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L732m Lima Filho, José Landsberg Costa.

Matemática para empreendedores [recurso eletrônico] : aplicações da matemática


básica no cotidiano dos negócios / José Landsberg Costa Lima Filho .
-- Fortaleza : Universidade de Fortaleza, [2021].

40 p. - ( Percurso de Aprendizagem ; 1)

1. Matemática financeira. 2. Matemática básica. I. Título. II. Série.

CDU 51:336.6

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons


Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
INTRODUÇÃO À PRÁTICA DA
PESQUISA CIENTÍFICA

Sumário

1. Formas de Conhecimento e Ciências

2. A Pesquisa Científica

3. Uso de Plataforma Científica

Sumário clicável
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Olá!!
Seja bem-vindo(a) à disciplina Ciência e
Pesquisa. Nesse primeiro Percurso de
Aprendizagem, iremos abordar a parte
introdutória da prática da pesquisa
científica. Para dar início a este estudo,
vamos conhecer os principais conceitos
da ciência e correlacioná -los com a
prática de pesquisa. Teremos também
a oportunidade de executar busca em
plataformas científicas, ação primordial
para o desenvolvimento de pesquisas de
qualidade, uma vez que as plataformas Olá
de pesquisas podem nos proporcionar
acesso às fontes de dados seguras.
Lembramos sempre que um bom
pesquisador necessita ser criterioso
e responsável no gerenciamento de
referências bibliográficas, referenciando
sempre os autores citados.
Vamos iniciar?? Bons Estudos!!!

1. Forma de Conhecimento e Ciências

A construção do saber é um caminho longo. Nele, o pesquisador encontra atalhos,


bifurcações, obstáculos, flores, postes e abismos (BASTOS, 2007). Neste caminho, o co-
nhecimento é construído com o objetivo de tornar o mundo melhor. No entanto, ao con-
cluir a viagem, o pesquisador deve descrever o caminho trilhado para permitir a outros
fazê-lo também.

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Mas afinal, o que é conhecimento?

substantivo masculino
1. ato ou efeito de conhecer.
2. ato de perceber ou compreender por meio da razão e/ou da experiência.

Fonte: https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/

Ao longo de sua trajetória, o homem uniu diversas informações sobre assuntos


variados, essas informações juntas são denominadas de conhecimento. Nossa evolução
leva-nos a procurar soluções práticas a tudo que nos cerca, seja no âmbito pessoal, seja
nas relações cotidianas ou em nossas profissões. A necessidade de adequação ao am-
biente nos remete a procurar novas possibilidades de conhecimento.

Cervo (2002, p. 6) enfatiza que conhecer “[…] É uma relação que se estabelece en-
tre o sujeito que conhece e o objeto conhecido”. Nesse sentido, o conhecimento se dá por
intermédio do sujeito que pensa e se apropria do objeto conhecido.

O conhecimento é a união, de forma reflexiva, entre o nosso conhecimento prévio


e o novo objeto estudado. Esse processo, como fruto da consciência humana, leva-nos
a elaborar ideias, conceitos, significados e teorias que dizem respeito à realidade que
nos cerca e a nós mesmos. Diferente dos outros animais, estamos sempre em busca de
respostas para as nossas indagações. Essa característica humana, de fazer questiona-
mentos existenciais, ajuda-nos a conhecer a nossa realidade e a ultrapassar conceitos
antigos, proporcionando assim evolução no que diz respeito aos conhecimentos.

Existem 4 tipos de conhecimento: empírico, científico, filosófico e teológico. A di-


ferença entre eles está na maneira como adquirimos cada um.

• O conhecimento empírico diz respeito ao conhecimento popular. É o que


aprendemos a partir da nossa interação e observação do mundo;

• O conhecimento científico compreende as informações e fatos que são comprova-


dos por meio da ciência;

• O conhecimento filosófico nasce a partir das reflexões que o ser humano faz sobre
questões subjetivas;

• O conhecimento teológico, ou religioso, é o baseado na fé religiosa, acreditando


que ela detém a verdade absoluta.

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Fonte: https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/

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EMPÍRICO CIENTÍFICO FILOSÓFICO TEOLÓGICO

Esse tipo de conhe- Engloba informa- É o conhecimento Acredita que a fé


cimento surge a ções e fatos que lógico-racional religiosa possui a
partir da interação foram comprovados, orientado pela verdade absoluta e
do ser humano com tendo como base construção de apresenta todas as
O que é o ambiente que o análises e testes conceitos. explicações para
rodeia.
crença.

Valorativo, apoiando- Factual, lida com Valorativo, pois lida Valorativo, apoiando-
-se nas experiências fatos e ocorrências. com hipóteses e -se nas doutrinas
Valor pessoais. teorias que podem sagradas.
ou não ser
comprovadas.

Pode ou não ser

Falível e inexato. Falível e Falível e Infalível e exato.


Exatidão aproximadamente aproximadamente
exato. exato.

Assistemático, pois é Sistemático, pois é É sistemático, pois é Conhecimento


organizado com um saber ordenado um saber lógico- sistemático do
bases nas experiên- logicamente. racional, mesmo mundo.
cias de um sujeito, e que não haja
Sistema não em um estudo comprovação
para observar o
fenômeno.

Fonte: https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/

Para o módulo de Ciência e Pesquisa, é importante aprofundarmos sobre o conhecimen-


to científico, pois é através dele que os pesquisadores desenvolvem seus estudos/pes-
quisas.

1.1 . Conhecimento Científico

O conhecimento científico é um produto resultante da investigação científica. Surge


da necessidade de:

• Encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária (senso comum);
• Do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e
criticadas através de provas empíricas e da discussão intersubjetiva.

O conhecimento científico caracteriza-se pela presença de métodos rigorosos ao

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analisar os fenômenos da realidade. Ele vai além do conhecimento empírico, buscando
compreender o porquê da existência de certos fenômenos da natureza. Não se conforma
com a aparência e a superficialidade, e segue uma organização sistemática com base na
ciência.
Adquiri-lo pressupõe cuidados, pois há de se conhecer o objeto de inte-
resse de forma mais sistemática, mais racional, estudando-o, analisan-
do-o, com propósito mais objetivo, investigando experimentalmente as
relações existentes entre suas características e funções. Implica em bus-
car referências teóricas sobre o assunto, dicionários, definições, funções,
origens. Depois, procede-se a uma análise crítica das suas formas, carac-
terísticas, funções, procurando relacioná-los com outros, fazendo compa-
rações e testes para comprovar as análises e os dados colhidos. […].
(MICHEL, 2009, p. 16).

É um conhecimento racional, sistemático e metódico. Emprega métodos, técnicas e


instrumentos de pesquisa que ajudarão a retratar a realidade existente.

Ele classifica e compara seu objeto de estudo com base em aplicações metódicas,
gerando leis e princípios aceitos cientificamente, pois são rigorosos durante todo o pro-
cesso.

O conhecimento científico, no entanto, também é falível, pois, dependendo da época,


ele pode ser modificado, passando por outros tipos de análises metódicas que poderão
até extingui-lo, podendo assim existir novas descobertas ou aplicações, pois o conheci-
mento científico procura constantemente novas explicações, revisões, soluções de seus
resultados, de modo a estar constantemente em um processo de construção.

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Nesse sentido, Santos (2005, p.8) reforça duas concepções de conheci-
mento científico:
Concepção tradicional de conhecimento científico:
1 – o conhecimento científico é verdadeiro, porque sabe explicar os moti-
vos de sua certeza;
2 – é generalizável, já que conhece o real no que há de mais universal: bus-
ca regularidades;
3 – é metódico, sistemático. Busca as conexões causais entre os fatos,
através da utilização de conceitos;
4 – é objetivo e neutro.
Concepção crítica de conhecimento científico:
1 – a ciência é processual, histórica, nunca está pronta, acabada, sendo
assim, o conhecimento científico é provisório, podendo ser reavaliado, refu-
tado e modificado;
2 – o conhecimento científico é limitado, não consegue abarcar a totalida-
de do real e nem sempre pode ser generalizável;
3 – os métodos são históricos e diferenciados, de acordo com a área da
ciência. O método
científico nem sempre opera através do estabelecimento de relações cau-
sais diretas (por exemplo: no caso das ciências humanas, constata-se que
os fenômenos sociais são complexos e multideterminados, não podendo
ser atribuídos a uma causa simples);
4 – a ciência não é desinteressada, ela está atrelada a interesses políticos,
econômicos etc.

Sabemos que o uso de métodos sistemáticos para explicar as teorias científicas dá à


ciência uma maior credibilidade em relação as suas descobertas. Porém, não podemos
deixar de lado as outras formas de conhecimento que são igualmente importantes na
busca de interpretações da realidade.

Conforme apontado por Santos (2005), hoje em dia, temos que ter consciência da im-
portância da ciência em nossa evolução, porém ter a clareza de que esse tipo de conheci-
mento é mutável e deve estar aberto a novas possibilidades de crescimento e mudanças
da sociedade.

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1.2 . O Conceito de Ciências

Epistemologicamente, a palavra ciência quer dizer conhecimento. Um conheci-


mento com suas características próprias, com procedimentos metódicos e uso da cons-
ciência crítica para a obtenção de teorias aceitas cientificamente.

Assim, ciência refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em


sentido estrito, ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento baseado no mé-
todo científico bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de
tais pesquisas. Este percurso de aprendizagem foca o sentido mais estrito da palavra.

A ciência é uma atividade que requer sistematicidade e o emprego de métodos


para ser desenvolvida. Surge da necessidade de o homem compreender a existência de
certos acontecimentos.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 16), a ciência é a forma de entender e analisar o


conhecimento empírico, através de procedimentos e consciência crítica para se chegar a
conclusões concretas e não superficiais.

Conforme falamos, para adquirir conhecimento, o homem, em sua trajetória de


vida, busca compreender as relações existentes entre os fenômenos da natureza e sua
realidade, procurando assim dominá-los para benefício próprio e social. Na ciência, essa
busca se dá através da racionalidade e da verificação metodológica do objeto estudado.

Segundo Fachin (2006, p. 20): Ao analisarmos a evolução histórica das ciências,


concluímos que ela se trata de uma busca, uma investigação contínua e incessante de
soluções e explicações para os problemas propostos. Como busca sistemática, ela revi-
sa as teorias fundamentadas que estiveram em evidência no passado, reformuladas pela
análise de sua coerência interna, as quais são submetidas a uma revisão crítica, esta-
belecendo relações e confrontando-as com outras teorias, formando novas hipóteses e
propondo condições com o máximo de segurança para sua testabilidade […].

Portanto, a ciência, assim como os demais tipos de conhecimento, está relaciona-


da à história, podendo modificar-se a depender do período em que se encontra, buscando
novos olhares e conclusões a teorias já existentes.

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Vejamos, com base em outros autores, o conceito de ciências:

Assim, podemos concluir que na ciência o pensamento deve ser sistemático, com
rigor metodológico, procurando responder e explicar porque os fenômenos ocorrem.
O método utilizado garantirá o resultado com base em observações, demonstrações
e experimentações do fenômeno, garantindo assim uma maior aproximação com a
realidade.

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2. A Pesquisa Científica

Pesquisa é o conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou


práticos que tenham como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, a invenção
de novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades (MARCONI; LAKATOS,
2017).

A pesquisa é utilizada para:

• Gerar e adquirir novos conhecimentos sobre si mesmo ou sobre o mundo


em que vive;
• Obter e/ou sistematizar a realidade empírica;
• Responder a questionamentos (explicar e/ou descrever);
• Resolver problemas;
• Atender às necessidades de mercado.

Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, é buscar ou pro-


curar resposta para alguma coisa. É na pesquisa que se utilizam diferentes instrumentos
para se chegar a uma resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado
pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais.

Desta forma, para a boa operacionalização de uma pesquisa, devemos adotar al-
guns procedimentos e rotinas de trabalho e estudo – dada a quantidade de informações,
leituras e dados que o pesquisador deverá absorver em suas atividades.

Gil (2008) considera complexo definir um conjunto de “passos” ou etapas que


abranjam a realização de uma pesquisa, mas é consenso entre os autores apontar os
seguintes:

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Estas etapas podem variar, dependendo do tipo de pesquisa a ser realizado, mas alguns
procedimentos deverão ser adotados, uma vez que um assunto (ou problema) estiver de-
finido. Um primeiro passo após a definição de um tema de pesquisa é a busca por mate-
rial bibliográfico, publicações, artigos científicos e outras leituras, que possam instrumen-
talizar o aluno pesquisador em sua atividade. A busca por material, por sua vez, exigirá
uma leitura atenta e cuidadosa, além do registro de informações, conceitos e dados.

2.1 A pesquisa científica na formação profissional

A pesquisa é algo inerente às nossas atividades cotidianas. Comumente realiza-


mos pesquisas acerca dos mais diversos assuntos, visto que o simples fato de fazermos
o levantamento dos preços de um produto nos leva a realizar uma pesquisa. Entretanto,
veremos que a pesquisa, para possuir um caráter científico, responde a algumas espe-
cificidades, devendo estar voltada, sobretudo, para o uso de métodos na obtenção do
conhecimento, conforme apresentamos.

A pesquisa, entendida aqui por sua dimensão científica, é uma atividade siste-
mática, voltada para a aquisição de conhecimento sobre os fenômenos da realidade. A
pesquisa científica, por sua vez, buscará encontrar respostas para problemas de caráter
tanto teórico quanto prático. Vários são os conceitos de pesquisa. Vejamos o que alguns
autores afirmam:

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Estes conceitos são complementares e juntos contribuem para a melhor com-
preensão do conceito de pesquisa. Gil (2008) ressalta a utilização controlada dos méto-
dos na definição de pesquisa científica; Minayo (2015) também aponta que a pesquisa é
a atividade básica da ciência em sua inestimada importância em retroalimentar o ensino
e a aquisição de conhecimentos sobre a realidade em que vivemos. O que se pode extrair
de comum nesses conceitos é a dependência do emprego de métodos científicos no de-
senvolvimento de uma pesquisa. Ou seja, método e ciência caminham de mãos dadas!

Como a produção científica se dá por meio da pesquisa, esta será realizada a par-
tir do uso criterioso de métodos na investigação da realidade. De posse do conceito de
pesquisa, já podemos antecipadamente identificar sua finalidade.

A pesquisa nasce de um questionamento acerca dos problemas que nos rodeiam,


sendo seu principal objetivo buscar respostas para a solução desses problemas – sejam
eles novos ou antigos. Tais problemas tanto podem ser de ordem prática (como o esgota-
mento das fontes de energia não renováveis, por exemplo), como de ordem teórica. Mas,
além de buscar soluções para os diversos problemas existentes, a pesquisa científica
também se destina ao aprofundamento de questões provenientes da realidade, carentes
de maior detalhamento e de esclarecimento.

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3.

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Uso de Plataforma Científica

Ao buscar informações para a realização de trabalhos, tais como: atividades soli-


citadas pelos professores, artigos científicos, relatórios, trabalhos de conclusão de curso,
dentre outros, devem-se utilizar recursos de pesquisa de fontes nas bibliotecas físicas,
as quais estão equipadas com rico acervo em livros, periódicos científicos, dissertações,
teses, anais de eventos, revistas, jornais, etc. É sempre necessário e imprescindível con-
sultar uma biblioteca antes de realizar um trabalho acadêmico.

Importante!
Ao realizar pesquisa por fontes na Internet, cabe ao pesquisador
atentar para a confiabilidade das informações colhidas. Deste modo,
para evitar a coleta de informações inseguras e minimizar problemas,
deve-se buscar informações em locais seguros. Mattar (2008, p. 178)
alerta que “estar ‘publicado’ na Internet não é garantia da qualidade da
fonte — a confiabilidade das fontes de informação não é característica
da Internet; ao contrário, como é muito mais fácil e barato publicar na
Web do que em papel, há muito mais material de baixa qualidade na
Internet”.

A Internet é uma imensa rede de partilha de dados. Portanto, ao inserir um termo,


assunto ou palavra-chave num portal de buscas, como o Google, por exemplo, teremos à
disposição uma lista quase infindável de conteúdo, que deve ser observada com cuidado.
Não se trata de evitar os portais de busca, mas saber de onde extrair informações que
servirão de base, complementarão e subsidiarão a realização de trabalhos de natureza
científica e acadêmica.

De acordo com Mattar (2008, p. 175): Estamos provavelmente vivenciando um pe-


ríodo de transição na forma de comunicação científica, de um sistema tradicional, funda-
do na impressão, para um sistema de publicação eletrônico […]. Nesse sentido, boa parte
da informação bibliográfica que o pesquisador utilizará durante seu trabalho pode ser
encontrada em formato digital. Faz-se necessário, deste modo, saber avaliar as formas
de acesso e as fontes de informações disponíveis na internet.

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Mattar (2008) pontua alguns critérios que ajudam na hora de selecionar
materiais divulgados online, são eles: Em se tratando de material publicado na
Internet, é necessário observar:

• Quem é o responsável pela publicação?


• Que instituição a publicou? Qual a reputação da instituição?
• Quais as credenciais do autor? Ele está habilitado a falar sobre o assunto
em questão?
• Qual a data da publicação? Ela é recente? Serve à discussão de um tema
atual?
• Quais as referências? Há indicações de fontes na página de onde se ex-
traíram as informações?

Informações que exigem cuidado e devem ser evitadas:

• Conteúdos divulgados em websites de propaganda;


• Informações obtidas em homepages, blogs e outros, sem o nome do
autor, nem de responsável pela página, são consideradas sem valor algum;

Cabe atentar para o fato de que não se deve confiar automaticamente


em informações disponíveis na Internet. Ao contrário, deve-se acrescentar mais
rigor e critério no uso e na seleção de tais informações, uma vez que a facilidade
com que se publica online faz com que atores típicos da publicação impressa –
editor, editora, revisor, tradutor, dentre outros – sejam desnecessários, tornando
mais fluida e flexível a divulgação de conteúdo. Desta forma, a responsabilidade
em filtrar as informações caberá a quem irá “consumi-las” (MATTAR, 2008).

Importante!
A Unifor oferece à comunidade acadêmica o Treinamento para Uso
das Bases de Dados Digitais, que inclui informações sobre as bases de
dados de livre acesso e bases de dados de acesso restrito. Não deixe
de realizar seu treinamento! Procure mais informações no ambiente
virtual de aprendizagem e saiba como agendar o seu.

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Para reduzir tais problemas, listamos a seguir alguns portais de livre acesso que

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levam a conteúdos seguros, bem como publicações científicas que devem ser as preferi-
das quando se trata de pesquisar informações na internet.

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Encerramos aqui o Percurso de Aprendizagem 1 da disciplina Ciência e Pesquisa.

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Nesse percurso de aprendizagem, vimos que o conhecimento é a união, de forma refle-
xiva, entre o nosso conhecimento prévio e o novo objeto estudado. Esse processo, como
fruto da consciência humana, leva-nos a elaborar ideias, conceitos, significados e teorias
que dizem respeito à realidade que nos cerca e a nós mesmos. Existem 4 tipos de conhe-
cimentos: Empírico, Científico, Filosófico e Teológico.

Dentro desse contexto, quando falamos em ciência, estamos nos referindo a co-
nhecimento científico, que se caracteriza pela presença de métodos rigorosos ao analisar
os fenômenos da realidade. Sabemos que o uso de métodos sistemáticos para explicar
as teorias científicas dá à ciência uma maior credibilidade em relação as suas desco-
bertas. Porém, não podemos deixar de lado as outras formas de conhecimento que são
igualmente importantes na busca de interpretações da realidade.

Pesquisa é o conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou prá-


ticos que tenham como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, a invenção de
novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades.

Sendo assim, a pesquisa nasce de um questionamento acerca dos problemas que


nos rodeiam, sendo seu principal objetivo buscar respostas para a solução desses pro-
blemas – sejam eles novos ou antigos. Tais problemas tanto podem ser de ordem práti-
ca (como o esgotamento das fontes de energia não renováveis, por exemplo), como de
ordem teórica. Mas, além de buscar soluções para os diversos problemas existentes, a
pesquisa científica também se destina ao aprofundamento de questões provenientes da
realidade, carentes de maior detalhamento e esclarecimento.

Importante nesse contexto ressaltar que, ao realizar pesquisa por fontes na Inter-
net, cabe ao pesquisador atentar para a confiabilidade das informações colhidas. Deste
modo, para evitar a coleta de informações inseguras e minimizar problemas, deve-se bus-
car informações em locais seguros. Mattar (2008, p. 178) alerta que “estar ‘publicado’ na
Internet não é garantia da qualidade da fonte — a confiabilidade das fontes de informação
não é característica da Internet; ao contrário, como é muito mais fácil e barato publicar na
Web do que em papel, há muito mais material de baixa qualidade na Internet”.

Segue link de um vídeo que sintetiza o que estudamos até aqui.


Vídeo YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=QA0PD7eu4yE

Lembre-se de participar das discussões propostas no seu ambiente virtual de


aprendizagem. Até o próximo Percurso de Aprendizagem!

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Referências

CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Pentice Hall, 2002.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5 ed. São Paulo:
Pentice Hall, 2002.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cien-


tífica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MATTAR, João. Metodologia científica na era da informática. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2008.

MEDEIROS., and João Bosco. Redação científica: A prática de fichamentos, resumos, re-
senhas. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 29
ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

SANTOS, M. I. D. A. Tipos de conhecimento. Fortaleza: Unifor, 2005.

TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 10 ed.


Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

O trabalho Ciência e Pesquisa - Introdução à prática da pesquisa científica de Cristiane Buhamara


Abreu, da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) está licenciado com uma Licença Creative Commons -
Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)

Presidência
Lenise Queiroz Rocha

Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar

Reitoria
Fátima Maria Fernandes Veras

Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação


Maria Clara Cavalcante Bugarim
AUTOR
Vice-Reitoria de Pesquisa
ALEXANDRE GUIMARÃES BEZERRA CAVALCANTE
José Milton de Sousa Filho

Vice-Reitoria de Extensão Fisioterapeuta. Mestre em Saúde Coletiva pela Universi-


Randal Martins Pompeu
dade da Fortaleza - UNIFOR. Doutorando em Educação
Vice-Reitoria de Administração pela Universidade Trás-os-Monte e Alto Douro, Portugal.
José Maria Gondim Felismino Júnior Professor do Centro de Ciências da Saúde e do Núcleo de
Diretoria de Comunicação e Marketing Tecnologias Educacionais da Universidade de Fortaleza –
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale UNIFOR.

Diretoria de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães

Diretoria de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho

Diretoria do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão


Danielle Batista Coimbra

Diretoria do Centro de Ciências da Saúde


Lia Maria Brasil de Souza Barroso

Diretoria do Centro de Ciências Jurídicas


Katherinne de Macêdo Maciel Mihaliuc

Diretoria do Centro de Ciências Tecnológicas


Jackson Sávio de Vasconcelos Silva

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS (NTE)

Gerência Projeto Instrucional


Douglas Royer Francisca Vânia dos Santos Silva
Coordenação Revisão Gramatical
Andrea Chagas Alves de Almeida José Ferreira Silva Bastos
Supervisão de Ensino e Aprendizagem Identidade Visual / Arte
Carla Dolores Menezes de Oliveira Emanoel Alves Cavalcante
Supervisão de Planejamento Educacional Thiago Bruno Costa de Oliveira
Ana Flávia Beviláqua Melo Editoração / Diagramação
Supervisão de Recursos Educacionais Rafael Oliveira de Souza
Josefa Braga Cavalcante Sales Produção de Áudio e Vídeo
Assessoria Administrativa José Moreira de Sousa
Mírian Cristina de Lima Pedro Henrique de Moura Mendes
Assessoria Pedagógica de Polo Kauê Nogueira da Silva
Jéssica de Castro Barbosa
Programação / Implementação
Francisca Natasha Q. Fernandes de Souza
Márcio Gurgel Pinto Dias
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