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INSTITUTO DE LETRAS
BRASÍLIA, 2014
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Camila Ciarlini Goulart dos Santos
BRASÍLIA, 2014
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DEDICATÓRIA
À minha família,
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AGRADECIMENTO
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EPÍGRAFE
(Cora Coralina)
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RESUMO
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS.................................................................... 45
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INTRODUÇÃO
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As variações da estrutura temática de acordo com as práticas
intratextuais e as operações metalinguísticas, consideradas pela autora bases
para a coesão e coerência textual também podem ser relacionadas com a
semântica contextual.
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Capítulo 1 - Como as pessoas aprendem e a importância das
conjunções no texto
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ferramentas intelectuais e estratégias de aprendizagem necessárias para a
aquisição de conhecimento que permite que os estudantes pensem
produtivamente sobre a história, a ciência e a tecnologia, os fenômenos
sociais, a matemática e a arte.
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instrução e quando monitoram as mudanças de concepção dos alunos a
medida que a instrução evolui.
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refere-se à capacidade que as pessoas têm de prever o próprio desempenho
em diversas tarefas e de monitorar seus níveis atuais do domínio e
compreensão. As práticas que têm o foco na criação de sentido, na auto
avaliação, e na reflexão sobre o que funciona e o que precisa ser melhorado
aumentam o grau em que os alunos transferem sua aprendizagem para novos
cenários, e tais práticas de ensino fazem parte das abordagens metacognitivas.
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Língua Portuguesa devem despertar a consciência de seu aluno para a
metacognição, mostrando a ele o conhecimento que tem de sua própria língua,
fazendo-o se auto-avaliar a partir desses conhecimentos.
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1.2 A importância das conjunções no texto
Garcia (2004) aborda que as falhas são menos graves quando se trata
de períodos coordenados, contudo, mesmo em situações mais simples recorre-
se ao processo da subordinação. E então, pode-se perceber que os
principiantes atropelam as palavras e desfiguram as mútuas relações que elas
entre si devem manter.
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semântica é observada também nas orações que contém as conjunções e, ou
e nem, ditas coordenadas. Garcia (2004), questiona a respeito da classificação
da oração coordenada, pois muitas vezes são ditas “limítrofes da
subordinação”, ou seja, coordenação gramatical mas subordinação psicológica.
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se mostrado capaz de, pela ciência e pela técnica, domar a
natureza e aproveitá-la em benefício próprio. Entretanto, não
conseguiu ainda resolver os inúmeros problemas de ordem moral
que o vêm afligindo.
II. A iniciativa privada é uma das principais características dos
países democráticos. Dela depende mesmo a preservação da
democracia. Nos países comunistas não existe liberdade de
expressão nem mesmo de crença.
III. Desde os mais remotos tempos, o homem se sente fascinado
pelo mar. Na antiguidade, muito povos singraram o mediterrâneo
em expedições, para a época, muito arrojadas. Foram eles os
primeiros que se serviram das vias marítimas para trocas
comerciais ou incursões de conquistas.
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Capítulo 2 - As conjunções em Gramáticas
Quadro 1.
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Quadro 2.
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Com os Quadros 1 e 2, percebe-se que Mateus (2003) apresenta alguns
exemplos de conectivos com seus valores, com um caráter diferente de como
as Gramáticas Tradicionais tratam o assunto, a autora destaca ainda exemplos
que geram dificuldades.
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B.*Como não houve sobreviventes, não só o desastre foi
aparatoso.
(7) A. Ana e o Pedro foram para o Algarve, mas eles não foram de
férias.
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(8) A. Se ele telefonar, diz-lhe que nos encontramos às cinco no
CCB.
Para essas frases, Mateus (2003) diz que em (8A) a oração é deixada
em aberto e o valor de verdade da proposição também, já em (8B) não se
verifica condição descrita pela oração, sendo falsa a proposição expressa pela
subordinante. Em (9A), há a asserção de que: tenho a certeza absoluta de que
essa hipótese não está correta, já em (9B), a afirmação emitida é: este artigo é
indubitavelmente um plágio. Assim, a Gramática da Língua Portuguesa (2003)
exprime exemplos que os alunos poderão encontrar na construção de orações
compostas.
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transpositores), chamando-as simplesmente de conjunções, acrescida de:
coordenativas ou subordinativas.
A primeira questão que pode ser destacada então é que, aparentemente, nas
Gramáticas Tradicional, as conjunções têm um significado independente do
contexto em que são utilizadas.
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No início da Gramática descritiva e normativa de Bechara há uma
apresentação sobre a propriedade dos estratos de estruturação gramatical, a
qual são quatro: a superordenação (ou hipertaxe), a subordinação (ou
hipotaxe), a coordenação (ou parataxe) e a substituição (ou antitaxe).
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duas unidades apontando uma oposição entre elas, mas e porém acentuam a
oposição e senão marca a incompatibilidade.
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• Comparativas: quando iniciam oração que exprime o outro termo
da comparação (como, qual, assim, tal, tanto, tão, “maior”/”menor”
do que);
• Concessivas: quando iniciam a oração que exprime que um
obstáculo não impedirá ou modificará a declaração da oração
principal (ainda que, embora, posto que, se bem que, apesar de
que);
• Condicionais: quando iniciam oração que em geral exprime seja
uma condição necessária para que se realize ou se deixe de
realizar o que se declara na oração principal, seja um fato em
contradição com o que se exprime na principal (se, caso, sem
que, dado que, contanto que);
• Conformativas: quando iniciam a oração que exprime um fato em
conformidade com outro expresso na oração principal (como,
conforme, segundo, consoante);
• Consecutiva: quando iniciam a oração que exprime o efeito ou
consequência do fato expresso na oração principal (tanto...que,
tão...que, tal...que);
• Finais: quando iniciam a oração que exprime a intenção, o
objetivo, a finalidade da declaração expressa na oração principal
(para que, a fim de que);
• Modais: quando iniciam oração que exprime o modo pelo qual se
executou o fato expresso na oração principal (sem que);
• Proporcionais: quando iniciam a oração que exprime um fato que
ocorre e aumenta ou diminui na mesma proporção daquilo que se
declara na oração principal (à medida que, à proporção que, ao
passo que);
• Temporais: quando iniciam a oração que exprime o tempo da
realização do fato expresso na oração principal (antes que,
primeiro que, depois que, quando, logo que).
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2.1 Ataliba Castilho (2012)
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Com essa abordagem, pode-se fazer um aparato do porquê os alunos
não conseguirem utilizar as conjunções corretamente em seus textos. Usam
achando que a construção independente da ordem não vai ocasionar nenhuma
mudança, mas, muitas vezes, a produção se torna uma confusão de ideias
porque ao serem passadas para o papel não levam em consideração a ordem
das sentenças e pecam na interpretação. Confundem o que está sendo
passado no texto, e acabam utilizando de uma forma pensando ser outra. Esse
é um dos principais problemas interpretativos que os alunos desenvolvem, pois
quando aprendem as conjunções, apenas aprendem de uma forma
estruturalista, mas esquecem que sua função pode depender do contexto.
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Capítulo 3 - Conjunções em materiais didáticos
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A partir dos quadrinhos explica que existem termos, chamados de
conjunção, na língua cuja função é criar vínculos entre orações diferentes
estabelecendo assim, relações de sentido específicas.
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• Alternativas: ora, quer, seja, nem. Exemplo: O bebê ora está
chorando, ora está dormindo.
• Conclusivas: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, por
conseguinte, por isso, assim. Exemplo: O candidato fez uma bela
campanha, portanto deverá se eleger.
• Explicativas: pois (anteposto ao verbo), que, porque, porquanto.
Exemplo: Os convidados deverão ter paciência, pois o jantar só
será servido depois das nove horas.
Quais foram os últimos sacrifícios que você fez só para tentar ficar
amigo de alguém? Provavelmente, você mentiu um pouquinho sobre o seu
gosto musical. Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não
gostar? Também deve ter mudado algumas vezes o seu jeito de se vestir.
Porque, se você não acompanhar a moda, vai ser chamada de cafona. Existe
acusação mais grave? Não se assuste. Todo mundo, alguns pouco, outros
mais, faz esse tipo de coisa. Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. E nós
acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem”
com a galera. Não, não tem nada a ver com aquele papo de mãe sobre o
problema de andar com más companhias. Segundo os psicanalistas, nós
fazemos isso para sermos aceitos. E, mais do que isso, para ter uma imagem
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boa diante dos outros. Isso porque a gente costuma usar os outros como
espelho e, vez ou outra, cai no pensamento: “Se eles me acham legal, então eu
sou legal”, “se eles me acham péssima, eu sou péssima”. Deu para entender?
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Logo no início do capítulo, apresenta um texto adaptado da Revista
Superinteressante, Por que somos loucos por novelas?, e destaca algumas
frases para exemplificar as conjunções/ locuções conjuntivas.
• Aditivas
• Adversativas
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(2) a. Ninguém gosta de ver um documentário sobre leucemia, no
entanto esse assunto é atraente em novelas.
• Alternativas
(1) a. Há um rádio com defeito que, ora vai no lombo da jumenta, ora
vai na mão de Zenaide. (Veja)
• Conclusivas
(1) a. As novelas devem agradar a todos, por isso não devem ferir a
moral e os bons costumes.
• Explicativas
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Conclui essa etapa das conjunções coordenativas com uma observação
a respeito das conjunções e, destacando que a mesma também pode
estabelecer outras relações, como:
• Causais
Locução conjuntiva: já que, uma vez que, visto que, etc. Exemplo:
• Comparativas
• Condicionais
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Conjunções: se, caso, etc. Exemplo:
Locuções conjuntivas: contanto que, desde que, salvo se, a menos que,
dado que, a não ser que, sem que, etc. Exemplo:
• Conformativas
• Consecutivas
(1) a. A TV-realidade ganhou tanto peso nos últimos cinco anos que
hoje o gênero possui sua categoria própria.
• Concessivas
Locuções conjuntivas: ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
por mais que, apesar de que, etc.Exemplo:
• Finais
• Proporcionais
• Temporais
Locuções conjuntivas: logo que, assim que, antes que, depois que, até
que, desde que, cada vez que, sempre que, etc. Exemplo:
• Integrantes
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coordenadas e os exercícios referente às conjunções, de identificação de
conjunções e classificação.
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de acordo com tirinha, e pedem que seja identificado o valor semântico da
conjunção.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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De acordo com o que foi analisado, verificaram-se poucos problemas em
relação à exposição da conceituação de conjunções nos materiais didáticos
selecionados para análise. A questão problema está nos exercícios
apresentados e nos tipos de texto utilizado para a abordagem do conteúdo e
exercício das conjunções. Pois os alunos acabam sendo cobrados de uma
maneira mecânica, que não propõe reflexão, apenas trabalha com a
memorização.
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Acredita-se que a melhor maneira de se trabalhar a conjunção em sala
de aula seja no nível do texto, conforme Neves (1991, p. 50) o texto tem de ser
visto como organização da informação, da interação e da semântica. O
trabalho com o texto é importante no que tange à coesão textual, já que as
conjunções constituem elementos que contribuem para as relações coesivas.
Neste sentido, Koch (2004, p.68) afirma que as conjunções bem como
advérbios sentencias e outras palavras de ligação são sinais de articulação,
conectores interfrásticos, “que estabelecem, entre orações, enunciados ou
partes do texto, diversos tipos de relações semânticas e/ou pragmáticas”.
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Referências Bibliográficas
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