como se estivessem sendo compiladas
pela primeira vez. (LUNKES, 2003, p. 92)
“A ilosoia do orçamento base zero está em romper com o passado. Consiste essen-
cialmente em dizer que o orçamento nunca deve partir da observação dos dados anterio-
res, pois eles podem conter ineiciências que o orçamento de tendências acaba por perpe-
tuar” (PADOVEZE, 2005, p. 42).
Implementação
A proposta do OBZ é o reexame das atividades e prioridades para uso dos recur-
sos inanceiros a cada período.
Orçamento Base Zero (OBZ)
184
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A implementação do OBZ condiciona a prática à hierarquização das necessidades,
contribuindo, desta forma, para a identiicação de atividades desnecessárias, impondo
controles decisórios mais rigorosos e evitando a duplicidade de esforços.
Identiicação Critérios
Envolvimento
dos pacotes previamente
funcional
de decisão estabelecidos
Estabelecimento de prioridades
Aprovação e Alinhamento
Comunicação
formalização aos objetivos
transparente
estratégicos
A elaboração das metas de cada Unidade de Negócios (UDN) é deinida com base
em premissas, políticas, padrões e contexto. Por esta razão é necessário nortear o pro-
cesso orçamentário pelas orientações do planejamento.
185
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Identiicação dos pacotes de decisão
Esta etapa consiste na descrição e análise de cada atividade desenvolvida pelas
áreas. A análise é conduzida tomando por base a prioridade dos pacotes de decisão.
O pacote de decisão é um documento que identiica e descreve uma atividade especíica de modo
que a administração possa: (1) avaliá-la e priorizá-la em relação a outras atividades que concorram
para a obtenção de recursos imediatos e (2) decidir aprová-la ou rejeitá-la. (PYHRR, 1973 apud
LUNKES, 2003, p. 94)
186
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Pacotes Variáveis Núcleos
de decisão base zero base zero
O orçamento base zero exige que os proponentes dos gastos justiiquem cada
um deles, a cada período.
tratégicos;
187
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desenvolve no grupo um senso de participação, pertencimento e responsabi-
lidade, o que pode ser motivador;
Acompanhamento do OBZ
O acompanhamento do OBZ acontece em intervalos regulares.
188
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concentra-se nas reais necessidades e não nas variações do ano anterior;
proporciona melhor acompanhamento do planejado versus realizado.
O emprego de recursos no limite das necessidades deve ser gerenciado com cui-
dado, para não ensejar perda de qualidade dos produtos e processos, em face de esti-
mativas fechadas, sem margens para cobertura de eventualidades.
Características
da metodologia
Sistemática de
controle
Os controles ganham
“objetividade“
Acompanhamento
direcionado
Respostas eicazes
Orçamento Base Zero (OBZ)
189
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Outro ponto relevante a ser considerado é que a proposta não é imposta, e sim
participativa, desenvolvendo-se em mão dupla. Por esta razão, pressupõe transparên-
cia e envolvimento funcional.
Não é um processo estático, pois novos pacotes de decisão podem ser incluídos
em qualquer tempo, ao longo do período corrente. A classiicação dos pacotes pode
ser inclusive revista, para acomodar eventos não previstos.
Orçamento tradicional
Orçamento base zero
(Orçamento de tendências)
Projeta os dados do último período, aplicando so- Não considera dados históricos, criando a neces-
bre o saldo anterior um percentual (indicador de sidade de se justiicar a necessidade de recursos a
tendência) – extrapolação. cada período.
Considera que o desempenho futuro está relacio- Eventos não esperados podem modiicar uma
nado às condições atuais, o que permite a identii- tendência.
cação de tendências.
Como tem partida no processo de extrapolação, A relação custo-benefício constitui regra de decisão.
a relação custo-benefício dos elementos do orça-
mento não é questionada.
Possui uma abordagem mais mecânica. Demanda maior envolvimento das pessoas.
O gestor terá apenas os recursos de que necessita para viabilizar suas operações,
o que leva necessariamente à reavaliação de processos. Deverá ainda comprovar o uso
eicaz dos recursos. Essa característica do OBZ evita a briga por dotações orçamentá-
rias, muitas vezes signiicativas e desnecessárias. No OBZ os pacotes de decisão são
190
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organizados com base em critérios independentes, previamente estabelecidos pela
alta administração e expressos no planejamento estratégico da empresa.
Ao que parece a prática do orçamento base zero produz uma economia no em-
prego de recursos. Rejeições à proposta podem ter as seguintes motivações:
Levantamento de experiências
com a prática do OBZ
Decisão de implantar
191
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Texto complementar
192
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e a estabilidade nas despesas de telefonia – resultado obtido principalmente com a
utilização do Rota Econômica e do STAB. Tal redução de custos veio de encontro com
as metas estabelecidas no “Centro de Custo OBZ AmBev” – Orçamento Base Zero –
indicador utilizado por todas as distribuidoras AmBev.
Outros benefícios que vêm sendo percebidos são de ordem tecnológica, com
a integração perfeita da solução Dígitro, de maneira estável e segura, com o peril
tecnológico da empresa e seguindo o padrão de qualidade exigido pela AmBev.
Poderá checar as ameaças que seus produtos poderão sofrer devido às pres-
sões externas, tais como: produtos similares, restrições de matérias-primas im-
portadas ou não, mudanças de comportamento do consumidor e outras mais.
193
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Atividades
194
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3. Conceitue:
a) Pacotes de decisão.
195
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Referências
WARREN, Carl S. et al. Contabilidade Geral. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2001.
Gabarito
3.
Orçamento Base Zero (OBZ)
196
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c) Representam a fonte de informações, unidades de onde os dados contábeis
são retirados para a elaboração do orçamento.
decisão de implantar;
Tomada a consciência do que signiica o OBZ, os passos para sua prática se re-
sumem a dois:
estabelecimento de prioridades.
197
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Indicadores: análise vertical,
horizontal e análise estática de liquidez
Considerações gerais
A análise inanceira compreende um conjunto de técnicas que proporcionam um
diagnóstico acerca da realidade patrimonial da empresa, ou seja, da situação econômi-
co-inanceira da organização analisada.
199
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servir de base para monitoramento de projetos;
Análise inanceira
Indicadores: análise vertical, horizontal e análise estática de liquidez
A análise estática é realizada por meio de índices, razão entre contas contábeis,
calculados em um dado período.
200
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liquidez;
estrutura de capital;
rentabilidade e lucratividade;
giro.
201
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Exemplo:
Tabela 1 – Exemplo 1 de análise vertical
A análise vertical enseja uma leitura vertical acerca das contas patrimoniais (de
cima para baixo).
Indicadores: análise vertical, horizontal e análise estática de liquidez
202
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A escolha do denominador é função da necessidade de informação.
Quando se deseja saber o impacto provocado por esta ou aquela conta sobre o
Capital de Giro, utilizamos a fórmula (1).
Imobilizado
17%
203
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Vejamos um exemplo:
Tabela 3 – Exemplo 3 de análise vertical
A participação das contas Caixa e Bancos não é signiicativa (5%), o que pode
ser explicado pela queda nas vendas veriicadas no exercício corrente. Esse
quadro reforça as diiculdades desta empresa em gerar caixa.
204
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vados de Contas a receber podem signiicar volume de créditos em aberto
(inadimplência), diiculdades de cobrança ou mesmo estratégia da empre-
sa para vender mais. Quanto mais frágeis os procedimentos de controle e
cobrança, maior tende a ser este saldo. Essa análise pode ser muito valiosa
no sentido de mostrar o impacto da manutenção de saldos elevados de
contas a receber. Para enriquecer a análise, é interessante veriicar o custo
de cobrança da empresa.
205
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Quando consideramos o primeiro ano da série corremos o risco de diicultar a
comparação em face da diferença de contextos em cada período.
Por exemplo, imagine uma série de cinco anos. Admitamos que o primeiro ano
desta série tenha sido atípico (retração nas vendas, diiculdade de crédito etc.). Su-
pondo que o quinto ano foi referência em desempenho, ao compararmos o primeiro
com o quinto período, a informação produzida não agregaria tanto valor à análise em
função da drástica diferença de contexto: o saldo da conta Receita de Vendas variou
X%, comportamento coerente com as características de cada período. E aí?
Escolhe-se um período-base
(primeiro ano da série ou o imediata-
mente anterior ao período analisado)
206
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Vejamos um exemplo:
Tabela 4 – Exemplo 1 de análise horizontal
Análise
Descrição Ano 1 Ano 2 horizontal (%)
Ativo
Disponibilidade
Caixa R$8.000,00 R$10.000,00 25,00
Bancos R$25.689,00 R$25.890,00 0,78
Aplicações inanceiras R$8.000,00 R$9.500,00 18,75
Clientes R$50.000,00 R$60.000,00 20,00
Mercadorias R$41.258,00 R$41.589,00 0,80
Total do Ativo Circulante R$132.947,00 R$146.979,00 10,55
VH = 25%
207
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Proceda ao cálculo
da variação horizontal
Levante informações
sobre cada período
Elabore a informação
Em algumas situações esta variação é pouco expressiva, mas em outras deve ser
analisada com cuidado, sempre buscando uma relação de causa e efeito.
variação?
208
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“Essas inversões nos sinais dos números-índices, que reletem um comportamen-
to contrário ao que efetivamente se veriicou, podem ser solucionadas alterando-se
o sinal do valor-base e, consequentemente, de todos os números calculados” (ASSAF
NETO, 2006, p. 119).
209
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Objeto de comparação Demanda informativa
Evolução dos saldos das contas Caixa e Con- Até que ponto a política de crédito adotada pela empre-
tas a receber contra o comportamento do sa afeta o nível de geração de caixa?
saldo da conta Vendas (receita gerada).
Evolução dos saldos do Ativo Imobilizado Quem inancia o Ativo Imobilizado: capital próprio ou de
em relação a do Passivo Exigível a longo terceiros? O que justiica a expansão do Imobilizado? O
prazo, Patrimônio Líquido ou ainda contra crescimento das vendas? A demanda por investimentos
as vendas. na capacidade produtiva é amparada pelo crescimento
das vendas?
Evolução dos saldos do Ativo Imobilizado De que forma a empresa vem inanciando seus ativos?
contra o saldo das vendas. Como a estrutura de capital variou ao longo dos anos?
Qual a participação do capital de terceiros (passivos) e ca-
pital próprio (patrimônio líquido)? Quais os relexos da es-
trutura de capitais sobre a saúde inanceira da empresa?
Evolução dos níveis de estocagem e do sal- O nível de estocagem é compatível com a demanda?
do do Passivo de curto prazo. Qual a dinâmica do estoque (luxo ou giro)?
Variação dos custos em relação à variação De que forma os custos e despesas evoluíram relativa-
das vendas e do lucro. mente as vendas?
Comparação do comportamento do Lucro Qual o impacto dos custos sobre a formação do lucro
Líquido em relação às vendas do respectivo inal?
período.
210
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“A análise cross-sectional envolve a comparação de índices inanceiros de empre-
sas diferentes em um mesmo ponto no tempo” (GITMAN, 2001, p. 129).
Na verdade, qualquer variável pode ser alvo da análise horizontal desde que possa
ser expressa quantitativamente.
Análise de liquidez
A análise de liquidez tem a inalidade de proporcionar visão sobre a capacidade
de pagamento das empresas, como indica o quadro a seguir.
Quadro 3 – Índices de liquidez
Índices Ênfase
211
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Disponibilidades
Liquidez imediata =
Passivo Circulante
Exemplo de interpretação
A interpretação, em geral, é feita como segue:
Baixa
$
estação
Alta
$$$
estação
212
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Em períodos de baixa demanda é coerente uma redução dos luxos de caixa e nos
de alta, um melhor desempenho. Esse efeito é observado porque a maior fonte gera-
dora do caixa organizacional é a sua atividade-im.
Para Teles (1996), índices situados entre 0,1 e 0,20 ou ainda entre 0,15 e 0,25 são
aceitáveis, entretanto, recomenda-se a contextualização e comparação do índice cal-
culado com a média do setor ou benchmark.
De modo geral, quanto maior o índice encontrado tanto melhor será para a em-
presa, desde que não signiique ociosidade de recursos (dinheiro parado) e falta de
investimentos no giro do negócio, pois admitindo como verdadeira esta hipótese, terí-
amos problema de continuidade e ritmo do negócio. Assim, em períodos inlacionários
deve-se evitar manter em caixa grande volume de recursos (sentido amplo). Na verda-
de, a expressão “quanto maior, tanto melhor” possui limites invisíveis.
213
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Os excessos devem ser evitados, na medida em que é recomendável mantê-los
rentabilizando de alguma forma. O excedente de caixa pode ser aproveitado em apli-
cações inanceiras, gerando com isso rendimentos (receitas inanceiras).
Encaixe
Ao conduzir a análise do índice de liquidez imediata, veja que nem sempre uma
redução do índice signiica problemas inanceiros. Pode ser, por exemplo, uma conse-
quência natural do “momento de investimento” da empresa (opção decisória), relexo
de mudanças na política de vendas. Cabe ao proissional que analisa a medida veriicar
as razões para a redução do índice.
214
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Recomenda-se, ainda, a manutenção de controle rígido das contas a pagar a im
de classiicar as dívidas da empresa por datas, facilitando o cálculo do encaixe e uma
interpretação mais direcionada. Por exemplo, tanto o índice de liquidez corrente como
o encaixe podem considerar apenas obrigações vincendas em determinado intervalo
de tempo, de interesse (30, 45 dias). Qual o volume de caixa mínimo a ser mantido para
cobertura do passivo dentro de 45 dias?
215
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Baseados na premissa de que nem sempre saldos signiicativos no inal do
período são representativos do comportamento das contas ao longo do ano,
sugerimos veriicar os circunstanciais sacrifícios de caixa:
Exemplo de interpretação
A empresa analisada apresentou neste mês índice de liquidez imediata 0,19,
compatível com a média setorial (0,20). Signiica que o disponível corresponde a
19% do Passivo Circulante, cobertura adequada considerando o encaixe mínimo e
o histórico dos índices observados em períodos anteriores, no mês correspondente.
Observou-se melhora gradativa ao longo dos períodos (tendência positiva), o que se
deve ao crescimento do negócio e sua consolidação no mercado.
216
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Liquidez corrente
Ativo Circulante
Liquidez corrente =
Passivo Circulante
Esta é uma das medidas mais empregadas e populares da análise inanceira para
avaliar a capacidade de pagamento das empresas a curto prazo. Por esta razão, alguns
se referem ao índice como medida convencional ou relativa.
O Ativo Circulante (ou capital de giro) compreende bens e direitos cuja realiza-
ção prevista alcança até o exercício social do período subsequente. É composto pelas
contas contábeis: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, Contas a receber ou Clientes,
Estoques e Despesas Antecipadas.
Quanto maior a medida, tanto melhor será para a empresa desde que os Ativos
Circulantes tenham liquidez satisfatória, o que signiica boa capacidade de conver-
são em dinheiro.
Vasconcelos (2005) adverte que, mesmo índices elevados podem esconder e sina-
lizar problemas inanceiros associados ao giro, como por exemplo:
217
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Nível de estocagem acima das necessidades de demanda em face de proble-
mas de mercado (não absorção pelo mercado):
218
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O tempo de realização depende de muitos fatores, muitas vezes alheios ao negócio,
a exemplo das tendências de mercado. É inluenciado ainda pela estratégia inanceira e
pela política adotadas e pelas especiicidades do público-alvo (especialmente inadim-
plência) e essa inluência deve ser levada à interpretação do índice de liquidez corrente.
Como a prática contábil toma por base o custo de aquisição dos ativos, os saldos
icam naturalmente defasados, não reletindo a dinâmica de mercado. Os estoques
não são vendidos pelo custo de aquisição.
Marion (2001, p. 83) airma que “[...] uma queda do índice de liquidez corrente (Lc)
nem sempre signiica perda da capacidade de pagamento; pode signiicar uma Admi-
nistração Financeira mais rigorosa (o que é louvável) diante, por exemplo, da inlação,
do crescimento da empresa etc”.
O analista externo tem uma diiculdade natural em acessar algumas das infor-
mações relacionadas e que são relevantes para análise. Essas limitações, todavia, não
comprometem a interpretação do índice se forem feitas as devidas ponderações e
contextualização.
219
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antes de emitir opinião, faça uma análise vertical do Ativo Circulante para ve-
riicar sua composição e reletir sobre seus efeitos sobre o negócio;
Em geral, índices situados acima da unidade (1) são considerados como satisfató-
rios ou favoráveis, e medidas abaixo da unidade são tidas como desfavoráveis. Todavia,
temos que considerar as características dos ativos. Um índice de 0,79 pode ser inade-
quado para uma indústria e aceitável para outra empresa; pode não ser, por exemplo,
preocupante para uma empresa que atua na área de transporte coletivo exatamente
porque esta trabalha com luxo signiicativo de recursos à vista.
Liquidez corrente
1,00
Em geral “insatisfatório” Em geral “satisfatório”
Para Savytzky (1987), desde que as Contas a receber e os Estoques possuam luxo
adequado, gerando caixa suiciente, pode-se, grosso modo, analisar o índice conforme
orientação do quadro 5.
Quadro 5 – Interpretação do índice de liquidez corrente
(SAVYTZKY, 1987. Adaptado.)
220
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Índice de liquidez corrente Interpretação geral
1,2 – 1,3 Situação ainda em equilíbrio, mas já sinalizando
relativo aperto inanceiro.
1,00 – 1,10 Aperto inanceiro.
Abaixo de 1,00 Situação de extremo aperto inanceiro.
Diferentes modiicações podem ser realizadas nos índices de liquidez com o pro-
pósito de melhorar a qualidade da informação. Vejamos algumas variações do índice
de liquidez corrente.
Quadro 6 – Variações do índice de liquidez corrente
Fórmula Comentários
Receitas prováveis A medida contempla
Liquidez Ativo Circulante +
do exerc. seguinte receitas (projetadas) e
corrente
= prováveis obrigações
ajustado Obrigações previstas para
Passivo Circulante + (projetadas).
(1) o exerc. seguinte
Outra possibilidade é trabalhar com a liquidez corrente orçada, que compara en-
tradas e saídas previstas ou programadas:
Entradas previstas
Liquidez orçada =
Saídas programadas
Esta última medida permite que se tenha uma posição de liquidez mais realista
em qualquer período.
Liquidez seca
221
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A interpretação da medida responde as seguintes questões: na hipótese de crise
inanceira, onde os estoques não conseguem girar, qual a capacidade de pagamento
da empresa? O que ocorreria com a empresa se as vendas deixassem de acontecer ou
se os estoques icassem obsoletos?
Os estoques são excluídos porque não possuem uma data precisa de realização e
são vulneráveis a fatores mercadológicos. Considera ainda que os mesmos podem não
girar em função de perdas (apropriação indébita, avarias, perecividade etc.).
Pois bem, o índice de liquidez seca permite que se admitam essas situações extre-
mas, pois pressupõe a ocorrência de eventos que afetem a realização dos estoques.
Exemplo de interpretação
Indicadores: análise vertical, horizontal e análise estática de liquidez
A empresa sob análise apresentou liquidez seca 0,50, índice compatível com a
média do setor e coerente com a natureza da atividade e suas características. Inter-
pretando objetivamente signiica que, a cada $1,00 de Passivo Circulante, a empre-
sa possui $0,5 de Ativos (Disponibilidades e Recebíveis).
222
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Marion (2001, p. 87) comenta: “O banqueiro gosta muito desse índice, porque se
eliminam os estoques. O estoque é o item mais manipulável no balanço. O estoque
pode tornar-se obsoleto (antiquado) a qualquer momento. Ele ainda é, às vezes, um
item perecível”.
Reinamentos na fórmula
Alguns autores excluem do Ativo Circulante, além dos estoques, as despesas an-
tecipadas (por não representarem futuras entradas de caixa).
Onde:
223
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Para uma cultura em formação, o risco de não realização é ainda maior por força
de fatores externos.
Mesmo que o índice de liquidez geral seja menor que a unidade, se os índices de
liquidez corrente e seca forem adequados (a empresa tenha ativos de boa qualidade) e
os recursos dos aportes de longo prazo estejam aplicados em projetos com bom ren-
dimento, o quadro não é preocupante. Quando essas condições não são obedecidas,
índices abaixo de 1 denunciam problemas inanceiros.
Indicadores: análise vertical, horizontal e análise estática de liquidez
Afetam a interpretação a:
Os depósitos judiciais são recursos que não podem ser movimentados indis-
criminadamente, estão temporariamente indisponíveis até que exista uma senten-
ça, que pode ser ou não favorável à empresa. Os empréstimos concedidos a sócios,
em geral, possuem prazo de realização lexibilizados, uma vez que os sócios são os
beneiciados. Valores a receber decorrente de operações com empresas do mesmo
grupo econômico, muitas vezes, podem estar atreladas a estratégias.
224
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Ativo Circulante + Realizável a LP + (Lucro Líquido
Ajustado x Prazo de Pgto do Passivo Não Circulante)
Liquidez geral ajustada =
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
O Lucro Líquido ajustado corresponde ao lucro sem as despesas que não geram
desembolsos, a exemplo da depreciação.
Exemplo de interpretação
Liquidez geral ajustada = 0,8
A cada $1,00 de Passivo (de curto e longo prazo), a empresa apresenta $0,80 de
Ativos (Circulante e Realizável a longo prazo). Admitindo-se que os índices de liqui-
dez corrente e seca sejam favoráveis, o índice encontrado, apesar de situado abaixo
de 1, não constitui motivo de preocupação.
Sendo:
av = à vista;
ap = a prazo;
Pm = prazo médio.
225
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Essa fórmula se destaca porque são considerados na análise os fatores: prazos
médios de realização e exigibilidade, política de inanciamento das vendas, polí-
tica de compras e giro dos estoques. A medida reconhece a importância do ciclo
operacional.
226
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Como se vê, a DRE projetada toma por referência os orçamentos auxiliares. Seu
preparo visa:
avaliar a situação econômica para períodos futuros, com base nas premissas
orçamentárias;
227
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Balanço patrimonial (estrutura) Onde buscar os dados para projeção?
Total do Ativo TOTALIZADORES
Passivo
Circulante
Fornecedores Orçamento de produção, de caixa, de vendas e de
Salários inanciamentos.
Tributos e encargos
Empréstimos
Exigível a longo prazo
Empréstimos/inanciamentos
Patrimônio Líquido Ativo - Passivo.
Texto complementar
228
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quase toda a estrutura de seu ativo circulante, pode produzir efeitos desastrosos ao
caixa, ou quem sabe a presença de passivos de curto prazo, pressionando-o a exigir
ativos correntes mais líquidos e de imediata conversibilidade, estimulando também
outros efeitos colaterais horríveis.
Se o custo de alocação dos recursos que inancia o seu giro estiver, por exem-
plo, bem abaixo do retorno dos ativos circulantes, é possível airmar que seu negó-
cio vai no caminho do sucesso.
Se for ao contrário, você tem nas mãos uma empresa vocacionada para o in-
sucesso que virá, mais cedo do que você mesmo imagina. Ademais, empresas não
“quebram” só pelo passivo, ao contrário, podem “quebrar” na gerência de seus ativos.
A importância e o volume exato do capital de trabalho é peça determinante neste
229
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Atividades
1. Com base nos dados abaixo, calcule a análise vertical para as contas:
Descrição Saldos
Ativo
Disponibilidades
Caixa R$10.000,00
Bancos R$35.982,00
Aplicações inanceiras R$5.000,00
Clientes R$50.000,00
Mercadorias R$25.897,00
Total do Ativo Circulante R$126.879,00
2. Pode ser excluído do Ativo Circulante, além dos estoques, para ins de cálculo
do índice de liquidez seca:
a) depósitos judiciais.
b) contas a receber.
Indicadores: análise vertical, horizontal e análise estática de liquidez
c) despesas antecipadas.
d) disponibilidades.
3. Por que se deve analisar com ponderação a airmação: “Índices de liquidez aci-
ma de 1 são sempre favoráveis e abaixo de 1, desfavoráveis”?
230
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4. Por que em nível gerencial o índice de liquidez é ajustado?
231
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Referências
Gabarito
1.
232
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2. C
233
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Análise da estrutura de capital,
giro, rentabilidade e lucratividade
Nível de endividamento
As organizações fazem uso do capital de terceiros para inanciar suas atividades
e necessidades. Utilizar capital de terceiros não é prejudicial quando a aplicação dos
recursos decorrentes é planejada, o aporte ocorre em doses adequadas (sem excessos)
e o retorno é compensador.
Patrimônio Líquido
E1 =
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
O uso do capital de terceiros, de modo geral, deve ser planejado. O ônus dos en-
cargos inanceiros comprometem parte expressiva dos lucros em muitas situações.
Para uma análise mais acurada, algumas informações são importantes: prazo da
dívida, amortização, referências às dívidas de maior representatividade (análise verti-
cal) e evolução das obrigações (análise horizontal).
Análise da estrutura de capital, giro, rentabilidade e lucratividade
Exemplo de interpretação
E1 = 0,65
E1 = 0,25
A cada $1,00 de passivo, a empresa tem apenas $0,25 de capital próprio. Este
quadro indica dependência do capital de terceiros, o que requer muito cuidado.
236
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Patrimônio Líquido
E2 =
Ativo Total
Passivo Total
E3 =
Ativo Total
Despesas inanceiras
E4 = x 100
Empréstimos + Financiamentos
Exemplo de interpretação
E2 = 0,40
E3 = 0,75
237
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trado, tanto maior será o risco para o credor, especialmente se tivermos na estrutura,
ativos de giro lento e pouca liquidez. Em situações em que os recursos de terceiros são
maiores que o total de ativos, dizemos que a empresa está em insolvência.
Estudo do endividamento
de uma empresa
A fórmula E3 = Passivo Total /Ativo Total contempla ativos com prazos de venci-
mentos distintos, e o passivo, prazos de exigibilidades diferentes. Entretanto, nada
impede ao analista de, antes de aplicar a fórmula, fazer uma triagem de prazo para
uma melhor correspondência.
238
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As dívidas onerosas são aquelas que têm como características o ônus do encargo
inanceiro. Exemplo: empréstimos e inanciamentos.
Passivo Oneroso
E5 = x 100
Passivo Total
É recomendável que a evolução desse peril seja monitorada ao longo dos anos a
im de sinalizar tendências de comportamento. Naturalmente, quando as dívidas one-
rosas de curto prazo indicam tendência de crescimento, a equipe gestora deve icar
atenta e veriicar os fatores determinantes do endividamento.
Duplicatas descontadas
E7 = x 100
Duplicatas a receber
239
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As obrigações de longo prazo geralmente estão relacionadas a projetos de ex-
pansão de atividades (ou ampliações), por esta razão a medida recebe atenção espe-
cial dos analistas e geralmente é alvo de estudo. Todavia, faz-se necessário a realização
de análises do custo de captação dos recursos e rentabilidade das aplicações.
TAXA DE JUROS
240
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veriique eventuais contingências.
D
O Estudo qualitativo da
estrutura do ativo
E
N
D
I Análise preliminar da viabilidade
V das aplicações
I
D
A
O uso do capital de terceiros não pode ser visto como algo negativo ou preocu-
pante. É necessário avaliar cada situação. O perigo ocorre quando a empresa não tem
boa geração de caixa, apresenta rentabilidade baixa, sem perspectiva de mudança de
quadro. Desta forma, é crucial contextualizar a análise do endividamento, consideran-
do informações relacionadas às perspectivas de mercado. A utilização do capital de
terceiros pode ser sadia.
241
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O uso exclusivo do capital próprio não é interessante porque o custo deste é sig-
niicativo. Basta que se lance o olhar para o ônus dos tributos sobre o lucro gerado pela
entidade. Considere também o custo de oportunidade.
Imobilização
Toda organização necessita de uma infraestrutura mínima para operar. O nível de
imobilização depende do nível de atividade, do porte e das características do negócio.
móveis;
utensílios de escritório;
242
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Situação 1
Situação 2
Investimentos
Imobilizado Passivo de longo prazo
Patrimônio líquido
Exemplo de interpretação
I1= 80%
243
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I1= 150%
O nível de imobilizado depende ainda do ramo no qual atua a empresa. Por exem-
plo: uma indústria requer naturalmente um volume maior de bens desta natureza, já as
prestadoras de serviços demandam um volume menor.
Exemplo de interpretação
I2 = 50%
244
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Rotação do imobilizado (I3)
A rotação do imobilizado é calculada pela razão entre a receita líquida e o saldo
médio do imobilizado.
Receita Líquida
I3 =
Imobilizado
É desejável que o imobilizado tenha uma rotação elevada. A medida ajuda a visu-
alizar a produtividade do bem. Quanto maior a rotação, mais produtivo será o acervo
imobilizado, tanto melhor para o negócio.
Grau de ocupação
Quantidade produzida
I4 =
Capacidade instalada
245
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Índices de giro
(quocientes de atividade, índices de rotação)
A expressão “giro” relaciona-se a movimento, luxo, ritmo. As organizações preci-
sam desse “luxo” para sobreviver e atingir seus objetivos (Figura 5).
7. Recursos
5. Estocagem 6. Venda
inanceiros
3. Processamento
1. Aquisição
2. Estocagem
de matéria-prima
Análise da estrutura de capital, giro, rentabilidade e lucratividade
246
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Índice de rotação ou giro dos estoques
CMV ou CPV
Ige = = ____vezes
Estoque médio
Onde:
Quanto maior for o giro, tanto melhor para o negócio porque signiica saída do
produto em estoque. Maior tenderá a ser sua lucratividade, e menor o volume de
perdas em decorrência de obsolescência, perda de valor econômico, perecividade,
quebras, avarias (desgaste físico) e ainda, apropriações indébitas.
O giro não garante o lucro. Outros fatores devem ser analisados a exemplo da
preciicação, condições de mercado e do comportamento dos demais elementos de
resultado.
Para calcularmos o prazo médio de realização dos estoques basta dividir 360 pelo
número de rotações, encontrado pela aplicação da fórmula anterior:
360
PMRe =
Ige
Onde:
247
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Exemplo de interpretação
A empresa analisada apresentou giro de estoques a cada y dias. Ou ainda, o
estoque girou em y dias.
Os prazos médios são importantes porque permitem uma visão de tempo às aná-
lises inanceiras.
360
PMRcr =
Ig2
Análise da estrutura de capital, giro, rentabilidade e lucratividade
Onde:
248
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Por esta razão é que o prazo médio de recebimento deve ser breve, na medida do
possível, para fomentar o suprimento de caixa em um período menor.
Total de recebimentos
Ig3 = = ____ vezes
Média de disponível
360
PMRd =
Ig3
249
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Onde:
Quanto maior o número de rotações, tanto melhor será para a empresa, pois sig-
niica boa geração de caixa. Essa medida denuncia problemas de caixa.
Exemplo de interpretação
As disponibilidades giraram n vezes, permanecendo, desta forma, y dias com o
dinheiro parado.
e dos estoques.
É uma medida usada para a melhoria da interpretação dos índices de liquidez, por
permitir uma visão geral acerca do giro do capital circulante (TELES, 1996).
Exemplo de interpretação
O capital circulante demora n dias para movimentar-se, o que compreende a
aquisição, venda e reaplicação de ativos.
250
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O indicador informa o tempo decorrido entre a aquisição de insumos produtivos
e o prazo previsto para pagamento.
Total de pagamentos
Ig4 =
Saldo médio das contas a pagar
Exemplo de interpretação
O passivo da empresa gira n vezes por ano, sendo um giro feito a cada y dias.
Samanez (2007, p. 85), em relação ao prazo médio de pagamento, ensina que: “Desde
PMRcr
Ipr =
PMcp
251
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Índice igual a 1 signiica que os recebimentos casam com os pagamentos.
PMRcr + PMRe
Ipr ajustado =
PMcp
Exemplo de interpretação
O somatório dos prazos médios de recebimento e estocagem é ____ (maior /
menor) que o prazo médio das contas a pagar.
Vendas Líquidas
I5 =
Ativo Médio
Vendas Líquidas
I6 =
Ativo Circulante
Vendas Líquidas
I7 =
Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo
252
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Análise de rentabilidade e lucratividade
A análise da rentabilidade é feita por meio da comparação entre o lucro e deter-
minados elementos patrimoniais (grupo ou subgrupo: “retorno sobre ________ (ele-
mento patrimonial)”). Já a análise de lucratividade é feita por meio da relação entre os
diferentes tipos de lucro (lucro operacional bruto, lucro operacional e lucro antes do
imposto de renda) e a receita gerada. Vejamos alguns desses índices.
Lucro Líquido
RPL =
Patrimônio Líquido
Para obter o payback (tempo previsto para retorno) basta dividir 100% pelo resul-
tado encontrado.
Exemplo de interpretação
Lucro Líquido
TRI =
Ativo Total
253
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O Retorno sobre o Montante Investido (TRI) serve de base para diferentes deci-
sões, a exemplo do pagamento de bônus aos funcionários, reorganizações societárias
(fusão, cisão, incorporação etc.), aquisições de novos ativos etc.
Lucratividade bruta
A medida relaciona Lucro Operacional Bruto e Receita Líquida.
Receita Bruta
Análise da estrutura de capital, giro, rentabilidade e lucratividade
(-) Deduções
= Receita Líquida
(-) Custo das mercadorias vendidas ou Custo dos produtos vendidos
= Lucro Operacional Bruto
Exemplo de interpretação
A empresa analisada, na transição entre os exercícios sociais, apresentou queda
expressiva na lucratividade bruta em função da elevação nos preços das mercado-
rias vendidas.
254
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Lucratividade operacional (Lo)
A medida relaciona Lucro Operacional e Receita Líquida.
Lucro Operacional
Lo =
Receita Líquida
Receita Bruta
(-) Deduções
= Receita Líquida
(-) Custo das mercadorias vendidas ou Custo dos produtos vendidos
= Lucro Operacional Bruto
(-) Despesas operacionais
= Lucro operacional
Vale lembrar que as despesas operacionais são aquelas que possuem conexão
Lucro Líquido
Li =
Receita Líquida
255
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Tabela 5 – Cálculo do Lucro Líquido
Receita Bruta
(-) Deduções
= Receita Líquida
(-) Custo das mercadorias vendidas ou Custo dos produtos vendidos
= Lucro Operacional Bruto
(-) Despesas operacionais
= Lucro operacional
(+/-) Receitas/ Despesas não operacionais
= Lucro antes dos impostos sobre o lucro
Texto complementar
A análise inanceira é uma técnica amplamente empregada para apoio das de-
cisões empresariais.
inalidades:
256
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crescimento da concorrência;
benchmarking setorial;
257
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A análise inanceira é fundamental para a administração de uma entidade
porque tem uma função de orientação, evitando que decisões sejam tomadas sem
a atenção aos critérios necessários.
Atividades
258
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3. Classiique as airmações em V para verdadeira ou F para falsa.
Referências
2. Porque revelam aspectos da dinâmica patrimonial por meio dos prazos médios
e auxiliam o gestor a entender a origem dos problemas associados à falta de
sintonia dos elementos patrimoniais.
3. V, F
259
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Orçamento e Orçamento e
Indicadores
Indicadores
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