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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

CADEIA: TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

TEMA: ARTICULAÇÃO SINTÁCTICA DO TEXTO

CABELITA FRANCISCO

NAMPULA, SETEMBRO DE 2021


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
(ISCED)

Tema: Articulação Sintáctica do Texto

CABELITA FRANCISCO

Curso: Licenciatura em Nutrição


Disciplina: Técnicas de Expressão Oral e Escrita
Ano de Frequência: 1º Ano, Turma: D

Docente: MA. Fernando Chicumule

NAMPULA, SETEMBRO DE 2021


1i
Índice
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
CONCEITOS FUNDAMENTAIS .............................................................................................. 4
1. Articulação sintáctica no texto ................................................................................................. 4
2. Textualidade............................................................................................................................. 5
2.1. Sequência textual .................................................................................................................. 6
2.2. Progressão textual ................................................................................................................. 6
3. Coerência e Coesão textual ...................................................................................................... 6
3.1. Coerência textual .................................................................................................................. 6
3.2. A Coesão Textual .................................................................................................................. 6
4. Marcadores e Conectores discursivos ...................................................................................... 7
4.1. Marcadores discursivos ......................................................................................................... 7
4.2. Conectores discursivos.......................................................................................................... 7
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 9

2ii
INTRODUÇÃO
O Presente trabalho de pesquisa, é de carácter avaliativo da disciplina de Técnicas de Expressão
Oral e Escrita, do Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED) Centro de
Recursos de Nampula e é intitulado “Articulação Sintáctica do Texto”, de modo a compreender
estas temáticas em análise apresenta-se de forma sintética e explícita os seguintes itens:
Textualidade, sequencia textual progressão textual; Coerência e Coesão textual; Marcadores e
conectores discursivos. A pesquisa, objectiva analisar a Articulação Sintáctica do Texto.
Portanto, de modo a concretizar o objectivo geral, definiu-se os seguintes objectivos
específicos: (i). Identificar as noções gerais do texto na forma conceitual; (ii). Definir os
elementos textuais e (iii). Descrever os marcadores e conectores discursivos do texto. Em
termos de estrutura o mesmo apresenta: os elementos pré-textuais (Capa, folha de rosto e o
índice), textuais (Esta parte introdutória que trás de forma sintética a apresentação do que irá se
abordar ao longo do trabalho, desenvolvimento do trabalho e conclusão) e pós-textuais
(referencia bibliográfica) de modo a salvaguardar a cientificidade do conhecimento.

No que concerne a metodologia, tendo em conta a natureza do tema e do trabalho, quanto aos
objectivos é uma pesquisa exploratória, quanto aos procedimentos técnicos é uma pesquisa
bibliográfica e quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1. Articulação sintáctica no texto


Sabe-se que a teoria que estuda a língua em seu uso real, considerando os seus aspectos sociais e
culturais, é a Sociolinguística. Para ela, língua e sociedade são indissociáveis, isso significa dizer
que o estudo da estrutura linguística não é independente do contexto situacional, a língua não é
vista como uma estrutura autónoma, mas como um fenómeno de natureza social (CEZARIO E
VOTRE, 2013:143).

De acordo com GARCIA (2007). “A coesão sequencial no texto ocorre por meio de
articuladores sintácticos, que estabelecem relações sintácticas de coordenação e subordinação.
Tais como: Articulação sintáctica de oposição, causa, condição, explicação, fim, conclusão,
alternância e adição”.

Articulação sintáctica de oposição: que é estabelecida pela coordenação adversativa e a


subordinação concessiva. A articulação por meio da coordenação adversativa implica a utilização
dos articuladores: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto e os articuladores da subordinação
concessiva são: embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que,
se bem que, apesar de que, nem que.

De acordo com ABREU (1994), a articulação sintáctica de oposição, com emprego da


subordinação concessiva tem efeito de modalização, uma vez que prepara, com antecipação, o
destinatário para uma conclusão contrária ao inicialmente esperado.

Articulação sintáctica de causa: possibilitada pelo uso de conjunções subordinativas causais


como: porque, pois, porquanto, como, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como.

Articulação sintáctica de condição: nesta articulação, as conjunções subordinativas


condicionais indicam a ideia de condição. A principal conjunção condicional é o “se”. As outras
são: se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que.

Articulação sintáctica de explicação: As conjunções coordenativas explicativas expressam a


relação de explicação. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).

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Articulação sintáctica de fim: nesta articulação, as conjunções subordinativas que manifestam
finalidade são: para que, a fim de que, que.

Articulação sintáctica de conclusão: as conjunções coordenativas conclusivas expressam a


ideia de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por
conseguinte, por isto, assim.

Articulação sintáctica de alternância: as conjunções coordenativas alternativas indicam


alternância ou incompatibilidade de ideias. São elas: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer.

Articulação sintáctica de adição: a articulação sintáctica em que se adicionam informações no


período é estabelecida pelas conjunções coordenativas aditivas1:

2. Textualidade
Entende-se por textualidade um conjunto de características que nos possibilita conhecer um texto.
A compreensão e a produção de textos orais e escritos, nos mais variados géneros em uso na
sociedade, são essenciais para a ampliação da competência comunicativa.

Segundo Cavalcante (2011), entende-se por texto toda e qualquer unidade de linguagem dotada
de sentidos, que realiza uma função comunicativa destinada a certo grupo de pessoas, levando-se
em consideração as especificações de uso, a época e os aspectos culturais dos envolvidos no
processo de enunciação.

Como referiu-se anteriormente, o texto, fundamentado a partir da textualidade, que é o conjunto


de características que possibilita conhecê-lo, e cujos sentidos estão na interacção que se
estabelece entre o leitor, o texto e o seu autor, deve ser a base norteadora para trabalhar os
elementos linguísticos, a leitura, a compreensão e a produção textual, tanto na modalidade oral,
quanto na escrita.

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e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto),
bem como.

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2.1. Sequência textual
De a cordo com Cavalcante (2011), os factores de textualidade são os seguintes: coerência,
coesão, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade e relevância.

2.2. Progressão textual


Existem alguns textos que apresentam algumas inadequações em relação à coerência. Para
detectá-las, o professor de Língua Portuguesa, em uma de suas muitas atribuições que é a
correcção textual, deve estar atento às chamadas metarregras, que são ferramentas que auxiliam
na análise e avaliação das falhas na coerência de um texto. Portanto, a progressão textual,
consiste no acréscimo de informações novas aos elementos que foram retomados no texto,
fazendo com que o seu sentido progrida ou evolua (CAVALCANTE, 2011, p.28).

3. Coerência e Coesão textual

3.1. Coerência textual


É o factor relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu entendimento, para a sua
compreensão.
Quando um texto é produzido, o seu autor tem em mente o(s) possível(is) destinatário(s) e, é
claro, deseja ser compreendido por ele(s). “Todo texto tem, portanto, a sua coerência”.
(CAVALCANTE, 2011, p.28). O autor salienta que, para se alcançar a compreensão textual,
devem-se levar em consideração alguns aspectos como o pragmático, o semântico-conceitual e o
formal.
A coerência não é um ente concreto, que pode ser visualizado, sublinhado ou apontado no texto.
É algo subjectivo que o leitor capta com base em um conjunto de elementos a partir do contexto e
levando-se em consideração o contexto, a situação comunicativa, os seus conhecimentos
sociocognitivos e interacionais, além do material linguístico.

3.2. A Coesão Textual


Denomina-se coesão textual o sistema formado por elementos linguísticos dispostos na superfície
do texto, com o objectivo de estabelecer uma ligação entre as palavras, frases e períodos,
contribuindo, assim, para a organização dos seus parágrafos e para a compreensão do leitor (na
modalidade escrita) ou ouvinte (na modalidade oral).

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Segundo Xavier (2011), de acordo com as concepções da Linguística Textual, a coesão não é um
factor necessário para que se considere uma produção oral ou escrita como texto, pois a sua
ausência não chega a comprometer o seu sentido.
Koch (1994) divide a coesão em duas grandes modalidades que são a coesão referencial e a
coesão sequencial. Assim se expressa a autora:

Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um componente da superfície do texto


faz remissão a outro (s) elemento (s) do universo textual. Ao primeiro, denomino forma
referencial ou remissiva e ao segundo, elemento de referência ou referente textual.
(KOCH, 1994, p. 30).
A coesão sequencial diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se
estabelecem, entre segmentos do texto (enunciados, partes de enunciados, parágrafos e
mesmo sequências textuais), diversos tipos de relações semânticas e/ou pragmáticas, à
medida que se faz o texto progredir. (KOCH, 1994, p. 49).
Para Koch (1994), a coesão referencial é aquela em que um determinado elemento do texto
refere-se a outro do mesmo texto. O primeiro elemento, ela chama de forma referencial e o
segundo, de referente textual. Já a coesão sequencial é aquela que se refere às questões
linguísticas que estão dispostas em uma determinada sequência no interior do texto, entre as
quais são estabelecidas as relações semânticas e também as pragmáticas.

4. Marcadores e Conectores discursivos


Segundo Adam (2008) “Um texto /discurso não é uma soma arbitrária de palavras ou frases, mas
um todo coeso, coerente e estruturado; isto é: um conjunto de elementos interligados de acordo
com uma sequência e com as regras gramaticais da língua portuguesa” (p.179).

4.1. Marcadores discursivos


De acordo com Adam (2008), os marcadores discursivos contribuem para a coesão de um texto
oral ou escrito envolvendo diversos elementos linguísticos que estabelecem coesões entre
enunciados de modo a construir um discurso coeso e coerente. O autor salienta que: fazem parte
dos marcadores discursivos os Conectores, que que englobam elementos linguísticos pertencente
a diferentes classes de palavras (conjunções, advérbios ou interjeições).

4.2. Conectores discursivos


Para Adam (2008), “Os conectores discursivos têm como a função, articular, conectar, ligar
grupos de palavras, unir frases simples formando frases complexas e estabelecendo nexos lógico
entre períodos e parágrafos de modo a construir textos coesos e coerentes”.
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CONCLUSÃO
Depois de toda abordagem em torno do tema, a pesquisadora concluiu que, o estudo poderá
contribuir não só para o enriquecimento da literatura existente mas também, no modo de
percepção de Articulação Sintáctica do Texto nos diferentes elementos textuais. Conceituado
conclui-se que: o texto, fundamentado a partir da textualidade, que é o conjunto de características
que possibilita conhecê-lo, e cujos sentidos estão na interacção que se estabelece entre o leitor, o
texto e o seu autor, deve ser a base norteadora para trabalhar os elementos linguísticos, a leitura, a
compreensão e a produção textual, tanto na modalidade oral, quanto na escrita.

De a cordo com Cavalcante (2011), são os factores de textualidade: coerência, coesão,


intencionalidade, aceitabilidade, informatividade e relevância. Coerência textual é o factor
relacionado aos sentidos do texto, e é importante para o seu entendimento e compreensão do
texto. Por sua vez, Koch (1994), divide a coesão textual em duas grandes modalidades:
referencial e a coesão sequencial descreveu-se que: a coesão referencial é aquela em que um
determinado elemento do texto refere-se a outro do mesmo texto. Já a coesão sequencial é aquela
que se refere às questões linguísticas que estão dispostas em uma determinada sequência no
interior do texto, entre as quais são estabelecidas as relações semânticas e também as
pragmáticas. Adam salienta que: os marcadores e conectores discursivos contribuem para a
coesão de um texto oral ou escrito

A presente pesquisa irá contribuir para a literatura existente, servindo de material de apoio para
os futuros pesquisadores interessados no tema para a realização de trabalhos científicos ou para
simples e mera leitura.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abreu, A.S. (1994). Curso de redacção: São Paulo, Ática. Disponível em:

http://canal.cecierj.edu.br.PDF. Acesso em: 26/08/2021.

Adam, J.M. (2008). A linguística textual. Introdução à análise textual dos


discursos. São Paulo: Cortez Editora. Disponível em: http://clunl. Fesh.unl.pt. sites. Pdf.

Acesso em: 30/08/2021.

Cavalcante, M. M. (2011). Os sentidos do texto. São Paulo: Contexto.

Cezario, M. M & Votre, S.(2013). Sociolinguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.).

Manual de linguística. 2. ed., 2ª reimpressão. - São Paulo: Contexto.

Koch, I. V. (1994). A coesão textual. 7 ed. São Paulo: Contexto.

Garcia, O. M. (2007). Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a

pensar. Rio de Janeiro: FGV.

Xavier, A. C. S. (2011). Como se faz um texto: a construção da dissertação argumentativa. 5 ed.

Catanduva: Rêspel.

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