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ATUALIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE
ATENDIMENTO EM CASOS DE
ACIDENTES COM ANIMAIS
POTENCIALMENTE TRANSMISSORES DA
RAIVA. SEGUNDO NOTA TECNICA
N°8/2022/MS
MARÇO/2022
SECRETARIA DE SAÚDE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA MUNICIPAL
Rua 1º da Agosto, 567, Centro, CEP: 65.606-070 - Caxias / MA
2º andar - (99) 3421-6089 · Ramal 217
Site: www.caxias.ma.gov.br
VIGILÂNCIA
SECRETARIA ATENÇÃO PRIMÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA
MUNICIPAL DE SAÚDE VIGILÂNCIA EM SAÚDE MUNICIPAL
_____/_____/_____
_______________________________________
MÔNICA CRISTINA MELO SANTOS GOMES
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE
_______________________________________
VERÔNICA CARNEIRO ARAGÃO FERREIRA
COORDENADOR DA ATENÇÃO PRIMARIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
_______________________________________
ELANE MARIA AZEVÊDO DOS REIS
COORDENADORA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
_______________________________________
TAMIRES SAMARA MAGALHÃES PEREIRA
ENFERMEIRA SUPERVISORA DO PROGRAMA ANTIRRÁBICO
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CONDUTA
ESPECIE TIPO DE ACIDENTE TRATAMENTO EM CONDUTA
INDICADO RELAÇÃO PROFILÁTICA
AO ANIMAL HUMANA
PRIMATAS- SAGUIS E
MACACOS
COMPLETAR O
SEMPRE ESQUEMA PROFILÁTICO
OUTROS ANIMAIS SOROVACINAÇÃO
MORDEDURA NOTIFICAR
SILVESTRES E LAMBEDURA IMEDIATAMENTE A (SOROVACINAÇÃO)
EXÓTICOS- EX: ARRANHADURA SORO E 4 DOSES UVZ-CAXIAS
SORO E 4 DOSES
RAPOSA, CAPIVARAS,
(0, 3,7,14)
ETC. (0,3,7,14)
(0,3,7,14)
NOTIFICAR COMPLETAR O
IMEDIATAMENT ESQUEMA
LAVAR COM ÁGUA E E A UVZ-CAXIAS PROFILÁTICO
SABÃO
GRAVE
SORO E VACINA
(0,3,7,14)
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SEMPRE
MORCEGO-TODAS AS SOROVACINAÇÃO
ESPÉCIES MORDEDURA,
ARRANHADURA E
SORO E 4 DOSES COMPLETAR O
LAMBEDURA
ESQUEMA
(0,3,7,14) SE POSSÍVEL
PROFILÁTICO
ACIONAR
IMEDIATAMENTE A
(SOROVACINAÇÃO)
UVZ-CAXIAS PARA
INVESTIGAR A RECOLHIMENTO DO
SORO E 4 DOSES
SITUAÇÃO DE ANIMAL
EXPOSIÇÃO . NA (0,3,7,14)
ADENTRAMENTO
DÚVIDA FAZER
DE MORCEGO
SORO E 4 DOSES
(0,3,7,14)
TRATAMENTO
ESPECIE TIPO DE ACIDENTE
INDICADO
ROEDORES
(CAMUNDOGOS,
COELHOS, HAMSTERS E
OUTROS ROEDORES
URBANOS)
NÃO HÁ INDICAÇÃO DE
MORDEDURA,
TRATAMENTO
ARRANHADURA E
PROFILÁTICO PARA
LAMBEDURA.
RAIVA.
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b) Acidentes graves:
Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé; Ferimentos
profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo; Ferimentos puntiformes são
considerados profundos, mesmo que não apresentem sangramentos; Lambedura de mucosas;
Lambedura de pele onde já existe lesão grave; Ferimento profundo causado por unha de animal;
Qualquer ferimento por morcego.
Muitos relatos na literatura médica mostram que o risco de transmissão do vírus pelo
morcego é sempre elevado, independentemente da espécie e da gravidade do ferimento.
Por isso, todo acidente com morcego deve ser classificado como GRAVE.
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Cães e gatos, que vem a óbito durante o período de observação, deverão ser encaminhados
para o diagnóstico de raiva. Deve-se entrar em contato com o plantão da UVZ- CAXIAS. O
paciente deve ser encaminhado à Unidade de Referência para iniciar o tratamento indicado.
Havendo contaminação da mucosa com saliva, outras secreções ou tecidos internos de animal
suspeito de ter raiva, seguir o esquema profilático indicado para lambedura da mucosa. A mucosa
ocular deve ser lavada com solução fisiológica ou água corrente.
Deve ser conservada sob refrigeração entre +2ºC e +8°C, até o momento de sua aplicação.
Via intramuscular: são apresentadas nas doses 0,5 ml e 1 ml, dependendo do fabricante
(verificar embalagem e/ou lote).
2ª 3ª
1ª dose 4ª dose
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
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Não é necessario reiniciar a profilaxia de pacientes faltosos. Nestes casos, aplicar o(s)
imunobiologico(s) prescrito(s) no dia em que o paciente comparecer à unidade e continuar o
esquema mantendo os intervalos das doses seguintes de acordo com o intervalo do esquema
originalmente proposto.
As doses de vacinas agendadas, no caso de não comparecimento, deverão sempre ser aplicadas
em datas posteriores às agendadas, nunca adiantadas.
A utilização de SAR ou IGHAR está indicada para todos os acidentes graves, em pacientes que
não possuem tratamento anterior ou esquema de pré-exposição, o soro antirrábico deve ser
aplicado no 1º atendimento, em conjunto com a 1 ª dose de vacina. Quando isto não for
possível, aplicar no máximo até o 7º dia após a 1ª dose de vacina. Após este prazo, não deve
ser administrado porque o paciente já apresenta resposta à vacina e pode haver interferência
entre a imunização ativa e passiva.
O SAR não deve ser utilizado em situação de reexposição ao vírus da raiva ou em caso de
pessoas que já tenham feito seu uso anteriormente. No entanto, deve ser recomendado, se
houver indicação, em situações especiais, como pacientes imunodeprimidos ou dúvidas com
relação ao esquema profilático anterior.
A apresentação é na forma líquida, geralmente em ampolas com 5mL (1.000 UI) e a conservação
deve ser entre 2 e 8°C. Não pode ser congelado, pois provoca a perda de potência, forma
agregados e aumenta o risco de reações.
ADMINISTRAÇÃO
A dose é de 40 UI/kg de peso. A dose pode ser dividida e administrada em diferentes músculos,
simultaneamente.
Apesar de seguro, o SAR deve ser aplicado em locais com infraestrutura para atendimento de
choque anafilático. Após a aplicação do soro, deixar o paciente em observação por pelo menos
2 horas (período da ocorrência de reações anafiláticas graves).
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Deve-se infiltrar na(s) lesão (ões) a maior quantidade possível da dose do soro que a região
anatômica permita. Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída,
o mínimo possível, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Para essa
diluição, utiliza-se o máximo de 3 vezes da quantidade indicada, preferencialmente ate duas
vezes.
Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor
possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea (quadrante superior
externo). Nas crianças com idade menor de 2 anos, deve ser administrado na face lateral da
coxa. Não se deve aplicar o soro na mesma região em que foi aplicada a vacina.
Não se recomenda a sutura dos ferimentos. Quando for absolutamente necessário, aproximar as
bordas com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico,
se indicado, deverá ser infiltrado 1 hora antes da sutura.
Indicação
Em substituição ao SAR, nas seguintes situações especiais:
• na vigência de hipersensibilidade ao SAR;
• na vigência de história pregressa de utilização de outros heterólogos (origem equídea);
• na vigência de contatos frequentes com animais, principalmente com equídeos, por exemplo,
nos casos de contato profissional (veterinários) ou por lazer.
A dose preconizada é de 20 UI/kg e a maior quantidade possível deve ser infiltrada nas
lesões, o restante quando houver pode ser aplicado IM, podendo ser usada a região glútea.
A lesão (ou lesões) deve(m) ser rigorosamente lavada(s) com água e sabão. A maior quantidade
possível da dose prescrita do IGHAR deve ser infiltrada na lesão (ou lesões). Quando necessário,
o IGHAR pode ser diluído em soro fisiológico ate, no máximo, o dobro do volume,
preferencialmente. Nas crianças com idade inferior a 2 anos, a IGHAR deve ser administrada na
face lateral da coxa, em que não foi aplicada a vacina. Nas crianças maiores e nos adultos, o
musculo deltoide deve ser poupado, ficando livre para a administração da vacina. A IGHAR está
disponível nos CRIE.
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A dose indicada do soro heterólogo é de 40 UI/kg de peso do paciente 90,2ml/kg. Não existe limite de dose (proceder cálculo para
peso >100kg
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3) Hábitos de vida do animal: domiciliado ou não domiciliado. Animal domiciliado é o que vive
exclusivamente dentro do domicílio, não tem contato com outros animais desconhecidos e só sai
à rua acompanhado do seu dono. Animal não domiciliado é aquele que passa longos períodos
fora do domicílio, sem controle, devendo ser considerado como animais de risco, mesmo que
tenha proprietário e tenha sido vacinado.
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5) Orientar o usuário para não matar o cão/gato e observar por 10 dias, notificando
imediatamente a unidade de saúde se o animal morrer, desaparecer ou ficar com comportamento
estranho durante o período de observação;
Pessoas com reexposição ao vírus da raiva, que já tenham recebido profilaxia de pré ou pós-
exposição anteriormente, devem ser submetidas a novo esquema profilático, de acordo com as
indicações:
REEXPOSIÇÃO EM PACIENTES
REEXPOSIÇÃO EM PACIENTES QUE TENHAM RECEBIDO QUE TENHAM RECEBIDO
PROFILAXIA DE PÓS-EXPOSIÇÃO PROFILAXIA DE PRÉ-
EXPOSIÇÃO
O atendimento do esquema profilático antirrábico humano deve ser garantido todos os dias,
inclusive nos finais de semana e feriados, ate a última dose prescrita (esquema completo). É de
responsabilidade do serviço de saúde que atende o paciente realizar busca ativa imediata
daqueles que não comparecerem nas datas agendadas para a aplicação de cada dose da vacina
prescrita. A interrupção de esquema profilático da raiva, quando indicada pela unidade de saúde,
não é caracterizada como abandono da profilaxia.
Entendemos que a prescrição de esquema vacinal para profilaxia da Raiva Humana na Atenção
Primária em Saúde, poderá ser realizada pelo profissional Enfermeiro, mediante avaliação do
paciente em consulta de enfermagem, utilizando o Processo de Enfermagem previsto na
Resolução COFEN Nº 358/2009 e de acordo com PARECER Nº 04/2018/COFEN/CTAB.
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REFERENCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica nº 8/2022-CCZV/DEIDT/SVS/MS. Informa sobre
atualizações no Protocolo de profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil. 2022.
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