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300-02/06
Manual de orientação
1 São Paulo: Av. Dr. Altino Arantes, 776 – Apto32 – Vila Clementino – CEP: 04042-003 - Fone: (11) 5583-3775
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Roteiro para Terceiro Setor
Índice
1 – Introdução
2 – Aspecto conceitual
2.1 O que é Terceiro Setor
2.2 Função social
2.3 Inteligência social
2.4 Formação do grupo
2.5 Visão do futuro
2.6 Compartilhar a visão
2.7 Aspecto globalizado
2.8 Respeito à estrutura social
2.9 Responsabilidade
2.10 Atuação em rede
2.11 Proposta de atividade
2.12 Equipe de trabalho
2.13 Resultado
2.14 Avaliação
2.15 Atualização
2.16 Promoção da sustentabilidade
2.17 Resgate social
3 – Tipo de instituições
3.1 Introdução
3.2 Direito Privado e Público
3.3 Diferença entre Associação e Fundação
3.4 Igreja
3.5 Sindicato
3.6 Linha Humanista
3.7 Organização Social - OS
3.9 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP
3.10 Instituições abertas e fechadas
3.11 Outras modalidades
4 – Aplicação
4.1 Introdução
4.2 Área pública
4.3 Área empresarial
4.4 Área social
4.5 Área tecnológica
4.6 Área humanista
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5 – Aspecto estratégico
5.1 Introdução
5.2 Poderes constituídos
5.3 Setor empresarial
5.4 Com instituições
5.5 Com academia
6 – Aspecto legal
6.1 Registros
6.2 Atividade
6.3 Público de atuação
6.4 Atualização
7 – Aspecto contábil
7.1 Das receitas
7.2 Plano de contas
7.3 Centro de custo
7.4 Balanço financeiro
7.5 Balanço patrimonial
7.6 Balanço social e ambiental
7.7 Conselho fiscal
7.8 Auditoria
7.9 Aprovação
8 – Aspecto econômico
8.1 Viabilidade econômica
8.2 Custo
8.3 Receitas
8.4 Patrimônios
8.5 Prestação de conta
8.6 Fundos
9 – Estrutura de gestão
9.1 Organograma
9.2 Conselhos
9.3 Executiva
9.4 Departamentos
9.5 Mantidas
9.6 Controles administrativo e operacional
9.7 Normas
9.8 Código de ética
10– Interfaces
10.1 Setor público
10.2 Setor empresarial
10.3 Com a comunidade
10.4 Com academia
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10.5 Demais instituições
11 – Aspecto social
11.1 Integração com os Conselhos
11.2 Profissionalização
11.3 Conceito
11.4 Avaliação
12 – Comunicação
12.1 Conceito de comunicação
12.2 Formas de elaboração dos documentos
13 – Itens de um estatuto
13.1 Introdução
13.2 Capítulos
13.3 Observações
14 – Certificações
14.1 Utilidades públicas
14.2 OSCIP
14.3 COMAS, CONEAS, CNAS.
15 – Códigos
15.1 – código de ética da instituição
15.2 – código de ética profissional
17 – Conclusão
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Roteiro para Terceiro Setor
1 – Introdução
A origem desse material advém da avaliação do processo de conhecimento geral sobre o tema
Terceiro Setor, onde constatamos uma série de informações desencontradas, e uma grande
variação de palpites equivocados, as quais induzem a uma série de ações comprometedoras,
vindo a provocar um desastre na economia como um todo.
Assim sendo, nos sentimos na obrigação de escrever um roteiro de orientação sobre o tema
Terceiro Setor, dentro do nosso conhecimento e percepção, com o objetivo de transmitir o que
constatamos, não só criando uma nova onda de mobilização social dentro das legislações
pertinentes, como também, reafirmar, a necessidade da democracia, buscando oferecer uma
visão e concepção ampla sobre o Terceiro Setor, para que possa ser empregada como uma
ferramenta de trabalho.
A falta de informações sobre o Terceiro Setor é gerada pela falta de formação adequada dos
profissionais, e também, pelo erro na grade curricular das faculdades e universidades, onde o
tema não faz parte do seu conteúdo; o tema quando é abordado, o é de forma simplista, apenas
como instituição de benemerência, de caridade, ou simplesmente para extravasar um sonho, e
não como uma ferramenta promotora de desenvolvimento econômico e social de uma
comunidade.
Em vista desse quadro, nos sentimos na obrigação de repassar o nosso conhecimento, adquirido
ao longo da jornada por esse Brasil, que nos acolheu de forma generosa; como uma forma de
retribuir, queremos dar nossa contribuição geral, na busca de redução da desigualdade de
informação, buscando nivelar o conhecimento, criando novas oportunidades no mercado de
trabalho para os jovens.
Com a finalidade, de alcançar maior eficiência, na divulgação da matéria acima citada, optamos,
não pela edição de livros, mas sim, pelo uso da Internet; consideramos essa decisão, como sendo
mais democrática, não só pela facilidade de acesso aos lugares mais distantes do Brasil, como
também, por ter um custo menor e livre de intermediação.
Estamos cientes do risco das cópias e da distribuição clandestina, mas confiamos na dignidade
dos leitores interessados; esse é o preço e risco de nossa confiabilidade, mas, nos sentimos
recompensados, pela forma de alcance do processo, ao levar essas informações de forma aberta
e direta aos lugares mais distante deste imenso território.
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2 – Aspecto conceitual
Nesse capitulo, vamos tratar o assunto com o objetivo de formar e direcionar a visão das
modalidades e dos meios de concepção de uma instituição do Terceiro Setor, de modo amplo,
mostrando suas opções e meios de atuação.
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“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Assim, as atividades associativas no Brasil são de livre iniciativa, podendo desenvolver diversas
atividades, com ênfase à assistência social, questões ambientais e culturais.
As ações denominadas de direito social de um cidadão brasileiro esta inserida no Capítulo II – Dos
direitos sociais, artigo 6º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, com o
seguinte texto:
Com base neste enunciado constitucional, podemos definir uma série de atividades sobre a
questão do Terceiro Setor, como uma ferramenta de atuação para promoção do
desenvolvimento econômico e social, podendo assim conceber uma série de conceitos para cada
atividade que venha a propor.
Temos que ter em mente, que ao formalizar um grupo de pessoas, e o mesmo ao ganhar seu
registro junto ao cartório, e obter o seu registro junto a Receita Federal com CNPJ – Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica, acaba por se comprometer com a sociedade civil brasileira, e com o
compromisso do grupo.
Assim sendo, não se pode pensar, que a instituição constituída, seja apenas do grupo em
questão, mas sim, deve ser vista como um compromisso social e pleno de responsabilidade,
perante os objetivos previstos no estatuto.
Antes de entrar no aspecto das atividades, se faz necessário, um maior entendimento sobre o
que é o Terceiro Setor; sendo assim passamos a abordar os seguintes temas:
Primeiro Setor:
Consiste no setor público como: governo municipal, estadual, federal, câmara dos
vereadores, câmara dos deputados, judiciário, promotoria, etc.
Segundo setor:
Consiste, nas empresas com finalidade econômica e lucrativa como empresas limitadas,
sociedade anônima de capital aberta ou fechada e as cooperativas.
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Terceiro Setor;
Consiste nas instituições sem finalidade econômica como associações, fundações, igrejas,
sindicatos, etc.
Modelos híbridos
Como modelo híbrido de personalidade jurídica podemos citar:
Gráfico nº 1
PETROBRAS
FUNAI
IIIº SETOR Fundação Bradesco
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2.2 - Função social
O papel do Terceiro setor, conforme gráfico nº 1, consiste na organização da interface, entre o
Primeiro Setor e o Segundo Setor, criando uma linha direta nas ações com a comunidade, como
organismo de complementação aos dois setores.
Sendo assim, o papel do Terceiro Setor ganha importância para desenvolver atividades de
interesse coletivo e de interesse público, pois suas ações não visam resultado ou lucros
econômicos, apenas os resultados sociais e a conseqüente melhoria de qualidade de vida.
A organização do Terceiro Setor deve ser composta de membros que tenham a capacidade da
inteligência social, e não simplesmente um empreendedor social, que não respeita a sociedade
organizada e os poderes constituídos, como governo e demais instituições, propondo atuação de
forma individual, de acordo com seu modo de ver, criando assim um clientelismo de assistência
social dependente.
Na formação de uma organização do Terceiro Setor, que tem como obrigação a sua interface com
o Primeiro Setor e o Segundo Setor, a questão de relacionamento e a capacidade de transitar
nesses segmentos tornam necessária a inteligência social, como mecanismo de sobrevivência.
Por outro lado, como o Terceiro Setor é uma forma associativa, o sucesso da organização
depende dos seus membros, que têm por obrigação, trabalhar em conjunto, formando assim um
grupo de pessoas com capacidade de compreender e praticar a inteligência social no processo.
Com a capacidade da inteligência social, podemos criar um núcleo de pessoas com objetivos
comuns, formando assim a base da associação, permitindo a realização das atividades de forma
integrada e uniforme, e a criação de um ciclo de sustentabilidade.
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2.4- Formação do grupo
Como a organização do Terceiro Setor, é uma associação de pessoas, a formação de grupo é a sua
base principal, assim sendo, é fundamental o diálogo e a cumplicidade para atingir os objetivos da
organização.
Na formação do grupo deverá ser respeitada uma ordem hierárquica da organização do Terceiro
Setor, com organograma, suas normas operacionais e administrativas, criando assim regras de
trabalho.
Conforme o tipo de atividades e dos objetivos, a serem propostos pela organização, a formação
do grupo de profissionais habilitados é um requisito constitucional, conforme artigo 5º, inciso XIII,
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
A visão do futuro deverá ser um exercício constante, pois a cada momento o futuro poderá ser
alterado com participação de elencos extras, e, pelo decorrer do tempo, forçando a revisão e
reconceituação periódicas.
Nesse processo de construir uma visão do futuro, e dos objetivos pretendidos pela organização,
se permitirá à seleção natural dos seus colaboradores, criando assim a denominada massa crítica
com homogeneidade, obstruindo as opiniões e interesses pessoais.
A prática dessa discussão permitirá à organização, uma vida duradoura e sempre presente na vida
da comunidade, como órgão de interface e articulador.
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2.6- Compartilhar a visão
Para compartilhar a visão do futuro com a comunidade, o grupo deverá exercitar essa mesma
visão, com o objetivo de obter um consenso de forma coesa, e direcionada a criar uma imagem
da organização.
A forma a ser adotada no processo de compartilhamento da visão, dependerá dos seus objetivos
e do público alvo da mesma, bem como, da maneira como será apresentada à organização da
sociedade civil local.
Dessa forma, a ação será de todos, não será apenas o esforço de um pequeno grupo, podendo
assim conquistar mais colaboradores para seus objetivos, potencializando a visão do futuro para
comunidade.
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A identificação dos atores principais da comunidade e sua estrutura organizacional deverão ser
observadas e respeitadas, quando da formulação de uma visão compartilhada, formando um
cenário global do processo.
Não há necessidade, nem devemos nos basear na análise dos processos anteriores de sucesso ou
insucesso, pois devemos nos concentrar na visão do futuro e não ficarmos atrelados ao passado,
sem, entretanto desconsiderá-lo ; mas o passado é apenas um passado.
Esse respeito não se traduz em obediência, mas sim, respeito ou referência, pois cada um de nós
tem as suas opiniões, e construímos o nosso mundo de forma ímpar; o caso é diferente quando
temos algo em comum, pois, somos obrigados a deixar certas opiniões e atuarmos de forma
conjunta, e as ações do Terceiro Setor são essencialmente a de uma atuação em grupo.
Assim devemos observar quais as estruturas sociais existentes no município e ao propormos uma
ação, a mesma deverá ser analisada e discutida com essas estruturas e organizações como:
Ao se levar ao município, o conhecimento dessas estruturas organizadas não receie, que a sua
proposta venha a ser motivo de chacota ou de questionamento, pois ao se propor o processo,
está claro, que não houve ação similar; sendo assim, será sempre inédito, pois o que é novo
sempre causa impacto.
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Outro aspecto, da necessidade de se respeitar à estrutura social local, ocorre quando o assunto
faz interface com as ações governamentais, pois como há uma série de obrigações legais e
constitucionais referentes aos municípios e estados, devemos observar se a proposta condiz com
os programas oficiais, ou se será apenas uma complementação.
2.9– Responsabilidade
A responsabilidade da existência de uma instituição do Terceiro Setor, não se restringe, ao fato
de se propor uma atividade dentro dos aspectos legais e dos seus conceitos, mas antes de tudo
,como uma personalidade jurídica que tem imunidade e isenção tributária, logo, tem-se que
observar suas obrigações.
Assim a responsabilidade consiste não só na execução das atividades com respeito à legislação;
há também a responsabilidade como cidadão de contribuir com o mecanismo de reduzir a
desigualdade, propondo-se uma vida melhor no futuro.
A atuação de uma instituição deverá respeitar a sociedade civil organizada, bem como a
hierarquia jurídica constituída; assim sendo, as ações de uma instituição nunca poderão ser feitas
de uma forma isolada.
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Com a rede formada, se poderá propor rodadas de negócios, troca de experiências e de
conhecimentos, criando assim uma massa critica de pessoas, com os mesmos ideais na busca de
novos modelos de opções de vida.
Além dessas condições, o trabalho em rede permite reduzir custos, somando oportunidades,
esforços, proporcionando assim menor número de erros, pois as dúvidas e as dificuldades de um,
podem ser a oportunidade de outro.
Quando se atua em forma de rede, novas organizações podem ser constituídas dentro da mesma
visão, com o sentido de complementar as ações, de forma a criar uma corrente sólida, com o
objetivo bem claro e específico, permitindo uma gestão profissional e descortinando, novas
visões de futuro.
Portanto, nunca devemos propor uma ação, como sendo a principal ou a única, sem antes
analisar o entorno, e sem termos a capacidade e a coragem de alterar ou complementar a
proposta da atividade.
A proposta de uma atividade deverá receber uma análise critica de seus componentes ou
condutores, no sentido de buscar a melhoria contínua, e nunca se satisfazer, como se não
houvesse nada mais a ser feito.
Muitas vezes, haverá necessidade de se alterar a forma de execução das ações, bem como, criar
novos sistemas alternativos de composição, que não estavam previstos no seu estatuto inicial, ou
ainda, não condizentes com a forma de atuação dentro dos seus conceitos; sendo assim os
mesmos poderão ser realizados com a participação de outras instituições.
A busca de solução muitas vezes não se faz necessária, quer seja por uma instituição ou outra; o
que importa, é o resultado a ser disponibilizado para a sociedade, não importando de quem foi à
iniciativa, mas sim, que o resultado possa atingir a comunidade de forma mais eficiente e
duradoura, não tendo a necessidade de criar se uma marca da solução.
Assim a proposta de uma atividade, mesmo que não seja o objetivo da instituição principal, ou
mesmo quando realizada em rede, poderá atingir seus objetivos de uma forma plena.
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2.12- Equipe de trabalho
Como, a atuação para atender os objetivos, depende sempre de terceiros, e, pelo principio do
Terceiro Setor, haverá sempre a necessidade de formação de uma equipe de trabalho associado,
pois a denominação é basicamente associativa.
A formação da equipe de trabalho de uma instituição do Terceiro Setor requer uma ampla
seleção de profissionais, pois, grande parte dos profissionais do mercado, não tem conhecimento
da profunda responsabilidade das suas ações, dentro de uma organização associativa, sendo
assim se faz necessário, respeitar diversas tendências, e, observar o público alvo a ser atendido.
2.13- Resultado
O trabalho a ser desenvolvido pelo Terceiro Setor, deverá sempre buscar resultados, dentro dos
objetivos propostos no estatuto, pois o mesmo, sendo um agente de interlocução com a
sociedade e poder publico, suas ações deverão ser expressas em resultados.
Assim, antes de iniciar o procedimento das atividades, se faz necessário, coletar informações e
dados estatísticos, referentes aos objetivos; dessa forma, o plano de trabalho será baseado nessa
identificação, e, na busca dos resultados, podendo o mesmo vir a ser de ação imediata, de médio
e de longo prazo.
Caso não haja essa proposta para se atingir um resultado definido como meta, as ações da
instituição, passam a ser feitas de forma aleatória e sem compromisso, criando um ciclo vicioso
de assistencialismo, substituindo o estado pela iniciativa privada, sem que se promova, o
desenvolvimento econômico e social.
Dessa forma, a busca do resultado desejado deverá ser quantificado dentro do planejamento, o
que possibilita a definição de custos, métodos e tempo a ser trabalhado.
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2.14-Avaliação
Durante o desenvolvimento das atividades de uma instituição do Terceiro Setor,é necessário,
que se faça, a avaliações periódicas de:
Essas avaliações proporcionam à instituição do Terceiro Setor, uma linha de atuação direta com a
realidade local, não ficando focada apenas no processo de continuísmo, proporcionando assim
oportunidades para a ousadia e a mudança nos conceitos e paradigmas.
A própria realidade econômica, é o objetivo básico das ações das instituições do Terceiro Setor; é,
ainda, a de modificar as obrigações da sociedade, revendo, suas ações e seus conceitos, dentro
da realidade local.
O processo de avaliação, também se refere à equipe de trabalho, quanto a seus métodos, formas
de atuação, e capacidade profissional; podendo ser norteados em treinamentos e atualizações
profissionais.
Outro fator a ser considerado, são as pesquisas externas feitas junto ao público alvo, no sentido
de observar com o olhar da comunidade, e avaliar as ações e as atividades junto ao beneficiário.
2.15-Atualização
O processo de atualização, através da análise das legislações de técnicas administrativas e
operacionais, proporciona uma nova visão das atividades e do processo de gestão.
Assim a instituição deverá periodicamente realizar essas avaliações internas e externas, para se
modernizar e atuar de forma mais direta e aberta com a comunidade e o interesse publico.
Para atualização podemos adotar os seguintes mecanismos:
- Internet,
- fóruns, encontros e eventos,
- visitas técnicas,
- Audiências públicas,
- pesquisas,
- análise de índices oficiais,
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- demais informações.
O processo de atualização da instituição, obrigatoriamente tem que passar por uma ferramenta,
denominada Internet, a qual poderá fornecer informações em tempo real e diversificado, abrindo
assim uma oportunidade de relacionamento com demais instituições, possibilitando a criação de
uma linha de comunicação e troca de experiências externas.
Essa forma de atualização irá permitir a concepção de uma visão mais humanista e aberta ao
diálogo, podendo assim vir a desempenhar o verdadeiro papel de uma instituição do Terceiro
Setor.
2.16-Promoção da sustentabilidade
A promoção do processo de sustentabilidade, não se restringe apenas ao aspecto econômico,
mas também, ao processo da participação de demais membros e da comunidade local.
Sem a participação da comunidade, a instituição passa a ser restrita perdendo assim sua
identidade, e as características do Terceiro Setor, como ferramenta, a complementar as ações do
setor governamental e empresarial.
No processo de sustentabilidade, não podemos nos preocupar com a questão da mesma ação
contínua, pois caso haja uma continuidade da mesma ação, pode-se interpretar que as ações
realizadas ao longo do tempo não foram eficientes.
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Portanto, na sustentabilidade e na avaliação do processo, quando ocorrem alterações das
atividades, dos conceitos e das ações, demonstra-se a capacidade da sustentabilidade e da
adequação dos fatores sociais, o que denota maior competência .
2.17-Resgate social
A ação do Terceiro Setor deve ser programada, com a finalidade de resgatar as atividades da
ação social de forma constante e permanente.
A preocupação social deve ser sempre, a linha mestra de trabalho para instituições do Terceiro
Setor, qualquer que seja sua proposta principal, deixando claro seus objetivos.
A questão do resgate social fica mais evidente, quando se demonstra aos participantes e as
comunidades ,ações abertas e transparentes.
Temos que ter em mente, como objetivo principal, o resgate da cidadania, de tal forma, que as
ações sociais evoluam, proporcionando o desenvolvimento humano, e não somente o
assistencialismo privado.
O resgate social mencionado é o que consta na Constituição Federal, e não apenas o que a LOAS
– Lei Orgânica de Assistência Social preconiza; a prioridade de atender aos desamparados e aos
excluídos socialmente é uma das exigências, mas não podemos nos ater apenas ao segmento da
legislação, pois existem outras formas de atuação, cujos resultados estarão beneficiando aos
excluídos de forma indireta.
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3 – Tipo de instituições
3.1 – Introdução
Passamos a descrever nesse capítulo, as formas e tipos de instituições do Terceiro Setor existente
no Brasil, como a mesma se constitui, seus objetivos e características principais.
A falta de informação e de estudo adequado, tem provocado uma série de equívocos, sobre o
tema Terceiro Setor e suas modalidades, assim, achamos por bem, apresentá-los de forma
resumida.
3.5 – Igreja
É constituída, para propagação de uma religião ou doutrina religiosa, respeitando-se seus
dogmas.
3.6 – Sindicato
Consiste, na representação de uma classe regulamentada por legislação, podendo ser composta
por trabalhadores ou patronal.
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Organizações Sociais são regulamentadas pela Lei Federal nº 9.637/98, com sua composição
mista entre o poder público e a comunidade, com objetivo de promover atividades especificas de
desenvolvimento, saúde, meio ambiente, educação e cultural.
- Aberta – associação ambiental, de assistência social, de defesa dos direitos difusos, cultural,
agências de desenvolvimento, etc, sendo instituições abertas à participação de qualquer cidadão.
- Consórcio público – são constituídos por órgãos públicos de administração direta, para gestão
de programas, como ao da saúde, lixo, transporte urbano, etc,
- Condomínios – são pessoas jurídicas, para gestão de áreas comuns, podendo ser residência,
comercial, serviços ou industrial.
- Central de Compra e Venda Associativa – podendo ser constituída por pessoas jurídicas para
compra e venda de produtos para seus associados, e para ganhar poder de negociação.
- Partidos políticos – são instituições que representam partidos políticos de diversas tendências e
segmentos ,em atendimento as legislações eleitorais.
- segurança pública,
- saúde,
- educação,
- assistência social,
- infra-estrutura urbana,
- gestão de espaço público,
- cultura,
- transporte,
- destinação de resíduos e questões ambientais,
- moradia,
- saneamento,
- agricultura e alimentação,
- esporte,
- turismo,
- desenvolvimento econômico,
- geração de emprego e renda,
- programa de conservação e preservação de patrimônio histórico, artístico, cultural,
paisagístico, ambiental e sítio arqueológico,
- comunicação e informação.
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- gestão dos refeitórios,
- gestão dos serviços de manutenção,
- jardinagem e paisagismo,
- aquisição de uniformes,
- programa de geração de energia alternativa,
- elaboração do balanço social e ambiental,
- programas sociais de assistência à comunidade,
- sistema de crédito alternativo,
- programas de lazer, esporte e cultura,
- creche,
- preservação do patrimônio histórico,
- informativos, documentação e comunicação,
- central de compra e venda,
- consórcio de mão de obra,
- gestor de sistemas de informação,
- automação industrial,
- clube ou fundos de investimento,
- sistema de saúde do trabalhador,
- programa de compensação e neutralização ambiental,
- mão de obra complementar para portadores de necessidades especiais,
- pesquisas,
- estágios e primeiro emprego.
As instituições do Terceiro Setor poderão formar parcerias com o setor empresarial com objetivo
de reduzir custo e ao mesmo tempo como instrumento social e ambiental.
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- demais atividades.
As ações sociais tem como prioridade as políticas públicas, sendo, portanto obrigatório, a
interface com o setor publico através dos respectivos conselhos municipais.
- desenvolver pesquisas,
- automação e modernização industrial, comercial e de serviços,
- desenvolvimento de software,
- laboratórios de análise e de certificação,
- testes,
- informatização,
- comunicação e informação,
- gestor de Internet e sites,
- desenvolvimento de novos produtos,
- estudos e projetos,
- redução e eficiência energética,
- geração de novas tecnologias,
- geração de energia alternativa.
As ações relacionadas à tecnologia poderão estar atreladas ao setor público, bem como ao setor
privado, na busca de competitividade, onde a participação da academia é fundamental.
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5 – Aspecto estratégico
5.1 - Introdução
Nesse capítulo, trataremos dos aspectos estratégicos que deverão constar na instituição do
Terceiro Setor, para sua gestão, e criar sua sustentabilidade, dentro da sociedade civil organizada,
bem como legitimar suas ações.
- executivo,
- legislativos,
- judiciário,
- promotoria,
- sociedade civil organizada,
- conselhos municipais, estadual ou federal,
- instituições de classe,
- clube de serviços.
Esta relação auxilia a empresa na busca da sua competitividade, redução de custo, melhora a
produtividade, eleva a auto estima dos funcionários, ordena a cadeia dos fornecedores com
prisma diferenciado, e como resultado, temos a redução da carga tributária da empresa.
Portanto, esta relação é estratégica, tanto do ponto de vista das instituições do Terceiro Setor,
como as do setor empresarial.
Para as empresas, a composição dos seus trabalhos junto com a comunidade local, é um dos itens
de avaliação, quando da certificação em relação à norma de responsabilidade social e ambiental.
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complementabilidade; é uma questão estratégica para a sobrevivência das instituições. Não se
deve confundir, com concorrência entre as instituições.
Com essa forma de atuação, se permite criar espaços a novos negócios, entre as instituições, bem
como obriga a se fazer uma aliança estratégica, de forma a assegurar um convívio sem
concorrência interna, formando uma verdadeira rede de complementabilidade.
Caso não ocorra esta aliança estratégica, poderá se dar espaço para instituições de aluguel de
outras comunidades, provocando assim uma invasão e a perda da identidade.
Para as instituições do Terceiro Setor, a interface estratégica com as academias, passa a ser a
força de mão obra especializada, que faltava no seu planejamento.
Para os alunos, o convívio com o Terceiro Setor, fortalece a questão da inteligência social, abrindo
uma nova visão do mercado de trabalho, e ao mesmo tempo permitindo criar uma sólida
conceituação com a sua carreira profissional.
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6 – Aspecto legal
6.1 - Registros
Os registros legais necessárias para funcionamento das instituições consistem em:
Assim, as instituições do Terceiro Setor, como qualquer pessoa jurídica, necessitam respeitar as
legislações pertinentes à sua atividade principal e complementar, cumprindo o ritual dos registros
da instituição e dos profissionais.
6.2 - Atividade
Para o exercício das atividades devemos observar a questão básica do artigo 5º, inciso XIII da
Constituição Federal, respeitando as categorias profissionais e suas competências.
Esta observação, não só deve ser cumprida por parte da atividade principal, bem como pelas
secundárias, com formalização legal dos profissionais habilitados, com a estrutura mínima de
exigências, e as recomendações dos espaços físicos.
Quando a instituição for realizar atividade secundária, para seu registro, deverá se constituir em
forma de departamento ou mantida, para atender a questão legal e deverá observar a questão
contábil.
APAE – terá registro junto ao conselho municipal e assistência social, mas caso queira
realizar a prestação de serviços na área de fisioterapia para terceiros, o mesmo deverá
montar uma personalidade jurídica independente, em forma de mantida para tal
atividade, com seu devido registro profissional, cujo resultado da receita poderá ser
destinado à manutenção da APAE.
Dessa forma, são separadas a atividade principal da secundária, ambas com registros
independentes.
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Caso o mesmo seja realizado por voluntariado sem habilitação, será necessário um profissional
habilitado para fornecer suporte e ser o responsável pelas ações, além de fornecer treinamento e
capacitação.
6.4 Atualização
A atualização profissional deverá ser anual, e compreende :
Essas atividades complementam sua legalidade de atualização profissional, cuja atividade deverá
estar sempre ligada aos objetivos da instituição e não de forma isolada e individual do
profissional.
A atualização profissional deverá ter o enfoque do Terceiro Setor, pois a forma de atuação e
demais procedimentos, tem características diferenciadas da atualização profissional
convencional, pois há ingredientes específicos.
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7 – Aspecto contábil
7.1 – Definição de Receita
Quando do início das atividades da montagem de ano de contas, o primeiro item a ser analisado,
é, quanto ao tipo de receitas previstas no estatuto da instituição, pois segundo do Código Civil,
Lei Federal nº 10.406/02 há necessidade da definição da fonte de receitas; vide abaixo:
– Anuidades
- Rendas resultantes da prestação de serviços;
–Contribuições de pessoas físicas ou jurídicas,
- Dotações ou subvenções eventuais, diretamente da União, dos Estados e Municípios,
ou através de Órgãos Públicos da administração direta ou indireta;
– Auxílios, contribuições e subvenções de entidades públicas privadas, nacionais ou
estrangeiras;
- Doações ou legados;
– Produto de operações de crédito, internas ou externas,
– Rendimentos de próprios ou de terceiros dos imóveis;
– Rendas em seu favor constituídas por terceiros;
– Rendimentos decorrentes de títulos, ações ou papéis
financeiros de sua propriedade;
- Juros bancários, aplicações financeiras e outras receitas de capital;
– Patrocínios;
– Direitos autorais;
– Resultado de comercialização de produtos próprio ou de terceiros;
– Captação de renúncia e incentivos fiscais;
– Resultado em quotas de participações;
– Resultado de bilheterias de eventos;
– Captação de recursos estrangeiros;
– Resultado de campanhas, sorteios, leilões, bingos e concursos,
- Taxa de administração e de gestão,
- Resultado de comercialização de produtos próprios ou de terceiros,
- Resultado de venda de materiais promocionais.
Assim a forma da receita, vai nortear a forma de compor o plano de contas da mesma, que
deverá observar itens importantes como:
No caso de um hospital:
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- Receita Institucional,
atendimento ás associações e fundações
- Receita Privado,
plano de saúde privado
- Receita SUS,
atendimento do SUS
- Receita Prefeituras,
atendimento, junto as Prefeituras
- Receita Particular
atendimento , de não portadores de plano de saúde
Se faz necessário detalhar a forma de receita, no sentido de atender a questão legal, para lançar
no balanço social, para assegurar imunidade e isenção tributária, bem como, para servir de base
para a produção de mapas de estatística.
Assim, novamente o plano de contas deverá estar baseado no estatuto, agora sobre o capitulo
dos objetivos, definindo as atividades dentro do planejamento estratégico de uma instituição, o
qual poderá ser modificado anualmente conforme o plano anual de trabalho.
A cada atividade da instituição, poderá ser criado um código numérico, para definir a
identificação das contas o qual norteará as atividades como:
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7.3 - Centro de custo
Cada atividade deverá ter seu centro de custo, desde o início das mesmas dentro do
planejamento financeiro, quando da aprovação do plano de trabalho junto à assembléia geral
ordinária, para acompanhamento e alocação de recursos.
Com a montagem do centro de custo, podemos aperfeiçoar a questão dos orçamentos futuros,
bem como detectar as falhas nos planos financeiros.
Importante observar, as notas explicativas que deverão conter em seus relatórios anexos, como
documento complementar ao balanço financeiro.
É comum, se observar à existência de apenas duas assinaturas nos balanços, em vez de três
assinaturas, o que demonstra, falta de conhecimento do processo institucional, ignorando- se o
conselho fiscal.
Nesses casos, o patrimônio não sendo próprio, não pode ser incluído no balanço financeiro, e,
incorporado como bem próprio, pois a legislação determina que o mesmo seja destinado à
instituição similar, sendo assim obrigatório separá-lo do balanço.
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Quando não existe patrimônio com estas condições, não há necessidade da elaboração do
balanço patrimonial independente, basta apenas fazer uma nota explicativa no balanço
financeiro, sobre a não existência de patrimônio nessas condições.
Quando da existência de patrimônio nessas condições, deverá ser mencionado o valor de face do
mesmo, e sua depreciação, poderá vir a ser considerado, como depreciação de patrimônio de
terceiro.
No Decreto Federal 2.536/98, artigo 4º, inciso I, há menção bem clara da necessidade da
elaboração do balanço patrimonial independente da movimentação financeira, portanto uma
exigência legal.
Na Lei Federal nº 9.790/99, sobre as OSCIP, no seu artigo 5º, inciso III, também se faz presente, a
exigência da apresentação do balanço patrimonial, além da demonstração do resultado exercício.
Portanto antes mesmo da exigência do balanço social e ambiental da resolução do CFC, havia a
existência da demonstração da aplicação de recursos, que tratava do balanço social.
Com a resolução, foi criada a norma NBC T 15, colocando parâmetros de avaliação social e
ambiental, portanto, inserindo o aspecto ambiental na contabilidade, para sua neutralização,
contingenciamento e compensação.
Ao seu papel dentro da contabilidade, compete, portanto, a análise do balanço e seu manifesto
,em forma de parecer, antes do encaminhamento para assembléia ordinária, para sua aprovação;
assim o ritual compreende :
- caso dentro dos membros do conselho fiscal, não haja profissional habilitado para
análise e parecer, a recomendação consiste na nomeação de um profissional para
expedir um parecer,
Assim o conselho fiscal poderá realizar suas ponderações, recomendações ou ainda recusar a
aprovação dos documentos contábeis, caso encontre problemas, ou ainda, solicitar informações
complementares para elucidar pontos de dúvidas.
Esse procedimento, na grande maiorias das instituições, não é realizado, nem sequer existindo a
assinatura do membro do conselho fiscal, o que demonstra total falta de respeito aos
procedimentos, e, comprova a manipulação dos dados, podendo ocorrer à invalidação dos
documentos que formalizam os balanços.
No caso das instituições com qualificação como OSCIP, a Lei Federal nº 9.790/99, complementa:
Art. 4o Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas
interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham
sobre:
----------
III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência
para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as
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operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos
superiores da entidade;
Assim a exigência da competência do conselho fiscal é bem claro em todos os aspectos, quanto a
sua função no que se refere ao aspecto contábil.
7.8 - Auditoria
Quando abordamos a questão das auditorias, o mesmo passa a ter uma linguagem diferente, e
muitos, não respeitam as exigências colocadas como:
III - Estão desobrigadas da auditagem as entidades que tenham auferido receita bruta
igual ou inferior a R$ 2.319.337,53 (dois milhões, trezentos e dezenove mil, trezentos e
trinta e sete reais e cinqüenta e três centavos)
Essa resolução se refere ao exercício do ano de 2006, assim anualmente o CNAS, define os
valores, para os quais são obrigados a auditagem externa, portanto, acompanhando as
resoluções.
No caso das instituições com a titulação de OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público, o mesmo tem uma exigência específica, determinada no Decreto Federal nº 3.100/99,
quando do termo de parceria, conforme abaixo:
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7.9 - Aprovação
Para considerar aprovado o balanço de uma instituição do Terceiro Setor, dentro da formalidade
legal, há necessidade de se observar um conjunto de documentos como:
- balanço financeiro,
- balanço patrimonial,
- balanço social e ambiental,
- relatório de atividades sociais,
- ata da reunião do conselho fiscal, com parecer em relação aos balanços,
- edital da convocação da assembléia geral ordinária,
- ata da assembléia geral ordinária com aprovação dos documentos,
- parecer do auditor externo, conforme exigência legal.
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8 – Aspecto econômico
8.1 - Viabilidade econômica
A grande maioria das instituições do Terceiro Setor, que apresentam problemas econômicos na
sua sustentabilidade, tem como causas freqüentes, a ausência de planejamento e a falta de
definição de planos de trabalho, o que denota, uma consequência da falta de conceituação das
suas atividades.
Portanto, o aspecto econômico, passa a ser uma consequência e não a causa de problemas de
gestão de uma instituição salvo raras exceções.
A ausência de uma plano de trabalho anual e a falta de definição de metas, levam as instituições,
a dificuldades financeiras e problemas de continuidade das ações.
Outro fator que leva a falta de recursos para uma instituição é a falta da definição das estratégias
de interface com demais instituições e o trabalho individual, pois quando da formação de uma
rede de atuação os problemas serão minimizados pelas interfaces do sistema criado.
8.2 – Custo
A definição de custo fixo, custo operacional, custo administrativo, etc, é outra consequência da
falta de planejamento, que acarretará na questão da continuidade das ações.
A planilha de custo será o documento básico, para elaborar um plano de viabilidade econômica
das ações de uma instituição do Terceiro Setor, onde devemos considerar várias opções de custo.
8.3 – Receitas
As receitas, independente da sua previsão estatutária, deverá definir por tipo de atividades, qual
a origem de receita para assegurar a continuidade do processo.
A receita de uma atividade não deverá cobrir a deficiência da outra, assim o plano de contas e o
centro de custo, poderão apresentar essas falhas e definir formas alternativas de correção e
avaliação
Assim para cada atividade deverá prever formas complementares de captação de recursos, para
não depender de uma única fonte, para cada atividade, criando assim um planejamento
integrado.
8.4 – Patrimônios
Temos normalmente uma tendência ou idéia, de que através dos patrimônios podemos realizar
as ações, ou ,condicionamos ao patrimônio a consecução de uma atividade.
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Hoje num mundo virtual, o patrimônio passa a ser um ônus, logo, não recomendamos a aquisição
de patrimônios com alocação de recursos próprios.
São modalidades alternativas possíveis para o Terceiro Setor e incomum para os demais
segmentos.
Podemos assim, usufruir os patrimônios existentes, sem alocação de recursos para aquisição.
Convênios públicos
Quando, dos convênios com órgãos públicos, há uma exigência específica de prestação de
contas, em conformidade com a origem, inclusive com formulários de prestação de conta
especifica.
Patrocínios
Quanto ,ao patrocínio para uma atividade, mesmo que a doação seja em forma de
materiais, o mesmo deverá apresentar uma prestação de contas resumida, para
demonstrar a transparência do processo.
Termo de parceria
Quanto ao termo de parceria, há necessidade da demonstração em contra partida, para
assegurar a parceria, com demonstração contábil e planilhas de custos para avaliação e
análise.
Formalidade legal
A prestação de conta dentro da formalidade consiste em respeitar a norma brasileira de
contabilidade e suas resoluções.
8.6 - Fundos
A constituição dos fundos, dentro do aspecto contábil e econômico, tem os seguintes objetivos:
Fundo de reserva
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Reserva de recursos para situações emergenciais, para custeio da sua manutenção,
constituído de um percentual da receita bruta, o qual deverá ser aplicado junto à agente
financeiro.
Fundo do Trabalhador
Quando da existência de trabalhadores registrados em regime de CLT ou contratação de
prestação de serviço, sobre o valor da folha de pagamento, deverá ser provisionado o
equivalente ao pagamento do 13º salário, férias proporcional, adicionais e multa sobre
rescisão trabalhista.
Fundo de Investimento
O valor deverá ser diluído entre as várias receitas, como base de provisionamento, da
depreciação de equipamentos e materiais, com objetivo de custear manutenção e
eventual substituição do mesmo.
Fundo de Compensação
Consiste no provisionamento dos recursos para complementar às ações sociais e
ambientais, que eventualmente no exercício, não consigam atender as obrigações legais,
em função do calendário, realizando assim o provisionamento para o exercício seguinte.
Para cada tipo de atividade, poderá ser constituído fundo específico, devendo ser regulamentado
através de normas e diretrizes para tal.
A existência desses fundos permite maior flexibilidade na gestão econômica da instituição, bem
como assegura regularidade no desenvolvimento das atividades.
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9 – Estrutura de gestão
9.1 - Organograma
Organograma, nada mais é, do que transferir em forma de diagrama, toda sua organização do
aspecto administrativo e operacional, para saber qual a função de cada membro dentro de uma
organização.
Organograma legal
Consiste no organograma que atenda os requisitos legais para registro junto ao cartório
bem como o exercício de uma atividade, em conformidade com as legislações
pertinentes.
Organograma funcional
Consiste, no organograma interno de estrutura, da sua parte executiva interna, com
funções definidas e integradas ao aspecto legal.
9.2 - Conselhos
Como as instituições do Terceiro Setor, são basicamente associativas, a única forma de
demonstrar a participação dos associados, de forma democrática, na gestão de uma instituição é
através dos conselhos, que podem ser classificados em:
Conselhos complementares
São conselhos que complementam as atividades, que tem como objetivo a participação
conjunta, assim como, visa atender as leis complementares das atividades previstas nos
objetivos da instituição.
Exemplo:
Escola Infantil Comunitária
Conselho de administração
Conselho fiscal
Conselho dos professores
Conselho dos pais
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Os textos em azul se referem aos conselhos complementares, permitindo a participação dos
professores, pais, alunos e empresas, pois sendo a escola comunitária e sendo associativa, os
mesmos tem o direito de compor a gestão do grupo.
Caso o mesmo fosse empresa do Segundo Setor, os professores seriam simples funcionários e os
pais apenas os contratantes, portanto não teria a característica de escola comunitária.
Na participação como membros dos conselhos, os mesmos, não tem direito à remuneração, por
sua participação ou cargo nos conselhos, pois caso venha a ser remunerado o mesmo perde o
direito da imunidade e isenção dos tributos, conforme artigo 3º, inciso VIII do Decreto Federal nº
2.536/98, conforme texto abaixo:
Caso os membros dos conselhos venham a participar de cargos na Secretária Executiva a nossa
recomendação consiste em;
- os membros dos demais conselhos poderão ocupar o cargo executivo, mas nesses
casos, recomendamos que o mesmo solicite licença do seu cargo de conselheiro, bem
como se abstenha nas eventuais votações de temas administrativos.
Essa situação poderá ser regulamentada nas normas internas administrativas e operacionais da
instituição.
9.4 - Departamentos
Além da estrutura da Secretária Executiva, podemos criar os núcleos de trabalhos independentes,
denominados de departamentos, cuja função consiste em realizar as atividades com autonomia
administrativa e financeira, funcionando dentro de um parâmetro pré definido das suas funções,
quando da constituição.
Departamento Pedagógico
Trata apenas da questão pedagógica, em relação à análise da grade curricular, qualidade
dos professores, orientação aos pais, etc, cuja função apresenta características
especificas e técnicas.
Departamento Cultural
Desenvolvimento de atividade cultural, a qual deverá atuar em conjunto com o
Departamento Pedagógico, mas com liberdade e ação.
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Por ser uma escola comunitária, e tendo a participação dos pais da comunidade, deve-se
conceder bolsas de estudo e demais ações de apoio social, o cabendo ao departamento,
coordenar essas ações.
Essas atividades são operacionais, para funcionamento da instituição, assim as atividades das
mesmas, deverão ser regulamentadas em normas internas.
9.5 – Mantidas
As mantidas são personalidades jurídicas independentes da instituição principal, com a finalidade
de proporcionar desenvolvimento de atividades complementares, para consecução dos objetivos
previsto no estatuto.
Tomando o exemplo da escola comunitária, podemos constituir uma outra pessoa jurídica, em
forma de mantida da principal, para gestão de recursos financeiros em forma de uma associação
de crédito.
Dessa forma ,a instituição de ensino fica apenas para ministrar aulas e desenvolver atividade
culturais, e a organização financeira, poderá ser realizada com atividades complementares.
São ações complementares, cujo resultado, deverá ser encaminhado para manutenção da escola
comunitária, assim quanto maior for o resultado da mantida, menor será o custo da escola para
os pais.
Esta separação deverá ser realizada para não contaminar a contabilidade da escola, com outro
CNPJ, justificando assim a questão da mantida.
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- sistema de controle de ofícios,
- sistema de autorização de pagamentos,
- sistema de documentação operacional das atividades,
- controle da gestão financeira,
- sistema de monitoração das atividades sociais e ambientais,
- sistema de compra de produtos e serviços,
- organização da documentação técnica.
Essas são as principais preocupações nos controles, variando de atividade para atividade, que
deverão atender suas exigências complementares.
Através desse controle, podemos estabelecer formas de produzir relatórios e mapas de avaliação
e acompanhamento da evolução das atividades.
9.7 - Normas
Para estabelecer os controles, definir as formas de se distribuir as atribuições e
responsabilidades, devem ser criadas normas tais como:
Norma Administrativa
- norma de admissão, exclusão, demissão e penalidade de associado,
- norma do processo eletivo,
- norma das categorias de associado,
- norma de condução das assembléias,
- norma da comissão,
- demais normas.
Norma Operacional,
- norma de compra de produtos e serviços,
- norma de controle administrativo,
- norma do plano de contas,
- norma de controle financeiro,
- norma das atividades,
- demais normas.
Forma se assim, uma série de regulamentos internos, cujo documento passa a ser integrante do
documento principal da instituição, podendo ser chamado de regimento interno.
As normas deverão ser revisadas anualmente, em função das alterações das legislações
pertinentes às atividades, ao qual se obriga muitas vezes, a realizar suas adequações e
complementos.
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No código de ética profissional, e em todas as categorias reconhecidas legalmente,já há um
código de ética pré definido, portanto, basta reconhecer o mesmo, sem a necessidade de alterá-
lo.
Quanto ao código de ética da instituição, o mesmo deverá ser estabelecido, com base nas
recomendações dos conceitos iniciais da instituição, quando da sua constituição, criando
parâmetros de atuação e conduta.
Existem outros códigos, conforme atuação da instituição, baseada nos conceitos e nas filosofias
dos seus membros participantes, como no caso das igrejas, linha humanista, culturais, clubes de
serviços, etc, que criam outros tipos de procedimentos para condução das atividades.
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10– Interfaces
10.1 - Setor público
A interface, com o setor público é obrigatória desde o momento do seu registro e autorização de
funcionamento, mas a parte mais importante consiste no desenvolvimento da sua atividade fim.
Quando foi concedido o seu alvará de funcionário, e o registro junto a Receita Federal, com
inscrição como pessoa jurídica, automaticamente passa a compor o cadastro nacional, assim os
compromissos passam a existir, não mais apenas como um número, mas espera-se uma ação
condizente com seus objetivos.
Por outro lado, como a sua sede se instala num município, há necessidade de compor no seu
respectivo conselho municipal, para participar da sua função em base nos objetivos descrito no
estatuto, para cumprir a sua função social.
Caso as ações das instituições sejam realizadas de forma independente, sem compor ou
participar do respectivo conselho municipal, pode ser acusada de anarquizar a sociedade civil, e,
atuar de forma a buscar beneficio próprio, não atuando de forma coletiva, e desviando sua
finalidade.
Portanto não podemos confundir os ideais que norteiam o terceiro setor com as empresas do
segundo setor.
Assim, os gestores das empresas, como das instituições, deverão compor os grupos de trabalho,
buscando uma melhoria contínua, como previsto quando da composição dos conselhos
municipais, onde as empresas se fazem representar através das suas instituições de classe.
Os gestores das instituições, também deverão buscar uma forma de auxiliar o setor empresarial,
na sua busca de redução de custo e competitividade, apresentando maneiras de se atuar em
conjunto.
A saúde da empresa reflete no aspecto econômico da comunidade e dos problemas sociais, logo,
se faz necessário, e é de extrema importância que as empresas do seu município tenham
competitividade.
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A chamada terceirização social ,ou desenvolver as atividades da empresa através das instituições
do terceiro setor, proporciona redução de custo e atende os requisitos da norma de
responsabilidade social e ambiental para sua certificação.
Portanto, deverá se buscar uma linguagem comum entre as partes, pois o equilíbrio desta
linguagem proporciona a redução da desigualdade social e econômica.
- refeitório,
- produção e manutenção de uniformes,
- limpezas em geral,
- medicina do trabalho,
- sistema de informação,
- produção de informativos,
- gestão de resíduos,
- treinamento, capacitação de mão de obra,
- gestão de recursos de antecipação de 13º salário e férias proporcional,
- gestão de programas de benefícios para os funcionários,
- sistema de crédito alternativo para funcionários,
- demais atividades conforme segmento da empresa.
Assim a interface da empresa com o terceiro setor, poderá proporcionar um sistema de ganho x
ganho, estreitando a relação da empresa com a comunidade, na busca de parceria.
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necessidades, as quais deveriam estar expressas,nas suas representações perante as associações
de bairro.
No entanto o que ocorre é inverso, pois as representações das associações de bairro não tem
desenvolvido seu papel fundamental, em discutir a situação junto à comunidade local, e, tem sido
apenas um trampolim político.
Assim, para não se criar conflito ao processo, as ações do terceiro setor, deverão inicialmente
respeitar os conselhos municipais, nos quais as associações têm presença obrigatória, propondo
uma linha de atuação, que se obrigue a levar a discussão na comunidade local.
Com base nesse depoimento e processo, as instituições poderão escolher a forma de atuação;
infelizmente esse processo é necessário, para assegurar a fidelização da proposta, para
contemplar a real necessidade e a interface, sendo de forma dinâmica e democrática, sem
direcionamento das ações.
Dessa forma, as ações de interface com a comunidade, requerem uma linha de diálogo com as
lideranças e a base, no sentido de assegurar a transparência do processo, passando a ser uma
ferramenta de trabalho diferenciada; assim, caso haja plano de monopolização, no decorrer das
atividades, surgem novas lideranças, iniciando se um novo processo de visão social.
LEI Nº 9.394/96
-----------------------------
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
-------------------------
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,
desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
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VI - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão
das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica
e tecnológica geradas na instituição.
o
LEI N 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004.
-------------------
o
Art. 2 O SINAES, ao promover a avaliação de instituições, de cursos e de
desempenho dos estudantes, deverá assegurar:
I – avaliação institucional, interna e externa, contemplando a análise global e
integrada das dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades,
finalidades e responsabilidades sociais das instituições de educação superior e de
seus cursos;
------------------
IV – a participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo das
instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas
representações.
o
Art. 3 A avaliação das instituições de educação superior terá por objetivo
identificar o seu perfil e o significado de sua atuação, por meio de suas atividades,
cursos, programas, projetos e setores, considerando as diferentes dimensões
institucionais, dentre elas obrigatoriamente as seguintes:
-----------
III – a responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se
refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento
econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção
artística e do patrimônio cultural;
IV – a comunicação com a sociedade;
------------
VI – organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e
representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com
a mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos
processos decisórios;
VII – infra-estrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca,
recursos de informação e comunicação;
Dessa forma, as legislações sobre a questão do ensino superior, leva em consideração, a relação
entre a comunidade e a sociedade.
Assim, as instituições do Terceiro Setor poderão, como deverão se aproximar da área acadêmica
para desenvolver estágios, pesquisas e extensão, na busca de troca de informações e de
conhecimentos das partes, criando uma linha de atendimento direto com o meio acadêmico.
Pois o processo proporciona para ambos, academia e comunidade, uma troca de experiência e
apoio profissional,criando uma nova concepção do ensino, observando a inteligência social.
As ações das instituições do Terceiro Setor tem como base e fundamento o associativismo,
portanto, há necessidade e troca de convívio, entre as diversas atividades do Terceiro Setor.
Dessa forma, a interface com demais instituições do Terceiro Setor, passa quase a ser obrigatória
na sua interlocução e na formação de rede, pois todas as instituições do Terceiro Setor tem como
objetivo comum à melhoria da qualidade de vida de todos.
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11 – Aspecto social
11.1 - Integração com os Conselhos
Assim sendo, as atividades das instituições do terceiro setor nos municípios, deverão estar
coerentes, com as necessidades detectadas na administração pública, e nas pesquisas realizadas
de forma direta.
11.2 – Profissionalização
A profissionalização das instituições é obrigatória, tanto na sua gestão como nas atividades
exercidas; tanto para respeitar as legislações vigentes, como para criar uma nova concepção do
aspecto social, na busca de soluções e sustentabilidade do processo.
Essa forma de atuação é a única para as instituições do Terceiro Setor, pois assim, ficará isento da
questão da tendência partidária, bem como, livre do processo econômico, revelando o processo
social.
11.3 – Conceito
O conceito do aspecto social para instituições do Terceiro Setor, é à base do processo da sua
constituição, mas se faz necessário a sua avaliação periódica, em função do próprio processo de
evolução.
Caso a instituição mantenha seus conceitos iniciais por muito tempo, quando da sua atuação na
comunidade local, podemos entender que a mesma não tenha atuado de forma eficiente para
modificar a sociedade local, portanto podemos concluir que as ações sociais não estão sendo
efetuadas de maneira correta.
Assim, a questão do conceito das instituições passará por um processo de maturação das idéias,
dos objetivos, das atividades e principalmente dos resultados.
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Portanto, a necessidade de rever os conceitos das instituições do Terceiro Setor de forma
periódica é uma necessidade, e ao mesmo tempo, demonstra a maturidade das ações e do
processo de planejamento.
Dessa forma, se organizará e estruturará com mais coerência e realidade, na busca de seus
objetivos, e na definição das estratégias e alianças com o setor privado e público.
11.4 - Avaliação
A avaliação do aspecto social das instituições do Terceiro Setor deverão ser vista das seguintes
formas:
Avaliação institucional
Quanto ao desempenho da instituição na sociedade local.
Avaliação interna
Quanto à evolução e desenvolvimento humano dos associados.
Avaliação externa
Análise da participação externa, e, visão alheia às ações da instituição.
Avaliação estatística
Análise da melhoria dos índices oficiais e estatísticos da comunidade local.
Avaliação patrimonial
Análise da evolução dos patrimônios econômicos e de conhecimento.
Avaliação estratégica
Análise das interfaces estratégicas criadas pelas instituições ao longo das suas ações.
Essas avaliações, as instituições deverão fazer, de forma anual, quando da realização das suas
assembléias ordinárias, para nortear os novos planos de trabalho e o aspecto econômico da sua
gestão.
Somente, através das avaliações, podemos estabelecer uma linha de atuação coerente com a
realidade local, e ter a certeza do caminho trilhado em busca de novas fronteiras.
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12 – Comunicação
Levar a informação sem tendências e pretensões, de forma imparcial e com objetividade, torna a
matéria um desafio, pois influencia, de forma direta na obtenção de fotos e na maneira de
elaborar o texto.
O profissional responsável pela comunicação deverá obter uma visão social, sem demagogia e
sem preconceito, devendo retratar a real imagem da situação e a expressão de esperança.
Mesmo quando o meio usado for eletrônico, como as páginas da Internet, há que se ter, um
cuidado especial para transmitir a real expressão, e, não fazer a abordagem de forma
sensacionalista.
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13 – Itens de um estatuto
13.1 – Introdução
Nesse capítulo, trataremos de forma resumida os itens necessários para uma estrutura mínima,
de um estatuto coerente com as legislações pertinentes às atividades desejadas.
Como a estrutura de um estatuto depende da atividade a ser proposta, vamos fazer uma
abordagem de forma genérica, sobre os pontos mais importantes do documento.
13.2 - Capítulos
Base de um estatuto:
Quanto aos fins ou objetivo da instituição, os mesmos deverão ser diretos, mencionando
as atividades a serem realizadas, pois com base nessas atividades, é que devemos
estruturar os conselhos complementares, bem como deverão nortear os registros
necessários.
Quanto à natureza, o mesmo deverá ser definido quanto a sua forma de constituição de
direito privado ou público, inclusive com informações referentes à forma de atuação e
operacionalidade, como possibilidade de atuar em forma de filial, licenciamento, posto
de atendimento, etc.
No caso da sede, deverá mencionar o endereço completo, para sua identificação com
informação do CEP – Código e Endereçamento Postal, bairro, município e estado,
devendo observar que se tratando de pessoa jurídica ,o endereço deverá estar
compatível com a lei municipal de zoneamento, para obter o alvará de funcionamento.
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A definição da categoria de associados permite a definição dos membros quando do
processo eletivo, bem como os direitos e as atividades, formando assim uma hierarquia
no quadro de associados, podendo ainda, criar restrições às ações e participações por
categoria de associado.
- associado fundador,
- associado mantenedor,
- associado efetivo,
- associado contribuinte,
- associado profissional,
- associado institucional,
- associado patrocinador,
- associado voluntariado,
- associado benemérito,
- associado honorário.
- tipo de atividade,
- questão legal,
- questão estratégica,
- questão de gestão da instituição.
Quando da exclusão, o código civil prevê que o ato seja referendado numa assembléia
extraordinária, com direito a ampla defesa.
O estatuto deverá também prever, a forma de demissão possível do associado, por livre e
espontânea vontade, ou por questões legais, inclusive seu retorno.
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Também poderá ser definido quando do falecimento do titular, as condições dos seus
direitos, quando da participação nas quotas de participação ou de eventuais
empréstimos.
Definir as condições dos direitos e deveres dos associados podendo descrever as por
categoria de associado, ou de forma geral.
Nesse capitulo, se define a estrutura administrativa da instituição com base nos seus
objetivos, e, nas legislações pertinentes às categorias profissionais.
Além, das estruturas exigidas pela legislação de registros de títulos e documentos, como
estrutura mínima que consiste em:
Para efeito legal, deverá definir o período de realização da assembléia geral ordinária,
pois há uma data limite previsto no CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social, como
30/04 de cada ano, para apresentação do seu balanço e relatório de atividades, para que
se possa efetuar sua renovação; portanto, o prazo deverá ser estabelecido em função
dessa data.
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Deverá definir as competências das assembléias ordinárias e extraordinárias, de forma
separada, inclusive observando a legislação pertinente sobre a matéria.
- presidente,
- tesoureiro,
- secretário,
- suplente.
Poderá se compor também com respectivos vices, sendo no mínimo de três (3) cargos,
eleitos entre os associados.
Nesse capitulo, mencionaremos a competência do conselhos e dos seus membros,
definindo se cargo por cargo.
O conselho consultivo entre seus membros, deverá indicar um grupo gestor composto no
mínimo de três (3) membros, eleitos entre eles, e indicar um coordenador do conselho,
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definindo suas competências e atribuições, aos membros que venham a conduzir os
trabalhos, sendo os membros sempre em número ímpar.
O conselho comunitário entre seus membros, deverá indicar um grupo gestor composto
de no mínimo de três (3) membros eleitos entre eles, e indicar um coordenador do
conselho, definindo as competências e atribuições a quem venha a conduzir os trabalhos,
e, sendo sempre em número ímpar de membros.
O conselho técnico entre seus membros, deverá indicar um grupo gestor composto no
mínimo de três (3) membros eleito entre eles, e indicar um coordenador do conselho,
definindo suas competências e atribuições aos membros que venham a conduzir os
trabalhos, sendo sempre em número ímpar de membros.
O conselho institucional entre seus membros, deverá indicar um grupo gestor composto
no mínimo de três (3) membros eleito entre eles, e indicar um coordenador do conselho,
definindo suas competências e atribuições aos membros que venham a conduzir os
trabalhos, sendo sempre em número impar de membros.
Dentro da sua competência, o mesmo poderá contratar terceiros, não associados, como
auditores ou assessores, para respaldas as decisões dos membros dos conselho fiscal, ou,
quando da falta de membros com especializações para fornecer informações ou
pareceres.
Quando o cargo for exercido por um dos membros dos conselhos, o mesmo, deverá
abdicar dos seus direitos, quando estiver ocupando cargo remunerado, não podendo
votar nos assuntos administrativos.
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Capitulo XV Do processo eletivo
É importante definir regras dos processos eletivos, devendo se observar itens como:
- inscrição da chapa,
- condução da assembléia geral de eleição,
- possibilidade de impugnação da eleição,
- ocorrendo à impugnação, como fica a gestão,
- documentos dos membros eleitos,
- posse dos eleitos.
- RG,
- CPF,
- documento de entrega do IR,
- título de eleitor,
- documento de comprovação do último pleito,
- comprovação de residência,
- certificado militar para homens.
Caso um dos membros eleitos, não faça a entrega de um dos documentos, a eleição
poderá ser anulada na sua totalidade, devendo se, proceder à nova eleição.
o
LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
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Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
-------------
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
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– contribuições de pessoas físicas e jurídicas,
– doações e legados,
– usufruto que lhe forem conferidos,
– receitas de comercialização de produtos,
– rendas em seu favor constituído por terceiros,
– rendimentos de imóveis próprios ou de terceiros,
– juros bancários e outras receitas financeiras,
- captação de renúncias e incentivos fiscais,
– receitas sobre direitos autorais de produção de materiais promocionais,
– resultado de comercialização de produtos de terceiros,
– resultados de prestação de serviços,
– patrocínios,
– resultado de bilheteria de eventos,
– direitos autorais de terceiros,
– quotas de participação,
– repasses,
– taxa de administração e de gestão,
– anuidades,
– subvenções e recursos públicos da União, Estados, Municípios, Autarquias e
Fundações Publicas,
– rendimentos de aplicações financeiras,
– resultado de concursos, leilões e sorteios,
- resultado de empréstimos.
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- a publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal,
ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade,
incluindo as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-
os à disposição para o exame de qualquer cidadão;
Nesse aspecto também não podemos esquecer, das questões relacionadas com o
balanço social e ambiental.
A terminologia livro permanece, mas poderá ser em forma de folhas soltas, numeradas e
arquivadas, de forma contínua e sequencial, para documentação.
Os associados e os não associados têm livre acesso aos livros, com direito de solicitar
cópia dos documentos, sem restrições.
Os livros deverão ser mantidos na sede da instituição, e não deverão ser removidos da
mesma; isso somente será permitido em relação aos documentos fiscais.
Nesse capitulo, são tratados assuntos que não foram contemplados nos demais capítulos
do estatuto, visando atender as legislações bem como para definir formas de atuação:
- A sessão de uma assembléia, uma vez instalada, poderá ser prorrogada para
outra data, sem a necessidade de nova convocação, desde que aprovado pelos
presentes.
Essas são algumas das observações que poderão ou deverão constar no estatuto, para
salvaguardar e para garantir um funcionamento mais seguro e adequado.
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Quando da alteração de um estatuto, deverá ser mencionada, a questão da revogação
das disposições, em contrário do estatuto anterior.
13.3 - Observações
Quanto à estrutura do estatuto devemos observar com atenção os seguintes capítulos:
Assim, a estrutura do estatuto, deverá observar uma série de legislações pertinentes à atividade
proposta, não bastando atender os requisitos do registro junto ao cartório, mas principalmente o
aspecto estratégico e profissional.
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14 – Certificações
14.1 - Utilidade públicas
A questão das certificações de utilidade pública, municipal, estadual ou federal para instituições
do terceiro setor, tem como objetivo:
A titulação depende das legislações pertinentes, pois cada município e estados estabelecem suas
condições para concessão da titulação; o governo federal, entretanto estabeleceu normas
específicas, inclusive com formulários próprios, e, o pedido poderá ser realizado pelo correio, sem
a necessidade de interferência política.
Após a titulação, a instituição do terceiro setor, poderá obter registros complementares junto aos
demais órgãos.
14.2 – OSCIP
A certificação ou a titulação de OSCIP é fornecida a qualquer instituição do terceiro setor, que
venha atender no seu estatuto as condições estabelecidas na Lei Federal nº 9.790/99; o mesmo
será concedido independente do período de seu registro e constituição.
O mesmo poderá ser obtido pelo correio, sem necessidade de interferência política, bastando
cumprir as exigências apresentadas no site do Ministério da Justiça.
A titulação tem como objetivo uma certificação provisória, equiparada com o titulo de utilidade
pública federal, por um período de até cinco anos corridos; depois de tal, a instituição poderá
manter a certificação de OSCIP, ou por ter obtido a certificação de utilidade pública federal,
poderá renunciar a certificação de OSCIP.
Para se obter os registros junto aos conselhos, os mesmos possuem formulários próprios, os
quais deverão observar a comprovação das atividades, bem como estabelecer normas e diretrizes
de atividade sequencial e anual.
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15 – Códigos
15.1 – código de ética da instituição
Na instituição, além do estatuto o documento mais importante é o código de ética, antes das
normas administrativas e operacionais ou do regimento interno, pois se trata de documento de
base e de referência na condução dos objetivos.
Assim passa a ser um documento de doutrina ou de demonstração dos sentimentos, para adesão
de novos membros, com a finalidade de encorpar a instituição na busca de seus objetivos.
Portanto o código de ética de uma instituição deverá ser o documento a ser lembrado em todos
os atos e momentos de decisão administrativa.
Para montagem do código de ética da instituição, quando o mesmo tratar de assunto profissional,
há necessidade de se respeitar essas condições, bem como devemos ficar atento, pois a
instituição do Terceiro Setor, por não ter fim econômico, possuem ressalvas a serem realizadas.
Por outro lado, a exigência do balanço social e ambiental, com base nas normas da ABNT – NBR
16.001 e 16.002, bem como a Resolução do CFC – nº 1003/04 e a NBC T 15 e a norma da ISO
26.000, inicia uma nova fase de busca de atuação ao combate da desigualdade social e a
integração de diversos segmentos.
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17 – Conclusão
O presente manual é apenas um documento para auxiliar os gestores das instituições do Terceiro
Setor, bem como material de orientação para montagem de uma instituição do terceiro setor, e
ainda para abrir diálogo com o setor empresarial e o governamental.
Pois as ações das instituições do Terceiro Setor fazem parte integrante da comunidade local para
promover o desenvolvimento econômico e social e no combate a desigualdade social.
Assim, nivelar o conhecimento do terceiro setor, passa a ser uma obrigação e compromisso por
parte do APTO – Centro de Estudo e Difusão do Terceiro Setor, que tem realizado seminários,
palestras e encontros com objetivo de levar essa informação a maior número de profissionais
possíveis.
Por sua vez, os profissionais do mercado acabam por não entender a matéria como tal, pois a
imagem do terceiro setor como “pilantropia”, passa pela mídia de uma forma estranha, com o
intuito de buscar meios de driblar o fisco ou algo assim.
E nesse processo de não entender o terceiro setor como uma ferramenta promotora de
desenvolvimento econômico e social, provoca uma série de perdas a sociedade local.
Neste quadro, a preocupação do APTO – Centro de Estudo e Difusão do Terceiro Setor, tem como
compromisso, levar ao público uma informação mais técnica sobre as instituições do terceiro
setor; assim estamos produzindo uma série de materiais com o tema, no sentido de orientar o
público em geral.
Takashi Yamauchi
APTO – Centro de Estudo e Difusão do Terceiro Setor
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