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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 1
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
DO TERCEIRO
SETOR
• Estatuto Social
• Obrigações Legais
Apresentação
Devido ao crescimento das entidades sem fins lucrativas,
denominadas de Organizações do Terceiro Setor ou Organizações
da Sociedade Civil - OSC, e à extensão e importância das suas
atividades, torna-se necessário que sejam direcionados esforços
para uma eficiente organização administrativa, jurídica, contábil
e tributária.
Como em qualquer organização, os dirigentes e demais
membros que compõem os órgãos consultivos, operacionais
e fiscalizadores das OSC, necessitam estar atualizados e
capacitados para desempenhar suas funções, buscando alcançar
a sustentabilidade, a transparência, o controle, a economicidade,
a eficiência e a eficácia, que permitirão a capacitação de recursos,
a sobrevivência, e o crescimento dessas entidades.
Além de importante, essa capacitação é oportuna,
uma vez que a gestão de entidades sem fins lucrativos
frequentemente recebe nova regulamentação, por meio de Leis,
Decretos, Portarias, e Instruções Normativas oriundas das três
esferas da administração pública.
O curso visa apresentar informações técnicas e legais
com o objetivo de sistematizar procedimentos, e capacitar
os membros da equipe gestora e operacional das entidades,
auxiliando-lhes a realizar, de forma correta e em obediência
à legislação vigente, todos os passos em busca de uma boa
gestão, tanto de recursos próprios, quanto daqueles recebidos
de terceiros.
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MÓDULO 1 - GESTÃO
Terceiro Setor, entre todas as expressões em uso, é o
termo que vem encontrando maior aceitação para designar
o conjunto de iniciativas provenientes da sociedade. No
Brasil, a expressão divide o palco com uma dezena de outros:
não governamental, sociedade civil, sem fins lucrativos,
filantrópicas, sociais, solidárias, independentes, caridosas, de
base, associativas, etc.
As entidades do Terceiro Setor são voltadas à
realização de finalidades culturais, sociais, religiosas,
recreativas, ambientais, etc., cuja existência legal surge com a
inscrição do estatuto social no cartório de registro de títulos
e documentos. O estatuto constitui-se como um documento
formal, onde consta o conjunto de regras básicas que norteiam
e disciplinam a vida em comum e as atividades.
Essas entidades são uma pessoa jurídica de direito
privado, pois ela possui autonomia para exercer direitos e
adquirir obrigações. A definição de Pessoa Jurídica, embora
não encontrada explicitamente no Código Civil, pode ser
estabelecido como uma entidade a que atua com personalidade
distinta da dos membros que a criaram, mas que combinam
seus esforços e recursos para atingir os objetivos traçados.
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mercado ou ficando próximas às atribuições do Estado.
Essas organizações também possuem duas
características exclusivas que as diferem das demais; não
distribuem lucro, como fazem as organizações pertencentes
ao setor privado e nem estão sujeitas ao controle estatal,
como as organizações do setor público.
Assim, ao comparar as entidades com os outros tipos
de organizações são consideradas como características mais
particulares do Terceiro Setor, o fato de serem:
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Naturezas Jurídicas
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as Associações, as Fundações de um objetivo comum, sem
e as Organizações Religiosas interesse de dividir resultado
que realiza, atividades sociais financeiro entre elas. Toda a
são consideradas como renda proveniente de suas
entidades do Terceiro Setor. atividades deve ser revertida
para os seus objetivos
Associações estatutários.
É importante ressaltar
O Código Civil define que, embora os fins das
associações como a união de associações não sejam de
pessoas que se organizam ordem econômica, elas não
para fins não econômicos estão proibidas de realizar
(art. 53). E a Constituição atividades geradoras de
Federal garante o direito à receita, visto que não há
livre associação, mas proíbe vedação legal ao desempenho
o exercício de determinadas de tais atividades, desde que
atividades descritas em lei, as mesmas se caracterizem
tais como as atividades de como meios para atendimento
caráter paramilitar. de seus fins. Por isso, elas
Assim, as associações não perdem a categoria
constituem um agrupamento de associação mesmo que
de pessoas, com uma realize negócios para manter
finalidade comum que ou aumentar seu patrimônio,
perseguem a defesa de desde que não propicie lucro
determinados interesses, sem aos associados.
ter o lucro como objetivo. Para tanto, as
Portanto, são pessoas atividades econômicas
jurídicas de direito privado, desenvolvidas devem estar
sem fins econômicos ou previstas expressamente em
lucrativos, que se formam pela seus estatutos, bem como
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Fundações
• Assistência social;
• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico;
• Educação;
• Saúde;
• Segurança alimentar e nutricional;
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento sustentável;
• Pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias
alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
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humanos;
• Atividades religiosas.
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Quanto à A prestação de contas é A prestação de contas é
Prestação de apresentada à Assembleia apresentada ao Conselho
Contas Geral e aos demais Deliberativo, e ao Ministério
associados. Público através do Sistema de
Cadastro e Prestação de Contas
– SICAP
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Estatuto Social
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forma de agir e de gerir a instituição, é de suma importância
que além das exigências legais acima descritas, sejam também
incluídas outras normas ou regras que regulem a convivência
daqueles que compõem a entidade, como:
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em vigor, ou a ser elaborado, responde aos principais
questionamentos, os quais geralmente só são identificados
durante a gestão da entidade:
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Renovação da Diretoria
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• Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições
Federais (Receita Federal e INSS);
• Certidão Negativa de Débitos Estaduais;
• Certidão Negativa de Débitos Municipais;
• Certidão Negativa de Débitos com o FGTS;
• Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.
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Qualificações
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nº 3.100/99, especifica quais os tipos de entidade que não
podem ser qualificadas como OSCIP. Desta forma, não poderão
receber a qualificação:
• As sociedades comerciais;
• Os sindicatos, as associações de classe ou de representação
de categoria profissional;
• As instituições religiosas ou voltadas para a disseminação
de credos, cultos, práticas e visões devocionais e
confessionais;
• As organizações partidárias e assemelhadas, inclusive
suas fundações;
• As entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar
bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou
sócios;
• As entidades e empresas que comercializam planos de
saúde e assemelhados;
• As instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas
mantenedoras;
• As escolas privadas dedicadas ao ensino formal não
gratuito e suas mantenedoras;
• As organizações sociais;
• As cooperativas;
• As fundações públicas;
• As fundações, sociedades civis ou associações de direito
privado criadas por órgão público ou por fundações
públicas;
• As organizações creditícias que tenham quaisquer tipos
de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se
refere o art. 192 da Constituição Federal.
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disponibilização e a implementação de tecnologias
voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de
transporte.
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Títulos
Certificações
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assistência social, bem como as que atuam na defesa e
garantia de direitos.
CEBAS EDUCAÇÃO
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CEBAS SAÚDE
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• Ações de habilitação e reabilitação das pessoas com
deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
• Garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família.
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efeito de negativa de débitos relativos aos tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS;
• Mantenha escrituração contábil regular que registre as
receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade
de forma segregada, em consonância com as normas
emanadas do Conselho Federal de Contabilidade;
• Não distribua resultados, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer
forma ou pretexto;
• Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos,
contado da data da emissão, os documentos que
comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os
relativos a atos ou operações realizadas que impliquem
modificação da situação patrimonial;
• Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na
legislação tributária;
• Apresente as demonstrações contábeis e financeiras
devidamente auditadas por auditor independente
legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de
Contabilidade quando a receita bruta anual auferida for
superior ao limite fixado pela Lei Complementar no 123,
de 14 de dezembro de 2006.
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GESTÃO ADMINISTRATIVA
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Responsabilidade dos Administradores
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há inúmeras decisões da Justiça do Trabalho neste sentido,
desconstituindo a personalidade jurídica da entidade, e
atribuindo aos dirigentes a responsabilidade pelo pagamento
das obrigações trabalhistas assumidas em nome da
organização.
É importante ressaltar que nem sempre os responsáveis
são aqueles associados que estão na linha de frente. Ao
administrador, assim considerado aquele que possa ser
reconhecido como dirigente ou representante legal (mesmo
que contratado para administrar), podem ser reconhecidas as
responsabilidades das quais estamos nos referindo.
Desta forma, é de grande valia estar sempre atento
às contas da entidade, às relações trabalhistas e fiscais e
fazer sempre a avaliação da entidade por meio dos controles
internos, verificando a possibilidade de existência de riscos
para a instituição e dirigentes, e corrigindo-os, o que é
extremamente importante.
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Função Fiscalizadora
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consideradas, entre outras, nos trabalhos dos conselheiros:
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das demonstrações financeiras, receba com antecedência
adequada as respectivas minutas, para que possa garantir a
todos os tipos de usuários informações completas e confiáveis
sobre a situação financeira e os resultados da entidade.
O ideal é que o CF possa se manifestar antes da
versão definitiva do relatório de administração, com vistas
à possibilidade de sugerir modificações ou inserções
de conteúdo ou forma. Se o CF não tiver os elementos
indispensáveis para sua opinião, sugere-se requerer tempo
para tal.
É recomendável que a opinião do CF sobre as
demonstrações financeiras do exercício e o relatório anual
da administração sejam precedidos de reunião com a
contabilidade, e os auditores independentes conforme o caso,
de preferência sem a presença dos executivos, para discussão
dos principais pontos relativos às finanças e contabilidade.
Planejamento
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Controle
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tem a desempenhar nas entidades sem fins lucrativos,
pois possibilita o acompanhamento contínuo das ações
desenvolvidas, de modo a monitorar conjuntamente a relação
entre a aplicação de recursos e o atingimento dos resultados
pretendidos. Os Planos de Ação e o Orçamento, além de
serem utilizados no planejamento, também são ferramentas
de controle, visto que permitem realizar o acompanhamento
entre o que foi previsto, e o que está sendo realizado.
Não é obrigatório que as entidades tenham estruturada
uma área de controladoria. O que é imprescindível é que
utilize as ferramentas e técnicas de controle. Desta forma, as
funções de controle podem ser exercidas ao mesmo tempo
por um outro gestor de outra área, mas nunca serem deixadas
de lado no processo de gestão organizacional.
No entanto, para que seja possível realizar as atividades
de controle na organização, inicialmente é necessário que o(s)
responsável(is) por esta atribuição tenha:
• Conhecimento da legislação;
• Conhecimento dos fins da instituição;
• Conhecimento de contabilidade;
• Capacidade de se manter atualizado em sua área de
atuação;
• Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares.
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organização. Assim, o controle tem por objetivo assinalar as
faltas e os erros a fim de que se possa repará-los e evitar sua
repetição.
Portanto, o controle interno é o conjunto de recursos,
métodos e processos adotados pela entidade, com a finalidade
de:
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Controles Administrativos
• Possui organograma, ou detalhamento das atribuições por
área ou departamento?
• Possui regimento Interno?
• Possui manual de normas e procedimentos?
• Possui regulamento de compras e contratações?
• Utiliza a segregação de funções?
• Realiza o rodízio de atividades entre os colaboradores?
• Realiza controle de utilização de material em estoque?
• Realiza inventário de material em estoque?
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Controles Orçamentários
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• Elabora Orçamento?
• Realiza estimativa de receitas?
• Realiza previsão de despesas?
• Realiza o acompanhamento orçamentário?
• Registra e analisa as distorções entre o previsto e o
realizado?
• Realiza remanejamentos para a atualização do orçamento?
Controles Financeiros
• Faz controle periódico do saldo das contas bancárias?
• Realiza conciliações bancárias?
• Faz controle de caixa e de Fundo Fixo?
• Possui controle das Contas a Pagar?
• Possui controle das Contas a Receber?
• Elabora o relatório de Fluxo de Caixa (Financeiro)?
Controles Contábeis
• Atende às normas gerais e específicas para a Contabilidade?
• Utiliza centros de custos para a segregação dos recursos
próprios e de projetos?
• Contabiliza as doações, gratuidades e benefícios (isenções,
trabalho voluntário)?
• Elabora Notas Explicativas detalhadas?
Controles Tributários
• Atende aos requisitos para imunidade e isenção?
• Realiza as retenções na fonte?
• Realiza os recolhimentos nos prazos previstos?
• Apresenta as declarações obrigatórias?
• Acompanha as alterações na legislação?
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Controles Patrimoniais
• Realiza registro patrimonial dos bens?
• Controla a saída de bens?
• Controla a localização dos bens?
• Calcula as depreciações e amortizações com base na
legislação vigente?
• Realiza reavaliação patrimonial?
• Realiza inventário patrimonial?
Controles Trabalhistas
• Controla a gestão de prestadores de serviço?
• Observa a legislação específica para a adesão de voluntários?
• Observa a legislação específica para a contratação de
estagiários?
• Possui definição e atribuições dos cargos?
• Cumpre as obrigações trabalhistas, sociais e fiscais?
• Possui controle do passivo trabalhista?
Transparência
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beneficiários, doadores e financiadores.
Nas organizações do Terceiro Setor, durante muito
tempo, foi considerada apenas a prestação de contas formal,
em vista da comprovação dos gastos, deixando a contrapartida
da efetividade das ações por conta de cada um que prestasse
serviço. Hoje, entretanto, isto não é mais possível. Sabendo de
sua importância, a sociedade, o voluntário, o doador eventual
de recursos, o financiador, o governo, querem saber sobre as
atividades realizadas pela entidade.
Desta forma, quanto mais transparente a entidade,
maior será a sua perpetuação e capacidade de transformação.
É verdade que quando uma instituição se propõe a
prestar contas de maneira transparente e eficiente para seus
diversos interessados se depara com a falta de exemplos
e incentivos no setor, e com os parceiros que esperam e
precisam compreendê-la, mas não definem quais tipos de
informação desejam.
Assim, deve partir da própria instituição levantar as
técnicas necessárias e quais são as principais informações
demandadas para que consiga atender a essa necessidade de
demonstrar transparência em suas ações.
Algo transparente é aquilo que pode ser compreendido
com o simples olhar, mesmo que não meticuloso. Então, seria
um contrassenso ao conceito de transparência alguém ter que
perguntar, questionar, realizar uma investigação, para saber o
que acontece dentro de entidade que possui fins sociais.
Transparência deve ser característica inerente, e
divulgada por iniciativa de uma instituição que pretende ter
representatividade pública e atuar no Terceiro Setor.
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Compliance é uma das expressões mais utilizadas
na atualidade, principalmente por causa da situação de
desconfiança e corrupção que vem assolando o nosso país
nos últimos anos.
A palavra vem do verbo inglês To Comply, que apesar
de não possuir uma tradução exata para o português, significa
conformidade ou integridade. Seria agir de forma ética e
honesta, com base na moral, e de acordo com as normas e
regulamentos. Engloba ainda o ato de cumprir e fazer cumprir
as regras, sejam elas internas ou externas.
Portanto, o Compliance tem a ver com a construção
de uma cultura organizacional ética, tendo como principais
objetivos evitar a ocorrência de erros, fraudes e corrupção,
além de garantir a eficiência, a eficácia e a confiabilidade da
instituição.
A implementação do Compliance em uma organização
depende incialmente do comportamento ético das pessoas
que nela atuam, envolvendo todos os colaboradores, e
principalmente aquelas pessoas que ocupam os cargos de
gestão e tomam as decisões de maior impacto.
Verifica-se que o Compliance possui estreita relação
com as entidades sem fins lucrativos, as quais necessitam a
todo tempo demonstrar e comprovar ética, confiabilidade,
transparência, integridade e conformidade nas suas ações
sociais, principalmente quando atuam utilizando recursos
recebidos de terceiros, sejam eles doados por pessoas
físicas e jurídicas, ou através de financiamento de projetos e
atividades por parte da administração pública.
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drogas preocupado com o impacto causado pelo “produto”
que comercializa? Até que ponto seria interessante para a
imagem de uma OSC receber recursos de emenda parlamentar
indicada por um político investigado por corrupção?
Para atuar com integridade e em conformidade com as
regras estabelecidas, é de suma importância que as instituições
possuam controles internos eficientes a fim de garantir que
seus processos sejam realizados de forma correta. E para seu
corpo funcional, seria muito importante apresentar um código
de conduta, deixando claras as regras comportamentais éticas
que todos, sem exceção, devem conhecer e praticar.
Além de criar, estimular, e acolher denúncias
sobre comportamentos que venham de encontro à ética
organizacional, à moral, e às leis, o mais importante é filtrar
e apurar tais denúncias, a fim de coibir a ocorrência de erros,
fraudes, e principalmente a corrupção dentro da organização,
que pode arranhar sua reputação e gerar perda de
confiabilidade perante seu público, doadores e financiadores.
Vale ressaltar que o Distrito Federal (Lei nº 6.112/18)
e o Estado do Rio de Janeiro (7.753/17) já possuem legislação
exigindo que entidades sem fins lucrativos tenham programas
de Compliance implantados para que possam celebrar
parcerias com a administração pública, quando os valores a
serem repassados sejam superiores respectivamente a R$
5.000.000,00 e R$ 650.000,00.
Por fim, é de fundamental relevância que áreas como
a contábil e jurídica trabalhem em conjunto para a melhor
identificação, interpretação, e análise sobre a aplicabilidade
dos diversos dispositivos legais que tenham impacto direto e
indireto nas organizações do terceiro setor.
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MÓDULO 1 - GESTÃO
implantação do programa é criar na instituição uma estrutura
capaz de garantir a integridade de suas ações ou, ao menos,
sinalizar rapidamente que algo está sendo feita de maneira
incorreta ou inconforme, permitindo que o problema seja
sanado de forma célere, para que a imagem institucional não
seja colocada em risco. Pois, como sabemos, não basta apenas
ter dirigentes honestos, também é preciso criar sistemas
eficazes para garantir legalidade e transparência, e que isso
possa ser percebido pela sociedade.
Por fim, não se pode deixar de mencionar
que, cumprindo sua função social de maneira ética e
comprometida, a instituição será diretamente beneficiada
ao atrair doadores e financiadores que adotam essa mesma
postura. Organizações que reconhecidamente prezam pela
integridade e transparência sempre irão buscar parceiros com
ideologia semelhante.
Ferramentas de Gestão
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Matriz SWOT
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MÓDULO 1 - GESTÃO
e não é influenciado por essa.
• Pontos Fortes são denominados de Oportunidades
(Opportunities)
• Pontos fracos - são denominados de Ameaças (Threats).
Figura 1
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Plano de Ação
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Ciclo PDCA
MÓDULO 1 - GESTÃO
Outra ferramenta de gestão bastante utilizada é o
método PDCA. Ciclo constante de quatro etapas (Planejamento,
Execução, Verificação e Atuação Corretiva) que viabiliza
o gerenciamento da informação, permitindo a criação e o
aprendizado, e difundindo a troca de experiências.
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Figura 2
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MÓDULO 1 - GESTÃO
claramente mensuradas e delimitadas quantitativa e
cronologicamente. Ainda, a execução dependerá também da
capacitação e qualificação da equipe, e do total entendimento
sobre o trabalho e tarefas a serem desenvolvidos.
Portanto, a aplicação do PDCA nas organizações
do Terceiro Setor, apesar das dificuldades que possam
ser encontradas, permitirá que essas entidades avancem
consideravelmente em termos de gestão. Com a utilização
deste ciclo passarão a ter uma maior organização, e será
possível controlar melhor suas atividades, acompanhando e
corrigindo possíveis desvios identificados.
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na legislação pertinente.
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MÓDULO 2
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
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• Imunidade
• Isenções Tributárias
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Imunidade
MÓDULO 2 - GESTÃO
A imunidade é uma garantia constitucional, ou seja,
é a proibição garantida constitucionalmente que impede os
poderes tributadores de instituir tributo em relação a certas
pessoas, entes ou em determinadas situações.
Assim, a imunidade é uma vedação imposta aos entes
políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios),
prevista na Constituição Federal, de tributar pessoas, atos
e fatos que se encontrem em condições especiais. Em vista
disso, com a imunidade tributária suprime-se a competência,
o poder de tributar. Neste caso, as pessoas, atos e fatos imunes
à tributação estão fora do campo de incidência, ou seja, não
podem ser tributadas, desde que preenchidos determinados
requisitos estabelecidos na Constituição Federal.
Essa proibição de tributar imposta ao Poder Público
é respaldada pelo fato de as atividades desenvolvidas por
determinadas entidades serem consideradas relevantes à
sociedade. Daí o legislador excluiu tais entidades do alcance
da competência conferida à União, aos Estados, Distrito
Federal e Municípios para instituir impostos.
A Constituição Federal, em seu art. 150, VI, “b” proíbe
a instituição de tributos sobre os templos de qualquer culto, e
através da alínea “c” indica as entidades imunes à tributação
de seu patrimônio, renda ou serviços. São elas:
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
Executivo federal (§ 4º, II).
A remuneração dos dirigentes estatutários deve
obedecer, ainda às seguintes condições:
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Sobre o Patrimônio:
De competência da União
• ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural que tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse
(inclusive por usufruto) de imóvel por natureza, localizado
fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada
ano.
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MÓDULO 2 - GESTÃO
imóvel localizada em zona urbana ou extensão urbana.
• ITBI – Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens
Imóveis que incide sobre operações de transmissão de
bens imóveis entre vivos “Inter Vivos”. Tem como fato
gerador a transmissão, a título oneroso, de propriedade,
domínio útil, direitos reais (com exceção das garantias)
sobre os bens imóveis.
Sobre a Renda:
De competência da União
• IR – Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer
natureza, que no caso das pessoas jurídicas, é o imposto
que incide sobre o lucro obtido, que pode ser apurado
pela modalidade de real, presumido ou arbitrado.
Sobre os Serviços:
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• II – Imposto de Importação;
• IE – Imposto de Exportação;
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras;
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
• ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
de transporte intermunicipal, interestadual e de comunicação,
no que diz respeito à circulação de mercadorias.
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Isenção
MÓDULO 2 - GESTÃO
É definida como um favor legal que a qualquer
momento pode ser retirado, visto que nela há o fato gerador,
ocorrendo mera dispensa do tributo devido.
A isenção é a desobrigação do pagamento de
determinado tributo, observados os requisitos legais. O tema
é regulado por legislação infraconstitucional do ente político
que tenha a competência para instituir determinado tributo.
A isenção se caracteriza como renúncia ou favor legal do
Estado, por isto, é definida como uma exclusão do crédito
tributário, onde o Poder Público deixa de fazê-lo por razões
específicas, já que existe a obrigação de pagar (fato gerador),
mas a autoridade, por algum motivo, isenta a instituição desse
pagamento.
Na isenção, o Estado pode, ou não, cobrar o tributo
em um determinado período, ou não fazê-lo em outro,
diferentemente da imunidade, que é perene e só pode ser
revogada ou modificada através de processo de emenda à
Constituição.
São diversas as formas e razões para a concessão da
isenção. Pode ser concedida de forma gratuita ou onerosa,
por tempo determinado ou indeterminado, pode abranger
todo o território do ente tributante ou beneficiar apenas
determinadas áreas, e ainda, pode incidir sobre vários
impostos ou apenas sobre um tributo específico. Todos
esses aspectos e condições estarão determinados na lei que
conceder a isenção e dependerá das finalidades que o Poder
Público concedente pretende atingir com a concessão deste
benefício.
11
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• Filantrópico,
• Recreativo,
• Cultural e científico,
• As associações civis que prestem serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do
grupo de pessoas a quem se destinam, sem fins lucrativos.
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MÓDULO 2 - GESTÃO
Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL)
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
O PIS foi criado pela Lei n° 7/1970 e constitui uma
contribuição parafiscal instituída com o intuito de promover a
integração do empregado na vida e no desenvolvimento das
empresas, que está fundamentado no art. 239 da Constituição
Federal (CF).
A situação de tributação correspondente ao PIS
encontra-se definida na Medida Provisória nº 2.128-35/01, e
na Lei nº 10.637/02.
Conforme o Art. 13 da MP nº 2.158-35/2001, não
há incidência das Contribuições ao PIS sobre as receitas
relativas às atividades próprias das entidades sem fins
lucrativos. Contudo, as entidades isentas estão sujeitas ao
recolhimento dessa contribuição na sua modalidade sobre a
folha de salários, à alíquota de 1% sobre o valor da folha de
pagamento mensal.
Em 2019 a Receita Federal do Brasil reconheceu que
as entidades beneficentes de assistência social (imunes)
que atenderem os requisitos legais (certificação e requisitos
do Art. 29 da Lei nº 12.101/09, e atendimento do Art. 14 do
Código Tributário Nacional – CTN) são imunes à Contribuição
para o PIS sobre a folha de salários e sobre suas receitas
(serviços e rendimentos de aplicação financeira) (SOLUÇÃO
DE CONSULTA COSIT Nº 243, DE 20 DE AGOSTO DE 2019, DOU
de 17/09/2019).
A Instrução Normativa RFB nº 1.911/19 dispõe que
as instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos (imunes) não são contribuintes da Contribuição
para o PIS/Pasep incidente sobre a receita ou o faturamento.
(Art. 121)
15
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
aplicando a alíquota é de 7,6%.
A Lei nº 10.833/03 (Art. 10) ratifica que permanecem
inalteradas as condições para contribuição para a COFINS,
com relação às pessoas jurídicas imunes a impostos.
Portanto, quanto à tributação das entidades sem fins
lucrativos com relação às contribuições, as Leis nº 10.637/02,
nº 10.833/03, e a MP nº 2.158-35/01 determinam para
entidades isentas a contribuição para o PIS com base na folha
de pagamentos (à alíquota de 1%), e a isenção da COFINS
sobre suas receitas próprias.
17
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS;
• Manter escrituração contábil que regule ou que registre as
receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade
de forma segregada, em consonância com as normas
emanadas do Conselho Federal de Contabilidade;
• Não distribuir resultados, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer
forma ou pretexto;
• Conservar em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos,
contados da data da emissão, os documentos que
comprovem origem e aplicação de recursos e os relativos
a atos/operações realizadas que impliquem a modificação
da situação patrimonial;
• Cumprir as obrigações acessórias estabelecidas na
legislação tributária;
• Apresentar demonstrações contábeis e financeiras
devidamente auditadas por auditor independente,
legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de
Contabilidade, quando a receita bruta anual auferida for
superior ao limite fixado pela Lei Complementar nº 123,
de 14 de dezembro de 2006.
19
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
Organizações do Terceiro Setor
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial
23
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
físicas (empregados e prestadores de serviços), e pela EFD-
Reinf, com relação a retenções previdenciárias ocorridas nas
relações com pessoas jurídicas.
Após a apuração das contribuições com base nas
informações transmitidas pela EFD-Reinf e eSocial, a
aplicação ficará habilitada para que o contribuinte possa fazer
a transmissão da declaração e a emissão do DARF numerado
para recolhimento, em substituição à Guia da Previdência
Social – GPS.
25
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
instituições sem fins lucrativos a Pessoas Jurídicas
Imposto de Renda – IR
Pessoa Jurídica
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Fato Gerador
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• Arquitetura;
MÓDULO 2 - GESTÃO
• Assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de
assistência técnica prestado a terceiros e concernente a
ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador
do serviço);
• Assistência social;
• Auditoria;
• Avaliação e perícia;
• Biologia e biomedicina;
• Cálculo em geral;
• Consultoria;
• Contabilidade;
• Desenho técnico;
• Economia;
• Elaboração de projetos;
• Engenharia (exceto construção de estradas, pontes,
prédios e obras assemelhadas);
• Ensino e treinamento;
• Estatística;
• Fisioterapia;
• Fonoaudiologia;
• Geologia;
• Leilão;
• Medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de
sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso
sob orientação médica, hospital e pronto-socorro);
• Nutricionismo e dietética;
• Odontologia;
• Organização de feiras de amostras, congressos, seminários,
simpósios e congêneres;
• Pesquisa em geral;
29
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• Planejamento;
• Programação;
• Prótese;
• Psicologia e psicanálise;
• Química;
• Radiologia e radioterapia;
• Relações públicas;
• Serviço de despachante;
• Terapêutica ocupacional;
• Tradução ou interpretação comercial;
• Urbanismo;
• Veterinária.
• Limpeza,
• Conservação,
• Segurança,
• Vigilância,
• Por locação de mão-de-obra.
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DE ENSINO E PESQUISA
Periodicidade: Mensal
MÓDULO 2 - GESTÃO
Documento de Arrecadação: Os valores retidos deverão ser
recolhidos de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz
da pessoa jurídica, através de Documento de Arrecadação de
Receitas Federais – DARF, através dos códigos de receita:
Obrigações
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Infrações
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MÓDULO 2 - GESTÃO
• Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018 –
Regulamento do Imposto de Renda - RIR.
• • Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e suas
atualizações.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• limpeza,
• conservação,
• manutenção,
• segurança,
• vigilância,
• transporte de valores e locação de mão-de-obra,
• prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção e riscos,
• administração de contas a pagar e a receber,
• remuneração de serviços profissionais (listados no Art. 714,
Dec. 9.580/18, e relacionados na pág 17 deste módulo).
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
efetuados por (Art. 30, § 1º):
• Associações, inclusive entidades sindicais, federações,
confederações, centrais sindicais e serviços sociais
autônomos;
• Sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;
• Fundações de direito privado;
• Condomínios edilícios
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Obrigações
Observações
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
sobre o valor total da nota ou documento fiscal, no percentual
total de 4,65%.
A pessoa jurídica optante pelo Simples deverá
apresentar à pessoa jurídica tomadora dos serviços declaração,
Anexo I da IN 459/04, em duas vias, assinadas pelo seu
representante legal.
Infrações
37
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 2 - GESTÃO
denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento,
sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer
outras que venham a ser utilizadas. (Art. 4º - LCP 116/03).
39
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado,
no caso dos serviços de fornecimento de mão-de-obra,
mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados
ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados
pelo prestador de serviço;
• da feira, exposição, congresso ou congênere a que se
referir o planejamento, organização e administração dos
referidos eventos;
• do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário,
ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços relativos
a tais atividades.
Observações
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Pessoa Jurídica
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MÓDULO 2 - GESTÃO
arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ
da empresa contratada (Art. 112).
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
valores devidos à empresa contratante, ainda que
executados periodicamente;
• Coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam
a busca, o transporte, a separação, o tratamento ou a
transformação de materiais inservíveis ou resultantes de
processos produtivos, exceto quando realizados com a
utilização de equipamentos tipo contêineres ou caçambas
estacionárias;
• Copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a
distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício;
• Hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede
em hotel, pousada, paciente em hospital, clínica ou em
outros estabelecimentos do gênero;
• Corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como
objetivo a interrupção ou a conexão do fornecimento
de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de
telecomunicações;
• Distribuição, que se constituam em entrega, em locais
predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas,
de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos,
de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros
produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a
vários contratantes;
• Treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto
de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos
para a instrução ou para a capacitação de pessoas;
• Entrega de contas e de documentos, que tenham como
finalidade fazer chegar ao destinatário documentos
diversos tais como, conta de água, conta de energia
elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de
crédito, mala direta ou similares;
45
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
46
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em
locais de acesso público ou à distribuição de encomendas
ou de documentos;
• Recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao
recebimento, à contagem, à conferência, à seleção ou ao
remanejamento de materiais;
• Promoção de vendas ou de eventos, que tenham por
finalidade colocar em evidência as qualidades de produtos
ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de
rodeios, de festas ou de jogos;
• Secretaria e expediente, quando relacionados com o
desempenho de rotinas administrativas;
• Saúde, quando prestados por empresas da área da saúde
e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em
vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico,
mental ou emocional desses pacientes;
• Telefonia ou de telemarketing, que envolvam a
operação de centrais ou de aparelhos telefônicos ou de
teleatendimento.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Periodicidade: Mensal
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
Infrações
Observações
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 2 - GESTÃO
(IR e INSS), outras pela situação de instituição beneficiária
de imunidade ou isenção (ISS), e outras pela condição de
associação ou fundação de direito privado (PIS, COFINS e
CSLL), com as seguintes alíquotas:
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MÓDULO 3
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
DO TERCEIRO
SETOR
• Serviços Voluntários
• Remuneração de Dirigentes
• Obrigações Acessórias
• Folhas de Pagamento
1. Gestão Trabalhista
Relações Trabalhistas
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
uma relação jurídica estudada e regulada pelo direito do
trabalho, e protegida pelas regras da Consolidação das leis
Trabalhistas (CLT) quando presentes requisitos específicos.
De acordo com essas definições, conclui-se que todo
empregado é trabalhador. No entanto, nem todo trabalhador
será um empregado.
Trabalho Remunerado
5
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Pessoalidade
Subordinação
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
ficando o trabalhador submetido à vontade do empregador,
que decide quando contratar e quando demitir.
Remuneração ou Onerosidade
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
IRRF
Periodicidade: Mensal
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INSS
MÓDULO 3 - GESTÃO
Periodicidade: Mensal
FGTS
Periodicidade: Mensal
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
PIS
Periodicidade: Mensal
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MÓDULO 3 - GESTÃO
É o tipo padrão de contrato de trabalho, onde a
legislação prevê, em caso de dispensa imotivada (sem justa
causa), decorrente apenas de simples vontade do empregador,
que este será obrigado a:
11
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Contrato Intermitente
MÓDULO 3 - GESTÃO
Inovação trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma
Trabalhista), considera-se como intermitente o Contrato de
Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação,
não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos
de prestação de serviços e de inatividade, determinados
em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador.
Interessante destacar que o trabalhador poderá prestar
serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço,
que exerçam ou não a mesma atividade econômica, utilizando
contrato de trabalho intermitente ou outra modalidade de
contrato de trabalho.
O período de inatividade não se considera como
tempo de serviço à disposição do empregador.
A contribuição previdenciária e o FGTS deverão ser
recolhidos mensalmente pelo empregador nos termos da
lei, e a cada 12 meses trabalhados o empregado tem direito
de usufruir, nos 12 meses subsequentes, um mês de férias,
período no qual não poderá ser convocado para prestar
serviços pelo mesmo empregador.
13
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Contrato de Aprendiz
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DE ENSINO E PESQUISA
Bolsa Estágio
MÓDULO 3 - GESTÃO
Outra forma de contratação diz respeito aos serviços
prestados por estagiários, isto é, estudantes regularmente
matriculados e com frequência efetiva nos cursos de nível
superior e de nível médio profissionalizante ou supletivo para
o exercício de atividades em complementação do ensino e da
aprendizagem.
O estágio deve ser planejado, executado, acompanhado
e avaliado em conformidade com os currículos, programas e
calendários escolares, (Lei nº 11.788/08).
O estágio, atendido aos requisitos legais, não cria
vínculo empregatício, portanto não enseja contribuições
previdenciárias. O estagiário poderá receber bolsa ou outra
forma de contraprestação que venha a ser acordada, devendo
o estudante, em qualquer hipótese, estar segurado contra
acidentes pessoais. O estágio deverá ser anotado na CTPS, nas
páginas destinadas às Anotações Gerais.
Deverá ser celebrado um Termo de Compromisso entre
o estudante e a parte concedente da oportunidade do estágio
curricular, com a intervenção da instituição de ensino, que
servirá de prova para comprovação da inexistência do vínculo
empregatício.
O documento (Termo de Compromisso) deverá ser
assinado pela OTS, pelo Aluno e pela Instituição de Ensino do
Estudante.
O prazo de duração máximo do estágio é de dois anos,
no entanto, o período de contratação pode ser rescindido a
qualquer momento através de simples notificação, sem ônus
para as partes.
15
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Autônomos
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MÓDULO 3 - GESTÃO
um contrato escrito para tentar evitar futuras ações de
reconhecimento de vínculo empregatício.
Sobre a remuneração do serviço realizado por
profissional autônomo incide a retenção do Imposto de Renda
(a depender do valor), do INSS e do ISS (a depender do serviço,
da situação de isenção do prestador, ou de haver condições
especiais de recolhimento).
IRRF
Periodicidade: Mensal
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
INSS
Periodicidade: Mensal
Serviço Voluntário
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MÓDULO 3 - GESTÃO
• ser voluntário;
• ser gratuito;
• ser prestado por um indivíduo, não por uma organização;
• ser prestado para entidade governamental ou privada sem
fins lucrativos e voltadas para objetivos públicos;
• estar previsto em contrato escrito (“termo de adesão”).
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Remuneração de Dirigentes
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva das
organizações, não alcançando, portanto, aqueles que possuem
o cargo, mas que nem aparecem na instituição.
Em segundo lugar, o valor a ser pago aos dirigentes
deve corresponder ao que é praticado pelo mercado na
região ou área onde a entidade atua. Ou seja, não deve servir
de parâmetro o valor pago a um gestor de uma organização
de grande porte situada em São Paulo, para estipular a
remuneração de um dirigente em uma modesta entidade
sediada no sertão da Bahia, por exemplo.
Por fim, o valor dessa remuneração precisa ser fixado
pelo órgão de deliberação superior da entidade (assembleia
geral, conselho curador/deliberativo/consultivo), devendo a
decisão ser registrada em ata, e em se tratando de fundações,
também ser comunicada ao Ministério Público.
Utilizando-se a analogia com as empresas comerciais,
os dirigentes que forem contratados para realizar a gestão
das entidades devem ser remunerados através de carteira
assinada, pelo regime CLT. Já, aqueles dirigentes fundadores
ou associados, ocupantes dos cargos previstos nos estatutos
(presidente, vice-presidente, diretor, etc.) devem ser
remunerados mediante pró-labore. Deixamos claro que a
forma de remuneração dos dirigentes não foi definida na
legislação, e essas sugestões apenas representam nossa
interpretação sobre o assunto.
Outro questionamento bastante comum por parte
das entidades diz respeito à remuneração dos dirigentes nas
parcerias disciplinadas pela Lei nº 13.019/14, conhecida
como o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade
Civil (MROSC), que passou a permitir explicitamente o
21
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
concessão de títulos de utilidade pública nas esferas estaduais
e municipais, ou para o cadastro das entidades nos conselhos
de políticas públicas.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
do efetivo recolhimento ao FGTS ou das contribuições
previdenciárias, quando houver.
25
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• a) admissional;
• b) periódico;
• c) de retorno ao trabalho;
• d) de mudança de função;
• e) demissional.
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 3 - GESTÃO
empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais com
empregados registrados pela CLT são obrigados a organizar
e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPA
conforme o número de empregados, a partir de 20 (vinte) e o
grau de risco, nos termos pela legislação
As empresas que não se enquadrarem na
obrigatoriedade da Constituição da CIPA, deverão anualmente
designar um empregado como representante, o qual deverá
participar do Curso da CIPA.
A CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
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MÓDULO 4
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
DO TERCEIRO
SETOR
• Plano de Contas
4
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 4 - GESTÃO
entidades empresariais ou governamentais, quanto para as
entidades sem fins lucrativos, sendo que seu foco sempre está
direcionado ao usuário, em um processo de comunicação que
auxilia o processo de tomada de decisão, sobretudo quando
essa implicar em reflexos patrimoniais da entidade.
Assim, a evidenciação contábil precisa funcionar como
um processo de comunicação onde, nesse caso, se dá ênfase
às organizações sem fins lucrativos uma vez que elas não
distribuem lucros nem pagam impostos sobre lucros. Ressalta-
se que tal evidenciação precisa definir apenas em linhas gerais
o que seria importante comunicar e, em bases teóricas, ser
determinada a forma de apresentação e a denominação mais
apropriada para as linhas dos demonstrativos, considerando
que não se pode apresentar uma receita ou um padrão rígido,
pois, o processo dessas entidades difere das demais.
5
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
6
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 4 - GESTÃO
para custeio e investimento devem ser reconhecidas como
receitas da instituição.
• As imunidades tributárias não se enquadram no conceito
de subvenções, e nem se caracterizam como uma renúncia
fiscal pela ausência do fato gerador do tributo, portanto,
não devem ser reconhecidas como receita no resultado.
• Os registros contábeis devem evidenciar as contas de
receitas e despesas, com e sem gratuidade, de forma
segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como
educação, saúde, assistência social e demais atividades.
• Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento
no resultado, a contrapartida da subvenção, de
contribuição para custeio e investimento, bem como de
isenção e incentivo fiscal registrados no ativo, deve ser em
conta específica do passivo.
• As receitas decorrentes de doação, contribuição, convênio,
parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio, editais,
contratos, termos de parceira e outros instrumentos, para
aplicação específica, devem ser registradas em contas
próprias, segregadas das demais contas da entidade.
• Os benefícios concedidos pela entidade devem ser
reconhecidos de forma segregada, destacando-se aqueles
que devem ser utilizados em prestações de contas nos
órgãos governamentais.
• A entidade deve constituir provisão em montante
suficiente para cobrir as perdas esperadas sobre valores a
receber, com base em estimativa de seus prováveis valores
de realização e baixar os valores prescritos, incobráveis e
anistiados.
7
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
8
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DE ENSINO E PESQUISA
Plano de Contas
MÓDULO 4 - GESTÃO
O Plano de Contas deverá ser elaborado de forma
segregada, levando em consideração as necessidades da
entidade e observando os princípios de contabilidade e a
norma legal para elaboração das demonstrações contábeis.
Vale ressaltar que é necessário obedecer à a legislação,
principalmente no que se refere ao conteúdo e formato das
demonstrações financeiras a serem elaboradas com o objetivo
de manter a convergência e harmonia da contabilidade
brasileira com as normas internacionais. Tais preocupação é
fundamental para elevar a prestação de contas das entidades
a um nível de maior transparência.
Desta forma, um bom plano de contas precisa, ao
mesmo tempo, obedecer às regras contábeis e legais, e
atender às exigências da entidade e dos demais interessados
(beneficiários, sociedade, associados, financiadores,
mantenedores, doadores, gestores, fornecedores, clientes,
bancos, fisco e governo).
CÓDIGO/TÍTULO DA CONTA
1. ATIVO
1.1 Circulante
1.1.1 Disponibilidades
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento – Recursos Livres
1.1.1.04.01 Bancos – Administração
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
10
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MÓDULO 4 - GESTÃO
1.1.4.02 Adiantamentos do 13º Salário
1.1.4.03 Adiantamento a Fornecedores
1.1.4.04 Adiantamentos de Viagem
1.1.4.05 Antecipação de Recursos em Projetos e Parcerias
1.1.4.06 Gratuidades Condicionais
1.1.5 Despesas do Exercício Seguinte
1.1.5.01 Assinaturas de Periódicos
1.1.5.02 Seguros a Apropriar
1.2 – Ativo Não Circulante
1.2.1 – Realizável a Longo Prazo
1.2.1.01 – Aplicações Financeiras
1.2.2 – Depósitos Judiciais
1.2.2.01 – Depósitos para Garantia de Instâncias
1.2.3 – Investimentos
1.2.3.01 – Ações de Renda
1.2.3.02 – Imóveis Locados
1.2.4 Imobilizado
1.2.4.01 Terrenos
1.2.4.02 Edificações
1.2.4.03 Construções em Andamento
1.2.4.04 Instalações
1.2.4.05 Veículos
1.2.4.06 Móveis e Utensílios
1.2.4.07 Equipamentos de Comunicação e Informática
1.2.4.08 Máquinas e Equipamentos
1.2.4.09 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
1.2.4.99 (-) Depreciações e Amortizações Acumuladas
1.2.5 Intangível
1.2.5.01 Marcas e Patentes
1.2.5.99 (-) Amortizações Acumuladas
11
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
1. PASSIVO
2.1 Circulante
2.1.1 Obrigações Comerciais a Pagar
2.1.1.01 Fornecedores
2.1.1.02 Fretes a Pagar
2.1.1.03 Contas a Pagar
2.1.2 Obrigações Trabalhistas a Pagar
2.1.2.01 Salários a Pagar
2.1.2.02 Férias a Pagar
2.1.2.03 13º Salário a Pagar
2.1.2.04 Rescisões a Pagar
2.1.3 Obrigações Sociais a Pagar
2.1.3.01 INSS a Pagar
2.1.3.02 FGTS a Pagar
2.1.3.03 PIS a Pagar
2.1.3.04 Contribuição Social a Pagar
2.1.1.05 Pensão Alimentícia
2.1.4 Obrigações Tributárias a Recolher
2.1.4.01 INSS Retido a Recolher
2.1.4.02 IR Retido a Recolher
2.1.4.03 ISS Retido a Recolher
2.1.4.04 PIS/COFINS/CSLL Retido a Recolher
2.1.4.05 Contribuição Patronal Retida a Recolher
2.1.6 Recursos de Projetos
2.1.6.01 Recursos de Convênios e Parcerias
2.1.6.01.01 Termo de Colaboração X
2.1.6.01.02 Convênio Z
2.1.6.02 Recursos de Termos de Parceria
2.1.6.02.01 Termo de Parceria Y
2.1.6.03 Recursos de Projetos com Restrições
12
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MÓDULO 4 - GESTÃO
2.1.6.04 Recursos de Projetos Livres
2.1.6.04.01 Projeto A
2.1.6.04.02 Projeto B
2.1.7 Receitas a Apropriar
2.1.7.01 Subvenções a Apropriar
2.1.7.02 Contribuições a Apropriar
2.1.7.03 incentivos Fiscais a Apropriar
2.2 Passivo Não Circulante
2.2.1 Obrigações com Instituições de Crédito
2.2.1.01 Empréstimos para Financiamento a pagar
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 Patrimônio Social
2.3.2 Fundo Patrimonial
2.3.2.01 Fundo Institucional
2.3.2.02 Fundos Especiais
2.3.2.03 Resultado do Período
3. RECEITAS
3.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Receitas de Doações e Serviços
3.1.1.01 Doações Incondicionais
3.1.1.02 Doações Condicionais
3.1.1.03 Subvenções, Contribuições e Auxílios
3.1.1.04 Taxas de Administração
3.1.1.05 Mensalidades
3.1.1.06 Vendas de Bens e Serviços
3.1.2 Receitas de Atividade Educacional
3.1.2.01 Atendimento à Criança
3.1.2.02 Atendimento ao Adolescente
3.1.2.04 Atendimento ao Deficiente
3.1.3 Receitas de Assistência Social
13
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
14
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MÓDULO 4 - GESTÃO
4. DESPESAS
4.1 Recursos Humanos
4.1.1 Remuneração de Pessoal com Vínculo Empregatício
4.1.1.01 Salários
4.1.1.02 Décimo Terceiro Salário
4.1.1.03 Férias
4.1.1.04 Comissões
4.1.1.05 Ajuda de Custo
4.1.1.06 Diárias
4.1.2 Benefícios a Pessoal com Vínculo Empregatício
4.1.2.01 Vale Transporte
4.1.2.02 Alimentação
4.1.2.03 Aperfeiçoamento Profissional
4.1.3 Encargos Sociais
4.1.3.01 INSS
4.1.3.02 FGTS
4.1.3.03 PIS/PASEP
4.1.4 Remunerações de Pessoal sem Vínculo Empregatício
4.1.4.01 Bolsa de Estagiário
4.1.4.02 Honorários Profissionais
4.1.4.03 Previdência Social
4.1.4.04 Indenização de Gastos de Trabalho Voluntário
4.2 Despesas Administrativas
4.2.1 Ocupação de Infraestrutura
4.2.1.01 Conservação de Imóveis
4.2.1.02 Conservação de Equipamentos
4.2.1.03 Conservação de Instalações
4.2.2 Serviços de Comunicação
4.2.2.01 Locação de Equipamentos de Comunicação
4.2.2.02 Internet
15
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
16
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MÓDULO 4 - GESTÃO
4.3.1.06 Assistência Médica e Odontológica
4.3.2 Atendimento ao Adolescente
4.3.4 Atendimento ao Deficiente
4.4 .Assistência Social
4.4.3 Atendimento ao Idoso
4.4.4 Atendimento à Pessoa com Deficiência
4.5 Atividade Esportiva
4.6 Assistência de Saúde
4.7 Proteção Ambiental
4.8 Custos e Despesas Gerais
4.8.1 Depreciações
4.8.1.01 Depreciação de Bens Imóveis
4.8.1.02 Depreciação de Máquinas e Equipamentos
4.8.2 Despesas Tributárias
4.8.2.01 Impostos, Taxas e Contribuições Federais
4.8.2.02 Impostos, Taxas e Contribuições Estaduais
4.8.2.03 Impostos, Taxas e Contribuições Municipais
4.8.3 Despesas com Veículos
4.8.3.01 Seguros – Veículos
4.8.3.02 Combustíveis e Lubrificantes
4.8.3.03 Manutenção de Veículos
4.10 Despesa com a Execução de Parcerias
4.10.1 Termo de Colaboração X
4.10.1.01 Pessoal e Encargos
4.10.1.02 Material de Consumo
4.10.1.03 Serviços de Terceiros - PF
4.10.1.04 Serviços de Terceiros - PJ
4.10.2 Termo de Fomento Y
4.10.2.01 Material Permanente
4.10.2.02 Obras
Fonte: Adaptado de França (2015).
17
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• Serviço Voluntário:
• D – Serviços Prestados por Voluntários - DESPESA
• C – Receita de Trabalho Voluntário – RECEITA
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MÓDULO 4 - GESTÃO
• D - Projeto A – PASSIVO CIRCULANTE
• C – Conta Bancária Específica – ATIVO CIRCULANTE
19
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Demonstrações Contábeis
1. O Balanço Patrimonial
2. A Demonstração do Resultado do Período,
3. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido,
4. A Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
5. As Notas Explicativas.
20
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MÓDULO 4 - GESTÃO
informações adicionais para auxiliar os usuários na avaliação
do desempenho da entidade e na sua administração dos
recursos, assim como auxiliar os usuários a tomarem decisões
e a avaliarem decisões sobre a alocação desses recursos. Essa
informação adicional pode incluir detalhes sobre os produtos,
serviços e resultados da entidade na forma de:
• Indicadores de desempenho;
• Demonstrativos dos serviços prestados; e
• Outros relatórios da gestão sobre as realizações da
entidade durante o período evidenciado.
Balanço Patrimonial
21
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
22
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MÓDULO 4 - GESTÃO
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL – BP
2020 2019
Ativo
Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa
Banco C/Movimento – Recursos sem Restrição
Banco C/Movimento – Recursos com Restrição
Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
Créditos a Receber
Mensalidades de Terceiros
Atendimentos Realizados
Adiantamentos a Empregados
Adiantamentos a Fornecedores
Recursos de Parcerias a Receber
Tributos a Recuperar
Despesas Antecipadas
Estoques
Produtos Próprios para Venda
Produtos Doados para Venda
Almoxarifado / Material de Expediente
23
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Aplicações Financeiras – Recursos sem Restrição
Aplicações Financeiras – Recursos com Restrição
Valores a Receber
Investimentos
Investimentos Permanentes
Imobilizado
Bens sem Restrição
Bens com Restrição
(-) Depreciação Acumulada
Intangível
Direitos de Uso de Softwares
Direitos de Autor e de Marcas
(-) Amortização Acumulada
2020 2019
PASSIVO
Circulante
Fornecedores de bens e serviços
Obrigações com Empregados
Obrigações Tributárias
Empréstimos e Financiamentos a Pagar
Recursos de Projetos em Execução
Recursos de Parcerias em Execução
Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar
Não Circulante
Empréstimos e Financiamentos a Pagar
Patrimônio Líquido
Patrimônio Social
Outras Reservas
24
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MÓDULO 4 - GESTÃO
A Demonstração do Resultado do Período corresponde
ao confronto entre as receitas e a despesas no exercício
financeiro.
Receitas são aumentos nos benefícios econômicos
durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos
ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultem
em aumento do patrimônio líquido (social).
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos
durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos
ou redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem
em decréscimo do patrimônio líquido (social).
MODELO DE DRP
2020 2019
RECEITAS OPERACIONAIS
Com Restrição
Programa (Atividades) de Educação
Programa (Atividades) de Saúde
Programa (Atividades) de Assistência Social
Programa (Atividades) de Direitos Humanos
Programa (Atividades) de Meio Ambiente
Outros Programas (Atividades)
Gratuidades
Trabalho Voluntário
Rendimentos Financeiros
Execução de Parcerias
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Sem Restrição
Receitas de Serviços Prestados
Contribuições e Doações Voluntárias
Ganhos na Venda de Bens
Rendimentos Financeiros
Outros Recursos Recebidos
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Com Programas (Atividades)
Educação
Saúde
Assistência Social
Direitos Humanos
Meio Ambiente
Gratuidades Concedidas
Trabalho Voluntário
Execução de Parcerias
RESULTADO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
Administrativas
Salários
Encargos Sociais
Impostos e Taxas
Aluguéis
Serviços Gerais
Manutenção
Depreciação e Amortização
Perdas Diversas
Outras despesas/receitas operacionais
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO PERÍODO
26
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MÓDULO 4 - GESTÃO
A Demonstração do Fluxo de Caixa proporciona aos usuários
das demonstrações contábeis uma base para avaliar:
• A capacidade da entidade para gerar caixa e seus
equivalentes (bancos); e
• As necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de
caixa.
27
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
28
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MÓDULO 4 - GESTÃO
MÉTODO DIRETO 2020 2019
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Recursos Recebidos
Entidades Governamentais
Entidades Privadas
Doações e Contribuições Voluntárias
Próprios
Rendimentos Financeiros
Outros
Pagamentos Realizados
Aquisição de bens e Serviços – Programas (Atividades) Executados
29
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
30
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MÓDULO 4 - GESTÃO
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
Recursos Recebidos pela Venda de Bens
Outros Recebimentos por Investimentos Realizados
Aquisições de Bens e Direitos para o Ativo
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Investimento
Período
Acréscimo/Utilização
do Fundo Patrimonial
Recursos de Superávit
com Restrição
Transferência de Superávit
31
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Notas Explicativas
32
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MÓDULO 4 - GESTÃO
das obrigações em longo prazo;
• Informações sobre os seguros contratados;
• A entidade educacional de ensino superior deve evidenciar
a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo
parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases
da Educação e sua regulamentação;
• Os critérios e procedimentos do registro contábil
de depreciação, amortização e exaustão do ativo
imobilizado, devendo ser observado a obrigatoriedade do
reconhecimento com base em estimativa de sua vida útil;
• Segregar os atendimentos com recursos próprios dos
demais atendimentos realizados pela entidade;
• Todas as gratuidades praticadas devem ser registradas
de forma segregada, destacando aquelas que devem
ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos
governamentais, apresentando dados quantitativos, ou
seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número
de atendimentos, número de bolsistas com valores e
percentuais representativos.
33
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
34
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DE ENSINO E PESQUISA
Quadros complementares
MÓDULO 4 - GESTÃO
A grande vantagem encontrada nos quadros e
informações complementares é a facilidade na leitura,
influenciada principalmente pelos dados interessantes
e sua acessibilidade. O objetivo maior deste método é
divulgar e detalhar itens que não tiveram condições de
serem evidenciados nos demonstrativos formais, talvez, por
causa da relevância ou por não caberem no corpo principal.
Outra característica dos quadros é a força que eles possuem
para apresentarem as informações verbais e principalmente
numerárias, além de outras perspectivas de avaliação e
comparação.
Os quadros complementares podem ser apresentados dentro
das notas explicativas.
Exemplos:
35
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
36
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MÓDULO 4 - GESTÃO
contábeis de entidades sem fins lucrativos são, normalmente,
os que costumam aportar recursos nessas entidades, tais
como: financeiras, doadores, associados que participam da
entidade e que aportam recursos, entidades governamentais
e seus administradores, cujas decisões são tomadas baseadas
em informações advindas da contabilidade.
Não é apenas devido ao cumprimento de suas
obrigações legais e estatutárias que as entidades necessitam
de informações contábeis, mas também para auxílio aos
gestores na administração dessas organizações.
Desta forma, evidencia-se a importância das
informações contábeis para as entidades sem fins lucrativos
uma vez que são imprescindíveis para sua gestão. Os
demonstrativos gerados pela Contabilidade possuem uma
enorme quantidade de informações que podem direcionar
os decisores para a tomada de decisões mais eficientes e
eficazes, alinhadas com as estratégias das entidades.
Mesmo que, na maioria das vezes, as decisões baseadas
em demonstrações contábeis sejam de cunho financeiro,
verifica-se que gestores têm feito uso de demonstrações
contábeis a fim de gerenciar suas organizações.
Ainda, verifica-se que a transparência dessas
demonstrações, aliadas à divulgação eficaz são as condições
para a aquisição de vantagem em relação a outras entidades
concorrentes na busca de recursos.
37
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
38
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DE ENSINO E PESQUISA
MÓDULO 4 - GESTÃO
a divulgação e a transparência das atividades desenvolvidas
pelas organizações.
39
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
40
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MÓDULO 4 - GESTÃO
(GPSCT) representa a quantidade de capitais de terceiros
garantidos pelo patrimônio social da organização. É formado
por capitais registrados pelo regime de competência,
sugerindo que os valores dos ativos e passivos podem
apresentar valorizações e desvalorizações: (GPSCT) =
Patrimônio Social / Capital de Terceiros.
41
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
42
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MÓDULO 4 - GESTÃO
considerados importantes para a mensuração e análise de
suas atividades, e para a prestação de contas aos financiadores
e à comunidade dos recursos recebidos e administrados.
Titulações
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público –
OSCIP – é a qualificação outorgada pelo Ministério da Justiça às
entidades que possuam como finalidade o desenvolvimento
de uma das atividades previstas na legislação.
Atendidas as determinações para a qualificação como
OSCIP, ainda é exigido que as entidades interessadas em
obter a qualificação sejam regidas por estatutos cujas normas
expressamente disponham sobre:
43
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
44
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MÓDULO 4 - GESTÃO
por meio do Contrato de Gestão, onde serão definidas as
atribuições, obrigações e responsabilidades das partes. Este
instrumento, além de permitir a transferência de terminadas
atividades, antes exercidas pelo Poder Público, possibilita
ao Estado o exercício de controle, uma vez que existe a
transferência de recursos públicos para as entidades com o
objetivo de consecução de finalidades assistenciais.
São requisitos específicos para que as entidades
privadas referidas acima habilitem-se à qualificação como
organização social:
45
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Benefícios Fiscais
46
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MÓDULO 4 - GESTÃO
CSLL do PIS e da COFINS sobre as receitas próprias estão
disciplinadas pela Lei nº 9.532/97 (Art. 15) e pela MP nº
2.158-35/01, cujos requisitos são os mesmos estipulados
por essa lei com relação à imunidade.
De acordo com a Lei 9.532/97 (Art. 12 e 15), considera-
se isenta a instituição de educação ou de assistência social,
desde que atendam aos seguintes requisitos:
47
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
48
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MÓDULO 5
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
DO TERCEIRO
SETOR
Sustentabilidade
A sustentabilidade econômica sempre foi uma grande
preocupação das entidades que compõem o Terceiro Setor, que
diariamente procuram angariar recursos suficientes para realizar
o pagamento de despesas, quitar obrigações, executar projetos,
e assim, cumprir sua missão social.
Alcançar essa situação de tranquilidade financeira é,
portanto, um dos grandes desafios da maioria das organizações,
que diariamente enfrenta a exaustiva tarefa de ajustar amplos
programas sociais a limitadas receitas.
E não é incomum depararmos com pessoas que atuam
no terceiro setor, inclusive dirigentes, pensando que as OSCs só
podem ter como fontes de recursos as doações realizadas por
pessoas físicas ou jurídicas, e as parcerias celebradas com a
administração pública.
Ao contrário do que muitos imaginam, existe um
grande leque de opções de captação de recursos que podem
ser utilizadas para garantir a sustentabilidade das instituições,
como o financiamento coletivo (crowdfunding), as campanhas,
os eventos, os bazares, a recepção de bens apreendidos
administrados pela Receita Federal do Brasil, a locação de
imóveis, os sorteios, além da comercialização de produtos e a
prestação de serviços.
É importante frisar que nenhuma lei no país impede
que entidades sem fins lucrativos comercializem produtos ou
prestem serviços de forma remunerada, desde que as receitas
obtidas através de tais operações comerciais sejam aplicadas
nos seus objetivos sociais. Ou seja, é necessário que essas
atividades econômicas sejam os meios utilizados para que as
entidades consigam alcançar os seus fins.
4
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MÓDULO 5 - GESTÃO
recursos
5
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
• Contribuição de Associados;
• Doações espontâneas;
• Patrocínios;
• Eventos e Sorteios;
• Prestação de Serviços;
• Subvenções sociais, Auxílios, e Contribuições;
• Comercialização de produtos;
• Incentivos Fiscais; e
• Transferências Voluntárias por parte Poder Público
(Convênios, Contratos de Patrocínio, Termos de Parceria,
Contratos de Repasse, Contratos de Gestão).
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MÓDULO 5 - GESTÃO
doador/financiador poderá voltar a investir recursos, já que
consegue visualizar os resultados alcançados.
Quanto aos novos investidores, estes tem buscado
identificar características como honestidade, responsabilidade,
capacidade técnica, experiência, controle e, principalmente,
transparência, para decidir em quais entidades irão depositar
sua confiança e seus recursos.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
8
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MÓDULO 5 - GESTÃO
não é concedido para aqueles que utilizem a declaração com
a opção de tributação por desconto simplificado (Declaração
Simplificada).
Para as pessoas jurídicas, o benefício será concedido
apenas às empresas que tenham Imposto de Renda a pagar,
cujo resultado tenha sido apurado com base no Lucro Real.
Desta forma, a dedução é vedada para as empresas tributadas
pelo Lucro Presumido, ou Simples Nacional.
Também, não é qualquer atividade social que gera o
benefício da redução de impostos. De acordo com as leis de
incentivo, as áreas alcançadas são: cultura, proteção à criança
e ao adolescente, proteção ao idoso, esporte, combate ao
câncer (oncologia), e reabilitação de pessoas com deficiência
(PCD).
É importante ressaltar que para atender aos requisitos
legais, as doações ainda precisam ser realizadas diretamente
a:
9
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
De acordo com Lei de Incentivo à Cultura, a doação
configura como uma transferência definitiva e irreversível
de numerário ou bens em favor da pessoa física ou entidade
sem fins lucrativos que propõe a execução de um projeto à
Secretaria Especial da Cultura.
Enquanto o patrocínio corresponde a uma transferência
definitiva e irreversível de numerário ou serviços, com
finalidade promocional, cobertura de gastos ou utilização de
bens móveis ou imóveis do patrocinador (sem a transferência
de domínio) a pessoas físicas, entidades sem fins lucrativos
ou até mesmo a empresas com finalidades lucrativas.
Portanto, a principal diferença entre a doação e
o patrocínio é a finalidade promocional deste, onde há o
interesse por parte do financiador em algum tipo de retorno,
como por exemplo a divulgação da sua marca, ou a obtenção
de uma certa quantidade de ingressos para o evento, etc.
Exigências e Proibições
11
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Regras e Requisitos
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura - Salic, entre
fevereiro e novembro de cada ano, e em até 90 (noventa) dias
antes da data prevista para a sua execução.
É permitida a apresentação de até 16 (dez) propostas
por entidade, cujos valores individuais não podem ultrapassar
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), no entanto o valor total
de propostas por proponente não pode superar o limite de R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais) por ano.
Com as inovações trazidas pela IN nº 02/19, visando
estimular a desconcentração no eixo Rio-São Paulo, que
captavam 80% dos recursos incentivados, o quantitativo de
projetos acima descrito pode ser acrescido em até 50% para
projetos da região Sul e estados de Minas Gerais e Espírito
Santo, e em até 100% nos projetos realizados nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
13
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
14
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Uma vez aprovado o projeto, a entidade estará
autorizada a captar recursos junto a pessoas físicas e a pessoas
jurídicas, que se beneficiarão com a dedução do imposto
de renda.Na Lei Rouanet existem dois grupos de atividades
distintas que permitem percentuais diferentes para dedução
do imposto. O primeiro grupo (Art. 25 da lei nº 8.313/91) é
formado pelos projetos nas áreas de:
15
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
16
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Apuração dos Tributos Sem Doação Com Doação Economia
Tributária
Resultado 2.000.000,00 2.000.000,00
Doação - 39.000,00
Lucro Antes da Tributação 2.000.000,00 1.961.000,00
• Artes cênicas;
• Livros de valor artístico, literário ou humanístico;
• Música erudita ou instrumental;
• Exposições de artes visuais;
• Doações de acervos para bibliotecas públicas, museus,
arquivos públicos e cinematecas, bem como treinamento
de pessoal e aquisição de equipamentos para a
manutenção desses acervos;
17
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
18
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Apuração dos Tributos Sem Doação Com Doação Economia
Tributária
Resultado 2.000.000,00 2.000.000,00
Doação - 12.000,00
Lucro Antes da Tributação 2.000.000,00 2.000.000,00
19
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
21
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
22
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MÓDULO 5 - GESTÃO
modalidade de manifestação o esporte é praticado
nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas
de educação, evitando-se a seletividade, a hiper
competitividade de seus praticantes, com a finalidade de
alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua
formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer
• Desporto de participação - caracterizado pela prática
voluntária e pela não exigência de regras formais,
compreende as modalidades desportivas com finalidade
de divulgação, visando contribuir para contribuir para a
integração dos praticantes na plenitude da vida social, na
promoção da saúde e educação e na preservação do meio
ambiente. Os projetos devem objetivar o desenvolvimento
do indivíduo através do esporte.
• Desporto de rendimento - caracterizado pela
competitividade e premiação, e os projetos têm como
figura de destaque a presença de atletas em formação (não
profissionais), podendo ser compreendido das seguintes
formas:
•
1. Desporto de rendimento: praticado segundo regras
nacionais e internacionais, com a finalidade de obter
resultados e integrar pessoas e comunidades do País e
estas com as de outras nações;
2. Desporto de formação: caracterizado pelo fomento e
aquisição inicial dos conhecimentos desportivos que
garantam competência técnica na intervenção desportiva,
com o objetivo de promover o aperfeiçoamento qualitativo
e quantitativo da prática desportiva em termos recreativos,
competitivos ou de alta competição.
23
GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Exigências e Proibições
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MÓDULO 5 - GESTÃO
em que haja comprovada capacidade de atrair investimentos,
independente dos incentivos previstos na Lei nº 11.438/06,
ou a projeto que venha a ser desenvolvido em circuito privado,
assim considerado aquele em que o público destinatário seja
previamente definido, em razão de vínculo comercial ou
econômico com o patrocinador, doador ou proponente.
Os projetos, respeitadas as suas peculiaridades,
deverão contemplar medidas que garantam acesso às pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e
às pessoas idosas em atividades de esporte e lazer, com
medidas de acessibilidade compatíveis com as características
do objeto, sem prejuízo de outras garantias previstas em
legislação específica.
Regras e Requisitos
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Uma vez aprovado o projeto, a entidade estará
autorizada a captar recursos junto a pessoas físicas e a pessoas
jurídicas tributadas pelo lucro real, que se beneficiarão com a
dedução do imposto de renda.
As pessoas físicas que contribuírem com projetos
desportivos ou paradesportivos poderão deduzir até 6% do
imposto de renda, enquanto as pessoas jurídicas poderão
deduzir até 1% do tributo devido.
Desta forma, é possível recuperar até 100% da doação
ou do patrocínio, abatendo-se tal valor do imposto a pagar. As
pessoas físicas também podem utilizar o incentivo fiscal para
aumentar o valor do imposto a restituir.
PRONON e PRONAS/PCD
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MÓDULO 5 - GESTÃO
O programa prevê a realização de ações e serviços
de atenção oncológica, desenvolvidos por associações ou
fundações de direito privado, sem fins lucrativos, detentoras
do Certificado de Entidades Beneficente de Assistência Social
– CEBAS, ou qualificadas como Organizações Sociais – OS,
ou qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público - OSCIP.
As ações e os serviços a serem apoiados com os
recursos captados por meio do PRONON compreendem a
prestação de serviços médico-assistenciais; a formação, o
treinamento e o aperfeiçoamento de recursos humanos em
todos os níveis; além da realização de pesquisas clínicas,
epidemiológicas e experimentais ligadas à oncologia.
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Exigências e Proibições
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MÓDULO 5 - GESTÃO
também, a contratação de profissionais para execução de
atividades que não apresentem relação com o objeto do
projeto.
Regras e Requisitos
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MÓDULO 5 - GESTÃO
24 (vinte e quatro) meses, exceto quando se tratar de projetos
de pesquisa, hipótese em que o prazo de execução poderá ser
de até 36 (trinta e seis) meses.
A comprovação da capacidade técnico-operativa da
instituição será aceita pelo Ministério da Saúde na condição
de que o objeto a ser executado no projeto apresentado seja
próprio das atividades regulares e habituais desenvolvidas
pela instituição proponente.
O projeto deverá apresentar orçamento detalhado,
contendo todos os custos envolvidos para alcance dos
objetivos, informando a natureza das despesas e as categorias
dos gastos.
As despesas referentes aos serviços de elaboração
do projeto e de captação de recursos deverão ser detalhadas
na planilha de custos do projeto, sendo obrigatório o seu
destaque em relação aos demais itens de despesas.
A elaboração do projeto e a captação de recursos
poderão ser realizadas por profissionais contratados para
este fim, desde que as despesas somadas não ultrapassem
5% (cinco por cento) do valor total previsto para o projeto,
limitada ao teto de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
As informações sobre os incentivos fiscais relativos aos
Direitos da Criança e do Adolescente encontram-se previstos
no Art. 260 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei
Federal nº 8.069/90.
De acordo com a Constituição Federal, em seu Art.
227, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. Desta forma, as
doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
são incentivadas por lei específica.
Diferente do que vimos com relação às outras lei
de incentivo, quando os repasses poderiam ser realizados
diretamente às instituições com projetos aprovados (cultura,
desportos, PRONON e PRONAS/PCD), o ECA estipula que as
doações devem ser direcionadas aos fundos dos direitos da
criança e do adolescente, que podem ser constituídos nas
esferas federal, distrital, estadual e municipal.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
recursos, no entanto o procedimento usual é o repasse
mediante seleção e aprovação de projetos, cujas regras e
requisitos são estipulados em editais.
De acordo com o Art. 12 da Resolução nº 137/10 do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
- CONANDA, a definição quanto à utilização dos recursos
dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente deve
competir única e exclusivamente aos Conselhos dos Direitos.
No entanto, dentre as prioridades do plano de ação aprovado
pelo Conselho de Direitos, deve ser facultado ao doador/
destinador indicar, aquela ou aquelas de sua preferência para
a aplicação dos recursos doados/destinados.
Esta Resolução está sendo contestada pelo Ministério
Público Federal, sob a alegação de o CONANDA não ter
competência para tratar de assuntos relativos a doações
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Direitos do Idoso
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Criança e do Adolescente, a lei de incentivo aos direitos do
idoso estipula que os valores doados devem ser direcionados
aos fundos específicos, que também podem ser constituídos
nas esferas federal, distrital, estadual e municipal.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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cai para 3%, não sendo concorrente dos 3% que podem ser
MÓDULO 5 - GESTÃO
doados para os fundos do direito da criança e do adolescente.
Como ocorre com as demais leis de incentivo, é
possível recuperar até 100% do valor doado, abatendo-se tal
valor do imposto a pagar. As pessoas físicas também podem
utilizar o incentivo fiscal para aumentar o valor do imposto a
restituir.
Os direitos do idoso também estão previstos na
Constituição Federal, e a lei de incentivo permite a captação
de recursos para os fundos, que posteriormente os distribuem
entre as OSC credenciadas, que atendam aos requisitos
estipulados para a celebração de parcerias.
Para aqueles municípios que ainda não possuem,
cabe, em parceria com as OSC, criar os fundos municipais, e
realizar o cadastro junto à Receita Federal do Brasil para que
possam ter acesso aos recursos doados, e assim direcioná-los
para ações de proteção aos direitos do idoso.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Pessoa Jurídica (Esporte, PRONON e PRONAS/PCD, Criança e
Adolescente, e Idoso)
Apuração dos Tributos Sem Doação Com Doação Economia
Tributária
Resultado 1.000.000,00 1.000.000,00
Doação - 1.500,00
Lucro Antes da Tributação 1.000.000,00 1.000.000,00
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MÓDULO 5 - GESTÃO
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
como Organização da Sociedade Civil de interesse Público –
OSCIP, poderiam se beneficiar com esse tipo de doação.
Ao realizar tais as doações, e tomando por base o
Art. 13 da Lei nº 9.249/95, é permitido às empresas registrar
o valor doado como despesa, até o limite de 2% do seu
lucro operacional, reduzindo, assim, a base de cálculo, e
consequentemente o valor que iria pagar de Imposto de
Renda - IR e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido –
CSLL.
Inicialmente, para fazer jus às doações dedutíveis a
entidade precisa estar caracterizada como Organização da
Sociedade Civil – OSC, conforme Art. 2º, I da Lei nº 13.019/14.
Também, é necessário que possua em seu estatuto ao menos
uma das atividades descritas abaixo, de acordo com o Art.
84-C da mesma lei:
• Assistência social;
• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico;
• Educação;
• Saúde;
• Segurança alimentar e nutricional;
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento sustentável;
• Promoção do voluntariado;
• Desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• Experimentação, não lucrativa, de novos modelos
socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção,
comércio, emprego e crédito;
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
integralmente os recursos recebidos na realização de seus
objetivos sociais.
Devido à extinção do Título de Utilidade Pública
Federal, bem como da previsão legal de que o benefício
aqui tratado independe de qualquer titulação, o campo 3 do
modelo de Declaração disponibilizado pela RFB não precisa
ser mais preenchido pela OSC.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
Brasil - RFB
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
com a destinação de mercadorias apreendidas. Nos recibos
deverão constar:
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 5 - GESTÃO
gratuita de prêmios, na qual são distribuídos elementos
sorteáveis, numerados em séries, que tem os contemplados
definidos com base nos resultados da extração da Loteria
Federal ou com a combinação de números desses resultados.
Vale-brinde diz respeito à modalidade de distribuição
gratuita de prêmios, na qual as organizações autorizadas
colocam o brinde, o objeto, no interior do produto de sua
fabricação ou dentro do respectivo envoltório, atendendo às
normas prescritas de saúde pública e de controle de pesos e
medidas.
Concurso é a modalidade de promoção comercial
mediante previsões, cálculos, testes de inteligência, seleção de
predicados ou competição de qualquer natureza. A apuração
do concurso pode ser feita na sede da organização autorizada
ou nos auditórios de estações de rádio ou de televisão, com
ingresso franqueado ao público.
Por fim, Operação Assemelhada engloba a combinação
de fatores apropriados a cada uma das modalidades de
distribuição gratuita de prêmios, preservando-se os conceitos
originais, como meio de habilitar concorrentes e apurar os
ganhadores.
Dentre essas modalidades, a mais comum para as
OSCs é o sorteio, que atualmente é disciplinado pela Lei nº
5.678/71 (atualizada pela Lei nº 14.027/20), que para a sua
realização devem ser observados os seguintes critérios e
exigências:
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MÓDULO 5 - GESTÃO
número de sorteios e da aplicação de taxa de fiscalização
das operações promovidas por OSCs (atualmente a Taxa
de Distribuição de Prêmios aplicada a empresas é de 10%,
incidente sobre o valor da promoção autorizada, a qual pode
ser paga em tantas parcelas mensais, iguais e sucessivas,
quantos forem os meses de duração do plano promocional).
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DO TERCEIRO
SETOR
• Seleção
• Celebração
• Execução
• Prestação de Contas
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TIPOS DE PARCERIA
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MÓDULO 6 - GESTÃO
Fundamentos
• Gestão pública democrática,
• Participação social,
• Fortalecimento da sociedade civil,
• Transparência na aplicação dos recursos públicos.
Princípios
• Legalidade,
• Legitimidade,
• Impessoalidade,
• Moralidade,
• Publicidade,
• Economicidade,
• Eficiência
• Eficácia.
Objetivos
• Estabelecer o regime jurídico das parcerias voluntárias,
envolvendo ou não transferências de recursos financeiros,
entre a administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público;
• Definir diretrizes para a política de fomento e de
colaboração com organizações da sociedade civil;
• Instituir o termo de colaboração e o termo de fomento
• Alterar a Lei nº 9.790/99 – OSCIP
• Alterar a Lei nº 8.429/92 – Improbidade Administrativa
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voluntárias firmadas entre a Administração Pública e as
Organizações da Sociedade Civil - OSC.
Aplicabilidade
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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Capacitação
MÓDULO 6 - GESTÃO
A União, em coordenação com os Estados, Distrito Federal,
Municípios e OSC, poderá instituir programas de capacitação
para:
• Administradores Públicos, Dirigentes e Gestores,
• Representantes de organizações da sociedade civil;
• Membros de Conselhos de Políticas Públicas;
• Membros de Comissões de Seleção;
• Membros de Comissões de Monitoramento e Avaliação;
• Demais agentes públicos e privados envolvidos na
celebração e execução das parcerias.
Transparência e Controle
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Manifestação de Interesse Social: instrumento por
meio do qual as OSC, movimentos sociais e cidadãos poderão
apresentar propostas ao poder público para que este avalie
a possibilidade de realização de um chamamento público
objetivando a celebração de parceria.
A proposta a ser encaminhada à administração pública
deverá atender aos seguintes requisitos:
• Identificação do subscritor da proposta;
• Indicação do interesse público envolvido;
• Diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar
ou desenvolver e, quando possível, indicação da
viabilidade, dos custos, dos benefícios e dos prazos de
execução da ação pretendida.
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Instrumentos de parceria
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envolvam a transferência de recursos financeiros.
Fases da Parceria
SELEÇÃO
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MÓDULO 6 - GESTÃO
• A minuta do instrumento por meio do qual será celebrada
a parceria;
• De acordo com as características do objeto da parceria,
medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida e idosos.
Plano de trabalho
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Não Exigência
Dispensa
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MÓDULO 6 - GESTÃO
da ordem pública ou ameaça à paz social;
• Quando se tratar da realização de programa de proteção
a pessoas ameaçadas ou em situação que possa
comprometer a sua segurança;
• No caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços
de educação, saúde e assistência social, desde que
executadas por OSC previamente credenciadas pelo órgão
gestor da respectiva política.
Inexigibilidade
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MÓDULO 6 - GESTÃO
pessoa que, nos últimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação
jurídica com, ao menos, uma das entidades participantes do
chamamento público.
Configurado o impedimento acima deverá ser
designado membro substituto que possua qualificação
equivalente à do substituído.
A administração pública homologará e divulgará
o resultado do julgamento em página do sítio oficial da
administração pública na internet.
Somente depois de encerrada a etapa competitiva e
ordenadas as propostas, a administração pública procederá à
verificação dos documentos que comprovem o atendimento
pela OSC selecionada dos requisitos previstos.
Na hipótese de a OSC selecionada não atender
aos requisitos exigidos, aquela imediatamente mais bem
classificada poderá ser convidada a aceitar a celebração de
parceria nos termos da proposta por ela apresentada.
Caso OSC convidada, nos termos do parágrafo anterior,
aceite celebrar a parceria, proceder-se-á à verificação dos
documentos que comprovem o atendimento aos requisitos
previstos na Lei nº 13.019/14.
De acordo com o Decerto Federal nº 8.726/16, as
propostas serão classificadas de acordo com os critérios de
julgamento estabelecidos no edital, e será eliminada a OSC
cuja proposta esteja em desacordo com os termos do edital
ou que não contenha as seguintes informações:
• A descrição da realidade objeto da parceria e o nexo com
a atividade ou o projeto proposto;
• As ações a serem executadas, as metas a serem atingidas
e os indicadores que aferirão o cumprimento das metas;
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
CELEBRAÇÃO
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MÓDULO 6 - GESTÃO
da administração pública, organismos internacionais,
empresas ou outras OSC;
2. Relatórios de atividades com comprovação das ações
desenvolvidas;
3. Publicações, pesquisas e outras formas de produção de
conhecimento realizadas pela organização da sociedade
civil ou a respeito dela;
4. Currículos profissionais de integrantes da organização da
sociedade civil, sejam dirigentes, conselheiros, associados,
cooperados, empregados, entre outros;
5. Declarações de experiência prévia e de capacidade
técnica no desenvolvimento de atividades ou projetos
relacionados ao objeto da parceria ou de natureza
semelhante, emitidas por órgãos públicos, instituições
de ensino, redes, organizações da sociedade civil,
movimentos sociais, empresas públicas ou privadas,
conselhos, comissões ou comitês de políticas públicas; ou
6. Prêmios de relevância recebidos no País ou no exterior
pela organização da sociedade civil;
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do termo de fomento dependerão da adoção das seguintes
providências pela administração pública:
• Realização de chamamento público, ressalvadas as
hipóteses previstas na Lei nº 13.019/14;
• Indicação expressa da existência de prévia dotação
orçamentária para execução da parceria;
• Demonstração de que os objetivos e finalidades
institucionais e a capacidade técnica e operacional da
organização da sociedade civil foram avaliados e são
compatíveis com o objeto;
• Aprovação do plano de trabalho, a ser apresentado;
• Emissão de parecer de órgão técnico da administração
pública, que deverá pronunciar-se, de forma expressa, a
respeito:
1. do mérito da proposta, em conformidade com a modalidade
de parceria adotada;
2. da identidade e da reciprocidade de interesse das partes
na realização, em mútua cooperação, da parceria;
3. da viabilidade de sua execução;
4. da verificação do cronograma de desembolso previsto no
plano de trabalho, e se esse é adequado e permite a sua
efetiva fiscalização;
5. da descrição de quais serão os meios disponíveis a serem
utilizados para a fiscalização da execução da parceria, assim
como dos procedimentos que deverão ser adotados para
avaliação da execução física e financeira, no cumprimento
das metas e objetivos;
6. da designação do gestor da parceria;
7. da designação da comissão de monitoramento e avaliação
da parceria;
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Formalização de Parcerias
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MÓDULO 6 - GESTÃO
• As obrigações das partes;
• Quando for o caso, o valor total e o cronograma de
desembolso;
• A contrapartida, quando for o caso;
• A vigência e as hipóteses de prorrogação;
• A obrigação de prestar contas com definição de forma,
metodologia e prazos;
• A forma de monitoramento e avaliação, com a indicação dos
recursos humanos e tecnológicos que serão empregados
na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação
de apoio técnico;
• A obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos
previstos na Lei nº 13.019/14;
• A definição, se for o caso, da titularidade dos bens e
direitos remanescentes na data da conclusão ou extinção
da parceria e que, em razão de sua execução, tenham sido
adquiridos, produzidos ou transformados com recursos
repassados pela administração pública;
• Quando for o caso, a obrigação de a OSC manter e
movimentar os recursos em conta bancária específica;
• O livre acesso dos agentes da administração pública, do
controle interno e do Tribunal de Contas correspondente
aos processos, aos documentos e às informações
relacionadas a termos de colaboração ou a termos de
fomento, bem como aos locais de execução do respectivo
objeto;
• A faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a
qualquer tempo, com as respectivas condições, sanções
e delimitações claras de responsabilidades, além da
estipulação de prazo mínimo de antecedência para a
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Contrapartida
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Bens Remanescentes
MÓDULO 6 - GESTÃO
Bens remanescentes: os de natureza permanente adquiridos
com recursos financeiros envolvidos na parceria, necessários
à consecução do objeto, mas que a ele não se incorporam.
Caso a OSC adquira equipamentos e materiais
permanentes com recursos provenientes da celebração da
parceria, o bem será gravado com cláusula de inalienabilidade,
e ela deverá formalizar promessa de transferência da
propriedade à administração pública, na hipótese de sua
extinção.
Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado
aos bens remanescentes da parceria.
Os bens remanescentes adquiridos com recursos
transferidos poderão, a critério do administrador público,
ser doados quando, após a consecução do objeto, não forem
necessários para assegurar a continuidade do objeto pactuado,
observado o disposto no respectivo termo e na legislação
vigente.
Vedações
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MÓDULO 6 - GESTÃO
exercício de cargo em comissão ou função de confiança,
enquanto durar a inabilitação;
3. Considerada responsável por ato de improbidade,
enquanto durarem os prazos estabelecidos.
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alteração, tais como:
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EXECUÇÃO
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MÓDULO 6 - GESTÃO
cadernetas de poupança, fundo de aplicação financeira de
curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em
títulos da dívida pública, enquanto não empregados na sua
finalidade.
Os rendimentos de ativos financeiros serão aplicados
no objeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições
de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos.
Por ocasião da conclusão, denúncia, rescisão ou
extinção da parceria, os saldos financeiros remanescentes,
inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações
financeiras realizadas, serão devolvidos à administração
pública no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, sob pena
de imediata instauração de tomada de contas especial do
responsável, providenciada pela autoridade competente da
administração pública.
Toda a movimentação de recursos no âmbito da
parceria será realizada mediante transferência eletrônica
sujeita à identificação do beneficiário final e à obrigatoriedade
de depósito em sua conta bancária.
Os pagamentos deverão ser realizados mediante
crédito na conta bancária de titularidade dos fornecedores e
prestadores de serviços.
Demonstrada a impossibilidade física de pagamento
mediante transferência eletrônica, o termo de colaboração ou
de fomento poderá admitir a realização de pagamentos em
espécie.
O termo de fomento ou de colaboração poderá
admitir a realização de pagamentos em espécie, após
saque à conta bancária específica da parceria, na hipótese
de impossibilidade de pagamento mediante transferência
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Permissões
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MÓDULO 6 - GESTÃO
internet, transporte, aluguel, telefone, consumo de água e
luz e remuneração de serviços contábeis e de assessoria
jurídica.
• Aquisição de equipamentos e materiais permanentes
essenciais à consecução do objeto e serviços de adequação
de espaço físico, desde que necessários à instalação dos
referidos equipamentos e materiais.
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Despesas
Monitoramento e Avaliação
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MÓDULO 6 - GESTÃO
permanente do quadro de pessoal da administração pública.
Nas parcerias com vigência superior a 1 (um) ano, a
administração pública realizará, sempre que possível, pesquisa
de satisfação com os beneficiários do plano de trabalho e
utilizará os resultados como subsídio na avaliação da parceria
celebrada e do cumprimento dos objetivos pactuados, bem
como na reorientação e no ajuste das metas e atividades
definidas.
Para a implementação, a administração pública poderá
valer-se do apoio técnico de terceiros, delegar competência
ou firmar parcerias com órgãos ou entidades que se situem
próximos ao local de aplicação dos recursos.
A administração pública emitirá relatório técnico de
monitoramento e avaliação de parceria celebrada mediante
termo de colaboração ou termo de fomento e o submeterá
à comissão de monitoramento e avaliação designada, que
o homologará, independentemente da obrigatoriedade de
apresentação da prestação de contas devida pela organização
da sociedade civil
O relatório técnico de monitoramento e avaliação da
parceria, sem prejuízo de outros elementos, deverá conter:
• Descrição sumária das atividades e metas estabelecidas;
• Análise das atividades realizadas, do cumprimento
das metas e do impacto do benefício social obtido em
razão da execução do objeto até o período, com base
nos indicadores estabelecidos e aprovados no plano de
trabalho;
• Valores efetivamente transferidos pela administração
pública;
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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PRESTAÇÃO DE CONTAS
MÓDULO 6 - GESTÃO
Prestação de contas: procedimento em que se analisa e se
avalia a execução da parceria, pelo qual seja possível verificar
o cumprimento do objeto da parceria e o alcance das metas e
dos resultados previstos, compreendendo 2 (duas) fases:
• Apresentação das contas, de responsabilidade da
organização da sociedade civil;
• Análise e manifestação conclusiva das contas, de
responsabilidade da administração pública, sem prejuízo
da atuação dos órgãos de controle.
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GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
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MÓDULO 6 - GESTÃO
objeto, como listas de presença, fotos, vídeos, entre
outros; e
• os documentos de comprovação do cumprimento da
contrapartida, quando houver.
• os impactos econômicos ou sociais das ações
desenvolvidas;
• o grau de satisfação do público-alvo, que poderá ser
indicado por meio de pesquisa de satisfação, declaração
de entidade pública ou privada local e declaração do
conselho de política pública setorial, entre outros; e
• a possibilidade de sustentabilidade das ações após a
conclusão do objeto.
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colaboração ou de fomento.
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pela administração pública observará os prazos previstos na
Lei nº 13.019/14, devendo concluir, alternativamente, pela:
• Aprovação da prestação de contas;
• Aprovação da prestação de contas com ressalvas; ou
• Rejeição da prestação de contas e determinação de
imediata instauração de tomada de contas especial.
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MÓDULO 6 - GESTÃO
a aprovação da prestação de contas ou por omissão em
relação à análise de seu conteúdo, levando em consideração,
no primeiro caso, os pareceres técnico, financeiro e jurídico,
sendo permitida delegação a autoridades diretamente
subordinadas, vedada a subdelegação.
Quando a prestação de contas for avaliada como
irregular, após exaurida a fase recursal, se mantida a decisão, a
OSC poderá solicitar autorização para que o ressarcimento ao
erário seja promovido por meio de ações compensatórias de
interesse público, mediante a apresentação de novo plano de
trabalho, conforme o objeto descrito no termo de colaboração
ou de fomento e a área de atuação da organização, cuja
mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho
original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não
seja o caso de restituição integral dos recursos.
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