Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO

LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

Ano de frequência: 1º Ano, Curso Noturno

Docente: PhD. Natália Helena da Fonseca Bolacha

Disciplina: Metodologia de Investigação Científica

Estudantes: Alzira Lourenço, Kaúlza Gonzaga, Marcelino Jaime Semente, Narguice Guilhermina
Bachir, Nuchard Bruna Antero Botas.

TEMA:

DIFERENÇA ENTRE TIPOS DE CONHECIMENTOS: EMPÍRICO, CIENTÍFICO,


FILOSÓFICO E TEOLÓGICO.

1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa e de caracter avaliativo tem como tema “Diferenças entre Tipos
de Conhecimentos: Empíricos, Científicos, Filosófico e Teológico”, o mesmo enquadra-se na
cadeira de Metodologia de Investigação Científica e tem como objectivo geral de analisar as
diferenças entre os tipos de conhecimento. E, de modo a concretizar o objectivo geral previamente
definido pelo pesquisador definiu-se os seguintes objectivos específicos: apresentar os conceitos
gerais; identificar os tipos de conhecimento; e, discutir as diferenças entre os tipos de conhecimento
previamente identificados.

Em termos metodológicos, quanto abordagem afigura-se como uma pesquisa qualitativa e quanto
a natureza é uma pesquisa aplicada. Em termos de estruturação, o presente trabalho está organizado
em elementos pré-textuais (a capa, a folha de rosto, o índice e a introdução); textuais
(desenvolvimento do trabalho) e, por último os elementos pós-textuais (conclusão e referência
bibliográfica).
2. TIPOS DE CONHECIMENTOS E SUAS DIFERENÇAS
2.1.Conhecimento empírico
Segundo Cervo, Bervian & Silva (2007), afirmam que o conhecimento empírico, erroneamente
chamando vulgar ou de senso comum, é aquele que é adquirido pela própria pessoa na relação com
o meio ambiente ou com meio social, obtido por de interação continua na forma de ensaios e
tentativas que resultam em erros e em acerto. A pessoa comum, que não precisa operacionalizar
métodos e técnicas científicas para a construção de seu conhecimento, tem, entretanto,
conhecimento do mundo material exterior em que se acha inserida e de um certo número de pessoas
seus semelhantes, com as quais convive.

Por sua vez, os autores Marconi & Lakatos (2010), definem o conhecimento empírico ou popular
aquele que é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em
estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é,
de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma,
pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É também reflexivo, mas,
estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral.

Os autores acima citados acrescem ainda que a característica de assistemático baseia-se na


“organização” particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma
sistematização das ideias, na procura de uma formulação geral que explique os fenômenos
observados, aspecto que dificulta a transmissão, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. É
verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito àquilo que se pode
perceber no dia-a-dia. Finalmente é falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o
que se ouviu dizer a respeito do objeto. Em outras palavras, não permite a formulação de hipóteses
sobre a existência de fenômenos situados além das perceções objetivas.

Segundo Baranano (2008), diz que o conhecimento vulgar ou empírico se baseiam na experiência
da vida ou transmitida por alguém. Não é científico por carece de observação metódica e de
verificação sistemática.

Com base a estas definições entende-se que o conhecimento empírico é um conhecimento popular,
que tem origem nas observações do dia-a-dia do homem. muitas vezes, é um conhecimento que
vem de uma experiência particular que se assume como uma verdade universal e coletiva sem que
haja a necessidade da ciência para provar.
2.2.Conhecimento científico
Segundo Cervo, Bervian & Silva (2007), o conhecimento científico vai alem do empírico,
procurando compreender, alem do entre, do objectivo, do facto e do fenómeno, sua estrutura, sua
organização e seu funcionamento, sua composição, suas causas e leis. O conhecimento científico
era caracterizado como:
a) Certo, porque sabia explicar os motivos de certeza, o que não acontecia com o
conhecimento empírico;
b) Geral, no sentido de conhecer no real o que há de mas universal e valido para todos os casos
da mesma espécie. partindo do individuo concreto, procurar o que nele há de comum com
relação aos demais da mesma espécie; e
c) Metódico e sistemático, já que o cientista não ignorava que os seres e os factos estavam
ligados entre si por certas relações e seu objectivo era encontrar e reduzir esse
encadeamento, o qual alcançava por meio do conhecimento ordenado de leis e princípios.

A essas características acrescentam-se outas propriedades da ciência, com objetividade, o interesse


intelectual e o espírito critico.

De acordo com Marconi & Lakatos (2017) apud Trujillo (19714:14) “o conhecimento científico é
real(factura) porque lida com ocorrência ou fatos, isto é, com toda, forma de existência que se
manifesta de algum modo. Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou
hipóteses tem sua veracidade ou falsidade conhecida através das experiências e não apenas pela
razão.

Baranano (2008), acresce ainda que o conhecimento científico resulta da investigação metódica e
sistemática da realidade. Analisa os factos para descobrir as suas causas e concluir as leis gerais
que os regem. É verificável por demostração ou experimentação.

No entanto pode-se compreender que o conhecimento científico é o conhecimento produzido a


partir de atividades científicas onde fizemos experimentação e coleta de dados, sendo seu objetivo
demonstrar se a informação é fiável e falsa construindo argumentação, uma solução para um
determinado problema proposto para resolução de uma determinada questão.
2.3.O conhecimento fisiológico

Segundo Cervo, Bervian & Silva (2007), o conhecimento fisiológico, destinge-se do conhecimento
científico pelo objecto de investigação e pelo método. O objectivo das ciências são os dados
próximos, imediatos, percetíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois, sendo de ordem material
e física, são suscetíveis de experimentação.

Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas causas supremas.
Moderadamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um continuo a
questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado. É busca constante do
sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve a
ser humano e sobre o próprio ser em sua existência concreta.

Segundo Marconi & Lakatos (2010) o conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de
partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação, as hipóteses
filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da
experimentação, por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável. É racional, em
virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Portanto, o
conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas
humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão
humana.

2.4.Conhecimento teológico

Segundo Cervo, Bervian & Silva (2007), Duas são as atitudes que se podem diante do mistério. A
primeira é tentar penetrar nele com o esforço pessoal da inteligência. Mediante a reflexão e o
auxílio de instrumentos, procura-se obter um procedimento que seja científico ou filosófico. A
segunda atitude consiste em aceitar explicações de alguém que já tenha desvendado o mistério e
implica sempre uma atitude de fé diante um conhecimento revelado.

A fé teológica sempre esta ligada a uma pessoa que testemunha Deus diante de outras pessoas. Para
que isso aconteça, é necessário que tal pessoa que conhece Deus e que vive o mistério divino o
revele a outra. Afirmar, por exemplo, que tal pessoa é o Cristo equivalente a explicar um
conhecimento teológico.
Conclusão
Depois de toda abordagem em torno do tema “diferença entre tipos de conhecimentos: empírico,
científico, filosófico e teológico” o grupo aferiu, antes de mais, que o conhecimento é a capacidade
Humana de entender, apreender e compreender em diversas situações. O grupo aferiu ainda que a
diferença entre os diversos tipos de conhecimento reside na forma como este é adquirido e
transmitido, a título de exemplo o conhecimento empírico difere-se do conhecimento científico
pelo facto deste ser um conhecimento adquirido pela própria pessoa na relação com o meio
ambiente ou social a que esta inserido, ao passo que, o científico vai além procurando compreender
o objectivo, o facto, fenómeno, a estrutura, a organização e seu funcionamento, sua composição,
suas causas e leis.

Referências bibliográficas
Baranano, A. (2008). Métodos e Técnicas de Investigação em Gestão. Atlantic Books, SA. Lisboa,
Portugal.

Cervo, A., Bervian, P. A., & Silva, R. (2007). Metodologia Científica. 6ª Ed. Edições ASA. São
Paulo, Brasil.

Marconi, M. de A., & Lakatos, E. M., Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª Ed. Editora
Atlas, SA. São Paulo, Brasil.

Você também pode gostar