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Prof. Manhiça
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INTRODUÇÃ O
Ao ingressar numa faculdade o aluno percebe que muita coisa vai mudar na sua vida, o ato
de estudar terá que ser inserido no seu quotidiano. Esta disciplina é primordial e se faz
necessá ria neste primeiro momento do estudante.
Metodologicamente a cadeira responsá vel por dar as boas vindas ao novo estudante é a
Metodologia Científica, ela significa o estudo dos caminhos do estudo, do saber, do
conhecimento científico.
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CAPITULO I
CIÊ NCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Saber que determinada planta necessita de uma quantidade “X” de á gua e que, se nã o a
receber de forma “natural”, deve ser irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e
comprová vel, mas, nem por isso, científico.
Para que isso ocorra, é necessá rio ir mais além: conhecer a natureza dos vegetais, sua
composiçã o, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem uma
espécie de outra. Dessa forma, patenteiam-se dois aspectos:
Pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular, latu sensu, é o modo comum,
corrente e espontâ neo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres
humanos: é o saber que preenche a nossa vida diá ria e que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem a aplicaçã o de um método e sem se haver refletido sobre algo.
É verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diá ria e diz respeito à quilo que se
pode perceber no dia-a-dia. Finalmente é falível e inexato, pois se conforma com a
aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto.
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipó teses,
que nã o poderã o ser submetidas à observaçã o.
As hipó teses filosó ficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da
experiência e nã o da experimentaçã o;
por este motivo, o conhecimento filosó fico é não verificável, já que os enunciados das
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hipó teses filosó ficas, ao contrá rio do que ocorre no campo da ciência, nã o podem ser
confirmados nem refutados.
Tem a característica de sistemático, pois suas hipó teses e enunciados visam a uma
representaçã o coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua
totalidade.
Por ú ltimo, é infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas
as outras, quer na definiçã o do instrumento capaz de apreender a realidade, seus
postulados, assim como suas hipó teses, nã o sã o submetidos ao decisivo teste da
observaçã o (experimentaçã o).
Portanto, o conhecimento filosó fico é caracterizado pelo esforço da razã o pura para
questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente
recorrendo à s luzes da pró pria razã o humana.
O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e
concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentaçã o.
O conhecimento religioso, isto é, teoló gico, apoia-se em doutrinas que contêm pro-
posiçõ es sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional)
e, por esse motivo, tais verdades sã o consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um
conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra
de um criador divino; suas evidências não sã o verificadas: está sempre implícita uma
atitude de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o conhecimento religioso ou
teoló gico parte do princípio de que as “verdades” tratadas sã o infalíveis e indiscutíveis,
por consistirem em “revelaçõ es” da divindade (sobrenatural).
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Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposiçõ es ou hipó teses têm sua
veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e nã o apenas pela razã o, como
ocorre no conhecimento filosó fico.
Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmaçõ es (hipó teses) que
nã o podem ser comprovadas nã o pertencem ao â mbito da ciência.
CAPÍTULO II
LEITURA E COMPREENSÃ O DE UM TEXTO
1. Leitura
A leitura é um fator decisivo de estudo, pois propicia a ampliaçã o de conhecimentos, a
obtençã o de informaçõ es bá sicas ou específicas, a abertura de novos horizontes para a
mente, a sistematizaçã o do pensamento, o enriquecimento de vocabulá rio e o melhor
entendimento do conteú do das obras.
Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes dos
secundá rios e, optando pelos mais representativos e sugestivos, utilizá-los como fonte de
novas ideias e do saber.
Na busca do material adequado para a leitura, há que identificar o texto. Para tal, existem
vá rios elementos auxiliares:
O título - apresenta-se acompanhado ou nã o por subtítulo, estabelece o assunto e,
à s vezes, até a intençã o do autor;
A data da publicação - fornece elementos para certificar-se de sua atualizaçã o e
aceitaçã o (nú mero de ediçõ es), exceçã o feita para textos clá ssicos, onde nã o é a
atualidade que importa;
A “orelha” ou contracapa - permite verificar as credenciais ou qualificaçõ es do
autor; é onde se encontra, geralmente, uma apreciaçã o da obra, assim como
indicaçõ es do “pú blico” a que se destina;
O índice ou sumário - apresenta tanto os tó picos abordados na obra quanto as
divisõ es a que o assunto está sujeito;
A introdução, prefácio ou nota do autor - propicia indícios sobre os objetivos do
autor e, geralmente, da metodologia por ele empregada;
A bibliografia - permite obter uma ideia das obras consultadas e suas
características gerais.
Os livros ou textos selecionados servem para leituras ou consultas. Por esse motivo, todo
estudante, na medida do possível, deve preocupar-se com a formaçã o de uma biblioteca de
obras selecionadas, já que serã o seu instrumento de trabalho.
Uma leitura deve trazer resultados satisfató rios. Para tal, alguns aspectos sã o
fundamentais, como por exemplo:
Atenção - aplicaçã o cuidadosa e profunda da mente ou do espírito em
determinado objeto, buscando o entendimento, a assimilaçã o e apreensã o dos
conteú dos bá sicos do texto;
Intenção - interesse ou propó sito de conseguir algum proveito intelectual por
meio da leitura;
Reflexão - consideraçã o e ponderaçã o sobre o que se lê, observando todos os
â ngulos, tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relaçõ es;
Espírito crítico - implica julgamento, comparaçã o, aprovaçã o ou nã o, aceitaçã o ou
refutaçã o das diferentes colocaçõ es e pontos de vista.
Análise - divisã o do tema em partes, determinaçã o das relaçõ es existentes entre
elas, seguidas do entendimento de toda sua organizaçã o;
Síntese - reconstituiçã o das partes decompostas pela aná lise, procedendo-se ao
resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado tudo o que for secundá rio, sem
perder a sequência ló gica do pensamento.
2. Sublinhar e Resumir
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Cada texto, capítulo, subdivisã o ou mesmo pará grafo têm uma ideia principal, um conceito
fundamental, uma palavra-chave, que se apresenta como fio condutor do pensamento.
Como geralmente nã o se destaca do restante, descobri-lo é a base de toda a aprendizagem.
Na realidade, em cada pará grafo, deve-se captar esse fator essencial, pois a leitura que
conduz à compreensã o é feita de tal modo que as ideias expressas sã o organizadas numa
hierarquia para se descobrir a palavra-chave.
É por esse motivo que o bom leitor utiliza o recurso de sublinhar, de assinalar com traços
verticais à s margens, de utilizar cores e marcas diferentes para cada parte importante do
todo.
Da mesma forma, passagens que despertam dú vidas, que colidem com o tema
exposto e as proposiçõ es que o apoiam devem ser assinaladas com um ponto de
interrogaçã o, pois constituem material-base para a leitura explicativa, onde sua
veracidade será testada, interpretada e confrontada com outros textos.
Cada pará grafo deve ser reconstituído a partir das palavras sublinhadas;
No esquema, devemos levar em consideraçã o também que: se as ideias secundá rias têm de
ser diferenciadas entre si, deve-se procurar as ligaçõ es que unem as ideias sucessivas,
quer sejam paralelas, opostas, coordenadas ou subordinadas, analisando-se sua sequência,
encadeamento ló gico e raciocínio desenvolvido.
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3. Análise do Texto
A aná lise de um texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada realidade e
implica o exame sistemá tico dos elementos; portanto, é decompor um todo em suas
partes, a fim de poder efetuar um estudo mais completo, encontrar o elemento-chave do
autor, determinar as relaçõ es que prevalecem nas partes constitutivas, compreender a
maneira pela qual estã o organizadas, e estruturar as ideias de maneira hierá rquica.
É a aná lise que vai permitir observar os componentes de um conjunto, perceber suas
possíveis relaçõ es, ou seja, passar de uma ideia-chave para um conjunto de ideias mais
específicas, passar à generalizaçã o e, finalmente, à crítica.
CAPITULO III
PESQUISA BIBLIOGRÁ FICA
1. Escolha do tema.
o tema é o assunto que se deseja descrever, analisar, provar ou desenvolver; é uma
dificuldade, ainda sem soluçã o. A primeira tarefa é determina-lo com precisã o, para
intentar, em seguida, seu exame, avaliaçã o crítica e soluçã o.
Apó s a escolha do assunto, o passo seguinte é a sua delimitação. É necessá rio evitar a
escolha de temas muito amplos que podem conduzir a divagaçõ es, discussõ es
interminá veis, repetiçõ es de lugares comuns ou "descobertas" já superadas.
Assim, enquanto o tema de uma pesquisa é uma proposiçã o até certo ponto abrangente, a
formulaçã o do problema é mais específica: indica exatamente qual a dificuldade que se
pretende resolver.
O primeiro passo seria a procura de catálogos onde se encontram as relaçõ es das obras.
Podem ser publicados pelas editoras, com a indicaçã o dos livros e revistas editados, ou
pertencer a bibliotecas pú blicas, com a listagem por título dos trabalhos. Há ainda os
catá logos específicos de alguns perió dicos, com o rol dos artigos publicados
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anteriormente.
O segundo passo, tendo em mã os o livro ou perió dico, seria o levantamento, pelo Sumá rio
ou Índice, dos assuntos nele abordados.
Outra fonte de informaçõ es refere-se aos abstracts contidos em algumas obras que, além
de oferecerem elementos para identificar o trabalho, apresentam um resumo analítico do
mesmo.
4. Localização
Tendo realizado o levantamento bibliográ fico, com a identificaçã o das obras que
interessam, passa-se à localizaçã o das fichas bibliográ ficas nos arquivos das bibliotecas
pú blicas, nas de faculdades oficiais ou particulares e outras instituiçõ es.
6. Fichamento
À medida que o pesquisador tem em mã os as fontes de referência, deve transcrever os
dados em fichas, com o má ximo de exatidã o e cuidado. É importante e necessá ria a
utilizaçã o das fichas, principalmente por facilitar o desenvolvimento das atividades
acadêmicas e profissionais.
a). A crítica externa é feita sobre o significado, a importâ ncia e o valor histó rico de
um documento, considerado em si mesmo e em funçã o do trabalho que está sendo
elaborado. Abrange:
8. Fichas
Para o pesquisador, a ficha é um instrumento de trabalho imprescindível. Como o
investigador manipula o material bibliográ fico, que em sua maior parte nã o lhe pertence,
as fichas permitem:
- identificar as obras;
- conhecer seu conteú do;
- fazer citaçõ es;
- analisar o material;
- elaborar críticas.
A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende três partes principais: cabeçalho,
referência bibliográ fica e corpo ou texto.
Para se ter o título específico e o nú mero de classificaçã o da ficha é necessá rio que
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se faça, ao início de cada estudo, um projeto do assunto que se irá pesquisar, com a
respectiva divisã o de tó picos.
- abordagem Procedimento
Indutivo Histó rico Tipoló gico
Dedutivo Comparativo Funcionalista
Hipotético-dedutivo Monográ fico Estruturalista
Dialético Estatístico Etnográ fico
b). após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída . Isso
permitirá a posterior utilizaçã o no trabalho, com a correta indicaçã o bibliográ fica;
c). a transcrição tem de ser textual. Isso inclui os erros de grafia, se houver. Apó s
eles, coloca-se o termo sic, em minú sculas e entre parênteses ou colchetes.
Exemplo (hipotético):
“Chegou-se à conclusã o de que o garimpeiro é, antes de tudo, um homem do campo
desocado (sic) para a cidade, mas conservador da cultura rural, embora venha
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Exemplo:
“A religiã o está bastante associada a crendices semelhantes à s existentes no
ambiente rural brasileiro; todo o ciclo da vida, do nascimento à morte, é
acompanhado por um conjunto de prá ticas supersticiosas, cercando-se o
nascimento de uma série de crenças e bênçã os, mesmo que se respeite e pratique o
batismo.
…………………………………………………………….
…………………...........................................................Nem sempre a necessidade é de saú de
para a pessoa ou familiares, mas para a obtençã o de sucesso no trabalho, arranjar
um emprego” (p. 108-9);
f). a frase deve ser complementada, se necessário: quando se extrai uma parte
ou pará grafo de um texto, este pode perder seu significado, necessitando de um
esclarecimento, o qual deve ser intercalado, entre colchetes.
Exemplo: “Esse rio [Sapucaí], que limita Patrocínio Paulista com Batatais e
Altinopolis, é afluente do Rio Grande” (p.I6-7);
g). quando o pensamento transcrito é de outro autor, tal fato tem de ser
assinalado. Muitas vezes o autor fichado cita frases ou pará grafos escritos por
outra pessoa. Nesse caso, é imprescindível indicar, a referência bibliográ fica da
obra da qual foi extraída a citaçã o.
Exemplo: “(Ver as normas APA).
Características:
a). Não é um sumário ou índice das partes componentes da obra, mas exposiçã o
abreviada das ideias do autor;
b). Não é transcrição, como na ficha de citaçõ es, mas é elaborada pelo leitor, com suas
pró prias palavras, sendo mais uma interpretaçã o do autor;
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c). Não é longa: apresentam-se mais informaçõ es do que a ficha bibliográ fica;
A seguir, volta-se a ler o trabalho para responder a duas questõ es principais: de que trata
este texto? O que pretende demonstrar? Com isso, identifica-se a ideia central e o propósito
que nortearam o autor.
Geralmente quando o autor passa de uma ideia para outra, inicia novo pará grafo;
entretanto, a ligaçã o entre os pará grafos permite identificar:
a). consequências (quando se empregam palavras tais como: em consequência,
por conseguinte, portanto, por isso, em decorrência disso etc.);
b). justaposição ou adição (identificada com expressõ es de tipo: e, da mesma
forma, da mesma maneira etc.);
c). oposição (com a utilizaçã o das palavras: porém, entretanto, por outra parte,
sem embargo etc.);
d). incorporação de novas ideias; conclusã o do raciocínio;
e). repetição ou reforço de ideias ou argumentos;
f). justificação de proposições (por intermédio de um exemplo, comprovaçã o
etc.);
g). digressão (desenvolvimento de ideias até certo ponto alheias ao tema central
do trabalho).
Dependendo do cará ter do trabalho científico que se pretende realizar, o resumo pode ser:
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CAPITULO IV
PROJETO DE PESQUISA
O assunto escolhido deve ser exequível e adequado em termos tanto dos fatores
externos quanto dos internos ou pessoais.
O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sob o ponto
de vista de sua valoraçã o:
a) Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa;
b) Relevâ ncia. Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos;
c) Novidade. Estar adequado ao está dio atual da evoluçã o científica;
d) Exequibilidade. Pode chegar a uma conclusã o vá lida;
e) Oportunidade. Atender a interesses particulares e gerais.
4. Delimitação da pesquisa:
Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigaçã o. A pesquisa pode ser
limitada em relaçã o:
a) ao assunto - selecionando um tó pico, a fim de impedir que se torne ou muito
extenso ou muito complexo;
b) à extensão ou campo de investigação - porque nem sempre se pode abranger
todo o âmbito onde o fato se desenrola;
c) a uma série de fatores - meios humanos, econô micos e de exiguidade de prazo
que podem restringir o seu campo de açã o.
5. Objectivo da Pesquisa
Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar
e o que se pretende alcançar; deve partir de um objetivo limitado e claramente
definido, sejam estudos formulativos, descritivos ou de verificaçã o de hipó teses; o
objetivo torna explícito o problema; Os objetivos ajudam a definir a natureza do
trabalho, o tipo de problema a ser selecionado, o material a recolher. O objectivo
da pesquisa pode ser subdividido em objectivo geral e objectivos específico:
Objetivo geral está ligado a uma visã o global e abrangente do tema. Relaciona-se
com o conteú do intrínseco, quer dos fenô menos e eventos, quer das ideias a serem
estudadas. Vincula-se diretamente à pró pria significaçã o da tese proposta pelo
projeto.
Objetivos específicos apresentam cará ter mais concreto. Têm funçã o
intermediá ria e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de
outro, aplicá-lo a situaçõ es particulares.
para determinar sua validade. Correta ou errada, a hipó tese sempre conduz a uma
verificaçã o empírica.
A funçã o da hipó tese, na pesquisa científica, é propor explicaçõ es para certos fatos
e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informaçõ es.
Todas as variá veis, que podem interferir ou afetar o objeto em estudo, devem ser
nã o só levadas em consideraçã o, mas também devidamente controladas, para
impedir comprometimento ou risco de invalidar a pesquisa.
9. Metodologia da Pesquisa
A seleçã o do instrumental metodoló gico está , portanto, diretamente relacionada
com o problema a ser estudado; a escolha dependerá dos vá rios fatores
relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenô menos, o objeto da
pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros elementos que
possam surgir no campo da investigaçã o.
Nas investigaçõ es, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e
nem somente aqueles que se conhece, mas todo os que forem necessá rios ou
apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinaçã o de
dois ou mais deles, usados concomitantemente.
CAPITULO V
TÉ CNICAS DE PESQUISA
Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte. Toda
ciência utiliza inú meras técnicas na obtençã o de seus propó sitos.
Esse material-fonte geral é ú til nã o só por trazer conhecimentos que servem de back-
ground ao campo de interesse, como também para evitar possíveis duplicaçõ es e/ou
esforços desnecessá rios; pode, ainda, sugerir problemas e hipó teses e orientar para outras
fontes de pesquisa.
1. Pesquisa Documental
A característica da pesquisa documental é que a fonte de recolha de dados está restrita a
documentos, escritos ou nã o, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas
podem ser feitas no momento em que o fato ou fenô meno ocorre, ou depois.
7. Outros secundários feitos por outros: material cartográ fico, filmes comerciais,
Rá dio, Cinema Televisã o.
Utilizando essas três variá veis - fontes escritas ou nã o; fontes primá rias ou secundá rias;
contemporâ neas ou retrospectivas - podemos apresentar um quadro que auxilia a
compreensã o do universo da pesquisa documental.
É evidente que dados secundá rios, obtidos de livros, revistas, jornais, publicaçõ es avulsas
e teses, cuja autoria é conhecida, nã o se confundem com documentos, isto é, dados de
fontes primá rias.
2. Pesquisa Bibliográfica
A pesquisa bibliográ fica, ou de fontes secundá rias, abrange toda bibliografia já tornada
pú blica em relaçã o ao tema de estudo, desde publicaçõ es avulsas, boletins, jornais,
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revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográ fico etc., até meios de
comunicaçã o orais: rá dio, gravaçõ es em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisã o.
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito
ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que
tenham sido transcritos de alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.
2. Meios audiovisuais - de certa forma, o que ficou dito para a imprensa escrita pode
ser aplicado para os meios audiovisuais, rá dio, filmes, televisã o. Para ambas as
formas de comunicaçã o é interessante a aná lise do conteú do da pró pria
comunicaçã o.
3. Documentação Direita
A documentaçã o direta constitui-se, em geral, no levantamento de dados no pró prio local
onde os fenô menos ocorrem. Esses dados podem ser obtidos de duas maneiras: através da
pesquisa de campo ou da pesquisa de laborató rio.
Ela servirá , como primeiro passo, para se saber em que estado se encontra atualmente o
problema, que trabalhos já foram realizados a respeito e quais sã o as opiniõ es reinantes
sobre o assunto.
Como segundo passo, permitirá que se estabeleça um modelo teó rico inicial de referência,
da mesma forma que auxiliará na determinaçã o das variá veis e elaboraçã o do plano geral
da pesquisa.
Por ú ltimo, antes que se realize a recolha de dados é preciso estabelecer tanto as técnicas
de registo desses dados como as técnicas que serã o utilizadas em sua aná lise posterior.
Utilizam vá rias técnicas como entrevistas, questioná rios, formulá rios etc. e
emprega procedimentos de amostragem.
Do ponto de vista científico, a observaçã o oferece uma série de vantagens e limitaçõ es,
como as outras técnicas de pesquisa, havendo, por isso, necessidade de se aplicar mais de
uma técnica ao mesmo tempo.
3.3.1 Questionário
O Questionário é um instrumento de recolha de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador.
Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da
pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o
interesse do receptor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro
de um prazo razoável.
Como toda técnica de recolha de dados, o questionário também apresenta uma série
de vantagens e desvantagens:
Vantagens:
a) Economiza tempo, viagens e obtém grande nú mero de dados;
b) Atinge maior nú mero de pessoas simultaneamente;
c) Abrange uma á rea mais ampla;
d) Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo;
e) Obtém respostas mais rá pidas e mais precisas.;
f) Há maior liberdade nas respostas, em razã o do anonimato;
g) Há mais segurança, pelo fato de as respostas nã o serem identificadas;
h) Há menos risco de distorçã o, pela nã o influência do pesquisador;
i) Há mais tempo para responder e em hora mais favorá vel;
j) Há mais uniformidade na avaliaçã o, em virtude da natureza impessoal do
instrumento;
k) Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.
Desvantagens:
a) Percentagem pequena dos questioná rios que voltam;
b) Grande nú mero de perguntas sem respostas;
c) Nã o pode ser aplicado a pessoas analfabetas;
d) Impossibilidade de ajudar o informante em questõ es mal compreendidas;
e) A dificuldade de compreensã o, por parte dos informantes, leva a uma
uniformidade aparente;
f) Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma questã o
influenciar a outra;
g) A devoluçã o tardia prejudica o calendá rio ou sua utilizaçã o;
h) O desconhecimento das circunstâ ncias em que foram preenchidos torna difícil
o controle e a verificaçã o;
i) Nem sempre é o escolhido quem responde ao questioná rio, invalidando,
portanto, as questõ es;
j) Exige um universo mais homogêneo.
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Depois de redigido, o questioná rio precisa de ser testado antes da sua utilizaçã o definitiva,
aplicando-se alguns exemplares em uma pequena populaçã o escolhida.
A aná lise dos dados, apó s a tabulaçã o, evidenciará possíveis falhas existentes:
inconsistência ou complexidade das questõ es; ambiguidade ou linguagem inacessível;
perguntas supérfluas ou que causam embaraço ao informante; se as questõ es obedecem a
determinada ordem ou se sã o muito numerosas etc.
O pré-teste deve ser aplicado em populaçõ es com semelhantes, mas nunca naquela que
será alvo de estudo.
O pré-teste serve também para verificar se o questioná rio apresenta três importantes
elementos:
a) Fidedignidade - Qualquer pessoa que o aplique obterá sempre os mesmos
resultados.
b) Validade - Os dados recolhidos sã o necessá rios à pesquisa.
c) Operatividade - Vocabulá rio acessível e significado claro.
4. Entrevista
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a recolha de dados ou para ajudar no
diagnóstico ou no tratamento de um problema social.
A entrevista é um importante instrumento de trabalho nos vários campos das ciências sociais
ou de outros sectores de atividades, como da Sociologia, da Antropologia, da Psicologia Social,
da Política, do Serviço Social, do Jornalismo, das Relações Públicas, da Pesquisa de Mercado e
outras.
Vantagens:
a) Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou
alfabetizados;
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Limitações:
a) Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes;
e) Retenção de alguns dados importantes, receando que sua identidade seja revelada;
Outro aspecto que merece atençã o é a regra geral de se iniciar o questioná rio com
perguntas gerais, chegando pouco a pouco à s específicas (técnicas do funil), e
colocar no final as questões de fato, para nã o causar insegurança. No decorrer do
questioná rio, devem-se colocar as perguntas pessoais e impessoais alternadas.
A disposiçã o das perguntas precisa seguir uma “progressã o ló gica”, para que o informante:
a) seja conduzido a responder pelo interesse despertado, sendo as perguntas
atraentes e nã o controvertidas;
b) seja levado a responder, indo dos itens mais fá ceis para os mais complexos;
c) nã o se defronte prematura e subitamente com informaçõ es pessoais - questõ es
delicadas devem vir mais no fim;
d) seja levado gradativamente de um quadro de referência a outro - facilitando o
entendimento e as respostas.
6. Formulário
o formulário é um dos instrumentos essenciais para a investigaçã o social, cujo
sistema de recolha de dados consiste em obter informaçõ es diretamente do
entrevistado.
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Formulá rio é uma lista formal, catá logo ou inventá rio destinado à recolha de
dados resultantes quer da observaçã o, quer de interrogató rio, cujo preenchimento
é feito pelo pró prio investigador, à medida que faz as observaçõ es ou recebe as
respostas, ou pelo pesquisado, sob sua orientaçã o.
O formulá rio, assim como o questioná rio, apresenta uma série de vantagens e
desvantagens:
Vantagens:
a) Utilizado em quase todo o segmento da populaçã o: alfabetizados, analfabetos,
populaçõ es heterogêneas etc., porque seu preenchimento é feito pelo
entrevistador;
Desvantagens:
a) Menos liberdade nas respostas, em virtude da presença do entrevistador;
c) Menos prazo para responder à s perguntas; nã o havendo tempo para pensar, elas
podem ser invalidadas;
o arquivo deve conter, também, resumos de livros, recortes de perió dicos, notas e
outros materiais necessá rios à ampliaçã o de conhecimentos, mas cuidadosamente
organizados.
CAPITULO VI
RELATÓ RIO DE PESQUISA
O Relató rio é a exposiçã o geral da pesquisa, desde o projeto até à s conclusõ es, incluindo os
processos metodoló gicos empregados. Deve ter como base a ló gica, a imaginaçã o e a
precisã o e ser expresso em linguagem simples, clara, objetiva, concisa e coerente.
3. Os resultados;
Apó s a recolha de dados, sua codificaçã o e tabulaçã o, tratamento estatístico, aná lise e
interpretaçã o, os resultados estã o prontos para ser redigidos: é o relató rio de pesquisa.
Este compreende as seguintes partes:
I. Apresentação
a) Capa
- entidade,
- título (e subtítulo, se houver),
- coordenador(es),
- local e data,
b) Pá gina de Rosto
- entidade,
- título (e subtítulo, se houver),
- coordenador(es),
- equipe técnica,
- local e data
III. Sumário
O Sumário é a relaçã o das partes, capítulos, itens e subitens do trabalho, com a respectiva
indicaçã o do nú mero de pá ginas iniciais.
IV. Introdução
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a) Justificativa:
- tema,
- Definiçã o do Problema (problematizaçã o),
- delimitaçã o do tema,
b) Objectivo da Pesquisa:
- objetivo geral,
- objetivos específicos,
c) Hipó tese de Trabalho:
- hipó tese principal,
- hipó teses secundá rias,
- indicaçã o das variá veis .
VI. Metodologia
a) Método de Abordagem;
b) Métodos de Procedimento de Abordagem;
c) Técnicas;
d) Delimitaçã o do Universo;
e) Tipo de Amostragem
IX. Conclusões
A apresentaçã o e a aná lise dos dados, assim como a interpretaçã o dos resultados,
encaminham naturalmente à s conclusões.
Estas devem:
evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo;
indicar as limitaçõ es e as reconsideraçõ es;
apontar a relaçã o entre os fatos verificados e a teoria;
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X. Recomendações e Sugestões
As recomendações consistem em indicaçõ es, de ordem prá tica, de intervençõ es na
natureza ou na sociedade, de acordo com as conclusõ es da pesquisa.
XI. Apêndices
O apêndice é composto de material trabalhado pelo pró prio pesquisador a) Tabelas,
b) Quadros,
c) Grá ficos,
d) Outras ilustraçõ es,
c) Instrumento(s) de Pesquisa
XII. Anexos
Os anexos sã o constituídos de elementos esclarecedores de outra autoria, devem ser
limitados, incluindo apenas o estritamente necessá rio à compreensã o de partes do
relató rio.
CAPITULO VII
MONOGRAFIA
Os trabalhos científicos podem ser realizados com base em fontes de informações primárias ou
secundárias e elaborados de várias formas, de acordo com a metodologia e com os objetivos
propostos.
A monografia implica originalidade, mas até certo ponto, uma vez que é impossível obter total
novidade em um trabalho; isto é relativo, pois a ciência, sendo acumulativa, está sujeita a
contínuas revisões.
Estrutura da Monografia
Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Pode haver diferenças quanto ao material, o enfoque dado, a utilização desse ou daquele
método, dessa ou daquela técnica, mas não em relação à forma ou à estrutura.
a) A Introdução é uma formulação clara e simples do tema da investigação; é a
apresentação sintética da questão, importância da metodologia. O material que
compõe a introdução é tirada, fundamentalmente, do projeto de Pesquisa; dado que o
projeto falava do que se pretendia fazer, a introdução geral da monografia fala do que
foi feito.
Dessa maneira, podem-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que obedecem
a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão.
CAPITULO IX
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I – Citações
Ao escrever um artigo, projeto, tese... o autor utiliza partes de um texto original, extraído de
uma fonte, reproduzindo, literalmente, para dar ênfase ao seu trabalho escrito de pesquisa.
Tais partes se chama citações.
“A citação consiste em transpor para o nosso texto as palavras de um autor” (Azevedo, 2008,
p. 131).
Elas podem aparecer no texto ou em notas de rodapé. O Modelo APA coloca as citações no
texto.
Geralmente temos três componentes que constituem uma citação: Apelido do autor , ano e
página. Estes elementos são separados por vírgula.
Exemplo:
“A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou descrição de factos
levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um carácter interpretativo, no que se
refere aos dados obtidos” (Marconi & Lakatos, 2007, pp. 226-228).
Para a transposição de textos longos (que têm mais de 40 Palavras), procede-se de seguinte
maneira:
14. Entrar na esquerda com uma ou duas tabulações para a direita;
15. Mantendo a margem normal à direita,
16. Manter o espaço simples,
17. Adotar o tamanho de texto normal 10, já que o texto normal tem 12.
Exemplo:
40
18. Modelo 1
A pesquisa científica traz novos conhecimentos que devem ser descritos num relatório que
normalmente contém um marco teórico, aliás:
• Modelo 2
A pesquisa científica traz novos conhecimentos que devem ser descritos num relatório que
normalmente contém um marco teórico, aliás, de acordo com Marconi e Lakatos (2007), pode
escrever-se:
• Modelo 3
A pesquisa científica traz novos conhecimentos que devem ser descritos num relatório que
normalmente contém um marco teórico. Marconi e Lakatos (2007) referem que:
A utilização de ideias de outrem sem que haja uma transcrição direta das palavras por ele
utilizadas, não necessita de aspas.
Exemplo:
Modelo 1
Na perspectiva de Marconi e Lakatos (2007), o marco teórico deve integrar o relatório e
esclarecer que o objectivo da pesquisa científica não se limita apenas na descrição dos factos
pesquisados, mas também na sua interpretação.
Modelo 2
O marco teórico deve integrar o relatório e esclarecer que o objectivo da pesquisa científica
não se limita apenas na descrição dos factos pesquisados, mas também na sua interpretação
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Modelo 3
Marconi e Lakatos (2007) referem que o marco teórico deve integrar o relatório e esclarecer
que o objectivo da pesquisa científica não se limita apenas na descrição dos factos
pesquisados, mas também na sua interpretação.
Quando uma obra tem entre três a cinco autores, referem-se todos os nomes na primeira
paráfrase. Nas seguintes, coloca-se apenas o primeiro nome e et al
Exemplo:
Os apêndices também podem ser úteis (Bloom, Krathwohl & Masia, 1976).
Os anexos são necessários (Boom et al., 1976).
Se uma obra tem seis ou mais autores, refere-se apenas o sobrenome do primeiro autor,
seguindo-se et al.
Exemplo:
- Nas referências finais, devem colocar-se todas as obras consultadas com os
respectivos nomes dos autores (Carneiro et al., 1990).
- Carneiro et al. (1990) indicam a necessidade de sermos rigorosos na metodologia.
A citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso à obra citada, valendo-
se da citação que consta na obra que ele está a consultar. Pode ser reproduzida literalmente,
ou resumida., indicando a fonte.
Exemplo:
Para Morais (1995, citado em Torres, 1998): “O primeiro estágio implica notificar fortemente
os vários departamentos e unidades comerciais de sua organização a respeito de um projeto.
(...) O segundo conjunto de notificação será proveniente da equipe do projeto para o ano
2000” (p. 230).
Quanto aos Artigos recuperados da Internet, coloca-se no texto apenas o nome do autor e o
ano que aí refere.
Exemplo:
Nyusi, 2016.
Os documentos legais são referidos no texto sob a designação do nome oficial, acompanhado
da indicação do artigo e respectivo número, se necessário.
Exemplo:
• O artigo 14 da Lei nº 46/86 estabelece que.....
• O artigo 2 do Código da Estrada diz que......
42
Os artigos publicados em Revistas populares devem conter as iniciais abreviadas do autor, ano
e o mês da publicação:
Exemplo:
• O reitor da universidade no seu discurso (V. M. Soares, 1987, Janeiro) declarou que…..
A referência a artigos de jornais deve conter as iniciais abreviadas do autor, ano, mês e dia da
publicação.
Exemplo:
• Como dizia M. N. Soares (1990, 23 de Dezembro), todos os cidadãos devem
compreender....
A Bíblia é citada em texto pela sigla do seu livro cuja lista aparece em todas as Bíblias.
Exemplo:
• “Esta é a origem da criação dos céus e da terra” (Gn 2, 4).
Os documentos da Igreja são citados pela sigla, colocando sempre o número que aparece ao
longo do documento e não o número da página.
Exemplo:
• Por isso, o Concílio Vaticano II, através da Gaudium et Spes (GS) tendo investigado
mais profundamente o mistério da Igreja, não hesita agora em dizer....... (GS, nº 2).
Quando a fonte é uma Entidade, empresa, instituição, governo..., por exemplo num estudo das
Telecomunicações:
(TDM, 2001, p.54).
Quando se trata de uma fonte sem autor, cita-se as primeiras poucas palavras da referida
referência bibliográfica (geralmente o título) e o ano.
Exemplo:
Num relatório antigo da CIA (O ficheiro z, 1967, p. 32).
43
Quando se trata de citar uma comunicação direta, acrescenta-se no final a sigla cp que designa
comunicação pessoal. Esta só aparece como citação no próprio texto.
(Hacker, 18 de Abril de 1999, cp. ) disse .... No final do parágrafo.
Hacker (18 de Abril de 1999, cp. ) disse .... Citação no parágrafo.
NB: A transposição intencional dos factos, opiniões, ideias... como se fossem da própria
autoria, isto é, assinar ou apresentar uma obra como se fosse própria, se chama plágio. O
plágio é um crime académico que pode resultar em consequências sérias. Para além de ser
ilegal demonstra desonestidade intelectual.
2. Referências Bibliográficas
A Referência Bibliográfica é um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de
um documento, que permite a sua identificação individual. Esta contêm apenas trabalhos
citados, no texto. Ordenados alfabeticamente.
A Bibliografia é mais extensa porque apresenta também aqueles documentos que podem ser
considerados importantes, mas não são citadas no texto.
No modelo APA, as referência de mais de uma linha apresentam um espaço simples, a 2ª linha
alinha à esquerda na quarta letra da linha de cima; e o espaço entre as referências
bibliográficas é de 1.5.
Exemplo:
Azevedo, M. (2008). Teses, relatórios e trabalhos escolares (6ª. ed.). Lisboa, Portugal:
Universidade Católica Editora.
O título deve ser escrito em itálico; e, o subtítulo também em itálico, separado por dois pontos.
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Para ambos os casos a primeira letra deve ser em maiúsculas, assim como todos os nomes
próprios, no fim coloca-se ponto.
Em títulos longos, pode-se suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido.
A supressão deve ser indicada por reticências.
Exemplo:
Jaques, P. (1983) A Constituição explicada: As emendas constitucionais e os actos institucionais
básicos... (5. ed. rev.e aum). Rio de Janeiro: Forense.
O Tradutor, Revisor, Ilustrador , etc., devem ser apresentados após o título com o nome
completo.
Exemplo:
Baker, R. (1997). Ilusões: As aventuras de um Messias indeciso. Tradução de Luzia Machado da
Costa. 14. ed. Rio de Janeiro: Rcord.
Quando o autor é desconhecido, a entrada é feita pelo título, sendo a primeira palavra em
letras maiúsculas.
Exemplo:
Diagnóstico do sector editorial brasileiro. (1993). São Paulo: Câmara Brasileira do Livro.
Quando se trata de uma obra com responsabilidade intelectual diferente de Autor, a entrada
deve ser pelo nome do responsável, seguida da abreviação, no singular do tipo de participação
(Org. ,Comp., Ed., Coord.) Organizador, Compositor, Editor e Coordenador.
Exemplo:
Talavera, G. M. (Coord.). (2001). Relações de consumo no Direito Brasileiro. São Paulo: Método.
Quando a obra é de dois a sete autores, poderão ser indicados todos os autores, colocando-se
o & (e comercial) antes do último autor.
Exemplo:
- Da Silva, O. B. & Gomes, F. (2002). Teoria Geral do Processo Civil. São Paulo:
Revista dos Tribunais, p.
- Sampieri, R. H., Collado, C. F, & Lucio, P. B. (2006). Metodologia de Pesquisa (3º
ed.). São Paulo, Brasil: McGraw-Hill.
Quando a obra é de mais de dois autores, a outra alternativa seria a de indicar o nome do
primeiro e o et al. Para indicar os demais.
Exemplo:
Favero, H. L. et al. (1997). Contabilidade: Teoria e prática. São Paulo: Atlas. V.2.
45
Quando a obra é de oito ou mais autores, indicam-se os primeiros seis autores e antes do
sobrenome do último autor colocam-se reticências (...).
Exemplo: Barbosa, A. G., Guedes, D., Liberato, E. M., Alves, J., Lima, M., Santos, M., ... Galinha,
S. (2011). Pedagogia positiva. Interações em educação e saúde. Porto, Portugal: Livpsic.
Quando se trata de um Artigo de uma Revista científica, coloca-se o nome do autor, ano da
publicação, título do artigo, nome da Revista em itálico, número da Revista em itálico e as
páginas do artigo.
Exemplo:
Barbosa, A. G. (2010). A educação histórica. Enquadramento teórico. Revista Portuguesa de
Investigação Educacional, 9, 7-24.
CAPITULO X
OUTRAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
I. Comunicação Científica
Chama-se Comunicação Científica à informação apresentada em congressos, Simpósios,
semanas de estudo, reuniões, academias, sociedades científicas etc. a ser posteriormente
publicada em Anais e Revistas.
A comunicação deve trazer informações científicas novas, ser limitada em sua extensão, isto é,
não ser longa.
4. Conclusão - Constitui a parte final do processo. Apresenta uma síntese completa dos
resultados da pesquisa, o resumo das principais informações ou argumentos.
O significado das palavras empregues no texto deve ser claro, preciso, sem deixar margem a
dúvidas. As divergências relativas a palavras ou expressões com significados diferentes, com
algumas teorias ou áreas científicas, devem ser esclarecidas, a fim de evitar erros de
interpretação.
É, por isso, importante a definição de alguns termos, dando a eles seu exato significado.
2. Sinopse
É o Resumo analítico do trabalho redigido pelo próprio autor ou editor e publicado ao mesmo
tempo que a obra. Pode ser colocado no início ou fim da publicação.
Deve ser escrito em português, inglês ou outra língua de difusão internacional. É mera
apresentação condensada do texto de uma publicação ou suas principais ideias, sem emissão
de juízo de valor.
3. Conteúdo
- Introdução;
- Texto (desenvolvimento);
- Conclusão ou recomendações.
4. Referência bibliográfica.
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2. Apresentação: ler com clareza o que está escrito. Imprimir velocidade razoável à
leitura, tentando prender a atenção dos ouvintes. Dar ênfase às palavras-chaves;
O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos científicos.
Apresenta as seguintes partes:
1. Preliminares
- Cabeçalho - título (e subtítulo) do trabalho;
- Autor(es);
- Credenciais do(s) autor(es);
- Local de atividades.
2. Sinopse
3. Corpo do Artigo
- Introdução - apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e propósito.
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4. Referência Bibliográfica
- Apêndices ou anexos (quando houver necessidade).
- Agradecimentos.
- Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um artigo científico,
em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de certas editoras na
publicação de trabalhos).
O conteúdo do Artigo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, apresenta temas
ou abordagens novas, atuais, diferentes. Pode:
- versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já
conhecido;
- oferecer soluções para questões controvertidas;
- levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto ideias novas, para
sondagem de opiniões ou atualização de informes;
- abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa.
Quanto à análise do conteúdo, os artigos podem ser de três tipos: argumento teórico, artigo de
análise e artigo classificatório.
Essa forma de trabalho requer pesquisa profunda e intensa a fim de coletar dados
válidos e suficientes. É uma forma de documentação difícil, e por isso utilizada,
geralmente, por especialistas experientes.
Primeiramente, faz-se a divisão do tema em forma tabular, ou seja, em classes, com suas
características principais. Depois apresenta: definição, descrição objetiva e análise.
As Motivações para a redação de um artigo científico podem ser várias, por exemplo, quando:
6. o estilo do Artigo Científico deve ser claro, conciso, objetivo; a linguagem correta,
precisa, coerente e simples.
Deve estar redigido de maneira que a comprovação dos procedimentos, técnicas e resultados
obtidos, ou seja, a experiência realizada, possa ser repetida.
A resenha visa, portanto, apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra.
Entretanto, mesmo que o resenhista tenha competência na matéria, isso não lhe dá o direito
de fazer juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor.
O resenhista não deve tentar dizer que poderia ter produzido obra melhor; não deve procurar
ressaltar suas próprias qualidades às custas de quem escreveu o livro comentado.
Para a elaboração de uma resenha crítica são necessários alguns requisitos básicos, tais como:
- conhecimento completo da obra;
- competência na matéria;
- capacidade de juízo de valor;
- independência de juízo;
- fidelidade ao pensamento do autor.
A resenha crítica foi uma das formas encontradas para solucionar o problema da explosão da
literatura técnica e científica e a exiguidade de tempo do trabalho intelectual, sem condições
de ler tudo o que aparece sobre o campo do próprio interesse.
1. Referência Bibliográfica
- Autor(es),
- Título (subtítulo),
- Imprensa (local da edição, editora, data),
- Número de páginas,
- Ilustração (tabelas, gráficos, fotos etc.)
2. Credenciais do Autor
- Informações gerais sobre o autor;
- Autoridade no campo científico;
- Quem fez o estudo?;
- Quando? Porquê? Onde?
3. Conhecimento
- Resumo detalhado das ideias principais;
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4. Conclusão do Autor
- O autor faz conclusões? (ou não?)
- Onde foram colocadas? (final do livro ou dos capítulos?)
- Quais foram?
6. Apreciação
27. Julgamento da obra:
Como se situa o autor em relação:
- às escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais?
- às circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc.?
29. Estilo:
- Conciso, objetivo, simples?
- Claro, preciso, coerente?
- Linguagem correta?
- Ou o contrário?
30. Forma:
- Lógica, sistematizada?Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?
V. CONFERÊNCIA
Trata-se de uma preleção pública sobre assunto literário ou científico. Em geral, consiste em
uma exposição oral, mas pode destinar-se à publicação. Nesse caso, convém preparar o texto
com essa finalidade.
Se a conferência for oral, deve ser mais simples, para melhor compreensão e assimilação do
público. Poderá, posteriormente, ser ampliada, acrescentando-se mais detalhes.
Os primeiros passos para realizar uma conferência, são: pensar, planear e, depois, escrever e
rever.
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O orador precisa de saber para quem vai falar. Devem-se, primeiramente, definir os objetivos
e, depois, selecionar os dados importantes que precisam ser desenvolvidos numa sequência
lógica.
Geralmente, é aos congressos, simpósios, reuniões etc. que os especialistas levam sua
contribuição, expondo aspectos concretos da pesquisa. Com frequência, apresentam as fases
ou os resultados finais de seu trabalho.
1. Estrutura da Conferência
A estrutura da conferência segue o mesmo esquema dos trabalhos científicos, ou seja:
- introdução (breve): consiste no esboço de uma finalidade, dos objetivos e do
problema a ser tratado;
- desenvolvimento ou corpo do trabalho (texto): refere-se à apresentação das
principais ideias, expostas em frases curtas e claras. Repetição do que foi dito na
introdução, valendo-se de outras palavras, para que os assistentes possam
compreender as etapas da conferência;
- conclusão: aborda os principais tópicos do texto, procurando deixar o tema central
na mente do ouvinte.
2. Apresentação
O conferencista deve permanecer em pé, em local apropriado da sala, em frente ao público
assistente, sem fixar diretamente uma ou outra pessoa, tentando atrair a atenção e o respeito
daqueles que o ouvem, desde o início.
Outro ponto que se deve recomendar é o uso do vocabulário técnico, porém adequado,
compreensível e cuidadosamente escolhido, visando ao nível e ao número de pessoas
presentes.
3. Avaliação do Tempo
A conferência não deve ultrapassar 30 minutos, sendo cinco para introdução e cinco para a
conclusão.
Torna-se importante relacionar o número de pontos a destacar com o tempo disponível e com
as expectativas do auditório.
Do tempo disponível, precisam ser reservados alguns minutos para o uso do quadro-negro e
algum tempo para os debates, esclarecimentos e discussões, após a conferência, tendo em
vista que o prazo reservado para os debates, em geral, é curto.
Ao final da exposição, o conferencista precisa de fazer um resumo dos pontos principais, para
55
BIBLIOGRAFIA
Azevedo, M. (2008). Teses, relatórios e trabalhos escolares (6ª. ed.). Lisboa, Portugal:
Universidade Cató lica Editora.
Barbosa, A., Ibraimo, N., Laita, M., Haanstra, F., & Talaquichande, N. (2016). Normas APA 2ª
ed.). Nampula, Moçambique: UCM.
Canastra, F., Haanstra, F., & Vilanculos, M. (2015). Manual de investigação científica da
Universidade Católica de Moçambique (2ª. ed.). Beira, Moçambique: Instituto Integrado de
Apoio à Investigaçã o Científica.