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Renato C. C. Colman
Manual
Práticas
Contábeis - 1ªEdição
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou
parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com
autorização por escrito do autor. A violação dos direitos do autor (Lei
nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo184 do Código Penal.

Profissional é
aquele que busca o
conhecimento e
aprendizado a todo
instante!
Eu sou Renato Carvalho, Contador e Consultor
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Contábil a mais de 12 anos. Bacharel em
Ciências Contábeis pela Faculdade UPIS-DF.
sociais Especialista em Marketing Digital. Criador de
conteúdo em contabilidade com mais de 20
mil usuários.

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Contadores de Sucesso Oficial

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Profissão Contador
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Introdução
Sem pressa colega de profissão...NÃO PULE! Comece POR AQUI...
como diz o grande empreendedor Rick Chester: Pega a visão!

Por Renato Carvalho

Se você quer colher frutos, precisa plantar e fazer a sua parte...

Digo isto porque vejo todos os dias vários colegas de profissão de estudante a contador
já com experiência questionando que não há mais espaço no mercado, não há mais
oportunidades, que as exigências estão cada vez maiores para obter uma vaga, perdendo
cliente para startups que dizem “fazer contabilidade” e tanto outros questionamentos...

No entanto te pergunto:

Quão preparado você está para atuar profissionalmente?


O que você está fazendo para mudar esta situação?

Vamos voltar um pouquinho se você ainda está cursando Ciências Contábeis ou é recém
formado.

Você está dando seu máximo em cada matéria, estudando mesmo, tentando absorver o
máximo de conhecimento e aprendizado?

Você que é recém formado, está revisando os conteúdos? Sabia que alguns podem ter
sofrido alterações? A exemplo podemos citar a Reforma Trabalhista.

Eu sei que algumas matérias são um pouco chatas, mas o quanto está sendo seu
esforço... já conversou com os professores sobre temas do cotidiano, lendo artigos,
livros...com a crise do coronavírus estão acontecendo muitas lives de professores, cursos
EAD, gratuitos ou pagos...e aí já fez algum?

Renato C. C. Colman
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Introdução

Contudo você ainda deve tá pensando, como isto vai me levar a prática contábil?
A entender o dia a dia do contador? Afinal você quer uma oportunidade para iniciar de
fato.
 
Uma simples palavra caro colega: NETWORKING

Alinhe isto tudo e sendo mais participativo que você vai começar a criar parcerias,
troca de informações e indicações.

Mas não encerra aqui... “Se você quer colher frutos, precisa plantar e fazer a sua parte...”

Vou contar um pouco do que eu fiz para obter a tão sonhada “prática contábil em
diversas áreas” que vários profissionais procuram...

Iniciei minha carreira no setor contábil como auxiliar num escritório contábil, logo que
comecei dei o máximo nas atividades assim como todo mundo faz nos primeiros meses
de experiencia para garantir a vaga. No entanto não parei por aí continuei nos dias,
meses e anos seguintes porque vi ali uma oportunidade de obter muito conhecimento.

Não é à toa que a cada ano que passava eu era promovido a um novo cargo... e a chefia
tinha cada vez mais confiança no meu trabalho! E, com isso tive a oportunidade de
aprender a como fazer Declaração de Imposto de Renda, confesso que foi na raça,
mas aprendi kkk!

O dono do escritório na época, se não me engano eu estava no segundo ano no


escritório, simplesmente chegou em minha mesa e disse:

- Renato este ano preciso de reforço para atender a demanda de declarações e você vai
ajudar, tome aqui está apostila que ensina como fazer e saiu da sala... fiquei apreensivo e
tenso, minha supervisora até falou você não precisa fazer podemos escolher outra
pessoa, mas vi ali uma ótima oportunidade e aceitei. Lembro que apostila tinha umas
100 páginas.

Renato C. C. Colman https://dominandoacontabilidade


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Introdução
Li toda, mas claro que foi tenso porque veio mil questionamentos, mas fui aos poucos
tirando dúvidas com à equipe e logo estava expert no assunto.

Para aprender as demais áreas da contabilidade fazia algo simples, mas que contribuiu e
muito para obter a prática contábil em diversas áreas.

O setor contábil reuni diversas informações do Fiscal, DP e societário, então em vez de


apenas ir no outro setor buscar apenas uma informação para concluir a contabilidade da
empresa, procurava ir além perguntava como fazia os cálculos da folha, escrituração
das notas, apuração dos impostos presumido, real, simples nacional, como era abertura,
alteração e encerramento de uma empresa e anotava tudo e assim fiz por várias vezes 
até fixar a informação.

E lembra do networking que falei, criar relacionamentos, parcerias?!! A exemplo disso,


posso citar que por meio do networking foi possível conseguir uma nova
oportunidade advinda da indicação de uma colega de profissão.

E neste novo escritório não foi diferente também dei o máximo a cada ano e sempre
buscando conhecer ainda mais as demais áreas da contabilidade.

E uma vez aconteceu até uma situação curiosa, era final de um trimestre e o colega de
profissão do setor fiscal não pode ir ao escritório justamente no fechamento e apuração
dos impostos trimestrais e minha chefe estava em reunião e também não podia fazer a
revisão e apuração dos impostos, mas ela lembrou que eu entendia da área fiscal e
tinha o conhecimento necessário para realizar a apuração e assim fiz não só uma vez
mais outras também.

Você deve tá se perguntando, mas como você fez Renato, pesquisou na internet na hora,
buscou ajuda com a consultoria ou do sistema contábil?
Não! Simplesmente sempre que possível perguntava ao colega como era feito, olhava as
planilhas, como preenchia, no sistema onde clicava e sempre anotando tudo até fixar.

Renato C. C. Colman https://dominandoacontabilidade


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Introdução
Ou seja, eu poderia simplesmente ficar acomodado no meu setor ou buscar aprender e
criar oportunidades de evoluir na carreira.

Assim fui crescendo, construindo uma carreira de sucesso e sempre buscando mais
conhecimento, aprendizado com cursos, materiais, interagindo em grupos e claro
fazendo muito mais networking.

E nos últimos dois anos me dediquei a compartilhar de toda minha experiência para
que outros profissionais de estudante até contadores experientes pudessem criar
habilidades necessárias e capacidade para enfrentar quaisquer desafios do mercado.

Você sabe que as mudanças na legislação estão a todo vapor, uma atrás da outra,
novas normas, legislações, declarações e as reformas nem se fale! E para os próximos
anos a tendência é que aconteça cada vez mais e os impactos serão fortes atingindo
desde o pequeno empresário ao grande.
 
Ou seja, este é o momento exato para você buscar cada vez mais conhecimento e
aprendizado.
 
Após anos de experiência e muitos estudos adquiridos, FOQUEI neste MANUAL em
reunir em um só lugar, o máximo de conteúdo, Dicas, Orientações e Sacadas das
principais áreas da Contabilidade e do cotidiano num escritório de contabilidade,
que  por hora não é visto na faculdade  e que os profissionais só aprendem depois
de  muitos erros, sofrimento e dor de cabeça, passando horas na internet buscando
respostas para algum procedimento.
 
E vamos muito além deste manual, criando uma comunidade parceira, trocando várias
informações, compartilhando mais materiais de estudo e apoio, esclarecendo dúvidas e
demais orientações do cotidiano da contabilidade, ok?!
 
Aproveite muito bem este manual!
Sucesso e bons estudos!!!

Renato C. C. Colman
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SUMÁRIO
Introdução -------------------------------------------------------------------------------- 3 - 6
PRÁTICA SOCIETÁRIA ------------------------------------------------------------- 8
Quais Documentos Solicitar ao Cliente ---------------------------------------------- 9
Documentos e Orientação ao Cliente ------------------------------------------------ 10 - 14
Etapas de como fazer abertura ------------------------------------------------------- 15 - 31
Transformações Empresariais -------------------------------------------------------- 32  
Como transformar MEI para ME ---------------------------------------------------- 32 - 34
Demais casos de Transformação ----------------------------------------------------- 35 - 36
> Transformação LTDA para EIRELI
> Empresário Individual para EIRELI
> Empresário Individual para LTDA
Diferenças entre MEIxEIxEIRELIxSoc. Unipessoal e LTDA ------------------- 37 - 40
Procedimentos para Encerramento da Empresa ----------------------------------- 41 - 42
Conclusão ------------------------------------------------------------------------------- 43
PRÁTICA CONTÁBIL --------------------------------------------------------------- 44
Aspectos Iniciais ----------------------------------------------------------------------- 45 - 46
Escrituração Contábil ----------------------------------------------------------------- 47 - 49
Lançamentos Contábeis -------------------------------------------------------------- 50 - 53
Principais erros em Lançamentos Contábeis -------------------------------------- 54 - 55
Plano de Contas ----------------------------------------------------------------------- 56 - 57
Balanço de Abertura ------------------------------------------------------------------ 58 - 62
Demonstrações Contábeis ----------------------------------------------------------- 63 - 72
> Balanço Patrimonial
> DRE
> DMPL
> DFC
> DLPA
> DVA
> DRA
> Notas Explicativas

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SUMÁRIO
Como fazer Análise econômica-financeira das Demonstrações Contábeis --- 73 - 76
> Índices de Liquidez
> Índices Operacionais
> Índices Financeiros
> Índices de Valorização da Empresa
Análise na Prática --------------------------------------------------------------------- 77 - 81
Livro Diário e Razão ----------------------------------------------------------------- 82 - 84
> Obrigatoriedade e Ordem de Impressão
> Diário x ECD
Balancete de Verificação ------------------------------------------------------------ 85
Imobilizado ---------------------------------------------------------------------------- 86
Depreciação --------------------------------------------------------------------------- 87 - 89
Conclusão ------------------------------------------------------------------------------ 90
PRÁTICA FISCAL ------------------------------------------------------------------- 91
Desbloqueando o Lucro Real -------------------------------------------------------- 92 - 129
> Apuração Trimestral
> Apuração Anual
> Estimativa Mensal
> Adições e Exclusões
> Apuração PIS e COFINS
> Obrigações Fiscais
Lucro Presumido --------------------------------------------------------------------- 130 - 141
Simples Nacional ---------------------------------------------------------------------142 - 173
Planejamento Tributário -------------------------------------------------------------174 - 182
Como realizar e fazer pedido de Recup. de Créd. Tributário ------------------ 183 - 186
Conclusão ----------------------------------------------------------------------------- 187
PRÁTICA TRABALHISTA ------------------------------------------------------- 188
Principais Mudanças na Reforma Trabalhista ----------------------------------- 189 - 195
Quais as rotinas e obrigações do DP ---------------------------------------------- 196 - 204
Registro Empregado ---------------------------------------------------------------- 205
Tipos de Contrato De Trabalho --------------------------------------------------- 206 - 219
Admissão ----------------------------------------------------------------------------- 220 - 230
Transferência de Empregados ----------------------------------------------------- 231 - 232 

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SUMÁRIO
Jornada e Horário de Trabalho ----------------------------------------------------- 233 - 243
> Horas Extras
> Horas Especiais
> Faltas
> Atestados
Folha de Pagamento / Cálculos Trabalhistas ------------------------------------ 244 - 283
+ Dicas, Orientações e Insights --------------------------------------------------- 284 - 297
Esocial, DctfWeb, EFD-Reinf ---------------------------------------------------- 298 - 309
Conclusão --------------------------------------------------------------------------- 310

Considerações Finais -------------------------------------------------------------- 311 - 312

Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------- 313

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PRÁTICA SOCIETÁRIA

O processo de legalização de uma empresa é sem dúvidas um


processo burocrático, são várias etapas e procedimento que na
maioria das vezes deixa o profissional contábil travado em certas
etapas.
A sincronia de procedimentos, observando-se métodos, prazos e
consequências, é de extrema importância para a obtenção de
sucesso em um trabalho de legalização.
Se algo sair errado poderá ocorrer desperdício de tempo, dinheiro,
multas, e outros prejuízos até mais graves.
Por isso que já iniciei o Manual já com esta área, é o ponta pé
inicial de tudo.
E vou além, é a chance de você profissional contábil mostrar
valor nos seus serviços, que tem domínio e conhecimentos
necessários para orientar o cliente muito mais do que apenas no
processo de abertura, mas de gestão do negócios, controle de
finanças e orçamento, impactos tributários e dentre outros pontos
relevantes que poderão impactar no negócio do cliente com a
abertura da empresa.

As etapas e processos mencionado ao longo da explicação


poderá variar de acordo com estado ou município, ainda que
representem o mesmo tipo de exigência burocrática.

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A maioria dos sites das juntas comerciais de cada estado tem


orientações de registro e demais procedimentos passo a passo,
por exemplo do Distrito Federal no menu Dúvidas tem opção de
ver tanto em texto como em vídeo.
De São Paulo assim que você abrir o site
https://vreredesim.sp.gov.br/tutoriais , também terá algumas
opções em vídeo e em texto.
Outro ponto importanteé que a maioria dos estados já estão com
processos totalmente online e integralizados entre os órgãos de
registro.

QUAIS DOCUMENTOS SOLICITAR AO CLIENTE PARA


ABERTURA DA EMPRESA:
Sócios:
 1 cópia autenticada do documento de identidade;
 1 cópia autenticada do CPF;
 1 cópia do comprovante endereço (não precisa estar no
nome do sócio);
 1 cópia do título de eleitor de cada sócio;
 1 cópia do recibo das 2 últimas Declarações de Imposto de
Renda Pessoa Física;
 Estado civil
 Procuração (O modelo DIGITAL você encontra na Junta
Comercial do seu estado) (somente após o deferimento
do nome empresarial pela Junta Comercial).

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Empresa:
 1 cópia do comprovante do endereço da empresa;
 Certidão atualizada (matrícula do imóvel);
 1 cópia do espelho do carnê do IPTU da sede da empresa;
 1 cópia autenticada do contrato de aluguel;
 Informar 03 (três) alternativas para o nome empresarial
 Informar o nome fantasia da empresa
 Informar qual o valor do Capital Social da Empresa:
 Informar a participação societária de cada sócio;
 Administração da empresa (isoladamente ou em conjunto
pelos sócios);
 Descrição exata da atividade da empresa:

Importante!!!
Cônjuges podem ser sócios apenas se não forem casados em
regime de comunhão ou separação universal de bens.
Antes de estabelecer a sociedade, no entanto, convém registrar em
contrato as obrigações das partes em caso de separação, para que
a dissolubilidade do casamento não inviabilize a continuidade das
operações da empresa.

Documentos e Providências Necessárias para


Orientar o Cliente
Sempre que for tomada a decisão por empreender um negócio,
alguns cuidados e precauções devem ser tomados no que diz
respeito à viabilidade para sua legalização.
É importante lembrar que cada estado pode ter particularidades
que devem ser observadas e que podem não estar contidas nos
itens abaixo. Vejamos alguns exemplos destes cuidados:

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 Escolher um local adequado para exploração do negócio,


levando em consideração itens como: localização,
movimento de pessoas, força elétrica, telefonia, risco de
enchentes, estacionamento, acesso, transporte público,
conservação do imóvel, as adaptações necessárias do imóvel
para o exercício da atividade etc.;
 Verificar na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura.
 Se o imóvel está regularizado e se possui HABITE-SE;
 Se as atividades a serem desenvolvidas no local,
respeitam a Lei de Zoneamento do Município;
 Os pagamentos do IPTU referentes ao imóvel;
No caso de serem instaladas placas de identificação do
estabelecimento, assim como cadeiras na calçada, será necessário
verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento
das mesmas (no município do Rio de Janeiro o requerimento é
feito no portal da prefeitura “Carioca Digital” e os documentos
são os seguintes:
 Alvará de Licença para Estabelecimento (cópia);
 Alvará de Autorização Transitória ou o protocolo do
processo de sua solicitação (cópia), quando se tratar de
publicidade em evento;
 Autorização do Condomínio, Ata de Assembléia ou
Convenção, quando se tratar de anúncios instalados em
coberturas ou telhados, empenas cegas, fachadas acima do
piso do último pavimento, sobre marquises ou em suas
testadas, área livre de imóvel quando este não for de uso
exclusivo;
 Cópia do CREA do profissional que assinar o projeto,
quando a área do anúncio for superior a 20 m2 ou quando
for instalado em cobertura ou telhado;
 Quando se tratar de publicidade em veículos automotores,
apresentar o Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículo (CRLV), Declaração da Resolução CONTRAN nº
254/2007 (ônibus, van escolar, táxi ou particular) ou da

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Resolução SMTR nº 1794/2008 (vans do tipo TEC) no caso


de publicidade exibida na área envidraçada. Informar no
projeto o local de guarda do veículo e sua placa;
 Fotografia do local, em caso de painéis instalados em
coberturas, telhados ou empenas cegas
 Licença de Obras atualizada em caso de anúncios colocados
em imóveis em construção;
 Procuração com firma reconhecida ou com cópia da
identidade do procurador se for o caso
 Projeto em três vias assinadas pelo requerente,
preferencialmente em formato A4 ou A3, contendo título
mencionando todas as características dos anúncios, tais
como: pronto de instalação, tipo de material, tipo de
iluminação, número de faces com as respectivas mensagens,
endereço da instalação, planta de fachada, corte e situação
com todas as cotas indispensáveis à análise fiscal, assinatura
e numero de inscrição no CREA do profissional responsável
pela segurança do engenho, quando for instalado em
cobertura ou telhado ou tiver área superior a 20 m2;
 Prova de Direito ao Uso do Local, quando este não coincidir
com o endereço constante do Alvará e a publicidade for
instalada em área pública, em imóveis em construção, em
imóveis integrantes do patrimônio federal, estadual ou
municipal, veículos ou em bancas de jornal e revistas;
 Termo de Registro na F/CLF-2 - Divisão de Publicidade,
quando se tratar de anúncio exibido por empresa prestadora
de serviço de publicidade, agenciamento de propaganda ou
aluguel de espaço em imóvel para fins publicitários
E se um estrangeiro quiser abrir uma empresa no
Brasil?Quais são os documentos necessários:

 Visto de residente no Brasil


 RNE – Registro Nacional de Estrangeiros (válida)
 CPF (Cadastro de Pessoas Físicas)
 Comprovante de Endereço

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Impedimentos para ser Sócio

Não podem ser sócios de sociedade limitada a pessoa impedida


por norma constitucional ou por lei especial (vide Instrução
Normativa DNRC nº 76, de 28/12/1998), observando-se, ainda,
que:

• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no


Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do
Ministério da Justiça, pode participar de sociedade limitada,
exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens;

• os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens


ou de separação obrigatória, não podem ser sócios entre si, ou
com terceiros;

• pessoa jurídica brasileira: - em empresa jornalística e de


radiodifusão sonora e de sons e imagens, exceto partido político e
sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a
brasileiros e desde que essa participação se efetue através de
capital sem direito a voto e não exceda a 30% do capital social;

Impedimentos para ser administrador

Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa:

a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o


acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a
economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as
normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a
fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da
condenação;

b) impedida por norma constitucional ou por lei especial:

• brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: - em empresa


jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e
imagens;

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14

• estrangeiro: - estrangeiro sem visto permanente;

A indicação de estrangeiro para cargo de administrador poderá ser


feita, sem ainda possuir “visto permanente”, desde que haja
ressalva expressa no contrato de que o exercício da função
depende da obtenção desse “visto”.

• natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao


território nacional e que se encontre no Brasil;
• em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão
sonora e de sons e imagens;

• em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel


rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das
fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão
competente;

• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no


Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do
Ministério da Justiça, pode ser administrador de sociedade
limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens;

• pessoa jurídica;

• o cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado;

• o funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em


relação ao funcionário estadual e municipal, observar as
respectivas legislações.

• o Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal;

• o magistrado;

• os membros do Ministério Público da União, que compreende: -


Ministério Público Federal; - Ministério Público do Trabalho; -
Ministério Público Militar; - Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios;

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• os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a


Constituição respectiva;

• o falido, enquanto não for legalmente reabilitado; o leiloeiro;

• a pessoa absolutamente incapaz: • a pessoa relativamente


incapaz:

Observação: a capacidade dos índios é regulada por lei especial


(Estatuto do Índio).

Em posse de toda a documentação, vamos aos processos para


abertura da empresa passo a passo!

Etapas de como fazer abertura de uma


empresa

Obs.:As orientações a seguir foram disponibilizadas pela


própria Receita Federal:
Procedimento do contribuinte - envio por meio digital no Portal
REDESIM
A inscrição de primeiro estabelecimento, com abertura do
estabelecimento matriz, é o momento da constituição da empresa
ou entidade.

A criação da pessoa jurídica é realizada por meio do serviço


“Abra sua pessoa jurídica” no Portal REDESIM no
endereço www.redesim.gov.br.

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1 - Passos para abrir uma Pessoa Jurídica

Passo 1 – ACESSE O PORTAL REDESIM

Site: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/redesim

 Clique na opção Abra sua Pessoa Jurídica


 Logo vai abrir uma página com 3 passos, irá clicar no 1º
passo chamado Consulta Prévia

A Consulta Prévia é uma pesquisa eletrônica antecipada que


verifica:

a) A possibilidade de execício da(s) atividade(s) econômica(s)


a ser(em) desenvolvida(s) pela Pessoa Jurídica no endereço
escolhido. Essa pesquisa é feita no banco de dados da
Prefeitura do Município onde a pessoa jurídica será
instalada.
b) A existência de pessoas jurídicas constituídas com nomes
idênticos ou semelhantes ao nome pesquisado. Esta pesquisa
é feita nos bancos de dados dos Órgãos de Registro (Juntas
Comerciais, Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
ou OAB).

 Irá abrir uma página com o nome Consulta Prévia de


Viabilidade que pede para você selecionar o estado onde a
empresa será aberta.
 Ao selecionar o estado você será redirecionado para o site
que faz a integração com o redesim, em sua maioria
administrado pela própria junta comercial do estado, abaixo
segue alguns exemplos de sites que abre ao clicar no estado:

Renato C. C. Colman -https://dominandoacontabilidade.com


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São Paulo:
https://vreredesim.sp.gov.br/home
Minas Gerais:
https://portalservicos.jucemg.mg.gov.br/
Rio de Janeiro:
https://www.jucerja.rj.gov.br/
Distrito Federal:
https://portalservicos.jucis.df.gov.br/

Você deve está se perguntado, posso acessar diretamente o


portal de serviços de abertura do estado?
E a resposta é sim. Em suas próximas aberturas de empresas ou
até mesmo a baixa pode acessar diretamente o portal do estado.

Continuando...

Daqui por diante, os procedimentos segue uma mesma lógica para


todos os portais de cada estado, por mais que os portais não são
iguais, um ícone diferente ou layout, não se preocupe basta seguir
os passos.
Caso tenha alguma etapa a mais ou procedimento basta observar
os tutoriais disponibilizados por cada Junta Comercial como
informei anteriormente.

 Para dar andamento ao processo dentro do portal de serviços


do estado selecionado, é necessário fazer o login via
gov.br. Se você ainda não tem acesso ao gov.br, é
necessário criar uma conta. Para criar não tem mistério,
basta preencher o que é solicitado pelo governo e bem
rápido. E caso já possua um certificado digital, poderá
acessar também. Veja:

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18

 Depois de efetuado o login, dentro do portal de serviços


você irá fazer a Viabilidade da empresa. Veja na imagem,
exemplo no portal do Distrito Federal:

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19

 Clique na opção Nova Viabilidade

 Irá abrir uma página para selecionar o evento que você


precisa fazer, conforme imagem abaixo:

 Para abertura selecione o evento 101 – Inscrição de primeiro


estabelecimento (Matriz)

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20

E como disse caso seu estado de abertura seja outro, basta seguir a
mesma lógica, procure pelo evento e prossiga.

 Irá perguntar se a consulta de viabilidade é somente para


fins de regularização de dados cadastrais perante a Receita
Federal. Basta marcar que não.
 Depois clique no botão AVANÇAR.
 Irá abrir uma página solicitando a NATUREZA JURÍDICA;
ENQUADRAMENTO E ORGÃO DE REGISTRO, Veja:

 Em sua maioria as aberturas são feitas na junta comercial,


ao clicar, irá abrir as opções para selecionar a natureza
jurídica e marcamos a opção Sociedade Limitada.

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Ao longo das explicações irei detalhar como é cada tipo


societário.

 Em seguida, irá pedir para colocar o CEP:

 Depois irá completar o endereço do estabelecimento e


também dizer qual tipo de unidade se é Produtiva/Auxiliar
ou Produtiva e Auxiliar.

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Produtiva: quando exercer atividade de produção ou venda de


bens e/ou serviços destinados a terceiros
Auxiliar: quando servir apenas à própria empresa, exercendo
exclusivamente funções de apoio administrativo ou técnico,
voltadas à criação das condições necessárias para o exercício das
atividades operacionais dos demais estabelecimentos, não
desenvolvendo atividade econômica de produção ou de venda de
bens e/ou serviços
Fonte: Jucesp

Na maioria dos casos será produtiva, mas é sempre bom


confirmar junto ao cliente.

 Em seguida irá solicitar o código CNAE, ou seja, a


atividade que a empresa irá exercer.

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 Digite o código e clique em pesquisar, vai aparecer a


informação do código e também marque como atividade
principal.
 Depois pode avançar para a próxima etapa.

 Na etapa seguinte em alguns estados se faz um questionário


de regulamentação urbana do estabelecimento e atividades,
basta responder as perguntas e prosseguir. Como disse

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anteriormente confirme com seu cliente caso seja


necessário.

 Na tela seguinte irá aparecer um resumo de todas as


informações preenchidas, verifique com calma se estiver
tudo ok, basta concluir/finalizar a solicitação.

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 Finalizando a solicitação irá gerar um nº de protocolo que


será utilizado para fazer a DBE. ANOTE o número e se
possível imprima também. Abaixo imagem de exemplo do
protocolo.

 Agora deverá aguardar se a viabilidade será deferida, no


próprio portal você pode ir fazendo a consulta.
Normalmente leva uns 2 dias úteis para aprovar.

Passo 2 – Coleta de Dados DBE (Documento Básico de


Entrada)

Após a sua viabilidade ser aprovada, inicie a etapa de coleta de


dados para o DBE.

Para preencher a coleta de dados da inscrição de primeiro


estabelecimento utilize o Portal REDESIM , clique na opção:
 Abra sua Pessoa Jurídica
 Depois clique na opção Coleta de Dados
ou acesse diretamente:
>>
https://www38.receita.fazenda.gov.br/redesim/inscricao/matriz

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Esse item também pode ser acessado em “Serviços” na barra


superior do Portal REDESIM.

Observação: Para acessar os serviços do Coletor Nacional


do Portal REDESIM são acessados mediante a identificação e
autenticação do usuário por meio do Login Único gov.br.

 Irá abrir esta página, preencha com o Estado onde a empresa


será aberta, município e natureza jurídica que na maioria
dos casos é o código 206-2 Sociedade Empresária Limitada.
 Coloque o nº do protocolo de viabilidade, aquele que foi
gerado no procedimento anterior.
Observação: Neste momento ainda não é necessário utilizar o
certificado digital para proceder com DBE, mas caso você já
tenha seu certificado digital, pode marcar a opção Transmitir com
Certificado Digital.
 Tudo preenchido clique em RECUPERAR
 Irá abrir a seguinte tela, para preencher com o CPF do
responsável pela empresa (sócio).

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 Irá abrir a seguinte tela para continuação do DBE.

As próximas etapas é preencher as fichas cadastrais:

a) Ficha cadastral da Pessoa Jurídica - FCPJ;

b)Quadro de Sócios e Administradores - QSA preenchido com a


qualificação constante da Tabela de Natureza Jurídica e
Qualificação dos Integrantes do QSA (Anexo VI da IN RFB
1.863, de 27 de dezembro de 2018); e
c)Ficha Específica, quando a requerente estiver localizada em
unidade federada ou município conveniado.

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 Boas partes destas fichas já estarão preenchidas, pois o


sistema irá puxar lá da viabilidade. As demais basta seguir
de acordo com a documentação do cliente.

Caso tenha alguma dúvida no preenchimento de alguma das


fichas, vou recomendar que veja o vídeo do Canal Método
Contábil, chamado Abertura de Sociedade Limitada Unipessoal
[Processo Eletronico]:
Link>>
https://www.youtube.com/watch?v=WA5fNDo90PQ&t=482s

Recomendo que comece no minuto 17:23, porque é onde ele


começa a preencher cada ficha no coletor nacional. Os minutos
anteriores não recomendo porque o preenchimento é no sistema
antigo chamado RLE que foi desabilitado. O correto é o que
expliquei acima.

Ou também caso seja necessário acessar os tutoriais


disponibilizados pela Junta Comercial do estado.ok?

Continuando...

PASSO 3 - Transmissão dos documentos preenchidos


Para transmitir os documentos preenchidos, deverá clicar no menu
“Finalizar Preenchimento” no site Coletor Nacional.
4 - Recibo de transmissão
Após a transmissão efetuada com sucesso, o aplicativo gravará o
Recibo de Entrega, que deverá ser impresso, em 1 via, na opção
“Preparar Página para Impressão” do site Coletor Nacional.

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5 - Consulta da situação da solicitação (Acompanhe Protocolo


REDESIM)
O número constante do recibo de entrega (Protocolo REDESIM)
servirá como código de acesso, que permitirá consultar o
andamento da sua solicitação na página do Portal REDESIM na
Internet, opção Serviços, Acompanhe Protocolo REDESIM.
6 - Validação de dados
O sistema realizará automaticamente uma validação de dados que
resultará em pendências ou não.

Havendo pendências, serão indicadas para consulta, impressão e


resolução.

Não havendo pendências, o sistema disponibilizará para


impressão o Documento Básico de Entrada no CNPJ (DBE) ou
Protocolo de Transmissão, que conterá o Protocolo REDESIM e
as orientações para a entrega de documentos necessários ao
deferimento.

7 - Formalização da solicitação e documentação necessária


(exceto para PJ domiciliada no exterior que tenha por
objetivo aplicação nos mercados financeiros e de capitais)
A solicitação será formalizada pela entrega dos documentos
diretamente ao respectivo órgão de registro (junta comercial,
cartório, etc), caso esteja integrado à REDESIM ou tenha
celebrado convênio com a RFB.
Verifique junto ao respectivo órgão de registro as formalidades
exigidas para o registro do ato de inscrição.

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Se o órgão de registro (junta comercial, cartório, etc) celebrou convênio de


integração com a RFB, basta a entrega direta do DBE ou do Protocolo de
Transmissão no órgão de registro.

Para os contribuintes que utilizarem certificação digital (própria


ou por procuração eletrônica) ou senha fornecida pelos Órgãos
conveniados, será gerado um Protocolo de Transmissão.

O reconhecimento de firma da assinatura no DBE é dispensado no


caso de solicitação de órgão público, de utilização de convênio
com órgão de registro ou quando a assinatura pelo representante
legal da pessoa jurídica ocorrer na presença do servidor da RFB;

Os próximos passos é na Junta Comercial do seu estado ou


demais órgãos de registros que se faz necessário dependendo do
tipo de empresa, por exemplo se for uma advocacia deverá
verificar os procedimentos junto a OAB.

E conforme informei no início, a maioria das juntas


comerciais trás um manual de orientação próprio e caso tenha
alguma dúvida em algum procedimento basta entrar em contato
com o próprio órgão de registro através de email, telefone ou
presencialmente.

Confesso que às vezes demoram um pouco para dá um retorno,


mas você consegue ser atendido.

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Etapa Extra:
Órgão de Classe:
Existem algumas atividades que são regulamentadas, logo
empresas que exercem essas atividades, precisam fazer a inscrição
no seu respectivo órgão de classe para atuar.
Alguns exemplos de órgãos de classe são:OAB/CREA /CAU
(Conselho de Arquitetura e Urbanismo), CRECI (Conselho
Regional dos Corretores de Imóveis), entre muitos outros.
LICENÇAS ADICIONAIS
A quantidade de licenças adicionais necessárias depende da
complexidade e da periculosidade da atividade da empresa e do
tamanho do local utilizado para instalação do negócio; as
principais são:
 Licença Ambiental
O que é:Ferramenta de controle do poder público sobre as
atividades humanas e comerciais que interferem de alguma forma
nas condições ambientais;
Onde fazer: site do IBAMA
Tempo médio: cerca de 6 meses (pode chegar a 12 meses, nos
casos em que a legislação exige que a empresa forneça o Estudo
de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA)
 Licença da Vigilância Sanitária
O que é: Comprova que o estabelecimento foi inspecionado pela
Vigilância Sanitária Municipal e que está de acordo com a
legislação sanitária
Onde fazer: site da Anvisa
Tempo médio: não informado, porém há um sistema de
monitoramento online por meio do qual o empreendedor pode
acompanhar o status de seu processo

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TRANSFORMAÇÕES EMPRESARIAIS

Como transformar MEI para Microempresa Simples


Nacional?

É importante destacar que, ao ser desenquadrado do MEI, o

negócio continua dentro das regras do simples nacional.

No entanto, ele passa a pagar a tributação de uma Microempresa.

Vejamos um passo a passo:

Recolhimento do DAS

O primeiro passo que deve ser realizado é o recolhimento

da DAS-MEI, que significa Documento de Arrecadação

Simplificada do MEI, com referência aos meses até dezembro do

mesmo ano, e de um DAS complementar — no caso do teto ter

sido ultrapassado.

O valor da guia de recolhimento estará de acordo com

o faturamento obtido:

Entre R$ 81 mil e R$ 97,2 mil

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O pagamento do DAS deverá ser feito até janeiro do ano

subsequente, de acordo com os prazos dos tributos do simples

nacional.

A partir de janeiro, o recolhimento passa a ser referente aos

tributos aplicados à ME, conforme atividade exercida

e faturamento.

Acima de R$ 97,2 mil

Equivale à diferença de tributos retroativos desde janeiro do ano

anterior até a data de inscrição ou formalização. A aplicação da

alíquota vai depender do faturamento.

Como Solicitar o desenquadramento do MEI

O segundo passo é o descredenciamento como MEI no portal

do simples nacional.

O processo é feito diretamente pelo empreendedor, sendo preciso

informar o código de acesso que, caso não tenha, pode ser

fornecido com a inserção do CNPJ da empresa, do CPF do titular

e do título de eleitor.

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Caso a empresa não tenha pendências, o descredenciamento do

SIMEI é feito imediatamente, transformando-se em optante

do simples nacional.

Como fazer Alteração na junta comercial de Mei para


Microempresa

Todo o processo de alteração precisa ser registrado na junta

comercial do estado. Entre os documentos que precisam ser

apresentados, estão:

 comunicação de desenquadramento do SIMEI;

 formulário de desenquadramento;

 requerimento do empreendedor (em três vias).

Alteração dos dados da sua empresa

Por fim, já registrado como ME e com a inscrição modificada, é

preciso alterar os dados cadastrais da empresa, como:

 nome da empresa (Razão Social);

 capital social (valor subscrito para abertura da empresa).

Daqui por diante basta consultar o procedimento na Junta


Comercial do seu estado, conforme informei a maioria tem um
manual, tira dúvidas orientando passo a passo.

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Demais casos de Transformação:


Procedimento:
 Transformação de sociedade empresária limitada em Eireli:

 Deve ser apresentado um único ato de transformação, ou


seja, o ato de constituição do Eireli por transformação de
sociedade limitada.
 Deve-se utilizar o ato 002 – Alteração e o evento 046-
transformação. É facultativa a utilização do ato constitutivo
de Eireli por transformação gerado pelo Módulo Integrador.

 Transformação de empresário individual em Eireli: serão


apresentados dois atos:

 um referente ao empresário individual - Remp com o ato


002 – alteração e o evento 046 – transformação;
 e outro referente à Eireli - com o ato 091 – ato constitutivo –
Eireli e o evento 046 – transformação.
Os processos vão tramitar vinculados. É obrigatória a
utilização do ato constitutivo de Eireli por transformação
gerado pelo Módulo Integrador.

 Transformação de empresa individual de responsabilidade


limitada em empresário individual: serão necessários dois atos:

 um referente à Eireli - com o ato 002 – alteração e o evento


046 – transformação;
 e outro referente ao empresário individual - Remp com o ato
080 – inscrição e o evento 046 – transformação.

 Transformação de empresa individual de responsabilidade


limitada em sociedade limitada:

 Será apresentado um único ato de transformação, ou seja, o


contrato social da sociedade limitada por transformação de
Eireli com admissão de sócio(s).

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 Deve-se utilizar o ato 002 - alteração e o evento 046-


transformação.

É possível protocolar o enquadramento como microempresa (ME)


ou empresa de pequeno porte (EPP), juntamente com o ato de
transformação. Basta anexá-lo ao processo digital.

Os documentos devem ser enviados digitalmente a Junta


Comercial do seu estado, após o preenchimento do módulo
integrador e pagamento do DAE (Documento de Arrecadação
Estadual).

Para documentação complementar e demais procedimentos


práticos consulte o site da Junta Comercial do seu estado!

Quais as diferenças de:


 MEI

 Empresário Individual

 EIRELI

 Sociedade Unipessoal

 Sociedade Ltda

**Conteúdo disponibilizado pelo site Portal Contábeis**

É importante sabermos o conceito de empresário previsto no


artigo 966 do Código Civil traz expressamente o conceito de
empresário como sendo aquele que “exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação
de bens ou de serviços”

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MEI
MEI – Microempreendedor Individual é um tipo de empresa
voltada para a formalização das pessoas que trabalham por conta
própria, o MEI foi criado em 2008 e desde então ganha mais
adeptos no Brasil.

Um microempresário individual não pode ter sócios.

No máximo um funcionário e deve ter uma receita bruta anual


de até R$ 81 mil. Fica isento dos tributos federais (Imposto de
Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL) e paga apenas o valor fixo
mensal de R$ 50,90 (comércio ou indústria), R$ 54,90
(prestação de serviços) ou R$ 55,90 (atividades mistas,
comércio e/ou indústria e serviços), que será destinado à
Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS.

Essas quantias são atualizadas anualmente, de acordo com


o salário mínimo.

Empresário Individual (EI)


O Empresário Individual se diferencia pelo fato de que o
faturamento anual que define sua forma de tributação é mais
abrangente e exige outras responsabilidades acessórias.

Neste tipo societário, a pessoa física se coloca como titular da


empresa e responde de forma ilimitada pelos débitos do negócio.

O Empresário Individual também é um profissional que trabalha


por conta própria, mas seu faturamento anual máximo pode
chegar até a R$ 360 mil, sendo considerado ME (Micro
Empresa), ou até R$ 4,8 milhões, como EPP (Empresa de
Pequeno Porte).

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Nesse tipo de empresa que é o Empresário Individual o


patrimônio particular do dono se confunde com o
patrimônio da empresa.

Isso quer dizer que as dívidas e obrigações da empresa podem


atingir os bens pessoais do sócio.

EIRELI
Ao contrário do EI, a EIRELI (Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada) responde somente sobre o valor
do capital social da empresa, ou seja, de forma limitada, o que
confere uma autonomia patrimonial da Pessoa Física e da Pessoa
Jurídica.

Embora tenha vantagens se comparado ao Empresário


Individual, o principal entrave é ser necessário um capital
social de 100 vezes o salário mínimo vigente.

Também é possível que a EIRELI se enquadre como ME e EPP


solicitando a inclusão no Simples Nacional.

Ao descumprir qualquer regra, em caso de débitos, o empresário


poderá ser descaracterizado do tipo societário e responder
com seus bens pessoais.

Por isso vale ressaltar a importância de contar com profissionais


especializados para prestar todo o suporte necessário.

Sociedade Limitada Unipessoal


A Sociedade Limitada Unipessoal foi criada pela MP
881/2019, que possibilitou que uma única pessoa participasse
do quadro societário de uma sociedade limitada.

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Sendo assim, é possível abrir uma empresa sozinha, protegendo


o patrimônio particular e sem precisar investir muito dinheiro.

Aqui é importante saber que na Sociedade


Limitada Unipessoal:

 O empresário pode abrir seu próprio negócio sem precisar


de um sócio, proteger seu patrimônio particular (apenas o
patrimônio da Pessoa Jurídica responde pelas dívidas e
obrigações da Empresa).
 E não precisar de um capital mínimo de 100 vezes
o salário mínimo, como acontece na EIRELI.

Sociedade Empresária Limitada


A sociedade limitada (LTDA) é aquela formada por duas ou
mais pessoas, podendo ser pessoa natural ou jurídica,
com capital social dividido em quotas. A sociedade limitada é
regulada pelo Código Civil nos artigos 1052 e 1087.

A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas


quotas, mas todos os sócios respondem solidariamente pela
integralização do capital social.

O capital social, sem limite para a sua formação, é dividido em


quotas de valor igual ou não, e pode ser integralizado em moeda
corrente, bens ou direito, sendo vedado a contribuição para o
capital com a prestação de serviços.

A administração pode ser exercida por sócio ou não sócio


devidamente nomeado.

O nome empresarial a ser adotado poderá ser firma ou


denominação, acrescido da palavra final ‘limitada’, por extenso
ou abreviada (LTDA).

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“A sociedade limitada quando usar firma se não individualizar


todos os sócios, deverá conter o nome de pelo menos um deles,
acrescentando-se “e companhia” e a palavra ‘limitada”, por
extenso ou abreviados.

Outros Enquadramentos Empresariais

Além dos tipos de empresas mencionadas existem a Sociedade


Simples, e a Sociedade Anônima S/A.
A Sociedade Simples é regida pelo Código Civil Lei 10.40602,
caracterizada pela formação de uma pessoa jurídica apenas para
o esforço de profissionais desempenharem melhor suas funções,
temos como exemplo consultórios médicos, dentários,
escritórios de advocacia, entre outros.
Já a S/A tem é especifica regida pela Lei 6.404/76 por ter regras
diferenciadas não vamos abordar para não confundir com as
outras.
Sugestão de algumas questões que devem ser debatidas e
resolvidas antes da abertura da empresa:
 Administração e destituição de diretores;
 destinação dos resultados, inclusive distribuição dos lucros;
 saída de sócios, apuração de seus haveres e forma de
pagamento;
 relação dos sócios remanescentes com os herdeiros do sócio
falecido;
 a cessão de quotas;
 Valor do capital social será em dinheiro ou em bens;
 atos da vida civil dos sócios que interfiram na sociedade;
 meios de solução de litígios.
 Muito importante saber da estimativa de Receita para
enquadramento tributário correto. (Obs.: Na parte Fiscal
do Manual você entender o quão importante desta
questão)

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 O responsável pela empresa ou demais sócios caso vem a


ter, apresenta algum tipo de pendência junto a órgãos como
a Receita Federal, a Secretaria da Fazenda estadual e a
Previdência Social?

Obs.:É válido salientar que restrições desse tipo podem


impedir a abertura da empresa ou mesmo prejudicar o
relacionamento com fornecedores e bancos, dificultando
o acesso ao crédito.

PROCEDIMENTOSPARA ENCERRAMENTO
DA EMPRESA ou Popularmente conhecido como Baixa
da Empresa

IMPORTANTE!
Antes de começar, é importante saber que: Sem a baixa oficial da
empresa, é necessário permanecer cumprindo as obrigações
acessórias e as exigências regulatórias – prestando contas e
entregando documentos.
PASSO 1
 Verifique se há algum tipo de débito tributário pendente:
isso é crucial para o processo de fechamento
 No site da Receita Federal, é possível verificar a
regularidade da empresa com impostos federais, por meio da
Certidão de Débitos relativos a Créditos Tributários
Federais e à Dívida Ativa da União
 No site da Caixa é possível obter o Certificado de
Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(CRF)

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PASSO 2 – No Âmbito estadual:


Registro de Distrato Social
Momento de dar baixa da empresa perante à Junta Comercial
Onde: Junta Comercial
Baixa na Inscrição Estadual*
Encerrar as obrigações da empresa junto à Secretaria da Fazenda
Estadual
Onde: site da Secretaria de Fazenda
* No caso de empresas que prestam serviços, não existe inscrição
estadual, apenas inscrição municipal, e essa deve ser encerrada.
PASSO 3 – Âmbito Federal
Baixa no CNPJ:
Extingue a inscrição da empresa no cadastro de pessoas jurídicas
da Receita Federal
Onde: site da Receita.
PASSO 4 – Âmbito Municipal
Baixa na Inscrição Municipal
Encerrar as obrigações da empresa perante a Secretaria de
Fazenda Municipal
Onde: Secretaria de Fazenda
Obrigações Acessórias!
Enviar as declarações tributária e
trabalhistas com situação especial de
extinção como por exemplo SPED ECD
e ECF.
Atentar-se aos prazos logo após a baixa da empresa, vide o
manual de orientação de cada uma que a empresa já vinha
fazendo o envio.

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E se por acaso a empresa que você abriu decidiu não dar baixa e
permaneceu inativa – quais obrigações a cumprir?
Para sanar sua dúvida separei um artigo especial só esclarecendo
esta situação e inclusive empresas enquadradas no Simples
Nacional!
Confira:https://dominandoacontabilidade.com/dctf-empresas-
inativas-prazo-obrigacao-situacoes-especiais/
SUPER DICA:
Recomendo que veja o vídeo do Canal no Youtube:
Departamento Legal de Empresas, chamado Baixa de Empresa
Passo a Passo
Link: https://www.youtube.com/watch?v=O-nR86YfB38

CONCLUSÃO
Vimos aqui colega, o que torna os processos empresariais de
abertura, alteração e baixa complicada são os procedimentos
burocráticos e as inúmeras informações e documentos.
Mas aos poucos os órgãos de registros estão evoluindo, com
sistemas mais integrados e boa parte online, encurtando alguns
passos, trazendo mais orientações.
Contudo quero repetir o que disse no começo, procure orientar o
cliente ao máximo nos primeiros passos da abertura da empresa,
além de mostrar as informações necessárias para abertura mostre
também como está o mercado no segmento dele, se possível
ofereça um serviço de planejamento do negócio, gestão
financeira, organizacional e dentre outras orientações para que
assim o cliente dê os primeiros passos e os demais mais seguros e
prospero.

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PRÁTICAS SETOR CONTÁBIL

Chegou uma área que para alguns


profissionais é a mais fácil, que não tem
prazo a cumprir, não sofre pressão dos
clientes! Será?
A grosso modo podemos dizer que sim,
pois temos a situação no olhar
operacional:
- Chegou o movimento no escritório faz os lançamentos contábeis
- Concilia e faz os demais lançamentos do extrato bancário
- Lança provisão dos impostos mensais ou trimestrais e notas
fiscais
- Lança folha de pagamento
- Faz uma revisão do saldo das contas.
E pronto tá feito a parte contábil do mês!
Engana-se quem pensa que fica só nisso...haha!!!
Caro colega o contábil assim como as demais áreas da
contabilidade é de grande importância e vai muito além de
lançamentos contábeis.
Pois veja que é a parte final da contabilidade da empresa pra você
profissional fechar com chave de ouro e demonstrar ao seu
cliente o desempenho da empresa ao longo dos meses, trimestres,
semestres ou anual.
Fazer uma análise minuciosa, projeções, novas estimativas de
todos os fatos e assim orientar o cliente para os próximos passos
afim de uma melhor tomada de decisão para o negócio.
Mas para isto você tem que entender alguns assuntos e
procedimentos relevantes...Vamos lá!?

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A contabilidade existe para evidenciar e preservar o patrimônio de


uma entidade, seja ela pública ou privada.
Com objetivo de fornecer aos usuários (sócios da empresa,
sociedade, fisco) informações sobre os resultados alcançados,
possibilitando análises econômicas, financeiras e físicas do
patrimônio.
Vale-se de técnicas para transmitir informaçõesaos interessados.
São elas:
a) Escrituração: registros dos atos e fatos contábeis, em
livros próprios (Diário, Razão e Caixa);
b)Demonstrações: informações tratadas e organizadas
segundo normas próprias, a exemplo da Lei 6.404/76,
retratando o que ocorreu na corporação, no sentido contábil.
As principais demonstrações contábeis são o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício;
c) Auditoria: técnica que visa conferir ou atestar, se as
Demonstrações Contábeis retratam com fidedignidade o que
ocorreu na corporação. A auditoria utiliza-se de amostragem
e se vale dos registros contábeis, além de outras técnicas de
auditoria para emitir parecer sobreas demonstrações;
d) Análise de Balanços: realiza exame sobre as
Demonstrações Contábeis, extraindo índices e analisando-
os, com o propósito de esclarecimento da situação financeira
e econômica da corporação.

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FORMAS DE ATUAÇÃO
A forma de atuação da Contabilidade nas entidades com
Patrimônio a ser administrado.
Não existe Contabilidade sem a coleta dos dados que alteraram o
Patrimônio e, em seguida, o seu registro, de forma acumulada,
nos livros contábeis.
As demonstrações financeiras são resumos de tudo o que
ocorre, porque seria impossível aos interessados, pelas
informações contábeis e financeiras, terem acesso fácil e
compreenderem os registros na sua origem elementar.
Por último, a técnica da interpretação ajudará o leitor da
informação contábil no entendimento do estado patrimonial,
econômico e financeiro da entidade (empresa).

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FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
Em nosso cotidiano, sempre há preocupação com as despesas e
rendas pessoais e familiares.
Nosso objetivo constante é saber se a cada mês conseguiremos
superar as despesas com as rendas. Isso é apurar resultado.
Caso não tenhamos conseguido, teremos que recorrer à poupança,
ao endividamento ou a renegociações para quitar as despesas
excedentes.
No âmbito empresarial, a Contabilidade, por meio de seus dois
principais relatórios contábeis, o Balanço Patrimonial (BP)
(Função administrativa, ou seja controlar o patrimônio) e o
Demonstrativo de Resultado (DRE), (Função econômica, apurar
o resultado)resume o controle do Patrimônio e a apuração do
resultado.
FINALIDADE DA CONTABILIDADE
Fornecer informações necessárias aos usuários para que possam
tomar a melhor decisão nos processos de controle e planejamento
da empresa.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Ressaltamos que os arts. 1.179 a
1.195 da Lei nº 10.406/02 (Código
Civil) determina que o empresário e a
sociedade empresária são obrigados a
seguir um sistema de contabilidade,
mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico, dispensando dessas
exigências o pequeno empresário a que se refere o art. 970 da Lei
nº 10.406/02 (Código Civil).

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Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário,


que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração
mecanizada ou eletrônica.
A escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista
legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e
em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem
intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas
ou transportes para as margens, sendo permitido o uso de código
de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio.
No Livro Diário serão lançadas, com individuação, clareza e
caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita
direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da
empresa.
Na hipótese de escrituração resumida do Diário, com totais que
não excedam o período de 30 dias, relativamente a contas cujas
operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares, para
registro individualizado, e conservados os documentos que
permitam a sua perfeita verificação.
Ainda no Diário será lançado o balanço patrimonial e o de
resultado econômico, devendo ambos serem assinados por
contabilista legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade
empresária.
O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo
que registre a posição diária de cada uma das contas ou títulos
contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários;
o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no
encerramento do exercício.
O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza,
a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta,
bem como as disposições das leis especiais, indicará,
distintamente, o ativo e o passivo.

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A demonstração do resultado do exercício acompanhará o balanço


patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei
especial.
O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar
em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou
decadência no tocante aos atos neles consignados.

Recomendo que leia o CPC (R2) – Estrutura Conceitual, lá você


entender todos os conceitos técnicos e interpretação.

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LANÇAMENTOS CONTÁBEIS

É o registro dos fatos contábeis, que são aqueles que provocam


mudanças no patrimônio da empresa.

Ele é feito em ordem cronológica e deve obedecer às técnicas


contábeis conforme a legislação contábil.

Esse lançamento é realizado tanto nas contas patrimoniais — que


são aquelas pertencentes ao ativo, passivo e patrimônio líquido —
como nas de resultado, que são as receitas e despesas.

Elementos essenciais em lançamentos contábeis

 data: dia, mês e ano que ocorreu o registro;


 conta devedora: é a conta que foi debitada é importante saber
que essa conta sempre vem primeiro no lançamento;
 conta credora: consiste na conta creditada
 valor do registro: valor das operações expresso em unidades
monetárias.
 Histórico: vai descrever o motivo daquele lançamento ser
efetuado. Por exemplo: Pagto de salário ref. Ao mês /
Recebimento cliente ref. NF nº

Não há uma uniformidade ou critério padrão para o histórico


mas é necessário que fique claro a informação para que os
usuários internos ou externos consigam compreender do que
se trata.

Dependendo do sistema contábil utilizado pode haver outros


elementos como Nº de documento que você pode colocar por
exemplo nº da nota, boleto, recibo.

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SUPER DICA!

Esta dica peguei com o Prof. Geovani da


Papiro Contábil, se liga! Decore a
seguinte sequência 11,12,21 e 22.

11 = lançamento de 1ª fórmula = Um débito e um crédito;


12 = lançamento de 2ª fórmula = Um débito e dois créditos;
21 = lançamento de 3ª fórmula = Dois débitos e um crédito;
22 = lançamento de 4ª fórmula = Dois (ou mais) débitos e
dois (ou mais) créditos.

Conte com a tecnologia para te auxiliar aos lançamentos contábeis

Existem ferramentas úteis para diferentes tipos de finalidades.

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Algumas delas oferecem recursos que auxiliam desde a abertura


da empresa até o trabalho com tributos. Pode realizar suas ações
de maneira simples, tornando a execução de tarefas menos
complexa no dia a dia.

Alguns sistemas contábeis contam com recursos como


importação do extrato bancário que já faz a execução dos
lançamentos contábeis.

Outros sistemas de sotfwares personalizados foram criado nos


últimos anos para auxiliar os contadores com intuito de reduzir
processos operacionais.

Os mais utilizados são ContaAzul; OMIE e NIBO

Neste caso o sistema é instalado no cliente para que ele faça toda
a operação financeira que se for ver a maioria dos empresários e
empreendedores fazer o controle em planilhas.

Então com estes sistemas


facilitará tanto para
contador que vai importar
toda a movimentação para
o sistema contábil como
para o cliente que terá um
maior controle e
organização financeira.
Fora que reduz e muito a
papelada para o
escritório.

IMPORTANTE!

Quando for oferecer ao cliente esta ferramenta de software,


demonstrar todas as qualidades, benefícios e agilidade das
informações para empresa e consequentemente para o contador.
Pois o cliente pode interpretar mau a informação e deduzir que
estará “fazendo a contabilidade da própria empresa”.

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Quais são os principais erros em lançamentos contábeis?

A contabilidade é uma área excepcionalmente extensa, complexa


e movimentada, já que os colaboradores precisam lidar com
vários clientes, tarefas e processos diferentes, existem diversos
erros que podem ocorrer durante o lançamento.

Para te ajudar a solucionar esse problema, nos tópicos abaixo


listamos os erros mais comuns de serem cometidos no processo e
como evitá-los.

Erros nos cálculos

Erros matemáticos são bastante comuns dentro da empresa, até


mesmo os profissionais mais especializados e com mais tempo
disponível de trabalho podem cometê-los, isso pode ocorrer pela
rotina movimentada, por excesso de trabalho, estado emocional
abalado, entre diversos outros motivos.

Porém, esse tipo de falha pode trazer grandes prejuízos à empresa,


podendo acarretar:

 Erro no valor a maior


 Inversão de conta
 Lançamento de valor menor
 Troca de cona
 Erro de histórico
 Duplicidade de lançamento
 Esquecimento de lançamento
 entre outros problemas

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É muito importante que se atente a


cada lançamento contábil, pois
dependendo do valor ou tipo de
lançamento poderá afetar e muito no
futuro.

Já vi casos, inclusive comigo por pressa em terminar a


contabilização dos meses de uma empresa e acabar lançando em
duplicidade a receita, fazendo assim que o lucro contábil
aumentasse.

Com isso na distribuição de lucros do ano foi feito os cálculos e


deu um valor bem maior disponível que nos anos anteriores e
advinha quem descobriu que havia algo errado nos valores!? O
sócio verificou e na hora já disse que estava errado.

Daí já viu né... a luta que foi pra achar o erro, vasculhar nota por
nota, retrabalho danado! Então atente-se a cada lançamento,
verifique cada documento e sempre questione caso não esteja
correto com as normas contábeis!!!

A melhor solução para esse problema é automatizando o máximo


de atividades dentro do setor contábil, financeiro e fiscal da
empresa. Os softwares conseguem efetuar todos os cálculos
necessários de forma instantânea e sem erros, eliminando a
possibilidade de erros.

Adicionalmente, a tecnologia reduz os custos do negócio, otimiza


os processos, aumenta os lucros, entre diversos outros benefícios.

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PLANO DE CONTAS

Todos os itens que compõem a contabilidade (mercadorias,


veículos, capital, contas a pagar) são representados por meio de
contas, na verdade, contas contábeis, também denominadas
rubricas.

É o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio


(Ativo,Passivoou Patrimônio Líquido) e cada
elemento de resultado (Despesas e Receitas).

Sua função é representar a variação patrimonialqueum fato


promove no patrimônio de uma entidade.

Todo fato mensurável, em dinheiro, é representado por uma


conta.

Mas quando uma conta deve ser debitada e quando uma conta
deve ser creditada?

É interessante saber que um conta possui uma natureza ou seja


poderá ser Devedora ou Credora tendo sua representação por
Aplicação ou Origem.

Quando se tratar de aplicação terá natureza Devedora e para


origem será Credora.

Entenda que contas de natureza devedora elas aumentam com


Débito e reduz com crédito e da natureza credora elas aumentam
com crédito e reduzem com débito.

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Exemplos de contas Devedoras:

 Contas do ativo (caixa, banco, cliente, estoque, bens,


investimentos, etc.)

 Redutoras do passivo (encargos sobre empréstimos e


financiamentos, etc.)

 Contas de despesas (custo, água, energia, transporte,


salários, FGTS, taxas, etc.)
 Redutoras da receita (impostos sobre vendas e serviços,
ICMS, PIS, COFINS, ISS,devolução de venda, etc.)

Exemplos de contas Credoras:

 Contas do passivo (fornecedores, impostos a pagar,


salários a pagar, empréstimos, etc.)
 Redutoras do ativo (depreciação, perdas estimadas para
crédito de liquidação duvidosa, etc)
 Conta de receitas (receita com vendas, receitas de serviços
prestados, etc.)

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Para ficar bem claro, veja este quadro do Prof. Geovani da Papiro
Contábil:

Quanto a construção do plano de contas não precisa se preocupar,


pois hoje em dia boa parte dos sistemas contábeis já vem
parametrizado para vários segmentos como serviços, comércio e
entre outros.

No entanto mesmo assim junto a este manual seguirá alguns


modelos pra você confrontar ou adicionar contas para que seu
plano de contas fique completo.

BALANÇO DE ABERTURA

Entende-se como “Balanço de Abertura”, o balanço levantado


quando da abertura da escrituração contábil, reorganização ou
reinício da escrituração nos casos em que a empresa já está
operando.
Vamos entender como proceder em caso de constituição da
empresa:

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A constituição de uma empresa consiste, primeiramente, no


arquivamento de seus atos constitutivos no órgão competente.
Para abertura da escrita contábil da empresa, tem-se os
lançamentos de subscrição do capital e, emseguida, a
integralização total ou parcial do capital subscrito, pois não se
pode admitir que a empresa comece suas atividades sem que ao
menos uma parte do capital subscrito pelos sócios seja
integralizada.
A integralização do capital social poderá ser efetuada em dinheiro
ou em bens móveis ou imóveis suscetíveis de avaliação em
dinheiro. Veja Exemplo:
Admitindo-se que os sócios João da Silva e José de Souza
constituíram uma sociedade por quotas de responsabilidade
limitada, cuja cláusula do contrato social, relativa à forma da
realização do capital, está redigida da seguinte forma:
Cláusula4ª - O capital social é de R$ 500.000,00, dividido em
500.000 quotas de $ 1,00 (um real) cada uma, a ser integralizado
da seguinte forma:
a)João da Silva, 250.000 quotas de $ 1,00 (um real) cada uma,
totalizando R$ 250.000,00, sendo que:
 100.000 (cem mil) quotas,totalizando R$100.000,00
integralizadas neste ato em moeda corrente do País,
 e; 150.000 (cento e cinqüenta mil) quotas, totalizando R$
150.000,00a ser integralizadas no prazo de 60 (sessenta)
dias em moeda correntedo País;
b) José de Souza, 250.000 (duzentos e cinqüenta mil) quotas de $
1,00 (um real) cada uma, totalizando R$ 250.000,00
integralizadas neste ato, mediante:
 incorporação à sociedade de um imóvel avaliado nesse
mesmo valor, conforme laudo pericial com destaque para as
seguintes parcelas: $ 80.000,00 (oitenta mil reais) para o
terreno
 e $ 170.000,00 (cento e setenta mil reais) para as
edificações.

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Assim, temos os seguintes lançamentos contábeis:


Primeiro Passo - Pela subscrição do capitalsocial:
D - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (PatrimônioLíquido)
C - CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO (PatrimônioLíquido) -------
500.000,00
Valor do capital subscrito no valor de $ 500.000,00, dividido em
500.000 quotas de $ 1,00 cada uma,conformeo
contratoarquivadonaJuntaComercial,cabendo250.000sócioJoão da
Silvae 250.000 quotas ao sócio José deSouza.
Segundo Passo – Pelovalorintegralizadodocapitalem dinheiro:
D - CAIXA (AtivoCirculante)
C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (PatrimônioLíquido) -----
100.000,00
Valor da integralização parcial, em moedacorrente, das quotas do
sócio João da Silva.
Terceiro Passo - Pela integralização do capital embens:
D - EDIFICAÇÕES (AtivoImobilizado)----- 170.000,00
D - TERRENOS (AtivoImobilizado)------- 80.000,00
C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (PatrimônioLíquido)-----
250.000,00
Valordaincorporaçãoaopatrimônioda sociedade,para
integralizaçãodas quotasdo sócioJoséde Souza, do imóvel
localizado à devidamente avaliado por laudopericial.
Quarto Passo – Pelaintegralizaçãodo saldodas
quotasdosócioJoãoda Silva,noprazode 60dias:
D - CAIXA (AtivoCirculante)
C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (PatrimônioLíquido) -----
150.000,00

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E quando o cliente vem de outro contabilidade como


proceder?
Primeiramente vamos fazer um levantamento patrimonial dos
saldos através do balancete.
E já conferir de acordo com a documentação do cliente:

Como exemplo podemos ter:

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Depois basta incluir estes saldos em seu sistema contábil, alguns


já vem com uma rotina específica para incluir outros terá que
fazer os lançamentos contábeis para que assim possa fazer a
escrituração contábil da empresa, por exemplo:
Para contas do ativo:
D – Caixa
D – Bancos
D – Clientes
C – Balanço de abertura (Conta transitória)
E assim com todas as demais contas do ativo, lembrando que
para a Depreciação deverá fazer o lançamento ao contrário:
D – Depreciação
C – Balanço de abertura (Conta transitória)
Fazer os lançamentos também ao passivo:
D – Balanço de abertura (Conta transitória)
C – Salarios a pagar
C – Fornecedores
E assim por diante para as demais contas e saldos.

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

PONTO IMPORTANTE!

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Não é permitida a utilização do regime de caixa para registro dos


atos e fatos contábeis.
O Regime de Competênciaestá definido pelas resoluções CFC nº
750/93 e na NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL , Item 22,
aprovada pela Resolução CFC 1.121/08.
E a escrituração contábil é OBRIGATÓRIA para todas as
entidades, inclusive Micro e pequenas empresas conforme ITG
2000, aprovada pela Resolução nº 1.330/11.
E também no Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002, versa
sobre a obrigatoriedade da escrituração contábil, para o
empresário e para a sociedade empresária:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária SÃO
OBRIGADOS A SEGUIR UM SISTEMA DE
CONTABILIDADE, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o Balanço
Patrimonial e o de Resultado Econômico.

Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial da entidade traduz a relação entre seus
ativos, passivos e patrimônio líquido em uma data específica.
conceito extraído a partir do CPC PME (R1) que inclusive
recomendo fortemente que leia principalmente se você é um
iniciante, pois vai começar seus trabalhos com pequenas e médias
empresas e este CPC PME vai ser sua base.
Um detalhe importante patrimônio líquido pode apresentar
subclassificações no balanço patrimonial:

Obs.:1- Exemplo de subclassificações no balanço patrimonial


são formadas pelo capital integralizado por sócios ou acionistas,

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lucros retidos e de outros itens de resultados abrangentes como


componente separado do patrimônio líquido
Obs.: 2- Ressaltamos que a NBC TG 1.000 (R1) não determina
como, quando ou se podem ser transferidos valores entre os
componentes do patrimônio líquido

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma das


demonstrações financeiras cuja elaboração é obrigatória para
todas as pessoas jurídicas.

No âmbito do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o


assunto é tratado no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1).

Conforme disposto no item 13 da ITG 2000 - Escrituração


Contábil, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/2011 , a DRE,
assim como o balanço e as demais demonstrações contábeis deve
ser transcrita no Livro Diário, completando-se com as assinaturas
do titular ou de representante legal da entidade e do profissional
da contabilidade legalmente habilitado.

Igual procedimento, aliás, deve ser adotado quanto às demais


demonstrações contábeis elaboradas por força de dispositivos
legais, contratuais ou estatutários.

A legislação fiscal ( RIR/1999 , art. 274 , caput) estabelece, por


sua vez, que, ao fim de cada período de incidência do Imposto de
Renda (trimestral ou anual), o contribuinte deve apurar o lucro
líquido mediante a elaboração, com observância das disposições
da lei comercial, do Balanço Patrimonial, da DRE do período e da
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

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A DRE também deve ser


elaborada por ocasião da
suspensão ou redução da
estimativa mensal, com base em
balanços/balancetes mensais,
pelas pessoas jurídicas tributadas
pelo lucro real anual.

Você vai entender melhor em explicação detalhada na área fiscal


do Manual.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

A DMPL tem por objetivo demonstrar as modificações ocorridas


durante o exercício em todas as contas que compõem o grupo do
Patrimônio Líquido.

Tratando-se de empresa que possui investimentos avaliados pelo


método da equivalência patrimonial, é importante que sua(s)
coligada(s) e/ou controlada(s) elabore(m) a DMPL, porque isso
torna bem mais simples o trabalho de apuração do resultado da
equivalência patrimonial.

PONTOS DE ATENÇÃO!

 Destinação do saldo lucros acumulados para as S/A


 Reconhecimento dos ajustes de exercícios
anteriores/reapresentação
 Evidência que os adiamentos para futuro aumento do capital
não serão devolvidos aos sócios/cotistas.
 Destinação adequada da parcela dos incentivos fiscais
 Constituição das reservas legais e estatutárias.
 Reconhecimento dos dividendos.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Tem como base o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2)

A entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades


operacionais, utilizando:

a)o método direto, segundo o qual as principais classes de


recebimentos e pagamentos brutos são divulgadas; ou

b)o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é


ajustado pelos efeitos:

1) das transações que não envolvem caixa;

2)de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por


competência sobre recebimentos ou pagamentos
operacionais passados ou futuros; e

3) de itens de receita ou despesa associados com fluxos de


caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

Assaf Neto e Silva (2002), destacam o fluxo de caixa como


um instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos
recursos financeiros de uma empresa, sendo, a nível gerencial
indispensável em todo processo de tomada de decisões.

A diferença entre o método direto e indireto é que o primeiro


parte das entradas e saídas de caixa que ocorrem pelos
recebimentos de clientes e pagamentos a fornecedores ou
despesas operacionais e o outro é a partir do lucro líquido
ajustados pelos itens que afetam o resultado, como depreciação,
amortização e exaustão mas que no final não modificam o caixa
da empresa.

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Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

NOTA IMPORTANTE

A Lei nº 6.404/1976 , art. 186, § 2º, autoriza a inclusão da DLPA


na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL),
quando esta for elaborada e publicada pela companhia,
dispensando, assim, as empresas que elaborarem e publicarem
essa demonstração de apresentar separadamente a DLPA, que,
obrigatoriamente, estará incluída naquela.

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Desse modo, as empresas que elaborarem a DMPL estão


dispensadas de apresentar em separado a DLPA, uma vez que
esta, obrigatoriamente, estará incluída naquela.

Há que se observar, entretanto, que o item 10 do Pronunciamento


Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações
Contábeis, cujas regras foram recepcionadas pela Resolução CFC
nº 1.185/2009 , com as alterações promovidas pela Resolução
CFC nº 1.376/2011 , e pela Deliberação CVM nº 676/2011 , ao
relacionar o conjunto completo das demonstrações contábeis, não
menciona a DLPA.

Portanto, segundo entendemos, desde a entrada em vigor do


Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), caiu em desuso a prática
de elaboração em separado da DLPA, devendo esta,
obrigatoriamente, ser incluída na DMPL.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), ou de Valor


Agregado, é conceituada, genericamente, como a demonstração
contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as
informações do valor da riqueza gerada pela entidade em
determinado período e sua distribuição.

A DVA indica de forma clara e precisa a parte da riqueza que


pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos demais
capitalistas que financia a entidade (capital de terceiros),a que
pertence aos empregados e finalmente a parte que fica cora o
governo.

No Brasil, embora seja incipiente a sua utilização e divulgação,


ela costuma ser inserida por um grupo seleto de empresas como
informação adicional nos Relatórios de Administração ou como
Nota Explicativa às Demonstrações Financeiras.

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Demonstração do Resultado Abrangente

Tem como base o Pronunciamento Técnico nº 26, que


regulamenta dentre outras demonstrações, a Demonstração do
Resultado Abrangente.

De acordo com a Resolução CFC nº 1.185/09 e o CPC 26 a


demonstração do resultado abrangente é obrigatória, mesmo não
sendo prevista na Lei nº 6.404/76.

O normativo internacional define o resultado abrangente como


“uma alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante
um período, decorrente de transações e outros eventos e
circunstâncias não originadas dos sócios.

Isso inclui todas as mudanças no patrimônio durante o período,


exceto aquelas resultantes de investimentos dos sócios e
distribuições aos sócios”.

A demonstração de resultados abrangentes é uma importante


ferramenta de análise gerencial, pois, respeitando o princípio de
competência de exercícios, atualiza o capital próprio dos sócios,
através do registro no patrimônio líquido (e não no resultado) das
receitas e despesas incorridas, porém de realização financeira
“incerta”, uma vez que decorrem de investimentos de longo
prazo, sem data prevista de resgate ou outra forma de alienação.

Na prática o resultado abrangente visa apresentar os ajustes


efetuados no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro da
empresa, por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial,
registra as modificações de ativos e passivos a valor justo, que
pelo princípio da competência não entram na DRE, no entanto, no
lucro abrangente estas variações serão computadas, a fim de
apresentar o lucro o mais próximo da realidade econômica da
empresa.

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O CPC 26, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade


estabelece que o lucro abrangente seja calculado a partir do lucro
líquido apurado na DRE, assim a demonstração do resultado
abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas:

1. Resultado líquido do período;


2. Cada item dos outros resultados abrangentes classificados
conforme sua natureza;
3. Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas
investidas reconhecida por meio do método de equivalência
patrimonial; e
4. Resultado abrangente do período.

Segundo o pronunciamento do CPC a apresentação do resultado


abrangente deve ser feita separada da DRE, No entanto,
considerando que no Brasil, a demonstração das mutações do
patrimônio líquido é obrigatória para as companhias abertas,
existe ainda, a possibilidade da apresentação da demonstração do
resultado abrangente aparecer como parte da DMPL.

A própria regulamentação emitida pelo CPC, autoriza tal


publicação quando diz: "A demonstração do resultado abrangente
pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro
das mutações do patrimônio líquido"

Entretanto, a entidade deve divulgar o montante do efeito


tributário relativo a cada componente dos outros resultados
abrangentes, incluindo os ajustes de reclassificação na
demonstração do resultado abrangente ou nas notas explicativas.

Assim, os componentes dos outros resultados abrangentes


podem ser apresentados:

 Líquidos dos seus respectivos efeitos tributários; ou


 Antes dos seus respectivos efeitos tributários, sendo
apresentado em montante único o efeito tributário total
relativo a esses componentes.

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Nota-seque não coloquei os modelos das demonstrações


contábeis.

Fique tranquilo, pois você receberá junto a este manual vários


modelos em excel para elaborar suas demonstrações.

Até porque alguns sistemas contábeis apresentam ferramentas


muito básicas do relatório e acaba que você perde muito tempo
tentando parametrizar para sair correto, digo isto por experiência
própria.

Então é mais fácil fazer no excel e depois incluir no seu livro


diário ou anexar no SPED ECD.

Como Fazer Análise econômico-financeira das Demonstrações


Contábeis

A contabilidade tem um papel fundamental para auxiliar o


empresário na gestão do negócio, produzindo informações úteis
para tomada de decisão.

É por meio da Análise de Balanço Patrimonial que se faz a


adequada avaliação econômico-financeira da empresa onde se é
possível extrair diversos índices e indicadores que ajudam na
definição do rumo da empresa.

As técnicas de análise das Demonstrações Contábeis são oriundas


das áreas de contabilidade.

Sofrem aprimoramento e sofisticação ao longo do tempo mas as


principais técnicas apresentadas a seguir seguem sendo
amplamente utilizadas.

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A análise econômico-financeira das Demonstrações Contábeis

Análise Horizontal: Identifica a evolução dos elementos


patrimoniais e de resultados ao longo do tempo.

Análise Vertical: permite conhecer a participação relativa de


cada elemento patrimonial e de resultados.

Indicadores Econômico-financeiros: relacionam os elementos


das DFs a fim de tirar conclusões sobre a situação da mesma.

São classificados nos seguintes grupos: liquidez, operacional,


rentabilidade, endividamento e estrutura, geração de valor.

Diagrama de índices: desenvolvido pela decomposição dos


elementos que exercem influência nos índices e mais adotado para
se estudar a rentabilidade da empresa.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Avaliam a capacidade de pagamento das empresas frente às suas


obrigações. Dentre eles temos 4 índices de liquidez:

Liquidez Corrente – importante para analise das demonstrações


financeiras.

Representa quanto a empresa dispõe em valores disponíveis para


saldar obrigações de curto prazo.

Liquidez Seca – Parecido com o Corrente, diferenciando-se


apenas por não conter o valor de estoque.

Muito comum a utilização pois sua liquidez depende da venda pra


concretizar.

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Liquidez Imediata – Esse índice revela o quanto a empresa de


imediatamente para saldar suas dívidas de curto prazo

Liquidez Geral – Utilizado para detectar a saúde financeira da


empresa , ou seja quanto possui em dinheiro, bens realizáveis a
curto e longo prazo para face a totalidade de suas dívidas.

ÍNDICES OPERACIONAIS

Permite análise da evolução da atividade operacional como


rotação dos estoques, idade média dos estoques, prazo médio de
cobrança e prazo médio de pagamento.

Rotação de Estoque – mede quantas vezes uma empresa vendeu


seu estoque no período e avalia também a competitividade e
desempenho no segmento. É muito importante que se tenha um
alto giro.

Idade Média dos Estoques (IME) – revela o período em que a


mercadoria permaneceu armazenada até o momento da venda.

Prazo Médio de Cobrança (PMC) – reflete o tempo necessário


para que a empresa cobre seus haveres, auxiliando na avaliação da
política de crédito e cobrança.

Se o resultado do prazo médio de cobrança for superior ao prazo


médio, será necessário revisão da gestão.

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ÍNDICES FINANCEIROS

De grande importância para interesse dos analistas e agentes do


mercado.

Onde temos a Margem Liquida, Retorno sobre os Ativos, Retorno


sobre o Investimento, Retorno sobre o Patrimônio Liquido e Grau
de alavancagem Financeira.

Margem Líquida – Esse indicador é útil para expressar a relação


entre o lucro liquido e a receita liquida de vendas, define a
porcentagem de cada r$ 1,00 de vendas que restou após a dedução
de todos os custos e de todas as despesas, inclusive o imposto de
renda.

Retorno sobre os Ativos – Indicador extremamente importante na


análise financeiras, mensurar quanto uma empresa obteve de lucro
líquido em relação à totalidade de seus investimentos.

Retorno sobre os Investimentos – O ROI é um dos mais


consagrados indicadores financeiros. Tem o objetivo de traçar
uma relação entre os ganhos gerados pelo investimento e o
montante total investido.

Retorno sobre o Patrimônio Liquido – indicador de rentabilidade,


visa mediar a taxa de retorno promovida pelo investimento de
captação direta dos acionistas, evidenciara para o investidor
quanto a empresa gerou do retorno em face ao que ela captou de
seus próprios acionistas.

Grau de Alavancagem Financeira – é um indicador que revela o


quanto de capital de terceiros (oriundo de empréstimos, ações
preferenciais, debêntures, etc.) há na estrutura de capital de uma
empresa. Esse indicador nos dá noções do apetite a riscos que
determinada empresa tem, além de ajudar a mensurar seu próprio
risco financeiro.

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INDICADORES DE VALORIZAÇÃO DA EMPRESA, o


famoso business valuation (avaliação de empresa).

Temos a EBITDA, também chamado de LAJIDA (lucro antes de


juros, impostos, depreciação e amortização) e a EVA (Valor
Econômico Agregado)

EBITDA – Tem a utilidade de demonstrar a geração operacional


de caixa da empresa no período analisado ou seja quanto ela
consegue gerar de recursos lançando mão apenas de suas
atividades operacionais, sem considerar os efeitos financeiros, os
impostos, amortização e depreciação de ativos.

EVA – serve de instrumento para se ter uma visão sobre a real


rentabilidade oferecida pela empresa sobre o capital nela
empregado, mensurar a verdadeira criação de riqueza das
empresas , ou seja, o quanto de valor é criado por ela.

Contador aproveite e mostre estas ferramentas ao seu cliente e


colabore pro crescimento e gestão dele.

Agora que você entendeu o que utilizar na sua análise vamos


entender agora, Como fazer análise na Prática:

A grande importância destas técnicas é que permitem que se


analise a tendência passada e futura.

Utilizaremos a Cia. Aberta Wiz (PARC3) para uma breve


demonstração.

A Wiz é uma companhia que atua como a corretora de seguros da


Caixa Seguradora. PARC3 é uma das ações da carteira de
dividendos da SunoResearch.

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Usando informações do Press Release, o documento no qual a


Cia. apresenta um resumo dos resultados, podemos perceber a
evolução das principais linhas da DRE ao longo do último ano
(horizontal) bem como a melhor das margens operacional e
líquida (vertical).

A Companhia demonstrou crescimento das receitas em linha com


o crescimento dos custos.

Com isto o lucro operacional (EBITDA) cresce em linha com o


crescimento das vendas (receita).

No entanto o Lucro líquido da Companhia cresceu acima do lucro


operacional.

Ou seja, houve uma melhora da margem líquida da Companhia.


Analisando detalhadamente a DRE, atribuímos esta melhora à
maiores receitas financeiras no período.

 A equação foi favorável no período.


 Com maiores vendas, mais caixa.

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 Mais caixa, mais receitas com aplicações financeiras deste


caixa.
 Como sabemos, a taxa de juros do país está em queda.
 Caberá ao investidor analisar se o crescimento das receitas,
e consequentemente do caixa, serão suficientes para atenuar
a queda da receita com aplicações financeiras.
Avaliando o percentual do lucro líquido proveniente das
aplicações financeiras, mesmo com uma queda acentuada da taxa
Selic avaliamos que este fato será irrelevante para a trajetória do
lucro (e distribuição de dividendos) dado o consistente
crescimento das receitas operacionais.

Do ponto de vista do balanço patrimonial, o ideal é relacionar a


capacidade da companhia em melhorar as vendas sob uma mesma
base de ativos.

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Crescer sem grandes reinvestimentos.


A liquidez obedece a ordem decrescente.
Quanto mais no topo estiver o item, mais liquido é.
No caso do ativo, o caixa é a disponibilidade financeira mais
imediata de uma empresa

Em 2015 a PARC3 teve um giro do ativo (receitas


operacionais/ativo) de 2.02. Em 2016 o giro do ativo foi de 2.03.
Ao avaliar o giro do ativo percebemos aqui uma estabilidade
interessante do ponto de vista da criação de valor.
Investir em “vendas” nem sempre significa novos equipamentos,
novas estruturas, novos softwares, enfim, investimentos que
seriam facilmente observados nas linhas de imobilizado e
intangível.
Crescer muitas vezes depende da adoção de uma nova estratégia
comercial que demanda “investimentos” no “contas a receber”.
Isso é facilmente observado em companhias que adotam prazos
maiores para recebimento pelos bens/serviços prestados para
alavancar suas vendas.

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O que observamos em PARC3 é uma capacidade de crescimento


sob uma mesma base de ativo.
Nesta análise horizontal do fluxo de caixa no “earnings release”
da companhia identificamos a baixa necessidade de
reinvestimentos no negócio e o que claramente o lucro líquido
está se transformando: dividendos para os acionistas

É importante ter em conta que a análise das Demonstrações


Contábeis é essencialmente comparativa.

Quando um determinado índice é avaliado isoladamente ele não


produz informações suficientes.

Por isso é ideal entender a evolução histórica e futura para não


limitar a avaliação num resultado restrito a um único período.

Igualmente importante é relacionar os resultados e desempenho


de uma empresa com o setor de atividade e mercado.

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Uma empresa do setor de infraestrutura que investe em projetos


de longa maturação, não pode ser comparada com empresas do
setor de vestuário por exemplo, mais suscetível a volatilidade dos
ciclos econômicos.

Análise feita pela: SunoResearch

E FALANDO EM LIVRO DIÁRIO VAMOS ENTENDER


ALGUNS PONTOS IMPORTANTES

O livro diário é o relatório contábil de preenchimento obrigatório


e um dos mais importantes documentos emitidos pela
contabilidade.

A OBRIGATORIEDADE do registro do Livro Diário está


prevista no item 10 letra b, da ITG 2000, Resolução CFC
nº1.330/11, não havendo em nossa legislação nenhuma exceção.

E também está previsto no Novo Código Civil Brasileiro, em seus


art. 1.1180 e 1.181. E Instrução Normativa nº 11 de 2013 – DREI.

Inclusive, é muito comum que ele seja solicitado pelas empresas


quando principalmente buscam participar de licitações.

Pois é nele que são registradas todas as operações da empresa


através dos lançamentos contábeis, balancetes e demonstrações
contábeis.

Por ser um relatório obrigatório, é necessário que seja


registrado e autenticado pelas juntas comerciais do estado que a
empresa estiver estabelecida.

Em caso de sociedade simples ou entidade sem fins lucrativos,


deve ser autenticado no cartório de registro civil das pessoas
jurídicas.

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Lembrando que sua composição e ordem deve seguir algumas


exigências, vide Instrução Normativa DREI nº 11/2013 da Junta
Comercial.

Em resumo precisa estar escrito no idioma nacional e com a


moeda corrente do país; usar a linguagem mercantil; possuir
individualização e clareza nos lançamentos; registrar os fatos em
ordem cronológica de dia, mês e ano; e não haver intervalos em
branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas, ou transportes para
as margens.
ORDEM DE IMPRESSÃO PARA REGISTRO:
Termo de Abertura
Diário
Balancetes mês a mês e mais um acumulado dos doze meses.
Balanço patrimonial
DRE
DRA
DMPL
DFC
Notas Explicativas
Termo de encerramento
As empresas que são obrigadas a
entregar o SPED ECD não tem mais
necessidade de imprimir o livro e levar
até a junta comercial e também não é
mais necessário imprimir o recibo de
entrega do SPED ECD e levar a junta comercial.
Tudo é automático, no momento que você fizer a entrega do
SPED ECD já sairá a autenticação do mesmo.

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Caso a empresa vem precisar dos relatórios para apresentar ao


banco ou para licitações, você poderá encaminhar tudo do SPED
ECD já autenticados.

Para as demais empresas que não são obrigadas ao SPED ECD,


como do Simples Nacional e entidade sem fins lucrativos (Obs.:
Vide condições no manual de orientação) terá que fazer o
procedimento acima e levar até a junta comercial.
No entanto a empresa do Simples Nacional tem opção facultativa
de enviar o SPED, então você pode reduzir os custos com gráfica
e registro fazendo o envio do SPED e tendo assim o registro do
livro diário mas lembrando que uma vez entregue deverá
continuar entregando nos próximos anos.
Uma exceção as entidades sem fins lucrativos que deverá
encaminhar ao cartório onde foi feito o registro de abertura da
mesma.
E aqui faço mais uma observação, boa parte dos cartórios do
brasil já estão com os processos de registro totalmente online,
inclusive aceitando arquivos do sped para aquelas empresas que
estão obrigadas. (Faça uma consulta antes)

SUPER DICA!!!
Se você ainda tem dificuldades ou não tem noção nenhuma de
como fazer o SPED CONTABIL ECD, saiba que lá no meu blog
tem uma Vídeo Aula completa explicando passo a passo.
Depois Confere lá >>https://dominandoacontabilidade.com , no
Menu dicas e tutoriais ok!?

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LIVRO RAZÃO
Trata-se da consolidação dos lançamentos contábeis realizados no
livro diário. A função é facilitar a análise das informações.
Reúne todas as contas em movimento da empresa e os seus
respectivos saldos de débito e crédito e final. Podendo assim fazer
uma consulta mais precisa de uma conta contábil, verificar as
contra partidas e resultados.
Não é obrigatório fazer o registro mas se você quiser pode incluir
junto ao diário sem problemas no caso no final e terá também um
termo de abertura e encerramento.
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
É um importante relatório contábil, gerado mensalmente com
intuito de verificar se os saldos das contas contábeis estão de
acordo, se não tem saldo invertido.
É possível também fazer uma análise da situação econômica da
empresa e calcular projeções, definir metas, verificar onde está
sendo alocado maior movimentação das despesas e receitas.
Poucos empresários solicitam o balancete mensalmente, mas
recomendo você profissional contábil retirar mensalmente mesmo
que o cliente não solicite, mas já serve como prática em analisar
os dados e quem sabe orientar o cliente para uma melhor tomada
de decisão.
Lembrando que caso o cliente venha a solicitar mensalmente,
você deverá enviar com sua assinatura e registro do CRC.
IMOBILIZADO
De acordo com a norma contábil brasileira NBC TG 26 (CPC 26)
e com a Lei societária n. 6.404176, no Ativo Imobilizado, devem
ser classificadas as contas que representam aplicações de recursos
em bens tangíveis usados pela Entidade (empresa).
Bens tangíveis são bens corpóreos. O item 6 da NBC TG 26
define imobilizado da seguinte forma:

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"Ativo imobilizado é o item tangível que:


(a)é mantido para uso na produção ou fornecimento de
mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins
administrativos; e
(b)se espera utilizar por mais de um período".
FIQUE LIGADO!
Um item tangível que seja utilizado por
menos de um ano deve ser considerado
despesa do período.

Cabe uma explicação sobre o termo "aluguel para outros".


Uma propriedade para investimento, quando adquirida para ser
alugada a terceiros, não pode ser considerada um imobilizado,
entretanto, se um terreno ou edificação for alugado a funcionários
ou a alguma empresa do grupo, esse ativo está servindo aos
interesses do negócio e, dessa forma, essa propriedade deve ser
considerada ativo imobilizado e não propriedade para
investimento.
Como exemplos de imobilizados alugadospodemos citar
veículos de empresas de locação de veículos, locação de
máquinas de café, locação de máquinas de refrigerantes ou de
alimentos em geral.
Todos esses itens devem ser classificados no imobilizado, uma
vez que são ativos dentro de um conjunto de ativos para obtenção
de rendas no fornecimento de serviços.
Contas comuns de registro contábil:
Máquinas e Equipamentos
Veículos
Móveis e Utensílios
Instalações
Computadores e Periféricos

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Observação quanto a SOFTWARES:


Softwares são, via de regra, considerados Ativos Intangíveis.
Entretanto, um software que tenha vinculação muito forte com um
hardware deve ser considerado um Ativo Imobilizado, porque não
pode ser separado desse hardware nem vendido separadamente.
Exemplo: um sistema aplicativo que opere com o sistema de
segurança particular de uma empresa é um exemplo de software
que deve ser imobilizado e amortizado na mesma razão do
hardware associado.
Softwares de baixo valor devem ser considerados despesa e não
devem ser ativados nem no Imobilizado nem no Intangível.
Exemplo: Uma planilha eletrônica para cálculo da folha de
pagamento.
DEPRECIAÇÃO
Nas definições do CPC 27, temos que "Depreciação é a alocação
sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida
útil" ou seja podem ser objeto de depreciação todos os bens
sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou
obsolescência normal.
De acordo com o CPC 27, item 62, podem ser adotados vários
métodos de depreciação:
"Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para
apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao
longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha
reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades
produzidas."
O Regulamento do Imposto de Renda Decreto nº 9.580/2018
considera bens depreciáveis todos os bens tangíveis, exceto bens
com vida útil menor que 1 ano.

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Tipos de bens não depreciáveis segundo a Receita Federal


 Bens que não perdem valor (obra de arte. antiguidades);
 Terrenos (a construção pode ser depreciada);
 Imóveis não alugados ou destinados à revenda;
 Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão;
 Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano
Dentre os métodos citados para calcular a Depreciação o mais
utilizado é o método LINEAR OU LINHA RETA que consiste
em depreciar o bem em quotas anuais, constantes, pelo tempo de
vida útil estimado para o mesmo.
O respeitoso Silvio Crepaldi em seu livro Curso Básico de
Contabilidade trás como regra geral a taxa de depreciação será
fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar
utilização econômica do bem, pela entidade na produção de seus
rendimentos, conforme RFB.
Por esse método, podemos calcular a depreciação mensal,
trimestral ou anual, com ou sem valor residual.
Entende-se por valor residual um valor estimado que não será
depreciado e corresponderá ao preço de venda do bem como
sucata, quando estiver imprestável ou obsoleto.
Vejamos um exemplo numa máquina que custou R$ 500.000,00
com tempo de vida útil estimado em 10 anos, teremos uma quota
residual de depreciação de 10% do valor de custo.
Se for usado o valor residual e, por hipótese, esse valor
corresponde a R$ 50.000,00, a depreciação será calculada sobre
R$ 450.000,00, ou seja, quotas anuais de 45.000,00 (10% de
450.000)

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Vejamos outro exemplo:


Você tem em seu balancete Móveis e Utensílios a ser depreciada,
com um saldo de 90.000.
Como foi dito, para cada tipo de bem, calcula-se seu tempo de
vida útil, através de taxas usualmente adotadas e aceitas pela
legislação.

Em nosso exemplo temos taxa anual de 10% a.a


Considerando a contabilização da referida depreciação, por
ocasião do balanço (depreciação anual, sem resíduo), teríamos o
seguinte lançamento:
D – Despesa c/Depreciação (Conta de Resultado)
C – Depreciação Acumulada (Móveis e Utensílios) – (Conta
Ativo não circulante)
Valor: 90.000,00

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CONCLUSÃO
Você pode tá pensando só
isso, já vi tantas aulas e livros
que falam rios sobre a parte
contábil.

Concordo, não vou negar dá pra escrever um livro de mais de


1000 páginas, mas porque não vou falar de tudo!?
Porque vai ficar um conteúdo tão denso que você vai acabar
deixando de lado e não aplicando no seu dia a dia. Aposto que até
hoje você não finalizou um livro de contabilidade, rabiscou ele,
marcou vários pontos.
Pois quero que você fixe primeiramente este conteúdo que lhe
passei que é o utilizado no dia a dia principalmente pra quem tá
iniciando na área, vai ter seus primeiros clientes.
E como falei vamos muito além deste Manual, com calma você
vai absorvendo o conteúdo, compreendendo e aplicando na
prática.
Recomendo que você leia e muito o CPC – PME (R1) e NBC
TG 1000 (R1) que trata da Contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas.
Se você já teve a experiência com ele sabe que aborda muitos
temas relevantes por mais que em alguns pontos seja um pouco
complexo leia novamente e tente procurar aplicação no dia a dia,
simule situações, faça exercícios. Que aos poucos você
conseguirá entende-lo por completo...vai dá até aula!

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PRÁTICAS SETOR FISCAL

A área tributária exige um


acompanhamento diário,
devido às tantas normas
jurídicas que são criadas
pelo governo federal, pelos
estados, Distrito Federal e
municípios, sem esquecer
os diferentes órgãos que —
com suas portarias, resoluções, regulamentos e instruções
normativas — recheiam os diários oficiais, boletins internos e
informativos.
No entanto, este “furacão de documentos e informações”, não
precisa ser acompanhado em sua totalidade, afinal, seria
absolutamente impossível conhecer todos os assuntos tributários
em todos os seus detalhes.
Porém, as principais regras, aquelas que demoram em sofrer
mudanças, devem fazer parte do conhecimento diáriodos
profissionais que trabalham nesses segmentos, é uma qualidade
que não pode ser desprezada!
Vamos aqui entender sua lógica de funcionamento na prática,
além de conhecer os fundamentos que norteiam a tributação.
E já vou começar desbloqueando seu medo de LUCRO REAL,
percebo que vários profissionais deixam de pegar clientes por este
regime tributário por terem medo de errar no cálculo, não saber
quais procedimentos...
Mas relaxa caro colega vou te libertar deste medo...

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Lucro Real nada mais é que apuração do IRPJ e CSLL


baseada no resultado contábil (receitas menos os custos e
despesas), ajustados pelas adições e exclusões.
 Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração
comercial regular (DIÁRIO), incluindo o Livro de Apuração
do lucro (ECF)
 Os impostos são calculados com base no lucro tributável
apurado com base no Regulamento do Imposto de Renda.
 O Fisco esclarece que a expressão lucro real significa o
próprio lucro tributável, para fins da legislação do imposto
de renda

Vide: Regulamento 9580/18.


Quem está obrigado ao Lucro Real:
Ficam obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei
nº 9.718, de 1998, art.14)
I - Cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao
limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou
proporcional ao número de meses do período, quando inferior a
doze meses;

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II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de


investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedades de
crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades abertas de
previdência complementar
III - Tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos
do exterior
IV - Autorizadas pela legislação tributária, usufruam de
benefícios fiscais relativos à isenção ou à redução do imposto
sobre a renda
V - No decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento
mensal pelo regime de estimativa,
VI - Explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua
de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring)
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos
imobiliários, financeiros e do agronegócio
VIII - que tenham sido constituídas como sociedades de propósito
específico, formadas por microempresas e empresas de pequeno
porte,
IX - que emitam ações
Para as pessoas jurídicas que não estão obrigadas a tributação
pelo lucro real, é opcional a forma de tributação, pois às vezes
acaba sendo compensatório principalmente para as prestadoras de
serviços que a base tributação é de 32%, conforme lei 9.259/95
art. 15.

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Porém esse tipo de opção deve avaliar também o reflexo causado


no cálculo do PIS e da COFINS.

Eu sei que de início parece assustar, conceitos de acordo com o


regulamento um pouco tanto complexo. Mas calma, jájá você vai
conseguir entender muito bem como calcular o lucro real!
DICA DE LEITURA
Para reforçar ainda mais o
entendimento leia a Lei 11.638/07,
promoveu alterações na contabilidade
brasileira em adequação aos padrões
internacionais de contabilidade.
Outra recomendação é a Lei 12.973/14 extinguiu o Regime
Tributário de Transição (RTT).
Formas de optar pelo LUCRO REAL
APURAÇÃO TRIMESTRAL

O regime de apuração trimestral consiste no cálculo do IRPJ e da


CSLL sobre bases determinadas a partir de resultado apurado em
balanço levantado a cada trimestre do ano-calendário, para
recolhimento no trimestre seguinte, na forma da legislação
vigente.

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No regime de apuração trimestral os recolhimentos do IRPJ e da


CSLL são considerados definitivos.

TRIMESTRECALENDÁRIO

A pessoa jurídica que adotar a apuração trimestral do lucro real


obriga-se a levantar balanço ou balancete em 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro.

Ok, Renato entendi os trimestres, levantamento de balanço, mas


qual é o momento que faço a opção mesmo? Como é feito isto?

No momento do primeiro pagamento do DARF do


1ºtrimestreou ao trimestre de inicio de atividade.

O recolhimento através do DARF será efetuado de forma


centralizadora, pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica.

Atente-se que no caso de balanço com


prejuízo, a formalização da opção fica
postergada para o primeiro recolhimento
devido no ano.

Exemplo: A empresa no ano de 2019 era lucro presumido e no


ano de 2020 passou a ser lucro real, então a opção ocorrerá no
pagamento do DARF do 1º trimestre ou seja em 30/04.

PONTO IMPORTANTE:
1. A opção formalizada, é irretratável por todo o ano
calendário.
2. Ainda que o pagamento da estimativa referente ao mês de
janeiro tenha sido efetuado após o prazo de vencimento a
opção é válida.

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3. Não se esqueça que a opção feita para o IRPJ deve ser a


mesma para CSLL.

O QUE FAZER QUANDO NO DECORRER DO ANO


CALENDÁRIO A EMPRESA ALTERAR DE LUCRO
PRESUMIDO PARA LUCRO REAL

A Pessoa Jurídica optante pelo lucro presumido e que, em relação


ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de
obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter obtido lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá
apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real
trimestral a partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.

Fundamento Legal: Ato Declaratório nº 5/2001

Na opção pelo Lucro Real Trimestral, há limitações


específicas e a empresa pode acabar pagando mais IR e
CSLL. Isto porque, se no 1ºTrimestre do ano houver
prejuízo fiscal, o mesmo só poderá ser compensado em até
30% do Lucro Real dos trimestres seguintes.
A apuração trimestral é definitiva, de modo que o lucro real de
um trimestre não pode ser compensado com o prejuízo fiscal de
trimestre subsequente, ainda que do mesmo ano-calendário.
Se for apurado prejuízo fiscal em um trimestre, a compensação
desse prejuízo com o lucro real apurado nos trimestres seguintes
ficará sujeita ao limite máximo de 30% do lucro real.
Então, para este caso, utilizando-se da forma de estimativa
mensal (balancetes de suspensão), paga-se menor imposto.

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Exemplo:

E já que mencionamos neste exemplo o Lucro Real Anual,


vamos entender com detalhes como funciona:
A maioria dos profissionais preferem utilizar esta forma de
apuração.
E você já deve está se perguntando vou ter que esperar
acabar o ano para pagar?
Não, a Receita esclarece o seguinte o lucro real pode ser anual
porém você deverá recolher estimativa mensais.
Então todo mês terei que fazer o recolhimento?
Depende!Porque eu posso ter algum mês que eu não vou ter o
valor a pagar

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Fique tranquilo você vai entender...vamos lá!


A pessoa jurídica que optar por determinar o Lucro Real Anual,
está obrigada realizar pagamentos mensais por estimativa, até o
último dia útil do mês subsequente ao período de apuração, que
constituirão uma antecipação do imposto devido no final do
exercício.
A diferença entre o imposto com base no Lucro Real e o
somatório das importâncias pagas por estimativa será:
1)se positiva, pago em quota única até o último dia do mês
de março do ano subsequente, acrescido de juros SELIC a partir
de 1º de fevereiro até o último dia do anterior ao do pagamento;
2)se negativa, compensado com o imposto devido a partir do
mês de janeiro do ano-calendário subsequente, assegurada a
alternativa de requerer a restituição do montante pago, atualizado
pelos mesmos indexadores, a partir do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração até o mês anterior ao da
restituição ou compensação.
LUCRO REAL POR ESTIMATIVA MENSAL

De acordo com a legislação estão sujeitas à apuração anual do


lucro real as pessoas jurídicas que procederem, durante o ano-
calendário, da seguinte forma:

a) pagarem o IRPJ e a CSLL, em cada mês, com base na receita


bruta e acréscimos;

b) suspenderem ou reduzirem o pagamento mensal do imposto


e/ou da contribuição com base em balanço/balancete
intermediário, por terem apurado prejuízo fiscal/base de cálculo
negativa da CSLL ou lucro real/base de cálculo positiva da CSLL
menor do que a base de cálculo determinada com base na receita
bruta e acréscimos, na forma da legislação vigente.

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*DR = Demais Receitas, por exemplo vendo de algum ativo


imobilizado onde obteve ganho de capital.
*RB = Receita Bruta
*Blancte = Balancete
RB + DR > Tem que se analisar bem a situação, pois é uma
das formas mais cara para pagar o IRPJ e CSLL, pois o
cálculo é feito apenas com base na Receita Bruta +
Acréscimos da empresa.
Lembrete: RB + DR só pode ser utilizado no lucro real anual.
Pode até ser mais simples e rápido o cálculo porém o regime
por estimativa através de levantamento de balancetes pode ser
mais vantajoso.
Vamos para um exemplo rápido para você entender como é feito
esta escolha na prática
Vamos considerar a seguinte situação, uma empresa de Comércio
e Indústria que tem como base de percentual sobre a receita bruta
de 8% conforme tabela da Receita Federal.
No Mês de Janeiro, temos:
RECEITA BRUTA = 500.000,00
BASE DE CÁLCULO IRPJ/CSLL – Estimativa 8% = 40.000,00
Apuração de Balancete de Suspensão/Redução = 48.000,00
IRPJ – Alíquota 15%
Estimativa pela Receita = 6.000,00
Pelo balancete = 7.200,00
Diferença RB x Balancete = 1.200,00
Tá claro que a opção melhor para o mês de janeiro é utilizar
baseado na estimativa da Receita Bruta.
E sim em qualquer mês você pode se basear na base de cálculo
pela Receita Bruta ou por meio do balancete.
Vamos ver com os demais meses para ficar mais claro...

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Lembrando: O cálculo por estimativa com base na receita bruta é


feito utilizando apenas as receitas do mês, ao contrário do cálculo
com base no balancete de suspensão ou redução que se utiliza o
resultado acumulado de janeiro ao mês em que se está calculando.
No mês de fevereiro temos:
RECEITA BRUTA = 875.000,00
BASE DE CÁLCULO IRPJ/CSLL – Estimativa 8% = 70.000,00
Apuração de Balancete de Suspensão/Redução = (-) 12.000,00
IRPJ – Alíquota 15%
Estimativa pela Receita = 10.500,00
Pelo balancete suspensão = 0,00
Diferença RB x Balancete = 10.500,00
Ou seja, para este período é melhor optar pelo balancete de
Suspensão, ou seja, não terei imposto a pagar.
No mês de março temos:
RECEITA BRUTA = 1.350.000,00
BASE DE CÁLCULO IRPJ/CSLL – Estimativa 8% = 108.000,00
Apuração de Balancete de Suspensão/Redução = 95.000,00
IRPJ – Alíquota 15%
Estimativa pela Receita = 16.200,00
Pelo balancete Redução = 14.250,00
Diferença RB x Balancete = 1.950,00
OUTRO EXEMPLO:

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DICA IMPORTANTE:

Se a empresa pretender suspender ou reduzir o


pagamento do imposto devido em qualquer outro mês posterior,
deverá sempre levantar um novo balanço ou balancete, ainda que,
com base no último balanço ou balancete levantado, tenha
verificado haver pago imposto maior que o devido até a data do
balanço ou balancete.

Percebe-se no exemplo visto, o excesso de imposto pago até


junho, de R$ 3.280,00, não poderá ser deduzido do valor do
imposto estimado devido em julho a ser pago em agosto.

Se a empresa quiser suspender ou reduzir o imposto de julho, terá


de levantar outro balanço ou balancete em 31 de julho, que
compreenderá o período de 01.01 à 31.07. (IN RFB 1.700/2017,
arts. 49 e 50; RIR/2018,

EXEMPLOS EM CASO DE SUSPENSÃO E REDUÇÃO DA


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LIQUIDO –
CSLL

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DICA IMPORTANTE:

Caso o saldo a pagar da Contribuição Social


calculado com base em balanço ou balancete
levantado for superior ao valor da CSL calculado por estimativa,
com base na receita bruta do mês de junho, a empresa poderá
desconsiderar o balanço ou balancete levantado e pagar a
Contribuição Social pelo valor determinado por estimativa.

Obs.:Nesses exemplos não levamos em consideração adicional do


IRPJ ou adições e exclusões, foram mais pra você compreender
aos poucos como é feito a apuração. Logo a mais iremos te
explicar com mais detalhes.

No que diz respeito ao Balanço ou Balancete de Suspensão – A


apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD), de acordo
com a IN RFB 1.774/2017, supre a obrigação de transcrever, no
livro Diário, o balancete ou balanço de suspensão ou redução do
Imposto de Renda. (IN RFB 1.700/2017; RIR/2018, art. 227)

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PONTO IMPORTANTE- Compensação de Prejuízos


Fiscais

Com o lucro real apurado por ocasião do levantamento de


balanços ou balancetes de suspensão ou redução do imposto,
poderão ser compensados os prejuízos fiscais existentes em 31
de dezembro do ano calendário anterior, registrado na Parte B
do LALUR, respeitado o limite de 30% do lucro real apurado.
(artigo 580 RIR/2018)

A pessoa jurídica não poderá compensar seus prejuízos fiscais se


entre a data da apuração e a da compensação do prejuízo houver
ocorrido, cumulativamente, modificação do seu controle
societário e do ramo de atividade.

Observe-se que esses dois eventos só constituem causa impeditiva


da compensação de prejuízos fiscais se houverem ocorrido,
cumulativamente (embora não necessariamente na mesma
ocasião), entre o encerramento do período de apuração no qual o
prejuízo foi apurado e o encerramento do período-base da
compensação. (RIR/2018, art. 584; IN RFB 1.700/2017, art. 209)

No regime de pagamentos mensais, o que prevalecerá será a


apuração anual do lucro real, de modo que os resultados positivos
e negativos do ano são compensados automaticamente, sem
nenhuma restrição, qualquer que seja a sua natureza (operacional
ou não operacional)

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ADIÇÕES AO LUCRO REAL

São custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e


quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro
(prejuízo) líquido que, de acordo com a legislação tributária, não
são dedutíveis, também devem ser adicionados ao lucro (prejuízo)
do exercício os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer
outros valores não incluídos na apuração do Lucro Líquido que,
de acordo com essa mesma legislação, devam ser computados na
determinação do Lucro Real.

EXCLUSÕES AO LUCRO REAL

São rendimentos, receitas e quaisquer outros valores computados


na apuração do lucro (prejuízo) líquido que, de acordo com a
legislação tributária, podem ser deduzidos na determinação do
Lucro Real

Para conferência de quais adições e exclusões são permitidas


Vide Regulamento 9.580/18, art. 260 e 261.

Vamos para alguns exemplos práticos, neste primeiro foi


disponibilizado pela própria Receita Federal num evento de
proposta da reformulação da apuração do IRPJ e CSLL.

No entanto para não confundir vamos verificar apenas o modelo


atual ok!?

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Para ficar mais claro ainda, vou te mostrar mais um


exemplo prático utilizado no dia a dia!

Podemos verificar já pelo balancete contábil que houve prejuízo


logo o IRPJ e CSLL terão seus recolhimentos suspenso ou seja
não terá valor a pagar.

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Calma aí que tem mais, temos que alinhar estes dados e fazer o
controle da apuração para posteriormente demonstrar lá no e-
LALUR, através dos registros M300 e M350, que explicarei logo
mais.

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Informações em destaque:

Impostos não pagos em Discursão Judicial–São valores que a


empresa entrou em processo judicial por não está em acordo com
a tributação, acontece muito com ISS.

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Depreciação

Está incluso depreciação de veículos utilizados pelo sócio.

Para o exemplo em questão a empresa teve prejuízos em


exercícios anteriores de 1.030.118,00.

Dividendos Coligadas e Controladas - Estão contabilizados no


grupo de Resultado Financeiro Liquido (Receitas Financeiras –
Despesas Financeiras)

Agora vamos continuar por mais um mês, Fevereiro!

E verificar novamente o levantamento dos dados pelo balancete


encerrado e como irá ficar a apuração do lucro real do IRPJ e
CSLL.

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Veja que pelo balancete contábil, houve lucro acumulado, nos


meses de janeiro e fevereiro de R$ 92.864,78.

Então para este mês tanto o IRPJ como a CSLL a forma de


recolhimento mais vantajosa é a estimativa com base balancete de
redução.

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Porque se você for apurar pela estimativa com base na Receita


Bruta do mês o valor do imposto vai dá 5x mais.

Vimos então que é muito importante que todo mês seja feito este
estudo.

E se atentar também as adições, exclusões, compensações e


incentivos fiscais como por exemplo o PAT.

Vide Regulamento 9.580/18, art. 260 e 261.

DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL E DA BASE DE


CÁLCULO DA CSLL: E-LALUR E E-LACS

A Demonstração do Lucro Real e da base de cálculo da CSLL é


feita no Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-LALUR)
e no Livro Eletrônico de Apuração da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (e-LACS), através dos registros M300 e M350 da
ECF.

O e-LALUR e o e-LACS são compostos por duas partes:

a) Parte A: onde são registrados os lançamentos de Ajustes


(adições e exclusões) ao Resultado Contábil e a Demonstração do
Lucro Real. Estes ajustes, via de regra, são os mesmos para a
apuração da base de cálculo da CSLL, com algumas exceções,
que comentaremos a seguir.

b) Parte B: onde são controlados os valores dos ajustes que


influenciarão o Lucro Real de períodos de apuração futuros e os
valores excedentes de deduções do imposto (adições/exclusões
temporárias e saldos de prejuízos fiscais, para fins de
compensação futura).

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As adições e exclusões podem ser temporárias ou definitivas.


Uma despesa que não é aceita agora, nem será num período
futuro, é considerada uma adição definitiva.

Já uma despesa não dedutível pelo Fisco num período, por não
preencher determinado requisito, que será atendido em períodos
seguintes, é considerada como adição temporária.

Esta despesa, na verdade, será dedutível nos próximos períodos,


não sendo agora por determinação da legislação fiscal. Com a
receita, o raciocínio é idêntico.

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Demais apurações pelo LUCRO REAL

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Incidência não-cumulativa

No regime de incidência não-cumulativa acontece a apropriação


de créditos em relação a custos, despesas e encargos da empresa.

As organizações enquadradas neste regime são aquelas que


apuram o imposto de renda com base no Lucro Real – observadas
algumas exceções. As alíquotas são:

 PIS: 1,65%;
 COFINS: 7,6%.

Para fazer o cálculo dos tributos no regime não-cumulativo é


preciso considerar não só o faturamento, mas também o valor das
compras do período.

O PIS não-cumulativo é uma forma de apuração da contribuição a


qual a empresa deve debitar de seu faturamento e pode embutir
em suas compras e algumas outras despesas.

Essa modalidade está disponível apenas para as pessoas jurídicas


do setor privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do
Imposto de Renda. A alíquota do PIS
não-cumulativo é de 1,65%

Empresas estão sendo impedidas de


deduzir créditos de PIS e COFINS sobre
insumos adquiridos do MEI, entenda
mais detalhes

acessando >>https://dominandoacontabilidade.com/empresas-
impedidas-de-deduzir-creditos-de-pis-e-cofins-sobre-insumos-
adquiridos-do-mei-entenda/

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Demais obrigações fiscais


DES (Declaração Eletrônica de
Serviços)tem natureza municipal e é específica para empresas
prestadoras de serviços. Sua finalidade é declarar à Receita
Federal os serviços que foram prestados à empresa durante o mês.

GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS) é uma


declaração de natureza estadual relacionada às operações que se
ajustam ao regime de substituição tributária do ICMS (ST-ICMS).

O prazo para da GIA varia conforme o último dígito da inscrição


estadual da empresa.

SINTEGRA (Sistema Integrado de Informações sobre


Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços) é uma
obrigação estadual destinada a empresas que recolhem ICMS e
fazem uso do PED (Pagamento Eletrônico de Dados) para emitir
documentação fiscal e/ou escriturar os Livros Fiscais.

Também é válida para contribuintes que utilizam ECF (Emissor


de Cupom Fiscal). Mas, depois que a EFD ICMS/IPI foi
implantada, o SINTEGRA tem sido menos utilizado. Prazo para
entrega: até o dia 15 do mês seguinte ao da apuração.

EFD ICMS/IPI (Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI) é uma


obrigação acessória de natureza estadual que compõe o SPED
(Sistema Público de Escrituração Digital) em substituição à
escrituração dos livros em papel. A empresa que envia essa
declaração não precisa enviar o SINTEGRA a não ser em
situações de regime especial. Prazo de entrega: até o dia 25 do
mês seguinte ao da apuração.

DCTF (Declaração de Débitos Tributários Federais) é de


natureza federal e registra informações relacionadas a tributos
como IRPJ, IRRF, IPI, CSLL. Prazo para entrega: até o 15dia útil
do segundo mês após o mês em que os tributos foram cobrados.

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EFD Contribuições (Escrituração Fiscal Digital


Contribuições) é uma obrigação relativa ao SPED que deve ser
enviada pela empresa na escrituração da contribuição ao
PIS/PASEP e COFINS.

Também é enviada na escrituração eletrônica da Contribuição


Previdenciária sobre a Receita Bruta (indústria, comércio e
serviços) em relação ao CNAE, atividades, serviços, produtos
(NCM). Prazo para entrega: até o 10º útil do segundo mês
seguinte ao mês em que foi referida a escrituração.

ESOCIAL

Houve mudanças para 2020 e 2021.

Confira mais detalhes das mudanças e prazos neste artigo


especial >> https://dominandoacontabilidade.com/tabela-
cronograma-esocial-e-dctfweb-atualizado-2021/

EFD-Reinf

A EFD Reinf faz parte do SPED em complemento


ao eSocial. Essa declaração abrange todas as retenções do
contribuinte em relação ao trabalho e as informações sobre a
receita bruta para a apuração das contribuições previdenciárias
substituídas.

ATENÇÃO – Também houve mudanças confira mais detalhes no


artigo citado acima.

DCTFweb- A DCTFWeb irá reunir as informações sobre as


contribuições previdenciárias (INSS) e para outras entidades e
fundos (terceiros). Ela receberá informações diretamente
do eSocial e da EFD-Reinf.Também deverá acompanhar as
mudanças e prazos!

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As obrigações acessórias anuais


ECD (Escrituração Contábil Digital) é uma obrigação de
competência da União que integra o SPED cuja finalidade é
substituir a escrituração de papel pela escrituração eletrônica dos
seguintes livros: Livro Diário e seus auxiliares; Livro Razão e
seus auxiliares; Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de
lançamento.

Prazo para entrega: até o último dia útil do mês de maio do ano
subsequente ao ano-calendário a que se faz referência.

ECF (Escrituração Contábil Fiscal) também é da competência


da União e substitui a DIPJ desde 2014. Ela fornece informações
sobre operações que interferem na base de cálculo e no valor
devido do IRPJ e da CSLL.
Prazo para entrega: até o último dia útil do mês de junho do ano
que segue ao ano-calendário pertinente.

DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda Retida na


Fonte) informa à Receita Federal as retenções de impostos
incidentes nos pagamentos e recebimentos da empresa.
Prazo para entrega: até o último dia útil do mês de fevereiro de
cada ano.

Quanto as declarações minha dica é LEIA O MANUAL DE


ORIENTAÇÃO!

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Tudo que você precisa saber passo a passo, onde clica, demais
procedimentos tem no manual de cada uma!

É sério colega não é má vontade de colocar aqui não, eu aprendi a


preencher, corrigir tudo baseado nos manuais de cada uma.
Reserve um tempinho no seu dia ou num final de semana para
fazer uma boa leitura e comece a colocar em prática.

No entanto vou te dá uma mãozinha nas principais que é o SPED


ECD e ECF.

Lá no meu bloghttps://dominandoacontabilidade.com no Menu


Dicas e Tutoriais tem disponível vídeos ensinando na prática
como fazê-las.

Vimos então caro colega uma boa base para você entender como
funciona e como é feito a apuração do Lucro Real.

Sei que de início não é tão simples assim aprender e colocar em


prática, mas aos poucos tenho certeza que você consegue SIM
dominar o Lucro Real, vai praticando fazendo simulações,
criando diversas situações mesmo que não precise...Assim eu
fiz pra aprender na prática.

Claro que há outras particularidades quanto ao tema, nossa


legislação é complexa e sempre tem mudanças.

Minha dica é procure obter ainda mais conhecimento e


aprendizado, busque cada vez mais informações e conteúdo seja
aqui revisando o manual, no meu blog com tutoriais, artigos ou
em vídeos no youtube, mas não pare.

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LUCRO PRESUMIDO
É um regime tributário das pessoas jurídicas em que o objetivo
principal, como o próprio nome diz, se trata de uma presunção do
lucro para se apurar o tributo devido (IRPJ e CSLL).

Fique tranquilo que neste regime não tem muito mistério, mas
vamos passar por algumas orientações, pontos importantes e
dicas!

FORMA DE OPÇÃO

A opção por este regime de tributação é realizada no decorrer do


ano-calendário sendo formalizada com o recolhimento da
primeira ou única cota do Imposto de Renda correspondente ao
primeiro período de apuração do ano calendário.

O recolhimento do DARF indicando como código da receita o


código 2089 no campo 04 – relativo ao pagamento do primeiro
IRPJ do ano – implica em manifestação irretratável pela opção ao
regime do lucro presumido para todo o ano calendário.

Fundamento Legal: Lei nº 9.430/96, artigo 26

Muito cuidado pois a Receita Federal


não aceita a retificação de DARF (o
REDARF) no caso de alterar a forma de
tributação do imposto de renda das
pessoas jurídicas.

Portanto não será aceito o REDARF para modificar o código de


lucro presumido para lucro real ou vice-versa. (Art. 10 da IN SRF
nº403/04).A opção pela sistemática do lucro presumido só pode

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ser exercida pelas pessoas jurídicas cuja receita bruta total no ano-
calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais).

E claro observar se não é uma atividade de obrigatoriedade do


Lucro Real como vimos anteriormente.

Fundamento Legal: Lei nº 9.718/98, artigo 13

O ilustríssimo Prof. Paulo Henrique Pêgas, em seu livro Manual


de Contabilidade Tributária trás algumas particularidades sobre
a opção pelo Lucro Presumido, vejamos:

No limite de R$ 78 milhões, teoricamente, entram todas as


receitas, mesmo as não tributadas pelo lucro
presumido,como o resultado positivo de participação
em empresas controladas e coligadas e as reversões de provisões.

São deduzidos da receitatotal, para fins de cômputo do limite:

a) Asvendas canceladas,devolvidas ouanuladas;


b) osdescontosincondicionaisconcedidos;
c) IPI e o ICMS Substituição Tributária, quando registrados
como receita

Uma indústria debebidas, com receita total de R$ 90milhões no


ano, incluindo R$ 15 milhões de IPI e ICMS ST, poderá optar
pelo lucro presumido no ano seguinte.

Outraempresa, com receita bruta de R$ 80 milhões e desconto


incondicional (oudevolução de vendas) de R$ 3 milhões, também
poderá optar pelo lucro presumido.

Por outro lado, não poderá optar pelo lucro presumido a empresa
que apresentar R$ 65 milhões de receita bruta e R$ 20 milhõesde

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resultado de participação emcontroladasavaliadas pelo Método de


Equivalência Patrimonial.

No ano em que a empresa iniciar sua atividade, o limite será


proporcional, ou seja, R$ 6,5milhões vezes o número de mesesde
funcionamento, sem fracionamentoem dias.

Portanto, iniciar as atividadesem 2de outubro será igual ao início


no dia 30 de outubro, contando, no caso, três meses para finsde
limite de opção pelolucropresumido, que seria de R$
19.500.000,00.

Se a empresa apresentar receita total em 2015 de R$ 75 milhões,


no ano seguinte (2016) poderá optar pelo lucro presumido,
independentemente dototal de suas receitas neste ano.

Elas podem ser de R$ 200 milhões que aempresa poderáutilizar a


opção pelo lucropresumido.

Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) poderá optar pelo lucro


presumido enquanto permanecerem no programa (Lei no
9.718/98, art. 14, inciso II; e Lei no 9.964/00, art.4o).

FATO GERADOR

Conforme previsto no artigo 43 da Lei n º 5.172/66 (Código


Tributário Nacional), o imposto, de competência da União, sobre
a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou


da combinação de ambos;

b)de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os


acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

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QUAIS SÃO OS PERCENTUAIS E BASE DE CÁLCULO


DO LUCRO PRESUMIDO

Conforme previsto no artigo 15 da Lei 9.249/95, para fins da


determinação do lucro presumido deverão ser observados os
seguintes percentuais, aplicáveis em conformidade com as
atividades desenvolvidas pela pessoa jurídica, conforme segue:

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Nota: Empresa com mais de uma atividade: aplica-se o %


correspondente a cada atividade.

PONTO IMPORTANTE:

As Pessoas Jurídicas exclusivamente prestadoras de


serviços em geral cuja receita bruta anual seja de
até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderão determinar a
base de cálculo do IRPJ aplicando o percentual de 16% sobre a
receita bruta auferida.

Ressalta-se que essa redução não se aplica, aos serviços


hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por
sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente
regulamentadas.

Fundamento Legal: LEI Nº 9.250/1995, Art. 40).

ACRÉSCIMOS DE DEMAIS RECEITAS E GANHO DE


CAPITAL AO LUCRO PRESUMIDO

Conforme previsto no §3º do artigo 215, da IN RFB nº


1.700/2017, após a aplicação do percentual de presunção sobre a
receita auferida de acordo com a atividade desenvolvida pela
empresa;

DEVEM-SE adicionar ao lucro presumido as outras receitas, que


muito embora não decorram da atividade principal da pessoa
jurídica, deverão ser oferecidas à tributação.

Exemplo:

Receitas financeiras

Juros Selic de PerdComp

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Detalhe Importante – Se liga!

As receitas, os demais resultados e os ganhos de


capital devem ser reconhecidos pelo regime de
competência, como regra.

O contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá adotar


para fins fiscais o critério de reconhecimento das receitas da
atividade pelo regime de caixa.

Fundamento Legal: Lei nº 9.718/98, Artigo 13, Parágrafo 2º.

QUAIS VALORES NÃO DEVE INTEGRAR A BASE DO


LUCRO PRESUMIDO:

 Receitas de participações em empresas controladas e


coligadas avaliadas pelo método de equivalência
patrimonial;
 Receitas de dividendos de investimentos avaliados
ao custo de aquisição;
 Reversões de provisões operacionais, quando não
representarem ingresso de novos recursos;
 IPI, quando registrado como receita de vendas; e
 ICMS Substituição Tributária, quando registrado
como receita de vendas

DICA!

1)
Os descontos incondicionais
concedidos são deduzidos
dareceita correspondente, antes da
aplicação do percentual depresunção.
2) As vendas canceladas, devolvidas ou anuladas têm o
mesmo tratamento.

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ALÍQUOTAS E ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA

Conforme previsto no artigo 3º da Lei 9.249/95, sobre o lucro


presumido apurado na forma do artigo 15 da norma supracitada,
aplicar-se-á a alíquota de 15% (quinze por cento)

Nos termos da Lei 9.249/95, sobre a base de cálculo do lucro


presumido que exceder o valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, ou seja,
R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três
meses do trimestre incidirá também um adicional do imposto de
renda à alíquota de 10% (dez por cento).

Quanto a a alíquota aplicável sobre a base de cálculo para fins de


apuração da CSLL em relação aos fatos geradores ocorridos a
partir de 2003 é de 9% e não possui adicional.

FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento o imposto de renda deverá ser feito em DARF


mediante o código 2089 e para CSLL código 2372.

Pelo disposto no artigo 5º da Lei 9.430/96, opcionalmente, o


imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$
1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes
ao de encerramento do período de apuração a que corresponder,
observando que:

a) sobre a 1ª quota não há acréscimos legais;

b) sobre a 2ª quota há juros de 1%;

c) sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 1 %.

Obs.: 1Na opção pelo lucro presumido não há compensação de


prejuízo fiscal apurado pelo lucro real em períodos anteriores.

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A compensação poderá ocorrer quando a empresa retornar ao


lucro real.

Obs.: 2 O imposto de renda pago como antecipação poderá ser


compensado do valor do imposto apurado.

EXEMPLO DE COMO EFETUAR O CÁLCULO

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL OU LIVRO CAIXA

Um tema que ainda hoje gera muita polêmica, particularmente eu


faço a escrituração contábil independente da permissão em optar
por livro caixa.

Através da contabilidade consigo tirar diversas informações para


atender as decisões internas e externas da empresa e atender
também a exigência de órgãos oficiais, fiscalização como por
exemplo caso a empresa venha a participar de uma licitação
precisará de balanço patrimonial e balancetes atualizados.

No Art. 600 do Decreto nº 9.580/18:

A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de


tributação com base no lucro presumido deverá manter
escrituração contábil nos termos da legislação comercial.

No entanto, poderá ficar dispensada da escrituração contábil


a pessoa jurídica que, no decorrer do ano calendário,
mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda a
movimentação financeira, inclusive bancária.

Porém a Lei no 10.406/02, conhecida como Novo Código Civil


Brasileiro, exige a escrituração contábil em seu art. 1.179:

O empresário e a sociedade empresária são obrigados a


seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não,com base
na escrituração uniforme de seus livros, emcorrespondênciacoma
documentação respectiva, e a levantar anualmente obalanço
patrimoniale o de resultado econômico.
Portanto toda e qualquer empresa deve manter escrituração
contábil por vários motivos, dentre os quais:
a) O Código Comercial Brasileiro exige escrituração contábil
completa para servir de instrumento de prova em juízo e em
eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus herdeiros
ou sucessores;

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b)No Livro Caixa somente poderá ser contabilizada a


movimentação financeira, não se registrando as compras e vendas
a prazo, os empréstimos e demais valores a pagar e a receber;
c) O levantamento de balancetes e balanços de forma adequada,
reduzindo a insegurança e os prejuízos que podem ser acarretados
pela falta de registro de seus direitos e suas obrigações.
COMO FAZER A DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS PELO
LUCRO PRESUMIDO

DICA!!!Para que a empresa possa distribuir lucros acima


deste valor, deverámanter escrituração contábil completa.

Quais obrigações acessórias fiscais do Lucro Presumido


As empresas do Lucro Presumido trazem as mesmas obrigações
acessórias mensais e anuais das empresas do Lucro Real, menos o
LALUR.

LEMBRANDO:Lá no meu blog


https://dominandoacontabilidade.com no Menu Dicas e Tutoriais
tem disponível vídeos ensinando na prática como fazer o SPED
CONTÁBIL ECD E ECF.

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SIMPLES NACIONAL

Os pequenos e médios empresários sempre têm muitos desafios


na gestão empresarial e os impostos costumam fazer parte dos
seus pesadelos.

Na hora de ampliar as atividades da empresa é comum se


depararem com muitas dúvidas sobre os regimes de tributação.

O Simples Nacional é um regime tributário que tem como


objetivo simplificar a gestão de tributos e facilitar a vida do
empreendedor.

Porém, apesar do nome, ao longo dos anos diversas


modificações aconteceram que deixaram esse regime um
pouco mais complexo, que particularmente não tem nada de

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“Simples”, mas fique tranquilo não quero te assustar vamos aqui


juntos entender tudo!

Vamos começar com calma, relembrar alguns conceitos antes de


ir para a prática e orientações importantes!

O Simples Nacional é um regime tributário, que determina


formas de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos
voltados para micro e pequenas empresas.

No Simples Nacional, o pagamento de até oito impostos


diferentes é unificado na Guia DAS (Documento de Arrecadação
do Simples).

Os tributos unificados são:

 PIS (Programa de Integração Social);


 COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social);
 IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica);
 CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido);
 CPP (Contribuição Previdenciária Patronal);
 ISS (Imposto Sobre Serviços);
 ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
 IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).

Além disso, outro grande benefício do regime é também


ter alíquotas menores de impostos, progredindo de acordo com o
faturamento.

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VANTAGENS DO SIMPLES NACIONAL

 Unificação do recolhimento de até 8 tributos na Guia de


Impostos;
 Tributação progressiva, que reduz a carga tributária para negócios
em início de atividade e aumenta gradativamente de acordo com o
aumento no faturamento da empresa;
 Redução de custos trabalhistas sobre a folha de pagamentos,
incluindo na DAS a contribuição previdenciária patronal;
 Redução da burocracia, com a diminuição das obrigações
acessórias e simplificação na contabilidade;
 Redução do risco de cálculo errado com a disponibilidade
de ferramenta de cálculo dos tributosatravés do portal da Receita
Federal;
 Benefícios não tributários em licitações e em exportação de
produtos.

DESVANTAGENS DO SIMPLES NACIONAL

 Tributação através de alíquota sobre a receita bruta e não sobre o


lucro, não permitindo a compensação de prejuízos e despesas;
 Suas vendas oferecem créditos limitados de ICMS e não oferecem
créditos de IPI, reduzindo a competitividade tributária em
atividades industriais;
 Falta de incentivo ao crescimento do faturamento, já que a
mudança de regime pode aumentar a carga tributária;
 Possibilidade de aumentar a carga como o Diferencial de
Alíquotas, Substituição Tributária, e Tributação Monofásica;
 Existência de impostos não previstos que precisam ser pagos a
parte como Impostos Sobre Importações*, IOF (Imposto Sobre
Operações Financeiras), II (Imposto de Importação), IE (Inscrição
Estadual) e ITR (Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural).

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IMPOSTOS SOBRE IMPORTAÇÕES

OS CINCO TRIBUTOS QUE INCIDEM SOBRE AS


IMPORTAÇÕES SÃO:

1. II (Imposto de Importação);
2. IPI (Impostos de Produto Industrializado);
3. PIS (Programa de Integração Social);
4. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social);
5. ICMS (Imposto sobre Circulação e Mercadorias e Serviços).

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A opção pelo Simples Nacional deverá ser formalizada por meio


do Portal do Simples Nacional na internet, e será irretratável para
todo o ano-calendário.

 Acesse:http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNaciona
l/
 Acesse a aba Simples Serviços
 Depois clique em Solicitação de Opção pelo Simples
Nacional, utilize o certificado da empresa ou gere um
código de acesso conforme orientação no próprio portal do
Simples Nacional.
 Na tela seguinte será mostrado a Declaração de Não
Impedimento, leia se está de acordo e clique em SIM
 Na tela seguinte será mostrado um termo de uso do portal e
comunicação, clique em ACEITO.
 Na tela seguinte pedirá que informe a data do ultimo
deferimento de inscrição (Estadual ou Municipal)

IMPORTANTE!
Para empresas com data de abertura do CNPJ a
partir de 01/01/2020 deverá formalizar a
opçãopelo Simples Nacional, observando o prazo de até 30
(trinta) dias, contado do último deferimento de inscrição, seja ela
a municipal ou, caso exigível, a estadual, desde que não ultrapasse
60 (sessenta) dias da data de abertura constante do CNPJ.

Fundamentação Legal vide: Resolução CGSN nº 150,


03/12/2019, Art. 2º, Inciso IV e Art. 6º Par. 5º, Inciso I.

 Estando tudo ok, coloque a data conforme inscrição e clique


em CONFIRMAR.
 Depois vai pedir para SALVAR a solicitação e clique e
aguarde verificarem.
 Se deferida, a opção produz efeitos a partir da data de
abertura do CNPJ. ATENÇÃO! Se você perder o prazo
acima , a opção somente será possível no mês de janeiro do
ano seguinte.

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147

 No próprio portal do simples nacional você pode


acompanhar a solicitação, clicando na ABA SIMPLES
SERVIÇOS e depois Acompanhamento da Formalização.

Obs.:Durante o período da opção, é permitido o cancelamento da


solicitação da Opção pelo Simples Nacional, salvo se o pedido já
houver sido deferido. Atente-se! O cancelamento não é permitido
para empresas em início de atividade.

A ME/EPP já optante pelo Simples Nacional não precisa fazer


nova opção a cada ano.

Uma vez optante, a empresa somente sairá do regime quando


excluída, seja por comunicação do optante ou de ofício.

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Para optar pelo regime, existem regras que devem ser observadas
e cumpridas. A principal delas é o limite de faturamento:

1) No caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita


bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
2) No caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$
4.800.000,00

Obs.:Se a empresa for antiga e queira fazer a opção pelo Simples,


tem que avaliar o faturamento do ano-calendário anterior. Estando
dentro do limite, tem até 31/01 do ano seguinte para fazer a
opção.

Obs 2.:Se a empresa for nova é muito importante que faça


declaração de estimativa certa de quanto será o faturamento anual
da empresa para enquadrar em ME ou EPP, pois se escolher de
forma incorreta poderá ocasionar pagamento de mais imposto
para empresa.

Além do faturamento, existem outras condições para o


enquadramento que são:

 A empresa não pode ter outra empresa como sócia;


 A empresa não pode participar do capital de outra empresa;
 Não pode ser filial, sucursal e outras de empresas estrangeiras;
 Os sócios que possuam outras empresas devem considerar o
faturamento global para o limite de R$ 4,8 Milhões;
 O sócio deve ser residente no país;
 Não podem ser organizadas como cooperativa;
 Não podem possuir débitos com as esferas Federal, Estadual ou
Municipal;
 Devem ter todas as inscrições ativas.

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 ATENTE-SE as atividades permitidas!!!


Vide:RESOLUÇÃO CGSN Nº 140, DE 22 DE MAIO DE 2018

Os limites de receita bruta para definição de ME e EPP no ano-


calendário de início de atividade serão proporcionais ao número
de meses compreendido entre o início da atividade e o final do
respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como
um mês inteiro.

A partir de 01/01/2018, os limites proporcionais para ME e EPP


serão, respectivamente, de R$ 30.000,00 e de R$ 400.000,00
multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início
da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas
as frações de meses como um mês inteiro.

 P.ex., a empresa “XYZ Ltda. EPP” quer iniciar suas


atividades em 20 de outubro de 2018. Como outubro deve
ser considerado um mês inteiro, de outubro a dezembro são
três meses.
 Então, seus limites proporcionais de receita bruta para 2018
serão de: 3 × R$ 400.000,00 = R$ 1.200.000,00.

REGULARIZAÇÃO DE PENDÊNCIAS – DENTRO DO


PRAZO DE OPÇÃO AO SIMPLES NACIONAL

Enquanto não vencido o prazo para a solicitação da opção, o


contribuinte poderá regularizar as pendências impeditivas ao
ingresso no Simples Nacional.

➡ Parcelamento de débitos do Simples Nacional

O pedido de parcelamento pode ser feito no Portal do Simples


Nacional ou no Portal e-CAC da RFB, no serviço “Parcelamento
– Simples Nacional”.

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150

➡ O acesso ao Portal do Simples Nacional é feito com


certificado digital ou código de acesso gerado no Portal do
Simples.

➡ O acesso ao Portal e-CAC é realizado com certificado digital


ou código de acesso gerado no e-CAC.

Quais motivos leva a exclusão do Simples


Nacional?
A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante
comunicação da própria microempresa (ME) ou empresa de
pequeno porte (EPP).

Será feita mediante comunicação da ME ou da EPP quando ela,


espontaneamente, desejar deixar de ser optante pelo Simples
Nacional (exclusão por comunicação opcional).

Deverá ser feita pela ME ou a EPP, mediante comunicação


obrigatória, quando tiver ultrapassado o limite de receita bruta
anual ou o limite proporcional no ano de início de atividade ou,
ainda, tiver incorrido em alguma outra situação de
vedação (exclusão por comunicação obrigatória).

Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação


obrigatória ou quando verificada a ocorrência de alguma ação ou
omissão que constitua motivo específico para exclusão de ofício.

Obs.:Em casos da exclusão por falta de pagamento do imposto, o


fisco emitirá apenas este ofício informando sobre o atraso, porém
lhe dará opção de parcelamento para que assim possa continuar
no Simples Nacional.

Mas se não pagar o parcelamento, ficará fora do Simples.

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151

O que acontece se a empresa ultrapassar o limite de


faturamento 4.8 milhões?

Você deverá fazer a comunicação obrigatória da saída do Simples


nacional.

 Se o faturamento ultrapassou em até 20% poderá ainda


continuar como Simples Nacional até 31/12 do mesmo ano,
porém deverá comunicar no ano seguinte até 31/01 a saída.

E se a empresa não fizer a comunicação, o que acontece?

Receberá o ofício da Receita Federal informando que a empresa


está automaticamente fora do Simples Nacional e receberá uma
multa.

 Caso a empresa exceda o faturamento em mais de 20%, a


exclusão se dará já no mês seguinte.

Exemplificando:

Vamos considerar que hipoteticamente em Junho/2020 a empresa


ultrapassou sua receita bruta acumulada em mais de 20% do
limite de R$ 4.800.000,00.

Assim, o efeito deste fato começará no mês subsequente, ou seja,


neste caso, no mês de Julho/2020.

Lembrando que a comunicação da exclusão por obrigatoriedade


deverá ocorrer até o último dia útil de Julho/2020.

Em Julho/2020 a empresa iniciará seu recolhimento como


regime normal, seja ele Presumido ou Real.

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FIQUE LIGADO!

No ano seguinte a empresa deverá


transmitir duas declarações uma da
DEFIS correspondente ao Simples
Nacional de 01/01/2020 a 30/06/2020 e SPED ECF de
01/07/2020 a 31/12/2020.

Vejamos agora duas situações que você profissional deve ficar


MUITO ATENTO! Para empresas constituídas no decorrer do
ano:

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153

E já vai ter que optar por Lucro Presumido ou Lucro Real e


recalcular tudo.

Eita problemão! E o que já foi recolhido Renato, o que eu faço?

Vai dá muito trabalho, pois o recolhimento do Simples Nacional é


unificado lembra, vários impostos em uma única guia.

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Para ressarcir estes valores você deverá procurar cada entes


federativo responsável, ou seja ISS – municipal , se tive ICMS
pelo estado, os Impostos Federais com a Receita, INSS com a
previdência.

Então converse muito bem com seu cliente, oriente e obtenha o


máximo de informação para assim tomar a melhor decisão.

Quais outras situações leva a exclusão do Simples Nacional?

É considerada uma comunicação obrigatória e excluída


automaticamente quando ocorrer alteração de dados no CNPJ:

 Alteração de natureza jurídica para sociedade anônima, sociedade


empresária em comandita por ações, sociedade em conta de
participação ou estabelecimento, no Brasil, de sociedade
estrangeira.
 Inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples
Nacional. Vide anexos na RESOLUÇÃO CGSN Nº 140, DE 22
DE MAIO DE 2018.
 Inclusão de sócio pessoa jurídica.
 Inclusão de sócio domiciliado no exterior.
 Cisão parcial.
 Extinção da empresa.

Obs.:A comunicação deverá ser feita no mês seguinte!

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EXCLUSÃO ESTADUAL/MUNICIPAL – ICMS/ISS

Sabemos que o limite do Simples Nacional é de 4.8 milhões, no


entanto a partir de 2018 passamos a ter novos sublimites, veja o
que diz a RESOLUÇÃO CGSN Nº 140/18.
Art. 9º O Distrito Federal e os Estados cuja participação no
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja de até 1% (um por
cento) poderão optar pela aplicação de sublimite de receita bruta
anual de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) no
mercado interno e, adicionalmente, igual sublimite para
exportação de mercadorias ou serviços para o exterior, para efeito
de recolhimento do ICMS e do ISS relativos aos estabelecimentos
localizados em seus respectivos territórios. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 19, caput; art. 20, caput)
§ 1º Para o Distrito Federal e os Estados que não tenham
adotado sublimites na forma prevista no caput e para aqueles cuja
participação no PIB brasileiro seja superior a 1% (um por cento),
deverá ser observado, para fins de recolhimento do ICMS e do
ISS, o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais) no mercado interno e, adicionalmente, igual
sublimite para exportação de mercadorias ou serviços para o
exterior. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13-A; art.
19, § 4º)

Então você deverá fazer o mesmo cálculo que fizemos acima,


só que em vez de utilizar 4.8 milhões como base, irá utilizar
3.6 milhões.

E o prazo de comunicação também será o mesmo.

No entanto no calculo que é acima de 20% para empresas


constituídas anteriormente a empresa deverá no mês seguinte
fazer a comunicação da exclusão e recolher o ICMS e ISS por
fora e o DAS correspondente aos demais impostos.

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E para constituídas no ano, vale a mesma regra se ultrapassar o


limite de 20% o ICMS e ISS deverá retroagir a data de inicio das
atividades da empresa.

PONTO IMPORTANTE!

A empresa é excluída de recolher o ICMS e ISS


pelo Simples Nacional, mas ela continua a recolher
os demais impostos através do DAS, pois não ultrapassou os 4.8
milhões.

Recebeu Termo de Exclusão por motivo de Débito? Veja o


que fazer e como proceder

O contribuinte deverá observar qual ente federativo foi


responsável pela expediçãodo termo de exclusão, dirigindo-se a
este em caso de dúvida. A ciência do termo observará a legislação
do ente emissor.

Para continuar no Simples Nacional, a pessoa jurídica deverá


regularizar (pagar ou parcelar) a totalidade dos débitosque
motivaram a emissão do termo de exclusão – denominado Ato
Declaratório Executivo (ADE) pela RFB – no prazo de até trinta
dias contados da ciência, hipótese em que a exclusão do Simples
Nacional será tornada sem efeito – art. 31, § 2º, da Lei
Complementar nº 123, de 2006.

O contribuinte que desejar contestar o termo de exclusão deverá


fazê-lo junto ao ente responsável pela sua emissão, no prazo e
condições de sua legislação. Na RFB, a propósito, o prazo para
contestação coincide com o para regularização: trinta dias da
ciência do ADE.

Essa contestação tem efeito suspensivo – ver Solução de Consulta


Interna Cosit nº 18, de 30 de julho de 2014. Caso não regularize
os débitos nem conteste o termo, a exclusão produzirá efeitos a
partir do ano-calendário seguinte ao da ciência do termo.

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Também pode acontecer de o contribuinte regularizar os débitos


depois do prazo de trinta dias, mas ainda em tempo de solicitar
uma nova opção para o ano calendário seguinte.

Nesse caso, se quiser continuar tributando pelo Simples


Nacional, deverá solicitar nova opção em janeiro do ano-
calendário seguinte ao da ciência do termo, que estará sujeita a
uma verificação de pendências junto a todos os entes federados –
como ocorre com todas as opções.

O exemplo abaixo tornará mais clara essa situação.

Exemplo: Em 12 de junho de 2018, a empresa XXX ME foi


notificada de um ADE de exclusão por débitos federais. Ela tem
prazo até 12 de julho de 2018 para regularização e para
contestação administrativa (porque, na RFB, também é de trinta
dias). Sendo assim:

1. se ela regularizar até esta data, esse ADE não acarretará sua
exclusão;
2. se ela contestar o ADE até esta data, a exclusão ficará suspensa
durante a tramitação do processo administrativo; se perder o
processo, a exclusão produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de
2019;
3. se ela não regularizar nem contestar o ADE até 12 de julho de
2018, será excluída a partir de 1º de janeiro de 2019;
4. se ela regularizar em qualquer data entre 13 de julho de 2018 e o
último dia útil de janeiro de 2019, poderá solicitar nova opção em
janeiro de 2019, até seu último dia útil, estando essa solicitação
sujeita à verificação de pendências junto a todos os entes
federados. Se não houver pendências, sua opção será deferida
com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.

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É possível a empresa sofrer exclusão do Simples Nacional por


motivo de Excesso de Despesa?

Sim, é possível.

Veja esta matéria do site Siga o Fisco, por Josefina Nascimento

A exclusão ocorreu porque as despesas pagas em um determinado


período superou mais de 20% dos valores recebidos pela empresa.

A Receita Federal excluiu de Ofício empresa optante


pelo Simples Nacional em virtude de ter o valor das despesas
pagas superado em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de
recursos no mesmo período, nos termos do inciso IX do art. 29
da Lei Complementar nº 123, de 2006

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O que determina o inciso IV do Art. 84, da Resolução CGSN


nº 140 de 2018

Art. 84. A exclusão de ofício da ME ou da EPP do Simples


Nacional produzirá efeitos:

IV – a partir do próprio mês em que incorridas, hipótese em que


a empresa ficará impedida de fazer nova opção pelo Simples
Nacional nos 3 (três) anos-calendário subsequentes, nas
seguintes hipóteses: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29,
incisos II a XII e § 1º)

1. h) se for constatado que durante o ano-calendário o valor das


despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início
de atividade;

Efeitos da exclusão

Os efeitos da exclusão ocorrerão a partir do período que ocorreu a


irregularidade, impedindo a opção pelo Simples Nacional pelos
próximos 3 (três) anos-calendário seguintes, conforme dispõe
o inciso IV do art. 84, da Resolução CGSN nº 140, de 2018.

Exemplo de exclusão por excesso de despesa

A empresa foi excluída do Simples Nacional com efeitos a partir


de 01/01/2015, em razão das seguintes informações:

 Início de atividade 2013


 Receita auferida em 2015 R$ 2.150.000,00 – Informada no
PGDAS-D

Total de despesas em 2015 R$ 3.010.000,00 – Informadas na


DEFIS

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Observe a Regra de exclusão: a empresa será excluído


do Simples Nacional se for constatado que durante o ano-
calendário o valor das despesas pagas superar em 20% o valor
de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de
início de atividade.

Defesa – Manifestação de Inconformidade

Os motivos da exclusão não procedem? A empresa poderá


apresentar, no prazo de trinta dias contados a partir da ciência
deste Ato Declaratório Executivo, manifestação de
inconformidade junto ao Delegado da Receita Federal do Brasil
de Julgamento, nos termos do Decreto nº 70.235, de 7 de março
de 1972 – Processo Administrativo Fiscal (PAF), e suas
alterações posteriores, assegurando, assim, o contraditório e a
ampla defesa.

Dados utilizados pela Receita Federal

A Receita Federal utilizou as informações do Programa Gerador


do Documento de Arrecadação do Simples Nacional –
Declaratório – PGDAS-D e informações da DEFIS – Declaração
de Informações Socioeconômicas e Fiscais. PGDAS-D

As informações prestadas no PGDAS-D têm caráter declaratório,


constituindo confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente
para a exigência dos tributos e contribuições.

A apuração no PGDAS-D deverá ser realizada e transmitida,


mensalmente, ainda que a ME/EPP não tenha auferido receita em
determinado mês, hipótese em que o campo de receita bruta
deverá ser preenchido com valor igual a zero. Caso a ME/EPP
permaneça inativa durante todo o ano-calendário, informará esta
condição na DEFIS.

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161

A DEFIS deve ser prestada por contribuinte optante do Simples


Nacional por pelo menos um período por ela abrangido, ou para o
qual exista processo administrativo formalizado em alguma
unidade das administrações tributárias, quer seja Federal,
Estadual, Distrital ou Municipal, que possa resultar em sua
inclusão no Simples Nacional em período abrangido pela DEFIS.

As informações prestadas pelo contribuinte na DEFIS serão


compartilhadas entre a RFB e os órgãos de fiscalização tributária
dos Estados, Distrito Federal e municípios. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 25, caput). A exigência da DEFIS não
desobriga a prestação de informações relativas a terceiros. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 3º)

A DEFIS é um módulo do PGDAS-D. O seu acesso se dá por


meio do menu “DEFIS”

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162

COMO É FEITO A APURAÇÃO E CALCULO DO


SIMPLES NACIONAL

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163

Entendemos o cálculo e alguns


conceitos, mas como é na prática gerar
a guia e transmitir o PGDAS-D?

Para isto separei um ótimo vídeo que explica em detalhes passo a


passo, confira: https://www.youtube.com/watch?v=kJD27xr1X60

SUPER DICA!

Recomendo fortemente que leia o


Perguntão disponível no Portal do
Simples Nacional lá está a resposta de
muitas dúvidas que no dia a dia nos impedem de executar algum
procedimento.

http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Arquivos/m
anual/PerguntaoSN.pdf

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Quais são as Declarações Obrigatórias?


DEFIS – Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais

A DEFIS é uma das duas declarações diretamente impostas


pelo Simples Nacional. Informa tudo o que ocorreu na empresa
durante o ano de apuração. Além de receitas e impostos apurados
e pagos, a DEFIS anualmente solicita dados, como:

 quantidade inicial e final de empregados no ano anterior;


 identificação de sócios e participação na empresa;
 rendimentos dos pró-labores de sócios;
 saldo inicial e final em caixa e contas bancárias no ano anterior;
 despesas do ano anterior.

A maioria das informações solicitadas é preenchida manualmente


no portal do Simples Nacional, no site da Receita Federal.

Já o faturamento e os dados de impostos pagos e calculados são


incorporados automaticamente pelos lançamentos feitos ao longo
do ano anterior, no mesmo portal.

Com exceção do MEI, todas as empresas optantes pelo Simples


Nacional devem realizar a declaração até o último dia útil de
março, no próprio portal do Simples.

- No caso de atraso ou não entrega desta


obrigação acessória, não gera MULTA,
no entanto as apurações de DAS não são
geradas.

Assim, a empresa fica inadimplente perante ao Simples


Nacional, uma vez que sem as apurações não é possível emitir as
guias para o pagamento dos impostos.

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165

Vale ressaltar:Que as guias referentes ao DAS apenas serão


apurados novamente a partir do momento que a DEFIS for
entregue.

SUPER DICA!

Lá no meu
blog>>https://dominandoacontabilidade.
com no Menu Dicas e Tutoriaisdeixei um
vídeo explicando passo a passo como
preencher a DEFIS.

DeSTDA – Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de


Alíquota e Antecipação

É umadeclaração mensal sobre Substituição Tributária,


Diferencial de Alíquotas e Antecipação Tributária dos fatos
geradores ocorridos a partir de 01 de janeiro de 2016 que será
preenchida por meio do aplicativo SEDIF SN (Sistema Eletrônico
de Documentos e Informações Fiscais do Simples Nacional).
O arquivo digital da DeSTDAdeverá ser enviado até o dia 28
do mês subsequente ao encerramento do período de
apuração, ou quando for o caso, até o primeiro dia útil seguinte.
No Estado de São Paulo essa nova declaração passa a ser
regulada pela Portaria CAT 23/2016 e exigida a todos os
contribuintes paulistas do Simples Nacional, exceto os
Microempreendedores Individuais - MEI.

Os contribuintes do Estado de São Paulo já conseguem


enviar a declaração, para isso basta baixar o aplicativo
atualizado.

Só deverão ser preenchidos os meses em que o


estabelecimento esteve como optante do Simples Nacional.

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Se a empresa, por exemplo, mudou de IE a partir de 31 de


maio de 2016, então ela deve preencher e enviar a DeSTDA até
maio pela IE antiga e de junho de 2016 em diante pela nova IE.

Todas as empresas optantes pelo Simples com Inscrição


Estadual em São Paulo serão obrigadas a enviar essa declaração
pelo Sedif – SNaDeSTDA também será exigida quando o
contribuinte, optante pelo Simples Nacional, localizado em
outro Estado possuir Inscrição Estadual como substituto em
São Paulo (IE 800) e;

Realizar operações ou prestações que destinem bens e ou


serviços a não contribuinte do imposto, localizado em São
Paulo,conforme estabelece a Constituição Federal em seu
artigo 155, VII e VIII; pela redação da Emendaconstitucional
nº. 87, de 2015.

Portaria CAT 138/2018

Art. 4º Ficam acrescentados, com a redação que se segue, os


seguintes dispositivos à Portaria CAT- 23 , de 17.02.2016:

“§ 5º Fica dispensada a entrega da DeSTDA quando não houver


valores a serem declarados no mês de referência, sem prejuízo da
apuração, a qualquer tempo, dos tributos devidos e da aplicação
das penalidades cabíveis.

§ 6º A dispensa de entrega da DeSTDA não se aplica em


relação à obrigação de prestar as informações exigidas pelos
demais Estados.” (NR)

A ME e a EPP optantes do Simples Nacional com Excesso


Sublimite apresentarão;

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 GIA – Guia de Informação e Apuração (Data de envio


observar Inscrição Estadual)
 SPED Fiscal ICMS/IPI

O que deve ser declarado na DeSTDA?

 Os contribuintes do Simples Nacional irão declarar


mensalmente o valor de ICMS devido nas
seguintes operações:

 Substituição Tributária nas operações internas com


mercadorias sujeitas a esse
recolhimento na condição de substituto tributário;

 Antecipação Tributária nas entradas interestaduais:


 Sem encerramento na tributação – quando o imposto
recolhido antecipadamente restringe-se ao diferencial de
alíquotas, ou seja, à diferença entre a alíquota interna da
mercadoria no Estado de destino e a alíquota interestadual
 Com encerramento na tributação – com o ICMS da cadeira
produtiva cobrado de forma antecipada através do regime de
substituição tributária.

DICA!

Encontrei um vídeo da empresa se


software alterdata onde explica como
fazer o preenchimento através de
importação do arquivo. Confira
>>https://www.youtube.com/watch?v=KYHeA3EfFP8

É possível também fazer manualmente, no site


>>http://www.sedif.pe.gov.br/ onde é feito o download do
aplicativo há uma manual de orientação de preenchimento e
envio.

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RAIS – Relação Anual de Informações Sociais

A RAIS reúne todas as informações geradas pelos funcionários na


folha de pagamentos do ano anterior, sendo obrigatória mesmo
quando o negócio não possuiu empregados.

Neste caso, não havendo a manutenção de contratos no ano


anterior ao da data da entrega, transmite-se a RAIS Negativa.

**ATENÇÃO** – Observar prazo e continuidade de entrega


devido a substituição pelo Esocial!

DIRF – Declaração de Imposto Retido Fonte

Na DIRF, a optante pelo Simples Nacional é obrigada a informar,


a cada ano, todas as retenções de imposto de renda, ocorridas em
pagamentos e recebimentos, tanto de pessoas físicas quanto
jurídicas.

GFIP – Guia de recolhimento do FGTS e de Informações à


Previdência social

Precisa ser entregue mensalmente com os dados referentes aos


vínculos empregatícios mantidos e suas remunerações,
contribuições previdenciárias e recolhimentos ao Fundo de
Garantia.

Por obrigação, as empresas devem fazer os envios mesmo quando


não houver vínculos com empregados, sendo GFIPs declaratórias.

ESOCIAL

Por mais que houve mudanças para 2020 e 2021, as empresas do


Simples Nacional deverá entregar os Eventos de tabela e não
periódicos

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Confira mais detalhes das mudanças e prazos neste artigo


especial >> https://dominandoacontabilidade.com/tabela-
cronograma-esocial-e-dctfweb-atualizado-2021/

EFD-Reinf

A EFD Reinf faz parte do SPED em complemento


ao eSocial. Essa declaração abrange todas as retenções do
contribuinte em relação ao trabalho e as informações sobre a
receita bruta para a apuração das contribuições previdenciárias
substituídas.

ATENÇÃO – Houve mudanças para grupo 3 que envolver as


empresas do Simples Nacional confira mais detalhes no artigo
citado acima.

DCTFweb

A DCTFWeb irá reunir as informações sobre as contribuições


previdenciárias (INSS) e para outras entidades e fundos
(terceiros). Ela receberá informações diretamente do eSocial e da
EFD-Reinf.

Também deverá acompanhar as mudanças e prazos!

Como fazer o calculo do FATOR R?

O fator R pode impactar o dia a dia financeiro do


negócio. Através do Fator R do Simples Nacional, é possível
pagar menos impostos. Isso dependendo do anexo do Simples
em que a empresa está enquadrada.

Normalmente o melhor é estar no Anexo III, que tem uma


alíquota menor. Mas para isso é necessário fazer contas e
avaliar qual o melhor cenário. Enfim, optar ou não pelo Fator R
pode influenciar em muitas questões da rotina da empresa.

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O “Fator R” é o resultado da relação de equivalência entre a Folha


de Salários de uma empresa comparado a sua Receita Bruta.

Este cálculo é realizado mensalmente para saber se uma empresa


será tributada no anexo III ou V do Simples Nacional.

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Como fazer o calculo do FATOR R em Empresas com inicio


de Atividade?

Ou como é feito o cálculo em casos que não possuem mais de 12


meses?

Neste caso deverá ser encontrada a proporcionalidade de valores,


tanto da Receita Bruta da Empresa como da Folha de
Pagamento/Salários.

Esta proporcionalidade é feita da seguinte forma:

Exemplo 1:

Data de Abertura da Empresa = 01/2019

Período de Apuração do DAS = 01/2019

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Este é o único caso em que deverá ser feita uma divisão direta
entre o Valor da Folha de Pagamento/Salário do próprio mês
01/2019 pelo Valor da Receita Bruta do próprio mês 01/2019.

Valor do Faturamento 01/2019 = R$ 5.000,00

Valor da Folha de Pagamento/Salários = R$ 2.000,00

FATOR R = 2.000,00 / 5.000,00

FATOR R = 0,40 (40%)

Exemplo 2:

Data de Abertura da Empresa = 01/2019

Período de Apuração do DAS = 04/2019

a) Deverá ser somado a Receita Bruta dos meses 01/2019 até


03//2019.
b) Deverá ser somado a Folha de Pagamento/Salário dos meses
01/2019 até 03/2019.
c) O resultado da somatória citada no item “a” deverá ser dividido
por 03 (quantidade de meses que antecedem ao Período de
Apuração), encontrando assim a média dos valores
correspondente a Receita Bruta da Empresa considerando apenas
os meses de existência dela.
d) O resultado da somatória citada no item “b” deverá ser dividido
por 03 (quantidade de meses que antecedem ao Período de
Apuração), encontrando assim a média dos valores
correspondente a Folha de Pagamento/Salários considerando
apenas os meses de existência dela.

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e) A média dos valores encontrada nos itens “c” e “b” deverão ser
multiplicadas por 12 meses, encontrando assim o valor da FS12 e
RBT12r.

f) Agora basta utilizar os dois valores encontrados no item “c” e


aplicar a formula padrão “FATOR R = FS12 / RBT12r”

CALCULO

Somatória do Faturamento Bruto de 01/2019 até 03/2019 = R$


38.000,00

Somatória da Folha de Pagamento/Salários de 01/2019 até


03/2019 = R$ 23,000,00

RBT12r = 38.000,00 / 3

RBT12r = 12.666,66

RBT12r = 12.666,66 X 12

RBT12r = 151.999,99

FS12 = 23.000,00 / 3

FS12 = 7.666,66

FS12 = 7.666,66 X 12

FS12 = 91.999,99

FATOR R = 91.999,99 / 151.999,99

FATOR R = 0,60 (60%)

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Pra ficar ainda mais claro vou disponibilizar outro vídeo lá no


blog >>https://dominandoacontabilidade.com no Menu Tutoriais.

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O maior desafio das empresas é fazer o básico bem feito, olhar
para dentro do negócio e buscar eficácia.

Está chegando um tempo que organizações contábeis vão ter que


oferecer outros tipos de serviços para os clientes, afinal serviços
como geração de guias e entrega de obrigações acessórias tendem
a desaparecer.

Com a crise de Coronavírus, muitas empresas vão precisar da


ajuda do contador e ele deve se preparar desde já para atender
esse cliente.

De acordo com o estudo divulgado anualmente pelo Instituto


Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, o brasileiro,
nesse ano trabalharia 153 dias somente para pagar tributos.

O Brasil é o país com a maior carga tributária em toda América


Latina e Caribe. Estudo da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que brasileiros
pagam o equivalente a 33,4% do tamanho da economia em taxas e
impostos.

Você já parou para pensar que o seu escritório contábil pode


ser muito mais do que apenas um prestador de serviços
contábeis?

Você pode se diferenciar da sua concorrência e se tornar uma


empresa que atua na estratégia a nível gerencial dos clientes,
transformando-se em uma peça indispensável para o sucesso das
suas empresas.

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Planejamento Tributário e Revisão Fiscal: Por que é taõ


importante agora?

A crise atual força contadores e empresários a buscarem saídas


envolvendo a redução de custos e simplificação de impostos.

Quando ambos trabalham juntos, o resultado pode ser uma análise


aprofundada da realidade da organização e o surgimento de
oportunidades para mudanças.

É possível, através de um planejamento tributário e revisão fiscal,


alcançar excelentes resultados.

Conceito de Planejamento Tributário: forma lícita de reduzir a


carga fiscal. Exige alta performance profissional e muito
conhecimento técnico para as decisões estratégicas no ambiente
corporativo.

Consiste em visualizar no invisível as grandes oportunidades para


os negócios da empresa

Possui caráter preventivo e se desenvolve na estrita legalidade.

Não possuí formula pronta. Cada caso requer planejamento


particularizado.

Possui as seguintes finalidades:

Evitar >> a incidência do fato gerador

Reduzir >> o montante do tributo, sua alíquota ou base de


cálculo

Retardar >> o pagamento do tributo sem ocorrência da multa

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O QUE NÃO CARACTERIZA PLANEJAMENTO


TRIBUTÁRIO?

Crimes contra a ordem tributária >> fraudar fiscalização,


omitir informação ou prestar declaração falsa, falsificar ou alterar
nota fiscal, deixar de recolher tributo no prazo legal por má fé;

Sonegação fiscal >> ação ou omissão dolosa, impedir ou retardar


total ou parcialmente o conhecimento pelo fisco de um fato
ocorrido, ou da natureza do fato;

Simulação >> art. 102 do Código Civil – transmissão de direitos


a pessoas diversas, falsa declaração e confissão, registro de datas
divergentes da ocorrência do ato, intenção de prejudicar terceiros
ou violar dispositivo legal;

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Abuso de forma e negócio jurídico indireto;

Distribuição disfarçada de lucros.

Pontos de atenção no Planejamento Tributário quanto ao


IRPJ e CSLL

 Provisões dedutíveis mensalmente;


 Depreciação de bens adquiridos usados;
 Depreciações aceleradas: contábil e incentivada;
 Perdas nos créditos a receber;
 Juros sobre Capital Próprio;
 Reorganizações societárias.

O QUE É COMPLIANCE TRIBUTÁRIO?

Compliance é o conjunto de disciplinaspara fazer cumprir as


normas legais eregulamentares, as políticas e as diretrizes
estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição
ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio
ou inconformidade que possa ocorrer através de ferramentas
de controle.

QUAIS OS BENEFÍCIOS EM UTILIZAR O COMPLIANCE


TRIBUTÁRIO?

 Monitoramento das obrigações a serem entregues com respectivas


datas;
 Controles de entregas;
 Guarda de arquivamentos digitais. (Arquivos, XMLs, ….)

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 Fácil acesso de todas as obrigações exigidas pelo FISCO já


entregues;
 Monitoramento de CNDs;
 Auditoria e cruzamentos das escriturações diária e Mensal.

Do imposto devido em cada mês, por exemplo, poderão ser


deduzidos incentivos fiscais, tais como:

 Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);


 Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente;
 Doações ao Fundo do Idoso;
 Atividades Culturais ou Artísticas;
 Atividades Audiovisuais, incluindo as aplicações no FUNCINES,
observados os limites e prazos para esses incentivos.

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EXEMPLOS E CASOS PRÁTICOS DE PLANEJAMENTO


TRIBUTÁRIO

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Diante do atual cenário tributário os profissionais envolvidos em


áreas tributárias, tais como: contadores, gestores de tributos,
tributaristas e outros precisam estar atentos à formação

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continuada, de modo a se adaptarem as constantes mudanças


econômico – tributárias.

Qual melhor opção de Regime Tributário? Lucro Real, Lucro


Presumido ou Simples Nacional?

Lembra que ao longo do conhecimento que você teve de cada


regime tributário aconselhei que buscasse o máximo de
informações possíveis, que alinhasse as estimativas de receitas
corretas e atividades que a empresa possa desempenhar ou
segmento de mercado!?

Estes fatores e outros como folha de pagamento também vão


determinar qual será o melhor regime. Pois com as informações
corretas você poderá fazer o cálculo para cada regime tributário e
verificar quanto a empresa irá recolher de impostos.

Acompanhe de perto seu cliente, faça


constantes reuniões, observe a
movimentação das atividades e
faturamentos da empresa ao longo do ano para que você antecipe
quaisquer riscos e possa orientar o cliente para de repente uma
mudança de regime tributário ou orientá-lo para outras mudanças
internas ou externas que afete a tributação da empresa.

Fora que assim você gera ainda mais valoraos seus serviços!

Para você entender ainda mais como funciona na prática esta


escolha, meu amigo e parceiro Prof. José Miguel disponibilizou
duas vídeos aulas explicando com detalhes.

Confira acessando meu blog


https://dominandoacontabilidade.com , no Menu Tutoriais!

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E na Apuração dos Impostos é melhor Caixa ou


Competência?

Uma das grandes reclamações de empresários e gestores de forma


em geral é o pagamento de tributos sem ter recebido efetivamente
do cliente. Pois é possível resolver esta questão, ao menos, para
algumas empresas.

Os optantes pelo Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido


podem escolher a tributação pelo Regime de Caixa ou
Competência. Desta forma, eles ofereceriam à tributação apenas
os valores recebidos.

No Regime de Competência, a empresa oferece à tributação o


faturamento do período independente de ter recebido do cliente.

No Regime Caixa, a empresa tributa apenas o valor recebido.


Exemplo: Se efetuou uma venda em 30, 60 e 90 dias, ela
oferecerá à tributação em cada mês o valor recebido.

Alguns pontos de atenção:

 Somente empresas do Simples Nacional e Lucro Presumido


podem optar pelo Regime de Caixa ou Competência.
 A opção pelo Caixa ou Competência é válida para todo o
exercício, ou seja, a empresa poderá mudar de opção, somente no
ano seguinte.
 O que determina a opção é a escolha do regime de tributação
seguida da escolha da apuração. Se o IRPJ e CSLL são apurados
pelo Regime de Caixa, obrigatoriamente o PIS e COFINS
também o será. Não sendo possível um tributo estar no Regime de
Competência e os demais no Regime de Caixa, por exemplo.
 A empresa deverá informar na Escrituração Contábil Fiscal –
ECF, no caso de empresas do Lucro Presumido, ou na Declaração

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de Informações Socioeconômicas e Fiscais – DEFIS, no caso de


empresas optantes pelo Simples Nacional.

Desvantagens do Regime de Caixa:

 Exige maior controle interno do Contas a Receber da empresa e


da movimentação financeira.
 Não pode ser utilizada pelas empresas tributadas pelo Lucro Real
e Arbitrado.
 Não traz vantagens para o fluxo de caixa para quem possui
recebimento de forma linear.
Como realizar e fazer o pedido para Recuperação
de Crédito Tributário?

Em meio à grave crise que assola o Brasil, muitas empresas vem


enfrentando um cenário econômico desafiador e esta condição,
fez com que a recuperação de créditos tributários conquistasse
grande espaço no mercado, pois traz para as empresas uma
significativa economia fiscal.

A recuperação de créditos tributários é um direito assegurado por


lei e se torna uma forma de melhoras as finanças da empresa,
recebendo de volta valores pagos indevidamente ou a maior.

Para que haja a recuperação de crédito tributário é necessário


um levantamento e o resgate dos créditos tributários que
foram acumulados pela empresa no decorrer dos anos, é preciso
um planejamento tributário esmiuçado.

Após esse planejamento tributário, a empresa pode apresentar o


pedido eletrônico de restituição, ressarcimento ou reembolso e a
declaração de compensação.

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Vamos entender agora como funciona a recuperação de crédito


tributário

Texto Escrito pela Cristiane Soares da Jus Brasil...


O que é o crédito tributário

Crédito tributário é o nome dado ao valor que é pago pelo sujeito


passivo de uma obrigação tributária ao sujeito ativo da obrigação
tributária.

O sujeito passivo corresponde à empresa enquanto o sujeito ativo,


ou seja, aquele que recebe o crédito corresponde à União, ao
Estado, ao Município ou ao Distrito Federal.

A obrigação tributária, por sua vez, corresponde ao pagamento de


tributos — impostos, taxas e contribuições de origem federal
(INSS, PIS, COFINS, IR, CSLL, IPI), estadual (ICMS) e
municipal (ISS).

O que é a recuperação de crédito tributário

A recuperação de crédito tributário é uma atividade que


envolve o levantamento e o resgate dos créditos tributários que
foram acumulados pela empresa no decorrer dos anos, ou seja, é
preciso um planejamento tributário minucioso.

É preciso realizar um estudo profundo e um levantamento de


dados apurado para que seja possível identificar corretamente
todos os créditos que podem ser recuperados, qualificando e
quantificando-os.

Seria importante contar com uma equipe fiscal e contábil para


efetuar essa tarefa. Essa equipe pode ser própria ou terceirizada,
recorrendo aos profissionais que atuam em escritórios de
contabilidade e/ou advocacia.

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Como realizar a recuperação de crédito tributário

Os créditos tributários podem ter sido pagos indevidamente ou a


maior. É preciso ficar atento ao ICMS Substituição Tributária,
regime em que um contribuinte é substituído por outro no
pagamento de determinados impostos.

A equipe responsável pela gestão fiscal deve se certificar de que,


verdadeiramente, ocorreram pagamentos a maior,
confirmando o valor declarado na ECF (Escritura Contábil Fiscal)
e o valor que foi efetivamente recolhido pelo DARF (Documento
de Arrecadação de Receitas Federais).

Quando se encontram pagamentos a maior, é possível fazer


a recuperação de crédito tributário por via administrativa, mais
os juros devidos de acordo com a taxa referencial da SELIC
(Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

Todo crédito recuperado só pode ser usado para compensar outros


tributos da Receita Federal, excetuando-se as contribuições
previdenciárias nos casos de retificação do demonstrativo com
informações erradas.

A revisão tributária e o pedido de recuperação de crédito


tributário

Antes de formalizar a solicitação de recuperação de crédito


tributário, é preciso fazer uma abrangente revisão tributária,
realizando o cruzamentode diferentes dados e consultando a
jurisprudência.

Só então a empresa pode apresentar o Pedido Eletrônico de


Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e a Declaração de
Compensação (PER/DCOMP).

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Em determinados casos, a empresa poderá entrar com ação


judicial para que a Receita Federal acelere a resolução da
demanda, analisando imediatamente o processo.

A prescrição dos créditos tributários

Com a prescrição, o contribuinte perde o direito à recuperação


de crédito tributário. Conforme o artigo 168 do CTN (Código
Tributário Nacional), a prescrição acontece ao final de 5 anos.

A contagem tem início a partir da data em que o crédito tributário


foi lançado, ou seja, a partir de sua constituição definitiva.

Por esse motivo, a equipe fiscal deve ficar atenta, pois na correria
do dia a dia, muitas oportunidades podem se perder e o prazo
pode chegar ao limite sem que a empresa consiga recuperar seus
créditos tributários.

Vale lembrar que a constituição definitiva do crédito não é


suficiente para evitar sua prescrição — é fundamental que o
crédito seja usado de forma efetiva ou solicitado dentro do prazo
de 5 anos.

ICMS, ISS e IPI

Estes impostos tem particularidades únicas com uma legislação


complexa e sua prática envolve alguns cálculos e procedimentos
difíceis de implementar.

Mas calma, não se desespere...vou te passar uma orientação bem


completa, detalhada e fácil de ser entendida. No entanto não vai
ser neste manual e sim em outro específico.

Vou enviar no seu email no qual você adquiriu este. Ok!?

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CONCLUSÃO

Vimos ao longo destas páginas o


quanto temos que nos atentar aos
impactos tributários em uma
empresa. Concordo que não é
fácil entender e aplicar toda a
complexidade da legislação tributária brasileira.

Mas aos poucos você começa a pegar a maioria dos


procedimentos e alinhar com a legislação...continue buscando
muito mais conteúdo, informações relevantes, acompanhando as
mudanças e afiando o aprendizado!

E outra pra te deixar um pouco mais aliviado é que com avanço


da tecnologia cada vez mais os sistemas contábeis estão
aperfeiçoando diversos procedimentos, trazendo mais orientações,
disponibilizando diversos tutoriais e até mesmo cursos online
como a Domínio Sistemas, Contimatic, Alterdata e dentre outros.

Por isso que você não viu aqui eu colocando telas de sistemas,
mas pra você que é estudante, recém formado ou contador
iniciante recomendo utilizar o Fortes Tecnologia, eles têm uma
área gratuita pra utilizar todos os módulos, muito bom pra treinar,
quando acessar o site, clique no menu Fortes Academy.

Pega notas fiscais aí da sua casa ou busca na internet e faz a


escrituração, apura os impostos, simule operações ou pega os
exercícios da faculdade e tenta colocar no sistema. E lá tem
tutoriais ensinando como utilizar, então aproveita e bora
praticar!!!

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PRÁTICA TRABALHISTA

Agora vamos para nosso


último tema do Manual que
convenhamos é um dos que
mais gera dúvidas tanto
para os profissionais da área
de Departamento Pessoal
como para as empresas.
São diversas situações que mensalmente podem sofrer grandes
mudanças ainda mais neste período que estamos passando.
(Coloquei esta imagem resumindo os últimos acontecimentos de
quem trabalha na área trabalhista, mas calma apenas uma
brincadeira rsrs)
É visível tamanha responsabilidade, pois envolve inúmeras
obrigações legais para empresa e também a responsabilidade de
efetuar os cálculos trabalhistas corretamente e no prazo afim de
evitar quaisquer riscos futuros para o empregado.
Ainda mais neste período turbulento que estamos passando
devido ao Coronavírus, medidas atrás de medidas que impactou
ainda mais área trabalhista.
Aqui vamos abordar diversos procedimentos da área trabalhista
no entanto a respeito das mudanças que ocorreram nos últimos
meses, recomendo que acompanhe as dicas e orientações no meu
blog >>https://dominandoacontabilidade.com , para facilitar pode
ir direto na categoria trabalhista, ok!?

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Principais Mudanças na Reforma Trabalhista


Foi muito discutido sobre a Reforma Trabalhista, pontos positivos
e negativos, contudo é necessário que compreendemos a evolução
das antigas leis trabalhistas, que apesar das polemicas, devem
trazer influência positiva para o mercado de trabalho.
É importante conhecer as novidades a fundo e quais seus
principais impactos para empresas e trabalhadores. Lei nº
13.467/2017.

Jornada de Trabalho

Antes: A jornada fixada a 44 horas semanais e 220 horas


mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia.

Depois: A jornada poderá ser de 12 horas diárias com 36 horas de


descanso, respeitando a fixação de 44 semanais e 220 horas
mensais (anteriormente esta escala só era utilizada quando
mencionada nos acordos coletivos da categoria).

Descanso

Antes: O empregado que trabalha por mais de 6 horas diárias,


tem direito a no mínimo 1 hora e no máximo 2 horas de
intrajornada (horário de almoço) para descanso e alimentação.

Depois: O intervalo poderá ser negociado, desde que tenha pelo


menos 30 minutos. O tempo “poupado” no intervalo será
descontado, permitindo que o colaborador possa deixar o trabalho
mais cedo.

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190

Férias

Antes: Em casos excepcionais, pode-se parcelar as férias em até 2


vezes.

Depois: As férias poderão ser divididas em até 3 períodos, desde


que o maior seja superior a 14 dias e os menores de no mínimo 5
dias.

Contribuição Sindical dos Empregados

Antes: A contribuição sindical dos empregados é obrigatória. O


pagamento é feito no mês de março, por meio do desconto que
equivale a um dia de salário do trabalhador. Este valor é
repassado ao sindicato da categoria.

Depois: A contribuição sindical deixa de ser obrigatória e passa a


ser opcional.

Banco de horas

Antes: Desde que permitido em convenção coletiva, o banco de


horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia,
com validade a ser utilizado em um ano.

Depois: O banco de horas pode ser realizado por acordo


individual escrito, desde que seja compensado no mesmo mês.

Negociações

Antes: Convenções e acordos coletivos podem estabelecer


condições de trabalho diferentes das previstas na legislação desde
que ofereça maiores vantagens ao trabalhador do que previsto em
lei.

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191

Depois: Convenções e acordos coletivos poderão sobrepor


à legislação. Sendo possível negociar condições de trabalho
diferente das previstas em lei, e não necessariamente oferecendo
vantagem ao trabalhador.

Demissão

Antes: Quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por


justa causa, o mesmo não tem direito à multa de 40% sobre o
saldo do FGTS e nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso
prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com
30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem
que o colaborador precise trabalhar.

Depois: O contrato de trabalho sendo extinto de comum acordo,


com pagamento de metade da multa de 40% sobre o saldo do
FGTS. O trabalhador poderá ainda movimentar até 80% do valor
depositado na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-
desemprego.

Homologação

Antes: Na maioria dos acordos coletivos da categoria, contratos


de trabalho extintos quando o colaborador possui mais de 1 ano, a
rescisão só é válida caso seja homologada pelo o sindicato da
categoria ou Ministério do Trabalho.

Depois: A extinção de contrato de trabalho quando o colaborador


possui mais de 1 ano de serviço, poderá ser homologada na
empresa, com a presença de advogados do empregador e
trabalhador.

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192

Home Office

Antes: A legislação não atende essa modalidade de trabalho


de home office.

Depois: Todos os gastos realizados pelo trabalhador em sua casa,


como equipamentos, energia, internet, serão formalizados com o
empregador via contrato e controlados por meio de tarefas.

Trabalho Intermitente

Antes: A legislação não contempla essa modalidade de trabalho.

Depois: Contratos em que o trabalhado recebe por horas serão


válidos, e os direitos trabalhistas serão garantidos ao trabalhador.

Trabalho Parcial

Antes: São permitidas contratações com até 25 horas semanais,


sem horas extras.

Depois: São permitidas contratações de 30 horas semanais totais


ou 26 horas semanais, com acréscimo de até seis horas extras.

Direito de Gestante Lactante

Antes: Durante a gravidez e amamentação, a mulher deverá ser


afastada de sua atividade em ambientes insalubres.

Depois: O afastamento da gestante só será realizado da atividade


e ambiente insalubre caso seja de grau máximo. Durante a
lactação, o afastamento poderá ser realizado em qualquer grau
desde que seja apresentado atestado de saúde.

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Deslocamento do Trabalhador

Antes: O tempo de deslocamento do trabalhador que utiliza o


transporte fretado pela empresa é considerado jornada de trabalho,
quando de difícil acesso e não servido por transporte público.

Depois: O tempo de deslocamento deixa de ser considerado como


jornada de trabalho.

Disposição à empresa

Antes: O tempo em que o trabalhador fica à disposição da


empresa é válido como jornada de trabalho.

Depois: As atividades como descanso, estudo, alimentação,


higiene pessoal e troca de uniforme, deixam de ser considerados
tempo de serviço efetivo.

Atente-se não só estes principais pontos, mas a Lei como um


todo, pois na correria do dia a dia acaba passando a desapercebido
algo importante que vai refletir no seu trabalho.

E se liga também nos demais pontos importantes da CLT, pois


esta lei alterou apenas 10% da legislação trabalhista.

E os órgãos fiscalizadores a cada dia que passa estão de olho em


tudo e um pequeno erro pode trazer um baita processo para
empresa!

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194

IMPORTANTE!

Mudança na Reforma Trabalhista- da


Gestante/Lactante - Insalubre

A Reforma Trabalhista trouxe na CLT o artigo


394-A dizendo resumidamente o seguinte:
 Que a empregada deverá ser afastada nas atividades
insalubres em grau MÁXIMO, enquanto durar a gestação
 Que a empregada deverá ser afastada nas atividades
insalubres em grau MÉDIO OU MÍNIMO enquanto durar a
gestação SE APRESENTAR ATESTADO médico que
recomende o afastamento
 Que a empregada deverá ser afastada nas atividades
insalubres em QUALQUER GRAU, enquanto durar a
lactação, SE APRESENTAR ATESTADO médico que
recomendo o afastamento
.
.
Resumindo:

As gestantes de grau médio ou mínimo e lactantes, poderiam


trabalhar em lugar insalubre se não tivesse atestado médico
recomendando o afastamento, somente a gestante no grau
MÁXIMO poderia se afastar sem atestado médico.
Porém, não é mais assim!

O Supremo Federal invalidou a parte que fala “quando apresentar


atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher”,
contida nos incisos II e III do artigo 394-A da CLT, pois afronta a
proteção constitucional à maternidade e à criança.

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195

Qual é a regra agora?


Qualquer gestante/Lactante não poderá trabalhar em ambiente
Insalubre: (MESMO SEM ATESTADO MÉDICO)

Nesse caso, a empresa durante esse período, deve colocar a


empregada para trabalhar no lugar SALUBRE da empresa

OBS:Mesmo afastada do ambiente insalubre, ela NÃO perdera a


insalubridade - ou seja, mesmo sem exposição o empregador deve
continuar pagando essa insalubridade e poderá compensar esse
valor no INSS da empresa (igual funciona com a licença
maternidade).

Se a empresa NÃO TIVER lugar SALUBRE:

Se a empresa não tem lugar salubre para colocar a empregada,


será considerada gravidez de risco e ira passar a receber o salário
maternidade durante todo o período de afastamento + 120 dias
que já tinha direito.

OBS:Como a clt diz que ira receber a maternidade, entende-se


que o empregador paga esse período e compensa no INSS, pois é
assim que funciona a licença maternidade normal.

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196

Quais as rotinas e obrigações do Departamento


Pessoal?

PERIÓDICAS

▪ ASO – Atestado de Saúde Ocupacional Periódicos

▪ Elaboração da Folha de Pagamento e envio dos eventos ao

eSocial

▪ eSocial – Fechamento mensal e apuração do encargos sociais

▪ GFIP/SEFIP – para emissão da guia do FGTS e apuração do

INSS/Terceiros

▪ GRFGTS – para emissão da guia do FGTS na vigência do

eSocial

▪ DCTFWeb – aplicativo Web para emissão do DARF

Previdenciário na vigência do eSocial – prazo até o dia 15 do mês

seguinte ao da ocorrência do fato gerador das contribuições

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197

▪ EFD-Reinf – deverá ser transmitida até o dia 15 do mês

subsequente ao dos fatos geradores, exceto para as entidades

promotoras de espetáculos desportivos, que deverão prestar as

informações no prazo de 2 (dois) dias úteis após a realização do

evento

▪ Emissão das guias para recolhimento do FGTS, INSS, IRRF

▪ Emissão das guias dos parcelamentos: FGTS, INSS, IRRF,

Adicional do SENAI e REFIS

▪ Guia da Contribuição Adicional do SENAI – para

estabelecimentos com mais de 500 empregados (indústria,

transportes, comunicações e de pesca)

▪ Atualização cadastral dos vínculos para evitar divergências no

envio das informações ao eSocial

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198

NÃO PERIÓDICAS

▪ Admissão dos empregados

▪ Cadastro dos estagiários

▪ Cadastro dos contribuintes (autônomos, diretores, sócios,

cooperados etc.) com recebimento de remuneração, produtividade

ou pró-labore

▪ ASO – Atestado de Saúde Ocupacional – Exame Médico

Admissional

▪ Qualificação cadastral no portal do eSocial

▪ Aviso e Recibo de Férias

▪ CAT (comunicação de acidente de trabalho)

▪ Comunicação de férias coletivas

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199

▪ Análise do Cumprimento de Cotas pelas empresas a)

Contratação de Aprendiz b) Contratação de PCD (pessoa com

deficiência)

▪ Emissão de requerimentos para benefícios previdenciários

▪ Encaminhar cópia da GPS recolhida ao sindicato da categoria

▪ Exame Médico Retorno de Afastamentos Temporários

▪ Exame Médico Mudança de Função

▪ Exame Toxicológico – Motoristas Profissionais – Caged

▪ Parcelamento de débitos FGTS, INSS e IRRF

▪ (PER/Dcomp) – Pedido Eletrônico de Restituição,

Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação

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200

▪ Rescisão de contrato de trabalho:

a) Aviso Prévio

b) Exame médico demissional (ASO)

c) Emissão da guia do Seguro Desemprego

d) PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário

e) Emissão da GRRF (multas rescisória)

f) Chave para liberação do FGTS (Conectividade Social)

g) Levantamos dos descontos: Convênios de Saúde e

Odontológico, Farmácia, Empréstimos Consignados, Faltas e

Atrasos

h) Apuração dos proventos variáveis: Horas Extras, Adicional

Noturno, Comissões, atrasos/faltas, etc.

i) Envio das informações do aviso prévio e do pagamento da

rescisão por meio dos eventos do eSocial

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201

▪ CAEPF – Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física

regulamentado pela Instrução Normativa RFB nº 1.828, de 2018.

ANUAIS

▪ Acompanhamento das Convenções ou Acordos Coletivos de

Trabalho

▪ Atualização dos Livros e Fichas de Registro de Empregados

▪ Atualização das Carteiras de Trabalho

▪ Férias – programação e concessão

▪ Férias Coletivas – programação

▪ Emissão do DARF IRRF sobre o 13º salário

▪ Emissão da GPS do INSS incidente sobre o 13º salário

▪ Folha de Pagamento do 13º Salário (1ª e 2ª parcelas)

▪ GFIP/SEFIP do 13º Salário

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202

▪ DCTFWeb 13º Salário – até o dia 20 do mês de dezembro

▪ Exame Médico Periódico

▪ PAT – Cadastro e/ou atualização no programa do MTE

▪ DIRF – Elaboração da Declaração

▪ RAIS – Declaração de Informações Sociais

▪ Desoneração da Folha – Manifestar a opção pelo regime

▪ PCMSO, PPRA, LTCAT e demais documentos conforme as

NRs do MTE – Renovação e atualização

▪ eSOCIAL “Sem Movimento” – No mês de janeiro de cada ano

▪ EFD-Reinf e DCTFWeb “Sem Movimento”

▪ Produtor Rural – Opção pelo regime de recolhimento do

Funrural a partir de 2019

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203

NA CONSTRUÇÃO CIVIL

▪ Cadastro da Matrícula CEI (pessoa física ou jurídica na

construção civil) – deve ser realizado junto à Receita Federal no

prazo de 30 dias do início da obra

▪ Cadastro Nacional de Obras (CNO) – será utilizado na vigência

do eSocial e substituirá o CEI

▪ Comunicação do início de obra de construção civil ao Ministério

do Trabalho – obrigação prevista na NR nº 18

▪ DISO Web (comunicação para regularização de obra)

▪ SERO – Serviço Eletrônico de Aferição de Obras na vigência

das escriturações digitais

▪ Elaborar e manter atualizado o PCMAT – NR18

▪ Retenção do INSS sobre o valor dos serviços contratados

mediante cessão de mão de obra ou empreitada

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204

Obs.:Não se assuste com tantas obrigações e rotinas a cumprir,

pois vai depender do tipo de empresa, porte, regime tributário

e entre outros fatores.

Por isso que reforço que você atente-se a legislação trabalhista

para se adequar a cada uma delas, por mais que hoje em dia os

sistemas contábeis venham configurados de acordo com a

legislação e já faz boa parte dessas rotinas mas não deve confiar

100%, é necessário sempre fazer uma revisão.

Agora vamos entender demais conceitos e procedimentos práticos

que você vai vivenciar no dia a dia num escritório contábil ou

demais empresas.

Por exemplo a empresa acabou de ser constituída – Quais

registros? Ou chegou um novo cliente como dá andamento ao

trabalho...

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205

REGISTRO DO EMPREGADO

Em todas as atividades, será obrigatório o registro dos respectivos

trabalhadores para o empregador.

Podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico,

conforme instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Na CTPS deve- se registrar: a data de admissão, a função, o

salário inicial, o contrato de trabalho, as férias (período de

aquisição e concessão), a data de rescisão contratual e as

alterações do contrato de trabalho durante o período laboral.

E, a condição no caso de atividade externa e não sujeita a controle

de horário. Lembrando que daqui para frente, para todos os

contratos de trabalho (novos ou já existentes), todas as anotações

(férias, salário, etc) serão feitas apenas eletronicamente.

Para maiores detalhes e procedimentos acesse o perguntas e

respostas no site Emprega Brasil

>>https://empregabrasil.mte.gov.br/duvidas-frequentes-ctps-

digital/

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206

TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO

Contrato por prazo indeterminado - o trabalhador é contratado

para desempenhar suas atividades laborais na empresa, sem prazo

ou condição determinada para otérmino do contrato de trabalho

(CLT, art. 443).

Contrato por prazo determinado – o término é estabelecido na

sua celebração (CLT, art. 443). Somente será válido para

atividades temporárias ou transitórias, com prazo máximo de

duração de 2 anos. Exemplo: Contrato de safra (Lei nº

5.889/1973, art. 14, parágrafo único).

PONTO IMPORTANTE – DICAS!!!

Tirando o contrato de experiência, temos

outros dois tipos de contratos determinados que é pouco falado,

mas que tem que ter MUITA PRUDÊNCIA ao utilizar- pois se

não atender as características o contrato será considerado

indeterminado.

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207

Não adianta a empresa querer sair contratando empregados

apenas como contrato determinado para “economizar” na

dispensa, se não analisar se pode ou não fazer a contratação:

No final das explicações, darei 2 exemplos práticos pra você


conseguir identificar qual é o contrato determinado adequado
Analise as características de cada contrato:

Contrato Determinado - Lei 9.601/98


Somente é possivel fazer esse contrato no caso:

Se houver negociação junto ao sindicato ou estar previsto na


convenção ou acordo coletivo. (Se não tiver nem contrate nessa
modalidade)
[CARACTERÍSTICAS]

• A duração do contrato é de no máximo 2 anos - Podendo


prorrogar quantas vezes desejar, desde que não ultrapasse o
período limite
• Para fazer esse contrato, precisa justificar o acréscimo de
empregados (Ou seja, não pode contratar com finalidade de
substituir alguém e sim acrescentar)
• A indenização da quebra de contrato deve ser negociada com o
sindicato ou previsto em cláusula na CCT/ACC
• Até 01/2003 o FGTS era 2%.. A partir de 02/2003 ficou normal
8% (Pois antes esse contrato tinha redução de encargos - fgts e
terceiros)
• Tem limite de contratação

[Contrato Determinado - Artigo 443 CLT]


Somente é possível fazer esse contrato nos casos:

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208

A) Serviço cuja natureza jurídica ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo
São serviços de breve duração, e o serviço é transitório - Ou seja,
empregado contratado pra fazer exclusivamente aquele serviço,
após a execução do serviço não terá mais que continuar com o
serviço na empresa

Exemplo 1:Contratar um empregado para fazer manutenção nas


máquinas da empresa durante 6 meses.. (Justifica o motivo de
contratar ele apenas 6 meses- pois só vai precisar do serviço do
empregado naquele período para fazer a manutenção) - tendo
assim a característica de serviço transitório. O cara fez a
manutenção e a empresa depois disso não precisará mais do
serviço dele
Exemplo 2:Contratar um empregado para fazer auditoria na
empresa, e o auditor avalia que esse serviço levará 10 meses.
(Justifica o motivo de contratar ele apenas para 10 meses, pois é o
prazo que ele irá precisar e tem a característica de serviço
transitório) já que depois a empresa não precisará mais. O cara faz
a auditoria, e depois não precisará mais do serviço dele como algo
permanente

B) Atividades empresariais de caráter transitório = Aqui a


atividade do EMPREGADOR é transitória - ou seja, uma
atividade/empresa que vai se encerrar dentro de um espaço de
tempo.

Exemplo 1:Indústria que fabrica Ovos de Páscoa - Nesse caso a


atividade da empresa é transitória... Ou seja, vai “funcionar” em
determinado período por conta da Páscoa e depois “fechar”!

C)Contrato de experiência:

OBSERVAÇÃO:No artigo 443 também entra o “Contrato de


Experiência” mas como esse contrato é o mais comum, não irei
focar nele- estou focando somente nas letras A e B!

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209

[CARACTERÍSTICAS]

•Não precisa de acordo com sindicato


• A duração do contrato é de no máximo 2 anos - Podendo
prorrogar apenas 1 vez
• A indenização da quebra de contrato dependerá:
SEM cláusula assecuratória = Paga 50% dos dias que faltam para
término do contrato
COM cláusula assecuratória = Terá o Aviso Prévio ou
indenização do aviso no mínimo 30 dias

ENTENDIMENTO PRÁTICO

SITUAÇÃO 1:

A Loja de Sapatos precisa contratar 5 vendedores durante o final


de ano para conseguir atender a demanda.

- Nesse caso não pode contratar pelo artigo 443 da alínea A ou B


pois:
1- Concorda que a função “vendedor” na loja não é transitória? A
loja precisa sempre de vendedor na loja, sendo assim atividade
considerada permanente naquela empresa
2- A empresa não tem atividade transitória, ou seja, mesmo
depois do final do ano, a empresa continuará “existindo”.
- Nesse caso pode contratar como determinado pela Lei 9.601 ( Ja
que será para AUMENTAR e não substituir o quadro de
funcionários)

Porém se não existe essa previsão com sindicato não poderá


contratar...
Qual o contrato recomendado então nesse caso?

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210

O de experiência (se não for precisar de mais de 90 dias) ou o de


contrato temporário - que somente poderá contratar através de
Empresa de trabalho temporário.
Viu só como não é todos que podem fazer contrato determinado
no artigo 443 (Alínea A ou B )ou da Lei 9601?

Resumindo:
🔸 Contrato de Experiência (Letra C do artigo 443): Serve para
contratar como determinado se o serviço for com duração até 90
dias
🔸 Determinado Artigo 443 (Letra A ou B): Se comprovar que
tem o serviço ou atividade da empresa de forma transitória, para
conseguir justificar o porquê daquele prazo X
🔸 Determinado Lei 9601: Apenas se tiver acordo com sindicato
(CCT/ACC) e não pode usar para SUBSTITUIR e sim para
aumentar o quadro de funcionários
🔸 Contrato Temporário: Para quando precisar substituir alguém
ou aumentar temporariamente, e não conseguir enquadrar em
nenhuma das situações acima (e tem que contratar atraves de
agência de trabalho temporário)

Mais um exemplo simples:

SITUAÇÃO 2:

Empresa precisa contratar alguém para substituir uma empregada


que saiu de licença maternidade
- Não pode ser contrato de experiência (Artigo 443 alínea C): Pois
precisaria de um prazo maior que 90 dias
- Não pode contratar no artigo 443 alínea A ou B : Pois pelo que
indica a atividade da empresa e o serviço não são temporárias. A
empresa não vai ”fechar” depois e o serviço “função” naquela
empresa é permanente

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211

- Determinado 9601/98: Não pode ser usado para substituir


alguem e sim para acrescentar
O contrato ideal nesse caso é o de contrato Temporário.

DICA: Antes de escolher o contrato


determinado, vai eliminando um por um,
onde nao se enquadra e os motivos. O
que sobrar, poderá contratar.

Contrato determinado - Com ou Sem / Cláusula


Assecuratória

É ERRADO afirmar que não existe aviso no contrato de


experiência, pois existe sim e é sobre isso que vamos ver agora:
Temos 2 artigos importantes que devemos levar em consideração
na hora de fazer o contrato determinado - Ex: Contrato de
experiência
[Quebra de contrato pelo EMPREGADOR]

Artigo 479 da clt: ( Sem cláusula assecuratória)


Deverá indenizar a 50% do tempo restante até o prazo final de
referido contrato,

Artigo 481 da clt: ( Com cláusula assecuratória)


Deverá ter o Aviso Prévio de no mínimo 30 dias, no caso de
dispensa imediata o empregador paga esses 30 dias pela quebra de
contrato antecipada

[Quebra de contrato pelo EMPREGADO]

Artigo 479 da clt: ( Sem cláusula assecuratória)

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212

O contrato que segue esse artigo, poderá descontar do empregado


o prejuízo - limitado a 50% dos dias que faltavam para término de
contrato (Obs: Já tem post somente sobre esse assunto em minha
página )

Artigo 481 da clt: ( Com cláusula assecuratória)

O empregado terá o Aviso Prévio de minimo 30 dias, caso se


desligue imediatamente irá indenizar o empregador o aviso prévio
igual acontece no contrato indeterminado

O que é importante entender?

Antes de você fazer o contrato, deverá verificar o que será mais


vantajoso , se é o contrato baseado no artigo 479 ou no artigo 481.
Então a dica é:
• Se for contrato longo recomenda colocar o artigo 481 - COM
CLÁUSULA ASSECURATÓRIA
• Se for contrato curto recomenda colocar o artigo 479- SEM
CLÁUSULA ASSECURATÓRIA
Cada caso é um caso, e cuidado com os sistemas de folha que já
colocam essas cláusulas automaticamente - analise antes de
desligar qual artigo foi regido no contrato do mesmo - se foi com
ou sem a cláusula.

Exemplo 1:
Se a empresa contratou como experiência no período de 40 dias e
rompeu o contrato no 20 dia.
*Se o contrato fosse no artigo 479 (sem cláusula):
A empresa teria que pagar a indenização de apenas 10 dias (Pois é
50% de 20 dias que faltavam p término)
*Se o contrato fosse no artigo 481 (com cláusula):
A empresa teria que pagar o aviso de 30 dias.

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213

Nesse caso, foi mais vantajoso para a empresa o contrato SEM


cláusula.

Exemplo 2:

Se a empresa contratou como determinado no período de 1 ano e


rompeu o contrato com apenas 6 meses.
* Se o contrato fosse no artigo 479 (sem cláusula):
A empresa teria que pagar a indenização de 3 meses - Pois é 50%
de 6 meses que faltava para terminar o contrato
* Se o contrato fosse no artigo 481 (com cláusula):

A empresa teria que pagar apenas o aviso prévio de 30 dias.


Nesse caso, foi mais vantajoso para a empresa o contrato COM
cláusula.

Viu só a diferença na hora da quebra? Muito importante avaliar se


é contrato curto ou longo para poder escolher o melhor artigo para
empregador.
Já pensou o empregador descobre que ele poderia apenas pagar 30
dias pela quebra de contrato e ele pagou 3 meses pois o
empregado do DP não soube utilizar/explicar essa possibilidade
que existe na lei? Cuidado...

2- Tem que deixar claro no contrato do trabalho qual artigo está


seguindo: Se é a contratação no artigo 479 (sem cláusula
assecuratória ) ou no artigo 481 (com cláusula assecuratória)
Pois em reclamatória trabalhista, fiscalização etc... será analisado
isso.

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214

Contrato de experiência - é a forma mais comum de contrato por

prazo determinado. O principal objetivo é avaliar o empregado

em relação à ocupação para a qual foi contratado e seu prazo

máximo é de 90 dias (art. 445 da CLT).

Contrato de trabalho temporário - é aquele que, por intermédio

de empresa de trabalho temporário, o trabalhador presta serviço

para uma determinada empresa (tomadora dos serviços) e seu

prazo de vigência é de 180 dias, podendo ser prorrogado uma

única vez até 90 dias. Legislação: Lei nº 13429/2017.

Contrato de trabalho intermitente - é aquele no qual a

prestação se serviços, com subordinação, não é contínua,

ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e

de inatividade, determinados em horas, dias ou meses,

independente do tipo de atividade do empregado e do

empregador, exceto para aeronautas. (CLT, art. 443).

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215

SUPER DICA – SE LIGA!!!

Alteração do Intermitente para Contrato


Indeterminado

Muita gente tem dúvida se pode haver a alteração de um


Intermitente para um contrato indeterminado (CLT)...

Na CLT não tem nenhuma vedação, porém temos que nos atentar
no que diz o artigo 468 da CLT:

“Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das


respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim
desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia”

Então baseado no artigo acima, tem que se atentar:

Se houver mútuo consentimento (ou seja, empregado e


empregador devem concordar com a alteração)
Não causar prejuízos ao empregado
Obs:

- Deverá fazer um termo aditivo ao Contrato de Trabalho, com as


devidas alterações de salário, jornada de trabalho, etc...
- Alterações devidas na CTPS
- No eSocial: É permitido nessa situação a alteração da categoria ,
ou seja, deve enviar o evento S-2206
- O que o empregado intermitente já recebeu de férias, décimo
terceiro etc, poderá deduzir depois do valor que o mesmo terá a
receber quando tiver direito integral, pois já foi pago
mensalmente.

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E alterar o contrato indeterminado para contrato intermitente, é


possível?

No eSocial e Clt não tem essa vedação, mas se analisarmos o


artigo que eu coloquei no inicio eu não aconselharia, pois mesmo
que o empregado concorde com a devida alteração ele não pode
ter prejuízo para não se tornar nula a alteração.

Se um empregado mensalista recebe R$ 3.000 por mês, e começa


a trabalhar como intermitente ganhando R$ 13,63 por hora...

Mas não tem garantia de quando será convocado , quantos dias,


enfim... eu entendo que está causando prejuízo ao empregado sim,
não orientando tal procedimento..

Pode desligar indeterminado e recontratar como


intermitente?

Antes na Medida Provisória 808 , previa uma quarentena de 18


meses para que isso acontecesse - mas a MP perdeu a eficácia, ou
seja, não existe mais esse prazo mínimo para recontratação na
modalidade intermitente.

Nesse caso se o empregador optar por recontratação, eu orientaria

a seguir o prazo de 90 dias para a recontratação do empregado

para que essa demissão não seja considerada fictícia e nem má fé

(para reduzir salário ) ou até mesmo para não ser considerada

fraude para o FGTS.

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Contrato Verde e Amarelo -Esse contrato busca aumentar a

empregabilidade dos jovens entre 18 anos a 29 anos que estão

começando seu período de trabalho e procurando o seu primeiro

emprego.

O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo pode ser utilizado para

qualquer tipo de atividade, independente da área.

Na contratação de jovens, entre 18 e 29 anos, com até um salário

mínimo e meio, no primeiro emprego, os empregadores não

precisarão pagar a contribuição patronal para o Instituto Nacional

do Seguro Social (de 20% sobre a folha), as alíquotas do Sistema

S e do salário-educação.

A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço


(FGTS) cairá de 8% para 2%, e o valor da multa poderá ser
reduzido de 40% para 20%, decidida em comum acordo entre o
empregado e o empregador, no momento da contratação.
Férias e 13º poderão ser quitados mensalmente, na sua
proporcionalidade.
Não será possível substituir um trabalhador já contratado pelo
sistema convencional por outro do programa Verde Amarelo. E
esta modalidade não poderá ultrapassar o limite de 20% do total
de funcionários das empresas.

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Demais Contratações

MENOR APRENDIZ

Jovens de 14 a 24 anos incompletos, que estejam cursando o

ensino fundamental ou o ensino médio.Jornada diária de até 6h,

sendo vedadaa prorrogação e a compensação de jornada.Contrato

de aprendizagem de até 2 anos.

ESTAGIÁRIOS

Existem 2 tipos de estágio:

• ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: definido como tal no projeto do

curso, cuja carga horária é um requisito para aprovação e

obtenção de diploma.

• ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO: desenvolvido como

atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

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DISPOSIÇÕES GERAIS DO CONTRATO DE ESTÁGIO:

DURAÇÃO: Não poderá exceder a 2 anos, exceto quando tratar-

se de estagiário com deficiência.

JORNADA DE TRABALHO: Limitada a: • 4h diárias e 20h

semanais - para os ensinos especial e fundamental. • 6h diárias e

30h semanais - para os ensinos médio, profissional e superior.

BOLSA ESTÁGIO Para o estágio não obrigatório: a concessão

de bolsa ou outra forma de contraprestação acordada, bem como a

do auxíliotransporte são compulsórios. Para o estágio obrigatório:

a concessão de bolsa ou outra forma de forma de contraprestação,

bem como a do auxílio transporte são facultativos.

RECESSO: Período de recesso de 30 dias, a ser gozado

preferencialmente durante suas férias escolares (quando a duração

do estágio for igual ou superior a 1 ano).

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220

ADMISSÃO

Talvez essa seja uma das tarefas mais complexas do setor. Uma

vez que o sucesso de um negócio depende dos seus

colaboradores, contratar os profissionais certos é uma grande

missão.

A abertura de uma vaga e todo o processo de seleção e admissão


estão relacionados aos profissionais desse setor, exigindo tempo,
atenção e criatividade.

Após a seletiva, chega a hora de contratar o candidato escolhido.


Essa é uma etapa bastante burocrática, pois exige a checagem de
diversos documentos que, após serem entregues, geram os
registros dos benefícios, salário, vale-transporte e demais
questões pertinentes à remuneração do trabalhador.

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MODELOS DE CHECKLIST – DOCUMENTOS

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224

IMPORTANTE!

Obs.: 1O empregador deverá enviar os


eventos previstos no eSocial para cumprir
suas obrigações.

Antes do início das atividades do trabalhador, o empregador


deverá enviar o evento S-2200 (Cadastramento Inicial do Vínculo
e Admissão/Ingresso de Trabalhador).
Caso não tenha todos os dados nesse momento, poderá enviar
imediatamente o evento S-2190 (Admissão Preliminar), que
possui informações simplificadas e depois complementar os
demais dados com o evento S-2200, respeitando os prazos
previstos no Manual de Orientação do eSocial.

O envio dessas informações ao eSocial terá valor de assinatura de


carteira.

Obs.: 2 O empregador que ainda não utiliza o eSocial ainda vai


precisar da via física da CTPS.

Diante da observação nº2 veja o que preencher na Carteira de

Trabalho:

Carteira de Trabalho Para registrar o empregado, serão

necessárias as seguintes anotações na carteira de trabalho, que

deverá ser devolvida no prazo máximo de 5 DIAS.

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225

Preencher na página contrato de trabalho:

Anotar os dados da empresa, cargo, data de admissão e


remuneração específica. Caso o candidato tenha registro de outra
empresa, verificar se foi dada a baixa desse registro anterior, caso
não o tenha feito, informar ao candidato.

Obs.: O empregado pode trabalhar em outra empresa, desde que,


seja em horários diferentes.

Preencher a parte da opção pelo FGTS:

a) Data da opção - será a mesma data de admissão do funcionário.


b) Banco Depositário – Nome do Banco onde será depositado o
FGTS.
c) Agência – Nº da Agencia depositária.
d) Praça – Cidade em que esta localizada a agência
e) Estado – A Unidade de Federação onde se situa o banco
f) Empresa – Nome da Empresa

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Termo de contrato de experiência:

1º Exemplo :

Admitido a titulo de experiência pelo prazo de ___dias conforme


contrato assinado entre as partes, ficando automaticamente
prorrogado por mais ______dias em caso de não ser rescindido
até o primeiro prazo.
Carimbo e Assinatura do Empregador

2º Exemplo :

O portador foi admitido a título de experiência, por um prazo de


_______dias, conforme contrato assinado na sua data de admissão
em ____/_____/____
Carimbo e Assinatura do Empregador
Promoções:

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227

Exemplo: A partir de 01.08.2003, passou a exercer a função de


Auxiliar de Escritório
Carimbo e Assinatura do Empregador

Ao receber e devolver a documentação


de um funcionário faça sempre um
recibo.

CTPS DIGITAL - Como proceder , Como funciona , Como


fazer
Na CLT já foi alterado e revogado diversos artigos sobre a CTPS
e as principais novidades foram:
* A CTPS será por meio eletrônico, não haverá mais a emissão
em papel - para os empregadores que já estão no eSocial (Ou seja,
os 3 grupos que já estão no eSocial, já estão alimentando a base
da CTPS digital)
* A identificação será apenas pelo número do CPF do empregado
* Não precisará mais ter Recibo de entrega de CTPS
* Podem já baixar o aplicativo “Carteira de Trabalho Digital” que
já ira aparecer as informações dos empregados
* Não precisará mais atualizar/admitir/desligar a CTPS manual, e
sim enviar tudo pelo esocial
A PARTIR DE QUANDO POSSO DEIXAR DE EXIGIR A
CTPS EM PAPEL DO EMPREGADO?

Apesar de já estar em vigor a CTPS digital, ainda continue


exigindo a ctps em papel dos empregados que ainda possuem,
para pelo menos pegar o NÚMERO, pois pode precisar para
preenchimento da Sefip por exemplo.

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Mais detalhes sobre a CTPS DIGITAL, acesse o perguntas e


respostas da Receita no site
>>https://empregabrasil.mte.gov.br/duvidas-frequentes-ctps-
digital/

SUPER DICA!

CBO X Escolaridade

Através do site do Ministério do Trabalho a gente pode consultar


o grau de escolaridade exigido para um determinado cargo e
também consultar se as funções demandam formação profissional
para a finalidade de preencher a cota de aprendiz.

Acesse: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
 Opção “Buscas”
 Pode optar por “Códigos – você preenche com número do
CBO” ou “Título – você preenche com a função” e clica em
consultar.
 Clique em cima da função, e do seu lado esquerdo em
“Relatório da Família”
 Procure o quadrado que diz “FORMAÇÃO E
EXPERIÊNCIA”
Exemplo1

Pesquisei a função de recepcionista – CBO: 4221-05 e apareceu


que essa função:
O nível de escolaridade exigido é Ensino Médio Completo*

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DEMANDA FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA EFEITOS


DO CÁLCULO DE APRENDIZES

Exemplo 2

Pesquisei a função de contador – CBO: 2522-10 e apareceu que


essa função:
O nível de escolaridade exigido é Curso Superior em Ciências
Contábeis
NÃO apareceu que essa função DEMANDA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL PARA EFEITOS DO CÁLCULO DE
APRENDIZES

RESUMO:Somente a função de recepcionista pode entrar no


cálculo para efeito da cota de aprendizes já que só nessa função
apareceu a mensagem que demanda formação para cálculo de
aprendizes.

Observações:

Muito cuidado com CBO X Escolaridade, sempre antes de fazer


admissão dá uma pesquisada no cargo e o nível de escolaridade
exigido.

Talvez você já tenha se deparado com a mensagem de erro no


CAGED e RAIS...

Exemplo:Se admitir um contador e colocar que o mesmo só tem


Ensino Médio Completo irá dar erro.

CADASTRAMENTO DE PIS

O registro no programa é efetuado pelo empregador na 1ª


admissão do empregado.

E agora a empresa tem que gerar o PIS online.

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Como solicitar? Opção para quem tem certificado digital

 Entra na Conectividade ICP, nas opções: “Selecione – opção


em laranja
 Clica em Cadastro NIS e vai aparecer uma tela de inclusão.
 Basta preencher com os dados do Empregado e no final
clicar em Confirmar Inclusão.
 O número do PIS irá aparecer na tela

Opção para quem NÃO tem certificado digital

Gambiarra para Cadastrar o PIS sem o certificado do cliente

 Entra no ICP : Conectividade.caixa.gov.br com o certificado

que você tem disponível

 No item “Selecione” clica em “Cadastro NIS”

 Você verá que no campo “CNPJ” ira puxar o Cnpj do

certificado digital que você entrou (Por exemplo:

Certificado da contabilidade sem poder EDITAR o número

do Cnpj), então la na BARRA DE ENDEREÇO você copia

o endereço abaixo assim:👇

 javascript:document.getElementByld(‘nuCnpjCei’).disabled

=false;

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OBSERVAÇÃO: Quando você copiar e colar esse endereço a

parte do “javascript:” não vai, você digita MANUALMENTE

pra ficar igual o endereço acima e da enter. Automaticamente o

campo de CNPJ ira aparecer pra EDITAR e você coloca o

CNPJ do cliente sem certificado digital

Obs: Sempre que cadastrar um, você fecha todas as abas e inicia
novamente para fazer novo cadastro’

*O navegador que fiz o teste foi o “Microsoft Edge” e deu certo...


se nao conseguir no seu navegador, pode tentar por esse!

Mas atenção até o momento ainda é possível fazer esta operação


no entanto a Caixa pode derrubar ela.

TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS

Ocorre quando se faz transferência de um contrato entre empresas


do mesmo grupo econômico, sem a necessidade de rescisão.

Grupo econômico é sempre que uma ou mais empresas, tendo,


embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria e
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou
ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.

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Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios,


sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração
do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a
atuação conjunta das empresas dele integrantes.

ADMISSÃO POR SUCESSÃO, INCORPORAÇÃO, CISÃO OU


FUSÃO

Requisitos caracterizadores da sucessão:


Sucessão é quando ocorre mudança na propriedade da
empresa ou alguma alteração significativa na sua estrutura
jurídica, sendo que a empresa continua utilizando-se dos
serviços dos empregados da sucedida.

Requisitos caracterizadores da sucessão:


• Estabelecimento como unidade econômica passe de um para
outro titular.
• Prestação de serviço pelos empregadores não sofra solução de
continuidade.
Logo, não se pode tratar como sucessão quando tenha havido a
alienação de apenas parte de um negócio, que não possa ser
considerado uma unidade econômico-produtiva autônoma ou de
máquinas e coisas vendidas como bens singulares.
Fonte: Artigos 448 e de 468 a 470 da CLT.

INFORMAÇÕES SOBRE A JORNADA DE TRABALHO:

No Brasil, todo trabalhador contratado com carteira assinada, ou


seja, numa relação de emprego, tem a jornada de
trabalho estipulada no contrato de trabalho.

A lei exige que fique clara, por escrito, a duração do trabalho


que esse profissional terá de cumprir diariamente.

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Conforme Artigo 58 da CLT e Artigo 7 da Constituição Federal


a jornada de trabalho padrão é a de 8 horas diárias e 44 horas
semanais, sendo permitido no máximo de 2 horas extras diárias.

A jornada de trabalho será considerada em regime


parcial quando não ultrapasse 30 horas semanais, sem a
possibilidade de horas extras.

Outro cenário também considerado como jornada parcial é


quando as horas totais semanais não excedam as 26 horas, com a
possibilidade de até 6 horas extras semanais.

Algumas categorias cumprem jornada diferenciada por terem


regulamentação própria.

É o caso de bancários (seis horas diárias ou 30 horas semanais),


jornalistas (cinco horas diárias ou 30 horas semanais), médicos
(quatro horas diárias), aeronautas (devido às peculiaridades da
atividade, a jornada pode chegar a 20 horas), radiologistas (24
horas semanais) e advogados (quatro horas diárias ou 20 horas
semanais), entre outros.

Conforme Artigo 58 da CLT não serão descontadas nem


computadas como jornada extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado
o limite máximo de dez minutos diários.

Intervalos na jornada de trabalho

 Intervalo Intrajornada
É o intervalo que o empregador precisa conceder ao empregado
dentro da jornada de trabalho para sua alimentação e/ou repouso.
Duração desse intervalo:
 Jornadas de trabalho de 4h à 6h: 15 minutos;

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 Jornadas de trabalho de 6h à 8h: 1 hora no mínimo, podendo ser


negociada redução para 30 minutos. E o máximo de 2 horas.
Esses intervalos não são computados na jornada normal, ou seja,
esse período não será somando a jornada de trabalho do
empregado.

A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada


mínimo, implica o pagamento, de natureza indenizatória, do
período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor
da remuneração da hora normal de trabalho.

Em procedimento de fiscalização da Secretaria Especial de


Previdência e Trabalho a empresa também ficará sujeita a multa
de R$ 40,25 a R$ 4.025,33, dobrada na reincidência, por infração
ao Artigo 71 da CLT.

As pausas para o café pela manhã e pela


tarde, não são previstos em lei, é opção do
empregador conceder ou não. Lembrando
que esses intervalos não podem ser
descontados, devem contar como tempo de
serviço.

 Intervalo Inter Jornada

É o intervalo entre o fim da jornada de um dia e início da jornada


do dia seguinte, a regra geral pela CLT é de no mínimo 11 horas
de intervalo.

Exemplo: empregado trabalhou na quinta-feira até às 22hs, caso


na sexta-feira inicie às 07hs terá direito há 2 horas extras. Pois o
intervalo de 11 horas não foi respeitado.

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Essas são apenas algumas informações sobre a jornada de


trabalho, esse assunto é ainda mais complexo! Então fique atento
com o tratamento pela Reforma Trabalhista, CLT, Acordos
Coletivos e demais pontos na legislação.

IMPORTANTE!

HORÁRIO DE TRABALHO
Outra novidade importante é:
 Empresa não precisa mais manter quadro de horário de
trabalho - apenas anotar o horário no registro dos
empregados
 Apenas estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores vão
ser obrigados a anotar a hora de entrada e saída, em registro
manual, mecânico ou eletrônico, (antes era até 10 e alterou
para 20)
 A empresa poderá através de acordo individual escrito ou
CCT/ACC... estabelecer o “Ponto por Exceção” - ou seja,
não precisa mais anotar a hora de entrada e saída do
empregado se o mesmo trabalhar normalmente. (Presume-se
que o empregado cumpriu a jornada padrão já que não será
anotada)

Resumindo, os empregados não “batem o ponto” diariamente,


apenas registram as situações excepcionais de trabalho

Exemplo:Empregado trabalha de Seg a Sex das 08:00 às 16:00


hrs (Nesse caso, não precisará mais registrar o ponto) EXCETO
se o empregado fizer horas extras, faltas, atrasos, licenças etc)....

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Dica: Não recomendo seguir isso, para poder se resguardar de


Reclamatórias trabalhistas

Dispensa da ficha ou papeleta de serviço externo, para o trabalho


executado fora do estabelecimento, passando o horário dos
empregados a constar de registro manual, mecânico ou eletrônico,
em seu poder.

HORAS EXTRAS

A jornada normal (diária) poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de 2h, mediante acordo
escrito entre empresa e empregado ou contrato coletivo de
trabalho (CLT, art. 59 e CF/88, art. 7º, inciso XVI).

Se houver compensação de horário semanal, com prorrogação da


jornada diária de trabalho, é necessário saber qual é o excesso de
tempo de trabalho por dia. Logo, o limite da jornada é de 10 horas
diárias.

Contudo, após a Reforma Trabalhista, a JORNADA DE


TRABALHO 12X36 foi legalizada, e as horas extras para essa
jornada são dúvidas comuns das empresas que adotam a prática.

Segundo a Reforma, como este tipo de jornada se trata de um


acerto que prevê horário estendido, a 11ª e a 12ª hora do
expediente não configuram horas extras e, portanto, não exigem
pagamento de adicional.

Ou seja, as 12 horas trabalhadas estão no contrato de trabalho e


não são horas extras.

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Mas, o profissional contábil precisa ficar atento quanto ao


trabalho realizado além da 12ª hora de trabalho, dobras de escalas
e ao não cumprimento do intervalo de jornada.
Quando frequentes, estes casos descaracterizam a jornada 12×36
e podem configurar hora extra, onde a empresa fica obrigada a
efetuar o pagamento de adicionais.

Horas Extras – Especiais


Quando um empregado trabalha em
horário normal em um ambiente
insalubre, e faz horas extras - concorda
que as horas extras também estão sendo
feitas dentro de um lugar insalubre?

Por que muita gente na hora de calcular as Horas Extras não se


lembra disso e não acrescenta o adicional recebido no cálculo

Mesma coisa com horas extras em horário noturno e horas extras


exposto a atividades periculosa.

Vamos lá:

HORA EXTRA - Em horário noturno


Empregado recebe R$ 3.000 e trabalha 220hrs mensais. Fez 20
horas extras em horário noturno:
Como calcular?
✔️Primeiro:vamos descobrir o valor DA HORA de trabalho
(noturna)
3.000/220 = R$ 13,63
R$ 13,63 + 20% de adicional noturno = R$ 16,36
Então a hora noturna tem esse valor.

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✔️Segundo: Transformar as horas reduzidas


Lembra que o empregado fez 20 horas de Horas Extras dentro do
horário noturno? Então temos que transformar 20 horas normais
em horário noturno (basta multiplicar por 1,142857)
20 horas x 1,142857 = 22,86

✔️Terceiro:Calcular a Hora Extra Noturna


R$ 16,36 (valor hora com adicional) + 50% (% He) = R$ 24,54
R$ 24,54 x 22,86 (qtde de horas extras noturnas) = R$ 560,98 a
receber de Horas Extras Noturnas
Obs:Fazendo direto na calculadora sem arredondar valores, o
exato valor é R$ 561,11 - fiz arredondando para ficar mais prático

HORA EXTRA - INSALUBRIDADE


Empregado recebe R$ 3.000 , de adicional de insalubridade
recebe R$ 99,80 e trabalha 220hrs mensais. Fez 20 horas extras
dentro de um lugar insalubre:
Como calcular?
✔️ Primeiro:vamos descobrir o valor da hora de trabalho
(insalubre)
R$ 3.000 (salário) + R$ 99,80 (ad insalubridade) = R$ 3.099,80 /
220 = R$ 14,09
Então o valor da hora em lugar insalubre é de R$ 14,09
✔️ Segundo:Calcular a Hora Extra
R$ 14,09 + 50% = R$ 21,13
Se ele fez 20 horas extras: R$ 21,13 x 20 =
R$ 422,60 a receber de Horas Extras Insalubre
Obs:Fazendo direto na calculadora sem arredondar valores, o
exato valor é R$ 422,70 - fiz arredondado para ficar mais prático

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HORA EXTRA - PERICULOSIDADE


Empregado recebe R$ 3.000 , de adicional de periculosidade
recebe R$ 900,00 e trabalha 220hrs mensais. Fez 20 horas extras
dentro de um lugar periculoso:
Como calcular?

✔️ Primeiro:vamos descobrir o valor da hora de trabalho


(periculosidade)
R$ 3.000 (salário) + R$ 900 (ad periculosidade ) = R$ 3.900 / 220
= R$ 17,73
Então o valor da hora em lugar perigoso é de R$ 17,73
✔️ Segundo:Calcular a Hora Extra
R$ 17,73 + 50% = R$ 26,59
Se ele fez 20 horas extras: R$ 26,59 x 20 =
R$ 531,80 a receber de Horas Extras Perigosa
Obs:Fazendo direto na calculadora sem arredondar valores, o
exato valor é R$ 531,81 - fiz arredondado para ficar mais prático

OBSERVAÇÕES:

✔️ Para o empregado realizar horas extras em lugar insalubre


deve ter autorização pra isso.. exceto na jornada 12x36 ou
previsto na cct que é facultativo a autorização (falarei disso em
outro post)
✔️ Sempre use o valor exato diretamente pela calculadora sem
arredondar na fórmula
✔️ Não esqueça de incluir o percentual do adicional
noturno/insalubridade/periculosidade com o salário para cálculo
das horas extras
✔️ No exemplo usei o percentual de 50% para cálculo de Hora
extra. Mas se tiver outro percentual, irá usar.
✔️ Usei a fórmula que faz o cálculo direto (mas para o
empregado entender que está sendo pago o adicional noturno

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sobre as horas extras por exemplo, poderá calcular


separadamente).

➡️ Súmula nº 264 do TST

HORA SUPLEMENTAR

A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da


hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e
acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo,
convenção coletiva ou sentença
normativa.
SUPER DICA - Compensação de
Atraso

Por exemplo:
Empregado chegou 20 minutos atrasado, e para compensar esse
atraso, saiu 20 minutos mais tarde.”
Se pararmos pra analisar , tem consultorias que orienta separar
para não prejudicar o empregado ( ou seja, desconta o que tem pra
descontar como atraso e paga como “hora extra” os 20 minutos
excedentes )...
Mas esses 20 minutos que ele ficou até mais tarde, realmente é
considerado como “Horas Extras”? É permitido essa
compensação sem o pagamento da tal “hora extra”?

Vamos entender o que diz a legislação...


A CLT e a Constituição estabelecem limites para a duração da
jornada. Em regra, 8 horas diárias e 44 horas semanais.

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Se o empregado tem que trabalhar das 8h00 às 17h00, com uma


hora de intervalo, e num determinado dia trabalhou das 8h20 as
17h20, com uma de intervalo, ele laborou 8 horas.

Como irá autuar se o limite imposto pela CLT foi observado? A


CLT e as convenções não tratam de horários, tratam da
DURAÇÃO da jornada.

Se pegar as sentenças trabalhistas verificará que nenhum juiz


condena uma empresa a pagar como horas extras o tempo
trabalhado depois de um horário X. Normalmente ele escreve que
são horas extras as horas excedentes da 8 hora diária e/ou da 44
hora semanal.

Para fazer um auto de infração tem que fundamentar na lei e a lei


só trata de duração de jornada.

Art 59 da CLT - A duração diária do trabalho poderá ser acrescida


de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
(...)
Parágrafo 6 - É lícito o regime de compensação de jornada
estabelecido por acordo individual , TÁCITO ou ESCRITO, para
a compensação de jornada no mesmo mês.

Se o empregador quer descontar as ausências, ótimo, ele pode


assim proceder .

Fundamentação: poder diretivo do empregador - art. 2 da CLT.


Agora, se ele acordar com o empregado que as horas de atraso
serão compensadas com a saída 20 minutos mais tarde, que mal
tem? Não é uma compensação tácita?

Haverá alteração da duração da jornada diária do


empregado? Não.

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Haverá multa pela fiscalização do trabalho? Provavelmente


não , uma vez que nenhum artigo da CLT foi descumprindo no
caso de o empregador permitir que a chegada com atraso seja
compensada com na saída.

Haverá problemas no Judiciário? Dificilmente, uma vez que o


padrão das sentenças trabalhistas é que são consideradas hora
extras as excedentes da 8 hora diária e da 44 semanais, de forma
não cumulativa.

Resumindo, por mais que o empregado tenha saído 20 minutos


mais tarde do horário habitual, não será computado como hora
extra, visto que a jornada não ultrapassou as 8 horas diárias, já
que o mesmo entrou 20 minutos mais tarde.

FALTAS

As faltas ocorrem quando o empregado deixa de comparecer ao


serviço.

FALTAS JUSTIFICADAS:

Permitem ao empregado se ausentar temporariamente ou


integralmente do seu trabalho, sem prejuízo do salário.

EXEMPLOS:

 Até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,


ascendente, descendente, irmão ou pessoa que viva sob sua
dependência econômica (declarada em sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social);
 Até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento.
 Por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da
1ª semana.

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ATESTADOS

São faltas justificadas, motivadas por doença que gera


incapacidade laboral, desde que confirmada pelo médico da
empresa, próprio ou mediante convênio.

O empregador é obrigado a abonar as faltas que por determinação


legal, não podem ocasionar perda da remuneração, desde que
formalmente comprovadas por atestado médico.

FALTAS INJUSTIFICADAS

Por lei, não dão direito a salários e demais consequências legais, e


podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias
ou repetição.

O empregado perde, também, a remuneração do dia de repouso


quando não tiver cumprido integralmente a jornada de trabalho da
semana. Se na semana em que houve a falta injustificada, ocorrer
feriado, este perderá o direito à remuneração do dia respectivo.

Concessão de Vale Transporte

Em cumprimento à Lei 7.418/85 e decreto 7.819/87, o

empregador, quando da admissão, deverá fazer com que o

empregado informe se utilizará ou não o vale transporte a ser

concedido pela empresa.

Para receber o vale transporte o empregado informará:

 Seu endereço residencial e comprovante de residência

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 Os serviços e os meios de transporte mais adequados ao seu

deslocamento residência trabalho e vice-versa.

Observação: O empregador deverá elaborar uma declaração e

termo de compromisso do vale transporte e recolher assinatura

doempregado.

FOLHA DE PAGAMENTO/CALCULOS TRABALHISTAS

É importante você saber que antes de fazer a folha de pagamento,

devemos indicar as informações necessárias para cálculo e

apuração de suas verbas com base na legislação trabalhista,

previdenciária e fiscais.

Ou seja, verifique no seu sistema de folha de pagamentose está

tudo parametrizado para que saia todos os valores corretos. Faça

algumas simulações e demais testes.

Fazem parte o Regime de Tributação das empresas, as tabelas

trabalhistas especificas de acordo com a legislação, as verbas que

compõem e que não compõem a remuneração, seus descontos e

suas incidências legais.

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 CNAE

 Alíquota RAT

 FAP

 Código FPAS

 Código de Terceiros

Mesmo depois de feito a folha de

pagamento confira novamente os

valores e revise alguns cálculos principalmente para aquelas

empresas que tem um grande volume de funcionários.

Porque lembra que te falei no início da responsabilidade tanto

para empresa em cumprir com as obrigações legais quanto para o

empregado desta empresa que está trabalhando e faz jus dos seus

direitos trabalhistas, então se atente a tudo!

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PRINCIPAIS VERBAS DA FOLHA DE PAGAMENTO

Proventos
 Salários
 Adicional Noturno
 Adicional de Insalubridade
 Adicional de Periculosidade
 Salário Família

Descontos

 Adiantamento
 INSS
 Imposto de Renda
 Contribuição Sindical

Variáveis do Mês

Provento

 Adicional Noturno
 Comissões
 Horas Extras
 Descanso Semanal Remunerado

Descontos

 Faltas
 Atrasos
 Vale

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CÁLCULO FOLHA

Já vamos entender de acordo com a nova tabela do INSS:

O INSS é descontado para que, futuramente, se torne sua


aposentadoria, ou caso venha a ser demitido, servirá como base
para o pagamento do seguro-desemprego.
Seu cálculo é feito pelo salário bruto multiplicado por uma
porcentagem, e este valor será destinado à previdência social. A
alíquota descontada depende do valor do salário:

Este cálculo é feito progressivamente. Dentro de cada faixa


salarial o trabalhador contribui com a respectiva alíquota até
atingir o valor do salário nominal.

Para quem recebe acima de R$ 6.101,06 contribui com o máximo


da previdência, equivalente a R$ 713,10.

Exemplo de cálculo
Se considerarmos um salário de R$ 2.300,00 o desconto se
encaixa na terceira linha da tabela. O cálculo deve ser feito para
cada faixa até se atingir o salário:

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 1ª faixa salarial: 1.045,00 x 0,075 = 78,38


 2ª faixa salarial: [2.089,60 - 1.045,00] x 0,09 = 1.044,60 x 0,09 =
94,01
 Faixa que atinge o salário: [2.300,00 - 2.089,60] x 0,12 = 210,40
x 0,12 = 25,25
 Total a recolher: 25,25 + 94,01 + 78,38 = 197,64

Com esse valor é possível subtrair do salário bruto e obter o

salário após a contribuição ao INSS, que no exemplo será de R$

2.102,36 (R$ 2.300,00 - R$ 197,64).

É com esse valor que passamos ao próximo passo: o Imposto de

Renda.

Após o desconto feito para a previdência social é possível saber


quanto se deve destinar ao imposto de renda.

Este imposto é retido da fonte, ou seja, é descontado diretamente


pelo empregador e entregue à Receita Federal.

Para isso, existe uma tabela de IRRF (imposto de renda retido na


fonte) que mostram as porcentagens de descontos para cada valor
de salário bruto sem o INSS, que atualmente é a seguinte:

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Aqui será considerado o valor do salário como base de cálculo e,


a partir deste, a alíquota e um valor a ser deduzido (reduzido)
deste imposto a pagar. Além destes, existe uma dedução de R$
189,59 por cada dependente do trabalhador, se tiver.

Exemplo de IRRF sem dependente


Continuando com o exemplo anterior, onde o salário após os
descontos ao INSS ficou em R$ 2.102,36. Este valor possui a
alíquota entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65, neste caso de 7,5%.

Se for considerado que não há nenhum filho ou outro dependente,


então o desconto pela alíquota será de:
R$ 2.102,36 x 0,075 = R$ 157,68

Mas ainda existe uma dedução, segundo a tabela, de R$ 142,80:


R$ 157,68 - R$ 142,80 = R$ 14,88

Ao final, para descobrir o salário líquido basta subtrair desta


quantia que descobrimos anteriormente:
R$ 2.102,36 - R$ 14,88 = R$ 2.087,48

Exemplo de IRRF com um dependente


Será diferente se alguém com o mesmo salário tiver, por exemplo,
um filho que se torna dependente para o cálculo. Neste caso
deverá deduzir o valor de R$ 189,59, ficando o cálculo como:
R$ 2.102,36 - R$ 189,59 = R$ 1.912,77

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É a partir deste novo valor de R$ 1.912,77 que se calculam a


alíquota e a dedução como anteriormente, com este valor se
enquadrando na mesma linha da tabela:
R$ 1.912,77 x 0,075 = R$ 143,46
R$ 143,46 - R$ 142,80 = R$ 0,66

Com este pequeno desconto ao Imposto de Renda, o salário

líquido neste exemplo acaba por ficar em R$ 2.101,70.

Subtrair outros descontos adicionais

Existem outros descontos que costumam aparecer como opção ao


trabalhador e acordados com o setor de Recursos Humanos da
empresa. Os mais comuns são:

 Plano de saúde;
 Vale-transporte;
 Empréstimos;
 Contribuição sindical.

No caso do vale-transporte o valor a descontar do pagamento será


de no máximo 6% do salário bruto. A partir deste valor, o
adicional fica por parte da empresa, caso o funcionário gaste mais
com sua deslocação para o trabalho.

Exemplo de cálculo de desconto por vale-transporte


Como exemplo, vamos supor o mesmo funcionário com salário
bruto de R$ 2.300,00, com custos de transporte no valor de R$
150,00. O desconto em folha será de:
R$ 2.300,00 x 0,06 = R$ 138,00

É possível perceber que o funcionário precisa de R$ 150,00 ao


mês para custear seu transporte, mas o desconto autorizado por lei

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fica abaixo, em R$ 138,00. O restante é desembolsado pela


própria empresa, que neste caso é de R$ 12,00 (R$ 150,00 - R$
138,00).

Subtrair todos os descontos


Como falamos no início, somente depois de todos os descontos
realizados é que obtemos o valor do salário líquido, e aquele que
realmente recebemos.

Continuando com os exemplos, podemos subtrair todos os


descontos de um salário bruto de R$ 2.300,00.

Vale lembrar que, os descontos para um trabalhador com e sem


dependentes serão diferentes ao final, por conta do imposto de
renda de cada um.

Exemplo de salário líquido sem nenhum dependente


Para o salário de R$ 2.300,00 temos os descontos de:

 INSS: R$ 197,64
 IRRF: R$ 14,88
 Outros descontos (Vale-transporte): R$ 138,00
Salário Líquido: R$ 2.300,00 - R$ 197,64 - R$ 14,88 - R$ 138,00
= R$ 1.949,48

Exemplo de salário líquido com um dependente


Com um dependente, o funcionário com o mesmo salário terá
diferente o valor de imposto de renda a descontar, que neste
exemplo, devido às deduções não tem IRRF a pagar, ficando seu
salário líquido como:

Salário Líquido: R$ 2.300,00 - R$ 197,64 - R$0,66 - R$ 138,00


= R$ 1.963,70.

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**O cálculo acima foi realizado por Elisângela Dias do site


todacarreira.com

Vamos ver com mais detalhes como é feito o cálculo do INSS?

A nova forma de cálculo é determinada pelo § 1º do art. 28 da EC


103/2019

§ 1º As alíquotas previstas no caput serão aplicadas de forma


progressiva sobre o salário de contribuição do segurado, incidindo
cada alíquota sobre a faixa de valores compreendida nos
respectivos limites

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Ficar fazendo esses cálculos o tempo todo é complicado, pois


consome nosso tempo.

Vamos simplificar, então?!

Como? Utilizando uma tabela com parcela a deduzir (igual do


IRRF).

**A demonstração acima foi realizada Prof.ª Iris Caroline

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Cálculo de salário horista.

 Base legal: art. 64 da CLT.


 Mês com 30 dias
 Sábados compensados
 Salário-hora: R$ 8,00 p/ hora.
 44 h/ semana e 220h/ mensais

Exemplo de cálculo: Dias trabalhados no mês: 26 dias e 4 DSR


(domingos e feriados)

220 horas / 30 dias = 7,33 horas por dia

Logo: 220h / 30 dias = 7,33h/ dia

26 dias x 7,3333 = 190,66h x R$ 8,00 = R$ 1.525,33

4 DSR x 7,3333 = 29,33h x R$ 8,00 = R$ 234,66

Total = R$ 1.760,00.

Cálculo Descanso semanal remunerado

Base legal: art. 67 da CLT.

O descanso semanal remunerado é pago em casos de


remuneração variável, por exemplo: horas extras, adicional
noturno, comissões etc.

Deve-se analisar o CALENDÁRIO do mês e os feriados


municipais, estaduais e nacionais.

 Mês: janeiro/2020
 26 dias úteis e 4 domingos
 Sábados compensados
 Salário mensal: R$ 2.500,00
 Hora extra 50% = 20hs

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Exemplo de cálculo:

R$ 2.500,00 / 220h = R$ 11,36 + 50% = R$ 17,04

R$ 17,04 x 20h a 50% = R$ 340,91

Logo: 340,91 / 26 x 4 = R$ 52,45

Total = R$ 52,45 – valor do DSR s/ horas extras

Cálculo de horas extras.

Base legal: art. 59 da CLT.

Conforme o artigo 59 da CLT, as horas extraordinárias


(ultrapassam a carga horária diária ou semanal) serão
remuneradas com, no mínimo, 50%. É importante observar se a
convenção ou acordo coletivo não estipulam aumento desse
percentual. Os dias de folgas remuneradas deverão ser pagos em
dobro (100%).

 Mês: janeiro/2020
 26 dias úteis e 4 domingos
 Sábados compensados
 Salário mensal: R$ 4.000,00
 Hora extra 50% = 8hs

Exemplo de cálculo:

R$ 4.000,00 / 220h = R$ 18,18 p/ hora + 50% = R$ 27,27

R$ 27,27 x 8 horas extras = R$ 218,18

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Cálculo Descanso semanal remunerado das horas extras

Base legal: art. 67 da CLT.

Conforme citado no item 2.1.2, o DSR também deverá ser


calculado quando houver pagamento de horas extras como
reflexo. Veja:

 Mês: janeiro/2020
 26 dias úteis e 4 domingos
 Sábados compensados
 Salário mensal: R$ 4.000,00
 Hora extra 50% = 8hs

Exemplo de cálculo:

R$ 4.000,00 / 220h = R$ 18,18 p/ hora + 50% = R$ 27,27

R$ 27,27 x 8 horas extras = R$ 218,18

Total = R$ 218,18 Logo = R$ 218,18 / 26 x 4= R$ 33,57

Cálculo Hora Noturna?

Primeiramente, você sabe de onde vem o fator de redução

1,142857 utilizado no cálculo da hora noturna?

O § 1º do art. 73 da CLT determina que a hora noturna é

computada como 52m30s, logo se dividirmos 60m por 52m30s

temos 1,142857! Sabendo disso, podemos calcular as horas

noturnas trabalhadas.

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Vamos lá? Empregado trabalhou das 22h às 05h, com intervalo de

1h.

Primeiro calculamosas horas-relógio trabalhadas, sem a redução

noturna. Sendo assim temos: 7h de jornada corrida –1 h de

intervalo: 6 horas-relógio trabalhadas.

Agora nós convertemosas 6 horas-relógio para horas noturnas,

multiplicando pelo fator de redução: 6h * 1,142857 = 6,86 horas

(ou 6:51).

Dicas importantes:

A jornada noturna é aquela realizada entre as 22h e 5h para

trabalhadores urbanos, entre 21h e 5h para trabalhadores de

lavoura, entre 20h e 4h para atividade pecuária e entre 19h e 7h

para atividades portuárias;

- O menor de 18 anos é vedado, pela Constituição Federal, de

trabalhar em horário noturno;

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- A jornada noturna é reduzida e paga com acréscimo devido o

desgaste e prejuízos a saúde do trabalhador.

Como fazer o cálculo da hora extra noturna?

Você sabe quando deve pagar hora extra noturna? E como

calcula?

Assim como outros adicionais que o empregado recebe, o

adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras

prestadas no período noturno, conforme OJ 97 SDI-1/TST.

Por isso o cálculo diferenciado da hora extra normal.

Vamos ao cálculo prático? A jornada de trabalho do empregado é

das 20:00 às 04:15, com 1 hora de intervalo, de segunda a sexta-

feira (jornada de 200h mensais), com um salário mensal de R$

3.000,00.

Em determinado dia ele trabalhou até 04:55. Calcule a hora extra,

considerando os percentuais 50% para Hora Extra e 20% para

Adicional Noturno.

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1º Apurara quantidade de horas extras: 04:55 – 04:15 = 0, 67

(0:40) x 1,142857 = 0,75 (0:45)

Importante! Como as horas extras foram prestadas no período

noturno se aplica a redução do art. 73 da CLT.

2ºApuraro valor da hora normal. Para isso dividimos o salário

mensal pela carga horária: R$ 3.000,00 / 200 = R$ 15,00

3º Apuraro valor do adicional noturno (salário hora x percentual

do adicional noturno): R$ 15,00 x 20% = R$ 3,00

4º Calculara hora extra noturna, de acordo com entendimento do

TST (salário hora + adicional noturno + percentual hora extra x

quantidade de horas extras):

Salário Hora + Adicional Noturno: R$ 15,00 + R$ 3,00 = R$

18,00

Salário Noturno + Percentual Hora Extra: R$ 18,00 + 50% =

R$ 27,00

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Valor Hora Extra Noturna x Quantidade de Horas: R$ 27,00

x 0,75 = R$ 20,25

O empregado irá receber R$ 20,25 referente a 0,75 (0:45) de

horas extras noturnas, além do reflexo de DSR

No cálculo acima o adicional noturno é incluído no cálculo da

hora extra, dessa forma, no nosso exemplo, o adicional noturno é

devido das 22h às 04:15, não sendo necessário o pagamento das

04:15 às 04:55, pois configuraria bis in idem.

Importante!

Caso o empregado prorrogasse após as 05h

ainda assim seria devido o pagamento da hora extra noturna sobre

o total das horas extras, de acordo com a Súmula 60 do TST.

Exemplo, se o mesmo prorrogasse até 06:30, seria devido hora

extra noturna até esse horário.

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Como fazer cálculo de jornada mista?

Considerando uma jornada de 08h, com início às 20h e intervalo

das 23h às 24h, qual deverá ser o horário de saída do empregado,

em trabalho urbano?

Essa é uma pergunta muito comum no cotidiano de quem trabalha

no Departamento Pessoal e precisa ajudar outros setores a montar

as escalas de trabalho.

Mas você sabe como responder essa pergunta?

Vamos fazer o cálculo?

1º Calcularas horas diurnas (até às 22h): Das 20h às 22h temos

02h diurnas

2º Calculara quantidade de horas faltantes para completar a

jornada: 08h (jornada) – 02h diurnas = 06h

3º Converteras horas faltantes para Hora Noturna: 6h x 52,50

(52m30s) = 315m / 60 = 5,25 (5h15m)

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Sabemos então que o empregado deve trabalhar mais 5h15m em

período noturno (após as 22h) para completar a jornada de 8h

diárias, então:

4º Acrescentaras horas noturnas e o intervalo na jornada: 20h +

02h diurnas + 01h intervalo + 05h15m noturnos = 04:15 O

horário de saída do empregado será às 04:15 da manhã.

**Calculo e orientação acima foi elaborada pela EB

Treinamentos

Cálculo Adicional de Insalubridade

Adicional pago no caso de atividades insalubres (nocivos à

saúde), por extar exposto a agentes físicos, químicos ou

biológicos capazes de provocar o aparecimento de doenças.

Nos termos do art. 192 da CLT o exercício de trabalho em

condições insalubres, acima dos limites de tolerância

estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção

de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%

(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da

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266

região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e

mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

A base de cálculo do adicional de insalubridade, de acordo

com a CLT, é o salário-mínimo. Verifica-se, porém, que o art. 7º,

XXIII, da CF usou o termo “remuneração” para qualificar o

adicional, havendo a intenção de aumentar a base sobre a qual

incide o trabalho realizado em condições adversas

Nos termos da Súmula nº 139 do TST o adicional de

insalubridade, quando percebido pelo trabalhador em caráter

permanente irá integrar sua remuneração para todos os efeitos do

contrato de trabalho.

O adicional de insalubridade dos técnicos em radiologia deve

incidir no percentual de 40% sobre dois salários mínimos.

Isso é o que dispõem os artigos 16 da Lei 7.394/85 e 31 do

Decreto nº 72-790/86.

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Exemplo:

Salário mínimo nacional (vigente): R$ 937,00

Ex: 20% de insalubridade. R$ 937,00 x 20% = R$ 187,40.

FÉRIAS

O que diz a Legislação:

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um

período de férias, sem prejuízo da remuneração.

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do

contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte

proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço

mais de 5 (cinco) vezes;

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II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6

(seis) a 14 (quatorze) faltas;

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze)

a 23 (vinte e três) faltas;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e

quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do

empregado ao serviço.

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos,

como tempo de serviço.

Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos

do artigo anterior, a ausência do empregado:

I - nos casos referidos no art. 473;

Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por

motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para

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percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência

Social;

III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada

pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a

hipótese do inciso IV do art. 133;

IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não

tiver determinado o desconto do correspondente salário;

V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito

administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado

ou absolvido;

VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese

do inciso III do art. 133.

Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do

empregado para serviço militar obrigatório será computado no

período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento

dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a

respectiva baixa.

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Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do

período aquisitivo:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta)

dias subsequentes à sua saída;

II - Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários,

por mais de 30 (trinta) dias;

III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30

(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos

serviços da empresa.

RELEMBRANDO A REFORMA TRABALHISTA

A reforma trabalhista está trazendo a opção do parcelamento

das férias em até 03 períodos, desde que haja

CONCORDÂNCIA dos empregados (art. 134) e não

poderemos liberar férias 2 dias antes de DSR e feriado.

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Cálculo de férias

Salário base: R$ 1.000,00 Férias: 30 dias Faltas: 0

IMPORTANTE SABER QUE:

OBSERVAR SOBRE OS

ENTENDIMENTOS DA NÃO

TRIBUTAÇÃO DO INSS SOBRE 1/3 – entendimentos e

observação da tabela da RECEITA FEDERAL)

A tabela atualizada da Receita Federal cita o referido desconto,

mas está em discussão no STF e TST e muitas empresas estão

deixando de recolher. Se não recolhêssemos no cálculo acima,

ficaria assim o recibo dessas férias:

Férias (30 dias) = R$ 1.000,00 1/3 férias = R$ 333,33 Bruto= R$

1.333,33

INSS (8%) = R$ 106,67 Líquido = R$ 1.226,66

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Cálculo de férias – abono pecuniário.

Definição: É a conversão de 1/3 de período de férias a que tem

direito, em espécie (dinheiro), ou seja, a venda de 10 dias de

férias. • Dias vendidos (art. 143 da CLT). • Não excedente de 20

dias do salário (art. 144 da CLT). (MP nº 1.663-10, de 28/05/98).

(OBSERVAR A NÃO INCIDÊNCIA DO INSS) – NO

EXEMPLO NÃO DESCONTO INSS DE 1/3.

Salário base = 1.000,00

Valor Remuneração – 20 dias --------- 666,67

Adicional 1/3 Férias ------------------ 222,22

Abono Pecuniário 10 dias -------- 333,33

1/3 Sobre o Abono Pecuniário ------- 111,11

Deduções INSS ---- 53,33

Liquido a Receber = 1.280,00

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Obs.: Conforme tabela da RFB, não há incidência de INSS no

abono pecuniário, pois já descontado em folha de pagamento (10

dias vendidos e recebidos como saldo de salários).

Consideramos apenas 8% de INSS dos 20 dias férias (R$ 666,67

x 8% = 53,33), mas é importante observar o entendimento

anterior.

Como calcular médias de horas extras para férias

Vamos começar explicando como calcular médias de horas extras


sobre férias. A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) garante
ao trabalhador que a remuneração das férias inclua também os
cálculos das horas extras trabalhadas.

Mas vamos supor que no momento em que o trabalhador vá


usufruir férias ele já não esteja mais recebendo esse adicional do
período aquisitivo. Ou, então, o valor destas horas extras já não
está mais uniforme. Diante disso, será necessário apurar a média
dos 12 meses do período aquisitivo.

Lembrando que o período aquisitivo refere-se ao período


trabalhado, que se inicia na data da admissão até completar 12
meses. Então, vamos ao cálculo. Preste bem atenção!

1 – Passo
Apuara-se as médias de horas extras do período, ou seja, soma-se
as horas extras de todo período aquisitivo e divide-se por 12
meses (que seria o período aquisitivo).

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2 Passo

Multiplica-se a quantidade de horas encontradas, ou seja, a média


das horas encontradas acima e multiplica-se pelo valor da hora
extra do mês de concessão das férias ou do pagamento das férias
indenizadas acrescidas de 1/3.

E se o trabalhador não tiver direito a 30 dias de férias?

Neste caso, divide-se o valor mensal das horas extras por 30 e


multiplica-se o resultado pelo número de dias usufruídos de
férias, mais o terço constitucional.

O mesmo cálculo vale para o trabalhador que solicitar o abono


pecuniário.

Divide-se o valor mensal das horas extras trabalhadas por 30 e


multiplica-se o resultado pelo número de dias do abono
pecuniário.

Mas é fundamental ter atenção a partir do segundo período


aquisitivo de férias!!!
Em algum mês do período base de apuração da média haverá
fruição de férias.

Por isso, somente haverá prestação de horas extras em, no


máximo, 11 meses, porque no mês de férias não há trabalho
exercido.

Portanto, não pode ter cálculo nenhum de horas extras.

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Férias coletivas – Legislação aplicável.

Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os

empregados de uma empresa ou de determinados

estabelecimentos ou setores da empresa.

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais

desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.

§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador

comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a

antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim

das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores

abrangidos pela medida.

§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida

comunicação aos sindicatos representativos da respectiva

categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos

locais de trabalho. Art. 140 - Os empregados contratados há

menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias

proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

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Como fazer o Cálculo de férias coletivas

Quando a empresa libera férias coletivas, os empregados que não

possuem dias de férias conforme os que serão liberados pela

empresa deverão receber a diferença como “licença remunerada”.

Veja o exemplo: Empregado admitido em 06/10/2019. Dias férias

até dezembro (mês da liberação das férias):

Todo empregado tem direito a 30 dias de férias por ano.

Assim, dividindo 30 dias de férias por 12 meses (período

aquisitivo), chegamos em 2,5 de férias a cada mês trabalhado.

 10/19 – 2,5

 11/19 – 2,5

 12/19 – 2,5

= 7,5 dias de direito a férias

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No entanto, a empresa liberará 15 dias de férias coletivas para


todos. Assim, deveremos gerar um recibo de 7,5 dias como férias
proporcionais e 7,5 dias como LICENÇA REMUNERADA,
gerando um NOVO PERÍODO
AQUISITIVO.

O que você precisa saber sobre


Adiantamento do 13º salário nas
FÉRIAS

O Decreto Nº 57.155, de 3 de Novembro de 1965 determina que


todo trabalhador urbano, rural, avulso ou doméstico tem direito ao
recebimento do 13º salário.

Sendo que nos casos em que o empregado for admitido no curso


do ano, ou, durante este, não permanecer à disposição do
empregador durante todos os meses, o adiantamento
corresponderá à metade de 1/12 avos da remuneração, por mês de
serviço ou fração superior a 15 (quinze) dias.

O que compõe a remuneração base para o cálculo do 13º salário

Além do salário, deve ser considerado também as remunerações


variáveis que o empregado recebe.

Deverá ser calculada a média destes valores, como, por exemplo,


hora extra ou comissão.

Se receber adicionais como insalubridade, periculosidade, entre


outros, também fará jus no cálculo do 13º salário, pois estes
adicionais fazem parte da sua remuneração.

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Uma informação que vários empregados e empregadores


desconhecem

O décimo terceiro deverá ser pago em duas parcelas, a primeira


paga de Fevereiro a Novembro de cada ano e a segunda até 20 de
Dezembro.

O mesmo Decreto informa que se o empregado desejar pode


solicitar para o empregador pagar a primeira parcela do Décimo
Terceiro Salário com o pagamento das férias.

Esta solicitação deverá ser feita no mês de Janeiro e as férias


deverão ser gozadas no período de Fevereiro a Novembro.

Embora diversas empresas adotem a política de conceder o


adiantamento independente da data da solicitação, por lei o
empregador é obrigado a pagar a antecipação da primeira parcela
junto com as férias sempre que o funcionário fizer o pedido no
mês de janeiro do correspondente ano.

Assim, o empregado que deseja fazer esta solicitação para este


ano deve apresentar o pedido por escrito ao empregador até o
dia 31 de Janeiro.

**Conteúdo orientativo acima escrito pela Nith Treinamentos.

PAGAMENTO DA DOBRA DE FÉRIAS É


OBRIGATÓRIO?

EMPREGADO ESTAVA AFASTADO E ACUMULOU


DUAS FÉRIAS – É OBRIGATÓRIO PAGAMENTO DA
DOBRA?

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Essa dúvida é uma daquelas que faz o pessoal do DP travar na


hora das declarações. Então, leia este artigo com com atenção
para não errar mais!

Um funcionário estava afastado e durante esse período gerou


dobro de férias. E agora?

O pagamento da dobra é obrigatório?

Depende! Do quê? Do tipo de afastamento.

Se for um caso de acidente de trabalho ou auxílio doença que não


há como prever o afastamento, o empregador não tinha como dar
as férias nesse período.

Logo, se for concedido o aviso de férias na data do retorno, não


pagaria a dobra (importante lembrar que um fiscal pode não
concordar e autuar a empresa).

Agora, se o motivo do afastamento for por licença maternidade, o


empregador é avisado com antecedência e sabe que a funcionária
estará afastada por quatro meses no futuro próximo, podendo
conceder as férias durante o período da gravidez.

Sendo assim, cabe o pagamento da dobra.

E se a empresa emendar a licença maternidade com as férias?

1. Item 7.4.3.3 na NR 7 não permite emenda das férias, pois a


funcionária deve apresentar o ASO de retorno mostrando estar
apta no primeiro dia de retorno do afastamento.

2. O pagamento das férias deve, obrigatoriamente, ser efetuado


pelo menos dois dias antes do início do gozo. Não é aconselhável
pagar durante o afastamento, pois a empresa não sabe se ela estará
apta a retornar.

Sendo assim, a emenda não pode ocorrer conforme a legislação


vigente.

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**Conteúdo orientativo escrito pela Nith Treinamentos.

Cálculo 13º Salário

Para primeira parcela não tem mistério basta dividir o salário


por 2. E não tem incidência de nenhum encargo social ou
demais descontos.

Podendo ser paga de Fevereiro a Novembro. Se por acaso o


salário aumentou durante o ano, o cálculo será feito com base no
último salário, o mais alto

Já a segunda parcela tem algumas particularidades:

O valor recebido é equivalente ao salário de novembro,


descontando Imposto de Renda e INSS sobre esse salário inteiro,
e também o valor da primeira parcela já recebida.

Se o trabalhadortiver pensão alimentícia, ela também é


descontada na segunda parcela do seu 13º salário.

Trabalhadoras em licença-maternidade recebem o 13º salário


normalmente, assim como quem se afastou por auxílio-doença ou
acidente de trabalho.

Contudo, no caso de auxílio doença ou acidente de trabalho, os


meses correspondentes ao afastamento são pagos pela Previdência
Social e os demais meses, pela empresa.

Horas extras, adicional noturno ou comissões ao longo do ano, o


seu 13º salário terá um acréscimo proporcional.

Como calcular Médias de Horas Extras para o 13º salário

O 13º Salário também leva em conta o cálculo das médias de


horas extras, e é um pagamento extra, que é feito anualmente ao
trabalhador que esteja atuando no regime da CLT (Consolidação
das Leis Trabalhistas).

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281

Então, como calcular médias de horas extras para o 13º


salário?

Para esse cálculo é preciso somar as horas extras do período


trabalhado, considerando sempre as proporcionalidades.

Em seguida, divida essa soma por 12 (número de meses do ano)


ou proporcional. O valor obtido neste cálculo é o valor da média
integral a ser paga.

Vamos exemplificar.

Imagine que o trabalhador receba R$ 10 por hora e vamos


considerar apenas dois meses de horas extras, sendo eles março e
abril:

 Março: 10 horas extras a 50% = 15


 Abril: 5 horas extras a 50% = 7,5
 Total: 22,5 horas extras trabalhadas
 Salário-hora: R$ 10,00

Agora vamos para outro cálculo com base nesse resultado


acima.

Salário x total de horas extras: 10 x 22,5 = R$ 225,00


Resultado da operação anterior dividido pelo total de meses com
horas extras trabalhadas: 225 / 2 = R$ 112,50.
Este valor de R$ 112,50 é a média de horas extras para o
pagamento do 13º salário ao trabalhador.

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RESCISÃO CONTRATO DE TRABALHO

Um contrato de trabalho pode ser extinto por diversas causas, e


cada uma delas produz efeitos diferentes para as partes.

DECISÃO DO EMPREGADOR

 Sem Justa Causa: nenhum motivo causa a rescisão. O


empregador decide demitir o empregado.
 Com Justa Causa: a rescisão é causada por alguma falta
grave cometida pelo empregado. O artigo 482 da CLT
relaciona as hipóteses de justa causa.

DECISÃO DO EMPREGADO

 Pedido de Demissão: ocorre quando o empregado


voluntariamente se demite.
 Rescisão Indireta: ocorre quando o empregador comete
falta grave. O artigo 483 da CLT enumera atos do
empregador que são considerados abusivos.
 Aposentadoria: a rescisão contratual nos casos de
aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição,
dependerá da vontade das partes.
Formalizada por meio de um pedido de demissão do
empregado ou da comunicação, por parte do empregador, da
dispensa sem justa causa.

DESAPARECIMENTO DAS PARTES

 Morte do Empregado.
 Morte do Empregador (Pessoa Física).
 Extinção da Empresa.

EXPIRAÇÃO DE CONTRATO A PRAZO

 Término no prazo estipulado.

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 Término antecipado por parte do empregador ou do


empregado.

RESCISÃO POR ACORDO

Possibilita o comum acordo de rescisão entre empregador e


empregado, com o pagamento de metade do aviso-prévio, se
indenizado, e da indenização sobre o FGTS (movimentação de
80% do montante). Empregado não terá direito ao seguro-
desemprego.

PONTO IMPORTANTE!

CONTRATO DE TRABALHO POR


CULPA RECÍPROCA

Empregado e empregador cometem, ao


mesmo tempo, faltas que constituem justa causa para a rescisão
do contrato. Desta forma, como a culpa é atribuída parcialmente a
ambas as partes, o ônus da rescisão também se divide entre os
contratantes.

DISSOLUÇÃO DA EMPRESA
Ocorrendo dissolução da empresa, os empregados têm direito às
verbas rescisórias. Também quando é decretada a falência de uma
empresa, garantem-se todos os direitos trabalhistas dos
empregados.

Para simulações e cálculo da Rescisão


Contratual recomendo um site que já
está totalmente atualizado,
confira>>https://www.calculadorafacil.c
om.br/trabalhista/calcular-rescisao

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284

+ DICAS, INSIGHTS E ORIENTAÇÕES

Quebra de contrato pelo empregado - pode descontar a multa


- Art 480?
Primeiramente vamos ver o que diz o artigo 480 da Clt?
“Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar
do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar
o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem”
1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria
direito o empregado em idênticas condições.

✔️ Se pararmos pra analisar, está condicionada a ocorrência de


PREJUÍZOS .
Se a empresa não tem meios comprobatórios do prejuízo oriento o
empregador não efetuar o desconto.
- Poxa, sempre descontei 50% dos dias e nunca tive problema:

Muitos descontam sem ter prova documental e não tiveram


problema, mas já parou pra pensar que talvez não tenha tido
problemas porque o ex-funcionario não entrou com uma Ação
trabalhista, talvez por falta de conhecimento da lei?

✔️ E o cálculo seria como do desconto?


Se você ler o artigo ele explica que tem que descontar os
prejuízos e o seu parágrafo único determina que o valor a ser
descontado não pode ser superior ao que o empregado receberia
caso a iniciativa da quebra de contrato fosse do empregador.
Então se o empregado teria direito a receber R$ 800,00 de multa -
caso fosse dispensado pelo empregador conforme artigo 479:

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285

✔️ Primeiro exemplo: A empresa calculou de prejuízo R$


500,00 pois havia comprado uma passagem de avião para o
mesmo ir num treinamento em outro lugar.
Nesse caso o empregador pode descontar os R$ 500,00 - pois esta
dentro dos R$ 800,00 - limite e comprovou o prejuízo.
✔️ Segundo exemplo: A empresa calculou prejuízo de R$
1.700,00 devido um treinamento que foi pago para o empregado.
Nesse caso, o máximo que ele poderá descontar é R$ 800,00
embora o prejuízo foi de R$ 1.700,00 - lembra que o artigo único
diz que o desconto é limitado como se fosse dispensado pelo
empregador?
Nenhum momento cita que a multa do empregado é de 50% dias
que faltam - isso é no artigo 479!
Mas no artigo 480 o valor da multa é de acordo com o valor do
prejuízo (por isso tem que apurar antes da rescisão) e limitado ao
valor que ele receberia se fosse dispensado. (Ou seja, limite de
50% dos dias que faltavam).
- Seu sistema calcula automaticamente o valor do desconto?
Reveja isso, pois se seguir ao pé da letra não tem valor fixo, já
que depende do valor do prejuízo e mais uma vez eu falo: Se não
ter documentos que comprovem o prejuízo, NÃO desconte!
✔️ Segue o link do TST para vocês verem que o empregador teve
que devolver a multa descontada por não comprovar prejuízo:
www.tst.jus.br/…/trabalhadora-nao-sera-descontada-por-resci…

Feriado no Sábado compensado

Muitas empresas tem o costume de compensar na semana o


sábado, ou seja, empregado paga as horas do sábado na semana e
trabalha somente de segunda-feira à sexta-feira

Por exemplo:

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Empregado trabalha de segunda a sexta 8 horas por dia + 48


minutos por dia pra compensar o sábado = Totalizando assim,
8h48min de segunda a sexta. (Totalizando 44 horas semanais).
Mas e na semana que o sábado é feriado?

Se o sábado é feriado, o empregado não precisa compensar na


semana essas 4 horas, (48min por dia) –
Você concorda que se o empregado trabalhasse de segunda à
sábado, ele não precisaria ir trabalhar no sábado do feriado?
A lógica é a mesma, se ele não iria precisar trabalhar, logo não
precisaria compensar.

Vamos ver o que diz no Artigo 59 da CLT:

§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido


por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês
Ou seja, é permitido que você faça diretamente com o empregado
o acordo de como será feito essa compensação do sábado (que é o
assunto q estamos falando)!

❌ Quais as opções nesse caso?

Usando nosso exemplo de segunda à sexta - trabalhando 8h48 por


dia e não trabalhando no sábado

✔️ Sair mais cedo na semana do feriado trabalhando apenas as 8


horas - já que sendo feriado no sábado, ele não precisaria
trabalhar 8h48
✔️ Empregado trabalhar normal e receber o sábado (4 horas)
compensado como “Horas Extras” ou se tiver Banco de horas,
poderá colocar como saldo para o empregado essas horas.

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Cabe dizer, que pesquisando na legislação/jurisprudências não


tem nada que diga que o mais correto é o jeito A, B ou C e nem
que o único certo a fazer é o jeito D.

Essa forma acima está respeitando a jornada semanal de max 44


horas, está liberando o empregado a sair mais cedo quando o
sábado é feriado ou está pagando (seja em horas extras ou banco
de horas) os minutos a mais que o empregado trabalhou sem
precisar....
Tem uma opção, que algumas empresas fazem que é:
✔️ Empregador poderá fazer o levantamento semestral/ anual dos
sábados que os empregados vão compensar, ja considerando os
feriados da semana - e distribuir a jornada diária desse empregado
( Assim, não teria “preocupação” com os sábados feriados)..
Não é muito usual essa, mas só não recomendo muito porque o
empregado pode não durar nem 1 mês na empresa.

❌ E quando o feriado é na semana?

Se o feriado é na semana, ele não estará pagando os 48 minutos


do sábado, e o empregador poderá distribuir esses 48 minutos nos
dias uteis da semana, ou informar no banco de horas...

Se o sindicato ja tiver cláusula sobre esse assunto, melhor ainda!

Qual prazo para recontratação de empregados de acordo com


a Reforma Trabalhista?
A Reforma Trabalhista alterou o período de recontratação do
empregado como pessoa jurídica. Isto é, um empregado pessoa
física não pode ser recontratado como pessoa jurídica, num prazo
de 18 meses, nem mesmo como empregado de uma empresa de
terceirização.

Para recontratação como empregado pessoa física ainda aplicam-

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se a Portaria Mtb n° 384/92 e o art. 452 da CLT.

A portaria considera fraudulenta a recontratação dentro do prazo


de 90 dias após uma dispensa SEM justa causa (e por analogia, a
dispensa por acordo entre as partes) por considerar que o intuito
foi apenas o saque do FGTS. Caso a empresa faça a recontratação
dentro desse prazo deverá provar que não houve fraude ao FGTS.
Em caso de recontratação após pedido de demissão ou demissão
por justa causa, não se aplica esse prazo, uma vez que não houve
saque de FGTS.

Mas e o prazo de 6 meses que me ensinaram?

O prazo de 6 meses tão comumente mencionado é previsto no art.


452 da CLT, mas não trata-se de um impeditivo para a
recontratação, mas sim para contratos por prazo determinado.
Veja:

“Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato


que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo
determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de
serviços especializados ou da realização de certos
acontecimentos.”

A intenção do legislador, nesse ponto, foi vedar a prática de


contratos por prazo determinadoseguidos e resguardar o
empregado, que não perde suas habilidades em apenas 6 meses.
Como o contrato de experiência é um contrato por prazo
determinado existe um entendimento equivocado que não poderia
ser feita a recontratação, o que não é o que diz a legislação.

A recontratação pode ser feita, o empregado apenas não poderá


ser recontratado com contrato de experiência, se o seu
desligamento ocorreu há menos de 6 meses, ou seja, o novo

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contrato deverá ser por prazo indeterminado.

E quando o prazo se inicia? Na data do desligamento ou na


projeção de aviso?
Quanto ao prazo de 90 dias, temos bem claro na portaria que se
inicia no efetivo desligamento do empregado.

Já a CLT não traz o indicativo, porém, considerando o intuito do


legislador, o entendimento é que o prazo se inicia a partir do
desligamento e não da projeção do aviso.

Suponha que o empregado tenha 90 dias de aviso prévio


indenizado, se a contagem iniciasse apenas após a projeção, o
empresa aguardaria 9 meses para recontratar.
Nesse período, pode ser que o empregado já tivesse perdido
algumas das habilidades desenvolvidas na empresa e precisasse
passar por um novo treinamento em sistemas e afins.

É sempre muito importante também verificar a Convenção


Coletiva de Trabalho, que pode trazer cláusulas sobre prazos e
salário de readmissão.

O sócio da empresa pode ser registrado como empregado na


mesma empresa?

Não!
O art. 3º da CLT define como sendo empregado, a pessoa física
que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.

Já o art. 2º da CLT considera empregador a empresa, individual


ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica,

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admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

Isso significa que, o sócio sendo registrado como empregado na


própria empresa, ele comandaria e seria subordinado a si mesmo,
situação que não existe na legislação trabalhista.

DESONERAÇÃO FOLHA DE PAGAMENTO

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𝗘𝗶𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝗳𝗲𝗰𝗵𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗮 𝗳𝗼𝗹𝗵𝗮 𝗱𝗲 𝗽𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲


𝗮 𝗻𝗼𝘁𝗶́𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝘂𝗺 𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼 𝗳𝗼𝗶𝗽𝗿𝗲𝘀𝗼. O 𝗾𝘂𝗲𝗳𝗮𝘇𝗲𝗿?

Primeiro você deve saber que a prisão de um empregado suspende


o contrato de trabalho, por isso é de extrema importância que a
empresa solicite à Secretaria de Segurança Pública a
𝘤𝘦𝘳𝘵𝘪𝘥𝘢̃𝘰𝘥𝘦𝘳𝘦𝘤𝘰𝘭𝘩𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘱𝘳𝘪𝘴𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭, a fim de saber com exatidão
a data a ser considerada.

𝗠𝗮𝘀𝗲𝘂𝗱𝗲𝘃𝗼𝗱𝗲𝗺𝗶𝘁𝗶𝗿𝗼𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼𝗽𝗼𝗿𝗷𝘂𝘀𝘁𝗮𝗰𝗮𝘂𝘀𝗮?

Depende. De acordo com a Constituição Federal, no Inciso LVII


do art. 5º diz que “ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, isso
significa que, presume-se a inocência do réu até a condenação da
qual não haja possibilidade de recurso.

Vemos então que a prisão do empregado não acarreta, de


imediato, em justa causa para a rescisão do contrato, apenas
suspende o mesmo. Caso o não seja condenado, o empregado
poderá voltar ao trabalho.

𝗘𝗼𝗾𝘂𝗲𝗳𝗮𝘇𝗲𝗿𝗻𝗼𝗽𝗲𝗿𝗶́𝗼𝗱𝗼𝗲𝗺𝗾𝘂𝗲𝗼𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗼𝗱𝗼𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼𝗳𝗶𝗰𝗮𝘀
𝘂𝘀𝗽𝗲𝗻𝘀𝗼?

A empresa deve lançar o afastamento na folha de pagamento,


suspendendo o contrato para todos os efeitos: salário, férias, 13º e
FGTS/INSS, dentre outros direitos.
O afastamento também deve ser informado na Sefip com o código
de movimentação Y – Outros Motivos de Afastamento
Temporário e no eSocial no motivo 11 – Cárcere.

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𝗢𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼𝗳𝗼𝗶𝗰𝗼𝗻𝗱𝗲𝗻𝗮𝗱𝗼,
𝗰𝗼𝗺𝘁𝗿𝗮̂𝗻𝘀𝗶𝘁𝗼𝗲𝗺𝗷𝘂𝗹𝗴𝗮𝗱𝗼𝗲𝘀𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲𝗱𝗲𝗿𝗲𝗰𝘂𝗿𝘀𝗼.
𝗣𝗼𝘀𝘀𝗼𝗱𝗲𝗺𝗶𝘁𝗶-𝗹𝗼𝗽𝗼𝗿𝗷𝘂𝘀𝘁𝗮𝗰𝗮𝘂𝘀𝗮?

De acordo com a CLT, na alínea “d” do art. 482, o empregado


poderá ser dispensado por justa causa.

C𝗼𝗺𝗼 𝗮𝗯𝗿𝗶𝗿 𝘂𝗺 𝗗𝗼𝘀𝘀𝗶𝗲̂ 𝗗𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗹 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗿𝗲𝗴𝘂𝗹𝗮𝗿𝗶𝘇𝗮𝗿 𝗮 𝗖𝗡𝗗?

𝟭º - Salve toda a documentação necessária para anexar ao


atendimento: Relatórios de Pendências do eCac; Protocolo de
Envio da GFIP; Protocolo de Entrega da DCTF Web;
Comprovante de Arrecadação do DARF da DCTF Web e Pedido
de Regularização;

𝟮º - Acesse a página do eCac, com certificado digital, clique em


“Legislação e Processo” e depois em “Processos Digitais (e-
Processo)” e então em “Abrir dossiê de atendimento”;

𝟯º - Escolha a área “Regularidade Fiscal” e o serviço “Certidão


Negativa de Débitos” e abra o Dossiê de Atendimento;

𝟰º - Neste momento a página irá lhe perguntar se deseja solicitar a


juntada de documentos. Clique em “Sim”;

𝟱º - Em “Adicionar Documento para Rascunho” inclua os itens


do passo 1 e o outros documentos que achar necessário, na
categoria “Documentos Comprobatórios”;

𝟲º - Após a análise preliminar (antivírus) da RFB, envie os


documentos e assine digitalmente;

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𝟳º - Feito isso, você deve acompanhar a tratativa da RFB tanto


pelo “Meus Processos” quanto pela Caixa Postal do eCac.

Como consultar a CAT emitida - sem o número

Digamos que você precise do relatório da CAT com todas as


informações, mas para imprimir pede o número da Cat e você não
tem, como fazer?
✔️ Primeiramente, você vai acessar o FAPWEB - mesmo lugar
que você consulta o Fap anualmente:
https://www2.dataprev.gov.br/FapWeb/pages/login.xhtml
✔️ Ao acessar, você irá selecionar o ano que deseja, e abaixo irá
aparecer um quadro com os “dados resultantes do FAP”
✔️ Procura a linha “CAT” e clica na lupa - anote o número da
Cat que irá aparecer
✔️ Agora abra o PROGRAMA da CAT (se nao não baixou, faça
o download no link: cat.inss.gov.br/servicos/cat/cat.shtm
✔️Com o programa aberto vai na opção: Relatórios/ Reimpressão
da CAT
✔️ Preencha somente o número da Cat e clica em ok
Ira aparecer uma tela de impressão e o relatório com todas as
informações da Cat preenchida do funcionário.
Obs: Essa é a forma mais fácil , pois se não tiver o número da cat
, você terá que saber a data do acidente e último dia trabalhado .

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GRRF - Como recolher somente os 40% e Como recolher


somenteos10%?
.
Bora la:
1- Algumas empresas conseguem Liminar Judicial para não pagar
o adicional de 10% sobre a multa rescisória. E a dúvida é: Quando
a empresa consegue essa liminar, como fazer a Guia sem os 10% -
somente com os 40%!
🔸 Abra o Programa GRRF (download no site da caixa)
🔸 Na Aba Cadastro - Clica em cima do nome da empresa e
opção: Alterar
🔸 No campo “SIMPLES” deverá colocar os códigos 5 ou 6:
•Código 5 - (Se não for optante do Simples) mas tem liminar
judicial para não pagar 10%
• Código 6- (Se for optante do Simples) mas tem liminar judicial
para não pagar 10%
Prontinho, quando vc simular, vai ver que NÃO irá puxar os
10%! (Mas atenção: Só faça isso se realmente a empresa tiver a
Liminar).

➡️ Outra situação que também existe, é a empresa pagar no


acordo o FGTS do empregado - 40% (reclamatória trabalhista por
exemplo) e ESQUECER que tem que recolher os 10% para o
governo. (A fiscalização vai COBRAR!!!!!!)

Nesse caso, para pagar somente os 10% , deverá ir na Agência da


Caixa - Eles irão fornecer o documento chamado “ DERF” (
Documento Específico de recolhimento do Fgts).
Preencher com o código: 727 e recolher os 10%.

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Salário Família - Quando completa 14 anos

Algumas pessoas têm dúvidas se o empregado pode receber o


salário familia até o dia anterior de completar 15 anos..
Vamos ver o que diz a legislação - Decreto 3048/99?
Art. 88. O direito ao salário-família cessa automaticamente:
II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de
idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do
aniversário;

❌ Exemplo:
No Item II acima, diz que cessará automaticamente quando o
dependente completar 14 anos a contar DO MÊS SEGUINTE AO
ANIVERSÁRIO

- Filho do funcionário completa 14 anos no dia 13 de Novembro :


Então no mês de Novembro ele irá receber o salário familia
integral e a partir do mês de Dezembro não irá mais receber.
Ou seja, ainda receberá o salário família no mês em que faz 14
anos, cessando o automaticamente no mês seguinte ao
aniversário.

✔️ Outras informações:
• Quando o pai e a mãe forem segurados empregados, ambos
terão direito ao salário familia - se satisfazer os requisitos para a
concessão;
• Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais,
ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do
pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente
àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa,
se houver determinação judicial nesse sentido.
A doutrina majoritária entende que na guarda compartilhada será
pago aos dois segurados da previdência e nas demais hipóteses
vai ser pago quem permanecer com a guarda do menor.

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ESOCIAL – DCTFWEB – EFD REINF

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Por meio deste canal, os empregadores passarão a comunicar ao


Governo, de forma unificada, 15 obrigações:
 GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à
Previdência Social
 CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
para controlar as admissões e demissões de empregados sob
o regime da CLT
 RAIS - Relação Anual de Informações Sociais.
 LRE - Livro de Registro de Empregados
 CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho
 CD - Comunicação de Dispensa
 CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social
 PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário
 DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte
 DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários
Federais
 QHT – Quadro de Horário de Trabalho
 MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais
 Folha de pagamento
 GRF – Guia de Recolhimento do FGTS
 GPS – Guia da Previdência Social

CHECKLIST PARA ESOCIAL

Se você ainda não teve nenhuma experiência com o Esocial,


DCTFWEB ou EFD REINF, ACONSELHO fortemente que antes
de iniciar suas buscas pela internet em saber os diversos
procedimentos, PROCURE PRIMEIRO olhar os Manuais de
Orientações de cada obrigação e também os perguntas e respostas.

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Pois neles trazem tudo que você precisa saber e fazer de acordo
com a legislação.
Como começar?

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**Créditos Checklist – Nith Treinamentos


Regime de competência e regime de caixa no eSocial

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No regime de competência, no final do mês quando fechamos o


ponto e ajustamos os dados da jornada efetiva de trabalho com
todas as ocorrências do mês, fazemos a geração no sistema da
folha de pagamento para enviar ao financeiro e posteriormente
pagar os colaboradores.
Conforme Manual de Orientação – 01 Evento 1200 -
Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de
Previdência Social
Prazo de envio:Deve ser transmitido até o dia 07 do mês
subsequente ao mês de referência do evento, exceto o referente a
período de apuração anual (13º salário, gratificação natalina etc.),
caso em que deve ser transmitido até o dia 20 do mês de
dezembro do ano a que se refere.
Nos dois casos, antecipa-se o vencimento para o dia útil
imediatamente anterior quando não houver expediente bancário.
O evento 1200 se refere ao regime de competência quando
fechamos a folha e enviamos os dados para o eSocial, não
esqueça que a folha deve ser paga até o quinto dia útil do mês
subsequente a sua competência.
Os eventos contábeis acima demonstram isso, o fechamento da
folha será feito provavelmente até o dia 03, porém, contabilmente
o valor será lançado como folha de pagamento a pagar na
competência de janeiro.
Os impostos decorrentes da competência também serão
contabilizados e ficaram à espera de seus respectivos pagamentos
o FGTS ocorrerá no dia 07 do mês subsequente e a GPS e o IR no
dia 20.
Não confundir geração com pagamentos, são dois tempos
diferentes, pense que vc está no shopping passeando e decide
comprar um sapato, (tempo 1) a compra ocorrerá no mês de
janeiro para aproveitar as ofertas do começo de ano, porém o
pagamento acontecerá no próximo mês (tempo2) quando vence

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305

sua fatura do cartão, assim teremos aproximadamente 20 dias para


o pagamento.
Neste mesmo pensamento será feita a folha de pagamento (regime
de competência) e posteriormente o seu pagamento (regime de
caixa).
O regime de caixa considera os pagamentos no momento em que
há a transação financeira.
Aproveitando o exemplo que já utilizamos, você gera a folha de
pagamento completa e depois o setor de contabilidade registra os
valores na contabilidade, mas ainda não existiu o efetivo
pagamento nem da folha e muito menos dos impostos gerados
pela folha.
Conforme Manual de Orientação – 01 S-1210 – Pagamentos
de Rendimentos do Trabalho
Quem está obrigado:o empregador/contribuinte/órgão público
que pagou para trabalhadores remuneração, rendimento ou PLR e
benefícios do RPPS.
Prazo de envio:este evento deve ser enviado até o dia 07 do mês
seguinte ou antes do envio do fechamento dos eventos periódicos
(evento “S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos”), o que
ocorrer primeiro. Antecipa-se o envio deste evento para o dia útil
imediatamente anterior quando não houver expediente bancário.
O evento que se refere a pagamentos no eSocial é o S – 1210. Sua
definição está de acordo com o regime de caixa, pois trata de
pagamentos realizados.
Analisando a folha de pagamento gerada pela empresa, porém
ainda não paga a seus colaboradores, este é o momento do
pagamento que deve ocorrer até o quinto dia útil do mês
subsequente, não confundir com o dia 5 do mês.

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Não entendi todo este trabalho para informar apenas o pagamento


de rendimentos ou remuneração do colaborador.
Exatamente, quando informamos o pagamento dos rendimentos
ou remuneração, estamos no regime de caixa que faz base para o
Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF, não se confunda com
o pagamento da guia do imposto.
Recapitulando:
Regime de Competência
Fechamento do Ponto e geração da folha de pagamento e
impostos do mês de competência da folha
Regime de Caixa
Pagamento dos valores da folha aos colaboradores dentro da
legislação até o dia 05 do mês subsequente e de verbas como, por
exemplo: PLR e férias.
Fundamentos: Regulamento do Imposto de Renda - Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018

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307

**Conteúdo sobre regime elaborado pelo Prof. Marcos


Alvarenga

CRONOGRAMA ESOCIAL 2020/2021


ACESSE>> https://dominandoacontabilidade.com/tabela-
cronograma-esocial-e-dctfweb-atualizado-2021/

DCTFWEB
Primeiramente devem ser enviados os eventos de
fechamento/totalização do eSocial e/ou da EFD-Reinf.
Em seguida, é preciso acessar o portal da DCTFWeb e localizar a
declaração gerada a partir das escriturações, a qual estará na
situação “Em andamento”.
Por fim, deve-se transmitir a DCTFWeb, que passará para a
situação “Ativa”, possibilitando a emissão do DARF.
A integração entre as escriturações e a DCTFWeb é feita de forma
automática após o envio, com sucesso, dos eventos de fechamento
do eSocial ou da EFD-Reinf.
O Portal da DCTFWeb recebe os dados e gera automaticamente a
declaração, que aparecerá na situação “em andamento”.
Quando as informações das duas escriturações se referirem ao
mesmo período de apuração, o sistema gera uma só DCTFWeb,
consolidando os dados.
Para te auxiliar ainda mais no envio
da DCTFWeb, lá no meu blog
>>https://dominandoacontabilidade.com
no MENU DICAS E TUTORIAIS tem
uma vídeo aula ensinando passo a
passo o preenchimento, ok!?

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308

EFD-REINF
Conforme Portal do SPED, a EFD-Reinftem por objeto a
escrituração de rendimentos pagos e retenções de Imposto de
Renda, Contribuição Social do contribuinte exceto aquelas
relacionadas ao trabalho e informações sobre a receita bruta para
a apuração das contribuições previdenciárias substituídas.
Substituirá, portanto, o módulo da EFD-Contribuições que apura
a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

A EFD-Reinf junto ao eSocial, após o início de sua


obrigatoriedade, abre espaço para substituição de informações
solicitadas em outras obrigações acessórias, tais como a GFIP, a
DIRF e também obrigações acessórias instituídas por outros
órgãos de governo como a RAIS e o CAGED.

Esta escrituração está modularizada por eventos de informações,


contemplando a possibilidade de múltiplas transmissões em
períodos distintos, de acordo com a obrigatoriedade legal.

Dentre as informações prestadas através da EFD-Reinf, destacam-


se aquelas associadas:

- aos serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra


ou empreitada;
- às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP)
incidentes sobre os pagamentos diversos efetuados a pessoas
físicas e jurídicas;
- aos recursos recebidos por / repassados para associação
desportiva que mantenha equipe de futebol profissional;
- à comercialização da produção e à apuração da contribuição
previdenciária substituída pelas agroindústrias e demais
produtores rurais pessoa jurídica;
- às empresas que se sujeitam à CPRB (cf. Lei 12.546/2011);
- às entidades promotoras de evento que envolva associação
desportiva que mantenha clube de futebol profissional.

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Demais orientações:

Devido as constantes mudanças no Esocial, DctfWeb e EFD-


Reinf, resolvei não colocar aqui neste manual.

Diante disto recomendo que acompanhe todas as atualizações,


dicas, orientações e demais procedimentos lá no blog
>>https://dominandoacontabilidade.com e também com nossa
grande parceira a EB Treinamentos em seu canal no youtube e nas
redes sociais. São diversas aulas atualizadas, práticas, tutoriais e
legislação bem detalhada.

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CONCLUSÃO
Passamos por vários pontos que
trata a área trabalhista e
procedimentos no
Departamento Pessoal, claro
que há muito o que se falar,
pois são tantas informações
somadas ao longo dos anos e
tantas outras que chegam ao decorrer dos dias que as vezes deixa
o profissional “louco” sem saber qual caminho seguir.
Como muitos dizem e eu também confirmo que quem trabalha na
área de Departamento Pessoal é um verdadeiro guerreiro, é
admirável tamanho trabalho e esforço em cumprir as
obrigações trabalhistas.
Nesta prática reuni alguns textos e orientações que estavam
dispersos em grupos do Facebook como Departamento Pessoal
em Ação, whatsapp, Blog Sistema Metadados e fóruns onde
colegas de profissão quase que diariamente publicavam com
intuito de ajudar os profissionais a destrinchar as complexidades
práticas trabalhistas como a colega Jéssica Fávaro, Pollyana
Tibúrcioe dentre outras.
Inclusive recomendo que acompanhe para enriquecer ainda mais
o conhecimento e aprendizado.
O Departamento Pessoal é um setor que vem absorvendo muita
mão de obra e ela precisa ser o mais qualificada possível.

Entendo que as vezes é estressante e trabalhoso, mas entenda que


é uma área que vem crescendo e muito principalmente nestes
últimos meses de crise e depois dela vai precisar ainda mais.
Então aproveite a oportunidade de surfar essa onda e se
tornar um especialista.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Espero realmente que este manual o tenha ajudado a entender e


compreender ainda mais como é de fato a área societária, fiscal,
contábil e Departamento Pessoal – conceitos teóricos, práticos,
impactos e estrutura.

Pois coloquei não só minha experiência de mais de 12 anos, mais


também tive o apoio de alguns amigos de profissão, professores e
especialistas que tiveram o prazer em contribuir no
desenvolvimento da sua carreira profissional.

Claro que ainda temos muito mais temas, informações,


procedimentos e dentre outros assuntos a comentar e instruí-lo,
pois a contabilidade trás isto todos os dias e este é momento exato
de embarcamos com tudo.

Não sei se você percebeu, mas acredito que a nossa profissão


nunca foi tão requisitada e valorizada quanto agora. Este é o
momento de nos apoiar e elevar nossa profissão ao topo e mostrar
a todos que somos muito mais que “darfeiros” ou “despachantes
do governo”.

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Gosto muito de uma frase que a Fernanda Rocha Fundadora da


Nucont e do movimento Contabilidade sem Chatice utiliza:

- Somos Contadores Consultores, focamos em resolver a dor do


cliente e usamos a verdadeira contabilidade como ferramenta de
tomada de decisão.

E como disse no início não vamos parar por aqui, pois quero
realmente que domine vários procedimentos de cada área e vou
fazer o possível para que você estudante, recém formado,
contador iniciante e até com experiência obtenha todo
conhecimento e aprendizado necessário para desenvolver a
capacidade e habilidade para enfrentar quaisquer desafios do
mercado, ok!?

Até a próxima...nos vemos em breve!

Um forte abraço!

Renato Carvalho
Contador/Consultor
RC Treinamento Profissional

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Planejamento Tributário na Prática 4º Edição 2017 – Francisco


Coutinho Chaves
- Manual de Direito Tributário 5ºEdição 2018 – Alexandre Mazza
- Manual de contabilidade tributária 9ª Edição 2017 – Paulo
Henrique Pêgas
- Manual de Contabilidade Societária Aplicável a todas as
Sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC –
FIPECAFI 3ºEdição 2018
- Livro Estrutura e Análise de Balanços – Alexandre Assaf Neto
- Livro Contabilidade Empresarial 17º Edição – José Carlos
Marion
- Cálculos Trabalhistas Perguntas e Respostas – Hamilton Novo
Lucena
- Guia Prático de Cálculos Trabalhistas com base na Reforma –
Consultoria IOB
- CLT Esquematizada – Prof. AntonioDaud Jr
- Nova CLT – Atualizada pela Lei 13.467/2017 – por Wadih
Habib
- Livro a Reforma Trabalhista Comentada – por BortolottoAdv e
Assoc.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL – Ao longo do manual está descrito


quando pertinente todas as bases legais aplicáveis.

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