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Chapecó
2018
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Chapecó
2018
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BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. .....................................
Orientador
Instituição a que pertence
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Prof. ......................................
Instituição a que pertence
_________________________________________
Prof. ......................................
Instituição a que pertence
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer aos meus avós. São eles quem apoiam minhas
escolhas, que estiveram do meu lado em todas as fases da minha vida e o verdadeiro
significado de família. Muito obrigada por todo apoio e por confiar em mim.
Aos meus amigos, sou muito grata por todo bem que me fazem e todos os bons
momentos, todo o suporte e a motivação que vocês proporcionaram, dentro e fora da
faculdade, perto ou distante de mim. Principalmente à Alessandra, colega de curso que vou
levar como amiga para a vida e a Camila, que fez grande diferença durante o período de
graduação. Agradeço também, de todo coração, à Angélica, Luma e Isabella, por todo apoio e
ajuda que recebi de vocês. Taísa, Mirian, Luana, Eniely, Patrícia, Roberta, Chuck, Fidel,
Sinara, Alex, Patrick e Renan, muito obrigada também, por tudo. Devo lembrar de amigos que
mesmo distantes, foram de grande valor neste período em que precisei de muito apoio:
Daniel, Marcelo, Carol, Breno, Lucas e João, agradeço a vocês também. Ao Sr. Frozza e sua
esposa, agradeço por todo o carinho, pelos momentos que me permitiram estudar em seu
ambiente e por serem pessoas tão queridas comigo.
Agradeço também à coordenação do curso de Engenharia de Produção,
especificamente à professora Mara, que exerce seu papel de forma fantástica e trata seus
alunos de maneira acolhedora, além de ser uma pessoa incrível. Ao professor e orientador
Marcel, também gostaria de agradecer, inclusive por todo apoio e paciência durante o período
de elaboração deste trabalho. Agradeço também aos professores Andresa, Rafael e Tatiana
por todo conhecimento transmitido em suas aulas e que muito agregaram na minha formação
profissional. Agradeço ao professor Paulo, que mesmo atuando em outro curso na instituição,
sempre ofereceu apoio em questões acadêmicas e profissionais. Dedico também, este trabalho
à professora Ana Claudia, in memorian.
À empresa Indemafri, agradeço pela oportunidade e todo desenvolvimento profissional
que está me proporcionando, é uma enorme satisfação trabalhar com vocês.
Finalizando, gostaria de agradecer a eu mesma. Passei por momentos difíceis durante a
graduação e que foram pouco compreensíveis aos olhos de muitas pessoas. Momentos estes
que trouxeram muita escuridão aos meus dias e me debilitaram diante da vida em muitos
aspectos. Graças aos meus amigos e meus avós, encontrei motivação para lutar contra a
depressão e perceber que sou maior do que eu mesma julgava.
Desejo que numa noite de escuridão, todos encontrem ao menos uma razão para
continuar vivendo.
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RESUMO
ABSTRACT
The production's manage of an industry, regardless of the sector it operates, is essential for
good performance and, consequently, good results from it. The lack of a production plan and
working methods to plan and control its activities causes imbalance within the company,
affecting other sectors, since through production it is possible to generate consistent
information that will be used in moments such as the acquisition of materials or in the
preparation of orders and budgets, in addition to selling and shipping their products. Through
this scenario, the present study seeks to find proposals to improve the production and process
management of a metalworking industry through the implementation of work methods related
to production planning and control. After analyzing the study environment and the available
resources, the initial procedures for the implementation of the PCP sector were established,
with the main adjustments that need to be made to make it work so that its tasks can be
performed with the help of the ERP used for the company.
Key words: Production Management. Metalworking Industry. Planning and Control. ERP.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
1.1 PROBLEMA .................................................................................................................. 15
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 16
1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 16
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 16
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 38
3.1 TIPOS DE MÉTODOS CIENTIFICOS ......................................................................... 38
3.2 NÍVEIS DE PESQUISA................................................................................................. 39
3.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA .............................................................................. 40
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ............................................................. 42
3.5 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO ALVO .................................................... 43
3.6 TÉCNICA DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................. 44
4 EMPRESA............................................................................................................................ 45
5 RESULTADOS DO ESTUDO............................................................................................ 49
5.1 DIAGNOSTICO DA ÁREA .......................................................................................... 49
5.1.1 Problemas Encontrados no Fluxo Atual ...................................................................... 52
5.2 PROPOSTAS DE MELHORIAS NA ÁREA ................................................................ 56
5.2.1 Primeiros Ajustes no Sistema ...................................................................................... 56
5.2.1.1 Cadastro de Itens ...................................................................................................... 56
5.2.1.2 Componentes dos itens ............................................................................................. 58
5.2.2 Ajuste do Cadastro de Processos e Funcionários ........................................................ 61
5.2.3 Ordem de Produção ..................................................................................................... 64
5.2.4 Painel de PPCP ............................................................................................................ 67
12
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 76
13
1 INTRODUÇÃO
A organização dos sistemas de produção ganhou sua devida importância dentro das
indústrias, visto que as mesmas contribuem para um melhor desempenho dentro delas. De
acordo com Fernandes e Filho (2010), um sistema de produção é um conjunto de elementos
(humanos, físicos e procedimentos gerais) que estão interligados e projetados para gerar
produtos finais, cujo valor final supere o valor dos custos para produzi-lo. Para Corrêa et al
(2007), planejar é entender como uma visão da situação presente e do futuro influência nas
decisões a serem tomadas no presente para que atinjam os objetivos determinados no futuro.
Conforme Oliveira (2009), o propósito do planejamento pode ser definido como o
desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam
uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos
objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido,
coerente, eficiente e eficaz. A falta de planejamento pode implicar em problemas agravantes
dentro da empresa e que provavelmente serão percebidos pelo ambiente externo, pois uma
produção pouco organizada acaba gerando atrasos e afetando prazos de entrega dos produtos
aos clientes.
O controle da produção permite que se obtenha conhecimento e informações
consistentes de todas as etapas e quando feito de forma eficaz, contribui para a eficiência dos
demais setores. Neste sentido, entra o setor de Planejamento e Controle da Produção,
conhecido como PCP. De acordo com Slack et al (2009), o PCP é definido como a função
administrativa responsável para garantir que a produção ocorra eficazmente e produza
produtos e serviços da forma adequada, desde que se tenha os recursos produtivos disponíveis
na quantidade certa, momento adequado com o nível de qualidade garantido. O planejamento
de produção construirá um plano que, quando cumprido, organizará e distribuirá de melhor
maneira o trabalho dentro da fábrica, evitará desperdícios e atenderá a demanda conforme
estipulado aos clientes.
Portanto, para a realização deste trabalho, analisaram-se os conceitos de Planejamento
e Controle da Produção (PCP) e suas possíveis aplicações na empresa escolhida para ambiente
de estudo, com o intuito de propor um modelo de programação da linha de produção e de
sugerir ferramentas para o gerenciamento da mesma, em busca de melhores resultados
industriais que beneficiarão também a administração dos materiais, o setor de vendas e de
projetos e também resultará em uma produção mais sistemática e organizada. Deste ponto, foi
observada a situação atual da fábrica analisada (indústria metal-mecânica de pequeno porte),
14
levantados quais pontos são prejudiciais no presente método de trabalho e como pode ser
melhorado.
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1.1 PROBLEMA
A maioria de seus clientes são os consumidores finais dos produtos, grande parte
retorna em busca de adquirir peças de reposição, e muitos deles, em situação de emergência.
Portanto, o prazo de entrega dos produtos é de grande importância no momento em que o
cliente aprova o orçamento, porém o mesmo deve sempre respeitar as condições da produção
na empresa. O problema nessa questão, é que a fábrica abordada possui apenas conhecimento
empírico dos prazos de entrega baseados supostamente na demanda atual e em fabricações
anteriores do mesmo equipamento. Em paralelo, ocorrem choques de informações repassadas
aos clientes, sobrecarregando a produção em prazos apertados em alguns momentos,
resultando atrasos perante os clientes.
Além das complicações nos prazos de entrega, percebe-se que a empresa possui
desvantagens no controle da produção, visto que não consegue obter informações sólidas e
uniformes, dificultando a programação da mesma e o sequenciamento de tarefas dentro dela,
mesmo que a empresa possua um sistema de gerenciamento informatizado para ajudar a
estruturar a organização e os métodos de fabricação. De acordo com o cenário apresentado,
como é possível estruturar o setor de planejamento e controle da produção e com quais
ferramentas ele pode inicialmente atuar?
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1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E RESPECTIVAS CARACTERÍSTICAS
Lacombe (2009) afirma que administrar é obter resultados por meio de pessoas, ou
seja, é o ato de trabalhar com pessoas para realizar os objetivos da organização e de seus
membros. Jacobs, Chase e Souza (2009) salientam que fazer uma administração de produção
com baixo custo e que atenda as expectativas dos clientes é fundamental para o sucesso da
empresa. É responsabilidade do administrador da produção entender os objetivos da
organização, entender todos os processos e como interligá-los para que obtenha um melhor
desempenho específico, como: custos, qualidade, prazo de entrega, flexibilidade, inovação
produtiva (MARTINS E LAUGENI, 2002)
Martins e Laugeni (2002, p.1) afirmam que a Produção é entendida como um
“conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com
maior utilidade”, ou seja, agrega valor ao bem. O sistema produtivo é basicamente
considerado pelas empresas como uma via de processamento que objetiva transformar
entradas (insumos) em saídas (produtos) úteis aos clientes (TUBINO, 2007). O input é
dividido em dois grupos, conforme Slack et al (2009):
● Recursos de entrada a serem transformados: é um composto de materiais, informações e
consumidores;
● Recursos de entrada de transformação: é responsável por agir sobre os recursos
transformados e é dividido em instalações e funcionários.
Nas saídas, encontramos os produtos e serviços transformados. Slack et al (2009) os
diferencia em:
● Dimensão volume de output: o volume de produção tem implicações importantes na
organização da produção, consequentemente, quanto maior o volume maior será o grau de
repetições das tarefas de cada funcionário, e maior será a sistematização do trabalho;
● Dimensão variedade de output: a padronização e regularidade de um determinado
serviço pode ter custos relativamente baixos se comparado com um serviço que oferece uma
maior flexibilidade;
● Dimensão variação de demanda do output: um produto ou serviço que possui uma
demanda padronizada é mais eficiente tanto para a empresa quanto para o consumidor, caso
contrário, esta variação pode acarretar em aumento de custos e dificuldade de planejamento
de produção;
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os desvios, sua magnitude e fornecendo subsídios para que os responsáveis pelas as ações
corretivas possam agir. A ocorrência de desvios entre o programa de produção planejado e o
executado é a situação mais comum, apesar de teoricamente os recursos necessários para a
execução dos planos de produção terem sido planejados e programados.
Dentre as atividades de Gestão da Produção, a Programação da Produção caracteriza-
se como uma das mais difíceis tarefas relacionadas ao planejamento da produção, devido a
necessidade de combinar os diferentes recursos presentes na linha de produção. Esta atividade
visa criar o cronograma para a realização de operações, sendo uma tarefa complexa e ao
mesmo tempo fundamental (SLACK et al., 2009). A Programação da Produção determina o
sequenciamento de tarefas em máquinas, especificando os tempos de início e fim de
processamento de cada tarefa. Em outras palavras, consiste em determinar a ordem ou
sequência em que as máquinas irão processar as tarefas de modo a otimizar considerando
alguma (s) medida(s) de desempenho (JOHNSON; MONTGOMERY, 1974).
Existem algumas responsabilidades aplicáveis para qualquer tipo de produção,
seguindo a teoria de Slack et al (2009):
● Entendimento dos objetivos estratégicos da produção: realização em duas etapas, a
primeira é entender o papel do processo na organização e qual a contribuição nos objetivos
organizacionais a longo prazo, e a segunda, definir os objetivos de desempenho de produção;
● Desenvolvimento de uma estratégia de produção para a organização: é um conjunto de
princípios visando alcançar os objetivos a longo prazo;
● Projeto dos produtos, serviços e processos de produção: conjunto de atividades que
servem como modelo para as outras atividades da organização;
● Planejamento e controle da produção visando melhoria do desempenho produtivo.
Como todo sistema complexo, dependendo da quantidade de variáveis e do grau
incerteza, uma estrutura de decisão com um maior ou menor número de níveis de
planejamento deve ser projetada para o sistema de produção (VOLLMANN et al., 2006).
Os planejamentos de curtos e médios prazos envolvem um maior foco na parte de
controle, mas sempre sendo guiado pelas metas estabelecidos pelos planejamentos de longo
prazo, sendo que esses que vão ditar as condutas e as tomadas de decisão feitas durante o
controle (SLACK et al., 2009). De acordo com os autores, Slack et al. (2009), pode-se
programar uma operação de diversas formas:
a) De frente para trás: onde os pedidos começam a ser feitos o mais cedo possível;
b) De trás para a frente: os pedidos são feitos o mais tarde possível, sem prejudicar a data de
sua entrega;
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c) Por prioridade: os itens, pedidos ou consumidores mais importantes são processados antes
dos demais, independentemente da sua ordem de chegada pelo fato desses terem uma
prioridade maior que os outros;
d) Padrões de trabalho: usado em atividades em que o recurso principal são as pessoas.
Assim, essa programação visa garantir que sempre haverá a quantidade certa de pessoas
Segundo Oliveira (2009), o uso da palavra estratégia está associado às grandes
decisões tomadas em uma empresa, caracterizam-se por ter influência no longo prazo e por
impactar a organização como um todo. Davis, Aquilano e Chase (2001) também dividem a
estratégia da produção em três tipos de planejamento possíveis:
Planejamento Estratégico: Para Maximiano (2000), o planejamento estratégico é
definido como o processo de elaborar uma estratégia, com base na análise do ambiente e nos
sistemas internos da organização. Desta forma, o processo do planejamento consiste em
estabelecer objetivos com relação ao ambiente, considerando os desafios e as oportunidades
internas e externas da empresa.
Segundo Djalma Oliveira (1999, p. 46) o planejamento estratégico diz respeito “tanto a
formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para a sua
consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e a sua evolução
esperada”. Oliveira (1999) define como partes integrantes do planejamento estratégico:
a) Diagnóstico Estratégico, na qual busca-se determinar “como a empresa está”, por meio
da identificação da visão, análise externa, análise interna, análise dos concorrentes;
b) Missão da Empresa, neste ponto é estabelecida a razão de ser da empresa. Esta fase de
divide em estabelecimento da missão, estabelecimento dos propósitos atuais e potenciais,
estruturação e debates de cenários, estabelecimento da postura estratégica, estabelecimento
das macroestruturas e macropolíticas;
c) Instrumentos prescritivos e quantitativos. Nesta fase, busca-se estabelecer caminhos para
se chegar a situação desejada.
Planejamento Tático: Djalma Oliveira (2013), define o planejamento tático como
sendo uma metodologia administrativa que tem por objetivo otimizar determinada área de
resultado e não a empresa como um todo. Segundo Gianotti (2004), o planejamento tático é
compreendido como o primeiro desdobramento do planejamento estratégico, pois traduz os
objetivos e planos estratégicos em sub-planos específicos relacionados às unidades da
organização.
Planejamento Operacional e Controle: O planejamento operacional atua na
formalização dos planos estabelecidos nos níveis precedentes. Este planejamento visa a
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execução dos planos de ação, orienta as atividades a curto prazo e se ocupa em formalizar as
metodologias previamente desenvolvidas para as unidades (GIANOTTI, 2004). Nesta fase são
gerados os indicadores de desempenho e avaliações da situação da empresa. De acordo com
Djalma Oliveira (1999), controle é definido como:
Para Costa Junior (2012), o principal objetivo de uma empresa é obter o máximo de
produtividade a um custo baixo. Esse objetivo é alcançado através do combate aos
desperdícios e do melhor aproveitamento dos recursos de transformação.
Gaither e Frazier (2002) chamam os objetivos de desempenho de prioridades
competitivas. Eles citam como prioridades: baixos custos de produção, desempenho de
entrega, produtos e serviços de alta qualidade, serviços ao cliente e flexibilidade.
Para Fernandes e Godinho Filho (2010), dois métodos são utilizados para realizar o
planejamento agregado: método de planilhas e métodos avançados. Os métodos das planilhas
são simples, envolve a técnica de tentativa e erro, e existem seis tipos de estratégias que
podem ser aplicadas, sendo elas:
Estratégia do acompanhamento da demanda: não considera a formação de estoques,
flexibilidade de produção, acompanhamento da demanda e evita o alto custo dos estoques.
Estratégia da força de trabalho constante permitindo faltas: a força de trabalho é mantida
constante ao longo do tempo, os estoques são armazenados para serem utilizados nos
períodos nos quais a demanda é maior, o estoque negativo é permitido e existe um custo de
estoque negativo.
Estratégia da força de trabalho constante não permitindo faltas: parecida com a estratégia
anterior, porém não é permitido o estoque negativo.
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PEPS – Primeira que Entra Primeira que Sai: os lotes são processados de acordo com
sua chegada no recurso;
MTP – Menor Tempo de Processamento: os lotes serão processados de acordo com os
menores tempos de processamento no recurso;
MDE – Menor Data de Entrega: os lotes serão processados de acordo com as menores
datas de entrega;
IPI – Índice de Prioridade: os lotes serão processados de acordo com o valor da
prioridade atribuída ao cliente ou ao produto;
ICR – Índice Crítico: os lotes serão processados de acordo com o menor valor do
resultado de:
((data de entrega) - (data atual)) / (tempo de processamento)
IFO - Índice de Folga: os lotes serão processados de acordo com o menor valor do
resultado de:
((menor valor de data de entrega) - (somatório dos tempos de processamento)) / (número
de operações restantes)
IFA – Índice de Falta: os lotes serão processados de acordo com o menor valor do
resultado de:
(Quantidade em estoque) / (taxa de demanda)
Fernandes (2006) afirma que o sequenciamento é imprescindível para a
competitividade das empresas. Uma boa programação dos pedidos pode evitar desperdício de
tempo, estoque, mão de obra entre outros, permitindo que os esforços da empresa na produção
estejam coordenados para atender os seus objetivos.
Tubino (2000) explica que a primeira etapa consiste em definir a razão pela qual se
necessita de previsões. Que produto (ou família de produtos) será previsto, com que grau de
acuracidade e detalhe a previsão trabalhará, e que recursos estarão disponíveis para esta
previsão. Segundo Arnold (2008) e Tubino (2000), à medida que as previsões forem sendo
alcançadas pela demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda real e a
prevista, para verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda são válidos.
Para os autores Arnold (2008) e Tubino (2000), à medida que as previsões forem
sendo alcançadas pela demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda
real e a prevista, para verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda são válidos. De
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acordo com Francischini e Gurgel (2004), o consumo real de determinado item possui os
seguintes componentes:
Padrões básicos de comportamento ao longo do tempo, que podem ser estimados por
métodos de previsão;
Variáveis aleatórias, cujas causas são tão variadas que se torna virtualmente impossível
prevê-las.
Quanto à natureza, há dois métodos para se estimar a demanda:
Métodos qualitativos - baseados em opiniões e estimativas de diretores, gerentes,
vendedores e consultores especializados;
Métodos quantitativos - baseados em ferramentas estatísticas e de programação da
produção, pressupondo a utilização de cálculos matemáticos
Corrêa et al (2007) afirmam que, para a previsão de demanda, deve-se escolher um
método que leve em consideração diversos fatores como a natureza do produto, horizonte de
previsão e disponibilidade de dados. O primeiro passo a ser dado na modelagem matemática
dos dados históricos é a análise destes e a escolha de uma hipótese que mais se assemelhe ao
seu comportamento.
De acordo com Mesquita (2008), a previsão da demanda assume um papel central no
processo de planejamento da empresa de manufatura. Com base nessa informação, são
tomadas as principais decisões financeiras, comerciais e operacionais, impactando
diretamente a empresa.
Finalizando o tópico, Tubino (2000) afirma que apesar da evolução dos recursos
computacionais e da sofisticação matemática das técnicas de projeção, a previsão da demanda
dos produtos não é uma ciência exata; envolve uma boa dose de experiência e julgamento
pessoal do planejador.
De acordo com SLACK et al. (2002), prover a capacidade produtiva para satisfazer a
demanda atual e futura é uma responsabilidade fundamental na administração da produção.
Capacidade produtiva é a quantidade máxima de peças/produtos e/ou serviços que podem ser
produzidos em uma unidade produtiva, em um determinado período de tempo (MOREIRA,
2004). Para Staudt et al (2011), conhecer a capacidade atual da empresa implica não só
conhecer o processo, mas também em se ter a percepção de que os retrabalhos e/ou refugos
devem ser calculados, pois, os mesmos consomem tempo e recursos dentro da capacidade
29
Segundo Davis, Aquilano e Chase (2001), a capacidade produtiva é afetada por fatores
internos e externos. Os fatores internos são: projeto de produto e serviço pessoal e empregos;
leiaute de planta e fluxo de processos, capacidades e manutenção de equipamentos,
administração de materiais, sistemas de controle de qualidade; capacidades de administração.
E dentre os fatores externos, incluem-se: legislação governamental (horas de trabalho,
segurança, poluição); acordos com sindicatos; capacidades do fornecedor.
Segundo Moreira (2008,), existem duas formas de se medir a capacidade de uma
unidade produtiva, podendo ser por meio da produção ou por meio dos insumos. Sendo este
um estudo de caso em uma unidade produtiva, é discutido apenas medidas de capacidade por
meio da produção, pois a medição por meio de insumos é indicada para operações de serviços.
O mesmo autor cita sobre a necessidade de equipamentos:
É preciso que se analise cada um dos itens que serão produzidos e as operações
envolvidas. Estima-se então o tempo de processamento t (em minutos, por exemplo)
para cada operação. Como os equipamentos não operam durante todo o tempo,
devido a paradas inevitáveis para preparação para as operações, a manutenção e as
provisões para falhas, deve-se estima a eficiência e da operação, ou seja, a fração do
tempo em que se espera que o equipamento esteja operando (MOREIRA, 2008, p.
146).
Sendo:
k: representa as atividades (i = 1, 2,..., k) que podem ser executadas por qualquer
pessoa;
Ni: é dada pela demanda diária para a atividade;
ti: é a duração media da atividade i em minutos;
e: é a eficiência média do colaborador e;
T é duração da jornada de trabalho em horas.
31
Sendo:
n = número de ciclos a serem cronometrados
z = coeficiente da distribuição normal padrão para uma probabilidade determinada
R = amplitude da amostra
d2 = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas preliminarmente
x = média da amostra
Onde:
N= número de ciclos a serem cronometrados;
Z= coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade determinada;
R= amplitude da amostra;
Er= erro relativo da medida;
d2= coeficiente em função do número de cronometragens realizadas preliminarmente;
x= média dos valores das observações.
Um projeto de um sistema ERP por ser um trabalho que exige uma integração geral,
em todas as variáveis de decisão, apresenta alguns pontos que devem ser destacados, no
momento de gerenciar o desenvolvimento e a aplicação, onde fatores alheios a especificações
técnicas aparecem como fontes de sucesso, como o gerenciamento do projeto e o
envolvimento dos colaboradores, com a adaptação ao novo sistema (GRABSKI; LEECH,
2007).
não serem gratuitos, possuem um custo baixo de aquisição quando comparados à softwares
proprietários. De acordo com Mendes (2006):
O software livre prega as liberdades para usar, estudar, mudar e redistribuir o
software, pilares desse movimento que tem na abertura do código-fonte a principal
bandeira. Seu surgimento emerge como manifesto de contestação ao exercício
absoluto dos direitos de propriedade intelectual. O movimento conseguiu adeptos no
mundo todo, incluindo pessoas físicas e jurídicas e, entre estas, grandes empresas
transnacionais (MENDES, 2006, p. 118).
3 METODOLOGIA
Este capítulo é reservado ao desenvolvimento metodológico, com o objetivo de
levantar as técnicas utilizadas na elaboração deste projeto de pesquisa.
De acordo com os autores Prodanov e Freitas (2013), podemos definir a metodologia
científica como a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para
construção do conhecimento, com o objetivo de comprovar sua validade e utilidade nos
diversos âmbitos da sociedade.
Uma pesquisa, de acordo com o autor Gil (2008), exige que as ações desenvolvidas ao
longo de seu processo sejam efetivamente planejadas, concebendo o planejamento como a
primeira fase da pesquisa, que envolve a formulação do problema, a especificação de seus
objetivos, a construção de hipóteses, a operacionalização dos conceitos etc. O autor ainda
defende que a estrutura de um projeto “é determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado
e também pelo estilo de seus autores. É necessário que o projeto esclareça como se processará
a pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser
alocados para atingir seus objetivos” (GIL, 2008, p. 20).
Para Silva e Menezes (2005), a metodologia científica é entendida como um conjunto
de etapas ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação de um fenômeno.
Estas etapas incluem a escolha do tema, planejamento da investigação, desenvolvimento
metodológico, a coleta e a tabulação de dados, a análise dos resultados, a elaboração das
conclusões e até a divulgação de resultados. Portanto, a presente pesquisa buscou
problematizar e propor soluções para o gerenciamento da produção da empresa objeto deste
estudo e como aplica-las nesta indústria metalmecânica, buscando propor a implantação de
métodos de planejamento e controle da produção abordadas na empresa
Para levantar propostas consistentes e válidas neste estudo, foi importante analisar o
que dizem os autores estudados durante a pesquisa bibliográfica. Conceituando pesquisa
bibliográfica, podemos dizer que a mesma é elaborada a partir de material já publicado, como
livros, publicações em periódicos e artigos científicos, monografias, entre outros, colocando o
pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Para
Gil (2008, p.45), “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que
poderia pesquisar diretamente”. O autor (GIL, 2008) complementa que a pesquisa
bibliográfica contribuirá para que o pesquisador obtenha obter informações sobre a situação
atual do tema ou problema pesquisado, conheça publicações existentes sobre o tema e os
aspectos que já foram abordados e verifique as opiniões similares e diferentes a respeito do
tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa.
Quanto ao estudo de caso, o qual será a aplicação do conhecimento científico ao
campo de estudo, no caso a empresa objeto dessa pesquisa, afinal o estudo de caso é utilizado
quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que
permita o seu amplo e detalhado conhecimento (YIN, 2001). Este modelo de estudo possui
diversos propósitos, tais como (GIL, 2008, p. 54):
a) explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;
b) preservar o caráter unitário do objeto estudado;
c) descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação;
d) formular hipóteses ou desenvolver teorias;
e) explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito complexas que
não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos.
Portanto, este estudo segue as características propostas ao longo deste capítulo.
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo
de análise é confrontado aos dados coletados. Ao longo dessa etapa, várias informações são,
portanto, coletadas (GERHARDT E SILVEIRA, 2009).
A coleta de dados de uma pesquisa bibliográfica ocorre através da localização de
fontes relevantes ao tema abordado neste estudo e a reorganização das ideias de diversos
autores de forma sistemática. A preparação cuidadosa de uma pesquisa bibliográfica é
condição essencial para seu sucesso de uma pesquisa. Quanto mais adequada for essa
43
Boaventura (2004) afirma que o estudo de caso possui uma metodologia de pesquisa
classificada como Aplicada, na qual se busca a aplicação prática de conhecimentos para a
solução de problemas sociais. A pesquisa aplicada objetiva “gerar conhecimentos para
aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais” (GERHARDT E SILVEIRA, 2009, p.35).
De acordo com Prodanov e Freitas (2013), o estudo de caso consiste em coletar e
analisar informações sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma
comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da
pesquisa. O presente estudo foi aplicado nos setores de engenharia/projetos e de produção da
indústria objeto deste estudo, analisando os procedimentos abordados nos setores, seus
respectivos métodos de trabalho e como seu desempenho é influenciado por tais métodos. Os
resultados desta pesquisa serão propostos posteriormente para que os mesmos sejam
implantados nos setores indicados, visto que um dos motivos da escolha deste tema é
melhorar o desempenho deles e a eficiência da empresa.
44
Para Gil (2008), análise qualitativa é menos formal do que a análise quantitativa, pois
nesta última seus passos podem ser definidos de maneira relativamente simples. Neste estudo,
os dados foram tratados de forma qualitativa, pois os mesmos foram levantados e analisados
de forma intuitiva, sem instrumentos formalizados, em busca de compreender a situação e
trazer soluções para ela.
45
4 EMPRESA
Indemafri®, empresa objeto deste estudo, é uma empresa fundada em 1997, atuando
no setor metalmecânico com o intuito de produzir máquinas e equipamentos para a indústria
alimentícia, sobretudo para frigoríficos.
Sua sede atual localiza-se no bairro Quedas do Palmital, na cidade de Chapecó – SC,
conhecida por ser polo e estar localizada em uma região onde estão instalados diversos
abatedouros e indústrias de processamento de carnes, assim como outras indústrias do setor
metalmecânico.
Figura 01 – Empresa
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https://www.indemafri.com.br
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destacar, entre seu mix de produtos oferecidos, os equipamentos para abatedouros de aves,
suínos e bovinos, produzindo equipamentos desde a recepção, até a embalagem final, assim
como as respectivas peças de reposição para realizar a manutenção dos mesmos de acordo
com o projeto do fabricante, aumentando assim a sua longevidade. Entre seus produtos, estão:
a) Transportadores aéreos: Utilizados principalmente para transportar carcaças de animais
entre os processos dos abatedouros, como a sangria, escalda, etc. A empresa produz e vende
os transportadores completos, assim, como peças para manutenção dos mesmos, como trilhos,
rodas-guias, ganchos, entre outros itens. Na figura 02 é possível ver parte de um transportador
aéreo com os ganchos para a pendura de aves:
5 RESULTADOS DO ESTUDO
5.1 DIAGNOSTICO DA ÁREA
para posterior emissão de documentos contábeis, enquanto a ordem de produção está sendo
utilizada apenas para cadastro de matérias-primas, mesmo que ela possa oferecer informações
para o gerenciamento da produção ao realizar seus cadastros corretamente.
3. Projeto: O setor de projetos, além de focar no desenvolvimento de equipamentos, acaba
controlando os desenhos de equipamentos existentes e de peças de reposição. A empresa atua
na venda de produtos por demanda e de acordo com a especificação de clientes, o que exige
uma maior atenção do mesmo. A figura 07 demonstra o formulário utilizado no setor de
projetos/produção:
2
Módulos: Divisões do sistema ERP, por exemplo: Módulo de Produção, Módulo de Suprimentos, etc.
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Equipamentos Padronizados
15-20 dias
de Baixa Complexidade
Equipamentos Especiais de
20 - 25 dias
Baixa Complexidade
Equipamentos Padronizados
45 dias
de Alta Complexidade
Equipamentos Especiais de
60 - 75 dias
Alta Complexidade
Fonte: A Autora (2018)
Esses prazos são baseados através da experiência de pessoas que trabalham na fábrica,
mas os mesmos não têm qualquer fundamento coerente com qualquer estudo ou informações
mensuradas na produção. Essas informações, quando repassadas sem qualquer controle e sem
qualquer cruzamento com uma programação da produção para o período, ocasionam atrasos
na entrega de produtos, desequilíbrio na distribuição de itens à serem produzidos por período,
etc.
Atividades desnecessárias para o setor de projetos: Equipamentos padronizados
evitariam a movimentação de informações para o projeto, assim como a preparação de
desenhos de peças de reposição, que exigem apenas a organização, impressão e cadastro das
mesmas. Tais atividades podem sobrecarregar o projeto em momentos de alta demanda, visto
que o mesmo precisa dedicar tempo para novos produtos e produtos sob medida.
Falta de gerenciamento dos processos: sem planejamento, não é possível implantar
ações dentro da produção e ocorrem problemas de comunicação pelo fato de que as
informações entre os setores não estão agregadas.
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Itens Solicitados
Qtde. Produto
20 Carros para Congelamento de Produtos
Através do quadro, podemos perceber que o item que deveria ser entregue no dia
20/02/2018, foi entregue no dia 05/03/2018, visto que a empresa não exclui de seus prazos os
dias úteis. Para entender os motivos que geraram o atraso de 13 dias na entrega do produto,
foi utilizado o Diagrama de Ishikawa, conforme a figura 08, para levantar as causas do
problema:
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3
Criado através do site https://realtimeboard.com/.
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propõe-se separar os projetos padrão dos projetos elaborados sob medida para os clientes,
para facilitar a localização e execução dos mesmos, conforme a figura 10:
Propõe-se também, separar os itens de acordo com seus grupos para uma melhor
organização dos mesmos e inserir no nome de cada pasta, os códigos equivalentes ao item no
sistema. Dentro da pasta de cada item, propõe-se criar subpastas com os conjuntos principais
do equipamento e seus respectivos códigos. Além destes, cabe aqui os arquivos com os planos
de corte e esquemas elétricos de cada equipamento, conforme a figura 11:
Percebe-se que nesta etapa foram utilizados apenas cadastros iniciados com o código
05, representando os conjuntos do equipamento, conforme explicado anteriormente. Após
cadastrar os conjuntos equivalentes ao projeto, deve-se abrir o cadastro de cada conjunto e
inserir os conjuntos menores e os materiais utilizados na fabricação do produto, conforme é
possível ver na figura 13:
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O mesmo procedimento pode ser realizado nos conjuntos menores e nas peças de
reposição. Essas informações irão compor, posteriormente, a ficha técnica do equipamento,
assim como evitarão o recadastramento das mesmas peças, pois o sistema automaticamente
trará as mesmas para as ordens de produção, independente se o item vendido for o
equipamento completo ou um conjunto dele.
Ao final do cadastramento, teremos a estrutura completa do produto. Na figura 14,
podemos ter uma breve noção da árvore de produtos do sistema, porém, como até aqui foi
apenas levantado a proposta e ainda não está implantada, faltam informações no relatório
extraído do sistema. Nesta figura, podemos ver o cadastro do equipamento com seus
respectivos conjuntos, subconjuntos e materiais que compõem ele:
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Após ajustar o cadastro dos itens, é preciso ajustar o cadastro dos processos e dos
funcionários para futuramente formar a ordem de produção que almejamos. Propõe-se então,
realizar o cadastro dos setores, como engenharia, usinagem, entre outros e levantar os custos
de mão de obra e as despesas, para no final formar os custos de cada um deles. A figura 15
demonstra a tela do cadastro dos setores e os campos para informar seus respectivos custos:
Após cadastrar os setores, é preciso vincular seus respectivos processos na aba que irá
aparecer ao concluir o cadastro. Os processos são cadastrados em outra tela e em seu cadastro
é informado também o setor responsável, informações de custos, entre outros dados, conforme
a figura 16:
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A leitura dos códigos nos processos de fabricação resultará no cálculo real dos tempos
de fabricação do item, processo a processo e também o cálculo da produtividade individual e
geral dos setores. A figura 24 traz o modelo de relatório de cálculo de produtividade, a partir
da análise dos tempos de produção:
A partir destes relatórios, com uma base de dados devidamente informada, será
possível definir o tempo de produção de um item, o custo em mão de obra, etc. de um período
ou um equipamento/OPD.
Com um responsável gerando diariamente a programação da produção, recomenda-se configurar o painel para consulta. A configuração
apresentada na figura 26 é apresentada de forma resumida, útil para setores que apenas desejam ver o que está sendo produzido e por qual
setor/funcionário, além da previsão de finalização:
Já o painel da figura 27, traz informações mais detalhadas, como o sequenciamento da produção por funcionário (informado no Módulo
da OPD), início e previsão de finalização da OPD e permite mover o processo para outro funcionário caso exista a necessidade:
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Através da integração das ferramentas propostas, irão ocorrer mudanças no fluxo dos
processos apresentados anteriormente. O novo fluxo é apresentado na figura 28:
Conforme visto nos tópicos iniciais, existem procedimentos a serem feitos antes do
setor de PCP funcionar. Para acompanhar o processo de ajustes e de implantação, proponho a
utilização de um software livre, o ProjectLibre®4, programa de código-aberto (Open Source)
equivalente ao MS Project®. A utilização do software, neste momento, é para gerenciar a
implementação do PCP, cadastro e controle dos procedimentos a serem feitos no processo,
obtendo maior conhecimento de cada etapa que for realizada.
O programa permite o controle das tarefas, datas, verificação do andamento das
atividades, entre outras configurações no painel que pode ser ajustado de acordo com as
necessidades do gestor do cronograma. O LibreProject® também gera um gráfico de Gant,
relatórios, diagramas, entre outras informações relevantes a partir da base de dados inicial. Na
figura 29 temos um exemplo da tela inicial do programa, onde são inseridos os processos,
prazos, data inicial e final, assim como é visualizado o gráfico mencionado:
4
Disponível para download em https://sourceforge.net/projects/projectlibre/
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Lembrando que os valores presentes nas imagens não são reais pois a maioria dos procedimentos mencionados nesse estudo são apenas
propostas até o momento e os mesmos serão ajustados de acordo com a situação atual caso estas propostas sejam aprovadas. Recomenda-se ao
gerenciador da implantação do setor, que informe os recursos utilizados corretamente, para que obtenha controle real do processo.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Editora Atlas, 1993
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http://www.revistaensinosuperior.com.br/textos.asp?codigo=12426>. Acesso em Maio de
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