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Existem também algumas definições de investigação que são mais gerais e aplicam-se a
diferentes abordagens. Burns e Grove definem a investigação científica como um processo
sistemático, visando validar conhecimentos já adquiridos e produzindo novos que, de forma
direta ou indireta influenciarão a pratica. Engloba não somente as investigações estritamente
objetivas, mas também as que se apoiam em métodos subjetivos sendo ao mesmo tempo
rigorosas e sistemáticas.
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O método fornece à investigação o seu carácter sistemático – este define-se como um
conjunto de processos racionais tendentes a um fim determinado.
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A autoridade – a autoridade é uma outra fonte de aquisição de conhecimentos. Ela é,
de alguma forma, um canal de transmissão da tradição.
Tentativa erro – as tentativas e erros podem ser considerados como uma forma de
aprender quando não se dispõe de outra fonte de conhecimento. O conhecimento
que daqui resulta é empírico e, por consequência, transmite-se dificilmente a outros.
A aprendizagem por tentativa e erro não é nem sistemática nem infalível. O facto de
multiplicar as operações, com vista a chegar a uma boa resposta ou determinar o tipo
de ação que convém executar não constitui em si um meio eficaz de adquirir
conhecimentos. Além disso, esta estratégia de aprendizagem pode revelar-se
dispendiosa e mesmo de risco nos casos em que é necessário intervir rapidamente.
A experiência pessoal – a experiência pessoal pode constituir uma fonte apreciável de
conhecimentos no exercício de uma profissão, em particular em situações onde +e
preciso intervir junto de outras pessoas.
As operações do pensamento
Segundo Burns e Grove a investigação exige aptidões para o pensamento abstrato assim
como para o pensamento concreto.
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Intuição – trata-se de um conhecimento que, difere da reflexão, da analise e do
raciocínio, permitindo adquirir uma certeza sem o recurso ao raciocínio. Ela é de facto
uma forma de inteligência que percebe de imediato a diversidade e a complexidade d
real e o organiza num todo coerente.
Raciocínio – raciocinar é desenvolver e organizar as suas ideias tendo em vista chegar
a conclusões. É a partir do que se conhece para chegar a outras descobertas. É pelo
raciocínio que os indivíduos conseguem dar um significado aos seus pensamentos e às
suas experiências.
O raciocínio é utilizado na elaboração de teorias e no desenvolvimento da
investigação. O raciocínio lógico é também um método de aquisição de
conhecimentos que coloca em contribuição ao mesmo tempo a experiencia, as
faculdades intelectuais e os processos de pensamento.
Os dois principais modos de raciocínio lógico são o a) – raciocínio indutivo e b) –
raciocínio dedutivo.
a) Raciocínio indutivo conduz a passar de observações e de factos singulares a
proposições gerais. Consiste em ir do particular para o geral.
b) Raciocínio dedutivo consiste em aplicar princípios gerais e postulados a
situações particulares. O raciocínio dedutivo intervém na elaboração das
hipóteses que serão verificadas pela investigação. Consiste em ir do geral
para o particular.
Estes dois modos de raciocínio são essenciais para compreender e classificar os fenómenos e
contribuem para a aquisição dos conhecimentos. Contudo, nem um nem outro dos modos é
infalível e não pode ser utilizado, como si só, como fonte de conhecimento científico.
A ciência
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A teoria
A prática profissional
Em conclusão
É importante relembrar que a investigação é o método por excelência, que permite adquirir
conhecimentos e, por este facto, ela depende da teoria, visto que esta dá significado aos
conceitos utilizados numa determinada situação. A investigação permite elaborar teorias e
verifica-las. A investigação que visa a elaboração da teoria consiste em reconhecer a presença
de um fenómeno, em descrever as suas características e em precisar as relações que existem
entre elas. A investigação que tem por objetivo verificar a teoria procura demonstrar, com a
ajuda de hipóteses retiradas da teoria, que esta ultima possui um evidencia empírica. A relação
que existe entre a investigação e a teoria, tal como a elaboração desta última, assenta na
investigação e esta, por sua vez, assenta na teoria. A estreita dependência entre a investigação
e a teoria encontra-se também no plano do método, porque os tipos de investigação que
servem para verificar as teorias podem ser ora descritivos, ora explicativos ou preditivos.
Assim, os estudos descritivos têm como papel definir as características dos fenómenos, os
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estudos corelacionais determinam as relações entre estas características enquanto que os
estudos experimentais servem para predizer e para controlar fenómenos.
É preciso reconhecer que existe, muitas vezes, um fosso entre o mundo da investigação e o da
pratica profissional.
É por isso que a aprendizagem da investigação deve estar ligada à pratica de maneira que o
profissional, no termo dos seus estudos, possa servir-se dos seus conhecimentos para definir
problemas particulares e ajustar consequentemente a sua ação.
Investigação fundamental:
Investigação aplicada
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A este respeito predominam duas escolas de pensamento, a filosofia de orientação positivista
e a de orientação naturalista, que diferem pelos seus paradigmas (paradigma = conjunto de
crenças e de valores partilhado por um grupo ou escola de pensamento)
realidade objetiva
fenómenos humanos previsíveis e controláveis
conhecimento objetivo independente do investigador (raciocínio dedutivo)
possibilidade de descoberta de verdades (absolutas)
ciência que tem como objetivo a compreensão do fenómeno
raciocínio dedutivo que permite predizer e controlar fenómenos
Metodologia quantitativa:
decorre de forma linear, que começa pela definição do tema ate aos resultados
o foco é a recolha de dados quantificáveis (fiáveis)
é necessário e importante que os participantes representem a população (há um
conjunto de técnicas que devem ser utilizadas – o investigador segue um processo
racional que o leva a percorrer uma serie de etapas, ido da definição do problema de
investigação à medida dos conceitos e à obtenção dos resultados)
apela à dedução, ás regras da logica e da medida
é baseada na observação de factos, de acontecimentos e de fenómenos objetivos
comporta um processo sistemático de colheita de dados observáveis e mensuráveis
a objetividade, a predição, o controlo e a generalização são características distintivas
da metodologia quantitativa
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Metodologia qualitativa:
A investigação quantitativa apoia-se na crença de que os seres humanos são compostos por
partes que podem ser medidas. Assim, as características psicológicas, fisiológicas e sociais
podem ser medidas e controladas, abstraindo-se da situação em que se encontram os
participantes.
Um quadro teórico ou concetual é definido desde o início, de maneira a dar ao estudo uma
direção precisa.
As estratégias
Esforça-se para eliminar todas as variáveis estranhas que sejam capazes de afetar os
resultados da sua investigação.
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2.3 O paradigma de investigação qualitativa
A investigação qualitativa assenta no paradigma naturalista:
O investigador visa compreender o ponto de vista dos participantes. Ele examina e interpreta
os dados à medida que os recolhe, depois decide o caminho a seguir, baseando-se nas suas
descobertas.
As estratégias
Numa investigação qualitativa, pode-se modificar a forma de proceder e repetir várias vezes a
amostragem, a colheita dos dados, a análise e a interpretação.
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A fase conceptual é a única que exige um voltar atrás, para delimitar com mais precisão, o
tema de estudo. A primeira etapa consiste em escolher um tema, e é no decurso da segunda e
terceira etapas que é examinado por meio dos trabalhos de investigação anteriores,
redefinido, depois inscrito num quadro conceptual ou teórico de maneira a situar o estudo em
relação aos que já foram publicados. Na quarta e quinta etapa da fase conceptual, o problema
é formulado na base dos elementos de informação que foram recolhidos.
Definições
Construto – é elaborado pelo investigador com objetivo científico preciso e deve corresponder
a uma realidade empírica.
Hipótese – resultado antecipado das relações entres variáveis. Estabelece uma ligação de
associação ou de causalidade entre variáveis e é objeto de uma verificação empírica.
Postulado – enunciado que se admite como verdadeiro, se bem que não demonstrado
cientificamente. É uma proposição que tem valor universal.
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Proposição – enunciado que relaciona conceitos. Decorrem das teorias ou são generalizações
baseadas em enunciados formulados a partir dos escritos.
Teoria – explicação cientifica das relações que unem factos, conceitos e proposições. O
investigador deduz hipóteses das teorias e prediz a ação de variáveis baseando-se em
proposições teóricas.
Variável – conceito ao qual se pode atribuir uma medida. Corresponde a uma qualidade ou a
uma característica que são atribuídas a pessoas ou acontecimentos. São ligadas aos conceitos
teóricos por meio de definições operacionais que servem para medir conceitos. Distinguem-se
em: independente, dependente, atributo e estranha.
Uma variável independente é uma variável que o investigador introduz num estudo
experimental para medir o efeito que ela produz na variável dependente. A variável
dependente sofre o efeito da variável independente e produz um resultado.
Uma variável atributo é uma característica própria do participante numa investigação (ex.
Idade, género, estado civil).
Compreende 5 etapas:
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A primeira etapa: a escolha do tema e da questão preliminar
O investigador deve escolher um tema relativo a um problema geral que necessita de uma
investigação sistemática. Pode ser relacionado com preocupações humanas, sociais, clínicas ou
teóricas; ele corresponde a comportamentos, observações, conceitos ou teorias.
Para delimitar o tema, o investigador procede a uma revisão inicial da literatura que lhe
permita conhecer o que foi escrito sobre o assunto e em consequência modificar a orientação
da sua investigação.
Quando o investigador escolheu o seu tema de estudo, fê-lo em função de uma determinada
população de modo que a questão, que é objeto de investigação, possa ser tratada de forma
empírica. Uma vez que circunscreveu o tema, precisa-se o que se quer conhecer a este
propósito. Para fixar a orientação e o objetivo do estudo, o investigador revê a literatura que
trata do assunto.
A segunda etapa consiste em fazer o inventario das obras ou dos artigos sobre o assunto.
A revisão inicial é um primeiro exercício de leitura que consiste me procurar nas bibliotecas os
documentos pertinentes nas bases de dados informatizados e nas obras de referência. Esta
primeira revisão deverá ajudar a delimitar com mais precisão a questão de investigação.
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Orienta o enunciado das questões da investigação ou das hipóteses e serve de base à
análise dos dados e à interpretação dos resultados. Dá uma direção à investigação e permite
ao investigador ligar, no final do seu estudo, os resultados obtidos aos adquiridos na disciplina
em que está envolvido.
Quinta etapa: o enunciado do objetivo, das questões, das hipóteses e das variáveis
O objetivo – definido o objetivo, é-se conduzido a precisar os conceitos que serão estudados, a
população alvo e a informação que se deseja obter. Segundo os conhecimentos que se tem
sobre o tema, o estudo terá por objetivo descrever, explicar ou ainda predizer relações ou
determinar diferenças entre grupos.
As hipóteses – é uma predição sobre uma relação existente entre variáveis, que se verifica
empiricamente. A hipótese reporta-se à população alvo e serve para explicar e predizer os
fenómenos nos estudos correlacionais e experimentais.
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A fase metodológica: a planificação da investigação
Compreende 4 etapas:
O desenho indica que tipo de estudo será utilizado e como serão postos em prática os
elementos do desenho. Os principais elementos do desenho são as comparações, a
intervenção (tratamento), o meio do estudo, o controlo das variáveis estranhas, a
comunicação com os participantes, os instrumentos de colheita e de análise de dados.
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A população alvo refere-se à população que o investigador quer estudar e a propósito do qual
deseja fazer generalizações. A população acessível é a fração da população alvo que está ao
alcance do investigador, pode ser limitada a uma região, província, cidade, estabelecimento,
etc.
Esta etapa consiste em determinar a maneira como os conceitos abstratos, muitas vezes
multidimensionais, serão medidos. Os conceitos são convertidos em indicadores observáveis,
os quais são expressões quantificáveis e mensuráveis dos conceitos e são muitas vezes
constituídos por instrumentos de medida.
A quantidade avaliada pode ser expressa por um valor numérico ou por um valor categorial.
Podem ser apresentadas quatro escalas de medida para avaliar variáveis: a escala nominal, a
ordinal, a de intervalos e a de proporções. A escala nominal e ordinal representam valores
discretos enquanto que as escalas de intervalo e proporções representam valores contínuos.
A fase empírica corresponde à colheita dos dados no terreno, à sua organização e à sua análise
estatística. As técnicas de análise variam segundo a natureza dos dados. Uma vez os resultados
de investigação apresentados, as etapas seguintes consistem em interpretá-los reportando-se
ao quadro teórico ou conceptual e em comunicá-los.
Os dados são os elementos de informação colhidos junto dos participantes. Existem diversos
métodos de colheita de dados. A escolha do método depende das questões de investigação ou
das hipóteses, do desenho e dos conhecimentos de que se dispõe sobre o tema estudado.
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Precisa-se nesta etapa a maneira como se vão colher os dados, assim como as diligências a
fazer com vista à obtenção das autorizações requeridas para realizar o estudo no terreno.
Uma vez colhidos os dados, é preciso organizá-los tendo em conta a sua análise.
No caso de dados qualitativos, a análise consiste em reunir os dados sob a forma de uma
narrativa. Poderão ser utilizadas análises descritivas e inferenciais segundo a natureza do
estudo.
2) a difusão de resultados.
A difusão dos resultados de investigação é uma tarefa que os investigadores devem satisfazer
no final. Os resultados são de pouca utilidade para a disciplina e para a comunidade científica
se não forem comunicados a outros investigadores ou a eventuais utilizadores.
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4.1 a exploração do problema de investigação
Ao tema sobre o qual incide sobre a investigação associa-se uma questão geral, depois uma
questão precisa, estreitamente ligada do problema de investigação.
A escolha do tema
De um modo geral, o investigador escolhe um tema de estudo relacionado com a sua disciplina
(área) ou profissão. Está frequentemente ligado a preocupações clinicas, profissionais,
comunitárias, psicológicas e sociais.
As fontes
Contextos clínicos – o tema de estudo pode ser inspirado por situações problemáticas
ou anomalias observadas em contextos de trabalho. A exploração empírica pode
aumentar os conhecimentos que se têm sobre questões clinicas e, por conseguinte,
estes podem ser postos em prática.
Trabalhos publicados – os trabalhos e as publicações de investigação são fontes de
temas de estudo, visto que os problemas que eles tratam podem ser examinados sob
outro ponto de vista ou aprofundados. Do mesmo modo, as conferencias e os cartazes
podem inspirar ideias de investigação.
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Problemas sociais – os problemas sociais tais como a violência familiar, a taxa de
tentativas de suicídio, o abandono escolar, a colocação das pessoas idosas em
instituições, etc., podem constituir temas de estudo.
Preposições teóricas – as proposições teóricas existentes ou certos aspetos destas
podem servir como tema de estudo. Em geral, trata-se de verificar não a teoria no sei
conjunto, mas somente uma parte da mesma.
Por vezes o investigador combina ideias provindas de diferentes teorias e de
diferentes resultados de investigação de maneira a constituir um modelo, cuja
verificação devera ser objeto de investigação.
As teorias, os conceitos, e os modelos teóricos podem servir de base ao enunciado de
uma questão de investigação.
As prioridades – as associações profissionais, os organismos subvencionários e mesmo
certos estabelecimentos de saúde determinam prioridades no que concerne aos
domínios onde convirá desenvolver a investigação. Pode-se definir um tema de
investigação com base nestas prioridades.
4.4 os conceitos
O conceito é um elemento essencial em qualquer investigação dado que é ele que é estudado
e não a própria população.
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Os conceitos resumem e categorizam as observações empíricas. Alguns conceitos podem
reportar-se a objetos concretos, tais como um livro, uma cadeira, outros pelo contrário, são
conceitos abstratos e não designam nada de percetível pelos sentidos (autoestima, ansiedade,
adaptação, locus de controlo). Para estudar os conceitos abstratos é necessário decompô-los
em factos observáveis que tomam o lugar dos indicadores.
No decurso da sua evolução, a maior parte das disciplinas elaboraram conceitos que lhes são
próprios. Diferentes conceitos orientam o investigador na forma de conduzir o seu estudo.
A previsão dos conceitos afina-se por um meio de palavras-chave que facilitam a investigação
documental seja informatizada ou não, e dão acesso a artigos pertinentes sobre um tema de
estudo.
A revisão da literatura é indispensável não somente para definir o problema, mas também
para ter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um dado tema, as
suas lacunas e a contribuição da investigação para o desenvolvimento do saber.
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Os objetivos da revisão da literatura
Os objetivos da revisão da literatura consistem em determinar o que foi escrito sobre um tema
e clarificar a forma como este foi estudado.
Os estudos teóricos encontram-se nos livros e nos periódicos em suporte papel, em linha ou
em CD-ROM. Muitas vezes, os autores resumem nas introduções dos seus artigos, destinados à
publicação, os fundamentos teóricos sobre os quais estabeleceram as suas investigações.
Os estudos empíricos encontram.se nas revistas cientificas, nos relatórios de investigação, nas
dissertações e nas teses. São o resultado da observação em laboratórios ou no terreno.
Fontes primárias
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Fontes secundarias
São textos redigidos por outas pessoas que não o autor do documento que
constitui o objeto principal da investigação
Facilitam o acesso às fontes primarias
Classificam e analisam os textos de fonte primária já publicados
Exemplo: catálogos coletivos, os índices informatizados ou em papel e as
bibliografias anotadas.
A revisão inicial permite ainda precisar a questão tendo em conta aspetos que foram pouco
estudados. A revisão sistemática da literatura permite ir mais além da análise, na ordenação e
na redução.
As fontes de informação são registadas sobre diversos suportes: papel, eletrónico ou virtual
(internet). Para guiar a pesquisa documental relacionada com o tema de estudo, dispomos de
numerosos instrumentos:
O catalogo de uma biblioteca é a melhor ferramenta para localizar as monografias. Ele permite
fazer uma boa ideia da coleção de documentos que a biblioteca possui e encontrar facilmente
uma obra.
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Os periódicos
Os periódicos são uma fonte essencial para a documentação sobre um tema de estudo, visto
que o seu conteúdo é renovado constantemente. Encontram-se nos periódicos artigos de
investigação, de síntese, de opinião, etc.
os índices de periódicos são listas que servem para classificar os periódicos. Apresentam-se em
suporte de papel ou eletrónico. Recenseiam, por assuntos ou por autores, os artigos de
periódicos, revistas e algumas categorias livres.
Os reportórios analíticos de artigos incluem breves resumos de artigos. Dão conta do objetivo,
dos métodos e dos principais resultados obtidos.
Estas permitem aos investigadores documentarem-se sobre outros estudos que tratam do
mesmo assunto. Fornecem dados essenciais do que foi escrito.
A maior parte dos documentos que acabamos de descrever têm o eu equivalente eletrónico,
que consiste numa base de dados que o utilizador pode interrogar. Pode-se procurar por
titulo, autor, assunto, coleção, editora, cota, etc.
Internet
Pode-se também utilizar, a internet para a busca de documentos, visto que esta dá acesso a
bases de dados. Esta é dotada de motores de busca que fornecem os endereções das paginas
web relacionadas com os temas.
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5.3 A estratégia da pesquisa documental informatizada
importa primeiro delimitar claramente o problema de investigação por uma questão que
precise os conceitos a estudar
Separar conceitos
Para cada um dos conceitos retidos, é estabelecida uma lista de sinónimos chamados palavra-
chave. Destacam-se três conceitos da questão acima enunciados:
Escolhe-se pelo menos uma palavra-chave para cada conceito. Podemos tomar como
sinónimos de “reações psicológicas” as palavras “causa” ou “consequência” porque são muito
gerais.
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Aplicar os operadores booleanos
Operadores booleanos:
A consulta das fontes primarias permite conhecer p estado dos conhecimentos sobre um
tema.
É possível começar pelas fontes secundarias, a fim de encontrar referencias sobre um mesmo
tema. As fontes secundarias servem então para agrupar as fontes primárias sob um mesmo
tema por meio de obras especializadas, tais como as enciclopédias, os repertórios, etc.
Localizar publicações
A leitura dos artigos selecionados permitirá enunciar uma questão mais precisa, tendo em
conta o nível atingido pelos conhecimentos no domínio do qual saiu o tema de estudo. As
bibliotecas constituem a principal fonte de consulta de documentos sendo a revisão da
literatura o cerne da concetualização da organização sistemática de qualquer investigação, é
essencial proceder de forma metódica na localização das obras de referencia, de maneira a
tirar dela os maiores benefícios possíveis.
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O formato das publicações de investigação
Os artigos das revistas cientificas têm em geral um formato similar e comportam um numero
determinado de paginas.
Em geral o titulo dá indicações sobre os conceitos e, por vezes, também sobre a população.
O resumo – indica o objetivo de estudo, dá uma breve descrição sobre a população, descreve
o método de colheita dos dados, analisa-os e relata os principais resultados obtidos. Fornece
indicações preciosas sobre o conteúdo da publicação.
Referências bibliográficas
uma primeira leitura oermite familiarizar-se com o conteúdo e determinar se está de acordo
com a questão de investigação. Toma-se conhecimento do resumo e, se ele se enquadra no
tema em estudo, lê-se a introdução, os títulos das secções, uma ou duas frases assim como a
conclusão.
Fazer uma leitura atenta e retirar notas – no caso de se querer fazer uma analise e síntese do
material. Quando, num texto, se retiram ideias de um autor ou se resume o seu pensamento, é
preciso indicar o nome deste e faze-lo seguir do ano de publicação entre parenteses.
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5.5 revisão sistemática da literatura
A revisão sistemática da literatura consiste em fazer uma leitura aprofundada da
documentação recolhida sobre um tema.
Uma vez que todos os documentos retidos foram examinados, o investigador pode proceder à
organização, à analise e à síntese das fontes de informação.
A analise da informação
A analise das fontes de informação permite determinar o valor de uma fonte para o estudo a
realizar.
Síntese de informação
A síntese permite integrar melhor o significado dos trabalhos que foram retidos, devido ao seu
valor e às suas relações com o tema em estudo. Reformulam-se, de forma clara e concisa, as
ideias dos autores.
Uma vez que as publicações relacionadas com o tema do estudo foram lidas e resumidas, a
informação deve ser integrada num texto final chamado “revisão da literatura”.
São também discutidos nesta secção os aspetos teóricos do estudo. A conclusão resume o que
foi dito, ordena os textos estudados uns em relação aos outros e situa-os na problemática
geral. Apontam-se lacunas e aprecia-se sucintamente a contribuição do estudo considerado
para o avanço dos conhecimentos no domínio.
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A escrita deve caracterizar-se pela precisão na escolha das palavras e pela concisão na
formulação das frases. Estas são curtas e exprimem claramente uma ideia.
Um texto cientifico reencaminha geralmente para outros textos que serviram de referencia ao
autor. Uma revisão da literatura deve ser outra coisa que não um encadeado de citações ou de
resumos.
Deve-se indicar o que se observou, de forma constante, como contradições notadas nos
trabalhos de investigação, e tentar explicar as incoerências, tais como as diferentes
concetualizações e ou os diferentes métodos utilizados num mesmo trabalho. Os trabalhos
que chegaram a resultados idênticos podem ser agrupados em conjunto numa frase e
resumidos como por exemplo – um certo número de estudos, que relata que a incidência de
flebites, está diretamente ligado ao método de administração das perfusões intravenosas e a
certos parâmetros do material utilizado aquando da perfusão (Rodrigo e Cooke, 1995;
D’Amours, 1997; Mornin, 1999).
A revisão da literatura nas dissertações e nas teses é muitas vezes constituída por duas partes:
uma sobre os escritos empíricos e a outra precisando os aspetos teóricos.
Concluímos então que, o quadro de referencia é uma estrutura abstrata formada que uma ou
varias teorias ou de conceitos reunidos em conjunto, devido às relações que eles têm com o
problema de investigação a definir.
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Os conceitos
Concluímos então que os conceitos são ideias abstratas que representam comportamentos ou
características que se podem observar concretamente.
Os enunciados de relações
Os modelos conceptuais
Os modelos concetuais são entidades abstratas mais amolas que as teorias existentes, visto
que tentam explicar globalmente fenómenos, e é por isso que, contrariamente às teorias
particulares, eles não podem ser verificados pela investigação. Pode definir-se o modelo
conceptual como um conjunto de conceitos e de proposições gerais que enunciam relações e
se destinam a descrever e a caracterizar fenómenos.
Os modelos conceptuais, por vezes chamados macroteorias, por causa do seu carater geral
asseguram múltiplas possibilidades para a investigação e a prática.
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A utilidade do modelo conceptual reside no facto de fornecer diferentes perspetivas para o
estudo de conceitos que se ligam a uma dada disciplina. Os modelos concetuais podem
fornecer um quadro de raciocínio logico, próprio para justificar o problema de investigação. O
modelo conceptual permite reagrupar os conceitos pertinentes de modo a caracterizar ou a
descrever o fenómeno estudado, enquanto que a teoria serve para explicar e para predizer
relações entre variáveis.
Somente uma orientação conceptual claramente definida permite estabelecer relações logicas
entre os dados colhidos, no decurso da investigação.
As teorias
As definições de teoria variam de autor para autor, no entanto todos os autores estão de
acordo em dizer que ela serve para descrever ou explicar as relações mutuas entre os
conceitos.
As teorias não são factos, mas normas de conceber a realidade. Elas são abstratas dado que
são a expressão de uma ideia, e apresentam as coisas de forma geral. As ideias abstratas
podem ser verificadas na investigação, a qual demonstra então como elas funcionam num a
situação concreta.
A teoria organiza, num todo coerente e de forma sistemática, a informação recebida tendo em
vista uma utilização em situações apropriadas.
As teorias podem servir para guiar a investigação e para organizar os conhecimentos, elas
servem de guia à investigação, pelo facto de fornecerem um quadro logico. Permitem situar o
estudo num contexto que fornece uma perspetiva específica para explicar ou predizer relações
entre conceitos. Por outro lado, elas apropriam.se em conhecimentos, geralmente bem
fundados, que influenciam a forma de conceber um problema de investigação.
Os tipos de teorias
As teorias não são todas elaboradas a um mesmo nível e, por este facto, nem todas têm o
mesmo alcance; podem diferir pelo grau de abstração dos conceitos que as constituem;
definem-se em função da extensão dos factos que elas visam explicar e as aplicações que se
pode tirar delas variam consequentemente.
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As teorias descritivas servem simplesmente para classificar ou descrever fenómenos; as teorias
explicativas (ou intermediárias) têm o objetivo de explicá-los. Quanto mais geral é uma teoria
menos é possível verificá-la.
É mais precisa e mais limitada que a teoria descritiva e é isto que faz com que ela possa ser
verificada de forma empírica.
O desenvolvimento e a verificação
A verificação pode ter, particularmente, por objetivos edificar uma teoria ou verifica-la. O
desenvolvimento da teoria e a sua verificação são dois processos conhecidos pelos nomes de
indução e dedução. Estes dois processos implicam modos diferentes de investigação.
A edificação da teoria
Algumas investigações qualitativas não têm, no entanto, por objetivo construir uma teoria, e
utilizam sobretudo modelos conceptuais como tela de fundo. A teoria é elaborada a partir de
um processo indutivo ou na base dos resultados da investigação. Tanto num caso como
noutro, a investigação deve validar a teoria.
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O quadro conceptual
O quadro teórico
É uma breve explicação das relações entre os conceitos-chave de um estudo. O quadro teórico
define as condições nas quais um conceito pode ser associado a um outro ou lhe dá origem. De
forma concreta, traduz-se pelo enunciado de uma hipótese verificável, de forma empírica, e os
resultados são interpretados referindo ao contexto teórico.
O quadro conceptual é mais conveniente quando as relações ente os conceitos são mais fracas
ou quando não estão estabelecidas solidamente nos trabalhos já publicados.
Concluímos então que o quadro teórico é uma breve explicação das relações entre os
conceitos-chave de um estudo apoiando-se numa teoria particular ou numa porção de teoria.
A fase conceptual
Na revisão da literatura ao mesmo tempo que se fornece uma primeira visão do modelo
conceptual ou da teoria escolhida, os conceitos considerados e as proposições do modelo ou
da teoria são definidos em função das variáveis do estudo.
A fase metodológica
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trata então de confirmar ou de infirmar hipóteses decorrentes da teoria. Os instrumentos de
medica são escolhidos em função das variáveis definidas, no quadro de referencia.
Quando se trata de definir conceitos, é preciso ter presente que os conceitos são escolhidos
em função das suas ligações com o problema de investigação. Os conceitos emergem do
problema e servem de trampolim para as variáveis especificas que dele se destacam para
melhor descrever ou examinar as relações. Cada conceito incluindo no quadro de referência
deve ser definido de forma conceptual apoiando-se nas teorias existentes ou nas definições
utilizadas nos trabalhos de investigação.
Todos os conceitos devem ser ligados por enunciados de relação. Os enunciados de relações
podem ser tirados dos trabalhos teóricos ou emitidos pelo investigador, com vista a um
posterior exame. Estes enunciados podem ser representados com a ajuda de um diagrama.
Um diagrama resumo e integra por vezes melhor o que é conhecido sobre um fenómeno do
que uma longa explicação. Burns e Grove distinguem um certo número de etapas no processo
de extração dos enunciados de relações. Sugerem entre outros:
Isolar a parte da teoria que trata relações entre dois ou mais conceitos
Formular, numa frase, um enunciado de relações que se inspira na parte da teoria que
foi retida
Representar, sob a forma de diagrama, o enunciado de relações pondo em evidencia
os conceitos
Repetir as operações precedentes para cada novo enunciado
Velar para que todos os enunciados de relações sejam inscritos num diagrama
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O estabelecimento de ligações entre os enunciados representados deverá ajudar a
compreender melhor a teoria.
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Os elementos do problema
Para chagar a uma formulação mais clara e mais exata possível, importa distinguir os
elementos constituintes do problema devendo este ser considerado como entidade complexa,
os elementos a ter em conta são os seguintes:
A formulação do problema
Concluímos então que argumentar é convencer o leitor que a maneira de encarar o problema
está plenamente justificada.
A maneira de colocar o problema varia segundo o tipo de questão. Ao nível descrito, a questão
inclui um conceito (o quê, qual, etc.).
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7.2 O plano de redação do problema
Antes de começar a redigir o problema de investigação o investigador escolhe cuidadosamente
as ideias e coloca-as em ordem; elabora o plano do texto. Este comporta três partes: a
introdução, o desenvolvimento (ou corpo da composição) e a conclusão.
No plano de redação coloca-se cada um dos elementos do problema na parte do texto que
mais lhe convém. Assim o enunciado do tema de estudo faz parte da introdução. A descrição
dos dados do problema e a justificação do ponto de vista empírico ou teórico têm o seu lugar
designado no desenvolvimento, a conclusão resume os principais pontos tratos no texto e
propõe uma solução para o problema.
A introdução
Apresenta-se primeiro o tema de estudo. Recomenda-se colocar no inicio duas frases que
introduzem o tema. As primeiras frases são determinantes, porque importa captar a atenção
do leitor e de o convencer que o problema tratado é importante e que vale a pena examina-lo.
Tem também lugar explicar o porque de esta questão merecer ser estudada.
O desenvolvimento
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A conclusão
O quinto e o último elemento resumem o que foi dito ate ao presente e propõe pelo menos
uma solução com vista a mudar o desvio entre a solução considerada problemática e aquela a
que se prevê chegar no fim da investigação. Conseream.se os resultados positivos da solução
proposta.
Esta deverá ter em conta o estado atual dos conhecimentos e corresponder ao objetivo do
estudo, segundo se tem em vista desrever fatores o caracterizar conceitos, explorar ou
explorar relações de associação ou predizer relações causais entre variáveis.
Os cinco elementos propostos têm por objetivo ajudar o jovem investigador a formular um
problema de instigação que seja claro, preciso, e conforme as regras da composição de um
texto.
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