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Escalas Wechsler

WISC – IV / WAIS – III / WASI


Enfoque na correção e interpretação

Natalie Helene van Cleef Banaskiwitz


Mestre em Ciências pela FMUSP
Especialista em Neuropsicologia pelo CFP

www.nataliebanas.com.br
WISC – IV → 6 a 16 anos e 11meses

WAIS –III → 17 a 89 anos


(exceção A.O. que é até 74 anos)

WASI → 6 a 89 anos
WISC – IV WAIS –III
(crianças e adolescentes) (adultos e idosos)

WASI
(crianças, adolescentes, adultos e idosos)

Abreviada (apenas 4 subtestes)


O que é?

Instrumentos de aplicação individual, que tem como


objetivo avaliar a capacidade intelectual e o
processo de resolução de problemas.
Orientações Gerais

Reavaliação

Pesquisas mostram que o efeito de prática em subtestes do


Organização Perceptual e Escala de Execução é minimizado após
intervalo de um a dois anos; nos subtestes de Compreensão
Verbal e Escala Verbal esse intervalo é de aproximadamente um
ano.

Caso haja necessidade de aplicar o teste com intervalo curto,


pode-se substituir alguns deles por subtestes não utilizados na
fase anterior (suplementares)
Substituição por Subteste Suplementar
WISC – IV e WAIS - III

 Só é permitida UMA substituição para cada índice


(IVC, IOP, IMO e IVP).

 Ainda que cada índice permita uma substituição,


não se pode fazer mais do que duas substituições
de índices diferentes quando se objetiva a
derivação do QI total.
Testes Aplicados em Múltiplas Sessões

Deve-se tentar ao máximo aplicar todo o teste em apenas


uma sessão.

Se o avaliando estiver cansado, o aplicador deve dar uma


pausa após terminar um subteste para que ele descanse,
mas continuar em seguida.

Se for necessário agendar nova sessão, esta deverá


ocorrer o mais rápido possível, de preferência dentro de
até uma semana.
Ordem da Administração Padrão

A aplicação deve seguir a ordem sugerida (ordem


conforme protocolo de resposta), mesmo quando os
subtestes não forem aplicados ou forem substituídos.
(no caso do WAIS e WISC)

A ordem foi formulada com o objetivo de aumentar o


interesse do indivíduo nas tarefas e minimizar seu
cansaço, ao manter uma variedade de atividades
durante a testagem.
Itens de Entrada, Sequência Inversa e
Interrupções

São situações criadas nos subtestes para diminuir o tempo


de aplicação ou evitar que o avaliando se canse ou se
aborreça.
Itens de Entrada

Aplicação de cada subteste começa pelo item de


entrada correspondente à idade do avaliando.

Avaliandos com algum tipo de deficiência, o início


será sempre com 6 anos de idade (WISC – IV e
WASI) ou itens iniciais (WAIS – III). Exceções a essa
regra são o Códigos e Procurar Símbolos do WISC –
IV que são sempre aplicados de acordo com a idade,
sem considerar suas habilidades intelectuais.
Sequência Inversa

Ajudam a determinar se certos itens, abaixo do item


de entrada para a idade, devem ou não ser
aplicados.

Quando o avaliando obtém pontuação máxima nos


dois primeiros itens de um subteste de seu item de
entrada, conceda pontuação total para os itens
anteriores não aplicados e continue a aplicação.
Criança de 12 anos...
Sequência Inversa

Se o avaliando não obtém crédito total em um dos


dois primeiros itens de entrada para a idade, então
os itens anteriores são aplicados em ordem inversa,
até que ela consiga o crédito total em dois itens
seguidos.
Criança de 9 anos...
Sequência Inversa

Se o avaliando obtém pontuação máxima no item de


entrada, mas não no segundo, aplique também o
critério de sequência inversa, voltando ao item anterior
àquele em que o examinando foi bem sucedido para
tentar duas pontuações máximas consecutivas.
Criança de 9 anos...
Sequência Inversa

Precauções devem ser observadas em se tratando de


avaliandos que iniciam os subtestes de um item de entrada
abaixo de sua faixa etária (ex: criança com suspeita de
deficiência intelectual).

Independente do desempenho nos itens que precedem o


item de entrada para sua idade, deverá ser dado ao
avaliando o crédito total nesses itens quando pontuações
máximas forem obtidas nos dois primeiros itens de entrada
de sua idade.
Criança de 10 anos com suspeita de deficiência intelectual...
Sequência Inversa

WASI

Caso os itens-figura nos subtestes Vocabulário ou


Semelhanças necessitem ser administrados porque o
examinando obteve menos que o escore perfeito em
algum dos itens de entrada, o aplicador deve administrar
todos os itens-figura na sequência direta independentemente
dos escores do examinando.
Regras de Interrupção

Utilizados para se estabelecer quando se deve parar a


aplicação de um subteste.

Variam de um subteste para outro

Instruem o aplicador a respeito da interrupção dos


subtestes depois de uma série consecutiva de pontuações
zero.
Regras de Interrupção

Se o aplicador não está seguro quanto à pontuação de


uma resposta, aplicar mais alguns itens até ter certeza.
Se, posteriormente, concluir que alguns itens foram
aplicados a mais, o aplicador não deve conceder pontos
a esses itens considerados além do ponto de interrupção,
ainda que o avaliando os tenha obtido.
Criança de 13 anos...
Tempo

Testes que não possuem tempo rígido  10 a 30


segundos devem ser suficientes para que o avaliando
comece a responder.

Passando este tempo, o aplicador deve encorajá-lo a


responder. Se ainda assim não houver resposta, ele deve
tentar o item seguinte, dizendo algo como “Vamos tentar
um outro”...
Tempo

Por outro lado, o avaliando pode estabelecer um padrão


lento, porém com respostas corretas.

Ou ir ficando mais lento conforme aumentar o nível de


complexidade do item.

Desta forma, os 30 segundos funcionam como orientação


e não deve ser considerado de maneira rígida.
Tempo

Testes que requerem a utilização de cronômetro:

Começar a contar o tempo assim que terminar de falar a


última palavra das instruções e parar quando o
avaliando terminar sua resposta.
Tempo

O aplicador deve conceder ao avaliando alguns


segundos a mais para completar a resposta, caso
esteja chegando ao final quando o tempo acabar.

No entanto, não se deve dar créditos para itens


completados depois do tempo esgotado, devendo
apenas registrar seu desempenho até o limite de tempo
determinado.
Tempo

Pode-se repetir as instruções de um item, caso solicitado;


no entanto, não interromper a contagem de tempo.
PARE
WASI

Foram inseridos no WASI para evitar que o examinando fique


cansado sem necessidade.

Reduzem o tempo de testagem.

São especificados conforme os itens de entrada (por idade e


subteste).

O aplicador deve atribuir escore 0 para quaisquer itens


administrados após o item de término correto para sua idade,
mesmo que a resposta à estes itens normalmente recebessem
crédito.
Itens de Qualificação
WISC -IV

Para o subteste SNL os itens de qualificação são


aplicados em crianças de 6 e 7 anos para verificar se
elas têm as habilidades necessárias para resolver a
tarefa.
Itens para Treino e Instruções

Muitos subtestes têm itens em que o avaliando treina a


tarefa antes de iniciá-la (Códigos, Procurar Símbolos,
Cancelamento...)

Para os subtestes sem treino (ex: vocabulário e Informação),


importante dar um feedback nos itens iniciais, após uma
resposta incorreta. Este feedback quando permitido é
indicado no Manual ou Protocolo de Registro, deve ser dado
após a resposta da criança e não altera a pontuação.
Inquéritos

Servem para elucidar uma resposta incompleta, vaga ou


pouco clara.

Por exemplo: No subteste Semelhanças ou Vocabulãrio, uma


resposta pouco clara poderia ser mais elucidada com uma
pergunta: “O que você quis dizer?”, ou “Fale mais sobre
isso”.

Colocar um Q ou I no Protocolo de Registro para sinalizar


que realizou o inquérito.
Inquéritos

Itens que pressupõem uma pergunta à


determinadas respostas estão sinalizadas com um
asterisco (*) ou um (Q) ou (I) no Manual e no
Protocolo de Registro.

O objetivo desse procedimento é garantir que o avaliando


entendeu bem o que deve ser feito, ajuda-la a
desempenhar da melhor forma possível.
Respostas Múltiplas

Se uma segunda ou terceira resposta pretende substituir a


anterior, deve-se pontuar apenas a última resposta dada.

Se o examinando fornece uma resposta correta e uma


incorreta e não deixa claro qual é a resposta final, o
examinando deve perguntar a ele “Qual desta, ______ ou
_______?” e pontuar a resposta que o examinando indicar
como a final.
Respostas Múltiplas

Se o examinando invalidar uma resposta que poderia ser


aceitável espontaneamente ou após questionamento, o
examinador deve pontuar a resposta como 0.

Se o examinando responder a uma série de respostas que


variam amplamente em qualidade, sem respostas que
invalidam as demais, o examinador deve pontuar a melhor
delas.
Frases de Auxílio

Usadas para ensinar ou relembrar o avaliando


sobre a tarefa a ser feita em determinado subteste.

Por exemplo, crianças que escolhem mais de uma


figura de uma única fileira no subteste Conceitos
Figurativos, devem ser lembradas que a escolha é
de apenas uma por fileira.
Repetição

Objetiva redirecionar a atenção do avaliando e


certificar-se de seu bom entendimento.

Alguns subtestes (Dígitos e SNL) não permitem


repetições ou permitem um número limitado de
repetições (Aritmética e Raciocínio com Palavras do
WISC, que permitem UMA repetição).
Repetição

Para os outros subtestes que permitem o uso da


repetição, as instruções podem ser repetidas tantas
vezes quanto solicitadas.

Uma boa prática é repetir também os itens, caso o


avaliando não responda em 5 a 10 segundos (tomar
cuidado para não repetir a instrução enquanto ele está pensando na
resposta, para não atrapalhá-lo)
Registrando as Respostas WISC - IV

Símbolo Finalidade
Q Inquérito
A Alerta formulado
R Repetição de item ou instrução, a pedido ou não da criança
C Criança corrigiu sua resposta
NS Criança informou que não sabia
NR Criança não respondeu
AC Criança apontou corretamente
AE Criança apontou erroneamente
Registrando as Respostas WAIS - III

Abreviaturas Finalidade
C (correto) Resposta do examinando foi correta
E (errada) Resposta do examinando foi errada
I (Inquérito) Inquérito foi feito para esclarecer uma resp.
NS (não sabe) Examinando indicou não saber a reposta
SR (sem resposta) O examinando não respondeu ao item
INC (incompleta) Não completou o item dentro do tempo limite
AC (apontou Apontou a parte relevante que faltava em
corretamente) CF ou a alternativa correta em RM
AI (apontou Apontou uma parte incorreta em CF ou uma
Registrando as Respostas WASI

Abreviaturas Finalidade
Q Resposta do examinando foi correta
(questionamento/inquérito)
NS (Não sabe) Resposta do examinando foi errada
INC (incompleta) Inquérito foi feito para esclarecer uma resp.
SR (sem resposta) Examinando indicou não saber a reposta
AC (apontou corretamente) Apontou a parte relevante que faltava em
CF ou a alternativa correta em RM
AI (apontou incorretamente) Apontou uma parte incorreta em CF ou uma
alternativa incorreta em RM
Orientações de Aplicação
Apresentação do WISC - IV

“Eu vou pedir para você fazer algumas coisas hoje,


responder perguntas, trabalhar com cubos e outras
coisas. Algumas dessas coisas podem ser muito fáceis
para você, mas outras podem ser bem difíceis. A
maioria das pessoas não consegue responder todas
as perguntas ou fazer tudo que eu peço, mas é
importante você fazer o possível para conseguir. Você
quer perguntar alguma coisa?
Apresentação do WAIS - III

“Agora eu irei fazer algumas perguntas a você, do tipo


dar definições de palavras e solucionar alguns
problemas numéricos. Você achará algumas dessas
tarefas fáceis, enquanto outras poderão ser mais
difíceis. Muitas pessoas não respondem a todas as
questões corretamente ou não completam todos os
itens. Peço a você que procure dar o melhor de si
mesmo na resolução de todos os itens. Você tem
alguma pergunta?”
Apresentação do WASI

“Eu vou pedir para você fazer algumas coisas hoje,


como definir palavras e resolver vários tipos de
problemas. A maioria das pessoas não consegue
acertar ou fazer todos os itens, mas é importante que
você faça o possível para responder a cada item.
Você gostaria de perguntar alguma coisa?”
A palavra inteligência deve ser evitada
pois pode gerar uma ansiedade
desnecessária.
SUBTESTES WISC – IV
15 subtestes

Suplementares
SUBTESTES WAIS – III
14 subtestes

Suplementares
SUBTESTES WASI
4 subtestes
CUIDADOS AO PONTUAR!!!!
Pontuação das respostas
 O procedimento para a pontuação de cada
subteste está sinalizado no protocolo de registro
com o seguinte símbolo:
Pontuação das respostas
 Pontuação: Procedimento objetivo.
 Necessita de um maior julgamento os seguintes
subtestes:
 Semelhanças;
 Vocabulário;
 Compreensão;
 Informação;
 Raciocínio com palavras.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.

 A pontuação dos testes que avaliam


compreensão verbal baseia-se em respostas
textuais da criança.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.

 Deve-se comparar a resposta dada pela


criança às respostas de amostra para cada
item e o critério geral de pontuação de cada
teste.
1. Deve tentar achar uma resposta da amostra que
combine com a resposta dada pela criança;
2. Caso não encontre passe para o critério geral de
pontuação.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal

 Muitas vezes as
respostas são
“boderline” e difíceis
de serem avaliadas.

→ necessário fazer
questionamentos sobre
as respostas dadas.
(letra Q sinalizada no
manual de aplicação).
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.

 A pontuação deve ser dada pelo conteúdo e não


pela elegância ou extensão da resposta.

 Nunca o escore da resposta dada pelo


examinando deve ser penalizado por erros
gramaticais ou dificuldades de pronúncia ou
articulação.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.
 Respostas entre
colchetes, como: “você
segura e [Demonstra
o uso do guarda
chuva]”
 Essa demonstração
junto com a resposta
verbal indicam que o
examinando entende o
conceito e deve ser
pontuada com 1 ponto.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.

 Em geral respostas
não verbais não
merecem crédito
ao menos que
venham
acompanhadas de
uma resposta
verbal.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.
 A diferença
entre os níveis
da resposta
também pode
estar presente
nos dizeres
dentro dos
colchetes.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.
 Podem existir 2 ou mais respostas em uma mesma
linha separadas por ponto e vírgula. Nesse caso,
qualquer resposta é válida e a criança não precisa
responder as 2 para receber os créditos.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.
 Algumas respostas tem entre (parênteses) uma série de
palavras ou frases. A pontuação deve ser dada se o
examinando utilizar qualquer uma delas. Não é
necessário que ele dê todas as respostas.
Pontuação das respostas que avaliam
compreensão verbal.
 Algumas respostas pressupõem inquérito e são assinaladas
com um (Q).
 Um (Q) no final de várias respostas na mesma linha,
aplica-se todas elas.
 Caso não tenha o (Q) o inquérito não deve ser feito.
Pontuação das respostas que requerem
inquérito

 Deve ser avaliado a resposta espontânea e após


o inquérito.

 Resposta espontânea de 1 ou 0 ponto que


requer inquérito, mas a criança não melhora sua
resposta a pontuação permanece a mesma.
Pontuação das respostas que requerem
inquérito

 Ex: “ O que é um guarda-chuva?” e a criança


responde “Evita que você se molhe” (1 ponto)
e após o inquérito “Plástico” (0 ponto).

Geralmente a criança não perde o ponto da


resposta espontânea.
Pontuação das respostas que requerem
inquérito

 A criança pode dar duas respostas com pontuação


de mesmo valor, mas que combinadas elas elevam a
pontuação final.

 EX: “Você carrega quando chove” e ela


complementa com “Você não fica molhado”.

Cada resposta vale 1 crédito, mas somada o crédito


é de 2 pontos.
Pontuação das respostas que requerem
inquérito
 Algumas vezes a resposta após o inquérito invalida
o resultado da resposta anterior.
 EX: “ Coloca sobre a cabeça” (1 ponto) e após o
inquérito o examinando responde “É um chapéu” (0
ponto). Receberá 0 ponto nesse item.

 Isso é bastante raro, mas é importante perceber a


diferença entre respostas fracas e respostas que
demonstram conceito errado do objeto.
 “Plástico” (resposta fraca), “É um chapéu” (resposta
errada).
Pontuação de múltiplas respostas
 O examinando pode dar várias respostas para 1
mesmo item. Nesses casos, as seguintes regras devem ser
seguidas:

 Se ele se autocorrigir, o aplicador deve considerar a nova


resposta;

 Se ele substituir a primeira resposta pela segunda,


considerar apenas a resposta validada por ele;

 Se houver limite de tempo deve-se considerar a resposta


fornecida dentro do limite;
Pontuação de múltiplas respostas

• Se o examinando der duas respostas (uma correta e


outra incorreta) e não ficar claro qual é a resposta
predominante, o aplicador deve perguntar qual
delas é a resposta final e pontuá-la;
Pontuação de múltiplas respostas

 Se o examinando der várias respostas com


pontuações diferentes, mas nenhuma delas for
incorreta, o avaliador deve pontuar a melhor
resposta. EX: “ O que tem em comum entre maça e
banana?”. “São pequenas, são frutas e tem casca.”
(2 pontos).
CORREÇÃO
WISC - IV
Cálculo da idade cronológica da criança

 Anotar o dia, mês e ano referente a primeira sessão de


aplicação;
 Anotar o ano, mês e dia de nascimento da criança.
 Subtrair a data de nascimento da data de aplicação.
 Considerar sempre o mês com 30 dias.
 Não arredondar a idade da criança.
Como completar o protocolo de registro
Somar os pontos brutos de cada subteste e
anotar no espaço que se encontra no final
de cada subteste (no protocolo de registro).

Passar esses valores na coluna “Pontos


Brutos” da tabela “Conversão dos Pontos
Brutos em Ponderados”, que se encontra na
primeira folha do protocolo de registro.
Convertendo os pontos brutos em ponderados

 Consultar o anexo A- Tabela A.1 do manual


(págs. 218-250).

 Cada tabela compreende um intervalo de 4 meses de idade


(cabeçalho das tabelas e no topo das páginas).
As pontuações ponderadas são
baseadas na idade da criança
(tomar como base a idade
cronológica dela).
Convertendo os pontos brutos em ponderados

 Os subtestes principais encontram-se no lado esquerdo da tabela


e os suplementares aparecem à direita
Deve-se procurar o total de pontos brutos de
cada subteste e verificar na coluna da esquerda o
ponto ponderado equivalente.

Transferir os valores encontrados para o


protocolo de registro, nos espaços em branco das
colunas “pontos ponderados”.
Obtendo as somas das pontuações ponderadas
Pontos ponderados podem virar gráfico
Determinando pontuação composta

 Para a conversão utilizar as tabelas A.2 a


A.6 (págs. 251-254) e obter os pontos
compostos, percentil e intervalo de
confiança de cada índice.
Passar a soma dos
pontos ponderados
dos índices para a
tabela de “Conversão
da Soma dos Pontos
Ponderados em Ponto
Composto”.

O QI total não é a
soma ou média dos
índices ICV e IOP,
nem dos 4 pontos
compostos. O QI total
é derivado da
pontuação ponderada
total (soma dos 10
pontos ponderados
dos subtestes
principais).
Os pontos compostos podem ser transformados em gráficos
Somas pró rata de pontuações ponderadas

 Deve-se evitar esse tipo de cálculo, pois violam a


administração padrão do teste e introduzem um erro de
medida adicional na derivação dos pontos compostos da
criança.

 O uso da soma pró rata deve ser usado apenas quando é


inevitável devido as dificuldades de aplicação (Ex: Quando
nenhum subteste suplementar está disponível para substituição).

 Deve se ter cuidado na interpretação dos resultados.


Somas pró rata de pontuações ponderadas

 É necessário 2 pontos ponderados para o uso pró rata. Sendo


assim, memória operacional e velocidade de processamento
não ocorre pró rata.

 Caso algum subteste referente a memória operacional ou


velocidade de processamento for invalidado e nenhum subteste
suplementar tiver sido aplicado como substituição, o QI total
não poderá ser calculado.

 Utilizar a tabela A.7 (pág 255).


Pró rata Índice Organização Perceptual
Página de análise
Comparação entre discrepâncias
 Transferir a pontuação ponderada da primeira página para as
respectivas colunas ponderados 1 e 2.
Comparação entre discrepâncias
 Subtrair o ponto ponderado 2 do 1 e anotar na coluna Diferença (sinalizar
se é negativo ou positivo).
Comparação entre discrepâncias

 Para preencher a coluna Valor crítico deve


ser consultada a tabela B.1 (pág 270).
Essa tabela
apresenta a
diferença entre
os índices por
faixa etária ou
para amostra
total, a 2 níveis
de significância
(0,05 e 0,15).

Decidir o nível
que adotará e
indicar na
folha.
 Comparar em termos absolutos a diferença da pontuação da
criança com o valor crítico.

 Se for maior ou igual escrever sim, caso contrário sinalizar que


não.
 A tabela B.2 (págs 271-276) fornece a porcentagem de
crianças correspondente à cada grau de discrepância.

 Essa tabela é dividida em Amostra geral ou nível de


habilidade. Indicar a escolha no lugar apropriado.
 A tabela esta dividida em “+” e “-”.
 Para completar a parte referente a comparação entre os
subtestes (dígitos, SLN/ Códigos, PS/ Semelhanças, conceitos
figurativos) realizar o mesmo procedimento dos índices.

 Utilizar a tabela B.3 (pág 277) para levantar


os valores críticos.
área branca significância 0,05 área verde 0,15
área branca
significância 0,05
Comparação entre discrepâncias

 Os itens em que a discrepância é maior ou igual ao valor crítico


devem ser preenchidos como sim e levantado a frequência acumulada
tabela B.4 (pág 278). Vale lembrar que a tabela esta dividida
em “+” e “-”.

 Na tabela B.3 encontra-se o valor crítico da discrepância entre todos


os subtestes.
Determinando facilidades e dificuldades

 Possibilidade de analisar as dificuldades e facilidades


intraindividuais nos subtestes.

 Levantar a média geral de todos os 10 subtestes principais


(maioria dos casos esse é o procedimento).

 Quando a diferença entre o ICV- IOP é significativo, deve-se


utilizar a média dos subtestes de cada índice (ponderada dos 3
subtestes que determinam ICV /3 e o mesmo com o IOP).

 Marcar a direita do protocolo qual média será utilizada.


Quando a diferença entre o
ICV - IOP é significativa,
deve-se utilizar a média
dos subtestes de cada
índice (ponderada dos 3
subtestes que determinam
ICV /3 e o mesmo com o
IOP).

Memória operacional e
Velocidade de
processamento só
podem ser comparados
com a média geral.
 Aplicar o mesmo procedimento realizado com a discrepância
utilizando as tabelas B.5 (pág 279) para obter o valor crítico.

 Caso o valor da diferença seja maior ou igual ao valor crítico


analisar:

 A diferença é “+” é considerado uma facilidade (F).


 A diferença é “-” é considerado uma dificuldade (D).

 Nesses casos anotar a frequência acumulada.


Caso exista
uma facilidade
ou
dificuldade....
Olhar a
frequência
acumulada na
mesma tabela
Determinando escores de processo
 Subtestes com pontuação intermediária ou complemetar
chamada escore de processo:

 Cubos sem tempo de bônus (CUSB);


 Dígitos:
 Dígitos ordem direta (DIOD);
 Dígitos ordem inversa (DIOI);
 Sequência maior de dígitos ordem direta (UDIOD);
 Sequência maior de dígitos ordem indireta (UDIOI);

 Cancelamento:
 Cancelamento aleatório (CAA);
 Cancelamento estruturado (CAE).
 Passar os pontos brutos para á coluna específica da folha.

Para passar os pontos brutos para ponderados utilizar a tabela


A.8 (págs 256-266).

A tabela A.8 é dividida por idade a cada 4 meses


Determinando escores de processo

 A tabela B.7 (pág 281) fornece a porcentagem acumulada


da amostra de normatização para a pontuação bruta de UDIOD
e UDIOI por grupo etário.

 Para determinar a frequência acumulada deve-se localizar a


pontuação bruta e ler na coluna apropriada (ordem direta ou
ordem inversa). O número encontrado é a porcentagem de
crianças da amostra normativa que obtiveram o mesmo UDIOD e
UDIOI ou maior.
Comparações de discrepâncias (escore de processo)

 Comparações de discrepância:

 Sequência maior de dígitos ordem direta (UDIOD) X Sequência


maior de dígitos ordem direta (UDIOI) – utilizar pontos brutos.

 Cubos (CB) X Cubos em tempo bônus (CUSB).

 Dígitos ordem direta (DOD) X dígitos ordem inversa (DIOI).

 Cancelamento aleatório (CAA) X cancelamento estruturado


(CAE).
Comparações de discrepâncias (escore de processo)

 As outras comparações devem ser feitas a partir dos


pontos ponderados.
Comparações de discrepâncias (escore de processo)

 Utilizar a tabela B.9 (pág 283) para levantar o valor crítico.

 Escolher entre o nível de significância 0,05 ou 0,15 do valor crítico.


Se o valor absoluto da diferença for maior ou igual ao valor crítico a diferença é
significativa.

Para as diferenças significativas utilizar a tabela B.10 (pág 284) que é separada em “+” e “-
” para descobrir a porcentagem de crianças da amostra que obtiveram a mesma pontuação.
Equivalente teste-idade

 Tabela A.9 (pág 267) fornece equivalente teste-idade.

 Analisar a partir dos pontos brutos.

 Se a mesma pontuação bruta aparecer em 2 idades de testes


sucessivos, considerar a menor idade.

 Se aparecer em 3 idades considerar a idade do meio.


Equivalente teste-idade
 As colunas PS e CD possuem 2 cores para demonstrar as
diferentes formas (A e B).
Faz isso com os
subtestes que
compõem os indices
(ICV, IOP ou QI total)
Para obter a média de idade do teste some as idades dos subtestes
que compõem os indices (ICV, IOP ou QI total) e divida pelo número
de subtestes do índice correspondente.

Subteste Ponto bruto Teste Idade


Cubos 38 13:10
Semelhanças 15 9:6
Dígitos 10 6:6
Conceito Figurativo 17 12:6
Códigos 47 12:6
Vocabulário 28 9:10
Seq letra e número 15 9:10
Raciocínio matricial 19 10:10
Compreensão 19 10:2
Procurar símbolos 24 13:2
Total = 1.268 meses / 12 =
105,66/ 10 subtestes= 10
anos e 5 meses
CORREÇÃO
WAIS - III
Depois de obter os escores brutos de cada subteste, transcreva-os
na coluna “Escore Bruto”
Consultar a tabela A.1 adequada à idade do examinando.
Localizar o escore ponderado
para cada subteste e anotar na
célula à direita do escore bruto
já anotado.
Somas dos escores ponderados

NÃO incluir as
notas entre ( )
Fazer a média das notas ponderadas para a Escala Verbal
e Escala Execução
Fazer a média das notas ponderadas para a Escala Verbal,
Escala Execução e QI Total
Fazer a média das notas ponderadas para a Escala Verbal,
Escala Execução e QI Total
Quando apenas 5 subtestes da Escala Verbal foram aplicados ou
apenas 4 subtestes da Escala de Execução, e não temos um teste
suplementar para substituir, fazer o cálculo proporcional na tabela A.10
Exemplo:
Para cálculo da Escala
Verbal, somar as 5
notas ponderadas e ir
na Tabela A. 10 para
encontrar a somatória
proporcional.

Soma de 5 sutestes verbais = 52


Soma de 5 sutestes verbais = 52 Proporcional= 62
Soma de 5 sutestes verbais = 52 Proporcional= 62
Determinar os QIs
e Índices Fatoriais
Usar Tabelas A.3 a A.9 para converter os escores ponderados
em QIs e Índices Fatoriais
Criar o Perfil dos Escores
Determinação de Facilidades e Dificuldades
1- Passar as notas ponderadas de cada um dos subtestes na coluna
“Escores Ponderados”.

2 – Passar as médias da escala verbal e da escala execução para a


coluna “Escore Médio”
Fazer o escore ponderado de cada um dos testes menos o escore
médio e colocar o resultado na coluna “Diferença da Média”.
Olhar na tabela B.3 o nível de significância para os níveis de 0,15
e 0,05. O apêndice B mostra as frequências das diferenças obtidas
em 1%, 2%, 5, 10% e 25% da amostra.
Note que a Tabela B.3 é dividida em seções de acordo com o
número de subtestes aplicados e com a escala
Note que a Tabela B.3 é dividida em seções de acordo com o
número de subtestes aplicados e com a escala
Considerar o nível de
significância de 0,05.
Passar esse valor
para a coluna “Nível
de Significância”
Em cada subteste, a diferença do escore do examinando,
em relação à média, é significante quando seu valor é
igual ou superior ao valor mostrado na tabela (Seja ela
positiva ou negativa)

Se for positiva, se trata de uma facilidade, se for negativa


se trata e uma dificuldade.
Análise de discrepância
Passar os valores de QI e dos Índices para as colunas “Escore 1” e “Escore 2”,
conforme as siglas.
Análise de discrepância
Escore 1 – Escore 2 = Diferença
Verificar na Tabela B.1 o nível de significância para
cada análise.
Passar esses números para a Coluna “Significância Estatística”
e verificar se há ou não discrepância entre as diferentes
variáveis.
SE houver, verificar a frequência relacionada ao tamanho da
discrepância na Tabela B.2
Verificar a porcentagem relacionada ao tamanho da discrepância.
O Protocolo de Registro também contém um espaço para o
.
registro das sequencias mais longas do Ordem Direta e do
Ordem Inversa do Dígitos.
A Tabela B.6 mostra a frequência em que essas sequencias
ocorreram na amostra de padronização e a Tabela B.7 mostra a
frequência das diferenças entre as sequencias
CORREÇÃO WASI
Obter os T Score dos Subtestes

Para cada subteste, calcular o escore bruto e colocar na coluna “Pontos Brutos”
Obter os Escores T dos Subtestes

Usar a Tabela A.1 para


converter os pontos
brutos em T – Score.
Obter os Escores T dos Subtestes
Passar o T- Score para as células correspondentes
Obter os Escores T dos Subtestes
O Escore T pode ser transformado em Ponderada, através da Tabela
Obter os Escores T dos Subtestes
Fazer a soma das Escalas Verbal, Execução e Total
Obter Escores de QI
Transferir as somas dos escores T para a coluna “Soma dos Escores T”
Obter Escores de QI
Consultar as Tabelas A.3 – A.6 para as Escalas Verbal, Execução e Escala
Completa de 4 subtestes e Escala Completa de 2 subtestes.
Obter Escores de QI
Construir os Perfis de Escores (Gráficos)
Verificar Discrepâncias entre os QIs
Equivalente Teste -Idade
INTERPRETAÇÃO
O que cada subteste avalia?
Ponderado %ile Clas
17 99 MtS
Muito Superior
16 98 MtS
15 95 S
Superior
14 91 S
13 84 MS Média Superior
12 75 MS
11 63 M
10 50 M Média
9 37 M
8 24 MI Média Inferior
7 16 MI
6 9 L Limítrofe
5 5 L
4 2 D Deficitário
3 1 D
2 0,4 D
1 0,1 D
1 0,1 D
Informação: Mede o nível dos conhecimentos
adquiridos a partir da educação na escola e na
família. Apela à memória episódica a longo termo.
Permite verificar a organização temporal.
Proporciona também uma ideia acerca da
curiosidade intelectual dos sujeitos mais velhos em
relação às ciências.
Semelhanças e Conceitos Figurativos: Examinam
a capacidade de estabelecer relações lógicas e formar
conceitos verbais (Semelhanças) e não-verbais
(Conc. Figurativos) ou de categorias. Avaliam a
capacidade de síntese e de integração de
conhecimentos. É um subteste difícil para os
indivíduos com limitações intelectuais. Do ponto de
vista da avaliação das funções executivas é
importante observar se o examinando alcança a
pontuação máxima nos itens através de uma única
resposta correta ou de explicações pormenorizadas.
Aritmética: Avalia a capacidade de cálculo mental, a
compreensão de enunciados verbais de uma certa
complexidade e a capacidade de raciocínio. É bastante
sensível a um déficit de atenção (e à falta de controle
da impulsividade). Requer uma boa capacidade da
memória de trabalho necessária para manter presente
todos os elementos do problema a resolver. O
examinador deverá estar atento ao modo de
resolução, sobretudo quando a sua resposta está
errada.
Vocabulário: Mede a competência linguística, os
conhecimentos lexicais e, sobretudo, a facilidade de
elaboração do discurso. Tal como no subteste das
Semelhanças, importante observar a justeza do
vocabulário utilizado e a precisão do pensamento.
Um desempenho baixo pode traduzir falta de
familiarização com o contexto educativo ou ausência
de experiência escolar.
Compreensão: Examina a capacidade do sujeito exprimir as
suas experiências. Apela ao conhecimento de regras de
relacionamento social. Permite observar quer a facilidade de
argumentação (quando é pedido ao sujeito para justificar as suas
respostas), quer a flexibilidade mental (quando é solicitada uma
segunda resposta ao mesmo item). Um resultado fraco pode
sugerir uma certa forma de inércia frontal (dificuldades
neurológicas na mobilização dos seus recursos cognitivos
durante a tentativa de evocação de vários soluções para um
mesmo problema) ou revelar desconhecimento das regras
sociais, falta de empatia e de julgamento (que caracterizam
frequentemente os sujeitos que apresentam uma disfunção não
verbal).
A Memória de Dígitos na Ordem Direta mede a
memória auditiva sequencial e é bastante sensível à
capacidade de escuta e às flutuações da atenção.
Quando o sujeito repete todos os números, mas não
na ordem em que eles lhe foram apresentados, trata-
se especificamente de capacidade de evocação
sequencial em modalidade auditiva e não de um
déficit de natureza mnésica ou atencional.
A Memória de Dígitos na Ordem Inversa mede a
capacidade de memória de trabalho. Esta tarefa é
geralmente mais difícil que a precedente. É esperado
que o resultado na Ordem Inversa seja um ou dois
pontos inferiores ao obtido na Ordem Direta. Um
resultado (excepcional) igual ou superior na Ordem
Inversa parece indicativo do recurso a excelentes
estratégias executivas e da utilização preferencial de
um modo de evocação visual (que substitui uma
atenção auditiva enfraquecida).
Sequência de Números e Letras: Criada para
auxiliar na avaliação da atenção e memória de
trabalho. Avalia a capacidade de memória de
trabalho, e depende de uma boa percepção auditiva e
atenção.
Código: Mede a capacidade de associar números a símbolos e de
memorizar corretamente essas associações, a fim de executar a
tarefa o mais rapidamente possível. Avalia a capacidade de
aprendizagem «mecânica», automatizada. A reprodução dos
símbolos requer uma boa caligrafia, muitas vezes ausente nas
crianças impulsivas (os problemas neuromotores finos são
frequentemente relacionados com esta problemática).
 Cubos: Examina a capacidade de organização e processamento
viso-espacial/não-verbal, a capacidade para decompor
mentalmente os elementos constituintes do modelo a
reproduzir. É considerada uma medida de resolução de
problemas não verbais e usada como uma das contraprovas de
déficits nas funções executivas. Neste contexto, permite
identificar dificuldades de automonitorização presentes quando
o indivíduo é incapaz de reconhecer erros evidentes, mesmo
quando é desafiado a descobrir esses erros ou a comparar o
seu trabalho com o estímulo, após a aplicação formal do
subteste.
Cubos: A escolha do tipo de estratégia que permite a execução
da tarefa revela-se um excelente índice da inteligência não-
verbal, bem como das capacidades de raciocínio viso-espacial.
Dificuldades na manipulação do material e, sobretudo, na
organização espacial dos elementos, podem dificultar o
desempenho neste subteste nos casos de dispraxia de
construção (e inteligência normal). Em comparação com outras
medidas de aptidão viso-espacial, o subteste de Cubos supõe o
recurso a um funcionamento viso-perceptivo, capacidades
construtivas, coordenação, rapidez psicomotora.
Completar Figuras: Apela a uma forma de memória visual e a
um bom senso prático. O examinador deve pedir ao sujeito,
sobretudo aos mais velhos (10 anos ou mais), para nomear a
parte que falta, uma vez que a resposta pode proporcionar um
bom índice das suas capacidades de acesso lexical (escolha da
palavra exata) e da sua cultura geral. As crianças impulsivas,
bem como os sujeitos disfásicos, frequentemente apresentam
uma tendência para utilizar termos vagos, em vez de evocar o
termo exato. À semelhança do subteste Informação, uma fraca
escolarização, ou um meio sociocultural desfavorecido, pode
explicar a pobreza do vocabulário utilizado pelo sujeito.
Procurar Símbolo: Apela para a capacidade de discriminação
perceptiva. Depende de uma boa capacidade de atenção visual e de
memória de trabalho. Sujeitos impulsivos, ou com déficit de
atenção, obtêm com frequência os resultados mais baixos no
Código e no Procurar Símbolos. Quando o Código é melhor sucedido
que o Procurar Símbolos, prevalece a suspeita de uma dificuldade
de ordem grafo motora, associada à execução de símbolos
inabituais, permanecendo totalmente preservadas as competências
perceptivas. Se o Procurar Símbolos é uma prova que apresenta
resultados superiores relativamente ao Código, trata-se de um
sujeito que não aprendeu a autorregular o seu desempenho numa
tarefa cronometrada, mais do que um déficit de atenção visual e/ou
da discriminação perceptiva, ou da existência de um controlo
insuficiente da impulsividade.
Cancelamento: Examina a capacidade de criação de estratégias
de busca visual. Exige uma boa atenção visual, e também exige a
capacidade de discriminação perceptiva. Possível notar muitas
auto correções em crianças impulsivas.

Raciocínio com Palavras: Habilidade verbal de raciocínio.


Velocidade de pensamento. Memória episódica.
Raciocínio Matricial: Ajuda na investigação do processamento da
informação visual e raciocínio abstrato (analógico). Depende de
adequada percepção visual, avalia resolução de problemas não
verbais. Entre as habilidades investigadas e compartilhadas com
outros subtestes estão: percepção visual de estímulo abstrato,
percepção auditiva do estímulo verbal complexo (seguir as
instruções), capacidade de distinguir os detalhes essenciais dos não-
essenciais, organização perceptual, inteligência fluida, produção
convergente, processamento holístico, habilidade de aprendizado,
raciocínio não-verbal, processamento simultâneo, visualização
espacial e organização visual (Kaufman & Lichtenberger, 1999).
Arranjo de Figuras. Requer uma boa capacidade de análise
perceptiva, bem como uma integração do conjunto das informações
disponíveis. Uma pontuação fraca pode refletir um dano nas funções
frontais de auto regulação. A relação dos desenhos que compõem
cada história exige uma forma de discurso interior que pode
manifestar-se não funcional nos sujeitos que apresentam uma
disfasia, sobretudo receptiva. Muitas vezes as crianças disfásicas
evidenciam dificuldades na percepção do tempo e do espaço, que
podem ser detectadas nesta tarefa.
Armar Objetos. Mede a capacidade de organizar um todo a
partir de elementos separados, apela à capacidade de integração
perceptiva e é sensível à dispraxia de construção. Proporciona
uma oportunidade para observar diretamente a estratégia de
resolução dos problemas (itens).
IMPORTANTE

Se a criança tiver uma pontuação rebaixada, por


exemplo, no subteste Cancelamento, NÃO significa,
obrigatoriamente, que ela tem dificuldade na
capacidade de criação de estratégias de busca visual E
na atenção visual E na capacidade de discriminação
perceptiva.
IMPORTANTE

É preciso integrar diversas informações e então ver o


que mais faz sentido.... O resultado precisa ser
Consistente!!

Analisar todos os comportamentos observados em


sessão, a forma de execução dos testes, os tipos de
erros, a qualidade das repostas para então se chegar a
uma conclusão.
Análise por Índice
O Índice de Compreensão Verbal (ICV) avalia
raciocínio verbal e formação de conceitos.

O Índice de Organização Perceptual (IOP) avalia


formação de conceitos não verbais, percepção e
organização visual, processamento simultâneo,
coordenação visuomotora, aprendizagem e a
habilidade de separar figura e fundo de um estímulo
visual.
O Índice de Memória Operacional (IMO) avalia as
habilidades do examinando de sustentar atenção,
concentração e exercer controle mental.

O Índice de Velocidade de Processamento (IVP)


é um indicador da velocidade com a qual a criança
pode processar mentalmente uma informação, simples
ou rotineira, sem errar. Desempenhos em tarefas
dessa natureza podem ser influenciados pela
discriminação visual e coordenação visuomotora.
Como Interpretar a
página de análise
do WISC
WISC - IV

Nesta tabela vocês irão observar se houve ou não discrepância quando


comparamos os diferentes índices e subtestes específicos entre si.

Se houve discrepância, em qual índice ou subteste este indivíduo


apresentou melhor desempenho e em qual apresentou pior
desempenho? O que essa discrepância significa?
WISC - IV

Aqui estamos comparando a nota de cada subteste com a


própria média do paciente.

As ponderadas isoladas não são importantes neste momento.


Verificar se a nota alcançada em um determinado subteste é
maior ou menor do que a própria média.
WISC - IV

Quando a nota do subteste for significativamente maior (ou


seja, ultrapassar o valor crítico e for positiva) que a própria
média → FACILIDADE

Quando a nota do subteste for significativamente menor (ou


seja, ultrapassar o valor crítico e for negativa) que a própria
média → DIFICULDADE
WISC - IV

Descrever se há diferença no desempenho quando comparamos o span


atencional e a memória operacional (ODIOD x ODIOI)

Analisar a relação entre a velocidade de execução de uma tarefa e


de sua habilidade de raciocínio viso-espacial. Verificar se a pontuação
alta é devido a uma boa velocidade de execução, ou ao nível de
raciocínio que ele atinge (cubos x cusb)
WISC - IV

Verificar se uma atividade “organizada”, “estruturada”, onde as dicas


já são oferecidas na própria tarefa (exigindo pouca função executiva)
beneficiam o desempenho do paciente. Ou seja, se é capaz de ter boa
busca visual e atenção concentrada, em tarefas que não exigem tanto
do funcionamento executivo (CAE x CAA)
Análise por Clusters
Para analisar os clusters, observar as ponderadas isoladas.
Utilizar a primeira tabela.
Cluster de Raciocínio Fluido
(Raciocínio Matricial + Conceitos Figurativos + Aritmética)

Engloba as operações mentais que o indivíduo utiliza quando confrontado com


uma nova tarefa que não pode ser executada automaticamente. Estas
operações mentais incluem formar e reconhecer conceitos, perceber as relações
entre padrões, realizar inferências, resolução de problemas e assim por diante.
Raciocínio Matricial e Aritmética medem a capacidade de raciocínio sequencial
geral (dedução), que é definida como a capacidade de começar com regras
estabelecidas, premissas, e se envolver em uma ou mais etapas para chegar a
uma solução para um problema novo. Raciocínio Matricial também envolve
indução, aritmética também mede conhecimento matemático e raciocínio
quantitativo. Conceitos Figurativos mede principalmente a capacidade limitada
de indução, que é definida como a capacidade de descobrir a característica
(regra, conceito, processo, tendência, associação de classe) subjacente que
governa um problema ou um conjunto de informações. Raciocínio matricial
parece medir igualmente a dedução e a indução.
Cluster Memória de Longo Prazo
(Vocabulário + Informações)

O cluster de memória de longo prazo é composto por dois


subtestes, vocabulário e informações, que medem, em maior ou
menor grau, a capacidade estreita de Informações gerais.
Vocabulário também mede a capacidade estreita de
conhecimento lexical. No entanto, como tanto o subteste
Vocabulário quanto o subteste Informações representam o
conhecimento que é armazenado na memória de longo prazo,
este cluster foi rotulado como "Memória de Longo Prazo ".
Cluster Memória de Curto Prazo
(Sequencia de Letras e Números + Dígitos)

O cluster de memória de curto prazo é definida como a


capacidade de apreender e reter informações na consciência
imediata e usá-las dentro de alguns segundos. SNL e Dígitos
Ordem Inversa medem a capacidade limitada de memória de
trabalho, que é definida como a capacidade de armazenar
temporariamente e executar um conjunto de operações
cognitivas sobre a informação que requer a atenção dividida
e a gestão da capacidade limitada da memória de curto
prazo. Dígitos também mede a capacidade limitada de
espaço de memória, que é definida como a capacidade de
prestar atenção e lembrar imediatamente temporalmente
elementos na ordem correta após uma única apresentação
ordenada (amplitude atencional).
Cluster Processamento Visual
(Cubos + Completar Figuras)

Englobam a capacidade de gerar, perceber, analisar, sintetizar,


armazenar, recuperar, manipular e transformar os padrões e
estímulos visuais. Cubos mede as relações espaciais, que é definida
como a capacidade de perceber e manipular padrões visuais
rapidamente, ou a capacidade para manter a orientação no que
diz respeito aos objetos no espaço. Completar Figuras mede a
capacidade limitada de Flexibilidade de Encerramento, que é
definida como a capacidade de encontrar, apreender e identificar
uma figura visual ou padrão incorporado em uma matriz complexa
visual, quando se sabe de antemão o que o padrão é. Embora a
tarefa Completar Figuras também possa envolver habilidades
específicas (informação geral), o rótulo de "processamento visual"
reflete a principal influência no desempenho da tarefa.
Cluster Raciocínio Fluido não verbal
(Conceitos Figurativos + Raciocínio Matricial)

Este cluster é menos amplo do que o cluster


"raciocínio fluido" e tira a ênfase das exigências
linguísticas. Além disso, como ambos RM e CN
envolvem o uso de estímulos visuais e não necessitam
de linguagem expressiva, o cluster "raciocínio Fluido"
foi qualificado como não verbal.
Cluster Raciocínio Fluido verbal
(Semelhanças + Raciocínio com Palavras)

Este cluster é definido como a amplitude e profundidade de


conhecimento acumulado de cultura de uma pessoa e da utilização
eficaz desse conhecimento. Semelhanças mede o desenvolvimento da
linguagem, que é definido como o desenvolvimento geral, ou a
compreensão de palavras, frases e parágrafos (não necessitando
de leitura) em habilidades de língua nativa falada. Raciocínio com
Palavras mede o conhecimento lexical, que é definido como a
extensão do vocabulário, que pode ser entendida em termos de
significados das palavras corretas. Como Semelhanças e Raciocínio
com Palavras (embora principalmente verbal), exigem a capacidade
de raciocínio (indutivo) com estímulos verbais, este cluster é rotulado
Raciocínio Fluido Verbal .
Cluster Conhecimento Lexical
(Vocabulario + Raciocínio com Palavras)

Tanto Vocabulário quanto Raciocínio com Palavras primariamente


medem conhecimento lexical, que é definida como a extensão do
vocabulário, e podem ser entendidas em termos de significado da
palavra correta. Portanto, este cluster foi rotulado como
"Conhecimento Lexical".

Cluster Informações Gerais


(Compreensão + Informação)

Estes subtestes medem principalmente a capacidade de informação


geral, a qual é definida como a gama do conhecimento geral de
um indivíduo .
Dúvidas

nataliebanas@gmail.com

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