O documento discute os diferentes tipos de conhecimento, incluindo o filosófico, teológico, vulgar e científico. Define cada um deles, destacando que o conhecimento filosófico se baseia na reflexão, o teológico na fé religiosa, o vulgar no senso comum e o científico na investigação sistemática e métodos.
Descrição original:
Título original
Trabalho - Metodologia do Trabalho Acadêmico - Maria do Parto Venâncio de Souza
O documento discute os diferentes tipos de conhecimento, incluindo o filosófico, teológico, vulgar e científico. Define cada um deles, destacando que o conhecimento filosófico se baseia na reflexão, o teológico na fé religiosa, o vulgar no senso comum e o científico na investigação sistemática e métodos.
O documento discute os diferentes tipos de conhecimento, incluindo o filosófico, teológico, vulgar e científico. Define cada um deles, destacando que o conhecimento filosófico se baseia na reflexão, o teológico na fé religiosa, o vulgar no senso comum e o científico na investigação sistemática e métodos.
O conceito de conhecimento é bastante discutido e complexo, mas de uma maneira
simples é ter noção de algo e começa pela informação sobre determinado assunto ou situação. Ele começa com uma curiosidade, que move a pessoa a buscar aprender algo novo. Existem várias formas de se adquirir conhecimento, principalmente a leitura, a convivência, e até mesmo uma simples conversa. Tudo isso são consideradas fontes de conhecimento, onde o indivíduo pode buscar conforme sua necessidade.
2. TIPOS DE CONHECIMENTO:
Existem diversos tipos de conhecimento, de acordo com Martins e Theóphilo
(2009), há quatro tipos: o filosófico, o teológico, o vulgar e o científico. Cada um deles é utilizado por nós dependendo daquilo que queremos aprender ou conforme a realidade a que pertencemos.
2.1. Conhecimento Filosófico:
É aquele que tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por
instrumento exclusivo o raciocínio (MARTINS e THEÓPHILO, 2009). O estudo filosófico, pelo emprego da lógica, tem como objetivos a ampliação dos limites de compreensão da realidade, bem como o estabelecimento de concepção geral do universo. Especulativo, utiliza-se de experiências, e não de experimentações, não permitindo levantamento de hipóteses que não poderão ser submetidas à observação.
2.2. Conhecimento Teológico:
Conhecimento teológico ou religioso é aquele que resulta da fé humana na
existência de forças sobrenaturais, consideradas como criadoras do universo, ele surge com as revelações do mistério, do oculto, por alguma manifestação divina, sagrada, que é transmitida por alguém, por tradição ou por escritos tidos também como sagrados (MARTINS e THEÓPHILO, 2009) e que, portanto, devem ser adorados e obedecidos. Conforme Demo, quando na Bíblia se montou uma história da criação do mundo e do surgimento do mal, não se pensou em fazer uma alegoria, um conto interessante, ou qualquer outra coisa, mas certamente em dar uma explicação de como começou o mundo, o homem e o mal (DEMO, 1985, p. 20).
2.3. Conhecimento Vulgar:
Esse conhecimento parte do princípio de que há perceptível diferença entre as
expressões “eu acho que” e “eu sei que”, o conhecimento vulgar ou popular, também chamado de senso comum ou ainda de bom senso, é aquele que as pessoas adquirem em seu cotidiano, a partir de experiências vivenciadas ou por simples observação de fenômenos do dia a dia. Por não ter preocupação com explicações científicas, ou ditas corretas, o senso comum é, na maioria das situações, limitado, incoerente e impreciso (MARTINS e THEÓPHILO, 2009) e está no nível da opinião, pois estas podem ser emitidas por qualquer sujeito a partir de informações previamente armazenadas, tomadas de forma corriqueira ou simplesmente pelo fato, ou hábito, de emitir opiniões sem que haja argumentação passível de comprovação (MATALLO JR., 2000a).
2.4. Conhecimento Científico:
O conhecimento científico é aquele que resulta de investigação metódica e
sistemática da realidade. Utilizando-se do intelecto, procura-se respostas para as causas dos fatos e, a partir de classificações, comparações e análises, enfim, de métodos. O processo de investigação, descoberta e expansão do conhecimento faz do ser humano sujeito ativo em relação a fatos e objetos (MARTINS e THEÓPHILO, 2009). O conhecimento é uma adequação do sujeito ao objeto. O sujeito tem seus meios de conhecimento, e o objeto revelase a ele conforme tais meios. Conforme Fachin (2003), o sujeito entra em contato com o objeto por intermédio de uma relação determinada, e esse contato se transforma em conhecimento por meio dessa mesma relação. Toda compreensão necessita de um contato com o real. É importante destacar que o sujeito não conhece tudo de todas as coisas e que o pesquisador, o cientista procura tratar seu objeto dentro de certos rituais reconhecidos como importantes, de modo geral: evita a credulidade, assume atitude distanciada, cita autores, usa uma linguagem estereotipada, quase um dialeto, busca definir os termos da forma mais precisa possível, emprega técnicas complexas de quantificação, confia apenas em testes rigorosos, e assim por diante. Há um rol de cuidados específicos, que, uma vez seguidos, parecem produzir o resultado imaginado, a saber, a ciência (DEMO, 1985, p. 33-4). Pode-se entender então que o desenvolvimento do conhecimento científico passa por um ritual, por uma espécie de culto ou de práticas consagradas pelo uso de alguma norma. O pesquisador não crê com facilidade nos fatos que analisa, mas toma-os como condicionantes exteriores às suas crenças. É, portanto, não crédulo. Neste tipo de conhecimento quanto mais se investiga, maior será o distanciamento entre o conhecimento científico então somente é conseguido depois de muito treino. O conhecimento científico é resultado desse treino, que requer abstração, observação, investigação, sistematização de ideias, interpretação, raciocínio e explicação.