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17/04/2019
Conteúdo programático
1. Conceito de Lucro Contábil x Lucro Fiscal;
2. Pessoas Jurídicas Obrigadas à Tributação com Base no Lucro Real;
3. Códigos de Darfs para Recolhimento;
4. Apuração Anual e Trimestral;
5. Principais adições e exclusões ao lucro real;
6. Ajuste anual;
7. Planejamento tributário;
8. Exercícios Práticos.
Contato: profpaula2017@uol.com.br
Objetivo
Decreto 9.580/2018
Art. 258. O lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este
Regulamento (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, caput).
• Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração comercial regular (DIÁRIO) ,
incluindo o Livro de Apuração do lucro (ECF)
• Os impostos são calculados com base no lucro tributável apurado com base no Regulamento
do Imposto de Renda.
• O Fisco esclarece que a expressão lucro real significa o próprio lucro tributável, para fins da
legislação do imposto de renda.
Art. 287. O contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, em que discriminará
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, § 1º; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º e art. 2º):
I - o lucro líquido do período de apuração de que trata o art. 259;
II - os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas
e indicação discriminada por lançamento correspondente na escrituração comercial, quando
presentes; e
III - o lucro real.
§ 1º A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no Lalur (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977,
art. 8º, caput, inciso I, alínea “b”).
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput considera-se conta analítica aquela que registra, em
último nível, os lançamentos contábeis.
Lucro Líquido
Art. 259. O lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, das demais
receitas e despesas, e das participações, e deverá ser determinado em observância aos preceitos da lei
comercial (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 1º, e art. 67, caput, inciso XI; Lei nº 7.450, de 1985,
art. 18; e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º).
Art. 257. Ficam obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de 1998, art.
14, caput):
• III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior (Lei
nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso III);
• VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (Lei nº
9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso VII);
• VIII - que tenham sido constituídas como sociedades de propósito específico, formadas por microempresas e
empresas de pequeno porte, observado o disposto no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006(Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 56, § 2º, inciso IV);
• IX - que emitam ações nos termos estabelecidos no art. 16 da nº Lei 13.043, de 2014 (Lei nº 13.043, de 2014,
art. 16, § 2º)
§ 1º As pessoas jurídicas não enquadradas no disposto no caput poderão apurar os seus resultados
tributáveis com base nas disposições deste Título.
§ 2º As pessoas jurídicas de que tratam os incisos I, III, IV e V do caput poderão optar, durante o período
em que submetidas ao Programa de Recuperação Fiscal - Refis, pelo regime de tributação com base no lucro
presumido, observado o disposto no art. 523 (Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, art. 4º).
Para as pessoas jurídicas que não estão obrigadas a tributação pelo lucro real, é opcional a
forma de tributação, pois às vezes acaba sendo compensatório principalmente para as
prestadoras de serviços que a base tributação é de 32%, conforme lei 9.259/95 art. 15.
Porém esse tipo de opção deve avaliar também o reflexo causado no cálculo do PIS e da
COFINS.
Periodicidade
Às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real é permitido apurar o lucro real e,
consequentemente, determinar o imposto de renda e a contribuição social efetivamente devido:
Trimestralmente; ou
Anualmente.
Apuração TRIMESTRAL
• Períodos-bases trimestrais, com encerramento em 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro
• Pagamento em quota única ou em até três prestações mensais
• Compensação de prejuízos fiscais, observada a “trava” de 30%, pode ocorrer a cada
trimestre
Apuração ANUAL
• Período-base anual, com encerramento em 31 de dezembro
• Recolhimentos mensais a título de antecipação
• Antecipação deve ser recolhida por estimativa ou com base no lucro real acumulado no
período, segundo balancete de suspensão ou redução levantado para esse fim
• Pagamento por estimativa – dispensa balanços patrimoniais mensais – recolhimento
sobre faturamento ( lucro presumido) (vale inclusive para PJs e atividades que não tem a
opção pelo lucro presumido)
• Balancetes de suspensão ou redução devem levar em conta o lucro real efetivo de 1º de
janeiro até o mês de referência
• Ao final do exercício, confrontam-se os pagamentos por estimativa realizados versus o
efetivo lucro real, recolhendo ou recuperando a diferença.
Data do Recolhimento
Apuração anual (estimativa) último dia útil do mês subsequente a apuração.
Exemplo: PA: 31.01.2019 Venc.: 28.02.2019
Apuração trimestral: O recolhimento trimestral é feito tendo por base o encerramento de cada trimestre
onde as contas são encerradas e o imposto apurado recolhido no último dia do mês subsequente.
Exemplo: PA: 31.03.2019 Venc.: 30.04.2019
O imposto devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre a base de cálculo.
É devido mensalmente o adicional do imposto de renda, a alíquota de 10% (dez por cento), sobre a
parcela da base de cálculo apurada que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
ALÍQUOTA CSLL
A contribuição social será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento)
sobre a base de cálculo apurada conforme a legislação vigente.
Vamos exercitar?
3- Apure o resultado contábil com base nos saldos das contas contábeis abaixo:
a) ( ) 800,00 de lucro
b) ( ) 8.930,00 de lucro
c) ( ) 930,00 de lucro
d) ( ) 7.730,00 de lucro
e) ( ) 800,00 de prejuízo
f) ( ) 930,00 de prejuízo
4- Uma empresa iniciou suas atividades em maio de 2018. Sua receita total, no ano de 2018 foi de R$
55.000.000,00. Está empresa estará obrigada ao lucro real em 2019? Justifique sua resposta?
a) Mensais
b) Anuais
c) Trimestrais, exceto em relação à opção pelo pagamento por estimativa no lucro real, caso em
que será anual
d) Nenhuma das anteriores
Art. 262. A escrituração comercial será feita em língua portuguesa, em moeda corrente nacional e em forma
contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras,
emendas ou transportes para as margens (Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, art. 1.183, caput).
§ 1º É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente
autenticado (Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, art. 1.183, parágrafo único).
§ 2º Os erros cometidos na escrituração comercial serão corrigidos por meio de lançamento de estorno,
transferência ou complementação (Decreto-Lei nº 486, de 3 de março de 1969, art. 2º, § 2º).
Art. 272. A pessoa jurídica é obrigada a seguir sistema de contabilidade com base na escrituração uniforme de seus
livros, em correspondência com a sua documentação, e utilizar os livros e os papéis adequados, cujo número e
espécie ficam a seu critério (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 1º; Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, art.
1.179, caput e § 1º; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 6º).
Art. 273. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o livro diário, que deverá ser entregue em meio
digital ao SPED.
Art. 274. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e de acordo com as
normas contábeis recomendadas, livro-razão para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no livro diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação (Lei nº 8.218, de 1991,
art. 14, caput).
Art. 275. A pessoa jurídica, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, deverá possuir os
seguintes livros (Lei nº 154, de 1947, art. 2º; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º e art. 27):
I - de registro de inventário;
II - de registro de entradas (compras);
III - de Apuração do Lucro Real - Lalur;
IV - de registro permanente de estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra, venda,
incorporação e construção de imóveis, loteamento ou desmembramento de terrenos para venda; e
V - de movimentação de combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto revendedor.
A demonstração do lucro real relativa a cada período abrangido pelo balanço/balancete de suspensão ou
redução deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e no Livro de Apuração da CSLL
(LACS).
FINALIDADE
Art. 277. No Lalur, o qual será entregue em meio digital, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art.
8º, caput, inciso I):
• I - lançar os ajustes do lucro líquido, de adição, exclusão e compensação nos termos estabelecidos nos art. 248 e
art. 249;
• II - transcrever a demonstração do lucro real, de que trata o art. 287, e a apuração do imposto sobre a renda;
• III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subsequentes, da
depreciação acelerada incentivada, e dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de
períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial; e
• IV - manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos
períodos de apuração subsequentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador e outros
previstos neste Regulamento.
ESCRITURAÇÃO
PARTE A
PARTE B
Destinado a controlar os valores que devam influenciar a determinação do lucro real dos períodos-bases
futuros e não constem da escrituração comercial.
§ 2º A pessoa jurídica tributada com base no lucro real apresentará, entre outras, as seguintes informações na ECF:
b) parte B, onde serão mantidos os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos subsequentes
e de outros valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros e não constem na
escrituração comercial;
b) parte B, onde serão mantidos os registros de controle de bases de cálculo negativas da CSLL a
compensar em períodos subsequentes e de outros valores que devam influenciar a determinação do
resultado ajustado de períodos futuros e não constem na escrituração comercial;
III - apuração do IRPJ de que trata a alínea "b" do inciso I do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, e
apuração da CSLL de que trata o inciso II do § 1º do art. 50 da Lei nº 12.973, de 2014; e
IV - demais informações econômico-fiscais.
• Na Determinação do lucro real deverão ser adicionados ao lucro líquido, custos, despesas,
resultado que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis (art. 249, I
Alguns exemplos
Provisões - exceto: férias, 13 salário, perda de estoque (editoras e distribuidoras de livros), perdas
no recebimento de créditos (desde que obedecido os limites e condições estabelecidos);
Doações (fundo dos direitos da criança e do adolescente); etc. exceto aquelas a que se referem o
art. 377 e o caput do art. 385;
as contribuições não compulsórias;
as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap.
Alimentação
As despesas com alimentação são regra geral, dedutíveis na apuração do lucro real. No entanto, é vedada a dedução das
despesa com alimentação:
Nestes casos, estas despesas devem ser adicionadas ao lucro líquido para cálculo do IRPJ e CSLL.
Art. 68. Na determinação do lucro real serão dedutíveis somente as despesas necessárias à
atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
Das Provisões
Art. 70. Na determinação do lucro real e do resultado ajustado somente serão dedutíveis as
provisões:
II - para perdas de estoques de livros de que trata o art. 8º da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de
2003;
a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação,
vencidos há mais de 1 (um) ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para
o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e
c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, desde
que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e
• Lucros e dividendos recebidos de participações societárias não sujeitam à avaliação pela equivalência patrimonial;
• Reversão de Provisões;
• Resultado positivo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de investimentos relevantes em sociedades coligadas
ou controladas;
• os valores cuja dedução seja autorizada por este Regulamento e que não tenham sido computados na apuração do
lucro líquido do período de apuração;
• os resultados, os rendimentos, as receitas e outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo
com o disposto neste Regulamento, não sejam computados no lucro real; e
• o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a trinta por cento do lucro
líquido;
Do Regime de Competência
Art. 153. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na
determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL, segundo o regime de competência.
§ 2º A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de competência de que trata o
caput somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do início de atividades.
Do Regime de Competência
Art. 154. A partir do ano-calendário de 2011, a opção pelo regime de competência deverá ser
comunicada à RFB por intermédio da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)
relativa ao mês de adoção do regime.
Parágrafo único. Não será admitida DCTF retificadora fora do prazo de sua entrega para a
comunicação de que trata o caput.
Do Regime de Competência
Parágrafo único. A alteração de que trata o caput deverá ser informada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao
mês subsequente àquele em que a oscilação elevada se verificou.
Art. 156. Ocorre elevada oscilação da taxa de câmbio quando, no período de um mês-calendário, o valor do dólar dos
Estados Unidos da América para venda apurado pelo Banco Central do Brasil sofrer variação, positiva ou negativa,
superior a 10% (dez por cento).
§ 1º A variação de que trata o caput será determinada mediante a comparação entre os valores do dólar no 1º
(primeiro) e no último dia do mês-calendário para os quais exista cotação publicada pelo Banco Central do Brasil.
Das Compensações
Art. 64. O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou autorizadas pela legislação do IRPJ,
poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores em até, no máximo, 30%
(trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado, observado o disposto nos arts. 203 a 213.
Parágrafo único. O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou autorizadas pela legislação da
CSLL, poderá ser reduzido pela compensação de bases de cálculo negativas da CSLL de períodos de apuração anteriores em
até, no máximo, 30% (trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado, observado o disposto nos arts. 203 a 213.
De acordo com RIR/99: Somente poderão compensar prejuízos fiscais as pessoas jurídicas que mantiverem
em perfeita ordem os livros e registros que comprovem tais prejuízos.
Somente poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos nos quais a empresa for
tributada pelo lucro real, portanto não poderão ser compensados prejuízos apurados em empresas optantes
pelo lucro presumido.
A pessoa jurídica não poderá compensar seus prejuízos fiscais se entre a data de apuração da compensação
do prejuízo houver ocorrido, cumulativamente mudança do seu controle societário e do ramo de atividade
(art. 513 do RIR 99).
O limite de 30% não se aplica a empresas rurais e a titulares de Programas Especiais de Exportação
aprovados até 03.06.1993 (arts. 470, I, 510 e 512 do RIR/99).
Em relação aos prejuízos fiscais e às bases negativas da CSSL de anos-calendários anteriores não há diferença
entre o lucro real trimestral e o balanço ou balancete de suspensão ou redução de pagamento. Ambas as
formas de apuração terão que observar o limite de 30% na compensação. A diferença surge nos prejuízos
fiscais do ano em curso.
A pessoa jurídica que paga o imposto de renda com base no lucro real trimestral se apurou prejuízo fiscal no
mês de março, a compensação com lucro real dos trimestres seguintes não poderá reduzir o lucro em mais de
30%.
A pessoa jurídica que paga mensalmente o IRPJ pelo calculo estimado, no balanço ou balancete de suspensão
ou no balanço anual em 31 de dezembro, poderá compensar integralmente os prejuízos fiscais e as bases
negativas da CSLL de determinados meses do ano-calendário com os lucros de outros meses do mesmo ano.
Vamos exercitar?
a) ( ) Provisão de férias
b) ( ) Despesas de alimentação dos diretores
c) ( ) Resultado negativo da equivalência patrimonial
d) ( ) Multas sobre infrações fiscais
e) ( ) Depreciação acelerada
f) ( ) Multa de mora
Com base nestas informações apure o IRPJ e a CSLL do mês e demonstre a compensação dos
prejuizos fiscais na parte B do lalur/lacs
Art. 217. O imposto sobre a renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido
ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, caput).
§ 1º Nas hipóteses de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto sobre a renda
devido será efetuada na data do evento, observado o disposto no art. 232 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 1º).
§ 2º Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do
imposto sobre a renda devido será efetuada na data desse evento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 2º).
Art. 217. O imposto sobre a renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido
ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, caput).
§ 1º Nas hipóteses de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto sobre a renda
devido será efetuada na data do evento, observado o disposto no art. 232 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 1º).
§ 2º Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do
imposto sobre a renda devido será efetuada na data desse evento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 2º).
§ 2º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto ou a
contribuição de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o último
dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
§ 4º A 1º (primeira) quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá acréscimos
(*) O valor de R$ 60.000,00 é igual, o limite mensal de R$ 20.000,00, multiplicado pela quantidade de meses do trimestre, ou
seja, três meses. (R$ 20.000,00 x 3 = R$ 60.000,00)
(%) CSLL 9%
Vamos exercitar?
9 - As empresas que apuram o imposto de renda e a contribuição social com base no lucro real trimestral,
deverão recolher o imposto:
a) ( ) mensalmente;
b) ( ) no final de cada trimestre;
c) ( ) até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do trimestre;
d) ( ) até o dia 25 do mês subsequente ao encerramento do trimestre
10- Calcule o IRPJ a pagar e a CSLL a pagar conforme dados abaixo para uma empresa tributada pelo
lucro real trimestral.
Art. 219. A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real poderá optar pelo pagamento do
imposto sobre a renda e do adicional, em cada mês, determinados sobre a base de cálculo estimada (Lei nº
9.430, de 1996, art. 2º).
Parágrafo único. A opção será manifestada com o pagamento do imposto sobre a renda correspondente ao
mês de janeiro ou de início de atividade, observado o disposto no art. 229 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 3º,
parágrafo único).
Art. 220. A base de cálculo estimada do imposto sobre a renda, em cada mês, será determinada por meio da aplicação
do percentual de oito por cento sobre a receita bruta definida pelo art. 208 auferida mensalmente, deduzida das
devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, observadas as disposições desta
Subseção (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º).
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 1º; e Lei nº
10.194, de 14 de fevereiro de 2001, art. 1º, caput, inciso I):
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
§ 2º Na hipótese dos serviços excetuados na alínea “a” do inciso III do § 1º aplica-se o percentual previsto
no caput (Lei nº 9. 249, de 1995, art. 15, § 1º, inciso III, alínea “a”).
§ 3º Na hipótese de atividades diversificadas, será aplicado o percentual correspondente a cada atividade (Lei nº
9.249, de 1995, art. 15, § 2º).
§ 4º A base de cálculo mensal do imposto das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta
anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), será determinada por meio da aplicação do percentual de
dezesseis por cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos art. 208, art. 222 e art. 224
(Lei nº 9.250, de 1995, art. 40, caput).
§ 5º O disposto no § 4º não se aplica (Lei nº 9.250, de 1995, art. 40, parágrafo único):
I - às pessoas jurídicas que prestam os serviços excetuados na alínea “a” do inciso III do § 1º e de transporte; e
II - às sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas.
Art. 222. Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas
pelo art. 208 serão acrescidos à base de cálculo de que trata esta Subseção, para efeito de incidência do imposto
sobre a renda (Lei nº 8.981, de 1995, art. 32, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º).
§ 1º Na apuração dos valores de que trata o caput, deverão ser considerados os respectivos valores decorrentes do
ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976 (Lei nº 8.981, de 1995,
art. 32, § 3º).
Art. 225. O imposto sobre a renda a ser pago mensalmente na forma estabelecida nesta Subseção será
determinado por meio da aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por cento (Lei
nº9.430, de 1996, art. 2º, § 1º).
Parágrafo único. A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00
(vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional do imposto sobre a renda à alíquota de dez por
cento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, § 2º).
Quadro resumo
Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL (semelhante aos percentuais aplicados no lucro presumido)
Qualquer outra atividade exceto prestação de serviço, para a qual não esteja previsto percentual específico.
Vamos exercitar?
11- Calcule o IRPJ e a CSLL a pagar por Estimativa do mês de fevereiro, considerando o que segue:
Art. 227. A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto sobre a renda devido em
cada mês, desde que demonstre, por meio de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago
excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso (Lei nº
8.981, de 1995, art. 35, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º).
§ 1º Os balanços ou os balancetes de que trata este artigo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, § 1º):
I - deverão ser levantados em observância às leis comerciais e fiscais e transcritos no livro diário; e
II - somente produzirão efeitos para determinação da parcela do imposto sobre a renda devido no decorrer do
ano-calendário.
§ 2º Ficam dispensadas do pagamento mensal as pessoas jurídicas que, por meio de balanços ou balancetes
mensais, demonstrem a existência de prejuízos fiscais apurados a partir do mês de janeiro do ano-calendário (Lei
nº 8.981, de 1995, art. 35, § 2º).
§ 3º O pagamento mensal, relativo ao mês de janeiro do ano-calendário, poderá ser efetuado com base em
balanço ou balancete mensal, desde que fique demonstrado que o imposto sobre a renda devido no período é
inferior ao calculado com base nas disposições das Subseções II, III e IV deste Capítulo (Lei nº 8.981, de 1995, art.
35, § 3º).
§ 4º Ato do Poder Executivo federal poderá dispor sobre as instruções para aplicação do disposto neste artigo
(Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, § 4º).
Art. 228. Para efeito de determinação do saldo de imposto a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurídica poderá
deduzir do imposto sobre a renda devido o valor (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, § 4º):
I - dos incentivos fiscais de dedução do imposto sobre a renda, observados os limites e o disposto no art. 625;
II - dos incentivos fiscais de redução e de isenção do imposto sobre a renda, calculados com base no lucro da
exploração;
III - do imposto sobre a renda pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação do lucro
real, observado o disposto nos § 1º e § 2º; e
IV - do imposto pago na forma estabelecida no art. 219 ao art. 227.
Art. 229. A adoção da forma de pagamento do imposto sobre a renda prevista no art. 217, pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao lucro real, ou aquela referida no art. 218, será irretratável para todo o ano-calendário (Lei nº 9.430, de
1996, art. 3º).
Do início de atividade
Art. 230. O período de apuração da primeira incidência do imposto sobre a renda após a constituição da pessoa
jurídica compreenderá o prazo desde o início da atividade até o último dia do trimestre (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º e
art. 3º, parágrafo único).
Parágrafo único. A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real poderá optar pelo pagamento do
imposto sobre a renda, em cada mês, desde o início da atividade, determinado sobre base de cálculo estimada, e
apurar o lucro real em 31 de dezembro (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º e art. 3º, parágrafo único).
I - suspender o pagamento do IRPJ, desde que demonstre que o valor devido, calculado com base no
lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto sobre a renda devido por
estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado, observado o disposto no art. 49;
II - reduzir o valor do IRPJ ao montante correspondente à diferença positiva entre o valor devido,
calculado com base no lucro real do período em curso, e a soma do imposto sobre a renda devido por
estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado, observado o disposto no art. 49;
III - suspender o pagamento da CSLL, desde que demonstre que o valor devido, calculado com base no
resultado ajustado do período em curso, é igual ou inferior à soma da contribuição devida por
estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado, observado o disposto no art. 49; e
IV - reduzir o valor da CSLL ao montante correspondente à diferença positiva entre o valor devido,
calculado com base no resultado ajustado do período em curso, e a soma da contribuição devida por
estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado, observado o disposto no art. 49.
Art. 21. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas referidas no § 6º do art. 2º:
I - se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente, observado
o disposto no § 1º;
§ 1º O saldo do imposto a pagar de que trata o inciso I do caput será acrescido de juros calculados à taxa
referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1º de fevereiro até o
último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao imposto relativo ao mês de dezembro, que
deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente.
II - se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
A compensação de tributos federais é disciplinada pela lei 9.430/96. Seu artigo 74 traz as regras gerais para a compensação e seu
artigo 6°, inciso II, autoriza, especificamente, que os saldos negativos apurados em 31 de dezembro podem ser compensados
com débitos dos mesmos ou de outros tributos, segundo as regras gerais.
Em 2017, a Receita Federal publicou a IN RFB 1.765/17, que estabeleceu novas regras para a compensação dos créditos
decorrentes de saldos negativos de IRPJ e CSLL.
A partir da publicação da IN RFB 1.765/17, para autorizar a compensação dos saldos negativos de IRPJ e de CSLL débitos desses
tributos ou outros tributos federais, a Receita Federal passou a exigir que, previamente, tenha sido entregue a ECF – Escrituração
Contábil-Fiscal. Isto significa dizer que, se a empresa quiser compensar débitos de tributos federais com créditos de saldos
negativos de IRPJ ou de CSLL, tem que, primeiro, entregar a ECF.
A vinculação da compensação dos saldos negativos de IRPJ e CSLL à efetiva entrega da ECF não é exigência da lei 9.430/96 e sua
introdução por Instrução Normativa é inconstitucional.
A lei 13.670/18, alterou normas do artigo 74 da lei 9.430, de 1996, determinando que não podem ser objeto de compensação os
débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa do IRPJ e da CSLL.
As empresas tributadas pelo lucro real trimestral e lucro presumido e arbitrado não foram afetadas, porque não recolhem
antecipações mensais).
A lei 13.670, ao mudar as regras para a compensação de débitos referentes às antecipações mensais por estimativa, surpreendeu
negativamente as pessoas jurídicas que têm créditos tributários a compensar e optaram pelo lucro real anual.
Muito embora a nova regra seja específica, não atingindo as compensações de créditos com débitos de outros tributos federais,
que não sejam aqueles correspondentes às antecipações por estimativa, do IRPJ e da CSLL, optantes pelo lucro real anual, a
restrição ora imposta viola a Constituição, uma vez que fere a segurança jurídica, ao surpreender os contribuintes, exigindo
deles desembolsos que não poderiam ser previstos no momento estipulado em lei para a opção.
Sendo assim, por afrontar a Constituição, o novo dispositivo legal pode ser questionado no Judiciário, ao menos em relação ao
ano de 2018, a fim de garantir a compensação até o final do exercício e estabelecer a aplicação da nova regra apenas a partir de
2019.
Contribuintes de todo o país têm acionado o Poder Judiciário para mais uma vez buscarem o reconhecimento de seus direitos
fundamentais, no bojo das tormentosas relações que envolvem o Fisco brasileiro e os contribuintes e já há notícias de medidas
liminares deferidas em favor dos contribuintes.
Vamos exercitar?
Planejamento Tributário
Tendo em vista, que a pessoa jurídica tributada com base no Lucro Real pode optar em apurar Lucro Real Anual ou Lucro Real
Trimestral, gera dúvidas na hora da escolha, ou seja, é necessário analisar e avaliar qual é o melhor enquadramento, em virtude
dessa polêmica, indaga-se: Qual o reflexo da apuração do Lucro Real Anual x Lucro Real Trimestral no fluxo de caixa?
Essa tomada de decisão pode ser baseada em resultados passados ou estudo de mercado futuro (pesquisa de mercado).
A seguir as principais vantagens e desvantagens existentes nas formas de apuração do Lucro Real.
COMPARATIVO DE APURAÇÃO
DESCRIÇÃO LUCRO REAL ANUAL LUCRO REAL TRIMESTRAL
Vantagem Desvantagem
Compensação Permite compensação integral de A compensação de Prejuízos de
Desvantagem Vantagem
Pagamento Pagamento mensal Pagamento trimestralmente,
por estimativa forma definitiva
Bibliografia
Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99)
Manual das Sociedades por Ações – Fipecafi
Imposto de Renda das Empresas – Hiromi Higuchi
www.receita.fazenda.gov.br
www.planalto.gov.br
www.iobonline.com.br
www.fiscosoft.com.br
Instrução Normativa 1515 e 1700
PROFPAULA2017@UOL.COM.BR