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ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR ARTHUR RAMOS

NOSSO MÓDULO

(MODULAR)

ÊNFASE: LÍNGUA PORTUGUESA

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para


a sua própria produção ou a sua construção”.
Paulo Freire

PILAR, ALAGOAS, JULHO DE 2021.


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CORPO DOCENTE:

RNALDO FELIX
(DIRETOR)
ADRIANA BARROS
(DIRETORA ADJUNTA)
JACQUELINE LIMA
(COORDENADORA PEDAGÓGICA)
DEIVISON SANTOS
(PROFESSOR DA ÊNFASE)
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ÊNFASE DO MÓDULO

CUMPRINDO FUNÇÕES NAS DIVERSAS SITUAÇÕES


COMUNICATIVAS
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5
2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 6
3. OBJETIVOS ............................................................................................................... 7
3.1 GERAL ...................................................................................................................... 7
3.2 ESPECÍFICOS .......................................................................................................... 7
4. DESENVOLVIMENTO / PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................... 8
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 108
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1. INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea passa por um momento de grandes


transformações tecnológicas e comunicativas. De acordo com Chaves (2005): Leitura e
aprendizagem inauguram o novo século permeadas por um elemento indispensável: a
existência de novas tecnologias. Não se pode, hoje, ignorar o uso do computador, de
tecnologias como a internet, a existência dos celulares – que invadem a vida das
pessoas -, sem esquecer as câmeras digitais, dos palms, de WEB CAM, e de tantos
outros instrumentos que passam a estar envolvidos no cotidiano de milhares de
pessoas em todo o mundo. E com o acesso... à internet, mudanças podem verificar-se
na maneira de leitura e também de aprendizagem das pessoas.
Essas metamorfoses têm influenciado de forma significativa o hábito de
leitura das pessoas. Um exemplo prático disso é o livro didático impresso que, mesmo
ainda contribuindo para a difusão dos diversos conhecimentos, vem sucumbindo diante
da ascensão das formas de leitura citadas acima.
As variações ocorridas ao longo dos anos também podem ser
observadas na escola atual, devido aos avanços da linguística textual e a utilização de
textos como objetos de ensino. Isso foi possível a partir dos Parâmetros Curriculares
nacionais (PCN’s) que, baseados na concepção de linguagem interacionista, defende a
utilização de gêneros discursivos e textuais como instrumento para o ensino da leitura
e produção de textos orais e escritos.
Como sabemos, há uma grande variedade de gêneros textuais na
sociedade, como por exemplo: romance, conto, artigo de opinião, receita, bula de
remédios, culinária, lista de compras, carta, telefonema, debate, relatório científico,
entre outros. Todos os exemplos acima tem uma função muito importante quanto
auxiliar o professor no desenvolvimento das aulas de português. Para BARBOSA
(2000, p.158,159):

“os gêneros do discurso nos permitem concretizar um pouco mais a que forma
de dizer em circulação social estamos nos referindo, permitindo que o aluno
tenha parâmetros mais claros para compreender ou produzir textos, além de
possibilitar que o professor possa ter critérios mais claros para intervir
eficazmente no processo de compreensão e produção de seus alunos.”
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O professor, nesse sentido, precisa agir como um mediador entre o


aluno e essa diversidade de gêneros textuais. Os profissionais da linguagem precisam
levar os alunos a compreender e procurar explicar como se manifestam os diferentes
gêneros textuais. A identidade, os relacionamentos e o conhecimento dos seres
humanos, pois, são determinados pelos gêneros textuais a que estão expostos, que
produzem e consomem. (SADOYAMA, 2009, p. 13).
Diante dos fatos mencionados, o presente trabalho abordará o trabalho
com os gêneros textuais no cumprimento das diversas situações de comunicação, de
modo a colaborar para o desenvolvimento crítico e reflexivo dos alunos, além da busca
pelo fortalecimento da interação no processo de ensino e aprendizagem.

2. JUSTIFICATIVA

Considerando a importância da leitura e da escrita, para o desenvolvimento


da consciência crítica e reflexiva dos indivíduos, uma condição imprescindível para o
exercício da cidadania, este projeto se justifica e é fundamentado nesta vertente,
contribuindo para um aprendizado condizente com a realidade dos discentes. Segundo
MOLINA (1992, P.12), a leitura é um dos pilares da educação escolar, pois é
prioritariamente no ambiente escolar que as práticas de leitura e escrita são
sistematizadas formalmente. Sendo assim, “a escola pode colaborar na formação do
leitor, e sua colaboração será maior ou menor na dependência dos pressupostos que
fundamentam o seu currículo”.
Torna-se necessário, pois, o relacionamento entre a diversidade textual
e os conhecimentos já obtidos. O professor que trabalha dessa forma, que
desempenha a leitura como meio de comunicação que abrem caminhos interpretativos
de informações, provocando mudanças de comportamento e pensamento em seus
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alunos, está exercendo muito bem o seu papel como educador. Os resultados
alcançados com o trabalho vão além da leitura e escrita do aluno, mas a capacidade
crítica, agindo de forma ativa nas decisões na sociedade.

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL:

Apresentar os gêneros textuais que estão mais presentes no cotidiano do


aluno.

3.2 ESPECÍFICOS:

 Reconhecer a estrutura e a finalidade de cada gênero textual;


 Analisar cada gênero, com vistas a aprimorar a capacidade de desenvolver o
senso crítico;
 Adaptar os textos ao conhecimento de mundo dos alunos, facilitando assim, a
assimilação e a produção das atividades.
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4. DESENVOLVIMENTO / PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A cada semana, trabalharemos um gênero textual diferente, adaptando-o


sempre à realidade dos nossos alunos.

Eis as proposições de todos os ciclos:


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SEMANA 1:

A CRIATIVIDADE COMO O DIFERENCIAL!

O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das
personagens, sem participação do narrador.
DISCURSO DIRETO

É caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem
participação do narrador. O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e
espontaneidade. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando
pelo que é dito. Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar
algo que foi dito por um estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO DIRETO


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 Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação
com o verbo "dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
 Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois
pontos, aspas.
 Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha
isolada.

EXEMPLOS DE DISCURSO DIRETO

1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus


semelhantes com firmeza e honestidade.".
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. — Alô, quem fala?
4. — Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.

DISCURSO INDIRETO

No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo


suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO INDIRETO

 O discurso é narrado em terceira pessoa.


 Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do
travessão, pois geralmente as orações são subordinadas, ou seja, dependem
de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo
+ que).

EXEMPLOS DE DISCURSO INDIRETO

1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus


semelhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
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3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem


estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou
com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.

TRANSPOSIÇÃO DO DISCURSO DIRETO PARA O INDIRETO

Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o discurso de


acordo com a intenção pretendida.

Discurso Direto Discurso Indireto


Preciso sair por alguns instantes. Disse que precisava sair por alguns
(enunciado na 1.ª pessoa) instantes. (enunciado na 3.ª pessoa)
Disse que era a pessoa com quem tinha
Sou a pessoa com quem falou há pouco.
falado há pouco. (enunciado no
(enunciado no presente)
imperfeito)
Disse que não tinha lido o jornal.
Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito
(enunciado no pretérito mais que
perfeito)
perfeito)
O que fará relativamente sobre aquele Perguntou-me o que faria relativamente
assunto? (enunciado no futuro do sobre aquele assunto. (enunciado no
presente) futuro de pretérito)
Não me ligues mais! (enunciado no modo Pediu que não lhe ligasse mais.
imperativo) (enunciado no modo subjuntivo)
Disse que aquilo não era nada
Isto não é nada agradável. (pronome
agradável. (pronome demonstrativo em
demonstrativo em 1.ª pessoa)
3.ª pessoa)
Vivemos muito bem aqui. (advérbio de Disse que viviam muito bem lá. (advérbio
lugar aqui) de lugar lá)

DISCURSO INDIRETO LIVRE

No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto),
ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala dos personagens. Não existem
marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do
narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser
confundidas.
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CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO INDIRETO LIVRE

 Liberdade sintática.
 Aderência do narrador ao personagem.

EXEMPLOS DE DISCURSO INDIRETO LIVRE

1. Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um


peso. Talvez não tenha sido suficientemente justo com as crianças…
2. O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
3. Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão!

Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido
sinalizada a mudança da fala do narrador para a do personagem.

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em junho de 2021.

EXERCÍCIOS (AULA 1) – DISCURSO DIRETO E INDIRETO

1º) Observe atentamente o seguinte excerto:


“A aluna afirmara que precisava estudar muito para o teste.”

Percebe-se que o narrador do intervém ao utilizar as suas próprias palavras para


reproduzir a fala da personagem. Trata-se, portanto, de um discurso:

a) direto.
b) explícito.
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c) implícito.
d) indireto.

2º) Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO:

a) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala
de um personagem.
b) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens.
c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais
o verbo de elocução seguido da fala da personagem.
d) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio
discurso, ou seja, através de suas próprias palavras.

3º) Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a sequência correta.

1 Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado pelo uso de


travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de discurso, as falas vêm
acompanhadas por um verbo de elocução, responsável por indicar a fala
da personagem.
2 Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para reproduzir a
fala de um personagem.
3 Tipo de discurso misto no qual são associadas as características de dois
discursos para a produção de outro. Nele a fala da personagem é inserida
de maneira discreta no discurso do narrador.

( ) discurso indireto
( ) discurso indireto livre
( ) discurso direto

a) 3, 2 e 1.
b) 2, 3 e 1.
c) 1, 2 e 3.
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d) 3, 1 e 2.

4º) Observe atentamente o seguinte excerto:

- Preciso estudar muito para o teste.

Percebe-se que o texto é caracterizado pela transcrição exata da fala das


personagens, sem participação do narrador. Trata-se, portanto, de um discurso:

a) direto.
b) explícito.
c) indireto livre.
d) indireto.
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OBSERVE O SEGUINTE TEXTO:


João Teodoro, o político!
Depois de uma calorosa recepção feita pelos moradores de uma pequena
cidade, o político subiu no palanque e mandou um discurso inflamado:
— Eu, João Teodoro, prometo casas, prometo emprego, prometo ruas
pavimentadas, prometo uma ponte...
Nisso um de seus assessores cochichou no seu ouvido:
— Mas, doutor, nessa cidade não tem rio!
E ele continuou o discurso, sem se abalar:
— Eu sei que aqui não tem rio mas, antes de fazer a ponte, eu faço o rio
também!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, VOCÊS DEVERÃO RECRIAR O TEXTO DE JOÃO
TEODORO, COM VISTAS A PROPOR SOLUÇÕES CRIATIVAS PARA OS
SEGMENTOS QUE ACHAREM NECESSÁRIOS, ASSIM COMO O POLÍTICO
DESTACOU. EM SEGUIDA, ELES DEVERÃO PRODUZIR UM VÍDEO CURTO,
DESTACANDO, EM 1ª PESSOA, AS FALAS DO TEXTO.
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SEMANA 2:

SITUAÇÕES CÔMICAS DO NOSSO COTIDIANO

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base
fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável,
pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as
ações tomadas pelas personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em
jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que
utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma
conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o
leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais
próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a
ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a
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exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas
crônicas.
Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar
das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de
forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é


uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura
um hábito agradável!
Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino,
Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de
Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max
Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.

EXEMPLO:

O CAJUEIRO
Rubem Braga

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas
recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora
vem uma carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo.
Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-
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são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era
nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de
bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e
folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros
de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao
lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a
família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de
seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o
telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da
tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos,
trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o
morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um
parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num
fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o
telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe,
em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se
assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

Rubem Braga
Melhores Contos
Seleção de Davi Arrigucci Jr.
Global Editora – 11ª edição, 2001
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EXERCÍCIOS (AULA 2) – CRÔNICA

A TECNOLOGIA

Crônica de Nacélio Simoa, 8º ano, SGA-CE, Professor Maurício Araújo

Acordei cedo. Sem o que fazer naquela manhã, resolvi ir à praça da minha
localidade. Antes, um espaço sem construção, cavalos amarrados nas estacas
esperando seus donos que assistiam à missa. Hoje, observava o pouco movimento da
comunidade, alguns poucos carros, motos e os pássaros que insistiam em alegrar
aquela manhã nos pés de cajueiros. Com o vento lambendo meu rosto e um calor de
mil graus em plena manhã, percebi um casal de idosos que acabara de sentar naquele
banco quase quebrado. Acho que esperavam algum transporte para ir à cidade, já que
precisamos nos deslocar do nosso pacato lugar para resolvermos nossos problemas.
Ele parecia meio que revoltado, algo o intrigava. Aproximei-me sem despertar
sua atenção, descobri que falava de internet. Não era bem essa palavra que ele fazia
uso, mas desvendei que esse era o assunto. Ele dizia para aquela senhora que ouvia
suas inquietações:
- Esse povo de hoje só vive nesse tal de facebook.
-Verdade. A minha neta ganhou de presente um celular e agora não faz outra
coisa, senão cutucar aquele troço. Não gosto disso! Falou aquela senhora.
Entre tantas conversas naquele banco da praça, o senhor então resolveu
amenizar o tom do diálogo:
-Me recordo da dona Toinha que comprou uma televisão e resolvi ir a sua casa
para vê-la depois de tantas conversas na vizinhança sobre a novidade. Saí correndo
desesperado tropeçando os pés no batente da porta da casa quando a vi funcionar.
-É o ônibus!
-Vamos então.
-O importante é valorizar e respeitar esta nova tecnologia, afinal, não podemos
fazer nada para detê-la, apesar dela tanto nos ajudar.
-Cuidado com o batente, não vá bater o pé de novo!
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-Claro que não!


Aquela cena chamou minha atenção, pois percebi como a tecnologia influencia
diretamente na vida das pessoas, jovens ou idosos. E se você leitor, gostou do meu
texto e se interessou por ele, posso te enviar pelo e-mail, afinal, hoje tudo depende
apenas de um clique.

1ª) No trecho: “Ele parecia meio que revoltado, algo o intrigava. Os termos destacados
indica que o homem estava

a) entristecido e com raiva.


b) indignado e angustiado.
c) com raiva e desconsolado.
d) triste e incomodado.

2ª) “Me recordo da dona Toinha que comprou uma televisão...”, neste trecho,
percebemos o uso da linguagem

a) formal.
b) informal.
c) técnica.
d) gíria.

3ª) “Saí correndo desesperado tropeçando os pés no batente da porta da casa


quando a vi funcionar.” A palavra em destaque se refere a
a) porta.
b) batente.
c) televisão.
d) casa.

4ª) Segundo o texto, o homem se aproximou para ouvir a conversa. Que diálogo de um
dos personagens abaixo revela o assunto da conversa entre os moradores?

a) “-Verdade. A minha neta ganhou de presente um celular...”


b) “-Vamos então.”
c) “-Me recordo da dona Toinha que comprou uma televisão...”
d) “- Esse povo de hoje só vive nesse tal de facebook...”

5ª) Na fala da personagem: “... senão cutucar aquele troço.”, o que podemos
compreender sobre o cotidiano vivido por aquela senhora?

a) Ela demonstra repúdio com o uso de algumas tecnologias.


b) Ela faz uso das tecnologias apesar de não gostar.
c) Apesar de detestar a tecnologia, ela apoia claramente o seu uso por familiares.
d) Aborrece quem faz uso das tecnologias.
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VEJAMOS O TEXTO ABAIXO:

FICANDO FIADO FICO FREGUÊS

Sharik Letak

O senhor Francisco, fugindo da seca no Ceará, se aboletou num pau-de-arara, e aterrissou no Rio de
Janeiro, depois de 4 dias de viagem. Com aquela cara de fugitivo de guerra e retirante esfaimado, sem um tostão
nos bolsos, entrou em um restaurante e assetou-se numa mesa bem escondida num canto. O garçom olhou pra
ele meio desconfiado e ia passando de largo, quando o cearense falou:

- Faça favor!
- O que deseja?
- Fineza fazer frango frito
- Com que?
- Feijão, farinha, farofa

O garçom já meio desconfiado que fosse gozação:

- E se não tiver?
- Filé ou fígado.

O garçom falou consigo mesmo, meio irritado: “Eu pego esse cabra”, e perguntou:

- Quer pão?
- Faça fatias.

O garçom coçou a cabeça, e ficou de longe apreciando a fúria gastronômica do esfomeado. Aí foi levar o
cafezinho, colocou-o sobre a mesa, e enquanto o cearense bebia, pensou consigo: “Agora eu pego ele”, e o
perguntou:

- Como estava o café?


- Fraco e frio.
- Como o senhor gosta?
- Forte e fervendo.

O garçom já começou a simpatizar com o seu Chico.

- De onde o senhor é?
- Fortaleza.
- Qual o seu nome?
- Francisco Fernandes Ferreira Fagundes Filho.
- Qual a sua profissão?
- Fui ferreiro.
- Deixou a profissão? Por quê?
- Faltou ferro.
- O que o senhor fazia?
- Fabricava facas, foices, facões, fechaduras, ferraduras, ferramentas.

O garçom, impressionado, mas querendo fazer um último teste, falou:


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A PARTIR DA APRESENTAÇÃO DOS TEXTOS E DAS DISCUSSÕES


REALIZADAS DURANTE A AULA, VOCÊS DEVERÃO RECRIAR A
CRÔNICA DE SHARIK LETAK, DE MODO A RESPONDER ÀS
PERGUNTAS COM UMA LETRA DIFERENTE DO TEXTO ORIGINAL.
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SEMANA 3:

ANEDOTA (PIADA)

APRENDIZADO E DESCONTRAÇÃO!

A Anedota ou Piada é um gênero textual humorístico que tem o intuito de levar ao


riso. São textos populares que vão sendo contados em ambientes informais, e que
normalmente não possuem um autor. Trata-se de um texto narrativo simples em que
geralmente há presença de enredo, personagens, tempo, espaço.

CARACTERÍSTICAS DAS ANEDOTAS

As principais características das anedotas ou piadas são:

 Narração relativamente curta;


 Enredo simples;
 Textos populares;
 Serve para descontrair;
 Autoria desconhecida;
 Ambiente informal;
 Linguagem simples e coloquial;
 Humor e ambiguidade;
 Sarcasmo e ironia;
 Presença de discurso direto;
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 Situações cotidianas.

TIPOS DE ANEDOTAS

Há diversos tipos de anedotas sendo que muitas delas utilizam personagens


caricaturados, por exemplo, a famosa piada de português, piada de loiras, piada de
sogra, dentre outras. Em todos esses exemplos, esses personagens são destituídos de
inteligência.

Além disso, elas podem utilizar um linguajar mais rude, com palavras de baixo
calão, por exemplo, as chamadas “piadas sujas”.

Esse tipo de gênero textual também pode ser ofensivo e utilizar temas
preconceituosos e racistas, por exemplo: preferência sexual, preconceito racial, social,
cultural, linguístico, religioso, dentre outros.

EXEMPLOS DE ANEDOTAS

Veja abaixo alguns exemplos de anedotas ou piadas curtas e engraçadas:

 “Doutor, como eu faço para emagrecer? Basta a senhora mover a cabeça da


esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Quantas vezes, doutor?
Todas as vezes que lhe oferecerem comida.”
 “Joãozinho voltou da aula de catecismo e perguntou ao pai: - Pai, porque
quando Jesus ressuscitou, apareceu primeiro para as mulheres e não para os
homens? - Sei não, meu filho! Vai ver que é porque ele queria que a notícia se
espalhasse mais depressa!”
 “O Manoelzinho chega para o pai e pediu: - Papai, deixa eu ir na rua para ver o
eclipse? O português coçou o bigode, olhou bem para o filho e, com um ar
autoritário, disse: - Está bem, mas não chegue muito perto...”
 “O genro chegou pra sogra dele e falou; Genro: nossa sogrinha, eu queria que a
senhora fosse uma estrela! Sogra: Ai é? Porquê? - Responde toda feliz. Genro:
Porque a estrela mais próxima está a milhões e milhões de kms da terra...”
 “O garoto apanhou da vizinha, e a mãe furiosa foi tomar satisfação: Por que a
senhora bateu no meu filho? Ele foi mal-educado, e me chamou de gorda. E a
senhora acha que vai emagrecer batendo nele?”

CHARGE E CARTUM

Os cartuns e charges são gêneros jornalísticos que podem estar associados as


anedotas. Na maioria das vezes eles têm o objetivo de levar o público leitor ao riso,
utilizando temas da atualidade.
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Fonte: https://imirante.com/oestadoma/noticias/2020/03/12/charge-do-dia/. Acesso em junho de 2021.

Conteúdo completo disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-anedota/. Acesso em junho de 2021.


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EXERCÍCIOS (AULA 3) – ANEDOTA (PIADA)

1º) ENEM 2011.

No capricho

O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um


quadro, a pintura de uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o cabôco
admirava tal figura, perguntou: “Que tal? Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com
toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo amor de Deus, hein,
dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais
horríver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado não teve como deixar de
confessar, um pouco secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bucha, não
perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma feiura caprichada.”
BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, n o 62, 2004 (adaptado).

Por suas características formais, por sua função e uso, o texto pertence ao gênero

a) anedota, pelo enredo e humor característicos.


b) crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano.
c) depoimento, pela apresentação de experiências pessoais.
d) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos.
e) reportagem, pelo registro impessoal de situações reais.
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2º) (PAEBES). Leia o texto abaixo.

A professora pergunta aos alunos:


– Se eu for à feira e comer 4 peras, 3 bananas, 10 laranjas e 1 melancia, qual será o
resultado?
Do fundo da sala, Joãozinho grita:
– Uma dor de barriga!
BRUNABIANCA. Piada da lógica do Joãozinho. In: Piadas. 2014. Disponível em: <https://www.piadas.com.br/piadas/piadas-para-
criancas/piada-da-logica-do-joaozinho>. Acesso em: 9 abr. 2018.

Esse texto é engraçado porque

a) Joãozinho entendeu que a professora comeria muitas frutas.


b) Joãozinho entendeu que a professora não sabia fazer contas.
c) Joãozinho gritou do fundo da sala de aula.
d) Joãozinho não soube responder à pergunta.

3º) (SAEGO). Leia o texto abaixo.

Contando

A professora tenta ensinar Matemática ao Joãozinho.


— Se eu te der 4 chocolates hoje e mais 3 amanhã, você vai ficar com... com...
com... E o Joãozinho:
— Contente.
Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/livro-de-piadas/contando.jhtm>. Acesso junho de 2021.

O humor desse texto está no fato de

a) a professora repetir uma expressão várias vezes.


b) a professora tentar ensinar Matemática ao aluno.
c) o Joãozinho dar uma resposta diferente da esperada.
d) o Joãozinho receber chocolates da professora.

4º) (SEPR). Leia a fábula abaixo:

Juquinha

Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí cansou de andar, sentou-se numa


cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:
— Meu filho, não pode sentar nesta cadeira não. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
— Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!

Nessa anedota o humor é criado:

a) Porque Juquinha cansou de andar.


b) Porque Juquinha não compreendeu o sentido da fala do guarda.
27

c) Porque o museu era histórico.


d) Porque a belíssima cadeira estava no centro da sala.

5º) (professoraregianeuca.blogspot.com.br). Leia o texto abaixo e responda.

O soldado chega correndo e diz pro capitão:


– Capitão, perdemos a batalha.
E o capitão, rápido:
– Vai todo mundo procurar!

O texto acima é

a) uma piada
b) um poema
c) uma carta
d) uma receita
28

VAMOS LÁ, PESSOAL!


COMO JÁ NOS DIVERTIMOS MUITO, O MOMENTO É DE PRODUZIRMOS!
A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS
DURANTE A AULA, VOCÊS DEVERÃO ELABORAR UM CAÇA-PALAVRAS
CONTENDO, AO MENOS, 10 VOCÁBULOS RELACIONADOS AO TEMA
ABORDADO (CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS). ESSA PRÁTICA
BUSCARÁ DESENVOLVER O RACIOCÍNIO DO QUAL NOSSOS VOCÊS
NECESSITAM PARA RESOLVER SITUAÇÕES-PROBLEMA.

BOM TRABALHO!
29

SEMANA 4:

SE O FANTÁSTICO TEM O REPÓRTER POR UM DIA, TAMBÉM PODEMOS TER O


“JORNALISTA POR UM DIA”!

A Reportagem é um gênero textual não literário. Ela é considerada um texto


jornalístico veiculado pelos meios de comunicação: jornais, revistas, televisão, internet,
rádio, dentre outros. O repórter é a pessoa que está incumbida de apresentar a
reportagem, a qual aborda temas da sociedade em geral.

CLASSIFICAÇÃO DA REPORTAGEM

A Reportagem é um tipo de texto que tem o intuito de informar ao mesmo


tempo que prevê criar uma opinião nos leitores, portanto, ela possui uma função social
muito importante como formadora de opinião.

A Reportagem pode ser um texto expositivo, informativo, descritivo, narrativo ou


opinativo. Desse modo, ela pode tanto se aproximar da notícia quanto dos artigos
opinativos, porém não deve ser confundida com eles.
30

Expositivo e Informativo porque ele expõe sobre um determinado assunto, com o


intuito principal de informar o leitor. Podem também ser textos descritivos e narrativos,
uma vez que descrevem ações e incluem tempo, espaço e personagens. E por fim, é
um texto opinativo, ou seja, o repórter apresenta juízos de valor sobre o que está sendo
discorrido.

Geralmente são textos mais longos, opinativos e assinados pelos repórteres,


enquanto as notícias são textos relativamente curtos e impessoais que possuem o
intuito de somente informar o leitor de um fato atual ocorrido.

Em resumo, podemos dizer que a notícia faz parte do jornalismo informativo,


enquanto as reportagens fazem parte do chamado jornalismo opinativo. Por esse
motivo, a reportagem é um texto que precisa de mais tempo para ser elaborado pelo
repórter, donde se desenvolve um debate sobre um tema, de modo mais abrangente
que a notícia.

ESTRUTURA DA REPORTAGEM

Embora apresenta uma estrutura similar à da notícia, a reportagem é mais ampla


e menos rígida na estrutura textual. Ela pode incluir as opiniões e interpretações do
autor, entrevistas e depoimentos, análises de dados e pesquisa, causas e
consequências, dados estatísticos, dentre outros.

ESTRUTURA BÁSICA

Vale lembrar que a estrutura básica dos textos jornalísticos é dividida em três partes:

 Título Principal e Secundário: as reportagens, tal qual as notícias, podem


apresentar dois títulos, um principal e mais abrangente (chamado de Manchete),
e outro secundário (uma espécie de subtítulo) e mais específico.
 Lide: na linguagem jornalística a Lide corresponde aos primeiros parágrafos dos
textos jornalísticos, os quais devem conter as informações mais importantes que
serão discorridas pelo autor. Portanto, a Lide pode ser considerada uma espécie
de resumo, donde as palavras chave serão apontadas.
 Corpo do Texto: Desenvolvimento do texto, sem perder de vista o que foi
apresentado na Lide. Nessa parte, o repórter reúne todas as informações e as
apresenta num texto coeso e coerente.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA REPORTAGEM:

Segue abaixo as principais características do gênero reportagem:

 Textos em primeira e terceira pessoa;


 Presença de títulos;
 Temas sociais, políticos, econômicos;
 Linguagem simples, clara e dinâmica;
31

 Discurso direto e indireto;


 Objetividade e subjetividade;
 Linguagem formal;
 Textos assinados pelo autor
Fonte: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-reportagem/. Acesso em junho de 2021.

EXERCÍCIOS (AULA 4) – REPORTAGEM

1º) São características do gênero reportagem:

a) Comunicação utilizada entre pessoas que mantêm algum tipo de relação íntima, cuja
linguagem é predominantemente coloquial.

b) Seu principal objetivo é transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum


assunto de interesse.

c) Texto jornalístico divulgado nos meios de comunicação de massa, informa


fatos de interesse público, cuja linguagem deve ser objetiva e clara.

d) A linguagem é sua principal característica, pois há uma preocupação com a seleção


e a combinação vocabular. Sua linguagem é predominantemente subjetiva.

2º) Leia atentamente a sentença abaixo:


32

Os altos salários renderam a Brasília a fama de ilha da fantasia. No chamado entorno


da cidade, um milhão de pessoas vivem sem saneamento, utilizam transporte público
de baixa qualidade e sofrem com a violência.

A reportagem publicada no jornal “O Globo”, do dia 21 de abril de 2010, tem como


assunto principal informar sobre os problemas que atingem os moradores do entorno
de Brasília. Sobre ela, é possível afirmar que:

I. Apresenta linguagem clara e objetiva, recurso predominante na linguagem


jornalística.

II. Não apresenta características dos gêneros jornalísticos porque contém traços de
descrição.

III. As informações do item um I complementam a mensagem do item II.

Está(ão) correta(as):

a) II, apenas.
b) I, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.

3º) Observe atentamente o texto abaixo.

Vivemos em um ritmo acelerado, correndo contra o tempo. Nós esquecemos de um


detalhe: o segredo para se relacionar melhor com as pessoas, estimular a criatividade
e cumprir com a agenda, pode ser, justamente, desacelerar. Isso mesmo! Ficar à toa
pode ser mais produtivo do que você pensa. Para Domenico de Masi, autor do livro O
Ócio Criativo, desperdiçar o tempo, fazendo absolutamente nada, pode ser positivo.
Embasado por descobertas da neurociência e observações sobre o mundo da arte, ele
33

afirma que o cérebro, quando não ocupado com tarefas específicas, continua
trabalhando em uma espécie de “piloto automático”, necessário para processar as
emoções e informações que recebemos. Por isso, ficar à toa é tão importante. Com o
ócio, ganhamos inspiração, autoconhecimento, criatividade e fôlego para continuar.
Então, sempre que você se sentir esgotado, com a atenção dispersa, tente parar por
uns minutos e deixe sua mente divagar. [...]
Disponível em: http://www.agenciasys.com.br. Acesso em setembro de 2020.

O objetivo do texto é:

a) divulgar o livro “O ócio criativo”.


b) destacar a importância da neurociência.
c) apresentar atividades de lazer.
d) informar sobre a necessidade do descanso.

VAMOS LÁ, PESSOAL!


COMO ESTÃO DE POSSE DOS RECORTES DE JORNAIS/REVISTAS SOLICITADOS
DURANTE A OFICINA, É HORA DE EXERCITAR A CRIATIVIDADE.

 A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL, CRIEM A PRÓPRIA REPORTAGEM,


DESTACANDO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO
ESTUDADO.
 VOCÊS PODERÃO MANTER OS PERSONAGENS ENVOLVIDOS NA
HISTÓRIA.
MÃOS À OBRA!
34

SEMANA 5:

“EM CIMA DA HORA”!

A Notícia é um gênero textual jornalístico e não literário que está presente em


nosso dia a dia, sendo encontrada principalmente nos meios de comunicação. Trata-
se, portanto de um texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento
real, veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios
televisivos, rádio, internet, dentre outros.
Por esse motivo, as notícias possuem teor informativo e podem ser textos
descritivos e narrativos ao mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as
personagens envolvidas.
35

CARACTERÍSTICAS DA NOTÍCIA

As principais caraterísticas do gênero textual notícia são:

 Texto de cunho informativo;


 Textos descritivos e/ou narrativos;
 Textos relativamente curtos;
 Veiculado nos meios de comunicação;
 Linguagem formal, clara e objetiva;
 Textos com títulos (principal e auxiliar);
 Textos em terceira pessoa (impessoais);
 Discurso indireto;
 Fatos reais, atuais e cotidianos.

ESTRUTURA E EXEMPLO DE NOTÍCIA

Geralmente as notícias seguem uma estrutura básica classificada em:

Título Principal e Título Auxiliar

A notícia é formada por dois títulos, ou seja, um principal, também chamado de


Manchete, que sintetiza o tema que será abordado, e outro um pouco maior, o qual
auxilia o entendimento do título principal, ou seja, é um recorte do assunto que será
explorado, por exemplo:

Olimpíadas Rio 2016 (Título Principal)

Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 (Título Auxiliar)

Lide

Na linguagem jornalística, a Lide corresponde à introdução da notícia, portanto, trata-se


do primeiro parágrafo que responderá as perguntas: O Que? Quem? Quando? Onde?
Como? Porque?

Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão contidas na notícia


deverão aparecer. É uma ferramenta muito importante, visto que desperta a atenção do
leitor para a leitura da notícia. Segue abaixo um exemplo:

O Rio de Janeiro, sede dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, vem se


preparando para receber milhões de turistas no maior evento esportivo do planeta. Os
Jogos Olímpicos ocorrerão entre os dias 05 e 21 de agosto e os Jogos Paraolímpicos,
que contempla os atletas com necessidades especiais, acontecerão de 7 a 18 de
setembro.

Corpo da Notícia
36

Nessa parte, será apresentada a notícia com descrições mais detalhadas. Segue
abaixo um exemplo:

Segundo a página oficial do “Rio 2016”, os Jogos Olímpicos vão ocorrer durante 17
dias (05 e 21 de agosto) em quatro regiões da Cidade Maravilhosa, que totalizam 32
locais de competição: Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro. As Modalidades
Olímpicas incluem 42 esportes, onde participarão 10.500 atletas de 206 países. Duas
novas modalidades foram inclusas nos jogos Olímpicos de 2016: o Golfe e o Rugby.

Já os Jogos Paraolímpicos, destinados para atletas com necessidades especiais,


acontecerão durante 11 dias (7 a 18 de setembro) nas mesmas regiões da cidade
(Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro), que no total contemplam 20 locais de
competição. São 23 modalidades esportivas, onde participarão 4.350 atletas de 178
países. A novidade é a inclusão de duas novas modalidades: a Canoagem e o Triatlo.

Notícia e Reportagem

Ainda que a notícia e a reportagem sejam textos jornalísticos, a notícia se difere da


reportagem na medida que é um texto informativo e impessoal, sem teor opinativo,
característico das reportagens. Além disso, as notícias não são textos assinados pelo
autor, enquanto as reportagens apresentam o nome do repórter.

Dentre outras diferenças que podem surgir entre esses tipos de textos, vale lembrar
que a notícia apresenta um tema atual de modo inteiramente informativo, enquanto a
reportagem aprofunda-se mais sobre os temas sociais e de interesse da sociedade
apresentando as opiniões do autor.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-noticia/. Acesso em junho de 2021.

______________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 5) – NOTÍCIA

1º) O horóscopo, os classificados e as notícias, entre outros gêneros, aparecem nos


jornais diariamente. Apesar da especificidade de cada um, pode-se afirmar que se
dirigem:
37

a) a públicos diferentes, pois as notícias não costumam interessar aos jovens, apenas
aos leitores adultos.
b) a pequenos públicos, pois apenas uma pequena parcela de leitores se interessa por
classificados.
c) a públicos específicos, pois o horóscopo é destinado exclusivamente às mulheres.
e) a grandes públicos, pois, mesmo tratando de assuntos mais gerais ou
privados, podem interessar a uma enorme quantidade de leitores.

2º) Sobre as partes do texto, assinale V para verdadeiro e F para falso nos parênteses:

( F ) A manchete do texto não deixa claro para o leitor sobre o que o texto irá tratar.
( V ) A manchete focaliza mais o fato da aluna ter perdido a causa para o professor do
que o próprio motivo da discussão.
( V ) O texto em itálico logo abaixo da manchete funciona como um breve
adiantamento de informação do que terá no corpo da notícia.
( V ) O segundo parágrafo do texto narra o conflito acorrido entre o professor e a
aluna.
( F ) O texto apresenta marcas de opinião pessoal do autor da notícia.

3º) Sobre o gênero notícia é INCORRETO afirmar que:

a) É um gênero jornalístico que apresenta como objetivo principal informar.


b) Trata sobre acontecimentos reais e de interesse social.
c) Apresenta em sua estrutura apenas a manchete e o corpo do texto.
d) Deve apresentar uma linguagem clara, objetiva e impessoal.

4º) Veja que as MANCHETES abaixo retiradas do site G1 Paraíba estão com as
palavras fora de ordem. Reorganize-as para que as mesmas façam sentido.

para novo Palmeiras Luiz anuncia Felipe Scolari técnico vaga de a como
Roger.

PALMEIRAS ANUNCIA LUIZ FELIPE SCOLARI COMO NOVO TECNICO PARA A VAGA DE ROGER.

5º) Segundo o que estudamos, há uma característica que diferencia a notícia da


reportagem. Qual?

a) narrar acontecimentos pontuais, ou seja, fatos do cotidiano.


b) expõe opiniões sobre os personagens da história.
c) tenta convencer o leitor sobre algo relatado no texto.
d) descreve fatos relativos aos personagens.
38

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, PRODUZA UM TEXTO A RESPEITO DE ALGO QUE
ACONTECEU NA COMUNIDADE EM QUE VOCÊ VIVE (PREFERENCIALMENTE NO
MESMO DIA), RESSALTANDO AS PRINCIPAIS CARECTERÍSTICAS DO FATO
OCORRIDO. CASAO NÃO TENHA HAVIDO ALGUM FATO RELEVANTE, CRIE A
SITUAÇÃO BASEADA NOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS DURANTE O NOSSO
MOMENTO ON-LINE.
39

SEMANA 6:

O GÊNERO PROPAGANDA (DESENVOLVA O SEU PODER DE PERSUASÃO)

O Texto Publicitário um tipo de texto veiculado em campanhas publicitárias e


podem ser textos de natureza escrita, oral e visual. Eles estão presentes no nosso
cotidiano e possuem o intuito principal de convencer o leitor para a compra de produtos
e/ou serviços.
Geralmente são encontrados nos meios de comunicação: jornal, revista,
televisão, rádio, internet, outdoors, dentre outros. Os textos publicitários são textos
sugestivos, retóricos e persuasivos os quais contém uma linguagem sedutora para
despertar nos consumidores o desejo de consumir.
Desse modo, são produzidos através da função conativa ou apelativa da
linguagem, ou seja, a mensagem está centrada no receptor ou interlocutor com a
finalidade de despertar emoções, sentimentos e sensações.
40

Lembre-se de que os publicitários são as pessoas encarregadas de produzirem


esse tipo de texto, ou seja, são os emissores (locutores) da linguagem
publicitária dirigidas para determinado público-alvo.

CARACTERÍSTICAS DO TEXTO PUBLICITÁRIO

As principais características do texto publicitário são:

 Texto persuasivo com o objetivo de convencimento;


 Verbos no imperativo ou presente do Indicativo;
 Uso de expressão de chamamento: vocativo;
 Linguagem simples, coloquial, dinâmica e acessível;
 Presença de criatividade, humor e ironia;
 Intertextualidade (relação com outros textos);
 Subjetividade e musicalidade;
 Uso de figuras e vícios de linguagem;
 Uso de rimas, neologismos, estrangeirismo, polissemia e trocadilhos;
 Função Apelativa da Linguagem;
 Utilização de estereótipos.

ESTRUTURA DO TEXTO PUBLICITÁRIO


Os textos publicitários não seguem uma estrutura padrão e podem ser frases,
textos visuais auditivos e escritos os quais utilizam a linguagem verbal e não-verbal.
Geralmente são textos curtos com o objetivo de vender algum produto e/ou serviço, e
podem ser de diversos gêneros (argumentativos, narrativos ou descritivos) sendo que
alguns deles incluem os três gêneros num só texto.
É muito comum encontrarmos os textos publicitários com imagem e textos.
Observe que a imagem é um recurso muito importante dos textos publicitários, que tem
a função principal de promover a marca e despertar no leitor a vontade de possuir tal
produto ou serviço.
Podem apresentar títulos (na linguagem publicitária são chamados de
“headline”) bem atrativos e criativos com presença de alguma das palavras-chave, com
o intuito de chamar mais atenção do leitor para o que se pretende comercializar.
Em seguida, no corpo do texto será apresentada a ideia principal que
apresentará descrições, narrações ou argumentos para a escolha da marca; e, por fim,
a conclusão do pretendido seguidos da assinatura do anunciante da marca.
41

Os slogans são elementos fundamentais dos textos publicitários, posto que definem
em poucas palavras (ou frases de efeito) a marca de maneira criativa e que aproxime o
leitor da proposta publicitária.
Correspondem aos textos de fácil memorização, por exemplo, quando dizemos
“Amo muito tudo isso” logo nosso pensamento nos leva a pensar na empresa de fast
food “Mc Donalds”, que divulgou amplamente sua marca através desse slogan.

EXERCÍCIOS (AULA 6) – PROPAGANDA

1º) Com relação ao gênero textual propaganda, marque a alternativa que melhor
define seus principais objetivos.

a) A propaganda tem o objetivo de divulgar as produções literárias e não literárias


escritas pelos publicitários.
b) A propaganda tem o objetivo de informar os leitores a respeito das atualidades
econômicas e políticas dos estados e municípios.
c) A propaganda tem o objetivo de vender e/ou tornar pública alguma
informação, anunciar algum produto ou serviço e/ou convencer os leitores.
d) A propaganda tem o objetivo de anunciar quais são os produtos em oferta nos
supermercados de médio e grande portes.

2º) Leia o texto para responder às próximas 4 questões:


42

2º) O objetivo do texto é

a) promover uma ideia.


b) motivar os clientes a visitarem a empresa Aurora.
c) vender um produto.
d) falar sobre a importância de uma boa alimentação.

3º) Que tipo de linguagem é predominante no texto?

a) Literária.
b) Verbal e não verbal.
c) Subjetiva.
d) Formal e informal.

4º) O anúncio publicitário é direcionado principalmente

a) aos jovens.
b) aos adultos.
c) às crianças.
d) aos idosos.

5º) O texto em estudo é um exemplo de gênero

a) publicitário.
b) informativo.
c) classificado.
d) notícia.
43

APÓS ESCOLHER UM PRODUTO DE SUA


PREFERÊNCIA, CRIE UMA PROPAGANDA,
RESSALTANDO AS CARACTERÍSTICAS DO
GÊNERO E BUSCANDO CONVENCER OS
COLEGAS DA EFICÁCIA DA MERCADORIA.
44

SEMANA 7:

SEJA A VOZ DA SUA COMUNIDADE!

A Carta Aberta é um modelo de carta (texto epistolar) que tem como principal
característica informar, instruir, alertar, protestar, reivindicar ou argumentar sobre
determinado assunto.
É um veículo de comunicação coletiva, ou seja, é destinada a várias pessoas
(algum público, sindicatos, representações, comunidade, etc.). Portanto, o destinatário
e o remetente da carta aberta não são seres individuais e por isso, ela é diferente das
cartas pessoais.
A carta aberta não está reduzida a somente um gênero textual, ou seja, ela pode
ser um texto instrucional, expositivo, argumentativo ou descritivo.
Diante disso, vale lembrar que ela pode englobar mais de um gênero, ou seja,
ela pode ser ao mesmo tempo descritiva e argumentativa.
Dessa maneira, a carta aberta representa uma importante ferramenta de
participação política dos cidadãos, uma vez que apresenta determinado assunto de
interesse coletivo.
Lembre-se que a carta aberta não é um texto muito extenso e sua linguagem é
clara, coesa e está de acordo com as normas gramaticais.
Geralmente são veiculadas nos meios de comunicação (televisão, rádio, internet,
etc.) sendo que os assuntos mais abordados apontam algum problema, demanda da
comunidade, apoio a uma causa, dentre outros.
45

ESTRUTURA: COMO FAZER UMA CARTA ABERTA?

Para produzir uma carta aberta, devemos estar atentos a seguinte estrutura:
 Título: geralmente é acrescentado um título que indica a quem será destinada a carta
(comunidade, associação, instituição, organização, entidade, autoridade municipais,
estaduais e nacionais, etc.)
 Introdução: tal qual um texto dissertativo, ela apresenta introdução, desenvolvimento e
conclusão. Na introdução, as principais ideias são abordadas pelos destinatários.
 Desenvolvimento: segundo a proposta da carta, nesse momento serão apontados os
principais argumentos e pontos de vista referentes ao assunto abordado.
 Conclusão: momento de arrematar a ideia e sugerir alguma ação dos interlocutores ou
possível resolução do problema posto em causa. Na conclusão, ocorre o fechamento
da ideia e busca de soluções.
 Despedida: com saudações cordiais e assinatura dos remetentes, a despedida finaliza
a carta aberta.

EXEMPLO:

Para compreender melhor o conceito, segue abaixo um exemplo de Carta


Aberta:

Carta Aberta à Comunidade de Manaus

De acordo com os problemas que temos passado durante os últimos dias no


centro de Manaus, resolvemos apontar alguns temas para a reflexão, os quais
consideramos de suma importância para a comunidade manauara.
Primeiramente, devemos salientar que o pagamento dos espaços destinados à
comercialização dos produtos artesanais inclui todos os profissionais que
comercializam seus produtos no centro do município. Assim, após a inscrição na
Prefeitura Municipal, os inscritos deverão pagar a matrícula do espaço alugado e ainda
um valor de 20% das vendas anuais.
Esse evento de mudança na legislação a partir do mês de outubro, acarretou
diversos problemas para os artesões que sofreram com a fiscalização na semana
passada no centro da cidade. Visto a repercussão do episódio, decidimos entrar em
contato com o órgão responsável para ampliar o tempo de cadastramento de todos os
artesãos, visto a desorganização das últimas inscrições, bem como a falta de
informação.
46

Além disso, depois de nosso contato, a rádio e canal local de televisão, ficaram
encarregadas de divulgar durante um mês, informações sobre a nova legislação, bem
como a importância do cadastramento e detalhes sobre o pagamento dos espaços
locais.
Esperamos que todos estejam atentos uma vez que o trabalho de produção e
comercialização de produtos artesanais representa uma parte considerável de nosso
patrimônio, e, portanto, possui um valor inestimável para a comunidade.

Atenciosamente,

Associação de Artesãos de Manaus


______________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 7) – CARTA ABERTA

1º) Leia o texto abaixo e responda o que se pede:

Mossoró-RN, 03 de julho de 2016.

Carta aberta à população de Mossoró-RN

Queridos Moradores,

Nós, alunos do 7º ano da Escola Estadual


Professora Maria Zenilda Gama, viemos por
meio desta carta conscientizá-los de que
precisamos agir sobre a epidemia de
doenças causadas pelo mosquito aedes
aegypti, as quais amedrontam a nossa
cidade.
47

É importante que todas as comunidades


estejam atentas aos focos desse mosquito
em suas casas ou próximo a elas, porque a
raiz deste mal está na existência do
mosquito, portanto é a ele quem devemos
combater.

Todos devemos nos unir contra esse


problema que assola a nossa saúde e a de
nossos entes queridos, evitando deixar água
parada em recipientes abertos, vasos de
plantas, em garrafas e pneus. Precisamos ter
cuidado também com o nosso lixo, pois pode
se tornar um ótimo ambiente de reprodução
para o mosquito.

Uma cidade tão grande e tão bonita não


pode ser destruída por apenas um mosquito,
então, todos mãos à obra, pois esta guerra é
de todos e com conscientização e atitude a
venceremos.

Respeitosamente,

Alunos do 7º ano da Escola Professora Maria


Zenilda Gama.

Marque a única alternativa FALSA sobre a carta aberta.

a) O primeiro parágrafo funciona como uma introdução, apresentando o remetente e o


problema.
b) A expressão no início da carta “Queridos Moradores” é opcional.
c) O último parágrafo tem por função servir como a conclusão da carta, em que os
autores reforçam a ideia do combate ao mosquito.
d) O terceiro parágrafo é desnecessário, pois todos já sabemos que não se deve
deixar água parada em recipientes descobertos.
e) Está correto a carta aberta ser assinada pelos “Alunos do 7º ano da Escola
Professora Maria Zenilda Gama”, porque um grupo de pessoas tem mais “voz” do que
um único sujeito.

2º) Sobre a carta aberta, assinale V ou F nos parênteses:

( V ) É um gênero diretamente ligado com o direito que cada cidadão tem de se


manifestar diante dos problemas que o afligem.
( F ) Pode ser escrita com qualquer linguagem: gírias, expressões populares, etc..
( V ) Estrutura: organizada em: local, data, destinatário, texto, despedida e assinatura.
( V ) Tem a função de alertar, persuadir, protestar.
48

( F ) na despedida pode-se usar qualquer expressão, como por exemplo, “valeu”,


“abraços” e etc..

3º) Assinale com um (x) a única alternativa que explica por que se deve assinar a carta
aberta:

a) Para validar o que foi discutido ao longo do texto.


b) Para despistar o verdadeiro autor do texto.
c) Não serve para nada, por isso é opcional.
d) Para demostrar encobrir o verdadeiro autor.
e) Para indicar individualidade autoral.

4º) Marque um (X) na única expressão de despedida que NÃO serviria para esta carta
aberta acima:

a) Agradecemos a sua atenção.


b) Sem mais para o momento.
c) Valeu por sua atenção.
d) Obrigado pela atenção.
e) Desde já agradecemos a sua atenção.

5º) (Enem / Modelo–2009).

Concordo plenamente com o artigo “Revolucione a sala de aula”. É preciso que


valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância
de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais
fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como
arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação:
se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos
criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza Porto Alegre, RS. Disponível em: <http://www.kanitz.com.br>. Acesso em: 02 maio 2009 (Adaptação).

Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar
conta das necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum
gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos.

A carta de leitor é um gênero textual que:

a) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da


injunção (comando) e estilo de linguagem com alto grau de formalidade.
b) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas
que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente.
c) se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor
encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação.
d) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não padrão da língua
e tema construído por fatos políticos.
49

e) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação,


representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem
diretamente com o veículo de comunicação.

6º) CARTA PESSOAL, ABERTA E DE LEITOR:

Carta aberta ao Presidente da República


Brasília, 04 de junho de 2009.
Exmo. Sr.
Luiz Inácio Lula da Silva
DD Presidente da República

Sr. Presidente,

Vivemos ontem um dia histórico para o país e um marco para a Amazônia, com
aprovação final, pelo Senado Federal, da Medida Provisória 458 / 09, que trata sobre a
regularização fundiária da região. Os objetivos de estabelecer direitos, promover justiça
e inclusão social, aumentar a governança pública e combater a criminalidade, que sei
terem sido sua motivação, foram distorcidos e acabaram servindo para reafirmar
privilégios e o execrável viés patrimonialista que não perde ocasião de tomar de assalto
o bem público, de maneira abusiva e incompatível com as necessidades do País e os
interesses da maioria de sua população.
Os especialistas que acompanham a questão fundiária na Amazônia afirmam
categoricamente que a MP 458, tal como foi aprovada ontem, configura grave
retrocesso, como aponta o Procurador Federal do Estado do Pará, Dr. Felício Pontes.
Sendo assim, Senhor Presidente, está em suas mãos evitar um erro de grandes
proporções, não condizente com o resgate social promovido pelo seu governo e com o
respeito devido a tantos companheiros que deram a vida pela floresta e pelo povo da
Amazônia.
Permita-me também, Senhor Presidente, e com a mesma ênfase, lhe pedir
cuidados especiais na regulamentação da Medida Provisória.
Por tudo isso, Sr. Presidente, peço que Vossa Excelência vete os incisos II e IV
do artigo 2º; o artigo 7º e o artigo 13.

Com respeito e a fraternidade que tem nos unido, atenciosamente,


Senadora Marina Silva
Disponível em: http://www.greenpeace.org. (Adaptação). Acesso em agosto de 2021.

O texto apresentado é uma carta aberta, gênero textual de extrema importância na vida
social contemporânea, sobretudo em sociedades democráticas. Ao ser amplamente
divulgada, a carta aberta tem como meta:
50

a) informar e conscientizar as pessoas em geral sobre um problema social ou político;


assim, a carta aberta instiga o seu leitor a sustentar o apelo que compõe o conteúdo
apresentado pelo seu produtor.
b) constituir o seu produtor como representante legítimo da população, tendo em vista
ser ele o único credenciado a formalizar os reclames da sociedade perante a
autoridade.
c) participar aos órgãos ou às autoridades competentes uma ação coletiva; por isso, a
carta aberta é também conhecida e denominada de carta reivindicatória.
d) estimular e induzir o seu leitor a ponderar criticamente sobre diversos aspectos da
sociedade onde vive, por meio de uma linguagem acessível a todos.

Agora é com vocês!


Produzam uma carta aberta destinada a algum agente público, com o
propósito de informar, instruir, alertar, protestar, reivindicar ou
argumentar sobre determinado assunto, preferencialmente algo que
seja de conhecimento de toda a comunidade!
Bom trabalho!
51

SEMANA 8:
ENTREVISTA

A INTERAÇÃO COMO MEIO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente informativa


veiculado, sobretudo, pelos meios de comunicação: jornais, revistas, internet, televisão,
rádio, dentre outros. Há diversos tipos de entrevistas dependendo da intenção
pretendida: a entrevista jornalística, entrevista de emprego, entrevista psicológica, a
entrevista social, dentre outras. Elas podem fazer parte de outros textos jornalísticos,
por exemplo, a notícia e a reportagem.
Trata-se de um texto marcado pela oralidade produzido pela interação entre
duas pessoas, ou seja, o entrevistador, responsável por fazer perguntas, e o
entrevistado (ou entrevistados), quem responde às perguntas. A Entrevista possui uma
função social muito importante, sendo essencial para a difusão do conhecimento, a
formação de opinião e posicionamento crítico da sociedade, uma vez propõe um
debate sobre determinado tema, onde o discurso direto é sua principal característica.
Ou seja, as palavras proferidas pelo entrevistado e o entrevistador são
transcritas de maneira fidedigna e, portanto, pode haver muitas marcas de oralidade
bem como observações (geralmente entre parênteses) que descrevem as ações de
ambos, por exemplo: (risos).
52

No entanto, é notório um tipo de formalismo nas entrevistas, exposto pela


linguagem utilizada entre ambos, com apresentação de um discurso coerente.

CARACTERÍSTICAS DA ENTREVISTA:

 Textos informativos e/ou opinativos


 Presença do entrevistador e do entrevistado
 Linguagem dialógica e oral
 Marca do discurso direto e da subjetividade
 Mescla da linguagem formal e informal

ESTRUTURA DA ENTREVISTA:

Para produzir uma entrevista esteja atento à sua estruturação:

Escolha do Tema
A entrevista pode ser um texto em que você vá utilizar para dar consistência a um outro
trabalho, ou mesmo, para conhecer melhor o trabalho de outra pessoa. Seja qual for o
tema escolhido, por exemplo, o novo livro do escritor, fica claro que ele deverá
comparecer à entrevista.

Elaboração de Roteiro

Feito a escolha do tema e do entrevistado, é muito importante a elaboração de um


roteiro de forma que o entrevistador o tenha em mãos na hora da entrevista. Além
disso, pesquise, analise e estude sobre o tema, pois como a entrevista garante a
presença de alguém, podem surgir outras perguntas durante o processo, a partir das
respostas do entrevistador.
O roteiro deverá ter um objetivo claro e ser apresentado em formas de perguntas e
cuidado para que não fique muito longo, no entanto, tenha outras perguntas em mente
se for necessário.

Título

Se necessário, coloque um título na entrevista. Ele norteará melhor o objetivo


delimitando o tema proposto, bem como seduz o leitor à sua leitura. Por exemplo:
Entrevista com Eduardo Pereira: apontamentos sobre sua nova obra.
Se necessário faça uma introdução (que pode ser curta), mas que informe o leitor do
que será discutido.
Nesse caso, apresente o assunto que será discutido, bem como o perfil do entrevistado
e sua experiência profissional.
Revisão

A parte final é tão importante quanto a inicial. Afinal, não adianta ter as ideias e
apresenta-las de maneira informal, ou seja, um texto que não abrigue coerência e
coesão.
Se a intenção é fazer uma entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um
público leitor, você deverá utilizar uma câmera ou gravador e depois realizar o trabalho
de transcrição das falas de ambos.
53

Exemplos de Entrevista

Segue abaixo a entrevista (escrita e em vídeo) entre o jornalista Júlio Lerner e a


escritora brasileira Clarice Lispector, veiculada no programa “Panorama”, da TV
Cultura, dia 1 de fevereiro de 1977, ano da morte da escritora.

Exemplo 1: Trecho da Entrevista Escrita

Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector?


É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na
Ucrânia. Ele disse que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho que o nome foi
rolando, rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e foi formando outra coisa que
parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que quando escrevi meu primeiro livro,
Sérgio Milliet (eu era completamente desconhecida, é claro) diz assim: “Essa escritora
de nome desagradável, certamente um pseudônimo…”. Não era, era meu nome
mesmo.
Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?

Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei
com um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que escreveram
sobre mim.

Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente?


Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para
coisas do espírito.

Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?


Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não
publicava, mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E
tenho outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos.

Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?


Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia
um diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba…

Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que
necessariamente, a pergunta de como você começou a escrever e quando?
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma
história que não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a escrever também.
Pequenas histórias.

Quando a jovem, praticamente adolescente Clarice Lispector, descobre que


realmente é a literatura aquele campo de criação humana que mais a atrai, a
jovem Clarice tem algum objetivo específico ou apenas escrever, sem determinar
um tipo de público?
Apenas escrever.
54

Você poderia nos dar uma ideia do que era a produção da adolescente Clarice
Lispector?
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida.

Desse período você se lembra do nome de alguma produção?


Bem, escrevi várias coisas antes de publicar meu primeiro livro. Eu escrevia para
revistas — contos, jornais. Eu ia com uma timidez enorme, mas uma timidez ousada.
Eu sou tímida e ousada ao mesmo tempo. Chegava lá nas revistas e dizia: “Eu tenho
um conto, você não quer publicar?” Aí me lembro que uma vez foi o Raimundo
Magalhães Jr. que olhou, leu um pedaço, olhou para mim e disse: “Você copiou isso de
quem?” Eu disse: “De ninguém, é meu”. Ele disse: Você traduziu?” Eu disse: “Não”. Ele
disse: “Então eu vou publicar”. Era sim, era meu trabalho.

Você publicava onde?


Ah, não me lembro… Jornais, revistas.

Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decidiu assumir a carreira de


escritora?
Eu nunca assumi.

Por quê?
Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e
faço questão de continuar sendo amadora. Profissional é aquele que tem uma
obrigação consigo mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação ao outro.
Agora eu faço questão de não ser uma profissional para manter minha liberdade.

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-entrevista/. Acesso em julho de 2021.


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EXERCÍCIOS (AULA 8) – GÊNERO ENTREVISTA

Leia os trechos de uma entrevista com Anderson Silva para responder às questões 1 -
3.

Anderson da Silva trilhou um longo caminho até se tornar um ídolo. Nascido em São
Paulo em 14 de abril de 1975, teve de lidar cedo com a separação dos pais. Sem
condições financeiras de criá-lo, a mãe e a avó o deixaram aos cuidados de Edith, tia e
madrinha, que ele trata como mãe, em Curitiba, para onde se mudou aos 4 anos.
55

1. O trecho ao lado aparece como introdução da entrevista e tem como finalidade

a) apresentar a situação financeira do entrevistado.


b) listar todos os parentes próximos do entrevistado.
c) apresentar dados gerais sobre a vida do entrevistado.
d) mostrar que o entrevistado era filho de pais separados.

E, drogas, já te ofereceram?
Nunca.

Quando você era jovem, deve ter conhecido muita gente que devia estar
envolvida…
Tive vários amigos que usavam drogas, fui em várias festas em que amigos estavam
usando. Mulheres e homens usando drogas. Meus amigos de verdade nunca me
ofereceram.

Você nunca experimentou nem um baseado?


Nunca. Nunca coloquei um cigarro na minha boca. A única coisa que experimentei foi
bebida alcoólica. Eu não curto, não gosto. Sou totalmente careta.
(clubalfa.abril.com.br/esportes)
2. Anderson Silva se declara “totalmente careta” porque

a) seus amigos nunca lhe ofereceram drogas.


b) não curte e não gosta de nenhuma droga.
c) nunca bebeu e nem pôs um cigarro na boca.
d) experimentou algumas drogas e não gostou.

Você descreve um episódio no livro, uma experiência sua com o racismo…


[Interrompendo.] Na verdade, foi um choque.

Foi a sua primeira experiência?


Não. Minha irmã sofreu um ato de racismo na escola. Eu era muito pequeno, mas
aquilo ficou bem claro na minha mente. Lembro que meus tios sentaram com a gente
em casa e conversaram sobre o assunto. Minha irmã foi para a escola, e os
amiguinhos falaram: “Ah, vamos pintar ela de branco”. Pegaram um giz e começaram a
passar nela. Minha irmã de criação.
(clubalfa.abril.com.br/esportes)

3. A frase “Ah, vamos pintar ela de branco” aparece entre aspas na entrevista para
reproduzir a fala

a) dos amiguinhos da escola.


b) da irmã do entrevistado.
c) do entrevistado.
d) do entrevistador.

Leia um trecho de um "bate-papo" para responder à 4ª questão:


56

- Que tal o Prefeito daqui?


- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
- Você, certamente, já tem candidato.
- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é
essa?
Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí...

Fragmento da crônica Conversinha Mineira, de Fernando Sabino.

4. A linguagem informal é marcada por traços de oralidade presentes em

a) “uai” ” e “uê”.
b) “ali” e “aí”.
c) “tal” e “Prefeito”.
d) “já” e “candidato”.

Leia o trecho de uma entrevista para responder à 5ª questão.

Então o certo é aproximar os jovens da internet?


Os professores precisam estimular os alunos a sair da sala e voltar com fontes para
serem debatidas, para concluir quais são confiáveis. Não devem ensiná-los a trabalhar
individualmente, mas treiná-los para fazer o que nós, adultos, fazemos: consultar a
informação na internet e avaliá-la com outras pessoas. Atualmente, temos que
entender coisas demais para confiar apenas em um indivíduo. Só podemos cumprir
essa tarefa juntos – e é para isso que a internet serve.

5. Levando-se em conta a resposta dada, a pergunta também poderia ter sido

a) “A internet colabora para o isolamento dos jovens?”.


b) “Qual a função dos jovens em relação aos adultos?”.
c) “Qual a função dos professores em relação à internet?”.
d) “A internet limita a capacidade de pesquisa dos jovens?”.

Leia um trecho de uma entrevista e resolva à questão:

ISTOÉ - Você é um sertanejo que não usa chapéu. Por quê?


LUAN SANTANA -Para mim, sertanejo tinha de cantar usando bota, calça colada,
cintão de fivela e camisa de botão. Só que nunca usei chapéu. Sempre curti ajeitar o
cabelo. Sou vaidoso dentro do limite. Gosto bastante de ajeitar o cabelo, tenho uma
personal stylist que me veste, várias marcas que me mandam roupas, o que eu acho
bem legal. Mas não sou aquela coisa metrossexual. Tenho de estar bem nas fotos por
respeito aos fãs.

6. Na resposta dada, o entrevistado informa que a causa de não usar chapéu é o fato
de
57

a) ter uma personal stylist.


b) respeitar todos os fãs.
c) ter de estar bem nas fotos.
d) curtir ajeitar o cabelo.

Leia a tirinha para responder à questão 9.

7. No 2º quadrinho, deduz-se que o candidato

a) desconhece um trabalho em equipe.


b) tem o hábito de trabalhar em equipe.
c) não entendeu a pergunta feita.
d) produziu uma resposta coerente.
58

Agora é com vocês!


A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES
REALIZADAS DURANTE A AULA, ELABORA E PONHA EM
PRÁTICA UMA ENTREVISTA COM ALGUÉM QUE VOCÊ ACHAR
RELEVANTE (PODE SER UM (A) COLEGA DE TURMA),
DESTACANDO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO.
Bom trabalho!
59

SEMANA 9:

SEM LIMITES PARA A IMAGINAÇÃO!

Miniconto é um tipo de conto muito pequeno, digamos que com no máximo uma
página, ou um parágrafo, com elementos ficcionais, tais como: tema, personagens,
enredo, conflito e desfecho. Alguns dizem que ele é o primo mais novo do poema em
prosa, outros apontam as fábulas chinesas como origem, de certo é que desde meados
do século XX o conto tem experimentado – com sucesso – formas extremamente
breves a partir de textos de gente como Cortázar, Borges, Kafka, Arreola, Monterroso e
Trevisan.
Nos últimos anos este tipo de ficção ganhou muito espaço na literatura de
diversos países. Nos Estados Unidos, antologias sucessivas foram lançadas com
textos cada vez menores culminando na chamada microfiction, cuja antologia inaugural
reúne textos de até 300 palavras. A literatura latino-americana, responsável pela
difusão inicial do gênero, tem não apenas apresentado antologias como também
estudos acadêmicos acerca do que eles chamam de “microrelato”. É de um hispano-
americano, o guatemalteco Augusto Monterroso, o micro mais famoso: Quando
acordou, o dinossauro ainda estava lá.
No Brasil, há uma grande quantidade de autores publicando livros com ou
exclusivamente de minicontos. Alguns valores importantes para o miniconto são:
concisão, narratividade, efeito, abertura e exatidão.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58344. Acesso em 2021.

EXEMPLOS DE MINICONTOS:
60

O JORNAL E SUAS METAMORFOSES

Júlio Cortázar
Um senhor pega um bonde após comprar o jornal e pô-lo debaixo do braço.
Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço. Mas já não é o
mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona num
banco da praça.
Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez
em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa transformado num monte de
folhas impressas. Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se
transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa
transformado num monte de folhas impressas.
A seguir, leva-o para casa e no caminho aproveita-o para embrulhar um molho
de acelga, que é para o que servem os jornais após essas excitantes metamorfoses.
Fonte: http://www.babelcultural.com/o-jornal-e-suas-metamorfoses/. Acesso em 2021.

_____________________________________________________________________________

De Atibaia, São Paulo (34 anos):


Pseudônimo: Flora Medeiros
Título: Cicatriz

Eu odiava o barulho da porta do meu quarto fechando. Sempre na mesma hora.


Depois da escola, com a luz apagada, a casa vazia. Só que naquele dia foi diferente.
Meu pai tirou a calça e me mandou deitar.
— Fica quietinha, filha, fica. Não vai doer nada.
O lençol ficou todo sujo de sangue. Eu pus de molho na cândida, mas a mancha
não saiu.

Do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (33 anos):


Pseudônimo: Razec
Título: História de família

Quando fulaninho nasceu, papai e mamãe, felizes, choraram emocionados.


Quando o velho fulano morreu, seus tristes filhos sorriram aliviados.

De Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (55 anos):


Pseudônimo: Quartzo Rosa
Título: Infância perdida
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Sua vidinha era fácil não! Enquanto outras da sua idade faziam tarefas
escolares, passeavam no shopping, desfilavam mochilas da Barbie, brincavam no
parque e dormiam cedo, ela brincava na rua, altas horas, com seu uniforme diário:
microssainha, meia-calça furada, saltos altos carcomidos... E a bolsinha vermelha.
Fora engolida pela boca escancarada do sistema.

Fonte: http://autoressaconcursosliterarios.blogspot.com/2013/05/os-20-minicontos-classificados.html. Acesso em 2021.

______________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 9) – GÊNERO MINICONTO

Leia o miniconto abaixo para responder as questões 1 - 3:

Mesquinhez

Nemésio era um homem tão mesquinho que, quando decidiu se enforcar, pendurou
seus escassos sentimentos no galho mais baixo de um bonsai.
Jorge Timossi

1. Na expressão “escassos sentimentos”, a palavra “escassos” tem o mesmo sentido


de

a) muitos.
b) excessivos.
c) poucos.
d) comuns.

2.O momento mais importante da narrativa, aquele que causa uma grande mudança na
vida do personagem, está exemplificado no trecho

a) “quando decidiu se enforcar”.


b) “Nemésio era um homem tão mesquinho”.
c) “no galho mais baixo de um bonsai”.
d) “pendurou seus escassos sentimentos”.

3. O trecho “quando decidiu se enforcar” pode ser reescrito, sem alteração de seu
sentido original, da seguinte forma
62

a) antes de decidir se enforcar.


b) enquanto decidia se enforcar.
c) depois que decidiu se enforcar.
d) no momento em que decidiu se enforcar.

Leia e resolva:

Urbanesca

Saiu cedo com o pai. A velha sinfonia urbana. Passaram por um parque. Pipoca,
sorvete e algodão-doce viraram lembrança. Debaixo da árvore parecia um piquenique.
Subidas e descidas, o menininho se cansou. Precisou andar mais um pouco. Desta
vez, o carrinho do pai estava cheio de papelão.
Alvaro Posselt

4. O uso de “-inho” na palavra “menininho” reforça no texto o sentimento de

a) tristeza do pai.
b) cansaço do menino.
c) compaixão pelo menino.
d) revolta pela situação.

Leia e resolva:

O amor é cego

Olhos fechados. Respiração ofegante. Deitada na relva, pensava no príncipe


encantado. Tão real que podia sentir a leve pressão do beijo úmido e suave. Quis
mais... muito mais e, abrindo os olhos, nada viu. Apenas a voz distante daquele que há
pouco lhe beijara.
croach... croach... croach...croach...
Alice Daniel

5. O que provoca o efeito de humor?

a) Fechar os olhos e pensar no príncipe encantado.


b) Abrir os olhos e nada ver.
c) Fechar os olhos e sentir o beijo.
d) Abrir os olhos e constatar a realidade.

Leia e resolva a questão 6:

O celular da fantasia

Ouvi a voz atrás de mim. Alguém falando sozinho. Antigamente, só louco. Hoje, não.
Hoje as pessoas falam sozinhas no telefone celular. Virei-me, displicente. Era um
mendigo. Mas, que estranho, tinha alguma coisa na mão – e parecia um celular! Não
63

pode ser, pensei. Cheguei mais perto. E ri. Não havia celular algum. Ele falava sozinho,
segurando um telefone imaginário. Seu celular de fantasia. Parecia com isso quere
equiparar sua loucura à loucura da gente comum. Isso o fazia, quem sabe, sentir-se um
igual.
Heloisa Seixas

6. Em qual trecho na história, o narrador compara o hábito de as pessoas falarem


sozinha em épocas diferentes?

a) “Alguém falando sozinho”


b) “Ele falava sozinho, segurando um telefone imaginário”
c) “Antigamente, só louco. Hoje, não.”
d) “Hoje as pessoas falam sozinhas no telefone celular”

Leia e resolva:

Réquiem para Teresa

Notáveis os olhos de Teresa. Grandes. Inspiravam saudades não sei de quê. Por vezes
eu tive vontade de comê-los. Hoje me contentaria em beijá-los. Impossível, pois a
matei. Pior: acusei-a de nunca ter existido, mesmo reconhecendo que mentia. Teresa
hoje é nada, um nadinha varrido para baixo do tapete, lá onde frequentemente tropeço.

7. O trecho que reforça o sentido de ironia é

a) “não sei de quê”


b) “reconhecendo que mentia”
c) “lá onde frequentemente tropeço”
d) “um nadinha varrido para baixo do tapete”

Leia e resolva:

Dia a dia

8. Ao utilizar verbos repetidos, o autor

a) justifica o salário da Maria.


b) reforça a rotina da Maria.
c) ironiza o trabalho da Maria.
d) ignora a vida da Maria.
64

Leia o miniconto abaixo, retirado do microblog Twitter para responder às


questões 9 e 10:

minicontos @minicontos
Deeeeevaaaaagaaaaar seeeee cheeeeega loooongeeeee

9. A repetição das letras das palavras tem como função

a) completar o limite de 140 caracteres exigidos pelo Twitter.


b) enfatizar o sentido de cada palavra, principalmente “devagar” e “longe”.
c) indicar para o leitor que as palavras estão sento empregadas com sentidos
diferentes do original.
d) fazer com que o leitor preste mais atenção à estrutura do texto do que às ideias que
ele deseja transmitir.

10. A ideia central do miniconto abaixo poderia ser escrita, sem alteração de seu
sentido original, da seguinte forma

a) Não se vai muito longe se você for muito devagar.


b) Quanto mais devagar, menos longe você irá.
c) Se você quiser ir muito longe, não se deve ir devagar.
d) Quanto mais devagar, mais longe você conseguirá chegar.
65

AGORA É COM VOCÊS!

Observe o miniconto abaixo:


A vida é um instante
Gabriel Loubac

De dentro do táxi, vejo um instante em que guris jogam bola. Vejo o


instante em que a moça dá sinal para o ônibus. O instante em que o
senhor corta as unhas na praça, alguém atravessa a rua correndo, a
moça limpa a janela do apartamento, o taxista lava o carro, uma
senhora tenta atravessar a avenida e o semáforo aponta o vermelho.
Ali, fico cinco minutos parado, até que os instantes voltem.

Assim como o texto reflexivo acima, crie um miniconto considerando o


tema: MINHA VIDA!

MÃOS À OBRA!
66

SEMANA 10:

REFLEXÕES DIÁRIAS SOBRE NOSSA VIDA!

Fábula é um gênero literário cuja característica principal é a narração alegórica,


fantasiosa, sem compromisso com a realidade, mas permeada por recursos lúdicos e
pedagógicos. É uma narrativa breve que sempre leva a um ensinamento, porque a
moralidade a distingue dos demais gêneros literários.
Por séculos foi e ainda é um dos instrumentos a serem aplicados como suporte
para a transmissão de conhecimento, de moral, da cultura e dos costumes. A narrativa
utiliza com frequência, embora não seja regra, animais como personagens principais.
La Fontaine está entre os principais autores do gênero e, no Brasil, o nome de
maior destaque é Monteiro Lobato. O gênero é antigo, utilizado com frequência entre
povos asiáticos. Esopo, um escravo grego que viveu durante o século VI a.C., o teria
consagrado.
A estrutura narrativa da fábula cabe na distribuição dos acontecimentos como
epopeia, conto, romance e, até mesmo, drama. Embora transite nos demais gêneros
literários, a fábula é uma narração breve em que os personagens desfilam recursos
pedagógicos que levam à reflexão sobre a ética, política e outras convenções.

Características:

Os recursos alegóricos da fábula permitem a transmissão de conhecimento às


crianças, ainda com limitações de vivência e carências acadêmicas para compreensão
67

das convenções sociais. Considerando o público, o entendimento da fábula deve ser


rápido e fácil. O gênero busca na alegoria os elementos para as lições ocultas, por isso
o uso de animais e figuras.
Embora seja diferente da sátira, também utiliza como recurso de fixação a ironia.
Mesmo com a busca de ensinamentos, reflexão e transmissão de conhecimento com
forte carga de moral, a fábula difere da parábola.
Em ambas, a narrativa lança mão da imposição e de reflexão, mas a parábola
não ultrapassa os limites do real. Já na fábula, é condição o uso da fantasia, da
transmissão de características humanas a animais e objetos e, ainda, o emprego da
prosopopeia.
A disposição do tempo também marca diferenças entre a fábula e a parábola.
Enquanto na fábula o recurso da imagem é do passado e o fato pertence ao presente,
na parábola não segue essa condição. O fato, na parábola pode valer em qualquer
tempo. A lição de moral na fábula também é considerada efêmera, desperta interesse e
provoca admiração.

La Fontaine

O escritor francês Jean de La Fontaine nasceu em 1621 e morreu em 1695. É


autor das fábulas, "A Lebre e a Tartaruga" e o "Lobo e o Cordeiro". Estudou Direito e
serviu à Igreja Católica por meio da Ordem do Oratório, mas não prosseguiu com a
vida religiosa.
Embora seja reconhecido como escritor de fábulas, nem sempre atuou neste
gênero e teve que pedir desculpas por ter publicado textos frívolos. Dedica ao filho do
rei Luiz XIV sua primeira coletânea de contos fabulosos, em 1664. Em 1684 é admitido
pela Academia Francesa de Letras.

Monteiro Lobato

José Bento de Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté,


São Paulo. Morreu em 4 de julho de 1948. É considerado o precursor da literatura
infantil brasileira. Entre suas principais obras estão os personagens de o “Sítio do Pica-
pau Amarelo”, que ganharam adaptação para a televisão. Recursou o título de
integrante da Academia Brasileira de Letras. Entre suas obras estão: Urepês, Cidades
Mortas, Negrinha, O Macaco que se fez Homem, Problema Vital, Mundo da Lua,
América, O Choque, Na Antevéspera, Mr. Slang e o Brasil, Memórias de Emília e
Emília no País da Gramática.

EXEMPLOS:

A raposa e o leão

Tinha a Raposa o seu covil bem fechado e estava lá́ dentro a gemer, porque estava
doente; chegou à porta um leão e perguntou-lhe como estava, e que a deixasse entrar,
porque a queria lamber, que tinha virtude na língua, e lambendo-a, logo havia de sarar.
Respondeu a Raposa de dentro:
68

— Não posso abrir, nem quero. Creio que a tua língua tem virtude; porém é tão má
vizinhança a dos dentes, que lhe tenho grande medo, e, portanto, antes quero sofrer
com o meu mal.

Moral da história: a fábula do leão e da raposa nos ensina a sermos precavidos por
mais que estejamos em situação de sofrimento.

A cigarra e a formiga

Havia uma cigarra que passou todo o verão a cantar, aproveitando os agradáveis fins
de tarde e curtindo o tempo de forma despreocupada.
Mas quando chegou o gelado inverno, a cigarra já não estava alegre, pois estava
faminta e tremendo de frio.
Assim, foi pedir ajuda à formiga, que havia trabalhado muito no verão. Pediu que a
colega lhe desse alimento e abrigo. Ao que a formiga perguntou:
O que você fez durante todo o verão?
— Estive a cantar - respondeu a cigarra.
E a formiga lhe deu uma resposta grosseira:
— Pois então, agora dance!
Moral da história: essa é uma das fábulas em que a moral pode ser comparada a um
ditado popular, no caso: “Deus ajuda, quem cedo madruga”. Aqui, percebemos a
importância do planejamento e do trabalho.

A Lebre e a Tartaruga

— Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar com
a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus inimigos.
— Guarda para ti a tua compaixão — disse a tartaruga — pesada como sou, e tu ligeira
como te gabas de ser, apostemos que eu chego primeiro do que tu a qualquer meta
que nos proponhamos a alcançar.
— Vá feito, disse a lebre: só pela graça aceito a aposta.
Ajustada a meta, pôs-se a tartaruga a caminho; a lebre que a via, pesada, ir remando
em seco, ria-se como uma perdida; e pôs-se a saltar, a divertir-se; e a tartaruga ia-se
adiantando.
— Olá! Camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse? Olha
que eu vou dormir um pouquinho.
E se bem o disse, melhor o fez; para ironizar a tartaruga, deitou-se, e fingiu dormir,
dizendo: sempre hei de chegar a tempo.
De súbito olha; já era tarde; a tartaruga estava na meta, e vencedora lhe retribuía os
seus deboches:
— Que vergonha! Uma tartaruga venceu em ligeireza a uma lebre!
Esopo

Moral da história: cumpra a meta, vá com tempo e não pare no caminho.

Fonte: TodaMateria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fabula/. Acesso em agosto de 2021.


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EXERCÍCIOS (AULA 10) – GÊNERO FÁBULA

Texto para as questões 1 a 7:

A CAUSA DA CHUVA

(MILLOR FERNANDES, Fábulas Fabulosas)

Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns
diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a
uma conclusão.
– Chove só quando a água cai do teto do meu galinheiro, esclareceu a galinha.
– Ora, que bobagem! disse o sapo de dentro da lagoa. Chove quando a água da lagoa
começa a borbulhar suas gotinhas.
– Como assim? disse a lebre. Está visto que chove quando as folhas das árvores
começam a deixar cair as gotas d’água que tem dentro.
Nesse momento começou a chover.
- Viram? gritou a galinha. O teto do meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
– Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? disse o sapo.
– Mas, como assim? tornava a lebre. Parecem cegos? Não veem que a água cai das
folhas das árvores?

1. Percebe-se claramente que a causa principal da inquietação dos animais era:

a) a chuva que caía


b) a falta de chuva
c) as discussões sobre animais
d) a conclusão a que chegaram

2. O sapo achou que o esclarecimento feito pela galinha era:

a) correto
b) aceitável
c) absurdo
d) científico
70

3. A atitude da lebre diante das explicações dadas pelos outros animais foi de:

a) dúvida interrogativa
b) aceitação resignada
c) conformismo exagerado
d) negação peremptória

4. A fábula de Millôr Fernandes é uma afirmativa de que:

a) as pessoas julgam os fatos pela aparência


b) cada pessoa vê as coisas conforme o seu estado e seu ponto de vista
c) todos tem uma visão intuitiva dos fenômenos naturais
d) o mundo é repleto de cientistas

5. O relato nos leva a concluir que:

a) a galinha tinha razão


b) a razão estava com o sapo
c) A lebre julgava-se dona da verdade.
d) as opiniões estavam objetivamente erradas.

6. Cada um dos animais teve sua afirmação satisfeita quando:

a) a discussão terminou
b) chegaram a um acordo
c) começou a chover
d) foram apartados por outro animal

7. Toda fábula encerra um ensinamento. Podemos sintetizar o ensino desta fábula


através da frase:

a) A mentira tem pernas curtas.


b) As aparências enganam.
c) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
d) Não julgueis e não sereis julgados.

Texto para as questões 8 e 9:

A RAPOSA E AS UVAS

Uma raposa faminta, ao ver uns cachos de uvas pendentes de uma certa parreira,
tentou apoderar-se deles, porém não o conseguiu. Afastando-se, então, dizia para si
mesma: “Estão verdes.”
71

Assim também certos indivíduos, não sendo capazes, por sua própria fraqueza, de
resolver os seus problemas, acusam as circunstâncias.
SOUSA, M.A. As Fábulas de Esopo. Rio de Janeiro: Thex, 2002. p.309.

8. O discurso direto é uma das características marcantes de uma fábula. Em qual das
opções abaixo há um exemplo disso?

a) “Uma raposa faminta, ao ver uns cachos de uvas pendentes de uma certa parreira,
tentou apoderar-se deles…”
b) ” Afastando-se, então, dizia para si mesma: “Estão verdes.”
c) ” Assim também certos indivíduos, não sendo capazes , por sua própria fraqueza, de
resolver os seus problemas, acusam as circunstâncias.”

9. Qual dos ditados populares abaixo, melhor resume a moral da fábula no texto 1?
a) “Quem ama o feio, bonito lhe parece.”
b) “Quem não tem cão, caça com gato.”
c) “A grama do vizinho é sempre mais verde.”
d) “Quem desdenha, quer comprar.”
72

AGORA É COM VOCÊS!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, VOCÊS DEVERÃO ESCOLHER UMA FÁBULA QUE
POSSUA MORAL DA HISTÓRIA. EM SEGUIDA, CONFECCIONEM UM
QUEBRA-CABEÇAS COM A FRASE ESCOLHIDA.

MÃOS À OBRA!
73

SEMANA 11:

QUAL A RECEITA DA SUA VIDA?


DESCOBRIREMOS FUTURAMENTE!

A receita é um gênero textual que apresenta duas partes bem definidas –


ingredientes e modo de fazer -, que podem ou não vir indicadas por títulos. A primeira
parte apenas relaciona os ingredientes, estipulando as quantidades necessárias,
indicadas em gramas, xícaras, colheres, pitadas, etc.
No modo de fazer, os verbos se apresentam quase sempre no modo imperativo
(o modo verbal que expressa ordem, conselho, etc.), pois essa parte indica, passo a
passo, a sequência dos procedimentos e da junção dos ingredientes a ser seguida para
se obter o melhor resultado da receita – no caso, pastéis de forno recheados de
goiaba. Às vezes, o imperativo é substituído pelo infinitivo, como, por exemplo,
“Preparar a massa: misturar com as pontas dos dedos […]”, “Aos poucos, abrir
pequenas porções da massa […]”, etc.
Uma receita pode apresentar outras informações, como grau de dificuldade,
tempo médio de preparo, rendimento, calorias, etc. Pode, ainda, conter dicas para
decoração ou para variações. Nesse gênero textual costuma-se empregar uma
linguagem direta, clara e objetiva, pois sua finalidade é levar o leitor ou cozinheiro a
obter sucesso no preparo de prato culinário.
74

EXERCÍCIOS (AULA 11) – GÊNERO RECEITA

1º) Leia o texto abaixo:

TORTA DE LIMÃO

PREPARO:

Em uma tigela, coloque a farinha de trigo e a manteiga. Misture até obter uma farofa.
Faça um buraco no meio, adicione a gema e a água. Amasse com as mãos até obter
uma massa homogênea. Forre o fundo removível com a mistura, apertando bem com
as pontas dos dedos. Leve ao forno, pré-aquecido por 15 minutos ou até dourar. Na
batedeira, bata o leite condensado, o suco de limão e despeje sobre a massa assada.
Reserve. Para o suspiro, bata as claras em neve. Junte o açúcar aos poucos, batendo
até formar picos firmes. Despeje sobre a mistura de leite condensado. Volte ao forno
até começar a dourar. Decore com as raspas de limão e sirva.

O que a expressão “massa homogênea” significa?

a) massa diferente.
b) massa fina.
c) massa igualmente distribuída.
d) massa amassada.

2º) Releia a lista de ingredientes da receita do SUCO DE COCO


75

Ingredientes:

(para quatro porções)


– 500 ml de água de coco verde*;
– polpa de coco verde*;
– 1 colher de sopa de açúcar (opcional);
– 4 cubos de gelo.
* Ao comprar o coco, peça para o vendedor retirar a água e parti-lo ao meio.

O que a palavra em negrito quer dizer?

a) que a pessoa que irá preparar o suco deverá escolher um açúcar da marca
“Opcional”.
b) que a pessoa que preparar o suco a receita deverá decidir se quer ou não
acrescentar açúcar ao suco.
c) que a pessoa que irá preparar o suco não tem opção em relação a acrescentar ou
não açúcar ao suco.
d) que a pessoa que irá preparar o suco deverá escolher que tipo de colher pretende
utilizar para mexer o suco.

3º) Leia o trecho abaixo. Ele faz parte da receita SHAKE BOM DIA e explica como
elaborá-la e como servir o shake quando estiver pronto.

Como fazer

No liquidificador, bata bem todos os ingredientes até formar uma mistura espumosa e
rosada. Para servir, em copo ou em jarra, coloque os morangos congelados.

Agora responda: O shake deve ser servido:

a) em um pote e com morangos frios.


b) em um prato e com morangos picados.
c) em um copo ou em uma jarra e com morangos quentes.
d) em um copo ou em uma jarra e com morangos congelados.

4º) Leia novamente um trecho da receita SOPA SUCO. Ele explica o modo de prepará-
lo:

SOPA-SUCO

Ingredientes (para quatro porções):

- suco de 6 laranjas-peras geladas;


- 2 colheres de sopa de açúcar;
- 1 colher de sopa de uvas vermelhas;
- 1 colher de sopa de cubos de kiwi;
- 1 colher de sopa de cubos de mamão;
76

- 1 colher de sopa de cubos de laranja;


- canudos cortados com mais ou menos 10 cm.

SOPA SUCO
Como fazer: Misture o açúcar e o suco de laranja-pera numa jarra e mexa bem. Em
tigelinhas individuais, coloque um pouco do suco e das frutas picadas.
Sirva com o canudinho.

Agora responda: O que deve ser colocado em tigelinhas individuais?

a) o suco e pedacinhos picados em cubos de: uvas vermelhas e mamão.


b) o suco e pedacinhos picados em cubos de: kiwi, uvas vermelhas e mamão.
c) o suco e pedacinhos picados em cubos de: uvas vermelhas, mamão, kiwi e
laranja.
d) o suco e pedacinhos picados em cubos de: uvas vermelhas, mamão e kiwi.

Texto para as questões 5 a 9:

Receita: De Brigadeiro

Ingredientes:

1 lata de leite condensado.


4 colheres de sopa de chocolate em pó.
1 colher de sopa (cheia) de manteiga.
Chocolate granulado.

Modo de fazer:

Misture todos os ingredientes numa panela e ponha para ferver, em fogo brando. O
ideal é mexer sempre, com uma colher de pau.
Deixe ferver até ele começar a desgrudar do fundo da panela.
Quando estiver no ponto, despeje em uma vasilha rasa, par esfriar.
Depois de frio, enrole os brigadeiros. Para facilitar, passe um pouco de manteiga na
mão. Por fim, passe no chocolate granulado.
77

Entendendo a receita:

5º) Quais são os ingredientes utilizados?

R: Leite condensado, chocolate em pó, manteiga e chocolate granulado.

6º) Ingredientes são:

a) Os produtos usados para fazer a receita.


b) O modo de preparar as receitas.
c) As pessoas que fazem a receita.
d) Os livros de receita.

7º) Depois de enrolar os brigadeiros, o que mais acrescenta?

O chocolate granulado.

8º) A primeira coisa a fazer ao preparar a receita é:

a) Mexer com a colher de pau.


b) Colocar todos os ingredientes na panela e levar ao fogo.
c) Despejar numa vasilha para esfriar.
d) Passar chocolate granulado.

9º) De acordo com a receita devemos enrolar os brigadeiros somente quando a massa
estiver:

a) Quente.
b) Na manteiga.
c) No fundo da panela.
d) Fria.
78

VAMOS LÁ, PESSOAL!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, VOCÊS DEVERÃO, EM PRIMEIRO LUGAR, ESCOLHER
UMA RECEITA QUE PODE SER EXTRAÍDA DE LIVROS, REVISTAS E
INTERNET.
EM SEGUIDA, MUNIDOS DA RECEITA ESCOLHIDA, VOCÊS
DEVERÃO REPRODUZI-LA COM O TÍTULO “A RECEITA DA MINHA VIDA”,
SUBSTITUINDO INGREDIENTES POR VIRTUDES E DEFEITOS (ESSE
ÚLTIMO A CRITÉRIO), DESTACANDO-OS NO MODO DE PREPARO. A
ATIVIDADE VISA A REFLEXÃO DA TUMA A RESPEITO DOS VALORE
NECESSÁRIOS PARA VIVERMOS EM SOCIEDADE.
79

SEMANA 12:

O GÊNERO MANUAL DE INSTRUÇÕES (SIGAM OS PASSOS!)

O Manual de Instruções é um gênero textual do tipo injuntivo, que tem a função


de apresentar, ensinar a montar, operar, armazenar e conservar um equipamento. O
Manual de Instruções serve também para apresentar regras de jogos. Por se tratar de
texto utilitário, a redação é econômica, com vocabulário simples. Os verbos são
empregados no Infinitivo (Fazer...; Montar...; Conectar... etc.) ou no Imperativo (Faça...;
Monte...; Conecte... etc.). As técnicas descritivas são utilizadas na redação dos
manuais (cor, espessura, largura etc.).
O Manual deve conter duas partes: 1) a apresentação/a descrição dos materiais;
2) o passo a passo para que, ao final das instruções, o equipamento (ou o jogo) esteja
pronto para ser usado e, além disso, o usuário saiba como manuseá-lo, limpá-lo,
guardá-lo etc. Geralmente, os “passos” são numerados.

IMPORTANTE: Cada equipamento tem suas particularidades. É preciso pensar


também em instruções a respeito de: assistência técnica e garantia; riscos a que estão
expostos os usuários; cuidados especiais; voltagem; manutenção; descarte;
procedimentos a serem adotados em situações de emergência etc. Em caso de jogos:
objetivos; indicação por faixa etária; número de participantes; penalidades etc.

Por exemplo:

MANUAL DE MONTAGEM – PRATELEIRA PLUS ULTRA

1) Verifique todas as peças antes de começar a montagem: 1 base marrom; 4


intermediárias brancas; 10 travas; 36 parafusos com arruelas.
2) Ao separar as peças e ferragens, cuide para não danificá-las.
3) Monte a prateleira no chão; para isso, utilize a própria embalagem para proteger a
prateleira.
4) Comece a montagem etc., etc.

Outro exemplo:

MANUAL DE INSTRUÇÕES – TUFÃO SUPER MAIS


80

INDICAÇÃO: 6 a 8 anos.
PARTICIPANTES: 2 a 4 jogadores e 1 juiz.
2O PEÇAS: 1 tabuleiro; 1 cartela com 12 pinos; 1 cartela com pinos de penalidade; 1
cartela com 4 pinos-coringa.

OBJETIVO: Percorrer e transpor os obstáculos do tabuleiro. Ganha o jogador que


chegar primeiro.

Para montar o jogo:


1) Destacar da moldura os pinos 12 (azuis e verdes). Se necessário, utilizar uma
tesoura.
2) Abrir o tabuleiro em uma superfície plana.
3) Separar os pinos por cores e dividi-los com o número dos jogadores. Em caso de
número ímpar, descartar os pinos que sobrarem etc., etc.

Disponível em: https://www.plataformaredigir.com.br. Acesso em 2021.


____________________________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 12) – MANUAL DE INSTRUÇÕES

LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 1 - 7:


81

1. O gênero do texto é:

a) receita culinária.
b) anúncio publicitário.
c) manual de instrução.
d) artigo de opinião.

2. Como devem estar as mãos antes de manusear a máscara?


Devem estar limpas.

3. Para um bom uso, o que a máscara deve cobrir totalmente?


A região do nariz, boca e queixo.

4. O trecho: “Não toque...” é uma:

a) dúvida.
b) afirmação.
c) opinião.
d) negação.

5. A finalidade do texto é:

a) anunciar.
b) instruir.
c) descrever.
d) criticar.

6. No trecho: “Descarte-a em um cesto de lixo fechado.”, a palavra grifada “a” refere-se a:

a) mão.
b) cesta.
c) alça.
d) máscara.

7. O que deve ser feito se a máscara ficar molhada ou úmida?

Substituí-la por uma nova

8. Descartar significa:

a) receber.
b) rejeitar.
c) dar.
d) levar.

Texto para a questão 9:

“(...) Pegue duas medidas de estupidez


Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
82

Com promessas não cumpridas


Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça: antes de levar ao forno
Temperar com essência de espírito de porco,
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça (…)”.
(Os anjos – Legião Urbana)

A letra da música “Os anjos”, de autoria de Renato Russo, apresenta elementos que a
identificam com o seguinte tipo textual:

a) Narração.
b) Descrição.
c) Injunção.
d) Dissertação.

10. São características dos textos injuntivos e prescritivos:

I. Emprego de termos técnicos e linguagem elaborada.


II. Linguagem simples e objetiva, cujo intuito é o entendimento integral da mensagem.
III. Utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma ordem ou
aconselhamento.
IV. São considerados gêneros textuais, podendo ser alterados de acordo com as
necessidades dos falantes.

a) Todas estão corretas.


b) II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) I e IV estão corretas.
83

AGORA É COM VOCÊ!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS DURANTE A


AULA, OS ALUNOS, MUNIDOS DO MATERIAL SOLICITADO, DEVERÃO E CRIAR O
PRÓPRIO MANUAL DE INSTRUÇÕES, BUSCANDO MANTER A ESTRUTURA DO
TEXTO ORIGINAL.

MÃOS À OBRA!
84

SEMANA 13:

PORQUE SUA VIDA IMPORTA!

A biografia é um gênero textual que relata a vida de uma pessoa importante e/ou
conhecida socialmente, apresentando suas principais ações e experiências, bem como seus
legados. O texto pode ser escrito em 1ª pessoa, a autobiografia, ou em 3ª pessoa, a
biografia. Sua estrutura inicia com a apresentação do biografado, seguida dos relatos
cronológicos de sua vida e, por fim, uma conclusão que traz o seu legado ou sua condição
de vida atual. Atualmente, a biografia tem se ampliado a novas formas, como a minibiografia
presente em gêneros digitais.

O que é uma biografia?

O gênero textual biografia relata a vida de determinada pessoa conhecida


socialmente. A sua intenção é destacar e compartilhar as experiências e ações desse
indivíduo, que conquistou um reconhecimento e relevância social para certo grupo, em
determinado tempo e espaço histórico.
A biografia tem a função social de compartilhar, ao amplo público, o relato de vida de
uma importante pessoa, de modo a popularizar ou acessibilizar esse conhecimento. Um
indivíduo biografado deve ter uma relevância coletiva, por isso a divulgação de sua vida se
torna importante para um conhecimento cultural e reconhecimento de figuras influentes.
Historicamente, a biografia é conhecida na forma de livro, geralmente relatando todo
o percurso de vida do biografado, muitas vezes já falecido. De modo gradual, as biografias
de pessoas vivas começaram a se popularizar, alcançando postos de best-sellers. Na
atualidade, entretanto, a biografia tem evoluído para novas formas.
Diante do avanço tecnológico e do crescimento dos gêneros digitais, a biografia
passou a tomar novas formas, principalmente as chamadas “minibiografias”, que visam
apresentar fatos e experiências pontuais que sejam relevantes ao aspecto específico da
plataforma ou do gênero. Assim, encontramos a biografia em livros, sites de internet, jornais,
revistas, blogs, redes sociais, etc.

Características da biografia

A biografia exige um criterioso trabalho de pesquisa sobre a vida do biografado.


85

A biografia apresenta predominância do tipo textual narrativo, pois é um discurso


que relata acontecimentos vividos pelo biografado. Entretanto, é possível que outros tipos
também se façam presentes, como o descritivo, explicativo e até o argumentativo. Essa
mescla deve servir ao propósito de melhor organizar o texto e apresentar a vida do sujeito.
O texto é narrado em terceira pessoa do singular, quando é uma biografia, ou
seja, um autor relata a vida de outra pessoa; ou pode ser narrado em primeira pessoa,
quando é uma autobiografia, ou seja, o sujeito narra sua própria vida. Elementos de tempo
e espaço também se fazem presentes, caracterizando as fases e os locais relevantes na
jornada do biografado.
Por trabalhar com um único personagem central, a biografia apresenta recorrente
uso de pronomes e substantivos que servem para retomar o referente, encadeando as
partes sem uma repetição prejudicial. Os verbos de ação aparecem predominantemente, e
os tempos verbais mais utilizados são o pretérito perfeito do indicativo ou presente histórico.
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Por trabalhar com diferentes tempos e espaços, a biografia comumente apresenta
os adjuntos adverbiais modais e espaciais com frequência. Por outro lado, os adjetivos
são evitados nesse gênero. O tipo de linguagem varia a partir da temática, do autor e do
biografado, pois o gênero permite uma flexibilidade linguística. O texto pode apresentar a
variedade informal, desde que respeite, minimamente, as regras gramaticais.
A narração biográfica costuma apresentar a informalidade linguística,
principalmente naquelas narradas em terceira pessoa. Busca-se apresentar um relato
objetivo. Além da linguagem verbal, a biografia pode apresentar outros textos, como
imagens do autor, de fases de sua vida, de documentos etc.
Estruturalmente, o gênero se divide no esquema apresentado a seguir.

 Título da biografia: comumente é o nome do biografado, acompanhado de uma


frase ou expressão que representa simbolicamente sua trajetória.
 Introdução: texto inicial que apresenta as informações de origem do biografado,
como data e local de nascimento, referência familiar, informações importantes sobre
a infância e o contexto de formação.
 Corpo do texto: a grande parte do corpo do texto apresenta a sequência de relatos,
cronologicamente organizados, apresentando as ações e experiências do biografado
ao longo da vida.
 Conclusão: apresenta um encerramento do relato e pode contar os últimos
momentos de vida do biografado, ou as últimas informações do recorte temporal
escolhido. Por escolha do autor, a conclusão também pode apresentar considerações
finais a respeito da importância dessa biografia e desse sujeito.

Como fazer uma biografia

Fazer uma boa biografia requer antes um amplo estudo, criterioso e crítico, a
respeito do indivíduo que será biografado. Há que se cuidar também com as interpretações
e julgamentos pessoais que possam interferir negativamente no texto, ao construir uma
imagem pessoal e não objetiva do biografado. Além disso, é necessário atentar à
organização estrutural e linguística do texto. Sendo assim, seguem abaixo algumas dicas de
como fazer uma biografia.

 Inicie com informações da origem do autor, como data e local de nascimento, nome
dos familiares cuidadores, características econômicas, sociais e pessoais da família,
e curiosidades. A depender do texto, pode-se inserir, também: a idade atual ou a data
de falecimento; cargo e/ou títulos principais do biografado.
 Relate os principais acontecimentos da vida do biografado em ordem cronológica. A
quantidade de fatos varia a depender do tamanho do texto. Busque apresentar o
86

máximo de informações relevantes dentro do tamanho possível. Delimite os


diferentes tempos e espaços com marcadores como “Na infância, a biografada
começou a estudar piano”; “Ao entrar na universidade, a biografada muda-se de
cidade…”.
 Conclua o texto com as últimas informações da vida do biografado. Se for uma
pessoa ainda viva, pode-se informar a situação atual do sujeito: se trabalha ou está
aposentado; se mora no mesmo país ou vive em outro lugar, etc. Se for uma pessoa
falecida, é possível informar as contribuições deixadas pelo autor, como as
influências para determinada área do conhecimento, estudos publicados, obras
artísticas, ou ainda associações, institutos e outras organizações criadas por sua
inspiração.

Tipos de biografias

A biografia pode apresentar diferentes formas. Atualmente, com o avanço dos textos
digitais, o gênero tem sido adaptado a diversas plataformas, propondo minibiografias que
pontuam os aspectos mais relevantes para o propósito do espaço. Em relação à autoria, o
gênero também pode variar entre biografia e autobiografia.

 Biografia: texto escrito em terceira pessoa após um criterioso trabalho de pesquisa;


aquele que escreve (biógrafo) relata a vida de outra pessoa (biografado).
 Autobiografia: texto escrito em primeira pessoa; aquele que escreve relata sua
própria vida, sendo, portanto, biógrafo e biografado simultaneamente.
 Biografia completa: texto que visa abarcar todo o percurso de vida de determinado
indivíduo, logo possui uma extensão maior, comumente publicado em formato de
livro.
 Minibiografia: texto que visa abarcar um recorte de tempo da vida do biografado, ou
focalizar em uma área da vida, como carreira profissional, acadêmica, relação
familiar, etc.

Biografia não autorizada

A biografia não autorizada é o texto que, apesar de apresentar o relato da vida de


um indivíduo, não possui autorização do biografado. Se a pessoa que está sendo
biografada não autoriza a publicação de determinada obra, ela não pode ser utilizada com
fins comerciais. Além disso, há de se tomar cuidado com toda crítica ou informação exposta,
pois conteúdos difamatórios também não são adequados e podem ser judicialmente
penalizados.

Fonte: https://www.portugues.com.br/redacao/biografia.html. Acesso em 2021.

______________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 13) – BIOGRAFIA


87

Texto para as questões 1 e 2:

A mãe da gente é sempre muito alta. Conforme a gente cresce, ela vai diminuindo de tamanho.
Às vezes é magra, outras vezes é gorda, de vez em quando faz regime e fica comendo fora de
hora o dia inteiro.
É sempre muito bonita, mas fica meio estranha no dia em que vai ao cabeleireiro.
Há mães de todas as cores e em todos os lugares do mundo. Podem viver em qualquer clima,
tanto nas regiões geladas como onde faz muito calor. É como na cozinha, onde mexem na
geladeira e no forno do fogão.
No temperamento também são assim, passam de um extremo ao outro e mudam muito de
opinião:

- Por que você está tão quieto?


- Por que se agita tanto?
- Saia da frente da TV e vá fazer outra coisa.
- Não tome sol demais, entre e venha ver TV.
[...]

(Edy Lima. Opiniões irreverentes, 2010. p. 9)

Segundo o ponto de vista do narrador do texto acima:

a) toda mãe é esquisita, porque diminui de tamanho conforme o filho cresce.


b) as mães ficam gordas, porque comem fora de hora o dia inteiro.
c) toda mãe é bonita, mas quando vai ao salão e muda o visual, fica estranha.
d) as mães vivem na cozinha, mexendo no fogão e na geladeira.
e) toda mãe faz muitas perguntas que os filhos não sabem responder.

Dentre os termos em destaque nos trechos abaixo, aquele que indica circunstância de lugar é:

a) “A mãe da gente é sempre muito alta”.


b) “fica comendo fora de hora o dia inteiro.”
c) “fica meio estranha no dia em que vai ao cabeleireiro.”
d) “Por que você está tão quieto?”
e) “Saia da frente da TV e vá fazer outra coisa.”

3. Dentre as características abaixo, marque aquela que NÃO diz respeito à BIOGRAFIA:

a) É um texto escrito em terceira pessoa


b) Narra os principais acontecimentos da vida de alguém
c) Faz parte da categoria de gêneros que contam sobre a vida de outra pessoa
d) É um texto escrito em primeira pessoa
e) É comum que as biografias publicadas sejam sobre pessoas conhecidas socialmente

Texto para as questões 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10:

GUGU LIBERATO

Fonte do texto: portalsaofrancisco.com.br


88

Antonio Augusto Liberato de Moraes, muito conhecido por” Gugu”, foi um importante
apresentador de televisão, empresário, ator e cantor no Brasil. Nascido em São Paulo, no dia
10 de abril de 1959. Filho de imigrantes portugueses. Gugu, aos 13 anos, escrevia cartas a
Silvio Santos, sugerindo vários tipos de programas. Gugu estudava de manhã e trabalhava
como Office-boy a tarde.
Gugu ia aos programas de Silvio Santos para participar de gincanas, até que um dia
conseguiu entregar uma carta com sugestões para o programa. Silvio Santos leu a carta e o
contratou. Gugu começou a trabalhar como auxiliar de produção do programa.
Seu primeiro programa foi o Viva a noite (1982), exibido pelo SBT sábado à noite. O
apresentador tinha 25 anos e alcançava picos nas audiências. No ano de 1993, Gugu estreou
seu programa Domingo legal. Este programa passou por muitos anos e teve vários quadros de
muito sucesso como o Telegrama Legal, Taxi do Gugu, Banheira do Gugu entre outros.
Gugu foi considerado um dos apresentadores mais famosos e cativantes da história da
televisão brasileira. Realizou diversos shows como Viva a Noite, Sabadão Sertanejo, Domingo
Legal, Gugu e seu último trabalho foi o show de talentos Canta Comigo.
Gugu Liberato foi casado com a médica Rose Miriam Di Matteo. O casal Gugu Liberato e
Rose Miriam Di Matteo teve três filhos: João Augusto, Marina e Sofia (gêmeas).
No dia 20 de novembro de 2019, Gugu caiu de uma altura de cerca de quatro metros do
telhado de sua casa situada em Orlando. Ele estava tentando trocar filtro de ar condicionado e,
em seguida, foi internado em uma unidade de terapia intensiva. Gugu faleceu de traumatismo
craniano.

www.portalsaofrancisco.com.br
(Adaptado por Tudo Sala de Aula)

4. O gênero do texto é:

a) relato pessoal.
b) autobiografia.
c) biografia.
d) carta do leitor.

5. A finalidade do texto é:

a) Apresentar uma narração sobre um fato ou um acontecimento marcante da vida de uma


pessoa.
b) Apresentar fatos, argumentos e opiniões sobre um determinado tema de interesse público.
c) Relatar, descrever e opinar sobre os acontecimentos da vida do próprio autor do texto.
d) Relatar acerca da vida de uma pessoa seguindo um tempo cronológico dos
acontecimentos.

6. Há uma opinião em:

a) “... foi um importante apresentador de televisão...”


b) “Nascido em São Paulo, no dia 10 de abril de 1959. Filho de imigrantes...”
c) “Gugu, aos 13 anos, escrevia cartas a Silvio Santos...”
d) “Gugu estudava de manhã e trabalhava como Office-boy a tarde.”
89

7. Sobre Gugu, é possível concluir que ele:

a) não tem nacionalidade brasileira, já que é filho de imigrantes.


b) aos 13 anos, conciliava os estudos com o ofício de escrever cartas para o SBT.
c) necessitou organizar seu tempo na adolescência entre trabalho e estudo.
d) conseguiu participar de programas de gincanas após Silvio Santos ler sua carta.

8. Qual a primeira profissão adquirida por Gugu na televisão do Silvio Santos?

R: Auxiliar de produção de programa

9. No trecho: “O apresentador tinha 25 anos e alcançava picos nas audiências.”, a expressão


grifada significa que o programa de Gugu

a) no início foi um fracasso de audiência.


b) apresentou altos números de telespectadores.
c) teve impacto sem relevância na televisão.
d) proporcionou grande diversão para as pessoas.

10. Quais os quadros de sucesso que marcaram o programa Domingo Legal apresentado por
Gugu?

R: O Telegrama Legal, Taxi do Gugu, Banheira do Gugu entre outros.


90

AGORA É COM VOCÊ!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, PRODUZA UM RELATÓRIO BIOGRÁFICO,
DESTACANDO AS APRENDIZAGENS ADQUIRIDAS AO LONGO DO
NOSSO MÓDULO.

MÃOS À OBRA!
91

SEMANA 14:

GÊNERO RESUMO E RESENHA: SÍNTESE E PONTOS DE VISTA!

VEJAMOS O SEGUINTE TEXTO:

As Torres Gêmeas, dirigido por Oliver Stone, lançado em 2006, filme dramático
histórico, baseia-se nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, retratando o ponto de
vista de dois personagens reais: o sargento McLoughlin (Cage) e o oficial Will Jimeno (Peña),
policiais nova-iorquinos que ficaram presos nos escombros ao tentar ajudar a evacuar as torres
que desabaram sobre eles. O filme retrata a dor e o sofrimento da família, o inferno que
vivenciaram abaixo de toneladas de concreto e aço e a luta desesperada pela sobrevivência.
Acredita-se que a mensagem central do filme esteja na maneira do ser agir diante de
situações trágicas e catastróficas, mesmo com tantas diferenças, raças, crenças, visões
políticas, a tendência do ser humano é se unir nos momentos de dificuldade.
Observa-se que o filme não apresenta culpados e nem constrói teorias de conspiração
– algo que era de se esperar, já que é típico de Stone – ele simplesmente retrata, de forma
um tanto quanto maquiada, a história destes dois policiais.
Percebe-se a tentativa do diretor de retratar o ocorrido sob perspectivas
estrangeiras, chega-se a essa conclusão, ao unir cenas do filme a equipe internacional com a
qual o diretor trabalhou: o alemão Jan Roelfs (cenários), o israelense Seamus McGarvey
(fotografias) e o escocês Craig Armstrong (trilha sonora).

Fonte: http://giselliletras.blogspot.com.br/2013/09/resenha-critica-do-filme-world-trade.html. Acesso em 2021.

ANÁLISE:

Observamos que, no primeiro parágrafo do texto, o autor evidencia os aspectos mais


relevantes do filme de forma breve e clara;
Nos parágrafos seguintes, entretanto, o autor expõe pontos de vista em relação à obra
finalizada.
92

RESUMO X RESENHA (DEFINIÇÃO):

 Resumos são textos que evidenciam os aspectos mais relevantes de determinada


obra. Resumir é criar um texto sucinto (breve) com base no texto original e que
mantenha a ideia central dele.
 A resenha é um texto que avalia e apresenta o conteúdo de obras já finalizadas,
ou seja, é uma análise de determinada produção, seja ela uma obra literária, seja um
filme, uma obra de arte, um artigo científico etc.

CARACTERÍSTICAS:
93

EXERCÍCIOS (AULA 14) – RESUMO E RESENHA

Texto para as questões 1 e 2:

Sempre ao seu lado

Andressa da Silva Nascimento, 8° ano

O filme americano do diretor Lasse Hallstrom conta uma história baseada em fatos
verídicos vividos por um cachorro japonês da raça akita. O diretor Lasse lançou 6 filmes, mas o
que lhe proporcionou um lucro significativo foi o “Sempre ao Seu Lado”.
O conflito começa quando Parker encontra um cãozinho abandonado numa estação de
trem e durante muito tempo, ele tenta encontrar seu verdadeiro dono. Mas seus esforços foram
inúteis e ele acaba decidindo ficar com o animal.
A mulher do professor Parker não aceitava o Hachiko em sua casa, por causa de outro
cachorro que havia morrido, mas Parker acaba convencendo-a, argumentando que o cão traria
um pouco de alegria para sua casa, além disso, a mulher acaba concordando que o cachorro
fique porque ela percebe que seu esposo já estava muito apegado ao animal.
O tempo vai passando e o filme mostra uma intensa amizade entre o cão e o seu dono.
Durante vários dias, Hachiko acompanha Parker até uma estação de trem onde seu dono vai
para o trabalho. O filme é uma história muito comovente que deixa o telespectador envolvido
desde o início do enredo. Ele tenta mostrar que até um cachorro pode se tornar o verdadeiro
amigo do homem, basta existir um relacionamento de afeto e lealdade.
Para a tristeza do telespectador, quase no final do filme, Parker morre em seu trabalho
enquanto dá aulas de balé. Uma morte muito silenciosa. Hachiko, seu cão fiel, o aguarda
durante muito tempo. A esperança alimentava o cão em reencontrar seu dono, mas todo seu
esforço era em vão. Hachiko ainda tem um sonho muito impressionante com seu dono e ele
ainda acredita que ele vai voltar.

A cena que arranca lágrimas de muita gente é quando mesmo depois de anos, já velho,
Hachiko ainda é visto pelas pessoas no mesmo horário na estação de trem, observando cada
passageiro desembarcando, ainda na esperança de reencontrar Parker. O verdadeiro Hachiko
nasceu em Odacom em 1923, no Japão, e o seu verdadeiro dono, o Dr. Eisaburo Ueno,
professor de universidade, morreu em 1925. Nos anos seguintes, o cão voltou à estação de
trem para aguardar o seu dono. Hachiko morreu no mês de março em 1935. Atualmente, existe
uma estátua dele na estação de trem Shibuya.
O filme é maravilhoso e recomendo para toda família, pois além de pertencer a uma
classificação livre, ele mostra uma linda história de amor e fidelidade com brilhantes atuações e
fortes emoções.
Nascimento, Andressa da Silva, 8° ano, 2018, São Gonçalo do Amarante
Escola João Moreira Barroso, Professor Francisco Maurício Araújo
Fonte: http://tudosaladeaula.blogspot.com/2018/04/atividade-de-interpretacao-de-texto.html. Acesso em janeiro de 2021.
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1) A finalidade do texto é:

a) nоtісіаr um fіlmе quе еm brеvе ѕеrá lаnçаdо nо сіnеmа.


b) арrеѕеntаr umа hіѕtórіа dе fіdеlіdаdе dе um сãо е а brаvurа dо ѕеu dоnо.
c) сrіtісаr dеtеrmіnаdаѕ аtіtudеѕ humаnаѕ соm ѕеuѕ аnіmаіѕ dе еѕtіmаçãо.
d) арrеѕеntаr um rеѕumо е um роntо dе vіѕtа ѕоbrе umа оbrа сulturаl.
e) Todas as alternativas estão corretas.

2) Нá umа оріnіãо еm

a) “А еѕреrаnçа аlіmеntаvа о сãо еm rееnсоntrаr ѕеu dоnо, mаѕ tоdо ѕеu еѕfоrçо еrа еm vãо.”
b) “... Насhіkо аіndа é vіѕtо реlаѕ реѕѕоаѕ nо mеѕmо hоrárіо nа еѕtаçãо dе trеm, оbѕеrvаndо
саdа раѕѕаgеіrо dеѕеmbаrсаndо...”
c) “... еlе mоѕtrа umа lіndа hіѕtórіа dе аmоr е fіdеlіdаdе соm brіlhаntеѕ аtuаçõеѕ е fоrtеѕ
еmоçõеѕ.”
d) “О vеrdаdеіrо Насhіkо nаѕсеu еm Оdасоm еm 1923, nо Јарãо...”
e) Nenhuma das alternativas.

3) Segundo o texto,

a) a história é baseada em fatos verídicos, onde um cão proporcionou lucros ao diretor do


filme.
b) o conflito dar início quando a mulher do professor Parker decide aceitar o animal.
c) Parker encontra o um cão abandonado numa estação de trem e logo decide adotá-lo.
d) a frustração de Parker contribuiu para adotar o Hachiko.
4) No trecho: “O diretor Lasse lançou 6 filmes, mas o que lhe proporcionou um lucro
significativo foi o “Sempre ao Seu Lado”.”, a palavra grifada introduz uma ideia de

a) alternância.
b) oposição.
c) adição.
d) conclusão

5) No trecho: “... basta existir um relacionamento de afeto e lealdade.”, as palavras destacadas


poderiam ser substituídas respectivamente, sem alterar o sentido da expressão, por

a) apreço e fidelidade.
b) dedicação e amor.
c) indiferença e respeito.
d) hostilidade e consideração.

6) Segundo a autora, o que deixa o telespectador envolvido na história é

a) a reflexão.
b) o bom enredo.
c) a emoção.
d) o sofrimento.

7) O momento mais emocionante para muitos telespectadores, segundo a autora, está em

a) “Para a tristeza do telespectador, quase no final do filme, Parker morre em seu trabalho
enquanto dá aulas de balé.”
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b) “Hachiko, seu cão fiel, o aguarda durante muito tempo.”


c) “... ele mostra uma linda história de amor e fidelidade com brilhantes atuações e fortes
emoções.”
d) “... já velho, Hachiko ainda é visto pelas pessoas no mesmo horário na estação de
trem, observando cada passageiro desembarcando, ainda na esperança de reencontrar
Parker.”
96

AGORA É COM VOCÊ!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, PRODUZA UMA RESENHA CRÍTICA SOBRE
ALGUM TEMA DE RELEVÂNCIA SOCIAL NA ATUALIDADE.

MÃOS À OBRA!
97

SEMANA 15:

GÊNEROS DIGITAIS (REDES SOCIAIS): A VELOCIDADE DA COMUNICAÇÃO


REPRESENTA A QUALIDADE DELA?

As redes sociais são espaços virtuais onde grupos de pessoas ou empresas se


relacionam através do envio de mensagens, da partilha de conteúdo, entre outros.
Atualmente existem diferentes redes sociais, cada uma com um propósito e um
público-alvo específico.

PARA QUE SERVEM AS REDES SOCIAIS?

As redes sociais promovem a interação entre as pessoas. Há vários tipos de redes


sociais, cada um com um objetivo diferente e públicos específicos. A grande diferença
entre elas é o seu objetivo, os quais podem ser:

 Estabelecer contatos pessoais, podendo ser relações de amizade e namoro.


 Realizar networking, ou seja, compartilhar e buscar conhecimentos profissionais
e procurar emprego ou preencher vagas.
 Compartilhar e buscar imagens e vídeos.
 Compartilhar e buscar informações sobre temas variados.
 Divulgar produtos e serviços para compra e venda.
 Jogar, entre outros.

EXEMPLOS DE REDES SOCIAIS:

Há dezenas de redes sociais. Destacamos no quadro abaixo as mais conhecidas.

Rede social Característica


Facebook Interação e expansão de contatos.
YouTube Compartilhamento de vídeos.
WhatsApp Envio de mensagens instantâneas e chamadas de voz.
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Rede social Característica


Instagram Compartilhamento de fotos e vídeos.
Compartilhamento de pequenas publicações, as quais são conhecidas como
Twitter
“tweets”.
Pinterest Compartilhamento de ideias de temas variados.
Skype Chamada de voz e vídeo.
LinkedIn Interação e expansão de contatos profissionais.
Badoo Relacionamentos amorosos.
Snapchat Compartilhamento de vídeos curtos, tendo cada um o máximo de 10 segundos.
Messenger Envio de mensagens instantâneas.
Flickr Compartilhamento de imagens.
Tumbrl Compartilhamento de pequenas publicações, semelhante ao Twitter.

O USO DAS REDES SOCIAIS NO BRASIL

Número de usuários nas redes sociais mais populares no Brasil no ano de 2018.
Utilizar as redes sociais é cada vez mais uma prática entre as pessoas. O Brasil é
conhecido por ser um dos que possui mais usuários em várias redes sociais.

O Facebook é a rede social mais utilizada no Brasil, inclusive por empresas que
aproveitam para realizar estratégias de publicidade e marketing. Isso acontece devido
ao grande alcance de usuários que a rede apresenta.
O WhatsApp é considerado hoje um dos principais aplicativos destinados à
comunicação e troca de mensagens e, assim como o Facebook, vem sendo utilizado
para interação entre empresa e cliente. No mundo todo esta rede social já conta mais
de 1,2 bilhões de usuários.
O YouTube é uma plataforma de vídeos em que o usuário pode fazer comentários e
interagir com outras pessoas, por isso também é considerada uma rede social. Tem um
alcance muito alto de pessoas, pois permite assistir vídeos de música, aulas,
acompanhar programas e diversas outras atividades.
O Instagram vem se tornando cada vez mais popular no Brasil. Apresentando
diferentes recursos que permitem interação e diversão aos usuários, esta rede foi
citada como a rede preferida pelos usuários.
O Twitter foi uma rede social inovadora que teve um sucesso muito grande. Com o
surgimento de outras redes sociais, e formato de interação, ele perdeu muitos usuários.
O LinkedIn é a maior rede social com foco profissional, onde os usuários podem
publicar informações relacionadas ao mercado de trabalho, oportunidades de emprego,
divulgação de serviços e, principalmente networking.
O Pinterest é uma rede social que publica conteúdo visual, independente do ramo,
podendo ser de moda, arte, culinária, arquitetura, dentre outros.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS REDES SOCIAIS


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Existem várias vantagens em fazer parte de redes sociais e é principalmente por isso
que elas tiveram um crescimento tão significativo ao longo dos anos. Porém, é
importante ficar atento aos perigos que ela pode oferecer.

Veja no quadro a seguir as principais vantagens e desvantagens das redes sociais.

Vantagens Desvantagens
Aproxima as pessoas que vivem em locais
diferentes, pois é uma maneira fácil de manter Falta de privacidade.
as relações e o contato.
Exige cuidado na divulgação de certos
Possibilita a interação em tempo real.
pormenores da vida de cada um.
Facilita a relação com quem está mais perto,
Crianças e adolescentes divulgam informações
permitindo manter uma relação de proximidade
sobre a escola e locais que frequentam.
sem se encontrar fisicamente.
Pode causar dependência, pois em alguns
Oferece uma forma rápida e eficaz de comunicar
casos as pessoas não conseguem se "desligar"
algo para um grande número de pessoas ao
das redes sociais, deixando coisas importantes
mesmo tempo.
por fazer.
Permite avisar sobre um acontecimento, a
Criação de perfil falso para postar comentários
preparação de uma manifestação ou a
racistas, preconceituosos e racistas.
mobilização de um grupo para um protesto.
Facilita a organização de eventos, enviando Facilidade de divulgação de notícias, fatos e
convites e solicitando a confirmação de imagens sem a verificação da fonte, podendo
presença. ser "fake news".

ORIGEM E HISTÓRIA DAS REDES SOCIAIS

As redes sociais são fruto do avanço da internet, cujo boom aconteceu no início do
milênio. Veja no quadro abaixo como esse percurso aconteceu.

Ano Acontecimento
Foi lançado o GeoCities, a primeira comunidade que se assemelha a uma rede social.
1994 O GeoCities que, no entanto, não existe mais, orientava as pessoas para que elas próprias
criassem suas páginas na internet.
Surgiu o The Globe, que dava aos internautas a oportunidade de interagir com um grupo de
1995 pessoas. Ainda nesse ano também surgiu uma plataforma que permitia a interação com
antigos colegas da escola, o Classmates.
Surgiu o Fotolog, uma plataforma que, desta vez, tinha como foco a publicação de
2000
fotografias.
Surgiu o que é considerada a primeira verdadeira rede social, o Friendster. No mesmo ano
2002
foi lançado o LinkedIn, a maior rede social de caráter profissional do mundo.
2004 Foram criadas as redes sociais mais populares, o Orkut, o Flickr e o Facebook.
 O Flickr é uma rede social voltada para aqueles que gostam de compartilhar
fotografias.
100

Ano Acontecimento
 O Orkut foi o mais popular dentre os brasileiros durante aproximadamente 7 anos,
quando perdeu esse título para o Facebook em 2011.
 O Facebook é atualmente a rede social mais popular no mundo.
Ano de criação do Twitter, um microblog que se popularizou por permitir publicações com
2006
limite de 140 caracteres.
Foi neste ano que o aplicativo Instagram foi considerado uma rede social, pois permitia que
2010
os usuários curtissem e comentassem as fotos postadas.
Foi criado o Google+, pertencente aos serviços da Google e que vinculava seus usuários a
esta rede. Ele não se popularizou e suas atividades foram encerradas no final de 2018.
2011 Também foi neste ano que surgiu o Snapchat, um aplicativo que permite aos usuários tirar
fotos e gravar vídeos de forma personalizada, inserindo textos e desenhos. A principal
característica desta rede social é que seus vídeos têm um limite de 10 segundos.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/redes-sociais/. Acesso em 2021.


______________________________________________________________________

EXERCÍCIOS (AULA 15) – REDES SOCIAIS

Texto para a questão 1:

“O que os jornais chamam de Era da Informação nada mais é que o atestado de óbito
da cultura de massa — um estilo de vida que surgiu com Gutenberg, no século XV, e
foi a tônica da Revolução Industrial. Até hoje você foi obrigado a assistir ao mesmo
filme que o vizinho, ler o mesmo jornal que outros 200 mil assinantes, comer o mesmo
molho de tomate industrializado e usar uma calça jeans do mesmo modelo do seu
amigo de trabalho. Esse tempo está chegando ao fim”.
BARREIRA, W. Era da informação: Tudo ao mesmo tempo agora. Superinteressante. n. 84, set. 1994.

O texto acima, escrito em 1994, realizava uma previsão acerca dos efeitos da Era da
Informação na sociedade atual. Nessa perspectiva, as transformações tecnológicas
propiciaram:

a) a concessão total de liberdade ao indivíduo


b) o fim da padronização cultural
c) o aumento da interatividade digital
d) a desregulação da moda
101

e) o declínio das transformações técnicas

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões 2 e 3.

A LINGUAGEM DA INTERNET
Adaptação do texto de Fernanda Schneider

A tecnologia tem crescido tão rapidamente que se torna difícil acompanhá-


Ia. Ao se utilizarem programas como o msn, a comunicação ocorre através de um
meio escrito, no entanto o texto é oral. Sendo a internet um meio que exige agilidade e
rapidez, a escrita por meio de abreviaturas faz com que a comunicação seja mais
rápida, simulando assim a mesma rapidez da fala.
Essa forma de escrita já faz parte do dia-a-dia virtual. A língua é um sistema vivo
e adapta-se às situações de comunicação. Isso não significa que agora "pode-se
escrever de qualquer jeito". As abreviações são permitidas no msn, no orkut, nos e-
mails informais, nos chats (e até nesses textos existem regras! Caso contrário, nem
mesmo os internautas se entenderiam), não cabe usá-Ias em outros gêneros textuais.
O que se deve fazer é limitar o tempo de permanência no computador e praticar
a leitura. O internetês não prejudica o bom português, desde que se tenha acesso a
bons livros, jornais e revistas. Cabe a cada um ampliar a capacidade de recepção e
produção textual e saber usar a língua nas diversas situações de interação.

Com relação ao texto acima, é INCORRETO afirmar que:

a) A autora não concorda com o tipo de linguagem utilizada pelos internautas no orkut,
e-mails, chat e msn;
b) O texto faz uma reflexão sobre o tipo de linguagem utilizada pelos jovens na internet;
c) O "internet s" deve ser utilizado apenas em momentos de conversa informal (como
os ambientes virtuais), mas não em situações de comunicação formal.
d) É papel dos pais e professores contribuir com a formação de leitores e produtores de
texto competentes, incentivando a leitura de diversos gêneros textuais.

O "internetês" é muito utilizado pelos internautas. As palavras abaixo são exemplos


desse tipo de linguagem:

BLZ FDS NAUM VLW


Assinale a alternativa que representa este tipo de linguagem:
a) linguagem culta ou formal
b) linguagem informal
c) linguagem direta
d) linguagem indireta

Leia o texto a seguir para responder às questões de 4 a 7.

Texto I
102

A internet, ao mesmo tempo em que nos permite o acesso a um mundo cheio de


novidades, informações, conhecimentos, entretenimento, ou seja, nos proporciona estudo,
trabalho, diversão, relacionamentos etc. de qualquer lugar, com qualquer pessoa, a qualquer
hora, também propicia diversos crimes. Bandidos e pessoas mal-intencionadas se aproveitam
das facilidades, do acesso, da inocência ou descuido das pessoas para roubar, extorquir,
praticar bullying, aliciar menores, entre outros.
A mesma coisa acontece com as redes sociais, que nos colocam em contato com tantas
pessoas, mas, ao mesmo tempo, nos tornam escravos, pois é preciso “curtir” o que seus
amigos postam, compartilhar, estar atento o dia todo, ou melhor, o tempo todo, para não
“perder” nada, nem ser excluído. Você precisa estar atento no Facebook, estar o tempo todo
no Whatsapp, no Instagram e tudo o mais.
Os celulares e tablets permitem que tudo isso seja feito de qualquer lugar, a qualquer
momento, na palma da sua mão. Por outro lado, você fica sempre “no ar”, disponível, pois
ninguém quer mais “largar”, desligar o aparelhinho. As pessoas permanecem grudadas nele,
mesmo quando está carregando. É preciso que pais, educadores, psicólogos,
pedagogos, empresas, governos e sociedade civil observem com mais atenção este
fenômeno e vejam como isso vem afetando positiva e negativamente as pessoas.
Em casa, é preciso regras para que se tenha tempo para tudo: fazer as lições escolares,
curtir a família, participar das decisões e afazeres domésticos. E isso vale para pais,
mães e filhos.
Na escola, é preciso que haja uma maior utilização dessas tecnologias para que professor
e aluno se compreendam e se relacionem melhor, além, é claro, de criarem novas formas e
roteiros de estudos facilitados pelas tecnologias, inclusive as móveis. Isso pode melhorar a
interação dos alunos, sua busca pela escola e pelos estudos, seus resultados, sua saúde e
até mesmo suas emoções.
Adaptado de: https://www.a12.com/jovensdemaria/artigos/ comportamento/o-lado-positivo-e-o-negativo-da-tecnologia-em- qual-
voce-esta. Acesso em 2021.

4. De acordo com o Texto I, alguns dos fatores que tornam o uso da tecnologia e da
internet em algo negativo são os seguintes:

a) f a c i l i d a d e d e p a g a m e n t o d e c o n t a s e aproximação com pessoas


desconhecidas
b) aumento da prática de crimes virtuais e excesso de tempo dedicado às redes
sociais
c) possibilidade de trabalho no ambiente virtual e facilidade de busca de materiais
escolares
d) ampliação da quantidade de informações e velocidade na divulgação de
informações

5. O Texto I sugere que o uso das tecnologias e da internet na escola pode ser útil e
importante porque:

a) possibilitam aos jovens novas formas de diversão e lazer


b) ajudam a aumentar o interesse do jovem pelos conteúdos escolares
c) ampliam as dificuldades de relacionamentos entre professores e alunos
d) desviam a atenção dos jovens dos conteúdos escolares para as redes sociais

6. Observe o trecho a seguir, extraído do Texto I.


103

É preciso que pais, educadores, psicólogos, pedagogos, empresas, governos e sociedade civil
observem com mais atenção este fenômeno e vejam como isso vem afetando positiva e
negativamente as pessoas. (3º parágrafo)

A expressão grifada “este fenômeno” se refere à:

a) prática de bullying virtual nas redes sociais


b) realização de crimes digitais por pessoas mal intencionadas
c) conexão permanente das pessoas à internet por meio de celulares e tablets
d) velocidade na divulgação de informações e conhecimentos no ambiente virtual

7. O penúltimo parágrafo do texto oferece recomendações sobre o uso da tecnologia


no ambiente doméstico. Ao afirmar que “isso vale para pais, mães e filhos”, o texto
indica que:

a) todos os integrantes da família são igualmente responsáveis pelo uso correto e


saudável da tecnologia
b) somente os adolescentes são afetados pelas consequências do mau uso dos
aparelhos tecnológicos
c) somente os pais devem se preocupar com a utilização que os filhos fazem das
tecnologias de informação
d) nenhum dos integrantes da família precisa assumir a tarefa de pensar formas
responsáveis de usar a tecnologia
104

AGORA É COM VOCÊ!

A PARTIR DA APRESENTAÇÃO E DAS DISCUSSÕES REALIZADAS


DURANTE A AULA, VOCÊ DEVERÁ REALIZAR UMA PESQUISA
SOBRE ERROS COMUNS EM TEXTOS ESCRITOS NAS REDES
SOCIAIS. EM SEGUIDA, FAÇA UM TRABALHO DE MONTAGEM E
COLAGEM, EVIDENCIANDO AS PESQUISAS NOS DIÁRIOS DE
BORDO.

MÃOS À OBRA!
105

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar os conteúdos abordados neste artigo, conclui-se, pois, que


o trabalho com os s gêneros textuais se constitui como o principal objetivo para a
formação adequada de leitores e a escola tem um papel importantíssimo nesse
sentido, uma vez que se torna um meio pelo qual os alunos interagem junto à
diversidade textual, obtendo assim, uma postura crítica em relação à sociedade.
Considerando essa importância, o professor de Língua Portuguesa é
peça-chave nesse processo, pois é o mediador da leitura dos mais diversos gêneros
textuais no mundo contemporâneo. Cabe ao mesmo fazer com que o aluno
compreenda que tais atividades dão suporte para a construção interna do saber. Desse
modo, é indispensável inseris essas modalidades em sala de aula, colaborando assim
para o desenvolvimento da linguagem.
Segate (2010) defende que: Para que o aluno aperfeiçoe a linguagem,
é importante que o professor desenvolva um trabalho pautado em sequências didáticas
que pertençam a diferentes agrupamentos de gêneros. Isso fará com que o aluno
compreenda uma diversidade maior de gêneros, bem como possibilitará a ele saber
utilizá-los em diversas situações comunicativas.
O desafio de despertar no aluno o gosto pela leitura é imenso, tendo
em vista algumas dificuldades, como: a postura familiar em relação ao assunto, a
situação atual do ensino e as variedades de diversão. Por isso, é necessário que o
professor esteja preparado para utilizar os gêneros textuais em sala de aula, reciclar-se
constantemente através de formação continuada para ter uma nova postura frente ao
ensino, possibilitando ao aluno percebera funcionalidade prática da língua.
106

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Jacqueline P. Do professor suposto pelos PCN ao professor real de


língua portuguesa: são os PCN praticáveis? In. ROJO. Roxane (org.). A prática de
linguagem em sala de aula. Campinas: Mercado de Letras, 2000.

MARCUSCHI, L. A. 2002. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In:


DIONÍSIO, Ângela Paiva.

SADOYAMA, Adriana dos Santos Prado. Gêneros Textuais e ensino de Língua


Portuguesa. UEG/ SLMB. Disponível em:
https://www.revista.ueg.br/index.php/icone/article/view/5114/3384. Acesso em fevereiro
de 2021.

JESUS, Elizete Maria de. CARDOSO, Edna Maria de Jesus, EVANGELISTA, Edson
Gomes. Formação continuada e Olimpíada de Língua Portuguesa: ação formativa
no Cefapro De Cuiabá. Revista Saberes em Rede Cefapro de Cuiabá/MT.
Disponível em: https://www.cefaprocuiaba.com.br/revista/up/ARTIGO%20VI.pdf.
Acesso em fevereiro de 2019.

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