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CURSO: Bacharelado em Pedagogia

DISCIPLINA: Metodologia do Trabalho Acadêmico

PROFESSORA: Alyne Linhares

ACADÊMICA: Maria do Parto Venâncio de Souza

1. O QUE É O CONHECIMENTO:

O conceito de conhecimento é bastante discutido e complexo, mas de uma maneira


simples é ter noção de algo e começa pela informação sobre determinado assunto ou
situação. Ele começa com uma curiosidade, que move a pessoa a buscar aprender algo
novo. Existem várias formas de se adquirir conhecimento, principalmente a leitura, a
convivência, e até mesmo uma simples conversa. Tudo isso são consideradas fontes de
conhecimento, onde o indivíduo pode buscar conforme sua necessidade.

2. TIPOS DE CONHECIMENTO:

Existem diversos tipos de conhecimento, de acordo com Martins e Theóphilo


(2009), há quatro tipos: o filosófico, o teológico, o vulgar e o científico. Cada um deles é
utilizado por nós dependendo daquilo que queremos aprender ou conforme a realidade a
que pertencemos.

2.1. Conhecimento Filosófico:

É aquele que tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por


instrumento exclusivo o raciocínio (MARTINS e THEÓPHILO, 2009). O estudo filosófico,
pelo emprego da lógica, tem como objetivos a ampliação dos limites de compreensão da
realidade, bem como o estabelecimento de concepção geral do universo. Especulativo,
utiliza-se de experiências, e não de experimentações, não permitindo levantamento de
hipóteses que não poderão ser submetidas à observação.

2.2. Conhecimento Teológico:

Conhecimento teológico ou religioso é aquele que resulta da fé humana na


existência de forças sobrenaturais, consideradas como criadoras do universo, ele surge
com as revelações do mistério, do oculto, por alguma manifestação divina, sagrada, que é
transmitida por alguém, por tradição ou por escritos tidos também como sagrados
(MARTINS e THEÓPHILO, 2009) e que, portanto, devem ser adorados e obedecidos.
Conforme Demo, quando na Bíblia se montou uma história da criação do mundo e do
surgimento do mal, não se pensou em fazer uma alegoria, um conto interessante, ou
qualquer outra coisa, mas certamente em dar uma explicação de como começou o
mundo, o homem e o mal (DEMO, 1985, p. 20).

2.3. Conhecimento Vulgar:

Esse conhecimento parte do princípio de que há perceptível diferença entre as


expressões “eu acho que” e “eu sei que”, o conhecimento vulgar ou popular, também
chamado de senso comum ou ainda de bom senso, é aquele que as pessoas adquirem
em seu cotidiano, a partir de experiências vivenciadas ou por simples observação de
fenômenos do dia a dia. Por não ter preocupação com explicações científicas, ou ditas
corretas, o senso comum é, na maioria das situações, limitado, incoerente e impreciso
(MARTINS e THEÓPHILO, 2009) e está no nível da opinião, pois estas podem ser
emitidas por qualquer sujeito a partir de informações previamente armazenadas, tomadas
de forma corriqueira ou simplesmente pelo fato, ou hábito, de emitir opiniões sem que
haja argumentação passível de comprovação (MATALLO JR., 2000a).

2.4. Conhecimento Científico:

O conhecimento científico é aquele que resulta de investigação metódica e


sistemática da realidade. Utilizando-se do intelecto, procura-se respostas para as causas
dos fatos e, a partir de classificações, comparações e análises, enfim, de métodos. O
processo de investigação, descoberta e expansão do conhecimento faz do ser humano
sujeito ativo em relação a fatos e objetos (MARTINS e THEÓPHILO, 2009). O
conhecimento é uma adequação do sujeito ao objeto. O sujeito tem seus meios de
conhecimento, e o objeto revelase a ele conforme tais meios. Conforme Fachin (2003), o
sujeito entra em contato com o objeto por intermédio de uma relação determinada, e esse
contato se transforma em conhecimento por meio dessa mesma relação. Toda
compreensão necessita de um contato com o real.
É importante destacar que o sujeito não conhece tudo de todas as coisas e que o
pesquisador, o cientista procura tratar seu objeto dentro de certos rituais reconhecidos
como importantes, de modo geral: evita a credulidade, assume atitude distanciada, cita
autores, usa uma linguagem estereotipada, quase um dialeto, busca definir os termos da
forma mais precisa possível, emprega técnicas complexas de quantificação, confia
apenas em testes rigorosos, e assim por diante. Há um rol de cuidados específicos, que,
uma vez seguidos, parecem produzir o resultado imaginado, a saber, a ciência (DEMO,
1985, p. 33-4). Pode-se entender então que o desenvolvimento do conhecimento
científico passa por um ritual, por uma espécie de culto ou de práticas consagradas pelo
uso de alguma norma. O pesquisador não crê com facilidade nos fatos que analisa, mas
toma-os como condicionantes exteriores às suas crenças. É, portanto, não crédulo.
Neste tipo de conhecimento quanto mais se investiga, maior será o distanciamento
entre o conhecimento científico então somente é conseguido depois de muito treino. O
conhecimento científico é resultado desse treino, que requer abstração, observação,
investigação, sistematização de ideias, interpretação, raciocínio e explicação.

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