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ECF - ESCRITURAÇÃO

CONTÁBIL FISCAL
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Sumário

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................4

2. O QUE É O SPED? .................................................................................................................................................4

3. CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES .......................................................................................................................5

4. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL .......................................................................................................................6

4.1 Leiautes da ECF ..............................................................................................................................................7

4.2 Finalidades da ECF .........................................................................................................................................8

5. OBRIGATORIEDADE DA ECF – ANO CALENDÁRIO 2018.......................................................................................8

5.1. Pessoa Jurídica Inativa ..................................................................................................................................9

5.2. SCP – Sociedade em Conta de Participação .................................................................................................9

5.3 Matriz e Filial .................................................................................................................................................9

6. PRAZO DE ENTREGA ..........................................................................................................................................10

7. PENALIDADES.....................................................................................................................................................11

8. ASSINATURAS E CERTIFICADO DIGITAL .............................................................................................................13

9. PLANO DE CONTAS REFERENCIAL E SOCIETÁRIO ..............................................................................................15

9.1 Conta de Resultado .....................................................................................................................................16

10. OUTRAS INFORMAÇÕES ..................................................................................................................................16

10.1 Recuperação da ECF Anterior ....................................................................................................................16

10.2 Retificação da ECF......................................................................................................................................16

10.3 Recuperação da ECD ..................................................................................................................................17

10.4 Obrigatoriedade da ECD ............................................................................................................................18

10.5 Tipo de Escrituração ..................................................................................................................................18

10.5 ECD Sem Mapeamento Para O Plano Referencial .....................................................................................19

10.6 PER/DCOMP...............................................................................................................................................19

11. BLOCOS E REGISTROS DA ECF ..........................................................................................................................20

11.1 Bloco 0 – Abertura, Identificação E Referencias .......................................................................................21

11.2 Bloco C - Informações Recuperadas da ECD ..............................................................................................24

11.3 Bloco E - Informações Recuperadas da ECF Anterior ................................................................................25

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PROFESSOR MAURICIO BARROS
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

11.4 Bloco J - Plano De Contas e Mapeamento.................................................................................................26

11.5 Bloco K - Saldos das Contas Contábeis e Referenciais...............................................................................26

12. ECF LUCRO REAL ..............................................................................................................................................27

12.1 – Bloco L - Lucro Líquido ............................................................................................................................27

12.2 Bloco M: E-LALUR E E-LACS .......................................................................................................................29

12.3 Bloco N: Cálculo do IRPJ e da CSLL – Lucro Real ........................................................................................30

13. ECF LUCRO PRESUMIDO ..................................................................................................................................31

13.1 Bloco P – Lucro Presumido ........................................................................................................................32

13.2 Bloco Q – Demonstrativo de Livro Caixa ...................................................................................................33

14. ECF LUCRO ARBITRADO ...................................................................................................................................34

15. ECF IMUNES E ISENTAS ....................................................................................................................................36

16. BLOCO V: DECLARAÇÃO DEREX E BLOCO W: DECLARAÇÃO PAÍS-A-PAÍS........................................................37

16.1 Bloco V: Declaração DEREX........................................................................................................................37

16.2 Bloco W - Relatório País-a-País..................................................................................................................38

17. INFORMAÇÕES ECONOMICAS E GERAIS..........................................................................................................39

17.1 Bloco X - Informações Econômicas ............................................................................................................39

17.2 Bloco Y - Informações Gerais .....................................................................................................................39

18. PROGRAMA GERADOR DA ESCRITURAÇÃO .....................................................................................................41

19. PERGUNTAS FREQUENTES ...............................................................................................................................43

20. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................................................47

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL 2019

Ano calendário 2018

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1. INTRODUÇÃO
Instituído pelo governo federal por meio do Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sistema Público de
Escrituração Digital (Sped) abrange as três esferas do Governo: federal, estadual e municipal e têm por
objetivo a construção de um cadastro sincronizado de forma a atender os interesses das Administrações
Tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em conjunto com as empresas em
geral, promovendo maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações;
racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização;
maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de
intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais; cruzamento de informações em
larga escala com dados padronizados e uniformização de procedimentos.

2. O QUE É O SPED?
Instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, o Sistema Publico de Escrituração Digital – SPED, consiste na
modernização da sistemática do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às
administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, com a utilização de certificação digital para fins de
assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo sua validade jurídica apenas na forma digital.

“O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de


livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas,
inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.”

O projeto SPED tem como objetivos principais:

 Promover a integração dos fiscos; e


 Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias.

São vários os benefícios propiciados pelo SPED, entre eles:

 Diminuição do consumo de papel;


 Redução de custos com simplificação das obrigações acessórias;
 Rapidez no acesso às informações;
 Melhoria da qualidade da informação;
 Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
 Aperfeiçoamento do combate à sonegação.

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O projeto SPED é composto por diversos subprojetos:

 NF-e
 NFS-e
 CT-e
 EFD ICMS/IPI
 EFD CONTRIBUIÇÕES
 ECD
 ECF
 e-SOCIAL
 EFD-REINF
 e-FINANCEIRA

O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED prevê que os livros e documentos que integram a
escrituração comercial e fiscal das pessoas jurídicas serão emitidos totalmente em forma digital.

3. CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES

FAPE Fiscalizações de Alta Performance – Malha Fina da PJ.

O Projeto Fiscalizações de Alta Performance – FAPE, iniciado em 2017, consiste em um processo de seleção e
lançamento automatizados que visa ao incremento da presença fiscal de maior número possível de
contribuintes e, assim, induzir o aumento de arrecadação, além de otimizar o trabalho do Auditor-Fiscal em
atividades estratégicas que demandem mais planejamento e produção intelectual, liberando-os da execução
atividades e procedimentos passíveis de automação.

A adesão ao SPED como principal fonte de informação entre o Fisco e os contribuintes se consolida ano após
ano. Vejam os números do SPED:

Escrituração ECF: Abrange a apuração do IRPJ e da CSLL, além de diversas informações econômicas e gerais.

EFD Contribuições: É utilizada para a escrituração da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, com base no
conjunto de documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas,
encargos e aquisições geradores de créditos.

Escrituração Contábil Digital – ECD: Existe desde 2008 e é a escrituração contábil utilizada pelas empresas. Em
2018, foi publicado o Decreto nº 9.555/2018, que estendeu a autenticação no momento da transmissão de
ECD também para empresas não registradas em Juntas Comerciais.

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EFD ICMS IPI: Tem por objetivo reunir, em meio digital, a totalidade das informações necessárias à apuração
do ICMS e do IPI referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.

Em relação aos documentos fiscais, no ano de 2018 foram emitidas mais de 2,6 bilhões de Notas Fiscais
eletrônicas (NF-e) e cerca de 500 milhões de Conhecimentos de Transporte eletrônicos (CT-e).

4. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL

A Escrituração Contábil Fiscal é uma obrigação acessória de caráter fiscal, imposta às pessoas jurídicas
estabelecidas no Brasil e passou a ser exigida em relação aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-
calendário de 2014.

As informações da ECF são submetidas à validação do Programa Gerador da Escrituração (PGE) da ECF, que são
geradas a partir do leiaute definido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), órgão responsável pela
aprovação e divulgação do Manual de Orientação do Leiaute da ECF.

Na ECF, a pessoa jurídica deverá informar todas as operações que influenciarem a composição da base de
cálculo e o valor devido do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) especialmente quanto:

a) à recuperação do plano de contas contábil (registro I050 da ECD) e saldos das contas (registro I350 da ECD),
para pessoas jurídicas obrigadas a entregar a ECD, relativa ao mesmo período da ECF;

b) à recuperação de saldos finais da ECF do período imediatamente anterior, quando aplicável (Bloco E da ECF);

c) à associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com plano de contas referencial,
definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo - ADE (Bloco J
da ECF);

d) ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, mediante tabela de adições e
exclusões definidas, respectivamente, nos Anexos I e II da IN RFB nº 1.700/2017;

e) ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSL, mediante tabela de adições e exclusões definida
pela Cofis, por meio de ADE (bloco M da ECF; registro M350);

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f) aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exercícios subsequentes,
inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSL (bloco M da ECF, registros M305 e M355);

g) aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária
relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL, quando não devam, por sua natureza
exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa
escrituração;

h) à apresentação do Demonstrativo de Livro Caixa (bloco Q), a partir do ano-calendário 2016, para as pessoas
jurídicas optantes pela sistemática do lucro presumido que escriturarem o livro Caixa, e cuja receita bruta no
ano seja superior a R$ 1.200.000,00, ou proporcionalmente ao período a que se refere a escrituração.

A ECF é um dos subprojetos que compõem o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e substitui a
extinta DIPJ.

As informações contábeis utilizadas na ECF são recuperadas da ECD.

4.1 Leiautes da ECF

Leiaute são as regras de validação do arquivo digital ECF. Para o ano calendário 2018, e tais regras estão
previstas no Manual de Orientação do Leiaute da ECF, aprovado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis n°
09/2019.

Leiaute ECF:

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4.2 Finalidades da ECF

A Escrituração Contábil Fiscal tem como finalidade:

Uma das inovações da ECF corresponde, para as empresas obrigadas a entrega da Escrituração Contábil Digital
(ECD), à utilização dos saldos e contas da ECD para preenchimento inicial da ECF. Ademais, a ECF também
recuperará os saldos finais das ECF anterior, a partir do ano-calendário 2015.

5. OBRIGATORIEDADE DA ECF – ANO CALENDÁRIO 2018

São obrigadas ao preenchimento da ECF, de forma centralizada pela matriz, todas as pessoas jurídicas
e equiparadas, entidades públicas e privadas, inclusive as imunes e isentas, independentemente de serem
tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado.

A obrigatoriedade da ECF NÃO SE APLICA:

• às pessoas jurídicas optantes pelo simplificado de tributação Simples Nacional.

• aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e

• às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham efetuado qualquer
atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado
financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as obrigações
acessórias previstas na legislação específica.

As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pela sistemática do Simples Nacional
deverão apresentar a DEFIS.

A Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – Defis, deverá ser entregue à RFB até 31 de março do
ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores dos tributos previstos no Simples Nacional.

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5.1. Pessoa Jurídica Inativa

As pessoas jurídicas Inativas apresentarão a DCTF Inativa.

Após a extinção da Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (ou DSPJ – Inativa), tornou-se obrigatório que
pessoas com empreendimentos inativos emitissem a “DCTF inativa”. A transmissão de competência Janeiro
deve ser feita até o 15º dia útil do segundo mês subsequente. Ou seja, em 2019, o prazo final para entrega da
inativa vai até o dia 21/03.

Instrução Normativa RFB nº 1.599/2015

O pagamento, no mês-calendário a que se referir a declaração, de tributo relativo a meses-calendário


anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracterizam a pessoa jurídica
como inativa no mês-calendário.

Pessoa Jurídica Sem Movimento

As pessoas jurídicas sem movimento não são consideradas inativas por NÃO se enquadrarem nessa condição.
Embora a pessoa jurídica SEM MOVIMENTO não aufiram receitas, tais empresas podem ter algum tipo de
movimentação, tais como: pagamento de custas, energia elétrica, água, etc. Nessa hipótese, a pessoa jurídica
sem movimento deve entregar todas as obrigações acessórias exigidas pelo fisco, inclusive a ECF.

“Sem movimento não quer dizer sem fato contábil”.

5.2. SCP – Sociedade em Conta de Participação

Caso a pessoa jurídica tenha Sociedades em Conta de Participação (SCP), cada SCP deverá preencher e
transmitir sua própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que é sócia ostensiva e o CNPJ/Código de cada
SCP.

Sociedade em Conta de Participação, artigo 991 da Lei nº 10.406/2002

5.3 Matriz e Filial

Segundo o artigo 1º da IN RFB nº 1.422/2013, para empresas que mantem filiais, o arquivo deverá ser
apresentado de forma centralizada pela matriz.

Para o SPED ECF a matriz será identificada através da parametrização na filial ou em seu agrupamento. A
rotina de apuração do IRPJ/CSLL e a de geração do SPED ECF faz a “consolidação” automática das informações
na matriz.

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6. PRAZO DE ENTREGA

De acordo com o artigo 3° da Instrução Normativa RFB n° 1.422/2013, a ECF para situações normais deverá ser
transmitida anualmente ao SPED até às 23h59min59s, horário de Brasília, DO ULTIMO DIA UTIL DO MÊS DE
JULHO do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração.

Em 2019, o ultimo dia útil será o dia 31/07

Para situações especiais (Cisão, Fusão, Incorporação e Extinção), o prazo será conforme a seguir:

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá ser entregue até o último
dia útil do 3º (TERCEIRO) mês subsequente ao do evento, observando-se que:

Nos casos de situações especiais ocorridas de janeiro a abril do ano-calendário, o prazo de entrega será até o
último dia útil do mês de julho do referido ano (mesmo prazo da ECF para situações normais relativas ao ano-
calendário anterior).

SITUAÇÃO
ESPECIAL OU ESCRITURAÇÕES PRAZO DE ENTREGA EXCEÇÕES
EVENTO

Para situações especiais que


Até o último dia útil do 3º
Uma única ECF com data final igual a data da ocorrerem entre janeiro e abril do
1 – Extinção mês subsequente à data da
situação especial. ano calendário, a entrega é até o
situação especial.
último dia útil do mês de julho.

Para situações especiais que


Até o último dia útil do 3º
Uma única ECF com data final igual a data da ocorrerem entre janeiro e abril do
2 – Fusão mês subsequente à data da
situação especial. ano calendário, a entrega é até o
situação especial.
último dia útil do mês de julho.

Para situações especiais que


3– Até o último dia útil do 3º
Uma única ECF com data final igual a data da ocorrerem entre janeiro e abril do
Incorporação \ mês subsequente à data da
situação especial. ano calendário, a entrega é até o
Incorporada situação especial.
último dia útil do mês de julho.

 Para situações especiais


 A primeira deve que ocorrerem entre
Duas ECF:
ser entregue até janeiro e abril do ano
 Uma com data final igual a data da
o último dia útil calendário, a entrega é até
situação especial.
do 3º mês o último dia útil do mês de
 Outra com data inicial igual a data
subsequente à julho.
4– imediatamente posterior à situação
data da situação  No caso de incorporada e
Incorporação \ especial. O indicador de início do
especial. incorporadora estiverem
Incorporadora período deve ser igual a 2 (resultante
 A segunda deve sobre o mesmo controle
de cisão/fusão ou remanescente de
ser entregue no societário desde o ano
cisão, ou realizou incorporação). O
prazo das ECF calendário anterior ao
campo situação especial deve ser
normais. evento não é necessária a
preenchido com “0” (Normal).
entrega de ECF de situação
especial.

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SITUAÇÃO
ESPECIAL OU ESCRITURAÇÕES PRAZO DE ENTREGA EXCEÇÕES
EVENTO

Para situações especiais


que ocorrerem entre
Até o último dia útil do 3º mês
5 - Cisão Uma única ECF com data final igual a data da situação janeiro e abril do ano
subsequente à data da
total especial. calendário, a entrega é até
situação especial.
o último dia útil do mês de
julho.

Duas ECF:
 A primeira deve ser
 Uma com data final igual a data da situação
entregue até o
especial. Para situações especiais
último dia útil do 3º
 Outra com data inicial igual a data que ocorrerem entre
mês subsequente à
6 - Cisão imediatamente posterior à situação especial. O janeiro e abril do ano
data da situação
parcial indicador de início do período deve ser igual a 2 calendário, a entrega é até
especial.
(resultante de cisão/fusão ou remanescente de o último dia útil do mês de
 A segunda deve ser
cisão, ou realizou incorporação). O campo julho.
entregue no prazo
situação especial deve ser preenchido com “0”
das ECF normais.
(Normal).

Uma ECF: A ECF deve ser entregue no prazo das ECF


Inclusão no Simples
 Uma com data final igual a data do evento menos normais.
Nacional
um dia.

7. PENALIDADES

A não apresentação da ECF nos prazos fixados, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões,
acarretará aplicação, ao infrator, de multas aplicadas, conforme o caso, às pessoas jurídicas tributadas pelo
lucro real e às demais pessoas jurídicas (lucro presumido, arbitrado ou imunes e isentas).

I – LUCRO REAL:

A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o IRPJ pelo LUCRO REAL, nos prazos fixados ou a
sua apresentação com incorreções ou omissões acarretará a aplicação, ao infrator, das seguintes multas:

1) equivalente a 0,25%, por mês-calendário ou fração, do lucro líquido do IRPJ e da CSLL, no período a
que se refere a apuração, limitada a 10%, relativamente às pessoas jurídicas que deixarem de apresentar a
escrituração ou apresentá-la em atraso; e

2) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor omitido, inexato ou incorreto;

NOTA: A aplicação da multa prevista na forma mencionada, quando não houver lucro líquido, antes do IRPJ e CSL, no
período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizado o último lucro líquido, antes do IRPJ e CSLL
informados, atualizado pela Taxa Selic, até o termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração.
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A multa de que trata o item 1 anterior, será limitada em:

I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem receita bruta
total, igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);

II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese do
item anterior.

Regra incluída pela Lei nº 12.973/2014

A multa de que trata o item 1 anterior, será reduzida:

I - em 90% (noventa por cento), quando o livro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o prazo;

II - em 75% (setenta e cinco por cento), quando o livro for apresentado em até 60 (sessenta) dias após o
prazo;

III - à metade, quando o livro for apresentado depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;
e

IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se houver a apresentação do livro no prazo fixado em intimação.

A multa de que trata o item 2 anterior:

I - não será devida se o sujeito passivo corrigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes de iniciado
qualquer procedimento de ofício; e

II - será reduzida em 50% (cinquenta por cento) se forem corrigidas as inexatidões, incorreções ou omissões
no prazo fixado em intimação.

II – DEMAIS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO:

De acordo com o art. 12 da Lei nº 8.218/1991, a não apresenta da ECF, ou a apresentação com incorreções,
acarretará a imposição das seguintes penalidades:

I - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se
refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos
arquivos;

II - multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por
cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem
ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e

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III - multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta
da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não
cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos.

Para as pessoas jurídicas que utilizarem o Sistema Público de Escrituração Digital, as multas acima serão
reduzidas:

I - à metade, quando a obrigação for cumprida após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e

II - a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação for cumprida no prazo fixado em intimação.

Os códigos de receita das multas são:

3624/2 – Multa por Atraso na Entrega da ECF – Demais PJ

3624/3 – Multa por Atraso na Entrega da ECF – PJ Lucro Real

Base legal para as penalidades:

Instrução Normativa RFB nº 1.574/2015;


art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598/1977;
Lei nº 12.973/2014; e
art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001

8. ASSINATURAS E CERTIFICADO DIGITAL

A empresa deverá gerar o arquivo da ECF através do seu sistema de contabilidade, o qual será
obrigatoriamente submetido ao programa gerador (PGE) para validação de conteúdo, assinatura digital,
transmissão e visualização.

A ECF deverá ser assinada digitalmente através de certificado digital válido do Tipo A1 ou A3.

Para a ECF é necessário duas assinaturas, sendo:

1°) ASSINATURA DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE:

2º) PESSOA JURÍDICA.

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Assinatura do Profissional De Contabilidade:

Pode ser utilizado somente certificado digital da pessoa física (e-PF ou e-CPF), tipo A1 ou A3.

NOTA: Não utilizar e-CNPJ do escritório.

Assinatura da Pessoa Jurídica:

Para a assinatura da Pessoa Jurídica, poderá ser utilizado:

1. O e-PJ ou e-CNPJ do estabelecimento;

2. O e-PF ou e-CPF do representante legal da pessoa jurídica;

3. O e-PF ou e-CPF do procurador (outorgado) constituído diretamente no e-CAC.

4. O e-PF ou e-CPF do procurador (outorgado) constituído nos termos da IN RFB nº 944/09, por meio de
procuração cadastrada no site da Receita Federal do Brasil.

5. O e-PJ ou e-CNPJ do procurador (outorgado) constituído diretamente no e-CAC;

6. O e-PJ ou e-CNPJ do procurador (outorgado) constituído nos termos da Instrução Normativa RFB n.º
944/2.009, por meio de procuração cadastrada na página da Receita Federal do Brasil .

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9. PLANO DE CONTAS REFERENCIAL E SOCIETÁRIO

Para efeitos da ECF serão utilizados dois planos de contas: o societário e o referencial.

PLANO DE CONTAS SOCIETÁRIO:

O Plano de Contas Societário é aquele utilizado na contabilidade societária das empresas (em acordo com as
Leis 11.638/2007 e Lei 11.941/09).

Este Plano de Contas é informado no Registro I050 da Escrituração Contábil Digital (ECD) e, portanto, é
baseada no plano de contas que a empresa utiliza para o registro habitual dos fatos contábeis.

A ECF recupera o plano de contas do último período existente na ECD. O plano de contas deve retratar o
conjunto e a estrutura de todas as contas passíveis de utilização na contabilidade da entidade.

No plano de contas devem constar apenas as contas que tenham saldo ou que tiveram movimento no período
completo da ECD (se a empresa transmitir ECD em diversos arquivos, ainda que a conta termine com saldo
zero em um arquivo, deve constar no plano de contas de todos os arquivos).

O mapeamento das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito somente em relação às
contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas.

PLANO DE CONTAS REFERENCIAL:

O plano de contas referencial tem por finalidade estabelecer uma relação (DE-PARA) entre as contas analíticas
do plano de contas da empresa e um plano de contas padrão da Receita Federal.

Na ECF o plano de contas referencial é obrigatório e pode ser recuperado através da ECD do período.

NOTA: No Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil Fiscal - ECF foram divulgados os modelos
de Plano de Contas Referencial, aplicáveis de acordo com o regime de apuração do IRPJ e da CSLL, ou, ainda,
conforme a atividade exercida pela pessoa jurídica (instituições financeiras, seguradoras, entidades de
previdência complementar, etc.).

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A ECF recupera o plano de contas do último período existente na ECD.

O fato de uma conta não possuir saldos ou movimentação em um período não implica que a conta não deve
ser informada no plano de contas.

O mapeamento das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito somente em relação às
contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas.

9.1 Conta de Resultado

No plano referencial, a conta “Resultado do Exercício” é sintética, pois representa o resultado da diferença
entre as receitas e despesas do período. Caso a entidade utilize uma conta transitória “Resultado do Exercício”
ou “Apuração do Resultado Exercício” para realizar os lançamentos de transferência dos saldos das receitas e
despesas do período, essa conta deverá ter J050.COD_NAT = “09” (Outras) e não deverá ser mapeadas.

O sistema não permite o mapeamento de contas com código de natureza “09”.

10. OUTRAS INFORMAÇÕES

10.1 Recuperação da ECF Anterior

Para as empresas tributadas pelo Lucro Real, o programa da ECF exige a recuperação da ECF do período
imediatamente anterior (transmitida ao SPED – ativa).

A recuperação da ECF do período imediatamente anterior é obrigatória quando:

1 – Forma de tributação pelo lucro real (0010. FORMA_TRIB = “1”);

2 – A data inicial da ECF (0000.DT_INI) do período atual for diferente de 01/01/2014; e

3 – O indicador de situação de início de período (0000.IND_SIT_INI_PER) for igual a “0” (Regular – Início no
primeiro dia do ano) ou “2” (quando remanescente de cisão ou realizou incorporação).

10.2 Retificação da ECF

A retificação da ECF poderá ocorrer em até 5 anos e dar-se-á mediante apresentação de nova ECF. A ECF
retificadora terá a mesma natureza da ECF retificada, substituindo-a integralmente para todos os fins e
direitos, e passará a ser a ativa na base de dados do SPED.

Não será admitida retificação de ECF que tenha por objetivo mudança do regime de tributação, salvo para fins
de adoção do lucro arbitrado, nos casos determinados pela legislação.

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Caso a ECF retificadora altere os saldos das contas da Parte B do e-Lalur ou do e-Lacs, a pessoa jurídica deverá
verificar a necessidade de retificar as ECF dos anos-calendário posteriores.

A pessoa jurídica deverá entregar a ECF retificadora sempre que apresentar ECD substituta alterando contas
ou saldos contábeis recuperados na ECF ativa na base de dados do SPED.

No caso de lançamentos extemporâneos em ECD que alterem a base de cálculo do IRPJ ou da CSLL da ECF de
ano calendário anterior, a pessoa jurídica deverá efetuar o ajuste apresentando ECF retificadora relativa ao
respectivo ano-calendário, mediante adições ou exclusões ao lucro líquido, ainda que a ECD recuperada na ECF
retificada não tenha sido alterada.

A pessoa jurídica que entregar ECF retificadora alterando valores de apuração do IRPJ ou da CSLL que haviam
sido informados na Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais (DCTF) deverá apresentar a DCTF
retificadora, seguindo suas normas específicas.

Exemplo: Em 01/01/2018, a empresa retificou a ECF do ano-calendário 2014. Nesse caso, a empresa pode
ter que retificar as ECF dos anos-calendário 2015 e 2016.

10.3 Recuperação da ECD

A ECD a ser recuperada na ECF deve ser a ECD transmitida ao SPED (ECD Ativa na base).

Primeiramente, deve ser criada uma ECF através da importação do arquivo da ECF, gerado no sistema de
contabilidade, posteriormente, recuperar o arquivo da ECD.

O PGE da ECF consegue recuperar mais de um arquivo da ECD, desde que o períodos dos arquivos da ECD seja
equivalente ao período do arquivo da ECF.

Exemplo: Arquivo da ECF - de 01/01/2017 a 31/12/2017

Arquivos da ECD:

Arquivo 1 da ECD: de 01/01/2017 a 31/03/2017

Arquivo 2 da ECD: de 01/04/2017 a 31/08/2017

Arquivo 3 da ECD: de 01/09/2017 a 31/12/2017

Portanto, o programa da ECF conseguirá recuperar os três arquivos da ECD, pois eles correspondem ao mesmo
período da ECF (de 01/01 a 31/12).

Para recuperar a ECD é necessário que o período da escrituração seja referente ao mesmo ano-calendário (ano
calendário 2018) e contenha o mesmo CNPJ.

Para as pessoas jurídicas obrigadas a entregar a ECD, a recuperação da ECD é obrigatória.

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10.4 Obrigatoriedade da ECD

Quem está obrigado a enviar o arquivo digital ECD?

De acordo com o art. 3° da Instrução Normativa RFB n° 1.774/2017, deverão apresentar a Escrituração
Contábil Digital (ECD) todas as pessoas jurídicas obrigadas a manter escrituração contábil nos termos da
legislação comercial, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas.

A obrigatoriedade da ECD não se aplica:

I - às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Simples Nacional;

II - aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham realizado, durante o ano-
calendário, atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado
financeiro ou de capitais as quais devem cumprir as obrigações acessórias previstas na legislação específica;

NOTA: A dispensa do envio da ECD não se aplica às pessoas jurídicas do Simples Nacional que tenha recebido
aporte de capital de Investidor Anjo (artigos 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/2006).

IV - às pessoas jurídicas imunes e isentas que auferiram, no ano-calendário, receitas, doações, incentivos,
subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) ou ao valor proporcional ao período a que se refere a
escrituração contábil; e

V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que não distribuíram, a título de lucro, sem
incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela de lucros ou dividendos superior ao valor
da base de cálculo do imposto sobre a renda, diminuída dos impostos e contribuições a que estiver sujeita.

10.5 Tipo de Escrituração

Existem dois tipos de escrituração da ECF, informadas no Campo 10 – Registro 0010 da Escrituração Contábil
Fiscal.

TIPO DE ESCRITURAÇÃO “C”: PJ obrigadas a entregar a ECD; ou Entrega facultativa (Com recuperação de
dados na ECF).

TIPO DE ESCRITURAÇÃO “L”: Livro Caixa; ou Não obrigadas a entregar a ECD (Não haverá Recuperação de
dados).

A pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil completa utilizará a opção “C” Contábil que corresponde
às pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Imunes ou Isentas que estão obrigadas a entregar a
ECD (Escrituração Contábil Digital), além de todas as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real (Instrução
Normativa nº 1.774/17).

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Caso a empresa não seja obrigada a entregar a ECD, mas enviou facultativamente para recuperação dos dados
na ECF, deve também preencher a opção “C” Contábil.

10.5 ECD Sem Mapeamento Para O Plano Referencial

Para que não seja necessário digitar todo o mapeamento para o plano referencial na ECF, no caso de
recuperação de dados da ECD sem o respectivo mapeamento, pode ser seguido o procedimento abaixo:

1) Importar a ECF.

2) Recuperar ECD, marcando a opção "Utilizar os dados recuperados da ECD para preenchimento do balanço
e/ou DRE". Com essa opção marcada, o programa da ECF copiará as informações para o BLOCO J e K, mas não
calculará o Balanço Patrimonial e a DRE, pois não existe mapeamento. Os dados dos Registros K155 e K355
estarão de acordo com a ECD.

3) Importar somente o Bloco J da ECF com o mapeamento correto. O programa da ECF incluirá o mapeamento
nos registros K155 e K355 e, consequentemente, calculará o Balanço Patrimonial e a DRE utilizando os saldos
da ECD e o mapeamento da ECF.

10.6 PER/DCOMP

Pedido de Restituição e Declaração de Compensação – Per/Dcomp

A restituição e a compensação de quantias recolhidas a título de tributo ou contribuição, administrados pela


Receita Federal do Brasil será requerida pelo contribuinte mediante utilização do Programa Pedido Eletrônico
de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação (PER/DCOMP).

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017, o PER/Dcomp, quando tratar de crédito proveniente
de “saldo negativo de IRPJ ou de CSLL” somente serão recepcionados pela RFB depois da transmissão da ECF,
na qual se encontre demonstrado o direito creditório, de acordo com o período de apuração.

No caso de saldo negativo de IRPJ ou de CSLL apurado trimestralmente, a restrição referida acima será
aplicada somente depois do encerramento do respectivo ano-calendário.

Esta restrição poderia trazer diversas discussões sobre o momento em que as empresas poderiam compensar
saldos negativos de IRPJ e CSLL quando o programa da ECF era liberado somente a partir de maio do ano
subsequente, contudo com a possibilidade da entrega da ECF a partir de janeiro de 2018, os contribuintes que
tiverem saldo negativo de IRPJ e de CSLL deverão se apressar na entrega da ECF para que seus PER/DCOMP´s
sejam recepcionados pela RFB.

Vale lembrar que se a empresa efetuou compensação apenas contabilmente e não transmitiu o programa
Pedido Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento e da Declaração de Compensação (PER/Dcomp), perante a
RFB o débito não foi compensado e continua em aberto (Manual PER/Dcomp).

Observe, se não foi efetuado o procedimento fiscal para compensação o mesmo não reflete na contabilidade
estando o mesmo ainda na condição de débito pendente no patrimônio da pessoa jurídica.

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11. BLOCOS E REGISTROS DA ECF

O arquivo digital da ECF é constituído de blocos, entre o registro inicial e o registro final, referindo-se cada um
deles a um agrupamento de informações composto por registros e campos.

O arquivo digital da ECF é composto por blocos de informação, e cada bloco terá um registro de abertura,
registros de dados e um registro de encerramento.

Após o Bloco inicial (Bloco 0), a ordem de apresentação dos demais blocos será na sequência constante na
tabela de blocos a seguir. Salvo quando houver especificação em contrário, todos os blocos são obrigatórios, e
o respectivo registro de abertura indicará a presença ou a ausência de dados informados.

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11.1 Bloco 0 – Abertura, Identificação E Referencias

Deverão ser apresentadas informações referentes à identificação da pessoa jurídica e parâmetros sobre a
tributação da empresa.

Na ECF, algumas informações como a escolha dos blocos a serem preenchidos, são definidos no
preenchimento no Bloco 0 (Abertura, Identificação e Referências).

Registro 0000: Abertura da ECF e Identificação da Pessoa Jurídica.

Este registro identifica unicamente uma escrituração no PVA por meio dos seguintes campos:

- 0000.CNPJ – Campo CNPJ (CNPJ BÁSICO – 8 primeiras posições);


- 0000.COD_SCP – Campo CNPJ/Código da SCP; e
- 0000.DT_FIN – Campo data fim da ECF.

Registro 0010: Parâmetros de Tributação.

O Registro 0010 apresenta os parâmetros fiscais que identificam quais blocos e registros serão preenchidos.

Exemplo de Preenchimento:
|0010||N|N|1|T|01|RRRR||||||S|S|
|0010|: Identificação do tipo do registro.
||: Hashcode da ECF do período imediatamente anterior (Não há).
|N|: Indicador de optante pelo Refis (N = Não).
|N|: Indicador de optante pelo Paes (N = Não).
|1|: Forma de tributação do lucro (1 = Lucro Real).
|T|: Forma de apuração do IRPJ e da CSLL (T = Trimestral).
|01|: Qualificação da pessoa jurídica (01 = PJ em Geral).
|RRRR|: Forma de tributação no período (RRRR = Lucro Real nos quatro trimestres).
||: Forma de apuração da estimativa (Não há).
||: Tipo de escrituração (não obrigatório para o lucro real).
||: Tipo de pessoa jurídica imune ou isenta (não obrigatório para o lucro real).
||: Apuração da CSLL para imunes ou isentas (não obrigatório para o lucro real).

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Registro 0020: Parâmetros Complementares

Apresenta os parâmetros que identificam quais blocos e registros a serem preenchidos.

Registro 0030: Dados Cadastrais:

Apresenta os dados cadastrais da pessoa jurídica.

Exemplo de Preenchimento:

|0030|2046|6204000|RUA TESTE|1234|BLOCO Z SALA 301|BAIRRO


ECF|DF|5300108|71000000|6133333333|testeecf@ecf.gov.br|
|0030|: Identificação do tipo do registro.
|2046|: Código da natureza jurídica (2046 = Sociedade Anônima Aberta).
|6204000|: Código da atividade econômica.
|RUA TESTE|: Endereço.
|1234|: Número.
|BLOCO Z SALA 301|: Complemento.
|BAIRRO ECF|: Bairro.
|DF|: Sigla da Unidade da Federação (DF = Distrito Federal).
|5300108|: Código do Município (5300108 = Brasília).
|71000000|: CEP (71.000-000).
|6133333333|: Telefone com DDD (61-3333-3333).
|testeecf@ecf.gov.br|: Email.

Registro 0035: Identificação das SCP:

O registro só deve ser utilizado nas ECF das pessoas jurídicas sócias ostensivas que possuem SCP, para
identificação das SCP da pessoa jurídica no período da escrituração.

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Registro 0930: Identificação dos Signatários da ECF:

Informar os dados dos signatários da escrituração. São obrigatórias duas assinaturas:

Assinatura do Contabilista: Certificado Digital de Pessoa Física (e-PF ou e-CPF).

Assinatura da Pessoa Jurídica:

1. O e-PJ ou e-CNPJ do estabelecimento que contenha a mesma base do CNPJ;

2. O e-PF ou e-CPF do representante legal da empresa ou procurador constituído com procuração


eletrônica cadastrada na RFB;

Assinatura como procurador:

O contador pode assinar a ECF como contador e procurador.

Para assinar como procurador é necessária a procuração eletrônica cadastrada no e-CAC. É importante
ressaltar que o serviço ECF – Escrituração Contábil Fiscal – ou a opção para todos os serviços devem estar
explicitamente habilitados na procuração eletrônica.

Para o preenchimento do Registro 0930, as duas linhas conterão os dados do contador (Nome e CPF, conforme
e-CPF do contador). Uma linha será com a qualificação “Contabilista” e a outra linha será com a qualificação
“Procurador”.

Cadastramento de Procuração Eletrônica:

No site da RFB, na aba Empresa, clicar em “Todos os serviços”, selecionar “Procuração Eletrônica e Senha para
pesquisa via Internet”, “procuração eletrônica” e “continuar”.

1. Login com certificado digital de pessoa jurídica ou representante legal/procurador;


2. Selecionar “Procuração eletrônica”;
3. Selecionar “Cadastrar Procuração” ou outra opção, se for o caso;
4. Selecionar “Solicitação de procuração para a Receita Federal do Brasil”;
5. Preencher os dados do formulário apresentado e selecionar a opção “Transmissão de Declarações/Arquivos,
inclusive todos do CNPJ, com Assinatura Digital via Receitanet”.
6. Para finalizar, clicar em “Cadastrar procuração”, ou “Limpar” ou “Voltar”.

A assinatura digital será verificada quanto a sua existência, prazo e validade para a pessoa jurídica identificada
na ECF, no início do processo de transmissão do arquivo digital.

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11.2 Bloco C - Informações Recuperadas da ECD

Este registro não é preenchido pela empresa.

O PGE da ECF irá preencherá o Bloco C no momento da recuperação da ECD (Escrituração Contábil Digital).

A ECF irá transportar informações sobre o plano de contas societário da organização e o detalhamento da
conta do plano de contas referencial, bem como resgatará os saldos das contas, inclusive das contas de
resultado.

NOTA: Se a Pessoa Jurídica não apresentou a ECD devido a não obrigatoriedade, os saldos não serão
resgatados.

Somente poderão ser recuperadas as ECD do tipo “G”,” R”, “B” ou “S”.

G - Livro Diário (Completo sem escrituração auxiliar).


R - Livro Diário com Escrituração Resumida (Escrituração auxiliar).
B - Livro Balancetes Diários e Balanços.
S – Escrituração da SCP Mantida pelo Sócio Ostensivo.

Registro C050: Plano de Contas da ECD

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da ECD. Recupera os registros
I050 (plano de contas societário) das ECD do período.

Registro C051: Plano de Contas Referencial

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da ECD. Recupera os registros
I051 (mapeamento para o plano de conta referencial) das ECD do período.

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11.3 Bloco E - Informações Recuperadas da ECF Anterior

Este registro também não será preenchido pela empresa.

O PGE da ECF preencherá o Bloco E no momento da recuperação da ECF no período imediatamente anterior e
efetuará os cálculos fiscais relativos aos dados recuperados do SPED ECD.

Transportando informações dos saldos finais, recuperados do SPED ECF do período anterior com o respectivo
mapeamento das contas e os saldos finais das contas na Parte B do LALUR/LACS do SPED ECF imediatamente
anterior. Também serão transportados detalhes dos saldos contábeis das contas patrimoniais e saldo das
contas de resultados antes do encerramento.

Registro E010: Saldos Finais Recuperados da ECF Anterior

Este registro armazena as informações provenientes dos registros L100/L300 ou P100/P150 ou U100/U150 da
ECF do período imediatamente anterior. O usuário solicitará a recuperação dos dados através da
funcionalidade “Recuperar Saldos da ECF anterior”.

Registro E015: Contas Contábeis Mapeadas

Este registro armazena as informações provenientes dos registros K155/K156 da ECF do período
imediatamente anterior. O usuário solicitará a recuperação dos dados através da funcionalidade “Recuperar
Saldos da ECF anterior”.

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11.4 Bloco J - Plano De Contas e Mapeamento

Será apresentado o mapeamento do plano de contas contábil com o plano de contas referencial.

Os registros deste Bloco podem ser:

I – Digitados;
II – Importados;
III – Replicados a partir do Bloco C; ou
IV – Recuperados da ECF do período imediatamente anterior ao período da escrituração atual, transmitida via
Sped.

Registro J050: Plano de Contas do Contribuinte (Societário)

Registro onde deve ser informado o plano de contas da empresa.

Registro J051: Plano de Contas Referencial

Informa o plano de contas referencial da instituição gestora, referenciando com as respectivas contas do plano
de contas da pessoa jurídica. Somente devem ser referenciadas as contas analíticas.

11.5 Bloco K - Saldos das Contas Contábeis e Referenciais

Serão apresentados os saldos das contas contábeis e referenciais, detalhando os saldos iniciais e finais, os
totais de débitos e créditos de todas as contas patrimoniais do período. Também serão listados os saldos finais
de todas as contas de resultado antes do encerramento.

Os registros deste Bloco podem ser:

I – Digitados;
II – Importados; ou
III – Replicados a partir do Bloco E.

Registro K155: Detalhes dos Saldos Contábeis (Depois do Encerramento do Resultado do Período)

Informação sobre os saldos iniciais, os saldos finais, os totais de débitos e os totais de créditos de todas as
contas patrimoniais da escrituração societária da pessoa jurídica (Ativo, Passivo e Patrimônio Liquido), no
período de apuração. Poderá ser preenchido das seguintes formas:

- Edição pelo programa da ECF;


- Calculado pelo sistema através da funcionalidade de recuperar ECD; e
- Importado de arquivo digital.

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12. ECF LUCRO REAL

Conforme o artigo 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2015, para os contribuintes que apuram o IRPJ pela
sistemática do Lucro Real, a ECF é o Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR.

A pessoa jurídica deverá informar, na ECF, todas as operações que influenciem a composição da base de
cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL).

As pessoas jurídicas que apuram os tributos pelo regime tributário do Lucro Real devem preencher os
seguintes registros:

12.1 – Bloco L - Lucro Líquido

No Bloco L, são informados:

a) a forma de tributação da pessoa jurídica e apuração do IRPJ e CSL;


b) o Balanço Patrimonial (BP);
c) a Demonstração do Resultado Líquido no Período Fiscal do período correspondente à escrituração.

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Registro L100: Balanço Patrimonial no período fiscal

O registro L100 demonstra:

A. O registro do balanço patrimonial com base nas contas referenciais para o período de apuração;

B. O saldo inicial pode ser replicado do registro E010/E015 ou preenchido;

C. O saldo final será recuperado do registro K 155/K 156. Caso o bloco K não possua dados e seja SCP
(0000.T IP_ECF = 2), o saldo final poderá ser preenchido;

D. Os planos referenciais correspondentes ao registro L100 estão no anexo ao Manual de Orientação do


Leiaute da Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

Registro L200: método de avaliação do estoque final

Este registro identifica o método de avaliação do estoque final adotado pela empresa:

1 Custo médio ponderado;


2 PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai);
3 Arbitramento Art. 296, incisos I e II, do RIR/1999;
4 Custo específico;
5 Valor realizável líquido;
6 Inventário periódico;
7 Outros.

Registro L210: informativo da composição de custos

Apresenta a composição dos custos dos produtos de fabricação própria vendidos e os custos dos serviços
prestados no período para as empresas que utilizam o inventário permanente.

Registro L300: Demonstração do Resultado Líquido no período fiscal

Este registro apresenta o demonstrativo do resultado líquido no período fiscal de apuração (os planos
referenciais correspondentes ao registro L300 estão no anexo ao Manual de Orientação do Leiaute da
Escrituração Contábil Fiscal ECF).

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

12.2 Bloco M: E-LALUR E E-LACS

No Bloco M foram introduzidos o Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (eLalur) e o Livro Eletrônico de
Apuração da Base de Cálculo da CSLL (eLacs). No registro M300, são demonstradas as adições e exclusões para
efeito da determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

O Bloco M apresenta os seguintes registros:

De acordo com a legislação do Imposto de Renda (RIR/18), o Lucro Real deve ser apurado a partir do resultado
obtido pela DRE (lucro ou prejuízo contábil).

A ECF segue a mesma regra, a apuração do lucro real será demonstrada no Bloco M, o qual será gerado a
partir dos dados informados no Bloco L (Lucro Líquido Lucro Real):

Registro M010: identificação da conta na P arte B do e-Lalur e do e-Lacs

Cadastra os saldos iniciais no período da escrituração das contas da Parte B utilizadas no e-LALUR e no e-LACS.

O registro pode ser replicado da ECF anterior, importado e/ou editado.

Registro M030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL das Empresas Tributadas
pelo Lucro Real

Este registro identifica os períodos da escrituração necessários conforme definições de parâmetros do Bloco 0.

M300: Lançamentos da Parte A do e-Lalur

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Este registro apresenta os lançamentos da parte A do e-LALUR. Este registro demonstrará a apuração da base
de cálculo da IRPJ anual, trimestral e nos meses com estimativa apurada com base no balanço/balancete. São
93 Adições.

M410: Lançamento na Conta da Parte B

Este registro apresenta os lançamentos em contas da parte B sem reflexos na parte A.

Registro M500: Controle de saldos das contas da P arte B do eLalur e do eLacs

Apresenta a visão sintética do controle de saldos das contas da parte B do e-LALUR e e-LACS. Registro gerado
pelo sistema a partir do saldo inicial e das movimentações. Nesse caso, os campos SD_FIM_LAL e IND_SD_FIM
do último período serão transportados para o E020 da próxima ECF, observando-se que:

a) quando a escrituração for trimestral, o saldo final do período será transportado para o saldo inicial do
período seguinte;

b) o valor do SD_INI_LAL do 1º período será igual ao saldo inicial do registro M010.

12.3 Bloco N: Cálculo do IRPJ e da CSLL – Lucro Real

A pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real deve demonstrar através do Bloco N a base de cálculo do IRPJ e da
CSLL, devendo informar, ainda, todos os componentes que de alguma forma influenciaram na base de cálculo
do imposto ou da contribuição.

O Bloco N é composto dos seguintes registros:

Registro N500: Base de cálculo do IRPJ sobre o Lucro Real após as compensações de prejuízos

Apresenta a base de cálculo do IRPJ após as compensações de prejuízos.

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Registro N620: Cálculo do IRPJ Mensal por Estimativa

Apresenta o cálculo do IRPJ mensal por estimativa. Este registro é habilitado para a pessoa jurídica que apurou
o IRPJ com base no lucro real anual que optou por apurar pela estimativa mensal, devendo ser efetuado com
base nas orientações contidas na Tabela Dinâmica disposta no Manual de Orientação da Escrituração Contábil
Fiscal.

Registro N630: Cálculo do IRPJ Com Base no Lucro Real

Apresenta o cálculo do IRPJ com base no lucro real trimestral ou anual, de forma definitiva, a ser efetuado com
base nas orientações contidas na Tabela Dinâmica disposta no Manual de Orientação da Escrituração Contábil
Fiscal (ECF).

Registro N650: Base de Cálculo da CSLL Após as Compensações da Base de Cálculo Negativa

Apresenta a base de cálculo da CSLL, após as compensações da base de cálculo negativa

Registro N660: Cálculo da CSLL Mensal por Estimativa

Este registro é habilitado para a pessoa jurídica que apurou o imposto de renda com base no lucro real anual
que optou por apurar a CSLL por estimativa mensal.

Registro N670: Cálculo da CSLL Com Base no Lucro Real

Este registro apresenta o cálculo da CSLL com base no lucro real.

13. ECF LUCRO PRESUMIDO

Conforme o artigo 45 da Lei nº 8.981/1995, a pessoa jurídica que optar pela tributação com base no Lucro
Presumido deve manter:

1. Escrituração Contábil ou Livro Caixa*, no qual deve estar escriturada toda a movimentação financeira,
inclusive bancária;

2. Livro Registro de Inventário; e

3. Livro de Apuração do Lucro Real, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores.

NOTA: A opção pelo LIVRO CAIXA é exclusivamente para fins tributários. Para fins contábeis e societários é
OBRIGATÓRIO elaborar a escrituração contábil completa (Lei nº 10.406/02 C.C., Resolução CFC 1.255/10,
entre outros).

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

As pessoas jurídicas que apuram os tributos pelo regime tributário Lucro Presumido devem preencher na ECF
os seguintes registros:

13.1 Bloco P – Lucro Presumido

Na ECF, o BLOCO P é exclusivo para preenchimento das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido e
contém os seguintes registros:

Registro P100: Balanço Patrimonial

Apresenta o Balanço Patrimonial com base nas contas referenciais para o período de apuração. O saldo inicial
pode ser replicado do registro E010/E015 ou preenchido. O saldo final será recuperado do registro K155/K156.

Registro P150: Demonstrativo do Resultado do Exercício

Apresenta a apuração da demonstração do resultado do exercício. Os valores serão recuperados com base nos
registros J051, K355 e K356 se 0010. TIP_ESC_PRE for igual a “C” (contábil) e calculados pela própria ECF.

Atenção: Caso 0010. TIP_ESC_PRE for igual a “L” (livro caixa), este registro não será preenchido.

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Registro P200: Apuração da Base de Cálculo do Lucro Presumido

Apresenta a apuração da base de cálculo do lucro presumido.

Observação: Os valores informados neste registro devem considerar os ajustes específicos da Lei no
12.973/2014

Registro P300: Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Presumido

Este registro é habilitado para a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, optante ou não pelo
Refis.

Registro P400: Apuração da Base de Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou a CSLL com base no lucro presumido, em um
ou mais trimestres do ano-calendário, inclusive se optante pelo Refis.

Registro P500: Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

Este registro deve ser preenchido pela pessoa jurídica que apurou a CSLL com base no lucro presumido, em um
ou mais trimestres do ano-calendário, inclusive se optante pelo Refis.

13.2 Bloco Q – Demonstrativo de Livro Caixa

O demonstrativo do Livro Caixa, previsto no BLOCO Q da ECF, é destinado para as pessoas jurídicas tributadas
com base no Lucro Presumido que se utilizem da prerrogativa prevista no parágrafo único do art. 45 da Lei nº
8.981/1995, e cuja receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), ou
proporcionalmente ao período a que se refere.

O Bloco Q (Livro Caixa) deve ser preenchido quando o registro 0010.TIP_ESC_PRE for igual a "L" (livro Caixa) da
pessoa jurídica.

No Livro Caixa são registrados todos os recebimentos e pagamentos em dinheiro, lançados de forma
cronológica (dia, mês e ano). O Livro Caixa se destina ao controle dos lançamentos exclusivos de entrada e
saída, da conta Caixa da empresa.

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O Bloco Q é formado por 03 registros:

O demonstrativo do Livro Caixa deverá conter todos os registros constantes no Livro Caixa da pessoa jurídica.
Não haverá edição deste registro no programa da ECF.

Somente será possível importar um arquivo da ECF já com os dados do Livro Caixa.

14. ECF LUCRO ARBITRADO

Pessoa Jurídica Tributada com Base no Lucro Arbitrado

O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela
autoridade tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica
deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o
caso.

O arbitramento é aplicado nos seguintes casos:

a) a pessoa jurídica, obrigada à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, ou que a
escrituração mantida contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para determinar o lucro
real ou, ainda, revelar evidentes indícios de fraude;

b) a pessoa jurídica deixar de apresentar à autoridade tributária, quando solicitado, os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal ou o Livro Caixa com toda a movimentação financeira e não manter em boa
ordem o Livro Razão utilizado para resumir e totalizar por os lançamentos efetuados no Livro Diário;

c) o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, estando obrigada à
tributação com base no lucro real;

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As pessoas jurídicas que apuram os tributos com base no Lucro Arbitrado devem preencher na ECF os
seguintes registros:

O Bloco T é composto por:

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15. ECF IMUNES E ISENTAS

São Pessoa Jurídica Imune:

 os templos de qualquer culto (CF/1988, art. 150, VI, "b");

 os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais de trabalhadores, sem fins
lucrativos (CF/88, art. 150, VI, "c"), desde que observado o disposto no art. 169 do Decreto nº
3.000/99.

Pessoa Jurídica Isenta:

Consideram-se isentas do imposto sobre a renda as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e
científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem
à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (Lei nº 9.532, de 1997).

As pessoas jurídicas nas posições de Imunes ou Isentas, devem preencher na ECF os seguintes registros:

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As Imunes ou Isentas (desobrigadas do IRPJ e da CSLL) e que não estejam obrigadas a entregar a ECD deverão
preencher os seguintes registros:

Registro 0000: Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Pessoa Jurídica


Registro 0010: Parâmetros de Tributação
Registro 0020: Parâmetros Complementares
Registro 0030: Dados Cadastrais
Registro 0930: Identificação dos Signatários da ECF
Registro X390: Origem e Aplicações de Recursos - Imunes e Isentas
Registro Y612: Identificação e Rendimentos de Dirigentes, Conselheiros, Sócios ou Titular.

As imunes/isentas (desobrigadas do IRPJ e da CSLL) e que estejam obrigadas a entregar a ECD, além dos
registros acima, também preencherão os Blocos C, E, J, K e U (esses blocos serão preenchidos pelo sistema por
meio da recuperação dos dados da ECD).

16. BLOCO V: DECLARAÇÃO DEREX E BLOCO W: DECLARAÇÃO PAÍS-A-PAÍS

16.1 Bloco V: Declaração DEREX

A Instrução Normativa nº 726/2007 , instituiu a Declaração sobre a Utilização dos Recursos em Moeda
Estrangeira Decorrentes do Recebimento de Exportações (Derex).

As pessoas físicas e jurídicas exportadoras deverão informar anualmente à Receita Federal a origem e a
utilização dos recursos movimentados no exterior durante o ano-calendário imediatamente anterior.

A declaração compreende os recursos relativos ao recebimento de exportações não ingressados no Brasil, as


operações simultâneas de compra e venda de moeda estrangeira, contratadas na forma da Lei nº 11.371/2006
, e os rendimentos auferidos no exterior decorrentes da utilização dos recursos mantidos fora do País.

Quem está obrigado a apresentar a Declaração sobre a Utilização dos Recursos em Moeda Estrangeira
Decorrentes do Recebimento de Exportações (DEREX)?

R.: A apresentação da DEREX é obrigatória para as pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no
Brasil, que mantiverem no exterior recursos em moeda estrangeira na forma do art. 1º da Lei nº 11.371/2006.

Quais dados devem ser informados na Derex?

R.: A DEREX deve conter informações sobre a origem e a utilização dos recursos relativos ao recebimento de
exportações não ingressados no Brasil, às operações simultâneas de compra e venda de moeda estrangeira,
contratadas na forma prevista no art. 2º da Lei nº 11.371/2006, e aos rendimentos auferidos no exterior
decorrentes da utilização dos recursos mantidos fora do País.

As informações deverão ser segregadas, mês a mês, por país, moeda e instituição financeira.

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16.2 Bloco W - Relatório País-a-País

A Declaração País-a-País (DPP) foi instituída pela Instrução Normativa RFB 1.681/2016 , em cumprimento ao
compromisso acordado em âmbito internacional na Ação 131 do Projeto BEPS2, sigla em inglês para Base
Erosion and Profit Shifting (Erosão da Base Tributável e Transferência de Lucros), coordenado conjuntamente
pelos países-membros do G-20 e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A DPP consiste em um relatório anual por meio do qual grupos multinacionais deverão fornecer à
administração tributária da jurisdição de residência para fins tributários de seu controlador final diversas
informações e indicadores relacionados à localização de suas atividades, à alocação global de renda e aos
impostos pagos e devidos.

Também deverão ser identificadas todas as jurisdições nas quais os grupos multinacionais operam, bem como
todas as entidades integrantes do grupo (incluindo estabelecimentos permanentes) localizadas nessas
jurisdições e as atividades econômicas que desempenham.

Estão obrigados à entrega da DPP, grupos multinacionais cuja receita consolidada total no ano fiscal anterior
ao ano fiscal de declaração seja igual ou maior do que R$ 2.260.000.000,00 (ou 750 milhões de Euros, ou o
equivalente na moeda local da jurisdição de residência para fins tributários do controlador final do grupo,
tendo como data base para conversão 31 de janeiro de 2015).

Os demais grupos multinacionais estão dispensados do cumprimento da obrigação (art. 4º, IN 1.681/2016).

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17. INFORMAÇÕES ECONOMICAS E GERAIS

17.1 Bloco X - Informações Econômicas

No Bloco X da Escrituração Contábil Fiscal, a pessoa jurídica deve apresentar as informações econômicas
ocorridas durante o ano-calendário.

Registro X390: Origem e Aplicação de Recursos – Imunes e Isentas

Este registro deve ser preenchido pelas pessoas jurídicas imunes ou isentas do imposto de renda. Neste
registro, a pessoa jurídica discrimina a origem (receitas e demais entradas) e a aplicação

(despesas e demais saídas) dos recursos auferidos e despendidos durante o ano-calendário.

Discriminar os valores, em Reais, conforme melhor se enquadrarem entre os títulos apresentados, utilizando
as linhas X390/7 (Outros Recursos) e X390/15 (Outras Despesas) somente em caso de impossibilidade de
melhor classificação.

17.2 Bloco Y - Informações Gerais

São declaradas as informações gerais ocorridas com a pessoa jurídica, tais como:

1. de pessoas jurídicas que receberam ou pagaram, creditaram, entregaram, empregaram ou remeteram


durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior ou de
não residentes;
2. de pessoas jurídicas que efetuaram vendas a empresas comerciais exportadoras com o fim específico
de exportação no ano-calendário, ou que compraram produtos com o fim específico de exportação ou
exportaram produtos adquiridos com esta finalidade;
3. que, durante o ano-calendário, efetuou doações a candidatos, comitês financeiros e partidos políticos,
ainda que na forma de fornecimento de mercadorias ou prestação de serviços para campanhas
eleitorais;

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4. domiciliada no Brasil que teve participações avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, no
período de apuração, em capital de pessoa jurídica domiciliada no Brasil ou no exterior;
5. outras informações da empresa que apurou o Imposto de Renda com base no lucro presumido.

No Bloco Y , a pessoa jurídica deve apresentar as informações ocorridas no ano-calendário.

Registro Y540: Discriminação da Receita de Vendas por Atividade Econômica

Este registro será habilitado para todas as pessoas jurídicas, para discriminação da receita de vendas dos
estabelecimentos por atividade econômica, quando for o caso.

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Registro Y720: Informações de Períodos Anteriores

Este registro é obrigatório por ocasião da entrega da escrituração em atraso. Caso contrário o seu
preenchimento é opcional. A obrigatoriedade será verificada na hora da transmissão.

18. PROGRAMA GERADOR DA ESCRITURAÇÃO

A empresa deverá gerar o arquivo da ECF com recursos próprios, o qual será obrigatoriamente submetido ao
PVA - Programa Validador e Assinador da ECF para validação, assinatura digital, transmissão e visualização.

(Este é um exemplo de arquivo texto gerado para importação no PGE da ECF)

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19. PERGUNTAS FREQUENTES

1. PESSOA JURÍDICA INAPTA

Pessoa Jurídica na situação cadastral inapta é aquela omissa de declarações e demonstrativos, e que, estando
obrigada, deixar de apresentar, em 2 exercícios consecutivos, qualquer das declarações a seguir:

No entanto, vale lembrar que a entidade que, estando obrigada, não tiver apresentado, por 5 ou mais
exercícios, nenhuma das declarações e demonstrativos supramencionados e que, embora intimada por
edital, não tiver regularizado sua situação no prazo de 60 dias contados da publicação da intimação, pode ser
baixada de ofício a inscrição no CNPJ.

Fonte: Instrução Normativa RFB nº 1.895/2019

2. LANÇAMENTOS EXTEMPORÂNEOS NA ECD E SEUS REFLEXOS NA ECF

A partir do leiaute 7 da ECD (ano-calendário 2018 e situações especiais de 2019), foi criado, no Registro I200,
os lançamentos do tipo “X” (lançamentos extemporâneos), que abrangem, entre outros, os lançamentos
previstos nos itens 31 a 36 da Interpretação Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) - Escrituração Contábil.

De acordo com o art. 6º-C da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, no caso de lançamentos extemporâneos
em ECD que alterem a base de cálculo do IRPJ ou da CSLL da ECF de ano-calendário anterior, a pessoa jurídica
deverá efetuar o ajuste por meio da apresentação de ECF retificadora relativa ao respectivo ano-calendário,
mediante adições ou exclusões ao lucro líquido. Para isso, foram criadas linhas específicas nos registros M300
e M350.

3. RECUPERAÇÃO DE ECD COM ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO DIFERENTE DOS ENCERRAMENTOS DA ECF

Os encerramentos do exercício na ECF seguem o período de apuração do tributo. Por exemplo, se a empresa é
do lucro presumido, os encerramentos do exercício da ECF serão trimestrais.

Caso a ECD recuperada tenha encerramento diferente (por exemplo, a ECD recuperada tenha apenas um
encerramento anual), no momento da validação no programa da ECF, poderá aparecer uma mensagem de
advertência, com o valor da diferença entre os saldos finais credores e os saldos iniciais credores. Nesse caso,
a pessoa jurídica poderá ajustar os saldos por meio de alteração no registro K155 (alteração de saldo de uma
ou mais contas).

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

Também há a opção de criar uma nova conta do plano de contas da pessoa jurídica (J050) para fazer o ajuste.
Contudo, neste caso, também será necessário fazer o mapeamento desse conta para o plano de contas
referencial (J051).

4. MUDANÇA DE CONTADOR NO PERÍODO

Não é possível transmitir duas ou mais ECF no caso de mudança de contador no período. A ECF deve ser
transmitida em arquivo único, a menos que ocorra alguma das situações especiais previstas no Registro 0000.

Caso a entidade tenha que recuperar os dados da ECD, devem ser recuperados os dois arquivos da ECD
transmitidos (um para cada contador). Contudo, para que a ECF recupere os dados corretamente é necessário
que os saldos finais das contas que aparecem no primeiro arquivo (primeiro contador) sejam iguais aos saldos
iniciais dessas mesmas contas que aparecem no segundo arquivo (segundo contador).

Se isso não ocorrer, a ECF recuperará somente os dados do segundo arquivo e os ajustes necessários deverão
ser realizados na própria ECF ou na ECD, por meio de substituição.

5. TRANSFORMAÇÃO

A transformação não é um evento que represente interrupção do período para cálculo dos tributos.
Portanto, as opções “Resultante de Transformação” (Código 3 do 0000.IND_SIT_INI_PER) e “Transformação”
(Código 7 do 0000.SIT_ESPECIAL) foram excluídas do registro 0000.

Exemplo: No caso de transformação no período (por exemplo: a empresa passa de Ltda. para S.A.), a ECF deve
ser transmitida em arquivo único para todo o período. Portanto, se não houve situação especial e nem
abertura ou início de obrigatoriedade no período, os campos 0000.IND_SIT_INI_PER e 0000.SIT_ESPECIAL
serão preenchidos da seguinte forma:

0000.IND_SIT_INI_PER: 0 – Regular (Início no primeiro dia do ano).

0000.SIT_ESPECIAL: 0 – Normal (Sem ocorrência de situação especial ou evento).

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20. QUADRO SINOTICO

Apresentamos neste capitulo um Quadro Sinótico com um resumo dos principais tópicos do curso de
Escrituração Contábil Fiscal - ECF. Lembrando que na ECF, são informadas todas as operações inerentes e que
influenciem na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição
Social sobre o Lucro (CSL). Tais informações são submetidas à validação do Programa Validador e Autenticador
(PVA) da ECF, que são geradas a partir do leiaute definido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB),
órgão responsável pela aprovação e divulgação do Manual de Orientação do Leiaute da ECF.

Relacionamos, no quadro a seguir, as principais informações que envolvem a pessoa jurídica tributada pelo
lucro real em relação à ECF:

São obrigadas ao preenchimento da ECF, de forma centralizada pela matriz, todas as


Obrigatoriedade pessoas jurídicas e equiparadas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo
lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido.

A ECF deve ser transmitida anualmente ao Sped até as 23h59min59s, horário de Brasília,
Prazo de entrega do último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a
escrituração.

A ECF deve ser assinada digitalmente mediante certificado (do tipo A1 ou A3) emitido por
entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de
Assinatura digital
garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento
digital.

De acordo com as informações do registro 0930 da ECF em relação à assinatura com o


procurador, o contador pode assinar a ECF como contador e como procurador. Para
assinar como procurador, é necessário que a procuração eletrônica esteja cadastrada no e-
CAC.
Procuração Importante ressaltar que o serviço ECF ou a opção para todos os serviços devem estar
eletrônica explicitamente habilitados na procuração eletrônica. Para o preenchimento do registro
0930, as duas linhas conterão os dados do contador (Nome e CPF, conforme e-CPF do
contador). Uma linha será com a qualificação "Contabilista" e a outra, com a qualificação
"Procurador".

A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o IRPJ pela sistemática do
lucro real, nos prazos fixados ou a sua apresentação com incorreções ou omissões,
Penalidades acarretará a aplicação, ao infrator, das seguintes multas:
a) equivalente a 0,25%, por mês-calendário ou fração, do lucro líquido antes do IRPJ e da
CSLL, no período a que se refere a apuração, limitada a 10% relativamente às pessoas
jurídicas que deixarem de apresentar ou apresentarem em atraso o livro, observando-se,
ainda, o limite de:

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

a.1) R$ 100.000,00, para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem


auferido receita bruta total igual ou inferior a R$ 3.600.000,00;
a.2) R$ 5.000.000,00, para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese de
que trata a letra "a.1";
b) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor omitido, inexato ou incorreto.
Vale ressaltar que, na aplicação da multa prevista para os contribuintes tributados pelo
lucro real na forma supramencionada, quando não houver lucro líquido, antes do IRPJ e da
CSL, no período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizado o último
lucro líquido, antes do imposto e da contribuição informados, atualizado pela Taxa
Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), até o termo final de
encerramento do período a que se refere a escrituração.
Sem prejuízo das penalidades, aplica-se o arbitramento do lucro na forma do art. 47 da Lei
nº 8.981/1995 à pessoa jurídica que não escriturar a ECF de acordo com as disposições da
legislação tributária.

A retificação da ECF anteriormente entregue poderá ser realizada em até 5 anos e dar-se-á
mediante apresentação de nova ECF, independentemente de autorização pela autoridade
administrativa.
A ECF retificadora terá a mesma natureza da ECF retificada, substituindo-a integralmente
para todos os fins e direitos, e passará a ser a ativa na base de dados do Sped.
Não será admitida retificação de ECF que tenha por objetivo mudança do regime de
tributação, salvo para fins de adoção do lucro arbitrado, nos casos determinados pela
legislação.
Caso a ECF retificadora altere os saldos das contas da parte B do e-Lalur ou do e-Lacs, a
pessoa jurídica deverá verificar a necessidade de retificar as ECF dos anos-calendário
posteriores.
A pessoa jurídica deverá entregar a ECF retificadora sempre que apresentar ECD substituta
alterando contas ou saldos contábeis recuperados na ECF ativa na base de dados do Sped.
Retificação
No caso de lançamentos extemporâneos em ECD que alterem a base de cálculo do IRPJ ou
da CSL da ECF de ano calendário anterior, a pessoa jurídica deverá efetuar o ajuste
apresentando ECF retificadora relativa ao respectivo ano-calendário, mediante adições ou
exclusões ao lucro líquido, ainda que a ECD recuperada na ECF retificada não tenha sido
alterada.
A pessoa jurídica que entregar ECF retificadora alterando valores de apuração do IRPJ ou
da CSL que haviam sido informados na Declaração de Débitos e Créditos de Tributos
Federais (DCTF) deverá apresentar a DCTF retificadora, seguindo suas normas específicas.
Para retificação da ECF, é necessário que o campo 12 do registro 0000
(0000.RETIFICADORA) deve estar preenchido com "S" (ECF Retificadora).
No programa em edição, janela de "Dados Iniciais", "0000 - Identificação da Entidade",
alterar o campo "Escrituração Retificadora?" para a opção "ECF Retificadora". Nesse caso,
será exigido informar o "Número do Recibo Anterior" (número do recibo da ECF que está
sendo retificada).

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL - ECF

20. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CPC. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento técnico CPC 13. Adoção Inicial da Lei no
11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08. Brasília, 2008. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_13.pdf>.

BRASIL. Regulamento do Imposto de Renda. Física e jurídica – Decreto no. 9.580 de 26/11/2018. Acesso em:
12.mar. 2018

Resolução CFC nº 1.255/2009, que aprovou a NBC TG 1000, que disciplina a Contabilidade para as Pequenas e
Médias empresas;

Resolução CFC nº 1.299/2010, que aprovou o Comunicado Técnico CTG 2001 que define as formalidades da
escrituração contábil em forma digital para fins de atendimento ao Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED).

BRASIL, Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Lex: Legislação Federal. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 20 mar. 2017.

BRASIL, Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Lex: Legislação Federal. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 20 mar. 2017.

BRASIL, Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2017.

BRASIL, Lei 11.941 de 27 de maio de 2009. Lex: Legislação Federal. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 20 mar. 2017.

BRASIL, Lei 12.249 de 11 de junho de 2010. Lex: Legislação Federal. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 20 mar. 2017.

BRASIL, Resolução CFC 1.700 de 14 de março de 2017. Dispõe sobre a determinação e o pagamento do
imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas e disciplina o
tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se refere às alterações introduzidas
pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Acesso em: 06 jul. 2017.

BRASIL, Instrução Normativa RFB n° 1.774 de 19 de dezembro de 2017. Dispõe sobre a Escrituração Contábil
Digital (ECD). Acesso em: 05 de mar. 2019.

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