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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GESTÃO DE ESCRITÓRIO CONTÁBIL: UM ESTUDO DE


CASO NA EMPRESA SERCOP ASSESSORIA CONTÁBIL
LTDA.

CAMILA NANDI ZANELA

CAPIVARI DE BAIXO
2015
FACULDADE CAPIVARI - FUCAP
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CAMILA NANDI ZANELA

GESTÃO DE ESCRITÓRIO CONTÁBIL: UM ESTUDO DE


CASO NA EMPRESA SERCOP ASSESSORIA CONTÁBIL
LTDA.

Trabalho de Conclusão de curso


submetido ao Curso de Graduação de
Ciências Contábeis da Faculdade
Capivari para a obtenção em Ciências
Contábeis.
Orientadora: Profª Msc. Roseli Costa
Bonifácio

CAPIVARI DE BAIXO
2015
Camila Nandi Zanela

GESTÃO DE ESCRITÓRIO CONTÁBIL: UM ESTUDO DE


CASO NA EMPRESA SERCOP ASSESSORIA CONTÁBIL
LTDA.

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado(a) adequado(a)


para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis,
aprovado(o)a em sua forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 09 de junho de 2015.

______________________
Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo
Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

________________________
Prof.ª Msc. Roseli Costa Bonifácio
Orientadora
Faculdade Capivari

______________________
Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo
Membro da banca
Faculdade Capivari

________________________
Profº. Especialista Fernando Pacheco
Membro da banca
Faculdade Capivari
Dedico este trabalho a Deus, e aos
meus pais Nelson de Souza Zanela e
Maria Madalena Nandi Zanela.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida e por nunca desistir de mim.


Aos meus pais Nelson de Souza Zanela e Maria Madalena Nandi
Zanela. Eles nunca souberam me ajudar a resolver uma equação de
matemática ou aprender regras gramaticais, porém me ensinaram algo
que nenhuma faculdade pode ensinar: a ter fé em cada segundo da
minha vida e força de vontade para lutar pelos meus objetivos.
Ao meu irmão Claudemir Nandi Zanela que sempre esteve do
meu lado me incentivando e ajudando no que fosse preciso.
Aos meus poucos e verdadeiros amigos, minha fonte de alegria e
perseverança, que foram fundamentais para conseguir chegar até o final
desta etapa.
Agradeço à minha orientadora, professora Roseli Costa
Bonifácio, que não mediu esforços em passar todo seu conhecimento,
com preocupação, dedicação e carinho.
Aos professores da banca Maria Aparecida Cardozo e Fernando
Pacheco pela disponibilidade em participar, analisando e contribuindo
para a pesquisa realizada.
A toda equipe Sercop Assessoria Contábil, pela compreensão e
por não medirem esforços em sanar minhas dúvidas durante a
elaboração deste trabalho.
Aos meus professores, mestres do conhecimento que se dedicam
ao máximo, formando novos profissionais qualificados para o mercado
de trabalho.
Aos meus colegas de todas as salas de aula com os quais tive a
oportunidade de conviver, aprender e fazer novas amizades.
A todos que diretamente ou indiretamente estiveram ao meu lado
nesta caminhada, MUITO OBRIGADA!
“Por mais difícil que seja a caminhada, existe sempre uma
maneira de vencer: A Nossa Fé." (Autor desconhecido)
RESUMO

A área contábil passa por um período de grandes mudanças. A fase do


papel foi modificada por trabalhos realizados virtualmente, onde as
informações ocorrem em tempo real. Diante dessa nova geração é
necessário que tanto o profissional contábil, quanto o escritório contábil
estejam preparados para acompanhar essas alterações. Nesse contexto,
este estudo teve como tema gestão de escritório contábil. A pergunta de
pesquisa foi; quais as principais mudanças para se obter uma gestão
eficiente de acordo com o novo cenário contábil; e o objetivo geral
baseou-se em apresentar as mudanças para uma gestão eficiente dentro
da empresa Sercop Assessoria Contábil na opinião de sócios,
funcionários e análises documentais. Para alcançar o objetivo geral
traçaram-se os seguintes objetivos específicos: (a) caracterizar a
empresa Sercop Assessoria Contábil com base nos principais aspectos
que a posicionam no mercado terceirizado; (b) identificar a importância
de uma gestão eficiente considerando a literatura e a visão dos
proprietários e funcionários da empresa estudada; (c) realizar uma
análise comparativa entre a gestão anterior e a atual. Realizou-se um
estudo de caso delimitado à realidade da empresa Sercop Assessoria
Contábil, localizada na cidade Treze de Maio / SC. O procedimento
metodológico da pesquisa deu-se através da aplicação de um
questionário aos sócios e funcionários e através da coleta de documentos
e fotos da empresa para verificar o resultado do objetivo proposto neste
trabalho. Com a coleta de informações, contatou-se que a empresa
obteve grandes mudanças por conta do novo cenário contábil com o
passar do tempo, como por exemplo, aumento de clientes e funcionários,
equipamentos de qualidade, funcionários buscando cada vez mais o
aperfeiçoamento, aumento da estrutura, atenção especial com o trânsito
e guarda dos documentos, descontentamento dos sócios em relação aos
honorários pagos pelos clientes, entre outros.

Palavras-chave: Técnicas de Gestão. Gestão de Escritório Contábil.


Mudanças no Cenário Contábil.
ABSTRACT

The accounting department is undergoing a period of great change. The


phase of the paper was modified by work done virtually where
information occurring in real time. Given this new generation it is
necessary that both the accounting professional, as the office are
prepared to keep up with these changes. In this context, this study had as
its theme accounting office management. The research question was;
what are the main changes to achieve efficient management in
accordance with the new accounting scenario and the overall objective
was based on present changes for efficient management within the
Sercop Assessoria Contábil company in opinion of partners, employees
and documentary analysis. To achieve the overall objective is traced
them following specific objectives: (a) characterize the Sercop
Assessoria Contábil company based on the main aspects that position in
the outsourcing market; (b) identify the importance of efficient
management considering the literature and the vision of the owners and
employees of the company studied; (c) conduct a comparative analysis
between the previous administration and the current one. We conducted
a case study defined the reality of the company Sercop Assesoria
Contábil company, located in Treze de Maio/ SC. The methodological
research procedure took place by applying a questionnaire to members
and employees and through the collection of documents and photos of
the company to verify the result of the objective proposed in this paper.
With the collection of information, we contacted that the company had
major changes due to the new accounting scenario over time, such as
increased customer and employee, quality equipment, employees
increasingly seeking improvement, increase structure, special attention
to the transit and storage of documents, discontent of shareholders in
relation to fees paid by customers, among others.

Keywords: Technical management. Accounting Office management.


Changes in accounting scenario.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Logomarca da empresa Sercop Assessoria Contábil ............. 32


Figura 2: Organograma da empresa Sercop Assessoria Contábil. ........ 34
Figura 3: Requerimento para organização contábil............................... 49
Figura 4: Estrutura do escritório em 2005 (foto 1)................................ 69
Figura 5: Estrutura do escritório em 2005 (foto 2)................................ 70
Figura 6: Estrutura do escritório em 2015 (atendimento ao povo no
geral) ..................................................................................................... 70
Figura 7: Estrutura do escritório em 2015 (departamento fiscal e
contábil) ................................................................................................ 71
Figura 8: Estrutura do escritório em 2015 (departamento pessoal)....... 71
Figura 9: Estrutura do escritório em 2015 (sala de atendimento
reservada ao cliente) ............................................................................. 72
Figura 10: Sala de arquivo em 2005 ..................................................... 72
Figura 11: Sala de arquivo em 2015 ..................................................... 73
Figura 12: Máquina de escrever ............................................................ 74
Figura 13: Computador e leitor óptico .................................................. 74
Figura 14: Telefone/Fax ........................................................................ 75
Figura 15: Impressora/Scanner ............................................................. 75
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Histórico de novos clientes na empresa Sercop Assessoria


Contábil................................................................................................. 67
Gráfico 2: Histórico de funcionários da empresa Sercop Assessoria
Contábil................................................................................................. 68
Gráfico 3: Identificação do sexo ........................................................... 76
Gráfico 4: Identificação da faixa etária ................................................. 77
Gráfico 5: Identificação da formação acadêmica dos sócios ................ 77
Gráfico 6: Registro no CRC .................................................................. 78
Gráfico 7: Período de atuação na área contábil ..................................... 79
Gráfico 8: Acompanhamento das mudanças no cenário contábil ......... 80
Gráfico 9: Implantação das mudanças do cenário contábil no
escritório ............................................................................................... 80
Gráfico 10: Quadro de funcionários e estrutura do escritório ............... 81
Gráfico 11: Satisfação quanto aos honorários pagos pelo cliente ......... 82
Gráfico 12: Organização do escritório .................................................. 83
Gráfico 13: Localização do escritório para colaboradores e clientes .... 83
Gráfico 14: Trânsito de documentos ..................................................... 84
Gráfico 15: Guarda e conservação de documentos conforme as
normas ................................................................................................... 85
Gráfico 16: Ferramentas utilizadas para oportunidades no mercado .... 86
Gráfico 17: Identificação do Sexo ........................................................ 88
Gráfico 18: Faixa Etária ........................................................................ 88
Gráfico 19: Tempo de trabalho na empresa .......................................... 89
Gráfico 20: Experiência profissional com outro escritório contábil ..... 90
Gráfico 21: Nível de escolaridade ......................................................... 91
Gráfico 22: Área de formação ............................................................... 91
Gráfico 23: Grau de especialização dos funcionários ........................... 92
Gráfico 24: Departamento e o número de colaboradores...................... 93
Gráfico 25: Qualidade dos equipamentos de informática, programas
e periféricos........................................................................................... 94
Gráfico 26: Incentivo a participação de cursos, palestras e
seminários .............................................................................................. 94
Gráfico 27: Diálogo e ambiente de trabalho .......................................... 95
Gráfico 28: Comunicação entre sócios e funcionários........................... 96
Gráfico 29: Organização do escritório ................................................... 96
Gráfico 30: Departamento onde os funcionários executam suas
tarefas..................................................................................................... 97
Gráfico 31: Como é considerado o trânsito de documentos .................. 98
Gráfico 32: Acompanhamento das mudanças no cenário contábil ........ 98
Gráfico 33: Implantação das mudanças do cenário contábil no
escritório ................................................................................................ 99
Gráfico 34: Atendimento prestado ao cliente ...................................... 100
Gráfico 35: Resultado dos salários pagos aos colaboradores .............. 101
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Deveres e proibições do profissional contábil ..................... 87


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIDF Autorização para Impressão de Documentos Fiscais


BP Balanço Patrimonial
BS Balanço Social
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CND Certidão Negativas de Débitos
CRC Conselho Regional de Contabilidade
CRF Consulta Regularidade do Empregador
DACON Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais
DARE Documento de Arrecadação Estadual
DARF Documento de Arrecadações de Receitas Federais
DARFIR Documento de Arrecadações de Receitas Federais
Imposto de Renda
DCTF Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
DFC Demonstração do Fluxo de Caixa
DIME Declaração do ICMS e do Movimento Econômico
DIMOB Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias
DIPJ Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa
Jurídica
DIRF Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte
DLPA Demonstrações de Lucros e Prejuízos Acumulados
DMED Declaração de Serviços Médicos
DMPL Demonstrações das Mutações do Patrimônio
DOAR Demonstrações de Origem e Aplicação de Recurso
DRE Demonstração do Resultado do Exercício
DVA Demonstração do Valor Adicionado
FEA/USP Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
GFIP Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e Informações a Previdência Social
GPS Guia da Previdência Social
GRCS Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical
GRRF Guia de Recolhimento Rescisório do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de
Serviços
INSS Instituto Nacional de Seguro Social
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
ISS Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
LALUR Livro de Apuração do Lucro Real
LTCAT Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PIS Programa de Integração Social
PPP Perfil Profissional Gráfico Previdenciário
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
SC Santa Catarina
SESCON Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis
SINDICONTSindicato dos Contabilistas
SPED Sistema Público de Escrituração Digital
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
XML Linguagem Extensível de Marcação Genérica
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 27
1.1 OBJETIVOS ................................................................................... 28
1.1.1 Objetivo geral ............................................................................. 28
1.1.2 Objetivos específicos .................................................................. 28
1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ................................................. 28
1.3DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ................................................... 29
1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................ 29
2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO
OBJETO DE ESTUDO ...................................................................... 31
2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA ............................................................ 31
2.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .......................................... 32
2.3 MISSÃO E VISÃO DA EMPRESA ............................................... 32
2.4 GESTÃO EMPRESARIAL ............................................................ 33
2.5 ORGANIZAÇÃO E DEPARTAMENTOS DA EMPRESA .......... 33
2.6 CLIENTES E SERVIÇOS .............................................................. 35
2.7 ESPAÇO FÍSICO............................................................................ 35
3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................... 37
3.1 CONTABILIDADE: HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO........ 37
3.1.1 Conceito, objeto e finalidade ..................................................... 38
3.1.2 Técnicas da contabilidade ......................................................... 38
3.1.3 Princípios da contabilidade ....................................................... 39
3.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE ........................ 40
3.2.1 Na empresa ................................................................................. 41
3.2.2 Em órgão público ....................................................................... 42
3.2.3 No ensino ..................................................................................... 42
3.2.4 Como autônomo ......................................................................... 43
3.3 TÉCNICAS DE GESTÃO .............................................................. 43
3.3.1 Planejamento .............................................................................. 44
3.3.2 Liderança .................................................................................... 44
3.3.3 Organização ................................................................................ 45
3.3.4 Controle ...................................................................................... 46
3.3.5 Tempo de mudança na era da transformação ......................... 46
3.3.6 Ética e Responsabilidade Social ................................................ 47
3.3.7 Marketing ................................................................................... 47
3.4 ASPECTOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS DA GESTÃO DE
ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE ............................................... 47
3.4.1 Cadastro do escritório ............................................................... 48
3.4.2 Tipos de Sociedade ..................................................................... 50
3.4.3 Estrutura..................................................................................... 51
3.4.4 Trânsito de documentos ............................................................. 52
3.4.5 Arquivo ........................................................................................ 52
3.4.6 Departamento e suas competências ........................................... 53
3.4.7 Qualidade dos serviços ............................................................... 56
3.4.8 A ética profissional do contabilista............................................ 57
3.4.9 Cobrança de honorários ............................................................. 59
3.4.10 Marketing do escritório contábil ............................................. 60
4 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................. 63
4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ......................................... 63
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS 64
5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS .................................................................................... 67
5.1 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DA COLETA DE
DOCUMENTOS E FOTOS DA EMPRESA .............................................. 67
5.2 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DO QUESTIONÁRIO
APLICADO AOS SÓCIOS......................................................................... 76
5.3 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DO QUESTIONÁRIO
APLICADO AOS FUNCIONÁRIOS ......................................................... 88
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 103
REFERÊNCIAS................................................................................. 105
APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS SÓCIOS ... 109
APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS
FUNCIONÁRIOS .............................................................................. 113
27

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade quando aplicada de forma plena, conquista o


respeito de seus usuários e de todos que necessitam dela de alguma
forma, possibilitando riqueza e prosperidade.
Através da contabilidade pode-se mostrar e analisar dados de uma
empresa e, a partir daí, criar posições estratégicas para garantir qual
deve ser o seu posicionamento no mercado competitivo.
Os profissionais da contabilidade desenvolvem seus
conhecimentos atuando em diversas áreas, deixando de ser o simples
“guarda-livros” da empresa. A globalização está trazendo fortes
mudanças para o mundo contábil, com isso as responsabilidades dos
contadores está cada vez maior. É necessário aceitar o desafio de se
adequar e prestar informações úteis, rápidas e eficientes aos seus
usuários tornando-se parte fundamental para o desenvolvimento da
sociedade (STAVIS; VEIGA, 2004).
Muito mais do que ter uma boa remuneração, o profissional
contábil está na busca constante da evolução, adquirindo seu espaço no
mercado de trabalho agregando suas técnicas específicas para cada área.
O profissional contábil pode usar seu conhecimento e sua
especialização trabalhando como autônomo. Essa área é de grande
abrangência para o contador, porém neste estudo destaca-se a
importância da criação de um escritório contábil de terceirização de
serviços de contabilidade, e todo seu processo de gestão nesse novo
cenário contábil.
As empresas contábeis ou escritórios contábeis, em sua maioria
presta seus serviços terceirizados para empresas de diversos ramos de
atividades, necessitando buscar conhecimento contínuo e recursos para
estarem sempre atualizados conforme a legislação de cada empresa
cliente.
Para Thomé (2001, p. 117) as empresas de diversos portes
contratam os serviços contábeis terceirizados por várias razões, dentre
elas:

A qualidade dos serviços prestados pelas


empresas contábeis; economia na compra e
manutenção de máquinas e equipamentos;
economia em espaço físico para o funcionamento
dos departamentos; despreocupação com a
substituição de funcionários e, principalmente,
menos custo.
28

O estudo de caso realizado na empresa Sercop Assessoria


Contábil, apresenta os métodos de gestão utilizados para obter serviços
qualificados que atendem às necessidades de seus clientes e
colaboradores.
Nesse contexto, buscou-se responder ao seguinte questionamento:
quais as principais mudanças ocorridas na empresa Sercop Assessoria
Contábil para obter uma gestão eficiente de acordo com o novo cenário
contábil?

1.1 OBJETIVOS

Nesta seção, apresentam-se o objetivo geral e os objetivos


específicos que nortearam a pesquisa.

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo geral do trabalho foi apresentar as principais


mudanças dentro da empresa Sercop Assessoria Contábil para obter uma
gestão eficiente de acordo com o novo cenário contábil.

1.1.2 Objetivos específicos

Para atender o objetivo geral deste trabalho, elencaram-se como


objetivos específicos: (a) caracterizar a empresa Sercop Assessoria
Contábil com base nos principais aspectos que a posicionam no mercado
terceirizado; (b) identificar a importância de uma gestão eficiente
considerando a literatura e a visão dos proprietários e funcionários da
empresa estudada; (c) realizar uma análise comparativa entre a gestão
anterior e a atual.

1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Considerando as constantes mudanças no cenário contábil e as


diversas áreas que um profissional contábil pode atuar, o tema proposto
foi uma escolha que poderá contribuir para aspectos acadêmicos,
profissionais e também à sociedade em geral.
Para o meio acadêmico este trabalho demonstra a importância e
as peculiaridades de um escritório de contabilidade, e servirá como um
fator importante na decisão de escolher, ou não, um escritório para
exercer sua profissão, ou até mesmo se tornar empresário contábil.
29

No fator profissional, poderá ser um instrumento de análise de


como se realiza o trabalho em um escritório, agregando conhecimento e
conceitos de como atuar no mercado contábil, auxiliando em possíveis
mudanças.
No aspecto social, este trabalho proporciona uma nova visão do
quão importante é a profissão contábil juntamente com o escritório à
sociedade em geral.

1.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O estudo foi realizado na empresa Sercop Assessoria Contábil,


localizada na cidade Treze de Maio/ SC, portanto, seus resultados se
resumem à realidade da empresa.
A delimitação de tempo utilizada para o estudo foi do ano de
2005 até março de 2015, considerando todos os aspectos que mudaram
nesse determinado período dentro da empresa.

1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

A estrutura do TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, é


composta pela introdução, seguida da caracterização da empresa Sercop
Assessoria Contábil que foi o objeto de estudo e a fundamentação
teórica relacionada à contabilidade com sua história, conceito, objeto e
finalidade. Esse último com o intuito de aprimorar um pouco mais a
teoria para chegar ao foco do objetivo do trabalho, relatam-se as
atuações do profissional contábil no mercado, encerrando com o estudo
da gestão de escritório de contabilidade.
Na sequência, o capítulo que trata da metodologia da pesquisa
seguida da análise dos resultados alcançados, ou seja, o estudo de caso
propriamente dito e, por fim, as considerações finais.
30
31

2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO


OBJETO DE ESTUDO1

Este capítulo apresenta a caracterização e a identificação da


empresa Sercop Assessoria Contábil.
Diante da vivência de 312 horas de estágio, surgiram as primeiras
informações da empresa, como sua história, visão e missão,
departamentos, espaço físico, entre outros.

2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA

A história da empresa Sercop Assessoria Contábil iniciou na data


de 05 de novembro 1973 quando o fundador do escritório Sebastião
Fernandes Pedroso, contador, chegou à cidade de Treze de Maio.
Na época a cidade era bem pequena, o comércio era constituído
por alguns mercadinhos, e as indústrias que existiam eram somente para
fabricação e recuperação de implementos agrícolas, já que a economia
da cidade era sustentada pela atividade da agricultura.
Até então, Sebastião veio para trabalhar na Cooperativa
Agropecuária de Treze de Maio. Em 1974, uma empresa de fabricação
de tijolos e telhas de barro, conhecida como Cerâmica Guarezi, iniciou
suas atividades com poucos maquinários e de forma rústica, e assim
convidou Sebastião para realizar os serviços de contabilidade, tornando-
se assim a primeira empresa cliente do escritório.
O escritório de contabilidade ganhou o nome de Sercop
Assessoria Contábil, identificando Serviços Contábeis Pedroso.
Para melhor realizar seus trabalhos, Sebastião reservou um
cômodo da sua casa para instalar o escritório. Na época, as condições de
tecnologias eram precárias e tudo era feito em uma máquina de escrever.
Com o crescimento da cidade, o escritório também foi
aumentando em número de clientes, e assim Sebastião ganhou o status
de “contador da cidade”.
Por volta do ano de 1990, o filho de Sebastião, Glauber Medeiros
Pedroso também contador, começou a trabalhar no escritório e, em
1994, as dependências do escritório foram transferidas para uma sala
alugada no edifício Cléia Simon Nandi, no centro de Treze de Maio.

1
Todas as informações registradas no capítulo 2 tiveram origem do site da
empresa (www.sercop.com.br), contrato social, em conversas com os sócios e
em análise do ambiente da empresa.
32

Em abril de 1996, o contador Patrick Fontana Nandi começou a


trabalhar no escritório, e no ano de 2003 formou sociedade juntamente
com Glauber e Sebastião.
Atualmente, a empresa comprou a sala que era locada em Treze
de Maio, e foi alugada uma nova sala para atendimento na cidade de
Tubarão, procurando sempre utilizar ferramentas de última geração e a
melhor qualidade e comodidade para seus colaboradores e clientes.
A Figura 1 representa a logomarca da empresa.

Figura 1: Logomarca da empresa Sercop Assessoria Contábil

Fonte: www.sercop.com.br (2015)

O nome fantasia SERCOP, identifica a empresa Serviços


Contábeis Pedroso.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa Sercop Assessoria Contábil caracteriza-se pela


prestação de serviços contábeis terceirizados para pessoas físicas e
jurídicas de diversas atividades.
Possui seu próprio estabelecimento comercial na cidade de Treze
de Maio/SC, atuando na região sul de Santa Catarina e com
profissionais qualificados e dedicados para prestar serviços com ética e
competência, usufruindo de uma estrutura física moderna e tecnologia
de informação de última geração.
A empresa, através dos serviços oferecidos, busca a satisfação
total do cliente, sendo naturalmente o elo para o sucesso empresarial.

2.3 MISSÃO E VISÃO DA EMPRESA

A missão da empresa é atuar com excelência na assessoria e


consultoria contábil, com a intenção de contribuir para uma melhoria
33

contínua das condições socioeconômicas da região sul de Santa


Catarina, prestando serviços de qualidade e em tempo hábil aos seus
clientes.
A visão da empresa é ser ponto de referência na elaboração da
Ciência Contábil, buscando sempre o aprimoramento das empresas, e
oferecendo soluções para o desenvolvimento empresarial destas.

2.4 GESTÃO EMPRESARIAL

O escritório tem como gestão ampliar as informações prestadas


aos seus clientes, e com base nesse objetivo, possui parcerias com
escritórios de advocacia especializados em vários ramos do direito, com
ênfase nos tributos, contratos, previdência e trabalhista.
Oferecem também consultoria a profissionais liberais, produtores
rurais e autônomos ao cumprimento da legislação do imposto de renda
pessoa física, pois são muitas as particularidades que a Receita Federal
impõe aos contribuintes.
A equipe está em constante atualização, buscando a educação
continuada como forma de contribuir aos clientes de forma eficiente e
com qualidade. O escritório é associado ao Sindicato das Empresas de
Serviços Contábeis (Sescon/SC) e ao Sindicato dos Contabilistas
(Sindicont), com participação assídua nos cursos de qualificação
fornecidos por estas instituições.
Aplica-se a experiência e o conhecimento de acordo com o perfil
e a necessidade de cada empresa, oferecendo soluções que contribuam
para melhoria da gestão do negócio, oportunizando o melhor regime
tributário para a empresa, buscando a menor carga tributária sempre
observando o embasamento legal.

2.5 ORGANIZAÇÃO E DEPARTAMENTOS DA EMPRESA

A Sercop conta com oito colaboradores e três sócios que estão em


constante atualização, buscando a educação continuada como forma de
auxiliar aos clientes com qualidade e eficiência.
A empresa não possuía organograma identificando os
departamentos e suas funcionalidades, por conta disso elaborou-se o
organograma da empresa durante o estágio supervisionado, conforme
mostra a Figura 02.
34

Figura 2: Organograma da empresa Sercop Assessoria Contábil.

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Os departamentos são divididos para melhor organização da


empresa, e a todos que estão ligados nela direta ou indiretamente.
Seguindo a linha do organograma, os sócios são responsáveis por
monitorar todos os departamentos abaixo deles, sendo que a área
financeira e administrativa é por eles controlada.
A área financeira exerce o controle de faturamento do escritório,
todas as contas a receber e a pagar e controles bancários. Na área
administrativa efetuam-se os projetos e o planejamento para possíveis
mudanças na organização.
Já o setor de atendimento trabalha para orientar e sanar as
necessidades com eficiência e rapidez, atendendo seus clientes e todo o
povo, no geral, que busca informações relacionadas aos trabalhos
oferecidos pelo escritório.
O departamento societário tem como objetivo orientar, planejar e
assessorar o empresário nas questões legais e societárias na constituição
empresarial, bem como pela manutenção da pessoa jurídica nas
repartições públicas federais, estaduais e municipais. Ele é responsável
pela abertura, alteração e encerramento das empresas nos órgão da Junta
Comercial ou Cartório, Receita Federal, Prefeitura Municipal, e
Secretaria da Fazenda Estadual, e também pela emissão de certidões em
diversos órgãos.
A função do departamento pessoal é administrar as relações entre
o empregado e o empregador, desde o momento em que o empregado
começa a prestar seus serviços à empresa até o momento em que uma
35

das partes rescinde o contrato. Neste setor são armazenadas todas as


informações pessoais e financeiras dos empregados, sendo também
responsável pelo cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária.
Por sua vez, o departamento fiscal é a área que registra os fatos
do dia a dia, servindo como base para a apuração de impostos,
atendimento das exigências fiscais e o controle das receitas e despesas
da empresa.
O departamento contábil tem como principais rotinas fazer o
levantamento do Balanço Patrimonial, a classificação de documentos,
elaboração e manutenção do plano de contas, conciliação bancária,
lançamentos contábeis e emissão de relatórios e declarações.
Por fim, o departamento de arquivo e documentos, recebe,
classifica e distribui a documentação dos clientes para os departamentos,
e, posteriormente aos seus registros, arquiva tais documentos utilizando
métodos que permitam, posteriormente, sua fácil localização.

2.6 CLIENTES E SERVIÇOS

O escritório presta serviços para empresas de diversas áreas,


sendo elas: industriais, comerciais e de prestação de serviços.
A Sercop conta com aproximadamente 150 clientes, de diversas
atividades sendo que a maioria é empresa do ramo de facção de
vestuário e comércio no geral.
Por conta da grande demanda de clientes e cada um com sua
particularidade, o escritório investe em cursos especializados para seus
funcionários, a fim de sempre proporcionar serviços de qualidade a seus
clientes.

2.7 ESPAÇO FÍSICO

A empresa Sercop conta com um espaço físico de


aproximadamente 250 metros quadrados, divididos conforme a
necessidade de cada setor.
Conta com treze salas: três salas são destinadas para sócios – uma
sala para cada sócio; uma sala onde funciona o departamento fiscal e
contábil, uma sala onde funciona o departamento pessoal.
O departamento de atendimento está dividido em três salas, uma
para atendimento mais reservado aos clientes, e outra, mais aberta ao
povo, no geral. E também uma sala para atendimento aos clientes mais
distantes, na cidade de Tubarão.
36

Conta também com uma sala para o arquivo, uma cozinha e três
banheiros.
37

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo apresenta-se todo referencial teórico utilizado no


trabalho, baseado em pesquisas em livros, artigos científicos, teses ou
dissertações sobre o tema.

3.1 CONTABILIDADE: HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO

Qualquer ser humano possui sua história, seu nascimento, seus


primeiros passos, suas primeiras palavras, suas primeiras ações e
reações; assim também a contabilidade possui sua história própria.
Conforme consta nas Sagradas Escrituras, no livro de Jó, existe
uma pequena demonstração de que, naquela época, antes mesmo de
Cristo existir, já existia a contabilidade de uma forma simples mas onde
apresentava a riqueza de Jó com o controle de suas ovelhas.
Para Tessari (2008), antigamente o controle de bens era associado
à quantidade de pedras. Na contagem dos animais, por exemplo, cada
um deles era controlado por uma pedrinha, e quando eram levados para
um determinado campo para se alimentar, ao retornar o dono dos
animais conferia se todas as pedrinhas eram da mesma quantidade de
animais que retornou, ou se alguns se perderam pelo caminho. Essa
forma de controle bem rudimentar era a forma que o homem tinha de
controlar seu estoque.
A contabilidade começou a ganhar sensatez entre os séculos XIII
e XVI d.C, com o surgimento do comércio, burguesia, mercantilismo
entre outros. Em 1494, o frade franciscano Luca Pacioli publicou na
Itália um trabalho que é conhecido e utilizado até hoje na contabilidade,
conhecido como o método das partidas dobradas, sendo que a partir daí
nasceu a Escola Italiana de Contabilidade que dominou o cenário
mundial naquele tempo (MARION, 2009).
O método de partidas dobradas conceituou a relação entre débito
e crédito sendo utilizado universalmente para patrimônios de pessoa
física ou jurídica (RIBEIRO, 2005).
O desenvolvimento da contabilidade começou a ficar conhecido
nos Estados Unidos após a crise econômica de 1929 com o crescimento
de pesquisas nessa área contábil. A elevação cultural, econômica, o
mercado de capitais, da auditoria, tornaram a contabilidade um forte
mecanismo de informações aos interessados que investiam nesses
mercados. Esses fatores, entre outros, contribuíram para a formação da
escola contábil americana que domina o cenário contábil atual
(TESSARI, 2008; MARION, 2009).
38

No Brasil, a contabilidade teve seus primeiros passos em 1902,


com a criação da escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo.
Em 1946, a Escola Contábil Americana entrou no país, com ensino mais
avançado e houve o lançamento do livro de contabilidade introdutória
escrita por uma equipe de professores da Faculdade de Economia da
Universidade de São Paulo – FEA/USP. O domínio da Escola
Americana tornou-se claro com o surgimento da Lei n. 6.404/76 – Lei
das Sociedades por Ações, a partir da qual o Brasil adotou visivelmente
a filosofia norte-americana (MARION, 2009).

3.1.1 Conceito, objeto e finalidade

Para definir o conceito de contabilidade e entender sua grande


importância à sociedade, vários escritores a definem como arte, técnica
ou ciência de acordo com a forma de como os doutrinadores a utilizarão
nos saberes humanos (RIBEIRO, 2003; FRANCO, 2006;
GONÇALVES, 2007).
Franco (2006) retrata que a contabilidade como conceito de
ciência tem um sentindo mais amplo, pois tem a finalidade de registrar e
controlar o patrimônio das entidades.
Para entender melhor o significado de patrimônio, Ribeiro (2003)
explica que ele é formado de elementos que compõem a entidade, sendo
eles objetos de uso, de troca, de consumo e os valores que a entidade
tem para receber e pagar.
Sendo assim, a contabilidade tem como finalidade fornecer
informações de ordem econômica e financeira do patrimônio da
empresa, as quais auxiliam nas decisões que ela deve tomar diante das
situações que podem surgir (RIBEIRO, 2005).

3.1.2 Técnicas da contabilidade

Para alcançar o devido fim que a contabilidade oferece, são


utilizadas algumas técnicas. Sendo elas: Escrituração, Demonstrações
Contábeis, Auditoria e Análise de balanços (RIBEIRO, 2005;
FRANCO, 2006).
De acordo com Ribeiro (2005), Escrituração são os fatos
administrativos registrados em livros que alteram o patrimônio da
empresa, esses livros nos quais são registrados fatos diários da entidade,
conhecidos como Livro Diário e Razão.
As Demonstrações Contábeis ou Demonstrações Financeiras são
informações retiradas dos registros contábeis da empresa (RIBEIRO,
39

2005). As principais Demonstrações que constam na Lei n. 6.404 de


1976 são: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE), Demonstrações de Origem e Aplicação de Recurso
(DOAR), Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL), Demonstrações de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), e
o relatório contábil básico das Demonstrações Contábeis que é o
Balancete de Verificação (GONÇALVES, 2007).
Segundo Fernandes (2009, p. 7), houve uma nova redação
modificando as demonstrações:

A Lei n. 11.638, de 2007, com a nova redação


dada no artigo 176, inciso IV, da Lei n. 6.404 de
1976, e a inclusão do mesmo inciso V no mesmo
artigo, em primeiro lugar, substitui a
Demonstração das Origens de Recursos (DOAR)
pela Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) e,
depois, estabeleceu uma nova demonstração
financeira obrigatória para as companhias abertas:
a Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

A Auditoria procura verificar de forma minuciosa os dados


contidos nas Demonstrações Contábeis, transformando os mesmos em
informação para os seus usuários (RIBEIRO, 2005).
Franco (2006) ao falar de Análise de Balanços, diz que essa
técnica permite comparar e interpretar a situação real do patrimônio da
empresa, em tudo que se refere à situação financeira, operacional e suas
possibilidades para o seu desenvolvimento.
Para fazer com que as técnicas tenham sua verdadeira eficácia
dentro da contabilidade é necessário ligá-las aos princípios contábeis,
que serão abordados no próximo subcapítulo. Assim a união das
técnicas com os princípios resulta em informações concretas em valores
com a essência das doutrinas relativas à contabilidade.

3.1.3 Princípios da contabilidade

Os Princípios de Contabilidade encontra-se na Resolução n.


750/93 do Conselho Federal de Contabilidade, os quais são de grande
importância para o cenário científico e profissional do País.
Por conta do processo de convergência as normas internacionais
de contabilidade, elaborou-se, em 2010, a Resolução do CFC n.
40

1.282/2010 alterando algumas informações da Resolução n. 750/93 para


melhor entendimento dos usuários (CFC, 2010).
A Resolução n. 750/93 continua sendo o alicerce na aplicação das
Normas Brasileiras de Contabilidade, sendo necessária a harmonização
dos dois documentos vigentes. Portanto, a Resolução n. 750/93 e a
Resolução n. 1.282/2010 do CFC, prescrevem o significado de cada
princípio, sendo eles: o da Entidade, Continuidade, Oportunidade,
Registro pelo valor original, Competência e Prudência (CFC, 2010).
a) Entidade: reconhece o patrimônio como objeto da
contabilidade;
b) Continuidade: supõe previamente que a entidade continuará
em operação no futuro;
c) Oportunidade: tempestividade e honestidade do registro do
patrimônio sendo que este seja feito de forma rápida e correta;
d) Registro pelo valor original: determina que os componentes do
patrimônio devam ser registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional sendo utilizados como
base de mensuração o custo histórico e a variação do custo
histórico que pode decorrer pelo custo corrente, valor realizável,
valor presente, valor justo e atualização monetária;
e) Competência: determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento;
f) Prudência: determina a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do
Passivo.
Estes princípios devem ser sempre lembrados e seguidos pelos
profissionais da Contabilidade.

3.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE

Acompanhando a história da contabilidade, é notável que, com o


passar dos anos, ela desenvolveu suas técnicas acompanhando o
crescimento global.
Para Marion (2009), quando o cenário contábil estava no seu
processo inicial, o proprietário era a figura principal da ação
empresarial, ou seja, a relação era muito voltada para contador e
empresário. Com o passar do tempo surgiram novos usuários, como
banqueiros, acionistas, empregadores, clientes, sindicatos, partidos
políticos, dentre tantos outros segmentos, despontando um cenário
moderno da contabilidade.
41

Hoje o contador deve estar em constante evolução, deixar de lado


a postura de “guarda-livros”, ser um propulsor de mudanças, mostrando
suas aptidões e se tornando um grande conhecedor da área contábil,
desenvolvendo suas habilidades em diversas áreas (MARION, 2009).
Conforme consta no artigo 2º da Resolução CFC n. 560 de 28 de
outubro de 1983, o profissional contábil depois de graduado pode
exercer diversas funções como: analista, conselheiro, consultor, auditor,
educador, organizador, perito, planejador, etc., executando-as em vários
níveis de cargo e também podendo ser titulados como contador,
contador de custos, contador industrial, contador público, dentre tantos
outros (CFC, 2014).
Como foi notável o vasto campo na área contábil, nas próximas
seções apresentam-se as principais áreas nas quais um profissional pode
exercer suas funções depois da formação superior.

3.2.1 Na empresa

Em uma empresa, o profissional contábil pode assumir as funções


de planejador tributário, analista financeiro, contador geral, contador de
custos, controller, contador gerencial.
Planejador tributário: o profissional dessa área planeja a forma de
tributação da empresa para obter o menor peso fiscal, sobre encargos e
produtos sem descumprir as leis (ZANLUCA, 2014).
Analista financeiro: é responsável pela rotina econômico-
financeira da empresa. Esse profissional analisa a situação da empresa
por meio de relatórios fornecidos pela contabilidade, auxiliando os
usuários na tomada de decisões (MARION, 2009).
Contador geral: para Marion (2009) essa função é obrigatória em
todas as empresas, fornece informações básicas e é obrigatória para fins
fiscais. Dependendo da atividade em que ela se aplica, pode ser
denominada por outros nomes. Exemplo: Contabilidade Hospitalar
(aplicada a hospitais).
Contador de custos: auxilia a empresa através do cálculo e da
interpretação dos custos dos produtos fabricados, comercializados ou
dos serviços; produzindo informações quanto ao valor que deve ser
atribuído ao produto final estudado na empresa (MARION, 2009).
Controller: para Bandeira (2013) a função desse profissional é
fornecer informações através das atividades contábeis da empresa, tais
como administração tributária, sistemas de informações contábeis,
contabilidade de custos e financeira.
42

Contador gerencial: essa profissão é voltada para fins internos da


empresa, busca informações de um conjunto de gerentes para tomadas
de decisões. Essa profissão não se prende aos princípios tradicionais
aceitos pelos contadores, pois não só levanta dados matemáticos, como
também observa toda situação interna da empresa e manuseia conforme
a necessidade da organização (MARION, 2009).

3.2.2 Em órgão público

No órgão público, o contador pode atuar nos órgãos de poder da


União, Distrito Federal, Estado ou Município, como contador público,
agente ou auditor fiscal.
Contador público: responsável pela contabilidade de entidades e
demais pessoas que administrem ou guardem bens públicos. Eles devem
atender ao Sistema Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e de
Compensação (BANDEIRA, 2013).
Agente ou auditor fiscal: atua na fiscalização dos órgãos público,
sendo que o contador é o único profissional que poder exercer essa
função quando as bases de investigação forem demonstrativos contábeis
(BANDEIRA, 2013).
Tribunal de contas: segundo Bandeira (2013), atua na
controladoria e fiscalização da administração pública, na perícia de
fraudes, podendo também atuar como auditor público analisando contas
e patrimônios públicos.

3.2.3 No ensino

Independente da profissão que um profissional adota para sua


vida e busca conhecimento e aperfeiçoamento, sempre será necessário
um profissional da educação para auxiliar na boa formação e conduta
deste profissional. Na profissão contábil, o contador pode exercer vários
cargos relacionados à educação, como professor, pesquisador, escritor e
palestrante.
Professor: um profissional desta área exerce seu magistério de
ensino superior. Para poder atuar como professor, além da formação
superior ele deve ser pós-graduado em alguma área específica
(MARION, 2009).
Pesquisador: são aqueles que optaram pela carreira universitária e
dedicam todo seu tempo à universidade, desenvolvendo pesquisas
contábeis (MARION, 2009).
43

Escritor: dedica seu conhecimento na área contábil para escrever


artigos para revistas, livros didáticos, boletins e blogs (BANDEIRA,
2013).
Palestrante: leciona palestras, participa de Congressos em
empresas, escolas disseminando seus conhecimentos sobre determinado
assunto no ramo contábil (BANDEIRA, 2013).

3.2.4 Como autônomo

O profissional contábil pode exercer sua profissão de forma


independente, ou seja, ele pode ser um profissional autônomo. Como
autônomo, ele poderá ser auditor independente, consultor, perito
contábil e empresário contábil.
Auditor independente: o auditor tem como função fazer o
levantamento, examinar, fazer avaliação das transações e das
demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo de emitir um
parecer sobre os documentos contábeis. É um profissional liberal, porém
pode ter algum vínculo com uma empresa de auditoria (MARION,
2009).
Consultor: segundo Rosa e Olinquevitch (2005) essa área está se
desenvolvendo muito por conta das mudanças que acontecem
diariamente no mundo contábil. Esses profissionais atuam prestando
serviço de consultoria relacionado às diversas áreas da contabilidade,
analisando problemas, fazendo avaliações e sugerindo possíveis
mudanças aos seus clientes.
Perito contábil: verifica os registros contábeis e procedimentos
pertinentes de empresas através de vistoria, exame, investigação,
avaliação solicitada pela justiça, onde o objetivo é a emissão de laudo
sobre as demonstrações contábeis (ZANLUCA, 2014).
Empresário contábil: para Marion (apud Vieira, 2008), o
empresário contábil é aquele que constitui pessoa jurídica, podendo
realizar diversas atividades, como empresa de auditoria independente,
centro de treinamentos, e também escritório de contabilidade sobre o
qual serão abordados mais detalhes no subcapítulo 3.4 deste trabalho.

3.3 TÉCNICAS DE GESTÃO

O empresário quando inicia os trabalhos na sua empresa procura


técnicas para o seu desenvolvimento e o seu crescimento analisando
vários âmbitos.
44

As técnicas de gestão por sua vez, ganham a definição de


gerenciamento dos acontecimentos verificados na entidade (NEVES,
1953).
Para entender melhor as técnicas de gestão, expõem-se nas
próximas seções as principais técnicas para uma gestão eficiente dentro
de uma empresa.

3.3.1 Planejamento

O primeiro passo ao sonhar com algo novo a se criar, ou inovar, é


realizar o planejamento.
Sendo assim, o planejamento é um conjunto de tarefas ou ações
em busca de um determinado objeto, sendo que todos os envolvidos
devem conhecer suas metas e objetivos tendo consciência de seus
pontos fracos e fortes para chegar ao sucesso de seus anseios
(ROBERTO et al.., 2008).
Para criar um planejamento é necessário formular os objetivos
que devem ser alcançados pela empresa; analisar o ambiente externo que
influencia no negócio; criar missão e diretrizes baseando-se no ambiente
externo; formular e colocar em prática as estratégias para alcançar os
objetivos; tomar decisões de qual o melhor caminho a seguir diante das
estratégias estabelecidas, e controlar as estratégias que necessitam ser
alteradas (ROBERTO et al.., 2008).

3.3.2 Liderança

A liderança tem um conceito amplo, porém Souto (2006) traz


uma definição simples e objetiva, aduzindo que a liderança é o processo
através do qual um indivíduo influencia outras pessoas para alcançar
seus objetivos.
Para a empresa ter um bom desenvolvimento, a característica do
líder é de extrema importância. Ele deve ter capacidade de comunicação
e gostar de liderar; desenvolver certas habilidades e aptidões;
demonstrar segurança diante das dificuldades; ter coragem; estimular a
cooperação em equipe. Deve também ter a capacidade de julgar,
baseando-se nos objetivos, sabendo comentar e relatar os fatos, levando
sempre em conta os interesses do serviço e da convivência social
(ROBERTO et al.., 2008).
Existem diversos tipos de lideranças, dependendo da
personalidade de cada líder. Souto (2006) exemplifica cada um deles:
45

a) Líder autocrático: é aquele que toma todas as decisões sem


necessitar da participação dos outros;
b) líder democrático: ao contrário do autocrático, esse tipo de
líder busca sempre a opinião dos demais membros do grupo;
c) líder bidimensional: esse tipo de líder utiliza a forma
autocrática e democrática juntos conforme o desempenho de cada
tarefa;
d) líder carismático: sempre encoraja e inspira os subordinados,
levando as pessoas a ir além de seus próprios objetivos em prol
de um objetivo;
e) líder transacional: utiliza de recompensa materiais, apelando
aos interesses de seus liderados, comprando com promessas,
recompensas ou ameaças.
Com isso a forma de como o líder atua, poderá interferir direta ou
indiretamente na maneira de como os liderados desenvolver-se-ão
dentro da empresa.

3.3.3 Organização

Para melhor utilização dos recursos e ferramentas da empresa,


aplicando-os de forma correta, é criada a organização.
Conforme Siqueira (2014), a organização é um quadro estrutural,
que identifica, analisa e agrupa as atividades e recursos da empresa, para
atender as necessidades e os objetivos estabelecidos pela organização.
Depois de planejar e estabelecer as lideranças, alguns elementos
são fundamentais à criação de uma organização, sendo eles:
a) Estabelecimento da visão, missão e valores: a visão demonstra
o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. A
missão é a razão de ser da empresa, deixa claro o campo que a
empresa atua ou vai atuar, destinando seus produtos e serviços. E
os valores representam o conjunto de princípios e crenças
fundamentais (OLIVEIRA, 2006);
b) análise dos concorrentes e estabelecimentos das vantagens
competitivas: analisar os concorrentes com seus pontos fortes e
fracos e estabelecer vantagens que a empresa possa ter para atuar
de uma forma diferenciada em relação aos concorrentes
(OLIVEIRA, 2006);
c) especialização do trabalho: que também pode ser considerado
como uma divisão de trabalho é o grau em que as tarefas são
subdivididas em cargos diferentes (SOUTO, 2006);
46

d) departamentalização: é o processo dividido em unidades


agrupadas em unidades maiores sucessivamente, até chegar ao
nível mais alto da organização, podendo ter como critério a
departamentalização por função, área, produto ou serviço e por
clientela (VASCONCELLOS, 2002);
e) estabelecimento dos níveis de autoridade: é o poder
formalizado ou não pela empresa, de uma pessoa tomar as
decisões e ter garantia de que essas ações realizadas serão
operadas na empresa (OLIVEIRA, 2006);
f) formalização: são os manuais de procedimentos, regras, normas
e políticas que as empresas descrevem (SOUTO, 2006).
Uma forma muito utilizada para ver como a empresa está
organizada, é através de uma representação gráfica chamada de
organograma no qual é possível visualizar a divisão do trabalho,
administradores e subordinados, o tipo de trabalho feito e o
agrupamento dos segmentos do trabalho.

3.3.4 Controle

O controle é o processo de controlar, acompanhar o andamento


das atividades conforme os planos e metas criados (SOUTO, 2006).
Conforme Oliveira (2008) as finalidades do controle são:
identificar problemas e tentar corrigi-los; fazer com que os resultados
obtidos estejam mais próximo possível do que foi planejado; e
proporcionar informações gerenciais periódicas.
Dentro da empresa também pode ser controlado o comportamento
das pessoas fazendo com que cumpram suas obrigações. Uma área de
grande importância para se controlar é as finanças da empresa e também
a produção de bens ou prestação de serviço (SOUTO, 2006).

3.3.5 Tempo de mudança na era da transformação

A velocidade com que ocorrem as mudanças nos dias atuais faz


com que as empresas busquem cada vez mais se adaptar a esse novo
cenário como forma de crescimento.
Para se tornar uma organização bem sucedida, é necessário
renovar e revitalizar para acompanhar as mudanças ao seu redor, para
poder competir (CHIAVENATO, 2003).
Conforme Ferreira, Reis e Pereira (2006) três elementos
fundamentais para a empresa acompanhar e estar preparada para as
mudanças são: a estrutura que define o papel da empresa, do indivíduo
47

na organização; a tecnologia que são os recursos para as pessoas


desenvolverem suas funções; e o comportamento das pessoas que
possuem conhecimento para realizar seu trabalho.

3.3.6 Ética e Responsabilidade Social

A cada dia que passa mudanças ocorrem de forma muito rápida,


junto com elas surgem problemas. Com essa preocupação surgiram os
conceitos de ética e responsabilidade social que conduzem os
interessados de uma empresa a não visarem somente o lucro.
Ética é um conjunto de princípios e valores com características
universais e válidos para todas as pessoas. Para o efeito prático da ética
é necessário que a empresa crie um Código de Ética para ser praticado
(SOUTO, 2006).
Responsabilidade social é a preocupação da empresa em melhorar
o bem-estar da sociedade em geral, além de servir seus próprios
interesses. Uma das ferramentas da responsabilidade social é o Balanço
Social (BS), que é um demonstrativo criado pela empresa, agregando
informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais realizadas
(SOUTO, 2006).

3.3.7 Marketing

Marketing é usado pelas empresas a fim de estimular a demanda


no mercado pelos produtos e serviços oferecidos, despertando interesses
e atraindo os consumidores. Para uma empresa ou até mesmo para o
escritório contábil, também é necessário utilizar o marketing para poder
evoluir (ROBERTO, 2003).
Roberto (2003) afirma que a estratégia do marketing para a
empresa agir em termos mercadológicos é a diferenciação na oferta dos
produtos e/ou serviços e o posicionamento da proposta que a empresa
criará.

3.4 ASPECTOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS DA GESTÃO DE


ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE

O profissional contábil quando escolhe ser o administrador de seu


próprio escritório de contabilidade, deve conhecer quão ampla será a sua
atuação no mercado de trabalho. Por isso, nesse capítulo retratam-se
aspectos técnicos e operacionais da gestão de um escritório, para melhor
entender os aspectos relacionados a essa área.
48

3.4.1 Cadastro do escritório

Para uma empresa contábil realizar sua prestação de serviço, é


necessário que o contador tenha seu escritório registrado como pessoa
jurídica pelos órgãos competentes.
Para fazer a inscrição, alteração e estabelecimento de escritório é
necessário preencher o requerimento modelo padrão do CRC, estar com
anuidade em ordem, verificar o valor a ser recolhido na tabela de taxas e
não haver nenhum débito em nome do titular, sócio ou representante da
empresa (FUTIDA; ROSA, 2005).
Caso o empresário contábil queira dar baixa no escritório
contábil, é necessário preencher o requerimento padrão do CRC, estar
em ordem com suas anuidades, proceder com o encerramento na
prefeitura municipal da cidade, apresentar alvará cadastral emitido pelo
CRC, e por fim recolher suas devidas taxas conforme a Figura 03
(FUTIDA; ROSA, 2005).
49

Figura 3: Requerimento para organização contábil

Fonte: http://www.crcsc.org.br/registros#downloads (2015).


50

3.4.2 Tipos de Sociedade

Existem dois tipos de sociedade: a simples e a empresária (BINI


et al.., 2011):
a) Sociedade simples: quando dois contadores abrem um
escritório, porém os clientes têm total liberdade por um ou outro
contador devido as suas razões de conhecimento e/ou confiança
que esse profissional inspira, ou seja, o cliente pode escolher qual
dos dois contadores da sociedade ela deseja que exerça
determinado trabalho;
b) Sociedade empresária: surge quando os profissionais resolvem
transformar o escritório em uma organização contábil. Nesta
situação o profissional não tem mais influência de caráter pessoal
e sim o elemento de empresa como organização econômica. Os
sócios exercem a atividade com foco na produção de serviços.
O profissional pode atuar como autônomo e sociedade
profissional.
Como autônomo perante o fisco é equiparado à pessoa física, em
relação aos empregados é equiparado à pessoa jurídica, com
obrigatoriedade junto ao Instituto Nacional de Seguro (INSS), Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e ao Ministério do Trabalho
perante a Contribuição Sindical (FUTIDA; ROSA, 2005).
Como sociedade profissional, o contabilista será considerado
pessoa jurídica para todos os efeitos legais, e assim o CRC requer a
inexistência de leigos na sociedade. Na constituição é necessário que os
sócios sejam técnicos em contabilidade ou contadores, e o contrato
societário deve ser aprovado pelo CRC para depois efetuarem-se os
devidos registros (FUTIDA; ROSA, 2005).
A Resolução do CFC n. 1.390/12, capítulo I, artigo 2º, retrata as
categorias do registro cadastral.
Responsabilidade individual:
a) Escritório Individual: com personalidade jurídica, executa suas
atividades em local próprio, com empregados e empresas ou
serviços sob sua responsabilidade;
b) Microempreendedor Individual: pessoa física, que executa suas
atividades independentemente do local, e empresas e serviços
sobre sua responsabilidade; e,
c) Empresário Individual: pessoa física, que executa suas
atividades independentemente do local, e empresas e serviços
sobre sua responsabilidade;
51

d) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – pessoa


jurídica executa suas atividades independentemente do local e do
número de empresas ou serviços sob sua responsabilidade (CRC-
SC, 2012).
Responsabilidade coletiva:
a) Sociedade Simples Pura Limitada: pessoa jurídica, sob forma
de sociedade de responsabilidade limita ou ilimitada que execute
única e exclusivamente atividades contábeis;
b) Sociedade Empresária Limitada: pessoa jurídica, de
responsabilidade limitada, com constituição na Junta Comercial
(CRC, 2012).

3.4.3 Estrutura

A estrutura de um escritório envolve toda a parte física, como:


local, móveis, equipamentos, utensílios dentre outros, que acompanham
o desenvolvimento tecnológico (THOMÉ, 2001).
A localização do escritório deve ser de fácil acesso para os
colaboradores e clientes. As instalações devem ser modernas, com
espaço suficiente para o desenvolvimento das tarefas (BINI et al..,
2011).
Segundo Thomé (2001), aproximadamente há trinta anos o
equipamento mais utilizado e indispensável dentro da organização
contábil era a máquina de escrever, que com o passar dos anos foi
adaptada com acessórios facilitando os trabalhos contábeis.
Nos dias atuais é difícil de imaginar uma empresa contábil que
não utilize o computador como ferramenta principal de trabalho. Todos
os controles são online, dentre alguns exemplos os livros fiscais são
arquivados de forma magnética; os lançamentos de notas fiscais podem
ser feitas através de leitores ópticos ou importados diretamente de sites
onde elas são guardadas pelos órgãos fiscalizadores.
A realidade mostra que grande parte do trabalho executado é
realizada através de fibras óticas. Porém, mesmo com o avanço
desenfreado na informática é necessário ter cautela com perda de dados,
vírus, trabalhos refeitos e roubos. Dentro da informática, os
equipamentos necessários para um bom funcionamento da empresa são
microcomputadores, impressoras com scanner, modem, gravadores de
cópias de segurança, e programas específicos para contabilidade
(THOMÉ, 2001).
Além dos móveis e utensílios como mesas, cadeiras, balcões,
grampeadores, calculadoras, ar condicionado, a empresa necessita de
52

instalações como uma central telefônica interligada com ramais, sistema


de alarme e câmeras de vídeo para monitorar o seu ambiente. Um
transporte rápido e seguro para realizar o trabalho de coleta de
documentos nos clientes é um elemento de extrema importância
(THOMÉ, 2001).

3.4.4 Trânsito de documentos

Para Bini et al. (2011), a entrada e saída de documento em um


escritório é de extrema importância, sendo necessária uma prática para o
trânsito dos documentos como o sistema de malotes para cada empresa
ou cliente com seus nomes etiquetados. Geralmente cada empresa ou
cliente possui dois malotes, e quando necessários são trocados,
entregam-se os documentos aos clientes e estes enviam para o escritório
os que estão em seu poder para realizar os serviços.
Nessa atividade pode ocorrer o jogo de “empurra-empurra” em
caso de perda de documentos; extravios tanto no recebimento quanto na
devolução dos mesmos, ou seja, gera certo constrangimento entre o
escritório contábil e os clientes. Nessa situação recomenda-se implantar
controles rígidos de recepção e devolução de documentos através de
protocolos (FUTIDA; ROSA, 2005).
O ideal para a devolução desses documentos seria logo após
estarem devidamente registrados. Porém, por conta do aumento das
obrigações na área da contabilidade, a maioria dos escritórios contábeis
realiza a devolução desses documentos após o encerramento do
exercício, contendo todos os livros fiscais e contábeis – devidamente
assinados, encadernados e registrados nos órgãos competentes; e a
Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (BINI et al.., 2011).

3.4.5 Arquivo

O objetivo do arquivo é fazer a guarda de todos os documentos


pertencentes à empresa de forma racional, cronológica e organizada,
facilitando as consultas quando necessárias e mantendo a conservação
dos documentos (FUTIDA; ROSA, 2005).
As empresas são responsáveis por guardar e conservar os
documentos que serviram como base à escrituração contábil por um
período de cinco anos conforme a exigência da legislação. Porém, para
evitar problemas de os documentos não estarem bem guardados, a
empresa de contabilidade pode arquivá-los em seu escritório, mantendo
um padrão de arquivamento, reduzindo custos e espaços, e, também,
53

evitando com que cada contador utilize seu estilo próprio de arquivo
(THOMÉ, 2001).
Bini et al.. (2011) especifica a teoria das três idades que
representa a forma de arquivo de cada tipo de documento:
a) Idade Corrente: são documentos de uso frequente, dentro do
exercício fiscal que serviram como base para registros contábeis,
fiscais e previdenciários. Geralmente são necessários para o
atendimento e principalmente ao Fisco;
b) Idade Intermediária: são documentos que não são mais
utilizados frequentemente pelo escritório e de baixo valor
informativo. Sendo assim, não existe a necessidade de que eles
permaneçam no escritório, pois já foram registrados no exercício
fiscal, em Declarações de Imposto de Renda, BP, dentre outros; e,
c) Idade Permanente: são documentos que possuem valor
histórico, pois conservam a memória da empresa, oferecendo
subsídios a economistas, administradores, historiadores e os que
analisam a história da empresa.
Existe o “arquivo-morto” que são os arquivos que estão fora de
uso, no qual todas as informações estão armazenas em relatórios
internos ou externos da empresa. Esses documentos devem ser
guardados pelo prazo legal de cinco anos, exceto os de ordem trabalhista
e previdenciária cujos prazos variam conforme cada tipo de documento,
porém, no geral, o prazo maior é de trinta anos. Se a empresa estiver sob
fiscalização tributária ou previdenciária, o prazo de guarda desses
documentos somente encerrará quando o processo de fiscalização
terminar (FUTIDA; ROSA, 2005).

3.4.6 Departamento e suas competências

Na organização contábil deve haver uma divisão de estrutura


física e organizacional para melhor desenvolver seus trabalhos e
possibilitar serviços de qualidade aos clientes. Para isso a
departamentalização proporciona um bom funcionamento e aptidão nos
trabalhos executados (BINI et al.., 2011).
A departamentalização contábil é dividida em departamentos:
pessoal, fiscal, contábil, societário, recepção e arquivo.
a) Departamento pessoal: controla toda documentação dos
trabalhadores, calcula a folha, emite as guias de recolhimento.
Basicamente ele é divido em quatro fases: admissão do
funcionário; durante a permanência do vínculo empregatício; em
razão do seu desligamento; e a elaboração de relatórios e
54

informações impostas pela legislação trabalhista (THOMÉ,


2001).
Conforme consta no manual do CRC-SC (2012, p. 6) as
competências do departamento pessoal são:

Admissões, rescisões, folhas de pagamento,


cálculo e apuração de encargos trabalhistas,
obrigações mensais e anuais como CAGED, GPS,
GFIP, GRRF, DIRF, RAIS, GRCS, DARF do
PIS/Folha de Pagamento, DARFIR sobre salário,
solicitação de CND e CRF/FGTS, Controle do
Quadro de Lotação, Informe de Rendimentos,
Férias, Exames Periódicos, PCMSO, PPRA, PPP,
LTCAT e outros assuntos previdenciários e
trabalhistas.

Recente está em vigor o programa do Governo Federal chamado


e-Social, que visa unificar as informações trabalhistas e previdenciárias
que são enviadas ao governo federal. Nove obrigações de
responsabilidade do departamento pessoal como o CAGED, RAIS,
DIRF, GFIP entre outras poderão ser enviadas em único arquivo, sendo
transmitido por meio eletrônico diretamente para o sistema do e-Social,
reduzindo assim a burocracia para as empresas e facilitando a
fiscalização dos órgãos competentes (RODRIGUES, 2014).
b) Departamento fiscal: é uma área muito importante que envolve
toda a tributação da empresa e exige estar em constante
atualização da legislação (BINI et al.., 2011).
As competências do departamento fiscal são:

Notas fiscais (entrada/saída/serviços), apuração de


impostos (Federais, Estaduais e Municipais),
registro e escrituração de livros e demais
obrigações mensais e anuais do ICMS, IPI, ISS,
DIME (ICMS/SC), DARE/SC, SINTEGRA,
SPED Fiscal, DMED e COFINS, baixas de
inscrições perante as esferas Municipal, Estadual
e Federal, solicitação de negativas e outros
tributos e obrigações (CRC-SC, 2012, p. 6).

Dentro do departamento fiscal surgiram várias novidades


tecnológicas como a nota fiscal eletrônica que eliminou a emissão
manual e é gerada por meio de arquivo XML, e também o SPED Fiscal
55

que é um arquivo digital formado por um conjunto de documentos


fiscais e registros de apuração de impostos do contribuinte sendo
entregue mensalmente via internet. Todas essas novidades auxiliam os
profissionais que trabalham nesse departamento a realizarem um
trabalho mais eficiente além de proporcionar informações praticamente
em tempo real para o fisco (ESPERANDÍO; MELO; MATA, 2014).
c) Departamento contábil: elabora demonstrações contábeis da
organização exigidas pela legislação de acordo com as normas
contábeis (BINI et al.., 2011).
Conforme consta no manual do CRC-SC (2012, p. 6) as
competências do departamento contábil são:

Escrituração dos livros Diários e Razão;


elaboração do livro LALUR; elaborações de
Balancetes de Verificação; elaboração de todas as
Demonstrações Contábeis exigidas pelas
legislações societária e fiscal; análise das
Demonstrações Contábeis; controle dos bens do
Ativo Permanente; elaboração e entrega da DIPJ,
PJSI, DACON, DCTF, DIMOB e DIRF, SPED
Contábil.

Na área contábil surgiu uma novidade chamada SPED contábil


Nele é possível apresentar em um único arquivo magnético, o Livro
Diário, Livro Razão e seus auxiliares, diminuindo o grande volume de
papel utilizado nesses livros.
d) Departamento societário: conhecido também como Setor de
Expediente. Toda sua funcionalidade é exclusivamente para
abertura, alteração e encerramento da empresa (BINI et al..,
2011).
Para o departamento societário cabem as seguintes competências
conforme o manual do CRC-SC (2012, pag. 6): “Constituições,
alterações contratuais, elaboração de atas, registro de livros contábeis e
fiscais, extinção de empresas, solicitação de certidões (positiva e
negativa), cadastros e obtenção de AIDF”.
e) Recepção: esse departamento também pode ser chamado de
atendimento, onde é realizado todo atendimento ao público
pessoalmente ou por outros meios de comunicação (CRC-SC,
2012).
f) Departamento de arquivo: é o local onde são arquivados todos
os documentos legais de todos os outros departamentos.
56

3.4.7 Qualidade dos serviços

Com a chegada da era da informação as empresas contábeis


perceberam a importância de estarem atualizadas. A qualidade na
prestação do serviço garante a satisfação do cliente, que o utilizará e se
tornará divulgador daquele serviço e de sua qualidade, garantindo a
sobrevivência da empresa (SHIGUNOV; SHIGUNOV, 2003).
A qualidade dos serviços prestados pelo escritório de
contabilidade está ligada diretamente ao amor pela profissão e às
mudanças que acontecem diariamente neste cenário contábil. Para isso
alguns pilares fundamentais são relatados por Thomé (2001): a
estrutura, o atendimento, produtos e relatórios, e atualização
permanente.
a) Estrutura: é formada por um conjunto envolvendo o ambiente,
equipamentos, móveis e utensílios, informática, comunicação e
mão de obra.
O ambiente deve estar sempre limpo, agradável para quem
trabalha nele e para os clientes; uma boa iluminação melhora a
produtividade; a temperatura é um fator importante para o conforto dos
clientes e funcionários; e, por último, embelezá-lo com quadros,
pôsteres, plantas, flores.
É necessário o investimento permanente em equipamentos,
reservando uma parcela do custo do escritório à ampliação e renovação
dos equipamentos, possibilitando mais qualidade nos serviços
executados.
Para Thomé (2001), os móveis e utensílios têm como fator
principal o conforto do profissional durante o expediente, influindo no
volume e na qualidade dos serviços executados, por isso eles devem
estar sempre em boas condições de uso.
Os equipamentos de informática, programas e periféricos são de
extrema importância à execução dos trabalhos contábeis. É necessário
adquirir computadores e programas específicos para uso contábil de
última geração obtendo maior desempenho funcional.
A comunicação envolve fatores como uma central telefônica com
diversos ramais para cada departamento ou funcionário, e-mail com o
objetivo de proporcionar ao cliente uma comunicação rápida e eficiente.
b) Atendimento: com o passar dos anos o atendimento veio
sofrendo grandes alterações. Antigamente o contador realizava as
visitas aos clientes, passaram-se os anos e os clientes passaram a
ser visitados por auxiliares. Hoje, com o aumento de clientes, os
mensageiros fazem a retirada e entrega de documentos, e ficou
57

mais comum o cliente ir até a empresa contábil, do que o


empresário contábil ir ao cliente.
Por conta dessa mudança, o atendimento é um dos pontos mais
fortes para o sucesso da organização contábil. O cliente pode ser
atendido pessoalmente, por telefone, e-mail; porém deve ser um
atendimento cortês, amável, atencioso, eficiente e útil.
c) Produtos e relatórios: a qualidade dos produtos e relatórios
enviados aos clientes deve ser de extrema importância, pois é o
resultado final de todo trabalho executado. Para isso é necessário
que o que foi produzido esteja perfeito, entregue no prazo
estipulado, e que seja útil ao cliente.
d) Atualização permanente: existe uma infinidade de tributos cuja
legislação precisa ser conhecida para executar corretamente os
serviços que os clientes necessitam. Com a frequência e a
velocidade que uma legislação é criada, modificada e revogada, é
muito importante o profissional estar sempre atualizado.
Nos últimos anos a internet vem se tornando uma fonte de
consulta importante para profissionais da contabilidade. Diversos
endereços tanto de órgãos públicos como entidades vinculadas à
profissão oferecem com rapidez as informações sobre novas medidas
legais. Existem também os boletins especializados editados por
empresas que se dedicam a esse tipo de informação, ou por entidades
sindicais e associações empresariais.

3.4.8 A ética profissional do contabilista

A ética envolve alguns princípios que regem a conduta e


comportamento daqueles que exercem determinada profissão (FUTIDA;
ROSA, 2005).
No artigo 2º do Código de Ética Profissional do Contador do
CRC-SC (2012), constam os deveres deste profissional, estabelecidos
pelo CFC, sendo eles:
a) Exercer a profissão com zelo, honestidade e conhecimento
técnico, observando a legislação vigente e conservar os interesses
de seus clientes ou empregados sem danos à dignidade e à
independência profissional;
b) guardar sigilo sobre o que souber em razão de sua profissão;
c) zelar pela sua competência na orientação de serviços a seu
cargo;
58

d) orientar o cliente por escrito de forma reservada, quando


ocorrer uma circunstância que possa influir nas decisões da
empresa;
e) averiguar todas as circunstâncias antes de realizar uma opinião
sobre qualquer ação;
f) renunciar às funções que exerce quando perceber e confirmar a
falta de confiança por parte do cliente, notificando-o com trinta
dias de antecedência sem prejudicar os seus interesses;
g) quando ocorrer de um profissional ser substituído por outro,
todas as suas funções devem ser transmitidas ao substituto para
obter um bom desempenho de seu trabalho;
h) manifestar-se quando existir impedimento para exercer a
profissão;
i) ser solidário com os movimentos que visam aprimorar a classe
contábil, aprimorando seu conhecimento técnico;
j) cumprir os programas obrigatórios de educação continuada
estabelecida pelo Conselho Federal de Contabilidade;
k) comunicar ao CRC a mudança de domicílio ou endereço da
organização contábil, ou quaisquer outros fatos necessários à
fiscalização;
l) auxiliar a fiscalização do exercício da profissão.
O artigo 3º do Código de Ética Profissional do Contador do CRC
SC (2012) relata o que é vedado ao profissional contábil:
a) Realizar críticas ao colega de profissão e anunciar seus
trabalhos oferecidos por qualquer meio de comunicação que o
prejudique;
b) assumir serviços ilegais que gerem prejuízo à classe contábil;
c) deixar de especificar suas atribuições no contrato, sendo
proibida qualquer prática ilícita;
d) assinar documentos elaborados por alheios;
e) exercer a profissão quando impedido ou facilitar os trabalhos
para outros profissionais que estão impedidos de exercer a
função;
f) manter a organização contábil em funcionamento quando não
estiver autorizada pela legislação;
g) tornar-se negociador de serviços por meio de participação nos
honorários;
h) realizar um ato contrário à legislação sendo definido como
crime ou contravenção;
i) receber qualquer benefício do cliente por praticar atos ilícitos;
59

j) prejudicar com, ou sem culpa, interesses que foram confiados a


sua responsabilidade profissional;
k) recusar de prestar contas de quantias que foram confiadas, e
reter sem responsabilidade todos os documentos que foram
confiados a sua guarda;
l) repassar ao cliente informações sem embasamento legal;
m) exercer ou ligar o nome a atividades ilícitas, e revelar
negociações confidenciadas pelo cliente;
n) emitir referências que identifiquem o cliente, salvo quando
autorizados por eles;
o) iludir ou tentar iludir clientes ou interessados fornecendo falsas
informações;
p) não cumprir os prazos estabelecidos pelo CRC, e intitular-se
na profissão contábil caso não possua certificação exigida;
q) executar trabalhos contábeis sem observar os princípios e
normas da contabilidade;
r) renunciar à liberdade profissional, devendo evitar qualquer
restrição que possa prejudicar o seu trabalho;
s) publicar em seu nome qualquer trabalho científico no qual não
tenha participado e apropriar-se indevidamente de valores que
foram confiados a sua guarda;
t) exercer a profissão quando comprovada a incapacidade técnica
e deixar de apresentar documentos quando solicitado pela
fiscalização.

3.4.9 Cobrança de honorários

Para estabelecer um valor para prestação de serviço é necessário


realizar muitas análises. Em algumas oportunidades tentou-se
estabelecer um honorário mínimo para cobrança dos serviços, porém
resultaram em valores inaplicáveis, tendo em vista que devem ser
consideradas muitas variáveis como: estrutura administrativa, volume de
documentos manuseados, números de funcionários, entre outros
(FUTIDA; ROSA, 2005).
Thomé (2001) descreve dois critérios para fixação de honorários,
sendo eles: dissociados do tempo empregado na execução do serviço e o
relacionados com o tempo aplicado na execução do serviço.
a) Dissociados do tempo empregado: nesse critério o contador
pode se basear principalmente no faturamento do tomador do
serviço. Nesse caso não é levado em conta o esforço realizado
para concluir determinado serviço.
60

b) Relacionados com o tempo empregado: nesse grupo


enquadram-se critérios que levam em conta o tempo empregado
para realizar os serviços contratados. Algumas empresas
contábeis estimam o tempo que foi ou será gasto na execução dos
serviços, e outras cobram conforme o tempo real gasto para
realizar os serviços.
É necessário apurar os custos da empresa contábil para ajudar na
hora de decidir quais valores cobrar de seus clientes. Nesse caso, é
necessário analisar os custos com salários e encargos dos profissionais,
remuneração dos sócios, serviços auxiliares, gastos indiretos, fixos ou
gerais e reservas com custos com substituição de equipamentos,
obrigações trabalhistas em casos de demissões, entre outros (THOMÉ,
2001).
Depois de estabelecer qual critério utilizar para a cobrança dos
honorários e os custos da empresa contábil, é necessário estabelecer a
margem de lucro apropriada, para isso convém examinar o preço
praticado pelo mercado e a qualidade do serviço oferecido. Para alguns
clientes a margem de lucro pode ser maior ou menor, analisando a
situação financeira e o grau de atenção e responsabilidade com as
mesmas (THOMÉ, 2001).
No capitulo III do Livro de Bolso do Profissional da
Contabilidade do CRC-SC (2012) constam alguns pareceres em relação
aos valores dos serviços contábeis, sendo eles:
a) O profissional contábil deve fixar o valor dos serviços em
contrato escrito;
b) o profissional da contabilidade pode transferir o contrato de
serviços a outro profissional desde que tenha o consentimento do
cliente;
c) é proibido que o profissional contábil ofereça ou dispute
serviços mediante a baixa de honorários em concorrência desleal.

3.4.10 Marketing do escritório contábil

Conforme Marion e Rosa (2004) antigamente os escritórios não


tinham marketing, porém com o passar dos anos, os desafios e a
modernidade foram mudando a maneira de pensar e agir dos
administradores de escritório contábil.
Com uma forte filosofia de marketing, o cliente se torna a razão
de ser do escritório, não sendo visto somente com o um gerador de
renda. Para isso é necessário ouvir o cliente e considerar suas
necessidades, levando-as em conta quando tomam decisões sobre a
61

organização, preços e serviços, respeitar o cliente e treinar funcionários


para um excelente atendimento a ele (MARION; ROSA, 2004).
Para Marion e Rosa (2004), o marketing engloba cinco atividades
fundamentais, sendo elas: pesquisa, desenvolvimento e administração do
produto, comunicação com o mercado, vendas e distribuição, pós-
vendas:
a) Pesquisa: identificar a clientela potencial para o produto a ser
lançado, definir dados e objetivos como renda, idade e também o
comportamento, valores e opiniões da clientela. Podem-se incluir
pesquisas com a clientela atual verificando a satisfação e a
identificação de futuros clientes.
b) Desenvolvimento e administração do produto: como as coisas
mudam as organizações também precisam mudar, e para isso é
necessária a atualização dos produtos atuais. É necessário
também manter esses produtos em constante avaliação
proporcionando atratividade e níveis de retorno.
c) Comunicação com o mercado: de nada adianta ter serviços de
boa qualidade se o cliente não sabe disso. Deve entrar em cena a
comunicação com o mercado através de propaganda, publicidade,
promoções e eventos, sem ferir o Código de Ética, sem criar má
reputação perante a classe contábil.
d) Vendas e distribuição: fazer um trabalho contínuo de ofertar
produtos aos clientes, seduzindo-os para compra de serviços do
escritório. Isso pode ser feito através de representantes e parceiros
do escritório que tenham interesse em atrair clientes para o
escritório.
e) Pós-vendas: após criar uma base sólida de clientes não se pode
perdê-las, para isso é necessário manter contato com o cliente,
informação e assistência, além de serviços de atendimento a
reclamações.
O escritório contábil não pode realizar determinados tipos de
propaganda que são comuns em uma indústria por exemplo. Para isso, o
escritório deve achar modos de se promover que sejam coerentes a tal
limitação, aplicando conceitos e instrumentos do marketing com uma
versão sob medida para o caso (MARION; ROSA, 2004).
62
63

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

Esta seção trata da metodologia da pesquisa, na qual se


apresentam a abordagem metodológica e os procedimentos para coleta
de dados utilizados neste trabalho.

4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Para que a pesquisa tenha sua real eficácia, é necessário realizar


procedimentos utilizando instrumentos que traçam a forma de chegar
aos objetivos (LAKATOS; MARCONI, 2007). Diante dos objetivos a
serem conquistados, a pesquisa classifica-se como exploratória,
descritiva e explicativa.
Exploratória, pois ela tem a função de explorar e desenvolver
ideias buscando maior conhecimento do problema e levantando
hipóteses (GIL, 2008) através de estudo de caso.
A pesquisa tem fundamento descritivo, pois são observados,
registrados, analisados, e interpretados os fatos estudados sem a
manipulação das informações coletadas e dos resultados (ANDRADE,
2007).
Explicativa, pois visa identificar e esclarecer os fatos,
fundamentados em estudos de caráter explicativo aprofundando o
conhecimento da realidade (GIL, 2008).
Os procedimentos adotados para reunir informações da empresa,
caracterizam-se pela coleta de dados e pesquisa bibliográfica. Coleta de
dados, pois descreve um estudo mais aprofundado de um determinado
caso específico, permitindo conhecimento amplo e detalhado do mesmo
(BEUREN, 2008).
Quanto à pesquisa bibliográfica, Gil (2008, p. 44) destaca que “a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
As técnicas utilizadas na pesquisa foram documentação e
entrevista. Através da documentação buscou-se fazer levantamento de
registros antigos e atuais da empresa Sercop, como fotos e documentos
diversos. A entrevista consistiu na coleta de informação solicitada
diretamente aos funcionários e sócios da empresa através de
questionários com questões previamente estabelecidas pela autora
(SEVERINO, 2007).
A pesquisa classifica-se como quali-quantitativa, pois é
predominantemente utilizado o método qualitativo que analisa e
compreende a diversidade do problema através da coleta de
64

informações. Porém, também são utilizados métodos quantitativos, que


se caracterizam pela quantificação de dados encontrados através da
utilização de métodos estatísticos para demonstrar por meio de gráficos
os resultados da entrevista (BEUREN, 2008).

4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS


DADOS

Inicialmente, vale destacar que para coleta e análise dos dados foi
realizado um período de estágio de 312 horas, divididas em Estágio I
com 156 horas, realizada entre julho a dezembro de 2014 e Estágio II
com mais 156 horas, no período entre janeiro a junho de 2015 dentro da
empresa Sercop Assessoria Contábil, buscando conhecer um pouco mais
detalhadamente a história da empresa, os sócios e funcionários para
atender os objetivos desta pesquisa.
Para coleta de dados aplicou-se um questionário de pesquisa para
os sócios (Apêndice 1) e para os funcionários (Apêndice 2), e também
realizou-se uma coleta de documentos através do sistema interno e dos
objetos que fazem parte da história da empresa.
O questionário para os sócios foi composto por dezesseis
questões e aplicado aos três sócios da empresa. Sendo divididos em três
partes: identificação do entrevistado, profissão contábil e gestão de
escritório contábil.
Para os funcionários usou-se um questionário composto de
dezenove questões, aplicados aos sete funcionários. Dividido em três
partes: identificação do entrevistado, grau de escolaridade e gestão de
escritório contábil.
Observando o histórico da empresa no subcapítulo 2.5, a empresa
conta com oito colaboradores, porém, como a autora da pesquisa faz
parte do quadro de colaboradores, a mesma não participou da aplicação
do questionário para não influenciar no resultado final do trabalho
realizado.
Vale ressaltar que os questionários possuem a maior parte das
perguntas diferenciadas para os sócios e funcionários, e ambos foram
aplicados um pré-teste com profissional que atua na área contábil e sem
ligação com os entrevistados da empresa. Este pré-teste foi aplicado no
dia 25 de março de 2015, para averiguar se as perguntas elaboradas
estavam de forma clara e objetiva. Depois da aplicação do pré-teste,
constatou-se que não havia necessidade de modificação na estrutura dos
questionários, sendo aplicado aos entrevistados no dia 26 de março de
2015.
65

Na sequência, após a aplicação dos questionários, os resultados


foram tabulados e expressos em números e percentuais.
As questões relativas à identificação, aplicadas no questionário
dos sócios e funcionários visam reconhecer os entrevistados para
atender um dos objetivos específicos juntamente com o Capítulo 2, que
é caracterizar a empresa Sercop Assesoria Contábil.
As perguntas relacionadas à profissão contábil aplicadas aos
sócios, e o grau de escolaridade aplicada aos funcionários, buscam
compreender a importância da formação para uma melhor adaptação ao
cenário contábil.
As questões aplicadas tanto para os sócios quanto para os
funcionários, relativos à gestão do escritório contábil, visam atender ao
objetivo específico de identificar a importância de uma gestão eficiente,
considerando a visão dos proprietários e funcionários da empresa
estudada.
Em relação à coleta de documentos, realizou-se uma busca de
dados no sistema interno do escritório e também se coletaram fotos
através do histórico da empresa guardadas na mesma.
Colheram-se informações referentes ao quadro de clientes e
funcionários, e também fotos da estrutura do escritório dentro da
delimitação de pesquisa (2005 a 2015), para atender ao objetivo
específico de realizar uma análise comparativa entre a gestão anterior e
a gestão atual e confrontar essas informações com algumas perguntas do
questionário aplicado aos sócios.
66
67

5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS

Neste capítulo evidenciam-se as análises e discussões do estudo


de acordo com os objetivos propostos na pesquisa e com os
questionários aplicados aos sócios e funcionários, e também com os
documentos e fotos coletados na empresa.
Para melhor análise dos resultados, este capítulo foi dividido em
dois subcapítulos: Coleta de documentos e fotos da empresa, e
questionários aplicados aos sócios e funcionários.

5.1 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DA COLETA DE


DOCUMENTOS E FOTOS DA EMPRESA

A coleta de documentos exibe o histórico de clientes e


funcionários nos últimos dez anos. Com o intuito de verificar o aumento
de clientes e funcionários, e também o início de mudanças no cenário
contábil nesse mesmo período, o Gráfico 1 traz o número de novos
clientes desde o ano de 2005 até março de 2015, considerando que até o
ano de 2004 a empresa tinha 137 clientes.
Neste contexto, o gráfico a seguir demonstra os seguintes
resultados:

Gráfico 1: Histórico de novos clientes na empresa Sercop Assessoria Contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).


68

Analisando o período de 2005 até março de 2015 (delimitação da


pesquisa), constatou-se que os períodos em que mais empresas se
tornaram clientes do escritório foram 2011, 2012 e 2013. Somando os
clientes novos somente desses três anos, 76 novas empresas tornaram-se
clientes da Sercop.
Nesse mesmo período os escritórios estavam se adequando às
mudanças no cenário contábil, quando iniciou a fase da transição do
papel para o meio eletrônico. Nesse período surgiram, por exemplo, a
nota fiscal eletrônica, o Sped fiscal e contábil, entre outras
transformações que exigiram uma nova adaptação.
Com esse conjunto de crescimento de clientes e as modificações
no cenário contábil, o quadro de funcionários da empresa precisava ser
proporcional ao trabalho exigido, e houve uma evolução que pode ser
observada no Gráfico 2.

Gráfico 2: Histórico de funcionários da empresa Sercop Assessoria Contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Verificando o gráfico que representa o histórico de funcionários,


percebe-se que o quadro de funcionários da empresa cresceu
gradativamente a partir de 2011, estabilizando em 2013 com o total de
oito funcionários.
Comparando o Gráfico 2 com o Gráfico 1, observa-se que no ano
de 2011 a 2013 cresceu o número de clientes, e consequentemente, foi
necessário aumentar o número de funcionários do escritório e prepará-
los para atender esse crescimento com qualidade e eficiência.
69

Portanto, constata-se que o escritório adaptou o quadro de


funcionários, conforme exigência com o aumento de clientes e as
mudanças no cenário em que atua. Com um número maior de
funcionários, a empresa tem a possibilidade de continuar oferecendo um
serviço de qualidade e veracidade aos seus clientes, mesmo que o
funcionário esteja passando por uma fase de atualização e adaptação no
cenário contábil.
Com o passar dos anos houve o aumento de clientes e
funcionários conforme apresentados nos gráficos anteriores. Sendo
assim, o escritório precisou adaptar-se a esse crescimento e às mudanças
no cenário contábil. As imagens a seguir retratam parte das
transformações ocorridas no escritório, envolvendo estrutura e
equipamentos para melhor atender essas necessidades.
Coletaram-se fotos do ano de 2005, e do ano de 2015, como
forma de análise do desenvolvimento da empresa.

Figura 4: Estrutura do escritório em 2005 (foto 1)

Fonte: Arquivo da empresa (2005).


70

Figura 5: Estrutura do escritório em 2005 (foto 2)

Fonte: Arquivo da empresa (2005).

Figura 6: Estrutura do escritório em 2015 (atendimento ao povo no geral)

Fonte: Arquivo da empresa (2015).


71

Figura 7: Estrutura do escritório em 2015 (departamento fiscal e contábil)

Fonte: Arquivo da empresa (2015).

Figura 8: Estrutura do escritório em 2015 (departamento pessoal)

Fonte: Arquivo da empresa (2015).


72

Figura 9: Estrutura do escritório em 2015 (sala de atendimento reservada ao


cliente)

Fonte: Arquivo da empresa (2015).

Figura 10: Sala de arquivo em 2005

Fonte: Arquivo da empresa (2005).


73

Figura 11: Sala de arquivo em 2015

Fonte: Arquivo da empresa (2015).

Comparando as fotos expostas nas Figuras 4, 5 e 10 (2005) e a


estrutura do escritório apresentada nas Figuras 6, 7, 8, 9 e 11 (2015), é
nítida a evolução que a empresa teve em toda sua estrutura.
Antes o escritório tinha um espaço físico menor, não se dividia
em departamentos, os equipamentos eram simples e com o crescimento
de clientes e funcionários foi necessário mudar para uma sala com mais
espaço físico, e adaptar os departamentos e equipamentos conforme a
necessidade exigida.
74

Figura 12: Máquina de escrever

Fonte: Arquivo da empresa (2005).

Figura 13: Computador e leitor óptico

Fonte: Arquivo da empresa (2015).

As duas fotos representadas nas Figuras 12 e 13 mostram


exatamente a principal mudança dentro do escritório, a transformação do
papel, para o mundo digital. O término de um trabalho mais demorado e
que tinha menos segurança ao realizá-lo – representado pela máquina de
75

escrever, passando para o início de fase onde tudo é feito de forma


rápida e segura – o computador.

Figura 14: Telefone/Fax

Fonte: Arquivo da empresa (2005).

Figura 15: Impressora/Scanner

Fonte: Arquivo da empresa (2015).


76

As fotos apresentadas nas Figuras 14 e 15 evidenciam a principal


mudança em relação à comunicação. Antigamente o telefone e o fax
eram os únicos meios de comunicação quando o cliente não podia ir ao
escritório. Atualmente com internet e uma impressora de qualidade com
scanner, é possível comunicar-se com os clientes e mandar documentos
de forma rápida, sem ter a necessidade de usar um telefone e de se
deslocar do ambiente de trabalho.

5.2 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DO


QUESTIONÁRIO APLICADO AOS SÓCIOS

Para melhor entendimento, o questionário aplicado aos sócios


constava de três partes: identificação do entrevistado, profissão contábil
e gestão de escritório contábil, e o resultado expõem-se nos gráficos a
seguir.
A primeira parte do questionário aplicado aos sócios teve por
intuito identificá-los quanto ao sexo, faixa etária e formação acadêmica.
Sendo assim, a pergunta referente ao sexo do entrevistado,
demonstra os resultados através do Gráfico 3.

Gráfico 3: Identificação do sexo

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Conforme o resultado encontrado, todos os sócios da empresa são


do sexo masculino.
A segunda questão demonstrada no Gráfico 4 refere-se à faixa
etária dos sócios.
77

Gráfico 4: Identificação da faixa etária

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Quanto à faixa etária dos sócios, todos estão em faixas de idade


diferenciadas, sendo que um tem entre 26 a 35 anos, outro de 36 a 45
anos e o outro mais de 45 anos.
Por serem faixas de idade bem diferenciadas, podem ocorrer
possíveis desentendimentos entre eles, surgindo assim, a necessidade de
haver entre eles um bom diálogo para tomada de decisões, respeitando
as opiniões de cada um e tentando adequar-se conforme as exigências do
escritório.
A última pergunta referente à identificação dos sócios relata suas
formações e está representada no Gráfico 5.

Gráfico 5: Identificação da formação acadêmica dos sócios

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Esta questão também destaca diferenças entre a formação de cada


sócio: um entrevistado possui apenas o técnico em contabilidade, outro é
Bacharel em Ciências Contábeis, e o outro além de bacharel em
78

Ciências Contábeis também possui especialização em Planejamento


Tributário.
Avaliando as respostas supracitadas, é importante comentar que a
formação diferenciada de cada sócio evidencia a necessidade de um
ajudar o outro com suas experiências acadêmicas, e sempre buscando
atualizar seus conhecimentos.
A segunda parte do questionário teve por intuito verificar a
profissão contábil dos sócios.
Assim, a primeira questão versava sobre se os entrevistados
possuíam o registro do CRC. O Gráfico a seguir certifica as respostas
dos entrevistados.

Gráfico 6: Registro no CRC

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Esta questão evidenciou que todos os sócios possuem registro no


Conselho Regional de Contabilidade.
Conforme a Lei n. 12.249, de 11 de junho de 2010, editada pelo
CFC, o art. 12 dispõe que, para que o profissional contábil possa
trabalhar em qualquer área, é obrigatório concluir o curso de Bacharel
em Ciências Contábeis, ser aprovado em Exame de Suficiência e obter o
registro no Conselho Regional de Contabilidade.
Fica claro que todos os sócios estão devidamente de acordo com
o que pede a legislação do CFC para poder executar seus trabalhos como
contabilista.
A segunda pergunta relacionada à profissão contábil, indaga há
quantos anos os sócios atuam na área contábil, sendo evidenciado no
Gráfico 7.
79

Gráfico 7: Período de atuação na área contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, 66,67%, ou seja, dois dos entrevistados têm mais


de 20 anos de atuação na área contábil, e 33,33%, ou seja, um dos
entrevistados tem entre 11 a 15 anos de experiência.
Como todos os sócios têm mais de 11 anos de experiência na área
em que atuam, isso se torna um ponto positivo aos sócios para realizar
seus trabalhos, pois com mais experiência o profissional aumenta seu
conhecimento, passando ao cliente segurança e confiança no serviço
realizado.
Comparando essas respostas com o Gráfico 1, percebe-se que as
experiências dos sócios podem auxiliar no crescimento do escritório. O
Gráfico 1 demonstra um crescimento favorável de clientes, e a
experiência e o acúmulo de conhecimento cada vez maior dos sócios
pode estar relacionado diretamente com essa situação.
Na terceira e última parte da entrevista aplicada aos sócios, as
perguntas eram relacionadas à gestão de escritório contábil.
A primeira questão indaga se os entrevistados conseguem
acompanhar as mudanças que ocorrem na área contábil. O Gráfico 8
apresenta os resultados.
80

Gráfico 8: Acompanhamento das mudanças no cenário contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Todos os entrevistados asseveraram que conseguem acompanhar


as mudanças. Conforme afirmação de Marion (2009), mencionado no
referencial teórico deste trabalho, o contador deve deixar de lado a
postura de “guarda-livros”, sendo um impulsor de mudanças mostrando
suas aptidões e se tornando um grande conhecedor da área contábil.
Entende-se assim, que todos os sócios estão conseguindo
acompanhar e aprimorar seus conhecimentos diante das grandes
transformações que estão surgindo nesta área.
Na sequência, o questionamento era se os entrevistados estavam
conseguindo colocar em prática no seu dia a dia todas essas mudanças.
O Gráfico 9 traz as respostas dos entrevistados.

Gráfico 9: Implantação das mudanças do cenário contábil no escritório

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Do total dos entrevistados, 66,67%, ou seja, dois responderam


que quase sempre conseguem colocar em prática as mudanças que
ocorrem no cenário contábil, e um respondeu que sempre consegue
colocar em prática todas essas modificações.
81

Comparando as respostas deste questionamento com a questão


anterior, todos os sócios conseguem acompanhar as mudanças, porém a
maior parte deles não consegue colocar sempre em prática no seu dia a
dia junto com seus colaboradores e clientes. De acordo com Chiavenato
(2003), referenciado neste trabalho, para que o escritório possa competir
no mercado de trabalho com um serviço de qualidade, é necessário
adequar-se às mudanças, e também colocá-las em prática no dia a dia.
Quanto ao quadro de funcionários e estrutura do escritório,
questionou-se aos entrevistados se esse conjunto estava satisfazendo
seus clientes, as respostas estão expostas no Gráfico 10.

Gráfico 10: Quadro de funcionários e estrutura do escritório

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Na percepção dos sócios, dois declararam que quase sempre os


funcionários e a estrutura do escritório conseguem satisfazer os clientes,
enquanto um afirmou que esse conjunto sempre consegue satisfazer os
clientes.
Analisando a colocação de Thomé (2001) descrita neste trabalho,
a estrutura envolvendo todo seu conjunto de equipamentos, móveis,
utensílios, entre outros, e um quadro de funcionários motivados a
oferecer suas tarefas com qualidade é fundamental para o sucesso de um
escritório.
Como já apresentado no Gráfico 2, o escritório aumentou o
número de funcionários com o passar dos anos por conta das mudanças
na área contábil e do aumento de clientes. Unindo estas informações
com as respostas dos sócios aprestadas no Gráfico 10, entende-se que
esse conjunto consegue satisfazer os clientes com grande frequência,
estando quase sempre de acordo com as exigências necessárias ao
sucesso de uma organização.
82

A terceira pergunta na parte de gestão de escritório, indagava aos


entrevistados se os honorários pagos pelos clientes são considerados
satisfatórios, obtendo as respostas contidas no Gráfico 11:

Gráfico 11: Satisfação quanto aos honorários pagos pelo cliente

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, dois (66,67%) dos entrevistados atestaram que às


vezes os honorários são satisfatórios, e um (33,33%) asseverou que
quase sempre.
Futida e Rosa (2005) afirmam que estabelecer um valor correto
para a prestação de serviços é complexo diante de muitas análises, como
estrutura da empresa, volume de documentos, entre outros.
Além do que, por mais que se tente conscientizar os clientes da
importância de um contador para sua empresa, na maioria das vezes o
valor do honorário é mais propício a ajudar o cliente, do que realmente
cobrar o valor justo pelos serviços prestados.
Diante disso, com as respostas dos sócios, verifica-se que os
sócios não estão muito satisfeitos com os honorários, evidenciando que
é necessária a conscientização dos clientes sobre a importância dos
serviços de um escritório contábil.
A questão quatro inquiria a visão dos sócios sobre os
departamentos do escritório, os dados estão apontados no Gráfico 12.
83

Gráfico 12: Organização do escritório

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

De acordo com as respostas dos entrevistados, dois consideraram


a organização do departamento bom e um considerou ótimo.
Conforme Oliveira (2006), a organização é um instrumento
administrativo que surge através dos atos de identificar, analisar e
agrupar as atividades e recursos da empresa, visando alcançar os
objetivos estabelecidos pela mesma.
Dessa forma, entende-se através dos dados coletados, que pela
visão dos sócios, o departamento está bem organizado de acordo com a
necessidade exigida.
A quinta questão referia-se à localização do escritório para os
colaboradores e clientes, obtendo as respostas registradas no Gráfico 13.

Gráfico 13: Localização do escritório para colaboradores e clientes

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

As respostas dos entrevistados foram que 33,33%, ou seja, um


sócio considera ótima a localização, e 66,67%, equivalente a dois
entrevistados a reconhecem como boa.
84

Bini et al..,(2011) destacam que a localização do escritório deve


ser de fácil acesso para os colaboradores e clientes, favorecendo o
desenvolvimento de suas tarefas.
Diante desta afirmação, a maior parte dos entrevistados
considerou boa a localização da empresa, fato que se torna um ponto
positivo para conquistar clientes e funcionários.
A questão seis tratava de como os sócios consideram o trânsito de
documentos do escritório, e está demonstrada no Gráfico 14.

Gráfico 14: Trânsito de documentos

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Esta questão apresenta controvérsia entre os sócios, um


respondeu que o trânsito de documentos é regular, outro considerou bom
e o outro afirmou que é ótimo.
Diante dessas respostas, comparando-as com a citação de Bini et.
al. (2011) o controle de chegada e saída de documentos dentro do
escritório deve ser minuciosamente cauteloso.
Comparando as afirmações citadas com a diferenciação de
respostas dos sócios, é necessário evidenciar que a entrada e saída de
documentos não estão sendo realizadas de forma totalmente correta
comparando as afirmações dos respondentes com o embasamento
teórico deste livro.
Como solução para este problema, é necessário um treinamento
para o funcionário responsável por este trabalho, possibilitando assim o
seu aperfeiçoamento para executar esta tarefa de forma correta de modo
a agradar todos os sócios e satisfazer os clientes.
Quanto ao arquivo de documentos, a pergunta sete inquiria se os
documentos estavam sendo arquivados conforme determina a legislação,
as respostas estão no Gráfico 15.
85

Gráfico 15: Guarda e conservação de documentos conforme as normas

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Conforme as respostas dos entrevistados, 33,33%, ou seja, um


sócio ponderou que quase sempre os documentos são arquivados
conforme determina a legislação, e os demais, 66,67% ratificaram que
os documentos sempre são guardados conforme a exigência da
legislação.
Futida e Rosa (2005) prescrevem que a guarda dos documentos
deve ser pelo prazo legal de cinco anos, exceto os de ordem trabalhista e
previdenciária cujos prazos variam conforme cada tipo de documento,
porém, o prazo não ultrapassa os trinta anos.
Entende-se que por ser algo exigido por Lei, o correto é que o
escritório sempre mantenha os documentos arquivados conforme a
exigência da legislação. Porém, conforme destacado no Gráfico 15, na
visão de um dos entrevistados, os documentos quase sempre estão sendo
conservados de maneira correta, sendo necessário analisar o possível
problema dentro do departamento do arquivo, e buscar uma solução para
que as empresas não corram o risco de sofrer as consequências
futuramente por não terem os seus documentos arquivados de forma
correta.
A questão oito tratava do tipo de ferramenta de marketing
utilizado no escritório, no qual as alternativas disponíveis eram: a)
Campanhas publicitárias; b) Pesquisa de mercado; c) Outro. Especificar;
d) Nenhum.
Das alternativas disponíveis, um dos entrevistados escolheu as
campanhas publicitárias e também colocou como outra opção Facebook.
Outro sócio não assinalou nenhuma das questões e especificou o site da
empresa como marketing e um dos respondentes assinalou a opção
nenhum, afirmando que o escritório não possui marketing.
Marion e Rosa (2004), afirmam que antigamente os escritórios
não tinham marketing, porém com o passar dos anos, se tornou peça
86

fundamental para o sucesso de uma organização contábil, sendo


utilizadas ferramentas de divulgação através de propaganda,
publicidade, promoções e eventos, sem ferir o Código de Ética.
Diante desta colocação, verifica-se que pode haver a falta de
comunicação ou de conhecimento entre os sócios acerca do marketing
utilizado pelo escritório, já que todos estão em desacordo em relação ao
questionamento abordado, sendo fundamental o escritório manter o foco
em qual marketing deve ser escolhido para divulgação dos seus
trabalhos.
Na questão nove, os sócios responderam sobre quais as
ferramentas que são utilizadas na gestão do escritório para melhor
destaque no mercado competitivo. Os resultados estão expressos no
Gráfico 16 a seguir.

Gráfico 16: Ferramentas utilizadas para oportunidades no mercado

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Referente à questão nove, a maioria dos entrevistados sustentou


que a ferramenta utilizada pelo escritório para expandir no mercado de
trabalho é o relacionamento com o cliente, sendo que apenas um dos
entrevistados disse que o Benchmarking (comparar-se com qualquer
empresa do mesmo ramo) é a ferramenta utilizada pelo escritório para o
seu desenvolvimento.
Conforme relatado por Marion e Rosa (2004) no embasamento
teórico deste trabalho, o cliente se torna a razão de ser do escritório, não
sendo visto somente com o um fato gerador de renda, ou seja, o cliente
ao conhecer o serviço que o escritório lhe oferece, torna-se um
87

divulgador da entidade contábil. Por isso toda gestão é fundamentada no


cliente, além de ele ser um fato gerador de renda, pode ser peça
fundamental para conseguir novos clientes.
Vale ressaltar que qualquer tópico citado no Gráfico 16 pode ser
escolhido como opção de resposta. O que o que se pretende considerar
como análise, é o entrosamento entre os sócios ao responder a questão.
Sendo assim, verificando as respostas, a maior parte dos entrevistados
concorda com a afirmação de Marion e Rosa e prioriza a relação com o
cliente como ferramenta de crescimento do escritório.
A última pergunta aplicada aos sócios referente à gestão de
escritório questiona sobre o seu entendimento em relação aos deveres e
proibições do profissional contábil. As respostas estão apresentadas na
tabela a seguir.

Quadro 1: Deveres e proibições do profissional contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Referente aos deveres do profissional contábil 66,67%, ou seja,


dois dos entrevistados confirmaram que conhecem e entendem, e
33,33%, um dos sócios declarou que conhece e entende parcialmente os
deveres do profissional contábil.
Quanto às proibições do profissional contábil, 100%, ou seja,
todos os sócios conhecem e entendem.
No referencial teórico deste trabalho, constam os deveres e
obrigações constantes do Código de Ética estabelecido pelo CFC, sendo
esses de extrema importância para o sucesso de um profissional contábil
juntamente com seu escritório.
Diante das respostas apontadas no Quadro 1, os entrevistados
demonstram conhecer e entender o Código de Ética, os auxiliando a
tomar atitudes coerentes com a sua profissão.
88

5.3 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO POR MEIO DO


QUESTIONÁRIO APLICADO AOS FUNCIONÁRIOS

O questionário aplicado aos funcionários dividiu-se em três


partes: identificação do entrevistado, grau de escolaridade e gestão de
escritório contábil. Todos os resultados estão demonstrados em gráficos
no decorrer deste trabalho.
A primeira parte do questionário aplicado teve como propósito
identificá-los quanto ao sexo, faixa etária e tempo de trabalho executado
dentro e fora da empresa analisada.
A pergunta que apresenta o sexo dos entrevistados está
demonstrada no Gráfico 17.

Gráfico 17: Identificação do Sexo

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

A questão sobre o sexo dos entrevistados permitiu constatar que


85,71% são do sexo feminino, e 14,29% do sexo masculino, ou seja, seis
mulheres e um homem, portanto, a maior parte de funcionários do
escritório é composta por mulheres.
A questão dois demonstra a faixa etária dos entrevistados,
identificada no Gráfico 18.

Gráfico 18: Faixa Etária

Fonte: Elaborado pela autora (2015).


89

Do total de entrevistados, 71,43% certificou que têm entre 19 a


25 anos, e 28,57% possui idade entre 26 a 30 anos.
Observou-se que todos os funcionários são bem novos na questão
da idade, e essa realidade está presente na grande maioria dos escritórios
contábeis que buscam funcionários com faixa etária menor, já que
conseguem se adaptar às mudanças tecnológicas prontamente, e, por
consequência, ajustam-se com mais facilidade a esse cenário de
mudanças na contabilidade.
A pergunta três investigava há quantos anos os entrevistados
trabalham na empresa. As respostas constam do Gráfico 19.

Gráfico 19: Tempo de trabalho na empresa

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, do total de entrevistados, dois alegaram que


trabalham há menos de 1 ano na empresa; um funcionário disse que
trabalha de 1 a 3 anos; dois de 3 a 5 anos, e outros dois realizam seus
trabalhos há mais de sete anos no escritório.
Entende-se que mesmo sendo funcionários com faixa estaria entre
19 a 30 anos, como exposto na análise anterior (Gráfico 18), a maioria
dos funcionários trabalha no escritório há mais de três anos.
Com isso, percebe-se um fator positivo para o escritório, já que
os funcionários estando há mais tempo na empresa, obtêm mais
experiência e conhecimento de cada cliente e da situação em que cada
um deles se encontra, proporcionando assim segurança ao realizar
determinadas tarefas e transmite, ainda, mais confiança ao cliente.
A questão seguinte teve como objetivo analisar se algum
funcionário já trabalhou em algum escritório anteriormente, e as
respostas são apresentadas no Gráfico 20.
90

Gráfico 20: Experiência profissional com outro escritório contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Entende-se com as respostas desta questão, que a maioria dos


colaboradores do escritório não teve experiência em outra empresa
contábil anteriormente.
Com isso, têm-se dois entendimentos: o primeiro sendo
favorável, pois demonstra que a maior parte dos funcionários iniciou
seus trabalhos na área contábil na empresa pesquisada e com o passar
dos anos, ganharam experiência, não tiveram interesse em trabalhar em
outro escritório, demonstrando que a empresa oferece as oportunidades
que os funcionários estão buscando.
O segundo entendimento se torna um pouco desfavorável, pois
funcionários sem experiência acabam trazendo um pouco de dificuldade
à empresa, já que os funcionários mais experientes têm que ensinar os
mais novos, ocasionando alguns transtornos, sem contar o tempo que se
perde ensinando o funcionário inexperiente. Além do que, o funcionário
que nunca trabalhou em outro escritório não traz outras experiências
vividas que poderiam auxiliar os demais colegas de trabalho a tomar
uma decisão, ou a sanar a dúvida de algum cliente.
A segunda parte da entrevista teve por objetivo verificar o nível
de escolaridade dos funcionários da empresa. Assim sendo, a primeira
pergunta indagava se os entrevistados estão cursando o ensino superior.
As respostas constam do Gráfico 21.
91

Gráfico 21: Nível de escolaridade

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Como representado no gráfico, embora a maioria já tenha


concluído o ensino superior, verifica-se que grande parte dos
colaboradores ainda está na universidade.
Nesta questão nota-se que todos os funcionários além dos que já
estão formados, e também os demais, procuram se profissionalizar em
alguma área para obter e oferecer um pouco mais de conhecimento.
Na sequência sondou-se qual a área que os entrevistados estão
cursando ou que já são formados. Seguem as respostas no Gráfico 22.

Gráfico 22: Área de formação

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Do total de entrevistados, 85,71%, ou seja, seis responderam que


estão estudando ou já são graduados em ciências contábeis, e 14,29%
que corresponde a um entrevistado, que possui sua área de formação em
administração.
Entende-se que a maioria dos funcionários que estão estudando
ou são graduados em ciências contábeis, estão de acordo com o
parágrafo 2º da Resolução CFC n. 560 de 28 de outubro de 1983, que
dispõe que o profissional contábil graduado em ciências contábeis, pode
92

exercer diversas funções, como analista, conselheiro, consultor, entre


outros.
Ainda sobre o grau de escolaridade dos funcionários, a pergunta
subsequente também relacionada à formação dos entrevistados,
questiona aos que já são graduados se possuem alguma especialização,
obtendo as respostas expostas no Gráfico 23 a seguir.

Gráfico 23: Grau de especialização dos funcionários

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

De acordo com os entrevistados, dois não têm especialização,


mas estão cursando; um já é especializado; outro não tem
especialização, mas pretende se especializar e três dos entrevistados não
opinaram.
Conforme os resultados citados, a grande maioria já possui
especialização, ou está cursando, ou pretende cursar. Vale lembrar que
os três entrevistados que não opinaram, são funcionários que ainda não
estão graduados, e não têm uma opinião sobre esse assunto.
Todos esses dados abordados atestam que os funcionários se
empenham em se especializar em alguma área, para poder oferecer um
serviço de melhor qualidade no escritório.
A terceira parte da entrevista aplicada aos funcionários revela a
sua visão em relação à gestão de escritório contábil.
A primeira pergunta referente à gestão de escritório questiona em
qual departamento do escritório eles trabalham. As respostas estão
retratadas no Gráfico 24.
93

Gráfico 24: Departamento e o número de colaboradores

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Dos entrevistados, um trabalha no atendimento, outro no arquivo,


dois no departamento pessoal, dois no departamento fiscal, e um no
departamento Contábil.
Observa-se que todos os departamentos são bem divididos, com
ressalva para o departamento pessoal e o fiscal que tem dois
funcionários cada um. Como citado anteriormente por relatos de alguns
autores, são duas áreas que estão em uma fase de bastante mudança.
No setor pessoal, além de cuidar de toda a documentação dos
funcionários de cada empresa, tem o surgimento do e-Social que requer
adaptação e um pouco mais de dedicação a esse sistema de informação,
para quem trabalha nesse setor. Já no setor fiscal, além do surgimento
do Sped, que ainda é um mecanismo um pouco recente para quem
trabalha nesse setor, é uma área que envolve tributação da empresa e
está sempre em constante mudança.
Com esses dados, percebe-se que o escritório adapta os
departamentos conforme a necessidade, estando de acordo com os
quesitos estabelecidos pelos autores citados neste trabalho.
A segunda questão tinha por intuito avaliar como são
considerados os equipamentos de informática, programas e periféricos
utilizados no dia a dia para a realização dos serviços contábeis. Segue as
respostas no Gráfico 25.
94

Gráfico 25: Qualidade dos equipamentos de informática, programas e


periféricos

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, a maioria dos entrevistados respondeu que os


equipamentos de informática, programas e periféricos estão bons, e a
minoria respondeu que está ótimo.
Nessa fase de mudança, os escritórios estão saindo do papel para
ir para a fase do meio eletrônico, como citado pelo autor Thomé (2001),
no embasamento teórico deste trabalho, um computador é a ferramenta
mais importante para um escritório acompanhada de seus programas e
periféricos, pois tudo está sendo realizado de forma online, e é
imprescindível que todos esses equipamentos sejam de boa qualidade.
Com base nas informações citadas anteriormente, na visão dos
entrevistados, os equipamentos de informática, programas e periféricos
do escritório são de boa qualidade.
Na terceira pergunta, os entrevistados responderam como é o
incentivo e auxílio do escritório na participação de cursos, seminários,
palestras, entre outros. As respostas são reveladas no Gráfico 26.

Gráfico 26: Incentivo a participação de cursos, palestras e seminários

Fonte: Elaborado pela autora (2015).


95

De acordo com os entrevistados, 42,86% (três) ponderaram bom


e 57,14% (quatro) declararam que é ótimo o incentivo e o auxílio que o
escritório oferece aos funcionários na participação de curso, palestras e
seminários.
Segundo Thomé (2001), com as novas regras, alterações ou
revogações, principalmente na área tributária a participação em cursos,
palestras e seminários é o melhor caminho para o profissional atualizar-
se corretamente e evitar interpretações equivocadas sobre determinados
assuntos. A participação de congressos e convenções também auxilia na
atualização do profissional contábil.
Diante dessa afirmação, percebe-se que o escritório busca
proporcionar a seus funcionários oportunidades de aprendizados e
conhecimentos especializados, para oferecer aos clientes serviços de
qualidade.
A questão quatro é referente ao diálogo e ambiente entre os
colegas de trabalho. As respostas estão apresentadas no Gráfico 27.

Gráfico 27: Diálogo e ambiente de trabalho

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

As respostas comprovam que a maioria considera bom ou ótimo o


diálogo e ambiente de trabalho entre os colegas.
Diante destes dados, percebe-se que as respostas foram bem
diversificadas. Thomé (2001), afirma que um dos motivos que
influencia no bom atendimento ao cliente é ter um bom ambiente de
trabalho, proporcionando um bom relacionamento entre os colegas.
Entende-se que pelas respostas descritas, que nem todos os
funcionários consideram o ambiente bom ou ótimo, o que seria o ideal.
Porém, vale ressaltar que 85,71%, ou seja, a maioria dos entrevistados
considera o ambiente bom ou ótimo.
96

A quinta questão referia-se à comunicação entre funcionários e


sócios, e as respostas estão descritas no Gráfico 23 a seguir.

Gráfico 28: Comunicação entre sócios e funcionários

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Dentre os entrevistados, todos proclamaram que é bom o diálogo


entre os sócios e funcionários.
Comparando as respostas apresentadas no Gráfico 27 com essas
do Gráfico 28 constata-se uma favorável confiança entre os funcionários
e os sócios, ou seja, há um ambiente de cordialidade e comunicação que
torna o escritório um espaço agradável de trabalho.
A questão seis indagava aos entrevistados qual a visão que eles
têm em relação à organização do escritório. As respostas estão
representadas no Gráfico a seguir.

Gráfico 29: Organização do escritório

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

De acordo com as respostas dos entrevistados, 85,71%, ou seja, a


maioria considera boa a organização do escritório, enquanto a minoria
(14,29%) a considera ótima.
97

Na mesma questão aplicada aos sócios, representada no Gráfico


12, no qual exemplifica o modelo de organização correta, entende-se
que a organização do escritório é considerada boa.
Comparando as respostas dos funcionários com as dos sócios,
fica claro que, tanto na visão desses sócios como na dos empregados, a
organização do escritório está coerente com as informações citadas no
embasamento teórico deste trabalho.
A pergunta sete questionava como é considerado o departamento
que o entrevistado atua. O Gráfico 30 traz as respostas.

Gráfico 30: Departamento onde os funcionários executam suas tarefas

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Do total dos entrevistados, 42,83% consideraram que o


departamento em que atua é bom, e 57,14% declararam que é ótimo.
Bini et al..,(2011), dizem que a departamentalização é necessária
para obter um bom funcionamento e aptidão nos trabalhos executados
dentro da organização, oferecendo serviços de qualidade para o cliente.
Diante desta afirmação e comparando com as respostas dos
entrevistados, a maior parte dos funcionários considera ótimo o
departamento onde executa suas tarefas, confirmando que os
departamentos do escritório estão de acordo com as informações citadas
no embasamento teórico.
A pergunta oito teve por intuito saber como é considerado o
trânsito de documentos do escritório. As respostas estão representadas
no Gráfico 31.
98

Gráfico 31: Como é considerado o trânsito de documentos

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, três dos entrevistados apontaram que é regular o


trânsito de documentos do escritório e quatro atestaram que é bom.
Entende-se que, na visão dos funcionários, o trânsito de
documentos não está coerente com a necessidade do escritório, pois uma
parte respondeu regular e outra parte maior respondeu bom.
Esta mesma pergunta aplicada aos sócios, demonstrada no
Gráfico 14, apresenta que tanto os sócios quanto os funcionários estão
vendo alguma incoerência na entrada e saída de documentos do
escritório.
Como já sugerido na análise do Gráfico 14, é necessário verificar
o problema dentro da empresa e buscar as possíveis soluções.
Quanto às mudanças no cenário contábil, a pergunta nove
indagava se os entrevistados conseguem acompanhá-las. As respostas
estão descritas no Gráfico 32.

Gráfico 32: Acompanhamento das mudanças no cenário contábil

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão, seis responderam que conseguem acompanhar as


mudanças no cenário contábil, e um funcionário preferiu não opinar.
99

De acordo com os resultados encontrados, a maioria consegue


acompanhar essas mudanças que são necessárias à evolução do cenário
contábil.
O entrevistado que preferiu não opinar sobre esta questão,
justifica que nunca trabalhou na área contábil anteriormente, e como
está há pouco tempo trabalhando no escritório, não percebeu se
consegue ou não acompanhar as mudanças.
Ainda referente às mudanças no cenário contábil, a próxima
pergunta questionava se os entrevistados conseguem colocar em prática
no seu dia a dia todas essas mudanças.

Gráfico 33: Implantação das mudanças do cenário contábil no escritório

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Do total dos entrevistados, um respondeu que às vezes consegue


colocar em prática as mudanças no seu dia a dia, cinco asseguraram que
quase sempre e um dos funcionários preferiu não opinar.
Com os resultados, percebe-se que a maior parte dos
entrevistados quase sempre consegue pôr em prática as mudanças no
cenário contábil. Apenas um dos funcionários respondeu que somente às
vezes consegue colocar em prática, ou seja, o que sugere ter um pouco
de dificuldade em adaptar-se a essa realidade.
O entrevistado que não opinou é pelo mesmo motivo citado na
análise anterior, pois nunca trabalhou na área contábil anteriormente.
Essas duas últimas questões também foram aplicadas aos sócios e
estão relatadas nos Gráfico 8 e 9 deste trabalho. Percebe-se que tanto os
sócios quanto os funcionários conseguem acompanhar as mudanças no
cenário contábil, mas nem sempre conseguem colocá-la em prática.
Nota-se que, as mudanças ocorrem todos os dias, e esse fato gera
um aumento considerável de serviços, fazendo com que os profissionais
100

contábeis consigam acompanhar as mudanças, porém, pela falta de


tempo não conseguem coloca-las sempre em prática.
Na questão dez, os entrevistados foram indagados a dar uma nota
de sete a dez, analisando o seu atendimento prestado ao cliente,
considerando a veracidade e qualidade das informações e a satisfação do
cliente. As respostas estão no Gráfico 34.

Gráfico 34: Atendimento prestado ao cliente

Fonte: Elaborado pela autora (2015)

Nessa questão todos consideram bom o serviço prestado ao


cliente.
Quando o profissional contábil gosta do que faz, ele faz bem-
feito. Esse prazer em fazer as coisas corretamente é amor pela profissão
e automaticamente são convertidos em qualidade e eficiência nos
serviços prestados (THOMÉ, 2001).
Neste sentido, constata-se que todos os funcionários desenvolvem
um bom trabalho dentro do escritório em relação ao atendimento
prestado ao cliente.
Na última pergunta aplicada, instigava os funcionários a avaliar
os salários pagos pelo escritório, comparando com o trabalho que eles
desenvolvem dentro da empresa. As respostas estão representadas no
Gráfico 35.
101

Gráfico 35: Resultado dos salários pagos aos colaboradores

Fonte: Elaborado pela autora (2015).

Nesta questão 28,57% equivalente a dois funcionários


consideram regular o salário, e 71,43%, ou seja, cinco consideram bons
os salários pagos a eles.
Thomé (2001) destaca a importância de motivar os funcionários
do escritório a exercer tarefas de qualidade. Para isso é necessário
proporcionar boa remuneração, benefícios e um bom ambiente de
trabalho proporcionando um bom relacionamento entre os colegas de
trabalho.
Neste sentido, comparando essa afirmação com as respostas do
Gráfico 35, nota-se que os salários pagos para a maioria dos
funcionários é considerado satisfatório, porém para outra minoria ainda
é tido como um pouco insatisfatório comparando os serviços executados
dentro da empresa.
É válido recordar a resposta dos sócios referente aos honorários
no Gráfico 11, onde a maior parte deles afirma estar insatisfeito com os
honorários recebidos. Sendo assim, observa-se que esse
descontentamento de parte dos funcionários em relação aos salários, está
ligado diretamente com o faturamento do escritório.
102
103

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O avanço do setor contábil, em decorrência das mudanças que


ocorrem sucessivamente na sociedade, se torna um ponto crucial para o
sucesso de uma organização. Além do que, com toda essa evolução,
aumenta ainda mais a responsabilidade por parte dos profissionais que
atuam nessa área, e da organização contábil.
Esta pesquisa teve por intuído expor a gestão de um escritório
contábil, assunto que pouco é tratado em um curso de Ciências
Contábeis, bem como atender o objetivo geral que é apresentar as
principais mudanças dentro da empresa Sercop Assessoria Contábil para
obter uma gestão eficiente de acordo com o novo cenário contábil.
Realizou-se a caracterização da empresa para atender o primeiro
objetivo específico; identificou-se a importância de uma gestão eficiente
na visão dos sócios e funcionários através da entrevista e da literatura
para atender o segundo objetivo; e, para concluir, para concretizar o
terceiro e último objetivo específico, fez-se uma análise comparativa
entre a gestão anterior com a gestão atual, utilizando as informações
coletadas.
Apesar de os entrevistados da empresa revelarem dificuldades em
colocar em práticas todas essas transformações no dia a dia, conclui-se
que o escritório apresentou grandes mudanças com o decorrer dos anos,
principalmente com o avanço em toda sua estrutura, bem como todos os
equipamentos utilizados como ferramenta de trabalho e o aumento
significativo de clientes. Apresentou crescimento no quadro de
funcionários, que são incentivados pelo escritório a se aperfeiçoarem
cada vez mais em sua área de atuação, e por fim, vale ressaltar que todos
os sócios possuem muitos anos de experiências na área contábil, que
ajuda o desenvolvimento do escritório.
Algumas questões apresentaram pontos que podem ser
melhorados, para fazer com que a empresa se torne ainda melhor no
serviço prestado. Em conversa com os sócios, analisaram-se os pontos
desfavoráveis do escritório e buscaram-se alternativas, dentre elas
sugeriu-se:
a) Problemas no trânsito de documentos: realizar uma reunião
com todos os sócios e colaboradores para encontrar alternativas
para reorganizar a entrada e saída de documentos do escritório.
Vale ressaltar que um dos projetos do escritório que vai ser
colocado em prática em alguns meses, é que o responsável do
departamento do arquivo vá até a empresa buscar documentos –
como os comprovantes de pagamentos de guias, efetuem na hora
104

a digitalização desses comprovantes com um scanner móvel, sem


precisar trazer os documentos até o escritório e depois fazer a
devolução para cliente, evitando assim, possíveis perdas e
extravios, acúmulo de papel e deixando arquivados de forma
digital.
b) Descontentamento nos honorários pagos pelos clientes/salários
dos funcionários: como já analisado, o descontentamento dos
honorários pagos pelos clientes acaba influenciando nos salários
pagos aos funcionários. Como solução, realizar palestras para os
clientes mostrando o trabalho que o escritório executa, com a
finalidade de conscientizá-los a valorizar mais o serviço prestado
pelo escritório. E realizar consultoria administrativa e financeira
para as empresas, para aumentar a receita do escritório.
c) Problemas no diálogo entre os sócios/ambiente de trabalho
entre funcionários: Contratar um consultor, nesta área, e fazer um
planejamento para aperfeiçoar o diálogo entre os sócios para
decidirem assuntos pertinentes ao escritório, e melhor o ambiente
entre funcionários.
d) Guarda de documento sem cumprir a legislação: realizar uma
revisão de todos os documentos arquivados no escritório, e
conversar com os clientes, com intuito de alertá-los sobre a
importância de manter esses documentos arquivados
corretamente.
Por fim, sugeriu-se aos sócios manterem em arquivo a história da
empresa (que não existe), bem como fotos e documentos encontrados na
realização deste trabalho.
Durante todo estágio realizado no escritório juntamente com as
informações coletadas neste trabalho, identificou-se um modelo de
gestão eficiente e de acordo com o novo cenário contábil, sendo que
toda equipe busca em forma conjunta, o desenvolvimento da empresa
Sercop de maneira eficaz e eficiente.
Destacando a importância da gestão de um escritório de
contabilidade, bem como pouco estudo sobre o referido assunto, outras
pesquisas poderão ser realizadas acerca do assunto. Os Cursos de
Ciências Contábeis também poderiam oferecer curso de extensão para
estudantes que buscam aprofundar seus conhecimentos nesta área.
105

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trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 8. ed. São
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<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/trabalhopericial.ht
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109

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS SÓCIOS

Prezado(a) ,

O presente questionamento dirige-se aos Sócios da empresa


Sercop Assessoria Contábil e possui como objetivo apresentar as
principais mudanças dentro da empresa para obter uma gestão
eficiente de acordo com o novo cenário contábil.
As informações coletadas serão utilizadas exclusivamente
para fins de pesquisa, não havendo a necessidade de identificação
por parte do respondente e todas as informações recebidas serão
tratadas com confidencialidade.

Desde já agradeço,

Camila Nandi Zanela


Aluna da 8ª fase do Curso de Ciências Contábeis - FUCAP

QUESTIONÁRIO AOS SÓCIOS

Parte I- Identificação do entrevistado

1- Qual seu sexo?


( ) Feminino
( ) Masculino

2- Faixa Etária
( ) Até 25 (vinte e cinco) anos
( ) De 26 (vinte e seis) a 35 (trinta e cinco) anos
( ) De 36 (trinta e seis) a 45 (quarenta e cinco) anos
( ) Mais de 45 (quarenta e cinco) anos

3- Qual sua formação acadêmica?


( ) Técnico em contabilidade
( ) Contador
( ) Contador com especialização
( ) Outro. Especifique:
_______________________________________
110

Parte II- Profissão contábil


1- Você possui CRC?
( ) Sim
( ) Não

2- Há quantos anos você atua na área contábil?


( ) De 1 (um) a 5 (cinco) anos
( ) De 6 (seis) a 10 (dez) anos
( ) De 11 (onze) a 15 (quinze) anos
( ) De 16 (dezesseis) a 20 (vinte) anos
( ) Mais de 20 anos

Parte III- Gestão de escritório contábil

1- Diante de tantas mudanças no cenário contábil, você consegue


acompanhá-las?
( ) Sim
( ) Não

1.1- Caso positivo, você consegue colocá-las em prática no seu dia a


dia?
( ) Nunca
( ) Às vezes
( ) Quase sempre
( ) Sempre

2- Em relação ao quadro de funcionários e estrutura do escritório,


esse conjunto consegue satisfazer os clientes?
( ) Nunca
( ) Às vezes
( ) Quase sempre
( ) Sempre

3- Diante dos grandes desafios dentro do cenário contábil, você


considera os honorários pagos pelos clientes satisfatórios?
( ) Nunca
( ) Às vezes
( ) Quase sempre
( ) Sempre
111

4- Em relação à organização dos departamentos do escritório, você


considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

5- Como você considera localização e acesso do escritório para os


colaboradores e clientes?
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

6- Analisando o trânsito de documentos (chegada e saída de


documentos dentro do escritório), você considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

7- O arquivo de documentos é guardado e conservado obedecendo


ao que pede a legislação?
( ) Nunca
( ) Às vezes
( ) Quase sempre
( ) Sempre

8- A empresa trabalha com algum destes tipos de marketing?


( ) Campanhas publicitárias
( ) Pesquisa de mercado
( ) Outro. Especificar ___________________________
( ) Nenhum

9- Quais as ferramentas utilizadas na gestão do escritório?


( ) Planejamento estratégico
( ) Gestão de relacionamento com o cliente
112

( ) Benchmarking (comparar-se com qualquer empresa do mesmo


ramo)
( ) Outro. Especificar:
________________________________________

10-A ética envolve alguns princípios que regem a conduta e


comportamento daqueles que compõem determinada profissão. No
artigo 2º e 3º do código de ética profissional do contador do CRC-
SC (2012), constam os deveres e proibições deste profissional. Qual
seu entendimento sobre elas?
113

APÊNDICE 2 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS


FUNCIONÁRIOS

Prezado(a) ,

O presente questionamento dirige-se aos Funcionários da


empresa Sercop Assessoria Contábil e possui como objetivo
apresentar as principais mudanças dentro da empresa para obter uma
gestão eficiente de acordo com o novo cenário contábil.
As informações coletadas serão utilizadas exclusivamente
para fins de pesquisa, não havendo a necessidade de identificação
por parte do respondente e todas as informações recebidas serão
tratadas com confidencialidade.

Desde já agradeço,

Camila Nandi Zanela


Aluna da 8ª fase do Curso de Ciências Contábeis - FUCAP

QUESTIONÁRIO AOS FUNCIONÁRIOS

Parte I- Identificação do entrevistado

1- Qual seu sexo?


( ) Feminino
( ) Masculino

2- Faixa Etária
( ) Até 18 (dezoito) anos
( ) De 19 (dezenove) a 25 (vinte e cinco) anos
( ) De 26 (vinte e seis) a 30 (trinta) anos
( ) Mais de 30 (trinta) anos

3- Há quantos anos você trabalha na empresa?


( ) Menos de 1 (um) ano
( ) De 1 (um) a 3 (três) anos
( ) De 3 (três) a 5 (cinco) anos
( ) De 5 (cinco) a 7 (sete) anos
( ) Mais de 7 (sete) anos
114

4- Você já trabalhou em algum escritório anteriormente?


( ) Sim
( ) Não

Parte II- Grau de escolaridade

1- Você está cursando ensino superior?


( ) Sim, mais não conclui
( ) Sim, estou cursando
( ) Não, já conclui
( ) Não

1.1- Se você está cursando ou já conclui, qual é sua área?


( ) Ciências Contábeis
( ) Administração
( ) Economia
( ) Outro. Especifique: ______________________________________

1.2 Se você já é Graduado, possui alguma especialização?


( ) Não, mais estou cursando
( ) Sim, já sou especializado
( ) Não tenho especialização
( ) Não tenho especialização, mais pretendo cursar uma especialização

Parte III- Gestão de escritório contábil

1- Qual departamento do escritório você trabalha?


( ) Atendimento
( ) Arquivo
( ) Departamento Pessoal
( ) Departamento Fiscal
( ) Departamento Contábil

2- Em relação aos equipamentos de informática, programas e


periféricos utilizados no dia a dia, você considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo
115

3- Quanto ao incentivo e auxílio que o escritório oferece na


participação de cursos, palestras, seminários você considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

4- Quanto ao diálogo e ambiente de trabalho entre seus colegas de


trabalho, você considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

5- Em relação à comunicação entre os funcionários e os sócios, você


considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

6- Em relação à organização do escritório, você considera:


( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

7- Como você considera o departamento que você atua?


( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

8- Analisando o trânsito de documentos (chegada e saída de


documentos dentro do escritório), qual sua visão?
116

( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

9- Diante de tantas mudanças no cenário contábil, você consegue


acompanhá-las?
( ) Sim
( ) Não

9.1- Caso positivo, você consegue colocá-las em prática no seu dia a


dia?
( )Nunca
( ) Às vezes
( ) Quase sempre
( ) Sempre

10- No departamento que você atua, de 7 (sete) a 10 (dez),que nota


você daria a você mesmo em relação ao seu atendimento prestado ao
cliente considerando a qualidade e veracidade das informações e a
satisfação do cliente? Sendo que 7(sete) é considerado ruim, 8 (oito)
regular, 9 (nove) bom e 10 (dez) ótimo.
( ) Nota 7
( ) Nota 8
( ) Nota 9
( ) Nota 10

11- Em relação aos salários pagos, comparando com o trabalho que


você desenvolve dentro da empresa, é considerado:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo

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