EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE

DO TRABALHADOR

Profa. Dra. Jani Cleria Bezerra

 EPIDEMIOLOGIA X SAÚDE DO
TRABALHADOR
• Riscos Químicos
- metais,
- solventes,
- agrotóxicos...)

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 2
Trabalhador
 EPIDEMIOLOGIA X SAÚDE DO
TRABALHADOR
• Riscos Ergonômicos
- Deslocamentos corporais forçados
- Posturas forçadas e viciosas
- Vibração
- Dispêndio excessivo de força muscular
- Ferramentas e móveis inadequados
- Controle rígido de produtividade
- Monotonia e repetitividade das tarefas
- Imposição de ritmos excessivos
- Jornada de trabalho prolongada
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 3
Trabalhador
 EPIDEMIOLOGIA X SAÚDE DO
TRABALHADOR
• Riscos Biológicos

• -Bactérias
- Vírus
- Fungos
- Parasitas de qualquer espécie

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 4
Trabalhador
 EPIDEMIOLOGIA X SAÚDE DO
TRABALHADOR
• Riscos Mecânicos

• -máquinas e equipamentos obsoletos

- Ferramentas inadequadas e defeituosas
- Pisos escorregadios
- Iluminação inadequada
- Armanezamento inadequado
- Instalações elétricas inadequadas
- Probabilidade de incêndio ou explosão
- Mau arranjo físico do espaço.
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 5
Trabalhador
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO
 MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO
Risco Relativo
Estimar a magnitude de uma associação entre a exposição e a doença e
indicar a probabilidade de desenvolvimento da doença no grupo exposto
relativa ao grupo não exposto

RR = 1
Não existe associação observada entre a exposição e o fator estudado
RR > 1
Indica associação positiva ou risco aumentada entre os expostos ao fator
estudado
RR < 1
Indica associação inversa ou risco diminuído entre os exposto ao fator
estudado. É chamado fator de proteção.

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 7
Trabalhador
 MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO
Tabela de Contingência

__
ATIV. FISICA DOENTES D NÃO-DOENTES D TOTAL
OBESIDADE OBESIDADE

EXPOSTO E a b a+b

NÃO- EXPOSTO E c d c+d

__

TOTAL a+c b+d a+c+b+d

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 8
Trabalhador
 MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO
Risco Relativo
a
Ativ. Fisica __
TOTAL
___ D D
27 455 482
a+b E a b a+ b
RR = ________ __ 77 1831 1908
E c d c+d
C
TOTAL 104 2286 2390
___
a+c b+d a+b+c+d
c+d

27
___
0.056
482
RR = ______ = 1.04
RR = ________
0.054
104
___
1908
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 9
Trabalhador
 MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO
Razão de Chance ou Odds Ratio

Estudo observacional que se inicia na seleção de um

grupo de pessoas portadoras de uma doença ou
condição específica (caso) e uma outro grupo de
pessoas que não são portadoras desta doença ou
condição (controle).
Tem por objetivo estimar a freqüência da exposição na
população.
No caso-controle não sabe-se incidência ou
prevalência, não podendo estimar o RR ou RP. Porém,
pode-se utilizar a razão de chance.

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 10
Trabalhador
 MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO
Razão de Chance – ODDS RATIO (OR)

A principal medida de associação estimada em estudos

caso-controle e estudos transversais é a OR, que mede
a força de associação entre a exposição e a doença.

Ex: OR = 3
Significa que a exposição ao fator estudado aumenta 3 vezes a chance de
de adoecer.

Contraceptivo Infarto miocárdio TOTAL

oral __
axd D D
23 304 327
OR = ____ a b a+ b
cxb
E
133 2816 2949
__
c d c+d
E
OR = 1.60 TOTAL 156 3120 3276
a+c b+d a+b+c+d
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 11
Trabalhador
 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA,
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA

Profª Drª Jani Cleria Bezerra Epidemiologia e Saúde do Trabalhador 12

 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA

Um dos objetivos da epidemiologia é quantificar ou

medir a frequência com que os problemas de saúde
ocorrem em populações humanas.

Para tal, as medidas de frequência são definidas a

partir de dois conceitos epidemiológicos fundamentais
denominados PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA.

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 13
Trabalhador
 PREVALÊNCIA
Quantidade de casos existentes de uma doença, ocorridos em uma
população determinada,em um certo momento.

Ex: Em uma população 8494 indivíduos com idade entre 30-39 anos, 229
indivíduos apresentaram diabetes mellitus no período de novembro de
1986 a julho de 1988.

Total de casos existentes da doença “D” ocorridos em determinada

população em determinado momento
_____________________________________ x 100
População exposta à doença “D” durante o período

229
____ x 100 = 0.026 x 100 = 2.7%
8494

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 14
Trabalhador
 PREVALÊNCIA

Os casos existentes ou prevalentes, são aquelas pessoas que adoeceram

em algum momento no passado mais ou menos remoto, e que ainda estão
vivos quando se realiza a observação. Assim, os doentes que vierem a
falecer antes do período de observação não são considerados no cômputo
de prevalência

A prevalência se assemelha a uma fotografia, na qual se registra os

indivíduos doentes naquele instante de tempo.

MEDIDA ESTÁTICA
ÚNICA OBSERVAÇÃO

Medida relevante para planejamento de ações e administração de

serviços de saúde
Profª Drª Jani Cleria Bezerra Epidemiologia e Saúde do Trabalhador 15
15
 INCIDÊNCIA
Quantidade de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população
durante um certo período.

Ex: Durante 3 meses observou-se uma população de 5000 mulheres, sendo

detectado neste período 120 casos de hipertensão

Total de casos novos da doença “D” ocorridos na população em um

período
_____________________________________ x 100
População exposta à doença “D” durante o período

120
____ x 100 = 0.024 x 100 = 2.4%
5000
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 16
Trabalhador
 INCIDÊNCIA

Os casos novos ou incidentes, são aquelas indivíduos não doentes no início

do período da observação, e portanto, sob risco de adoecimento – que, no
seu decorrer, acabam por adoecer.

Na incidência, para que os casos possam ser detectados, é necessário que

cada indivíduo seja observado em, no mínimo, duas ocasiões.

MEDIDA DINÂMICA
MUDANÇA NO ESTADO DE SAÚDE
FOLLOW-UP (seguimento)

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 17
Trabalhador
Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em
adultos
Francisco José Gondim PitangaI; Ines LessaII Maio - Junho, 2005

RESUMO
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência e determinantes do sedentarismo no
lazer em adultos, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. O desenho foi transversal em
amostra de 2.292 adultos > 20 anos de idade, sendo 1.271 (55,0%) do sexo feminino.
Sedentários no lazer foram aqueles que informaram não participar de atividades
físicas nos momentos de lazer, em uma semana habitual. Inicialmente, calculou-se a
prevalência do sedentarismo no lazer no total, por variáveis associadas e
estratificadas por sexo na população estudada. Em seguida, calculou-se a razão de
prevalência entre sedentarismo no lazer, idade, grau de escolaridade e estado civil,
estratificados por sexo e intervalo de confiança a 95%. A prevalência do sedentarismo
no lazer foi de 72,5%, sendo mais freqüente em mulheres entre 40-59 anos e homens
maiores que 60 anos de idade, em pessoas com baixo nível de escolaridade e entre os
casados, separados ou viúvos. Os resultados deste estudo são importantes para a
saúde pública, porque podem ser utilizados para demonstrar os altos níveis de
sedentarismo no lazer na nossa população, bem como para identificar seus
determinantes, para que, desta forma, estratégias de intervenção possam ser
implementadas.
Atividades de Lazer; Atividade Motora; Estilo de Vida; Adultos

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 18
Trabalhador
 PESQUISA DESCRITIVA
Incidência

__
ATIV. FISICA DOENTES D NÃO-DOENTES D TOTAL
OBESIDADE OBESIDADE

EXPOSTO E a b a+b

NÃO- EXPOSTO E c d c+d

__

TOTAL a+c b+d a+c+b+d

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 19
Trabalhador
 PESQUISA DESCRITIVA
Incidência

__
ATIV. FISICA DOENTES D NÃO-DOENTES D TOTAL
OBESIDADE OBESIDADE

EXPOSTO E 27 455 482

NÃO- EXPOSTO E 77 1831 1908

__

TOTAL 104 2286 2390

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 20
Trabalhador
 PESQUISA DESCRITIVA
Incidência
a
Ativ. Fisica __
TOTAL
___ D D
a+b 27 455 482
E a b a+ b
RR = ________
__ 77 1831 1908
C E c d c+d
___
TOTAL 104 2286 2390
c+d a+c b+d a+b+c+d

27
___
0.056
482
RR = ______ = 1.4
RR = ________
0.040
77
___
1908
Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 21
Trabalhador
Riscos associados ao processo de desmame entre crianças
nascidas em hospital universitário de São Paulo, entre 1998 e
1999: estudo de coorte prospectivo do primeiro ano de vida
Set- out, 2003
Milena Baptista BuenoI; José Maria Pacheco de Souza II; Sonia Buongermino de
SouzaI; Suzana Maria Rebelo Sampaio da Paz I; Suely Godoy Agostinho
GimenoIII; Arnaldo Augusto Franco de Siqueira IV

RESUMO
O objetivo do estudo foi descrever a prática do aleitamento materno de crianças nascidas em um
hospital universitário em São Paulo, e identificar fatores associados com a duração do
aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo. Criou-se uma coorte potencial de 506
recém-nascidos, destas, foi possível utilizar informações de 450 que tinham dados sobre
alimentação, pelo menos, até o segundo mês de vida. A mãe anotava diariamente, em um
questionário de freqüência alimentar, os alimentos consumidos pela criança. Técnicas de análise
de sobrevida (Kaplan-Meier e Cox) foram utilizadas para as análises. A mediana do aleitamento
materno foi 205 dias e do aleitamento materno exclusivo 23 dias. Os fatores de importância na
duração do aleitamento materno exclusivo foram idade da mãe (rh mais jovem/mais velha =
1,22; IC95% = 1,006-1,486) e escolaridade da mãe (rh fundamental/superior = 2,13; IC95% =
1,381-3,307 e rh médio/superior = 1,78; IC95% = 1,145-2,792), podendo estar relacionadas com
o conhecimento dos benefícios do aleitamento materno exclusivo.
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Estudos de Coortes; Desmame

Epidemiologia e Saúde do
Profª Drª Jani Cleria Bezerra 22
Trabalhador